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Eficácia da drenagem linfática no pós-operatório de ... - Bio Cursos

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Resumo<br />

<strong>Eficácia</strong> <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong><br />

abdomi<strong>no</strong>plastia<br />

Maria Lúcia Silva e Silva 1<br />

mblucia1@hotmail.com<br />

Dayana Priscila Maia Mejia 2<br />

Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional - Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> Ávila<br />

A abdomi<strong>no</strong>plastia é uma <strong>da</strong>s intervenções cirúrgicas frequentemente realiza<strong>da</strong>s e consiste<br />

na remoção <strong>de</strong> tecido subcutâneo exce<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> região do abdome, por meio <strong>de</strong> uma incisão<br />

supra-púbica com transposição do umbigo e com plicatura dos músculos reto-abdominais. A<br />

cirurgia plástica causa um rompimento importante <strong>de</strong> vasos, ocasionando a obstrução <strong>da</strong><br />

circulação <strong>linfática</strong> superficial e, às vezes, a profun<strong>da</strong> também fica comprometi<strong>da</strong>, resultando<br />

em e<strong>de</strong>ma. A <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> é um recurso para tratar as consequências <strong>da</strong>s alterações<br />

vasculares, ou seja, o e<strong>de</strong>ma. O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é <strong>de</strong>monstrar a eficácia <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong><br />

<strong>linfática</strong> manual <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia. Os objetivos específicos são: <strong>de</strong>finir<br />

abdomi<strong>no</strong>plastia, expor as principais consi<strong>de</strong>rações sobre a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual,<br />

apresentar importância e a técnica <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual pelo<br />

fisioterapeuta <strong>de</strong>rmato-funcional. Para alcançar os objetivos propostos <strong>da</strong> pesquisa,<br />

realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o tema nas bases <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos SCIELO e em livros.<br />

Por conseguinte, se fez evi<strong>de</strong>nte durante a pesquisa que a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> po<strong>de</strong> ser<br />

utiliza<strong>da</strong> pelo fisioterapeuta e é eficaz para minimizar o e<strong>de</strong>ma <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-cirúrgico <strong>de</strong><br />

abdomi<strong>no</strong>plastia. Além do mais, a aplicação precoce <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual a<strong>pós</strong> a<br />

cirurgia po<strong>de</strong> prevenir complicações, como o seroma e auxilia na reparação <strong>de</strong> ferimentos,<br />

proporcionando uma recuperação mais rápi<strong>da</strong> <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-cirúrgico.<br />

Palavras-chave: Drenagem Linfática, Abdomi<strong>no</strong>plastia, E<strong>de</strong>ma.<br />

1. Introdução<br />

Ultimamente, busca-se conseguir um padrão <strong>de</strong> beleza padronizado pela mídia, do corpo belo<br />

e magro. Na maioria <strong>da</strong>s vezes para conservar a boa aparência estética, as mulheres utilizam<br />

<strong>de</strong> medicamentos, dietas, exercícios e até intervenções cirúrgicas nessa busca. A fisioterapia<br />

<strong>de</strong>rmato-funcional atua <strong>de</strong> maneira a auxiliar nessa procura pelo corpo almejado, aumentando<br />

ca<strong>da</strong> dia mais a sua aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, apontando resultados (CEOLIN,2006).<br />

A crescente preocupação com os cui<strong>da</strong>dos <strong>pós</strong>-cirúrgicos vem apresentando resultados<br />

positivos por meio <strong>da</strong> procura por meios preventivos para possíveis complicações, que tem<br />

proporcionado ao paciente um <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> mais curto e, consequentemente, um resultado<br />

estético mais satisfatório (FERNANDES,2011). Um dos recursos é a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> que<br />

visa minimizar o e<strong>de</strong>ma <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> cirurgia plástica.<br />

Hoje em dia a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> é conheci<strong>da</strong> pelas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s internacionais e tem suas<br />

utilizações <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s não só para o tratamento estético, mas também para tratamento em<br />

afecções <strong>de</strong> natureza angiológica, traumáticas, neurológicas, metabólica e cirúrgica<br />

(BORGES,2006).<br />

1 Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional.<br />

2 Gradua<strong>da</strong> em Fisioterapia, Especialista em Metodologia do Ensi<strong>no</strong> Superior; Mestrado em bioética e direito em<br />

saú<strong>de</strong>.<br />

1


O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é <strong>de</strong>monstrar a eficácia <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual <strong>no</strong> <strong>pós</strong><strong>operatório</strong><br />

<strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia. Os objetivos específicos são: <strong>de</strong>finir abdomi<strong>no</strong>plastia, expor<br />

as principais consi<strong>de</strong>rações sobre a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual, apresentar importância e a<br />

técnica <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual pelo fisioterapeuta <strong>de</strong>rmato-funcional. Já o<br />

problema <strong>da</strong> pesquisa foi: Qual a eficácia <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong><br />

abdomi<strong>no</strong>plastia?<br />

Atualmente a preocupação com os cui<strong>da</strong>dos <strong>no</strong> pré e <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> tem <strong>de</strong>monstrado fator<br />

preventivo <strong>de</strong> possíveis complicações e promoção <strong>de</strong> um resultado estético mais satisfatório.<br />

Além do planejamento cirúrgico a eficiência <strong>de</strong> uma cirurgia plástica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> também <strong>da</strong><br />

intervenção e cui<strong>da</strong>dos pré e <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>s, o que tem evi<strong>de</strong>nciado fator preventivo <strong>de</strong><br />

possíveis complicações e promoção <strong>de</strong> um resultado estético mais satisfatório (BORGES,<br />

2006). Por mais simples que seja a cirurgia, ela traumatiza o corpo, e<strong>de</strong>mas, hematomas <strong>de</strong><br />

diversos níveis, <strong>de</strong>sconforto e dor são algumas <strong>da</strong>s queixas mais comuns com as quais os<br />

pacientes têm <strong>de</strong> conviver durante o <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>. Sendo o processo <strong>de</strong> cura total<br />

<strong>de</strong>sconfortável e, por vezes, ain<strong>da</strong> causa algumas surpresas não muito agradáveis, tais como<br />

fibroses, dores persistes, transtor<strong>no</strong>s do so<strong>no</strong>, digestão e disposição energética <strong>de</strong>bilita<strong>da</strong><br />

(FERANDES,2011).<br />

Devido a vivência prática na área <strong>de</strong> fisioterapia, pu<strong>de</strong> perceber a atuação eficaz <strong>da</strong><br />

fisioterapia <strong>de</strong>rmato-funcional <strong>no</strong> atendimento <strong>de</strong> pacientes <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> cirurgia<br />

plástica, utilizando a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual para minimizar o e<strong>de</strong>ma. Por isso, surgiu o<br />

interesse em pesquisar sobre o assunto, para conhecer e estudos <strong>de</strong> alguns autores sobre o<br />

tema. E <strong>de</strong>ssa maneira estimular os profissionais a realizarem mais pesquisa levando e<br />

consi<strong>de</strong>ração essa temática.<br />

2. Abdomi<strong>no</strong>plastia<br />

A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Cirurgia Plástica na pesquisa <strong>da</strong>ta folha em 2009, afirma que a<br />

abdomi<strong>no</strong>plastia é um dos procedimentos frequentemente realizados em todo mundo, sendo a<br />

terceira cirurgia estética mais realiza<strong>da</strong> <strong>no</strong> Brasil, em 2008 (MARTINO,2010).<br />

No ínicio a termi<strong>no</strong>logia utiliza<strong>da</strong> era a lipectomia abdominal, que foi primeiramente<br />

apresenta<strong>da</strong> por Demars e Marx. Este termo foi em segui<strong>da</strong> modificado para abdomi<strong>no</strong>plastia<br />

e caracteriza às cirurgias em que há ressecção <strong>de</strong> pele e tecido subcutâneo em excesso. No<br />

entanto, po<strong>de</strong>rá estar associa<strong>da</strong> ou não a vários outros procedimentos e técnicas em que se<br />

atua sobre a musculatura (como rotação e plicatura dos músculos oblíquos exter<strong>no</strong>s),<br />

aponeurose, e com procedimentos complementares <strong>no</strong> subcutâneo (como lipoaspiração<br />

ouressecções segmentares) (PORCHAT,2004).<br />

Os procedimentos <strong>operatório</strong>s utilizados para modificar o contor<strong>no</strong> e a forma do abdome<br />

incluem a abdomi<strong>no</strong>plastia, ou a <strong>de</strong>rmolipectomia clássica; a abdomi<strong>no</strong>plastia modifica<strong>da</strong> ou<br />

“miniabdomi<strong>no</strong>plastia”; a abdomi<strong>no</strong>plastia circunferencial ou em cinto; e a <strong>de</strong>rmolipectomia.<br />

Esses procedimentos evoluíram ao longo do século 20 <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as operações direciona<strong>da</strong>s à<br />

correção <strong>de</strong> problemas funcionais até o <strong>de</strong>scolamento através <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem com incisões<br />

transversais inferiores mais encobertas, marca<strong>da</strong>s por <strong>de</strong>scolamento extenso <strong>da</strong> pele e cama<strong>da</strong><br />

adiposa. Essa técnica levou ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> <strong>de</strong>rmolipectomia clássica, ou<br />

abdomi<strong>no</strong>plastia, que foi utiliza<strong>da</strong> para tratar as formas mais pronuncia<strong>da</strong>s <strong>de</strong> pele, o excesso<br />

<strong>de</strong> gordura e flaci<strong>de</strong>z muscular (EVANS,2007).<br />

Para Tournieux, Perez apud Soares LMA et al. (2005), um dos tipos <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia é a<br />

<strong>de</strong>rmolipectomia abdominal na qual é retira<strong>da</strong> o retalho cutâneo e gordura <strong>da</strong> região inferior<br />

do abdome <strong>de</strong> maneira que o retalho do abdome superior recobre to<strong>da</strong> a extensão abdominal.<br />

Além disso, é feita a plicatura do músculo reto do abdome o que proporciona aproximação<br />

dos músculos oblíquos e promove acinturamento.<br />

2


Estão restritas aos indivíduos muito obesos, mulheres que <strong>de</strong>sejam ter filhos ou problemas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> que sejam empecilhos a uma abor<strong>da</strong>gem cirúrgica. Descreve-se que na abdomi<strong>no</strong>plastia<br />

ao se realizar a incisão na área do biquíni, <strong>de</strong>ve-se assegurar que não haja a formação <strong>de</strong><br />

“orelhas <strong>de</strong> cachorro” nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s laterais, e que, a<strong>pós</strong> a completa dissecção até os arcos<br />

costais com o tronco em leve flexão, a ressecção <strong>da</strong> pele seja realiza<strong>da</strong> em estágios com<br />

suturas em pontos chaves, <strong>de</strong> maneira que o retalho <strong>de</strong> pele seja ressecado <strong>de</strong> forma precisa,<br />

secção por secção, e sem nenhuma tensão significativa, <strong>de</strong> modo que a necrose seja evita<strong>da</strong>. A<br />

gordura é resseca<strong>da</strong> obliquamente, também estágios por estágio, para evitar quaisquer<br />

retrações <strong>pós</strong>-operatória do retalho. A hemostasia imediata é importante <strong>de</strong> maneira que os<br />

valores <strong>da</strong> hemoglobina não caiam abaixo <strong>de</strong> 8mg/dL. É recomendável que pacientes obesas<br />

façam uma doação autóloga <strong>de</strong> sangue quatro semanas antes <strong>da</strong> operação. As pacientes<br />

também <strong>de</strong>vem receber profilaxia <strong>da</strong> trombose e profilaxia <strong>da</strong> infecção <strong>no</strong> intra-<strong>operatório</strong> e<br />

por 10 dias a<strong>pós</strong> a operação (MANG,2006).<br />

A seleção <strong>da</strong> técnica particular para o contor<strong>no</strong> <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> abdominal <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>formi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

exibi<strong>da</strong> pelo paciente. O cirurgião <strong>de</strong>ve saber se o paciente já se submeteu a uma cirurgia<br />

abdominal anterior e sob que condições. O exame físico revela a orientação em particular <strong>de</strong><br />

qualquer incisão prévia. O cirurgião plástico também <strong>de</strong>ve perguntar sobre a evolução <strong>da</strong><br />

cicatriz e se houve alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> com a cirurgia (EVANS,2007).<br />

A abdomi<strong>no</strong>plastia é indica<strong>da</strong> <strong>no</strong>s casos em que a pele não tem mais capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contração<br />

a<strong>pós</strong> uma consi<strong>de</strong>rável per<strong>da</strong> <strong>de</strong> peso, ou a<strong>pós</strong> uma gravi<strong>de</strong>z na qual ocorreu um estiramento<br />

em excesso <strong>da</strong> pele do abdome, e, como consequência disso, as fibras elásticas <strong>da</strong> pele foram<br />

<strong>de</strong>struí<strong>da</strong>s (celulite) ou os músculos abdominais foram distendidos e se distanciou um do<br />

outro na linha central do abdome, o que resultou em uma diástase com hérnia na linha média.<br />

Cicatrizes retraí<strong>da</strong>s e dolorosas que apareceram <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguma cirurgia ginecológica<br />

(cesariana) po<strong>de</strong>m também ser o motivo para uma <strong>de</strong>rmolipectomia abdominal. Caso a<br />

paciente apresente um sobrepeso importante, a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> peso antes <strong>da</strong> cirurgia é necessária.<br />

Em casos raros, a abdomi<strong>no</strong>plastia po<strong>de</strong> ser combina<strong>da</strong> com lipoaspiração. A operação bem<br />

geral, é realiza<strong>da</strong> sob anestesia geral. O tipo <strong>de</strong> incisão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo e <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pele exce<strong>de</strong>nte. Um dia antes <strong>da</strong> cirurgia, o cirurgião <strong>de</strong>ve conversar com a paciente sobre as<br />

mu<strong>da</strong>nças requisitas por ela e sobre o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> operação propriamente dita<br />

(MANG,2006).<br />

Ain<strong>da</strong> segundo Mang (2006), se for realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira correta, a operação por si só será<br />

bem-sucedi<strong>da</strong> a longo termo se satisfatória para a paciente. Em relação à técnica cirúrgica,<br />

além <strong>da</strong> dissecção precisa <strong>da</strong> fáscia abdominal com hemostasia imediata, a linha <strong>de</strong> incisão na<br />

área do biquíni <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>marca<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma cui<strong>da</strong>dosa, e o reposicionamento e a<br />

reconstrução do umbigo <strong>de</strong>verão ser bem-realizados, <strong>de</strong> maneira que não existam hérnias<br />

umbilicais, nem <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> abdominal.<br />

São numerosas as técnicas <strong>de</strong> cirurgias plásticas que envolvem o abdome, sendo a mais<br />

comum a incisão horizontal infra-umbilical ou supra-púbica com transposição do umbigo.O<br />

abdome representa ain<strong>da</strong> uma importante área doadora <strong>de</strong> tecido para as mais varia<strong>da</strong>s<br />

reconstruções (GUIRRO E GUIRRO,2002).<br />

2.1 Complicações<br />

Segundo Guirro e Guirro (2002), o <strong>pós</strong>-cirúrgico <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia po<strong>de</strong> apresentar algumas<br />

complicações <strong>pós</strong>-cirúrgicas locais, sendo as mais comuns: <strong>de</strong>iscências, hematomas, seromas,<br />

infecções na cicatriz cirúrgica, alterações cicatriciais, assimetrias, retrações. Além <strong>de</strong>ssas,<br />

po<strong>de</strong> ocorrer irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s na pare<strong>de</strong> abdominal, necrose cutâneo-gordurosa <strong>de</strong>svios laterais<br />

do umbigo, elevação dos pelos pubia<strong>no</strong>s.<br />

3


Define-se o seroma como uma coleção líqui<strong>da</strong>, <strong>de</strong> características exsu<strong>da</strong>tivas, forma<strong>da</strong><br />

profun<strong>da</strong>mente ao retalho <strong>de</strong>rmogorduroso (BAROUDI,CHAOUAT APUD<br />

MARTINO,2010).<br />

Além <strong>da</strong>s alterações como as cicatrizes hipertróficas e queloi<strong>de</strong>anas originárias<br />

principalmente pelo excesso <strong>de</strong> tensão na região inferior do abdome, o seroma é uma<br />

complicação comum, tanto nas cirurgias convencionais, quanto nas associações com<br />

lipoaspiração. Outra sequela que po<strong>de</strong> ocorrer é a necrose cutâneo-gordurosa, felizmente com<br />

incidência rara. No Brasil a abdomi<strong>no</strong>plastia clássica foi impulsiona<strong>da</strong> pelo trabalho <strong>de</strong> Callia<br />

em 1963, que preconizou incisões baixas e posiciona<strong>da</strong>s em zonas mais discretas. As cirurgias<br />

atuais são realiza<strong>da</strong>s com base em diversos conceitos bem estabelecidos. Uma <strong>no</strong>va<br />

abor<strong>da</strong>gem cirúrgica com cicatrizes me<strong>no</strong>res (18 a 22 cm) foi proposta, ficando conheci<strong>da</strong><br />

como mini-abdomi<strong>no</strong>plastia (GUIRRO E GUIRRO,2002).<br />

Uma cinta abdominal é também coloca<strong>da</strong> até que os dre<strong>no</strong>s Redon sejam retirados. Isso<br />

assegura uma boa compressão <strong>da</strong>s superfícies <strong>de</strong>scola<strong>da</strong>s e disseca<strong>da</strong>s <strong>da</strong> feri<strong>da</strong> operatória, o<br />

que previne a formação <strong>de</strong> seromas e hematomas. Durante esse período, a paciente <strong>de</strong>ve ter<br />

repouso <strong>no</strong> leito em uma posição supina, levemente angula<strong>da</strong>, com o tronco superior elevado.<br />

A cinta abdominal <strong>de</strong>ve ser coloca<strong>da</strong> com tração. Ela <strong>de</strong>ve ser afrouxa<strong>da</strong> caso a paciente<br />

apresente dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para respirar. A profilaxia <strong>da</strong> trombose e <strong>da</strong> infecção <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong><br />

durante a permanência <strong>da</strong> paciente <strong>no</strong> hospital. Se as feri<strong>da</strong>s operatórias ficarem muito tensas,<br />

elas po<strong>de</strong>rão alargar e isso po<strong>de</strong> resultar em cicatrizes grosseiras, distendi<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>scolori<strong>da</strong>s e<br />

dolorosas. A compressão <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> abdominal utilizando-se ban<strong>da</strong>gem não <strong>de</strong>ve ser muito<br />

forte, uma vez que isso po<strong>de</strong> causar necrose <strong>da</strong> porção final distal do retalho (“área mais<br />

pobremente vasculariza<strong>da</strong>”) (EVANS,2007).<br />

O tipo <strong>de</strong> pele e a i<strong>da</strong><strong>de</strong> são partes importantes <strong>de</strong>ssa operação. Em muitos casos, não é<br />

possível remover to<strong>da</strong>s as pregas e estrias e isso <strong>de</strong>ve ser explicado para a paciente. Além<br />

disso, as pacientes <strong>de</strong>vem evitar a gravi<strong>de</strong>z em um futuro previsível do <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>. Não é<br />

necessário atingir um <strong>de</strong>terminado peso para esse procedimento, mas algumas condições<br />

relaciona<strong>da</strong>s a esse aspecto <strong>de</strong>vem ser preenchi<strong>da</strong>s. O peso corporal <strong>de</strong>ve estar estabilizado<br />

por alguns meses antes <strong>da</strong> operação, e <strong>de</strong>ve estar em um nível que a paciente consiga manter<br />

a<strong>pós</strong> o procedimento (MANG,2006).<br />

3. Sistema Linfático<br />

A anatomia do sistema linfático é estu<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios, ain<strong>da</strong> que haja gran<strong>de</strong><br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>licado aspecto e à coloração translúci<strong>da</strong> dos vasos linfáticos. Autores<br />

como Leduc, apresentaram o sistema linfático e o dividiram em componentes, <strong>de</strong>ntre os quais<br />

po<strong>de</strong>mos citar: os capilares linfáticos, vasos pré-coletores, os troncos linfáticos, o ducto<br />

linfático, linfo<strong>no</strong>dos e linfa. É um sistema que transporta a linfa <strong>da</strong> periferia ao centro em um<br />

sentido único. Esse sistema não possui um órgão bombeador e associa-se a estruturas<br />

<strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>da</strong>s linfo<strong>no</strong>dos. Fazem aparte <strong>de</strong>sse sistema os vasos linfáticos e o tecido linfói<strong>de</strong>,<br />

que está presente em órgãos como o intesti<strong>no</strong>, e forma outros como os linfo<strong>no</strong>dos,baço,timo e<br />

as amí<strong>da</strong>las.A circulação <strong>linfática</strong> é o final <strong>de</strong> um processo que se inicia com o sistema<br />

sanguíneo (BORGES,2006).<br />

O sistema linfático é consi<strong>de</strong>rado como um sistema <strong>de</strong> “limpeza” corporal. Mesmo<br />

tendo se <strong>de</strong>senvolvido juntamente com o ve<strong>no</strong>so, como parte do esquema<br />

circulatório <strong>de</strong> retor<strong>no</strong>, ele diversifica e participa <strong>de</strong> outros fenôme<strong>no</strong>s como os<br />

infecciosos, carci<strong>no</strong>matosos e imunitários. A função <strong>de</strong> intercâmbio e captação <strong>de</strong><br />

líquidos dos espaços intersticiais, para transportá-los finalmente ao sangue, é<br />

primordial; sem a eliminação <strong>da</strong>s proteínas <strong>de</strong>stes espaços, provavelmente<br />

morreríamos em 24 horas. Os capilares linfáticos têm suas células sujeitas a<br />

filamentos <strong>de</strong> ancoragem que regulam a passagem <strong>de</strong> macromoléculas<br />

(GODOY,BELCZAK,GODOY,2005:11).<br />

4


O sistema linfático abrange a linfa, os vasos linfáticos, os linfo<strong>no</strong>dos, o baço, as tonsilas e o<br />

timo (BRAUN e SIMONSON,2007).<br />

Para Fritz(2002),o sistema linfático é uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> canais e nós,na qual, <strong>de</strong>sloca-se uma<br />

substância chama<strong>da</strong> linfa.Linfa é um fluído claro e aquoso semelhante ao plasma. Esse<br />

sistema colhe e drena a linfa <strong>de</strong> diferentes áreas do corpo e a conduz através dos canais<br />

linfáticos <strong>de</strong> volta ao sistema ve<strong>no</strong>so. Ali, ela é <strong>de</strong>posita<strong>da</strong> e mistura<strong>da</strong> com o sangue ve<strong>no</strong>so,<br />

tornando-a circular. O sistema linfático possui diversas funções e opera <strong>da</strong>s seguintes<br />

maneiras:<br />

Retorna substâncias vitais, como proteínas do plasma, à corrente sanguínea a partir <strong>de</strong><br />

tecidos do corpo;<br />

Auxiliar na manutenção do equilíbrio <strong>de</strong> fluído, drenando-os dos tecidos do corpo;<br />

Auxilia a <strong>de</strong>fesa do corpo contra substâncias que causam doenças;<br />

Aju<strong>da</strong> na reabsorção <strong>de</strong> gorduras do sistema digestório.<br />

Leduc e Leduc (2002) apresentam os principais componentes <strong>da</strong>s vias <strong>linfática</strong>s:<br />

Capilares linfáticos: possuem a função <strong>de</strong> coletar o líquido <strong>da</strong> filtragem carregado <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>jetos do metabolismo celular. A progressão <strong>da</strong> linfa <strong>no</strong> nível dos capilares é<br />

facilita<strong>da</strong> por pressões exerci<strong>da</strong>s pelas contrações dos músculos vizinhos e pela<br />

pulsação arterial. As mobilizações <strong>de</strong> diversos pla<strong>no</strong>s tissulares entre si, durante<br />

movimentos do corpo beneficiam a progressão <strong>da</strong> corrente <strong>linfática</strong>.<br />

Pré-coletores: recebem a linfa coleta<strong>da</strong> pelos capilares para levá-la à re<strong>de</strong> dos<br />

coletores. Os pré-coletores são valvulados: a porção situa<strong>da</strong> entre duas válvulas é<br />

<strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>da</strong> linfângio e seu percurso é sinuoso. Eles <strong>de</strong>sembocam <strong>no</strong>s coletores, on<strong>de</strong><br />

uma válvula impe<strong>de</strong> qualquer possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> refluxo. Os pré-coletores são a se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contrações, ou seja, sua pare<strong>de</strong> é equipa<strong>da</strong> com células musculares que se contraem.<br />

Essas células estão situa<strong>da</strong>s na media, a porção contrátil do pré-coletor está situa<strong>da</strong> na<br />

porção média do linfângio.<br />

Coletores: recebem a linfa para levá-la até os gânglios. Esses canais compõem vias<br />

muito importantes <strong>de</strong> evacuação: <strong>de</strong>sembocam nas ca<strong>de</strong>ias gânglio mares (coletores<br />

aferentes) e <strong>de</strong>ixam o gânglio em me<strong>no</strong>r número (coletores eferentes). Os coletores<br />

são munidos <strong>de</strong> musculatura própria que submete os vasos a contrações espetaculares,<br />

enviando a linfa pouco a pouco em direção a uma <strong>de</strong>sembocadura terminal.<br />

A respiração favorece o retor<strong>no</strong> <strong>da</strong> linfa <strong>no</strong> canal torácico. Os movimentos <strong>de</strong><br />

inspiração e <strong>de</strong> expiração produzem aumentos <strong>de</strong> pressões seguidos <strong>de</strong> diminuições<br />

que atuam sobre o canal torácico e facilitam o trânsito linfático ate a sua<br />

<strong>de</strong>sembocadura ve<strong>no</strong>sa.<br />

No sistema linfático há linfo<strong>no</strong>dos que são peque<strong>no</strong>s corpos presentes <strong>no</strong> caminho dos canais<br />

linfáticos, que atuam como filtros para a linfa antes <strong>de</strong> ela retornar à corrente sanguínea. As<br />

principais localizações dos linfo<strong>no</strong>dos mais superficiais são a área cervical, a região axilar e a<br />

virilha ou área inguinal. Também existem plexos <strong>de</strong> canais linfáticos por todo o corpo. Esses<br />

canais entrelaçados são encontrados nas seguintes áreas (FRITZ,2002):<br />

Plexo mamário: vasos linfáticos em volta dos seios;<br />

Plexo palmar: vasos linfáticos na palma (palmar) <strong>da</strong> mão;<br />

Plexo plantar: vasos linfáticos na sola (planta) do pé.<br />

Os linfo<strong>no</strong>dos contêm uma gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> macrófagos e linfócitos e um arcabouço<br />

estrutural <strong>de</strong> tecido conjuntivo reticular que forma uma malha para a filtragem <strong>da</strong> linfa. Os<br />

patóge<strong>no</strong>s e as toxinas presentes na linfa são <strong>de</strong>struídos ou <strong>de</strong>sativados e filtrados PR meio <strong>de</strong><br />

uma série <strong>de</strong> armadilhas fibrosas. A linfa limpa sai do nódulo linfático e continua seu trajeto<br />

em direção ao coração (BRAUN e SIMONSON,2007).<br />

5


Segundo Borges (2002), <strong>no</strong>s traumas mecânicos, como na cirurgia plástica, po<strong>de</strong> haver<br />

alteração estrutural ou funcional dos vasos linfáticos, causa<strong>da</strong> por laceração ou compressão<br />

(hematoma, fibrose). Essa obstrução mecânica alterará o equilíbrio <strong>da</strong>s tensões, resultando <strong>de</strong><br />

maneira inevitável em e<strong>de</strong>ma. Esse e<strong>de</strong>ma é <strong>de</strong>finido como o acúmulo <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> líquido<br />

<strong>no</strong> espaço intersticial como resultado <strong>da</strong> quebra do equilíbrio entre a pressão interna e externa<br />

<strong>da</strong> membrana <strong>da</strong> célula, ou <strong>de</strong> uma obstrução do retor<strong>no</strong> linfático e ve<strong>no</strong>so.<br />

4. Drenagem Linfática Manual<br />

Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> sessenta a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> começou a ser emprega<strong>da</strong> com a intenção <strong>de</strong><br />

melhorar os resultados cosméticos <strong>de</strong> cirurgias. Des<strong>de</strong> então, já eram observados os<br />

benefícios <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual <strong>no</strong> tratamento e prevenção <strong>de</strong> algumas complicações<br />

<strong>no</strong> <strong>pós</strong>-cirúrgico. Sendo que a execução <strong>de</strong> ma<strong>no</strong>bras <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> imediato apresenta<br />

gran<strong>de</strong>s benefícios para a prevenção e tratamento <strong>da</strong>s sequelas proce<strong>de</strong>nte do ato cirúrgico. A<br />

<strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual aplica<strong>da</strong> com movimentos rítmicos atua <strong>de</strong> forma eficaz na<br />

<strong>drenagem</strong> do e<strong>de</strong>ma proveniente do ato cirúrgico (GUIRRO e GUIRRO,2002).<br />

Drenagem é ma palavra <strong>de</strong> origem inglesa e pertencente ao léxico <strong>da</strong><br />

hidrologia: consiste em evacuar um pânta<strong>no</strong> do seu excesso <strong>de</strong> água<br />

por meio <strong>de</strong> caneletas que <strong>de</strong>sembocam em um poço ou em um curso<br />

<strong>de</strong> água. A analogia é clara. Na <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual, as<br />

ma<strong>no</strong>bras são suaves e superficiais, não necessitando comprimir os<br />

músculos, e sim mobilizar uma corrente <strong>de</strong> líquido que está <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

um vaso linfático em nível superficial e acima <strong>da</strong> aponeurose<br />

(GODOY,BELCZAK,GODOY,2005:110).<br />

Dentro <strong>da</strong>s fun<strong>da</strong>mentações gerais sobre a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual, para a aplicação <strong>de</strong>sse<br />

recurso <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema linfático,<br />

além <strong>da</strong> integri<strong>da</strong><strong>de</strong> dos tecidos superficiais. Para tanto, a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual precisa<br />

ser realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma suave, lenta e rítmica, sem causar dor, <strong>da</strong><strong>no</strong>s ou lesões aos tecidos do<br />

paciente (TACANI e TACANI,2008).<br />

Ultimamente, a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual está representa<strong>da</strong> principalmente por duas técnicas<br />

a <strong>de</strong> Leduc e a <strong>de</strong> Vod<strong>de</strong>r. Ambas são basea<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s trajetos dos coletores linfáticos e<br />

linfo<strong>no</strong>dos, associando basicamente três categorias <strong>de</strong> ma<strong>no</strong>bras:<br />

ma<strong>no</strong>bra <strong>de</strong> captação:é realiza<strong>da</strong> sobre os segmento e<strong>de</strong>maciado,visando aumentar a<br />

captação <strong>da</strong> linfa pelos linfocapilares;<br />

ma<strong>no</strong>bra <strong>de</strong> reabsorção:as ma<strong>no</strong>bras se dão <strong>no</strong>s pré-coletores linfáticos,os quais<br />

transportarão a linfa capita<strong>da</strong> pelos linfocapilares;<br />

ma<strong>no</strong>bra <strong>de</strong> evacuação:o processo <strong>de</strong> evacuação ocorre <strong>no</strong>s linfo<strong>no</strong>dos que recebem a<br />

confluência dos coletores linfáticos.<br />

Segundo Guirro e Guirro (2002), a diferença entre elas está apenas <strong>no</strong> local <strong>da</strong> aplicação.<br />

Leduc indicou a utilização <strong>de</strong> cinco movimentos que, combinados entre si, constituem seu<br />

sistema <strong>de</strong> massagem: <strong>drenagem</strong> dos linfo<strong>no</strong>dos, círculos com os <strong>de</strong>dos, círculos com o<br />

polegar, movimentos combinados (polegar e <strong>de</strong>dos), pressão em bracelete. Enquanto as<br />

ma<strong>no</strong>bras <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> proposta por Vod<strong>de</strong>r distinguem-se quatro tipos <strong>de</strong> movimentos:<br />

círculos fixos, movimentos <strong>de</strong> bombeamento, movimento do doador, movimento giratório ou<br />

<strong>de</strong> rotação.<br />

4.1 Indicação e contra-indicações <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong><br />

Sckwartz apud Macedo e Oliveira(2010) , afirmam que indicação <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> em<br />

cirurgia plástica é necessariamente para a remoção do e<strong>de</strong>ma excessivo localizado <strong>no</strong><br />

6


interstício. Mas, só ocorrerá a diminuição <strong>de</strong>ste e<strong>de</strong>ma quando houver redução <strong>da</strong> secreção <strong>de</strong><br />

cortisol, que é liberado durante o processo <strong>de</strong> inflamação e reparo e <strong>no</strong> térmi<strong>no</strong> <strong>da</strong> formação<br />

do tecido cicatricial, em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> 20 a 42 dias.<br />

Para Camargo e Marx (2000) o e<strong>de</strong>ma é o acúmulo a<strong>no</strong>rmal <strong>de</strong> líquido intersticial, com<br />

característica predominantemente aquosa e não possui alta concentração protéica.<br />

Camargo e Marx apud Coutinho et al.(2006) afirmam que a técnica <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong><br />

manual vem sendo <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> para ser começa<strong>da</strong> <strong>no</strong> primeiro dia <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> com a<br />

emprego <strong>de</strong> ma<strong>no</strong>bras <strong>de</strong> evacuação e captação nas re<strong>de</strong>s ganglionares e vias <strong>linfática</strong>s,<br />

porém somente realiza<strong>da</strong>s nas áreas afasta<strong>da</strong>s <strong>da</strong> zona e<strong>de</strong>matosa como uma maneira <strong>de</strong><br />

estimular as anastomoses <strong>linfática</strong>s.<br />

A <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual atua sobre o e<strong>de</strong>ma e hematoma <strong>pós</strong>-lesão. Mas, além <strong>de</strong>ssa<br />

função, auxilia na reparação <strong>de</strong> ferimentos, pois o fibri<strong>no</strong>gênio <strong>da</strong> linfa é o elemento<br />

responsável pela formação <strong>de</strong> coágulos, que <strong>da</strong>rão origem à barreira protetora <strong>da</strong>s lesões. O<br />

trauma agudo ou a inflamação crônica <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> cicatrização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m inteiramente <strong>da</strong><br />

eficiência <strong>da</strong> circulação sanguínea e <strong>linfática</strong> (BORGES,2006).<br />

De acordo com Guirro e Guirro (2002), as ma<strong>no</strong>bras <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual são<br />

indica<strong>da</strong>s na prevenção e/ou tratamento <strong>de</strong>:<br />

E<strong>de</strong>mas;<br />

Life<strong>de</strong>mas;<br />

Fibro e<strong>de</strong>ma gelói<strong>de</strong>;<br />

Queimaduras;<br />

Enxertos;<br />

Acne.<br />

A <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual não apresenta risco algum para o paciente <strong>de</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong><br />

cirurgias plásticas, apenas se for mal aplica<strong>da</strong> concentrando muita força, rapi<strong>de</strong>z excessiva, ou<br />

direção erra<strong>da</strong> BORGES,2006).<br />

Guirro e Guirro (2002), afirma que a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual é contra-indica<strong>da</strong> na presença<br />

<strong>de</strong>:<br />

Processos infecciosos;<br />

Neoplasias;<br />

Trombose ve<strong>no</strong>sa profun<strong>da</strong>;<br />

Erisipela.<br />

4.2. Avaliação<br />

Coutinho et al.(2006), <strong>no</strong> estudo que realizou sobre a importância <strong>da</strong> atenção fisioterapêutica<br />

na minimização do e<strong>de</strong>ma <strong>no</strong>s casos <strong>de</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia associa<strong>da</strong> à<br />

lipoaspiração <strong>de</strong> flancos,estabeleceu alguns critérios para a avaliação <strong>de</strong> suas pacientes.Sendo<br />

assim,suas fichas <strong>de</strong> avaliação apresentavam:<br />

A i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> paciente abrangendo o <strong>no</strong>me, a <strong>da</strong>ta em que ocorreu a avaliação,<br />

en<strong>de</strong>reço, telefone, <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> nascimento, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, estado civil, nº <strong>de</strong> filhos e profissão.<br />

Na anamnese <strong>de</strong>stacou a queixa principal, <strong>no</strong>me do médico, medicamentos em uso e<br />

enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>s anteriores, altura e peso.<br />

Ao exame físico, através <strong>da</strong> inspeção, observou o tipo <strong>de</strong> cirurgia, localização e<br />

aspecto <strong>da</strong> cicatriz, possíveis complicações e medi<strong>da</strong>s.<br />

Para realizar a perimetria <strong>da</strong>s pacientes, utilizou-se uma fita métrica, on<strong>de</strong> se analisava a<br />

perimetria <strong>da</strong> região abdominal <strong>da</strong>s pacientes. O ponto <strong>de</strong> referência foi traçado a partir <strong>da</strong><br />

incisura jugular, com uma caneta <strong>de</strong>rmográfica se traçavam dois pontos, a trinta e a quarenta<br />

centímetros distantes <strong>da</strong> incisura. A análise <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>no</strong> estudo foi feito <strong>no</strong> momento <strong>da</strong><br />

avaliação e quando se completaram vinte sessões. A verificação <strong>de</strong>ssas medi<strong>da</strong>s são realiza<strong>da</strong>s<br />

7


com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a redução <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s consequente à minimização do e<strong>de</strong>ma<br />

(COUTINHO et a.l,2006).<br />

4.3 Técnica <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual na abdomi<strong>no</strong>plastia<br />

Apesar <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> versões a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s e evoluí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual,<br />

aprimora<strong>da</strong>s por diferentes escolas científicas ao longo <strong>da</strong> história, conforme achados e<br />

pesquisas experimentais <strong>de</strong> anatomia, fisiologia e fisiopatologia do sistema linfático, to<strong>da</strong>s<br />

estas versões seguem os mesmos parâmetros técnicos, não havendo diferença técnica <strong>de</strong><br />

<strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual terapêutica e estética (TACANI e TACANI,2008).<br />

Sabe-se que a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> drena os líquidos exce<strong>de</strong>ntes que banham as células,<br />

mantendo, <strong>de</strong>sse modo, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Também é responsável<br />

pela evacuação dos <strong>de</strong>jetos proce<strong>de</strong>ntes do metabolismo celular. Existem dois processos<br />

muito distintos que contribuem para a evacuação <strong>de</strong>sses líquidos intersticiais. Sendo o<br />

primeiro processo, a captação, realiza<strong>da</strong> pela re<strong>de</strong> <strong>de</strong> capilares linfáticos. A captação é a<br />

consequência do aumento local <strong>da</strong> pressão tissular. Quanto mais a pressão aumenta, maior é a<br />

recaptação pelos capilares linfáticos. Enquanto o segundo processo consiste na evacuação,<br />

longe <strong>da</strong> região infiltra<strong>da</strong>, dos elementos recaptados pelos capilares. Esse transporte <strong>de</strong> linfa<br />

que se encontra <strong>no</strong>s vasos é efetuado pelos pré-coletores em direção aos coletores (LEDUC e<br />

LEDUC,2000).<br />

Na fase agu<strong>da</strong>,segundo Borges (2006) e Guirro e Guirro(2002), a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> é um<br />

recurso para tratar as consequências <strong>da</strong>s alterações vasculares,ou seja,o e<strong>de</strong>ma. No entanto,<br />

<strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que a cicatrização ain<strong>da</strong> está recente, e <strong>de</strong>ssa maneira a aplicação <strong>da</strong><br />

técnica <strong>de</strong>ve ser o mais suave possível, evitando <strong>de</strong>slizamentos e trações <strong>no</strong> tecido em<br />

cicatrização.<br />

Ao verificar que nas cirurgias plásticas com incisões extensas há uma interrupção dos vasos<br />

linfáticos superficiais prejudicando a <strong>drenagem</strong> convencional, Callucci, em 1981, sugeriu uma<br />

modificação <strong>no</strong> sentido clássico <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual que <strong>de</strong><strong>no</strong>mi<strong>no</strong>u <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong><br />

<strong>linfática</strong> reversa. A <strong>no</strong>va técnica é bem fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>, já que na abdomi<strong>no</strong>plastia, por<br />

exemplo, a <strong>drenagem</strong> dos quadrantes (que confluem para a região inguinal) fica interrompi<strong>da</strong><br />

pela retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> tecido, restando apenas as vias dos quadrantes superiores que confluem para<br />

os linfo<strong>no</strong>dos axilares. Enquanto que na ausência <strong>da</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong><br />

manual clássica envolve movimentos que direcionam a linfa dos quadrantes inferiores para a<br />

região inguinal, procedimento este que, quando a incisão se faz presente, po<strong>de</strong> ocasionar um<br />

e<strong>de</strong>ma pericicatricial, promovendo uma tensão in<strong>de</strong>sejável na lesão (GUIRRO e<br />

GUIRRO,2002).<br />

Aplicação precoce <strong>da</strong>s drenagens a<strong>pós</strong> a cirurgia po<strong>de</strong>ria prevenir complicações, como o<br />

seroma, e proporcionar uma recuperação mais rápi<strong>da</strong> <strong>de</strong>sses pacientes. O seroma é uma <strong>da</strong>s<br />

complicações comuns <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia e foi observado naqueles<br />

pacientes que começaram a <strong>drenagem</strong> com mais <strong>de</strong> duas semanas <strong>de</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>(<br />

MANUAD apud SOARES LMA et al,2005).<br />

A sugestão <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual é a reversa, na qual se realiza as ma<strong>no</strong>bras <strong>de</strong><br />

<strong>drenagem</strong> direciona<strong>da</strong>s apenas para as vias íntegras, neste caso, as ma<strong>no</strong>bras serão<br />

direciona<strong>da</strong>s para a região axilar, até a reconstituição dos vasos, fato este que ocorre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

30 dias. No entanto, o termo reversa, po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r falsa impressão que o fluxo po<strong>de</strong> ser invertido,<br />

o que não ocorre, pois o “sistema linfático é um sistema <strong>de</strong> mão única”. A aplicação <strong>da</strong><br />

<strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer aos seguintes princípios,<br />

(GUIRRO e GUIRRO,2002):<br />

Ser suave para evitar possíveis lesões teciduais;<br />

Evitar os movimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamentos;<br />

Seguir o trajeto <strong>da</strong>s vias que não foram comprometi<strong>da</strong>s pelo ato cirúrgico;<br />

8


Elevação do segmento a ser drenado;<br />

Ser realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> modo que não promova um maior tensionamento na incisão cirúrgica,<br />

fixando-a com uma <strong>da</strong>s mãos.<br />

Para Godoy, Belczak,Godoy (2005) se inicia a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> estimulando a região<br />

cervical por mais <strong>de</strong> 10 minuto,o tempo máximo ain<strong>da</strong> não está <strong>de</strong>terminado,sugerindo um<br />

tempo <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>de</strong> 15 a 20 minutos na região cervical.Em segui<strong>da</strong>,po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> a<br />

inspiração e expiração profun<strong>da</strong> em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> 5 vezes por minuto.<br />

Borges (2006),afirma que para a execução correta <strong>da</strong> massagem <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong><br />

manual,<strong>de</strong>ve-se atentar para as seguintes questões;<br />

Os segmentos corpóreos em questão <strong>de</strong>vem estar em posição <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong>;<br />

A pressão exerci<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve seguir sempre os sentidos fisiológicos <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong>;<br />

A massagem <strong>de</strong>ve iniciar pelas ma<strong>no</strong>bras que facilitem a evacuação, objetivando<br />

<strong>de</strong>scongestionar as vias <strong>linfática</strong>s;<br />

O conhecimento <strong>da</strong>s vias <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> é <strong>de</strong> vital importância para o sucesso<br />

<strong>da</strong> terapia;<br />

As ma<strong>no</strong>bras <strong>de</strong>vem ser realiza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma rítmica e intermitente com uma pressão<br />

<strong>de</strong> 45mmHg na presença <strong>de</strong> linfe<strong>de</strong>ma;<br />

Em lesões recentes, as ma<strong>no</strong>bras <strong>de</strong> arraste <strong>de</strong>vem ser dispensa<strong>da</strong>s pelo risco <strong>de</strong><br />

promover cicatrização ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>.<br />

É consenso que se <strong>de</strong>ve “<strong>de</strong>sbloquear” as regiões proximais, ou seja, inicia-se<br />

geralmente pela região cervical, axila, região torácica, abdome, raiz do membro<br />

sadio. Uma vez que essa abor<strong>da</strong>gem cria um reservatório vazio, por on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m<br />

drenar os linfáticos, facilitar a formação <strong>da</strong> linfa. Desse modo, atinge as vertentes<br />

<strong>linfática</strong>s on<strong>de</strong> encontram os linfo<strong>no</strong>dos, que têm uma função <strong>de</strong> filtro, e limita a<br />

veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong>. Por isso, é indispensável conhecer to<strong>da</strong> a anatomia <strong>da</strong>s vias<br />

<strong>linfática</strong>s (GODOY,BELCZAK,GODOY,2005:111).<br />

A ma<strong>no</strong>bra <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> <strong>de</strong>ve ser executa<strong>da</strong> em ritmo lento, pausado e repetitivo, em<br />

consi<strong>de</strong>ração ao mecanismo <strong>de</strong> transporte <strong>da</strong> linfa, cuja à frequência <strong>de</strong> contração é <strong>de</strong> 5 a 7<br />

vezes por minuto, não <strong>de</strong>ve ser brusco. As sessões <strong>de</strong>vem ter <strong>no</strong> mínimo 30 minutos, e o<br />

corpo <strong>de</strong>ve ser posicionado <strong>de</strong> maneira que a pele esteja o me<strong>no</strong>s tensa possível, para <strong>da</strong>r<br />

condições <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>slocamento <strong>da</strong> linfa (Lopes,2002).<br />

.5. Fisioterapia Dermato-Funcional<br />

A Fisioterapia Dermato-Funcional tem o objetivo <strong>de</strong> prover a recuperação físico-funcional<br />

dos distúrbios endócri<strong>no</strong>/metabólitos, <strong>de</strong>rmatológicos e músculo-esqueléticos<br />

(BORGES,2006).<br />

Os cirurgiões plásticos têm indicado a fisioterapia <strong>de</strong>rmato-funcional como forma <strong>de</strong><br />

procedimento <strong>de</strong> tratamento para as cirurgias plásticas, principalmente <strong>no</strong>s casos <strong>de</strong><br />

abdomi<strong>no</strong>plastias associa<strong>da</strong>s à lipoaspiração. A abor<strong>da</strong>gem fisioterapêutica <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-cirúrgico<br />

permite: redução do e<strong>de</strong>ma melhora significativa na textura <strong>da</strong> pele, ausência <strong>de</strong> <strong>no</strong>dulações<br />

fibróticas <strong>no</strong> tecido subcutâneo, minimização <strong>de</strong> possíveis a<strong>de</strong>rências teciduais. Além do<br />

mais, promove maior rapi<strong>de</strong>z na recuperação <strong>da</strong>s áreas com hipoestesias. E <strong>de</strong>sse modo, não<br />

só possibilita uma redução <strong>da</strong>s prováveis complicações, como também retorna o paciente<br />

mais ligeiramente ao exercício <strong>da</strong>s suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> diária (SILVA,GUIRRO e<br />

GUIRRO apud COUTINHO ET AL.,2006).<br />

A fisioterapia <strong>de</strong>rmato-funcional, em conceitos científicos sólidos muito tem contribuído<br />

tanto <strong>no</strong> pré- quanto <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>, prevenindo e/ou tratando as respostas advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />

intervenções cirúrgicas, possibilitando ain<strong>da</strong> a diminuição <strong>da</strong> ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>pós</strong>-operatória<br />

(GUIRRO E GUIRRO,2002).<br />

9


Os sintomas do <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> po<strong>de</strong>m ser reduzidos pelo atendimento <strong>da</strong> fisioterapia através<br />

<strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual. Po<strong>de</strong> ser observado a diminuição do e<strong>de</strong>ma e hematomas, com<br />

o favorecimento <strong>da</strong> neoformação vascular e nervosa. Ain<strong>da</strong> mais po<strong>de</strong>rá prevenir ou<br />

minimizar a formação <strong>de</strong> cicatriz hipertrófica ou hipotrófica, retrações e quelói<strong>de</strong>s<br />

(LEDUC,GUIRRO e GUIRRO APUD SOARES LMA ET AL,2005).<br />

Para Auricchio,Ver<strong>de</strong> apud Macedo e Oliveira (2010),a conduta fisioterápica <strong>no</strong> <strong>pós</strong><strong>operatório</strong><br />

é largamente alterável e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>s características apresenta<strong>da</strong>s na avaliação,<br />

análise do trofismo cutâneo e muscular, análise do e<strong>de</strong>ma, análise <strong>da</strong> cicatriz e análise <strong>da</strong> dor<br />

e sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> cirurgia realiza<strong>da</strong>, e do tempo <strong>de</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>.<br />

No estudo comparativo <strong>da</strong> eficácia <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual e mecânica <strong>no</strong> <strong>pós</strong><strong>operatório</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>rmolipectomia, realizado por Soares LMA et al (2005),concluiu-se que a<br />

<strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual mostrou-se mais eficiente do que <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> mecânica <strong>no</strong><br />

<strong>pós</strong> <strong>operatório</strong> <strong>de</strong> pacientes que se submeteram a abdmonioplastia-<strong>de</strong>rmolipectomia.<br />

No <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> com o intuito <strong>de</strong> aliviar a pressão nas suturas, é necessário posicionar a<br />

cama <strong>de</strong> um modo específico durante os três primeiros dias <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> operação. Os joelhos<br />

<strong>de</strong>vem estar flexionados e o tronco superior levemente elevado. A paciente <strong>de</strong>ve ser<br />

mobiliza<strong>da</strong> já <strong>no</strong> primeiro dia a<strong>pós</strong> a operação, para prevenir a formação <strong>de</strong> coágulos <strong>de</strong><br />

sangue. Nesse período inicial, <strong>de</strong>ve-se evitar a extensão do tronco superior, mantendo a flexão<br />

<strong>da</strong> coxa sobre o tronco, <strong>de</strong> maneira que a cicatrização <strong>da</strong> feri<strong>da</strong> operatória não seja<br />

prejudica<strong>da</strong>. A movimentação frequente dos membros inferiores é estimula<strong>da</strong>, uma vez que<br />

ela promove o retor<strong>no</strong> do fluxo sanguíneo. No segundo dia <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> operação, os dre<strong>no</strong>s<br />

Redon são removidos, o curativo é trocado, e uma malha mo<strong>de</strong>ladora especial <strong>de</strong> compressão<br />

é coloca<strong>da</strong> (GREGORY,2007).<br />

6. Metodologia<br />

Para alcançar os objetivos propostos <strong>da</strong> pesquisa, realizou-se uma revisão bibliográfica sobre<br />

o tema nas bases <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) e em livros. Os<br />

textos foram analisados com o objetivo <strong>de</strong> se obter informações consistentes sobre o assunto<br />

tratado. As palavras-chave utiliza<strong>da</strong>s: <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong>, abdomi<strong>no</strong>plastia, e<strong>de</strong>ma.<br />

7. Discussão<br />

O atendimento <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> cirurgia <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia, segundo os autores<br />

pesquisados são muito importantes, pois têm como pro<strong>pós</strong>ito impedir as sequelas<br />

comprometedoras.<br />

A interação entre o fisioterapeuta e o cirurgião plástico é importante, pois visa diminuir as<br />

intercorrências. Sendo assim, faz-se necessário o conhecimento <strong>da</strong> técnica <strong>da</strong> cirurgia, a<br />

fisiopatologia envolvi<strong>da</strong> <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>, para que o tratamento a<strong>de</strong>quado seja planejado<br />

(BORGES,2006).<br />

Ultimamente a cirurgia plástica tem alcançado gran<strong>de</strong> divulgação e e<strong>no</strong>rme refinamento <strong>de</strong><br />

suas técnicas. Com o aumento do número <strong>de</strong> cirurgias plásticas, e <strong>da</strong> informação a seu<br />

respeito, surgiu a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer a estes pacientes <strong>no</strong>vas formas <strong>de</strong> suportar melhor e<br />

com mais quali<strong>da</strong><strong>de</strong> o <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>. Como ele atua em uma ampla área, fez-se necessária a<br />

integração <strong>de</strong> profissionais, numa equipe multidisciplinar, a fim <strong>de</strong> alcançar melhores<br />

resultados (FERNANDES,2011).<br />

A <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>da</strong> pelo fisioterapeuta e é eficaz para minimizar o e<strong>de</strong>ma<br />

<strong>no</strong> <strong>pós</strong>-cirúrgico <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia. Além do mais, a aplicação precoce <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong><br />

<strong>linfática</strong> manual a<strong>pós</strong> a cirurgia po<strong>de</strong> prevenir complicações, como o seroma e auxilia na<br />

reparação <strong>de</strong> ferimentos, proporcionando uma recuperação mais rápi<strong>da</strong> <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-cirúrgico.<br />

10


Para realizar a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> é necessário o conhecimento <strong>da</strong> anatomia, fisiologia do<br />

sistema linfático e princípios <strong>de</strong> hidráulica e hidrodinâmica. É uma técnica sistematiza<strong>da</strong>,<br />

cujos movimentos <strong>de</strong>vem ter uma seqüência <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> (GODOY E GODOY,2005).<br />

As técnicas <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> cirurgia plástica<br />

po<strong>de</strong>m ser fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>s na <strong>drenagem</strong> reversa que consiste em direcionar o e<strong>de</strong>ma a um<br />

gânglio proximal a lesão como uma via alternativa para não haver encharcamento <strong>da</strong> cicatriz e<br />

aumento <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ma, já que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> cirurgia on<strong>de</strong> há uma secção, vasos são lesionados,<br />

dificultando assim a eliminação dos líquidos em excesso (MACEDO e OLIVEIRA,2010).<br />

Um cirurgião estético prático <strong>de</strong>ve observar <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente, para as indicações <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>rmolipectomia abdominal. Com frequência, a <strong>de</strong>rmolipectomia abdominal é requisita por<br />

pacientes que têm um aumento do acúmulo <strong>de</strong> pele ao redor <strong>da</strong> área umbilical e uma flaci<strong>de</strong>z<br />

<strong>da</strong> pare<strong>de</strong> abdominal inferior a<strong>pós</strong> gestações (MANG,2006).<br />

Os <strong>da</strong>dos apresentados neste estudo mostraram que caso exista um excesso <strong>de</strong> pele e tecido<br />

subcutâneo adiposo pen<strong>de</strong>nte <strong>no</strong> abdome (abdome em avental), po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> benefício para a<br />

paciente a realização <strong>de</strong> uma abdomi<strong>no</strong>plastica para melhorar o resultado funcional e<br />

estético. Na abddomi<strong>no</strong>plastica, a porção <strong>de</strong> pele abdominal em excesso é removi<strong>da</strong> em<br />

conjunto com o tecido adiposo subcutâneo. Em alguns casos, a ressecção do excesso <strong>de</strong> tecido<br />

infra-umbilical é suficiente; porém, em geral uma abdomi<strong>no</strong>plastia completa com a<br />

translocação do umbigo <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong> para que se obtenha resultados ótimos.<br />

É <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância a intervenção do fisioterapeuta <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> imediato,<br />

prevenindo e/ou tratando as respostas advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s intervenções cirúrgicas, possibilitando<br />

ain<strong>da</strong> a diminuição <strong>da</strong> ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>pós</strong>-operatória. O fisioterapeuta facilita a limpeza<br />

mucociliar, evitando-se assim a ocorrência <strong>de</strong> pneumonia, melhorando a função <strong>da</strong>s vias<br />

aéreas. A fisioterapia <strong>pós</strong>-operatória tem também como função a prevenção <strong>de</strong> outro grave<br />

problema cirúrgico, a trombose ve<strong>no</strong>sa profun<strong>da</strong> (GUIRRO E GUIRRO,2002).<br />

Diferentes são as orientações e recomen<strong>da</strong>ções <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>, mas i<strong>de</strong>ntifica-se como<br />

importantes a utilização <strong>da</strong> cinta, ingestão líqui<strong>da</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, alimentação balancea<strong>da</strong>, evitar<br />

exposição solar, repouso mo<strong>de</strong>rado, entretanto um retor<strong>no</strong> precoce às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas a<strong>pós</strong><br />

liberação médica, cui<strong>da</strong>dos quanto a higienização e hidratação <strong>da</strong> cicatriz, e um<br />

posicionamento a<strong>de</strong>quado, para um retor<strong>no</strong> precoce às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> diária.<br />

O tempo <strong>de</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> influencia diretamente a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s condutas fisioterapêuticas<br />

para a recuperação dos pacientes que realizaram cirurgias plásticas. Por isso, o<br />

encaminhamento mais tardio po<strong>de</strong> privar o paciente <strong>de</strong> uma recuperação mais saudável, mais<br />

curta, com me<strong>no</strong>s sofrimento, além <strong>de</strong> muitas vezes interferir <strong>no</strong> resultado final <strong>da</strong> cirurgia<br />

(Coutinho et al.,2006).<br />

Conclusão<br />

A cirurgia plástica do abdome, especificamente a abdomi<strong>no</strong>plastia, possui o objetivo <strong>de</strong><br />

remover a gordura localiza<strong>da</strong> <strong>no</strong> abdome inferior, assim como <strong>da</strong> flaci<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pele ao redor <strong>da</strong><br />

região <strong>da</strong> cicatriz umbilical. É <strong>de</strong>scrita uma subdivisão para abdomi<strong>no</strong>plastia <strong>de</strong> acordo com a<br />

região que será trata<strong>da</strong>. Assim, encontra-se a mini abdomi<strong>no</strong>plastia e a <strong>de</strong>rmolipectomia<br />

clássica. Então, na abdomi<strong>no</strong>plastia clássica, ou <strong>de</strong>rmolipecotmia, a cirurgia é feita <strong>no</strong><br />

abdome anterior com o reposicionamento <strong>da</strong> cicatriz umbilical. Enquanto na mini<br />

abdomi<strong>no</strong>plastia, trata-se exclusivamente a região inferior do umbigo, sem reposicioná-lo.<br />

Os sintomas do <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> po<strong>de</strong>m ser reduzidos pelo atendimento <strong>da</strong> fisioterapia através<br />

<strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual. Esse profissional possui conhecimentos sólidos e muito tem<br />

contribuído tanto <strong>no</strong> pré quanto <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong>, prevenindo e/ou tratando as respostas<br />

advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s intervenções cirúrgicas, possibilitando ain<strong>da</strong> a diminuição <strong>da</strong> ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>pós</strong>operatória.<br />

A <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>da</strong> pelo fisioterapeuta e é eficaz para<br />

minimizar o e<strong>de</strong>ma <strong>no</strong> <strong>pós</strong>-cirúrgico <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia.<br />

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Vale ressaltar que na fase agu<strong>da</strong> do <strong>pós</strong>-<strong>operatório</strong> <strong>de</strong> cirurgia <strong>de</strong> abdomi<strong>no</strong>plastia, o<br />

<strong>de</strong>slizamento que segue diferentes técnicas <strong>de</strong> <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> manual são impróprias<br />

po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>senvolver tensões na lesão, aumentado a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />

cicatriz hipertrófica ou queloi<strong>de</strong>ana, além <strong>de</strong> que a região opera<strong>da</strong> fica muito sensível.<br />

A <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> reversa é uma <strong>no</strong>va técnica utiliza<strong>da</strong> nas abdomi<strong>no</strong>plastias, por<br />

exemplo, a <strong>drenagem</strong> dos quadrantes (que confluem para a região inguinal) fica interrompi<strong>da</strong><br />

pela retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> tecido, restando apenas as vias dos quadrantes superiores que confluem para<br />

os linfo<strong>no</strong>dos axilares.<br />

Defen<strong>de</strong>-se que a <strong>drenagem</strong> <strong>linfática</strong> reversa é a ma<strong>no</strong>bra utiliza<strong>da</strong> pelo fisioterapeuta<br />

<strong>de</strong>rmato-funcional na abdomi<strong>no</strong>plastia. Diante disso, as ma<strong>no</strong>bras serão direciona<strong>da</strong>s para a<br />

região axilar, até a reconstituição dos vasos, fato este que ocorre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 30 dias.<br />

Acredita-se que aplicação precoce <strong>da</strong> <strong>drenagem</strong> po<strong>de</strong> <strong>de</strong> minimizar o e<strong>de</strong>ma a<strong>pós</strong> a cirurgia.<br />

Mas, além <strong>de</strong>ssa função, auxilia na reparação <strong>de</strong> ferimentos, pois o fibri<strong>no</strong>gênio <strong>da</strong> linfa é o<br />

elemento responsável pela formação <strong>de</strong> coágulos, que <strong>da</strong>rão origem à barreira protetora <strong>da</strong>s<br />

lesões. O trauma agudo ou a inflamação crônica <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> cicatrização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

inteiramente <strong>da</strong> eficiência <strong>da</strong> circulação sanguínea e <strong>linfática</strong>.<br />

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