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Leia o Texto.

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7<br />

O amor... Qual seria este amor - pus-me a pensar longamente - que<br />

simples poderia ser, quais seriam as referências do livro... Eu não compreendia<br />

bem, mas o amor que pressentia sentir, mesmo sem saber, me guiava na leitura, e<br />

certamente por conta daquela frase: “O amor desvenda o simples”, fui<br />

conduzido na viagem da história ali contada.<br />

Fui descobrindo, com ele, a simplicidade das grandiosidades e o porquê<br />

da beleza ser simples, entendi justamente que era no conhecimento que tudo<br />

residia: quanto mais se sabia, mais se desvendava o complexo mundo da<br />

simplicidade, tornando-o visual, tocável, possível. Pensei no sol e como luzia,<br />

como nos fazia parecer o sol, tão simples, tão simples... - repeti - Mas o simples<br />

do sol era de uma profundidade imensa... E daí a complexidade do simples. Eu<br />

não tinha consciência, mas estava ali me dando conta de quão magnífico é a<br />

sabedoria.<br />

Era em seu profundo que eu sentia, ou que me fazia sentir, o simples<br />

aflorando para mim, como uma flor desabrocha naturalmente, sem saber direito<br />

a definição, era o simples do puro, um algo de alma que me sensibilizava, que me<br />

direcionava em busca de páginas, capas, sonhos, cores e mundos inatingíveis por<br />

minha condição social. Estaria algum anjo aposto, para atender as crianças, que<br />

poderia se tornar leitor e autor, e que por alguma razão me escolhera naquele<br />

dia, como uma chance dada por algum anjo assim... Não sabia!<br />

O que era condição social se tudo de mim estava dentro de mim, eu sabia de<br />

minhas percepções, embora eu não as identificasse de forma, pragmáticas. Mas,<br />

o destino me quisera, afinal, presentear; dar-me algo de seu para se exibir a mim<br />

e assim massagear meu ego machucado. Para mim, aquilo era uma mutação<br />

grandiosa, transformava-me em um galante cavalheiro, refugiado nas<br />

entrelinhas de minha vida real. Eu sentia de alguma forma que precisava viver<br />

um sonho bonito, emocionante, curioso. Sentia-me uma pessoa que agora podia<br />

definir coisas, então pensei que pelo fato do livro não ter nome, eu o poderia<br />

chamá-lo de “uma história sem nome”. O autor, fosse qual José fosse, não

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