Capelas de Aveiro
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vale a pena resumir algo do que se lê no Arquivo Distrital <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e no Inventário<br />
Artístico <strong>de</strong> Portugal da Aca<strong>de</strong>mia Nacional <strong>de</strong> Belas Artes – Distrito <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, por<br />
A. Nogueira Gonçalves; pág. 130: “O convento e a igreja foram inutilmente<br />
mutilados para se regularizar uma praça e <strong>de</strong>stacar a mo<strong>de</strong>sta arquitectura do<br />
edifício do poente; eliminaram a ala norte daquele e todo o coro alto, o fundo da<br />
igreja”.<br />
A propósito <strong>de</strong>ssa mutilação, escreveu Jaime <strong>de</strong> Magalhães Lima, em 1905<br />
— pág. 130 da mesma obra acima referida: — “Pensa o governo em mutilar o<br />
convento das carmelitas d`<strong>Aveiro</strong>, antigo passo ducal n`esta cida<strong>de</strong> uma das poucas<br />
relíquias das suas gran<strong>de</strong>zas. A comissão dos monumentos nacionais, tendo<br />
conhecimento do facto, encarregou o Sr. Ramalho Ortigão <strong>de</strong> examinar o assunpto<br />
e apresentar o seu parecer...”<br />
E Jaime Magalhães Lima, conclui:<br />
“ De nada valeu, que a mutilação <strong>de</strong>u-se. As obras <strong>de</strong> Arte só se conservam<br />
quando não incomodam ou não se fazem lembranças”.<br />
Ramalho Ortigão – crítico <strong>de</strong> arte – dizia, mostrando-se contra a mutilação do<br />
convento — Escreve Francisco Ferreira Neves, Arq. Dist. <strong>Aveiro</strong>, pág. 232, vol.<br />
XXVI: — “O edifício do convento das Carmelitas primitivamente palácio da<br />
residência dos duques <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, sem ser uma obra monumental, é uma curiosa<br />
construção típica, bastante característica dos usos sociais e do sentimento artístico<br />
do século <strong>de</strong>zassete”.<br />
Também em Francisco Ferreira Neves, Arq. Dist. <strong>Aveiro</strong>, Vol XXVI, pag. 313,<br />
se encontra o texto do Parecer <strong>de</strong> Ramalho Ortigão. Este <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se mostrar<br />
contra a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> parte do convento - diz a certa altura – pág. 314: — “É claro<br />
que nenhuma argumentação <strong>de</strong> conveniência higiénica ou <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> urbana<br />
<strong>de</strong>terminaria jamais que, sob qualquer pretexto, se fizesse <strong>de</strong>saparecer Notre-Dame