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1. Introdução - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

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tendo paulatinamente caído em <strong>de</strong>suso nas últimas déca<strong>da</strong>s, por ser mais pesa<strong>da</strong> e<br />

acusticamente inferior àquela sem o Mi2 bemol, sua equivalente. GIBSON (1998) nos<br />

informa que, em alguns países do mundo, nota<strong>da</strong>mente a Itália e a Espanha, ain<strong>da</strong> assim<br />

se proce<strong>de</strong>.<br />

20<br />

Des<strong>de</strong> as últimas déca<strong>da</strong>s do século XX houve um retorno ao sistema Boehm<br />

anterior, porém adotando-se alguns dos benefícios do Boehm Completo, principalmente<br />

a chave recurso do Sol2 sustenido. As <strong>de</strong>mais chaves não pareceram suficientemente<br />

úteis a ponto <strong>de</strong> justificar a sua construção e o tubo alongado trouxe não só o aumento<br />

<strong>de</strong>sconfortável do peso como também uma resposta sonora aquém do esperado e do<br />

encontrado nas clarineta anteriores.<br />

¡ ¨© ¢ £¤ ¥¤¥<br />

Ao mesmo tempo em que a clarineta <strong>de</strong> Klosé se afirmava em vários países <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

sua criação, em países germânicos, o velho mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Müller continuou a ser pesquisado<br />

e aperfeiçoado. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, este mo<strong>de</strong>lo, também chamado “sistema Simples”, ain<strong>da</strong> era<br />

bastante popular, mesmo anos <strong>de</strong>pois do Sistema Boehm se difundir. Por volta <strong>de</strong> 1850,<br />

o artesão Eugène Albert <strong>de</strong> Bruxelas, remo<strong>de</strong>lando o Sistema Simples, conseguia<br />

produzir clarinetas cuja afinação e sonori<strong>da</strong><strong>de</strong> pareciam superiores às do Sistema Boehm<br />

<strong>da</strong> época. Por volta <strong>de</strong> 1860, Carl Bärmann, virtuose, artesão e professor alemão, autor<br />

do valioso método ¦ § ¨ © ( ¨ ), escrito entre<br />

1864 e 1875 e tido como o maior tratado <strong>de</strong> clarineta do século XIX, largamente<br />

utilizado por muitos estu<strong>da</strong>ntes e professores ain<strong>da</strong> hoje, adicionou algumas chaves ao<br />

protótipo <strong>de</strong> Müller, criando chaves <strong>de</strong> recurso e extensões para outros <strong>de</strong>dos <strong>da</strong> mesma<br />

chave, e adicionou ain<strong>da</strong> anéis que corrigiram sensivelmente a afinação e sonori<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

instrumento. A eficácia <strong>de</strong>sse sistema inspirou Johannes Brahms (1833-1897) na criação<br />

<strong>de</strong> suas obras <strong>de</strong> câmara para clarineta, o Trio para Clarineta, Piano e Violoncelo (Op.<br />

114), o Quinteto para Clarineta e Cor<strong>da</strong>s (Op. 115), e as duas Sonatas para Clarineta e<br />

Piano (Op. 120/1 e 120/2), to<strong>da</strong>s <strong>de</strong>dica<strong>da</strong>s ao virtuose Richard Mühlfeld (1856-1907).<br />

A clarineta <strong>de</strong> Mühlfeld (<strong>de</strong>zoito chaves no sistema Müller-Bärmann) está hoje no<br />

© <strong>de</strong> Meiningen, Alemanha, <strong>de</strong> cuja orquestra <strong>da</strong> Corte fora membro

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