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Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...

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Cruza<strong>do</strong> e o Plano Collor) 8 , altamente coercitivos para a renda da classe média brasileira,<br />

ten<strong>do</strong> conseqüências diretas <strong>na</strong> atividade turística. Além disso, em contexto local, a <strong>Bahia</strong><br />

também sofria as conseqüências da recessão econômica e registrava uma fase de<br />

desaquecimento expressivo da sua economia. Some-se ainda o declínio da indústria da<br />

transformação – principal atividade produtiva da economia baia<strong>na</strong> – que no perío<strong>do</strong> entre<br />

1985 e 1990 amargava o crescimento médio de ape<strong>na</strong>s 0,8% ao ano. Conseqüentemente, esse<br />

contexto desfavorável, seja no plano <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l ou em âmbito local, acarretou semelhante<br />

desaquecimento <strong>na</strong> di<strong>na</strong>mização <strong>do</strong> turismo, que entre outras conseqüências, gerou uma<br />

intimidação de investimentos, tanto <strong>do</strong> setor priva<strong>do</strong> quanto <strong>do</strong> poder público, <strong>na</strong> infra-<br />

estrutura urba<strong>na</strong> e turística da cidade – fatores essenciais para a dinâmica da atividade<br />

turística (QUEIROZ, 1997).<br />

Em meio a esse cenário desfavorável, o Programa de Desenvolvimento <strong>do</strong> Turismo <strong>do</strong><br />

Nordeste (Prodetur-NE) aparecia como tábua de salvação para a di<strong>na</strong>mização da atividade <strong>na</strong><br />

região. Em 1993, a Sudene encabeça a coorde<strong>na</strong>ção <strong>do</strong> Programa, ten<strong>do</strong> como principal meta<br />

“tor<strong>na</strong>r o Nordeste mais ‘competitivo inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lmente’ no ramo turístico e promover a<br />

correção das desigualdades regio<strong>na</strong>is” (FARIAS, 2001, p.248). Dessa forma, o programa para<br />

o desenvolvimento <strong>do</strong> turismo no Nordeste é instituí<strong>do</strong>, envolven<strong>do</strong> recursos <strong>na</strong> ordem de<br />

US$ 1,5 bilhão, investimento a ser fi<strong>na</strong>ncia<strong>do</strong> com 50% de recursos <strong>do</strong> BID e 50% de<br />

recursos <strong>do</strong> tesouro estadual <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s. Assim <strong>na</strong>scia o Prodetur-NE, cria<strong>do</strong> para<br />

possibilitar a constituição de pólos turísticos, de mo<strong>do</strong> a <strong>do</strong>tar de infra-estrutura necessária a<br />

região Nordeste e conseqüentemente atrair o capital priva<strong>do</strong> a investir em equipamentos e<br />

serviços no ramo da hotelaria, cultura e entretenimento.<br />

A <strong>Bahia</strong>, parte integrante <strong>do</strong> Prodetur-NE, foi significativamente beneficiada já que<br />

contaria com a parte majoritária de recursos (em torno de 35%) para a implementação <strong>do</strong><br />

programa em nível local. Os objetivos ambicio<strong>na</strong><strong>do</strong>s com esse programa não são poucos e<br />

nem tampouco acanha<strong>do</strong>s diante <strong>do</strong> que o governo se propõe a realizar. É o que se pode<br />

concluir através das palavras <strong>do</strong> Secretário da Cultura e Turismo Paulo Gaudenzi quan<strong>do</strong><br />

comenta sobre as metas a serem atingidas através <strong>do</strong> Prodetur:<br />

8 QUEIROZ (1997, p.55), chama a atenção para esse fenômeno ao apontar que “o PIB real per capta <strong>do</strong> Brasil<br />

apresentou uma taxa de declínio anual <strong>na</strong> ordem de 1,5%. (...) Em conseqüência, o fluxo turístico <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l para<br />

Salva<strong>do</strong>r retraiu-se, em média, 4,6% ao ano no perío<strong>do</strong> delimita<strong>do</strong> pelos anos de 1988 e 1992.”<br />

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