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Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...

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No inicio <strong>do</strong> século XXI, a <strong>Bahia</strong> estará definitivamente consolidada como<br />

primeiro pólo de turismo <strong>do</strong> País. Já reconquistou o segun<strong>do</strong> lugar, mas o<br />

objetivo é a liderança. Em 2005, devem chegar 6 milhões de visitantes/ano<br />

– quase 1 milhão de estrangeiros – que poderão gerar renda de 1 bilhão e<br />

800 milhões de reais e um impacto de 2 bilhões e 860 milhões de reais no<br />

PIB. Isso representará 5.5% <strong>do</strong> PIB <strong>na</strong> <strong>Bahia</strong>. (GAUDENZI, 1999, p.123).<br />

Investimentos <strong>na</strong> ordem de US$ 2 bilhões estão previstos de serem aloca<strong>do</strong>s, somente no<br />

Prodetur-<strong>Bahia</strong>, no perío<strong>do</strong> que se estende entre 1991 e 2005. Advin<strong>do</strong>s de diversas fontes,<br />

recursos <strong>do</strong> próprio Tesouro Estadual e de agências de fi<strong>na</strong>nciamento <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is 9 , esses investimentos desti<strong>na</strong>m-se mais diretamente à capacitação de recursos<br />

humanos, marketing e melhoria de infra-estrutura (saneamento básico, rede ro<strong>do</strong>viária,<br />

construção de aeroportos, comunicação, recuperação <strong>do</strong> patrimônio histórico etc.) da capital e<br />

de localidades <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> com potencialidades turísticas 10 .<br />

São tributárias desses investimentos as intervenções de <strong>na</strong>tureza infra-estrutural como a<br />

ampliação da malha ro<strong>do</strong>viária que interliga, no âmbito estadual, os principais destinos<br />

turísticos como, por exemplo, a construção da Linha Verde, que permitiu a expansão <strong>do</strong><br />

turismo ao longo <strong>do</strong> Litoral Norte, e a estrada Nazaré-Valença-Travessão que incrementou o<br />

turismo <strong>na</strong> Costa <strong>do</strong> Dendê. Foram amplia<strong>do</strong>s também os aeroportos Luis Eduar<strong>do</strong> Magalhães<br />

e de Porto Seguro. Há que se registrar ainda os vultuosos investimentos realiza<strong>do</strong>s ao longo<br />

da década de 90 pela iniciativa privada que, atraída pelas facilidades proporcio<strong>na</strong>das pelo<br />

governo estadual, através de incentivos fiscais, realizou diversos empreendimentos,<br />

9 “Os recursos <strong>do</strong> programa provêm <strong>do</strong> banco Mundial, Bndes, Kredinstalt Für Wiederaufbau –KFW, Fun<strong>do</strong><br />

Geral de Turismo Caixa Econômica Federal – FUNGETUR, PRODETUR-NE (Banco <strong>do</strong> Nordeste – BNB e<br />

Banco Interamericano de Desenvolvimento –BID) e Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (Secretaria 2001).” (MIGUEZ, 2003,<br />

p.248, nota 163).<br />

10 Em 1992, <strong>na</strong> primeira versão <strong>do</strong> Prodetur, a <strong>Bahia</strong>tursa elaborou um plano estratégico de intervenção, através<br />

<strong>do</strong> qual as principais localidades de apelo turístico foram identificadas e agrupadas em sete regiões,<br />

configuran<strong>do</strong>-se como segmentos específicos <strong>do</strong> “Produto <strong>Bahia</strong>”. São elas: Costa <strong>do</strong>s Coqueiros (Litoral Norte<br />

de Salva<strong>do</strong>r), Baía de To<strong>do</strong>s os Santos (Salva<strong>do</strong>r, Itaparica e Cachoeira), Costa <strong>do</strong> Dendê (Valença, Guaibim e<br />

Morro de São Paulo), Costa <strong>do</strong> Cacau (Ilhéus, Itacaré, Comandatuba e Ca<strong>na</strong>vieiras), Costa <strong>do</strong> Descobrimento<br />

(Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Arraial D'Ajuda e Trancoso), Costa das Baleias (Pra<strong>do</strong>, Alcobaça,<br />

Caravelas e Abrolhos) e Chapada Diamanti<strong>na</strong> (Lençóis, Mucugê e Andaraí). No entanto, como bem observa<br />

Lúcia Queiroz (2002), essa idéia de espacialização, dividin<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> em Zo<strong>na</strong>s Turísticas, é originária <strong>do</strong><br />

Programa Caminhos da <strong>Bahia</strong>, formula<strong>do</strong> no início da década de 80, que tinha por objetivo interiorizar e ampliar<br />

as áreas turísticas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

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