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BUDISMO MODERNO<br />
nos inerentemente existentes são também aparências comuns;<br />
o agarramento ao em-si e as outras delusões são concepções<br />
comuns. Concepções comuns são obstruções à libertação e aparências<br />
comuns são obstruções à iluminação. Em geral, todos os<br />
seres vivos, exceto os Bodhisattvas que obtiveram a concentração-vajra<br />
do Caminho da Meditação, têm aparências comuns.<br />
Agora, se João fosse meditar no estágio de geração de Heruka,<br />
considerando intensamente a si mesmo como Heruka e<br />
acreditando que o seu ambiente, experiências, corpo e mente<br />
são os de Heruka, nesse momento ele teria o orgulho divino<br />
que impede concepções comuns. Se ele também alcançasse clara<br />
aparência de si mesmo como Heruka, com o ambiente, prazeres,<br />
corpo e mente de Heruka, nesse momento ele teria a clara<br />
aparência que o impediria de desenvolver aparências comuns.<br />
Inicialmente, as concepções comuns são mais prejudiciais<br />
do que as aparências comuns. A razão por que isso acontece é<br />
ilustrada pela analogia a seguir. Suponha que um mágico faça<br />
aparecer a ilusão de um tigre na frente de uma plateia. O tigre<br />
aparece tanto para a plateia como para o mágico, mas, enquanto<br />
a plateia acredita que o tigre realmente existe e, por causa disso,<br />
sente medo, o mágico não aceita a aparência como real e permanece<br />
calmo. O problema da plateia não é que o tigre apareça<br />
para ela, mas sua concepção de que o tigre realmente existe. É<br />
essa concepção, muito mais que a mera aparência do tigre, que a<br />
faz experienciar medo. Se, como o mágico, a plateia não tivesse<br />
a concepção de que o tigre existe, então, mesmo que o tigre continuasse<br />
aparecendo, a plateia não teria medo. Do mesmo modo,<br />
mesmo quando as coisas aparecem para nós como comuns, se<br />
não nos agarrarmos conceitualmente a elas como comuns, isso<br />
não será tão prejudicial. De modo semelhante, é menos danoso<br />
para o nosso desenvolvimento espiritual que o nosso Guia Espiritual<br />
nos apareça como comum, ainda que sustentemos que ele,<br />
ou ela, é em essência um Buda, do que se o nosso Guia Espiritual<br />
nos aparecesse como comum e acreditássemos que ele, ou ela, é<br />
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