obreiros aveirenses, dinâmicos e crentes, * pois ali se reuniram por mais <strong>de</strong> 600 anos, já as capelas <strong>de</strong> São Gonçalinho e S. Bartolomeu, sitas no bairro da Beira -Mar, recordam envolvimentos porventura mais populares, contudo igualmente importantes; basta recordar que, à sua volta, foram escutadas as mais violentas dores do povo aveirense, enquanto sucumbia, a torto e a direito, à morte, vítima <strong>de</strong> pestes e outras doenças, conjugadas com os efeitos <strong>de</strong>sastrosos do mar sobre barras incertas, as quais escangalhava, sucessivamente, alheado da podridão que provocava na planura . Bom mas isto são apenas exemplos que justificam o meu ponto <strong>de</strong> partida para este trabalho que, como disse, visa reunir as <strong>Capelas</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> neste espaço, invocando-as numa perspectiva puramente humanista, coisa que pouco tem a ver com <strong>de</strong>scrições sábias, <strong>de</strong>vidamente fundamentadas dos nossos cre<strong>de</strong>nciados historiógrafos, que <strong>de</strong>las falam amplamente, realçando juntamente o seu valor estrutural e arquitectónico. Suce<strong>de</strong>u que num primeiro passo <strong>de</strong>cidi pintá-las em acrílico sobre papel, e, posteriormente, achei por bem agrupá-las neste pequeno livro, juntamente breves apontamentos históricos alusivos a cada uma <strong>de</strong>las que, ao fim e ao cabo, são pequenos fragmentos da maravilhosa história da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. <strong>Aveiro</strong>, 1999 J. Morais 1 Bom; importa dizer que o cruzeiro do Senhor das Barrocas não é menos importante que qualquer outro marco histórico, não só pela força da sua influência espiritual e humanista, (chegou a ser <strong>de</strong>signado por povos distantes, ( “O Senhor <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>” ) mas também porque que foi esse humil<strong>de</strong> cruzeiro, que <strong>de</strong>u origem ao belo templo, a obra <strong>de</strong> arte que hoje admiramos, a Capela do Senhor das Barrocas. 2 Essas extraordinárias e valorosas figuras do passado, esteios que foram <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> parte da história <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, do ponto <strong>de</strong> vista socioeconómico, “uma das mais belas e prósperas Vilas do Reino”.
Capela <strong>de</strong> S. Gonçalinho