Capelas de Aveiro
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Capela dos Santos Mártires<br />
12<br />
Segundo escreve António Christo , os santos, que <strong>de</strong>ram nome à quinta e à<br />
capela, são os chamados Santos Mártires <strong>de</strong> Lisboa, os nobres irmãos Veríssimo,<br />
Máxima e Júlia.<br />
É uma capela do século XVII mandada construir por Simão da Costa Almeida<br />
da qual foi o primeiro administrador.<br />
Após o seu falecimento no ano <strong>de</strong> 1673, a quinta e a capela tiveram<br />
sucessivos administradores do vínculo, até que no ano <strong>de</strong> 1822 Miguel Rangel <strong>de</strong><br />
Quadros da Costa Monteiro <strong>de</strong>u a quinta <strong>de</strong> arrendamento a uma criada do<br />
<strong>de</strong>sembargador Francisco Lourenço <strong>de</strong> Almeida.<br />
A partir daí, passaram a reunir-se, no interior da quinta, os elementos <strong>de</strong> uma<br />
loja maçónica, cuja associação acabou por ser <strong>de</strong>sagregada durante o absolutismo<br />
miguelista.<br />
A quinta passou a ser olhada com horror pelo povo e odiada pelos partidários<br />
do absolutismo.<br />
Um pouco mais voltados para as motivações espirituais do fundador, importa,<br />
talvez, dizer quem foram os santos a quem ele <strong>de</strong>dicou a capela.<br />
Veríssimo, Máxima e Júlia eram filhos <strong>de</strong> nobres abastados e, pela fé cristã,<br />
sofreram cruéis martírios sob as or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> um legado do imperador Diocleciano, <strong>de</strong><br />
nome Públio Daciano.<br />
Foram presos e flagelados, torturados em ecúleos e por fim <strong>de</strong>capitados.<br />
Os corpos foram lançados ao mar e, segundo a tradição, apareceram numa<br />
praia do Tejo - Praia <strong>de</strong> Santos, em Lisboa - no dia 1 <strong>de</strong> Outubro do ano 307.<br />
No interior da capela figuram os três santos com roupagens <strong>de</strong> romeiro,<br />
lembrando a penosa viagem que fizeram aos sepulcros <strong>de</strong> S. Pedro e S. Paulo.