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Quem foi que colocou colchetes na minha Bíblia? - Ibpan.com.br

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Apêndice A – Comparação entre algumas passagens traduzidas de forma<<strong>br</strong> />

diferente ou omitidas <strong>na</strong>s versões moder<strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

São inúmeras as passagens, e vale lem<strong>br</strong>ar <strong>que</strong>, quanto mais copiado é um texto, maior a<<strong>br</strong> />

probabilidade de <strong>que</strong> coisas sejam acrescentadas a ele, e não tiradas. Os monges <strong>que</strong><<strong>br</strong> />

copiavam o texto procuravam sempre, ao verem dois manuscritos diferentes, juntar tudo <strong>que</strong><<strong>br</strong> />

encontravam nos dois, para não “perder informação”, por assim dizer. Por isso, o Texto<<strong>br</strong> />

Recebido, baseado em manuscritos menos antigos, quase sempre é mais extenso.<<strong>br</strong> />

1) I João 5:7b e 8a. “no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um. E três<<strong>br</strong> />

os <strong>que</strong> testificam <strong>na</strong> terra”. Essa passagem é conhecida <strong>com</strong>o “Comma joani<strong>na</strong>”, do latim<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ma (vírgula). Os tradutores das versões moder<strong>na</strong>s não arrancaram essa passagem da<<strong>br</strong> />

<strong>Bíblia</strong>, <strong>com</strong>o caluniam os fundamentalistas. A verdade é <strong>que</strong>, dentre milhares de manuscritos<<strong>br</strong> />

gregos, ela consta em ape<strong>na</strong>s 8, sendo o mais antigo do século X, e mesmo assim ela<<strong>br</strong> />

aparece nesse manuscrito <strong>com</strong>o leitura margi<strong>na</strong>l. Todos os outros são de depois do século<<strong>br</strong> />

XVI, sendo <strong>que</strong> em 4 a leitura também é margi<strong>na</strong>l (ou seja, à margem, <strong>com</strong>o leitura possível<<strong>br</strong> />

mas não certa, tal <strong>com</strong>o fazem as traduções moder<strong>na</strong>s <strong>com</strong> várias passagens) e em um não<<strong>br</strong> />

aparece a frase “e estes três são um”. A “<strong>com</strong>ma’ aparece ape<strong>na</strong>s em alguns manuscritos da<<strong>br</strong> />

Vulgata lati<strong>na</strong>, e <strong>foi</strong> aparecer no Texto Recebido graças à pressão feita so<strong>br</strong>e Erasmo para<<strong>br</strong> />

incluí-la. Vale lem<strong>br</strong>ar <strong>que</strong> não existe qual<strong>que</strong>r evidência do uso dessa passagem pelos Pais<<strong>br</strong> />

da Igreja, por exemplo. A<strong>que</strong>les <strong>que</strong> defenderam a doutri<strong>na</strong> da Trindade contra a heresia dos<<strong>br</strong> />

arianos, <strong>com</strong>o Atanásio, por exemplo, bispo de Alexandria no século IV, certamente teriam<<strong>br</strong> />

feito uso de tal passagem, se ela existisse.<<strong>br</strong> />

2) João 6:47. A Atualizada diz, “a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> crê, tem a vida eter<strong>na</strong>”. O Texto Recebido e as<<strong>br</strong> />

versões nele baseadas dizem “a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> crê em mim tem a vida eter<strong>na</strong>”. Por este exemplo e<<strong>br</strong> />

deze<strong>na</strong>s de outros do mesmo estilo, a literatura fundamentalista destrói sem piedade a<<strong>br</strong> />

reputação dos po<strong>br</strong>es dos tradutores, <strong>que</strong> não têm culpa dessas duas palavrinhas não<<strong>br</strong> />

aparecerem nos manuscritos mais antigos. Mas será <strong>que</strong> é perversão da doutri<strong>na</strong> cristã por<<strong>br</strong> />

parte deles, uma vez <strong>que</strong> faz muita diferença em <strong>que</strong>m nós cremos? Qual<strong>que</strong>r pessoa honesta<<strong>br</strong> />

vai ter <strong>que</strong> admitir <strong>que</strong>, no versículo 35 e no 40, o texto de João não deixa dúvidas so<strong>br</strong>e em<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong>m devemos crer, não importa qual versão se utilize. Por influência desses versos, alguns<<strong>br</strong> />

copistas se enga<strong>na</strong>ram e repetiram as palavras “em mim” no verso 47. Esse tipo de erro de<<strong>br</strong> />

copista é muito <strong>com</strong>um, talvez o mais <strong>com</strong>um de todos. Devemos escolher, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

honestidade, qual é a leitura mais provável do origi<strong>na</strong>l, e não a <strong>que</strong> mais nos agrada,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o fazem os fundamentalistas.<<strong>br</strong> />

3) Romanos 14:10 e Atos 16:7. Esses dois versículos ilustram de forma cabal o duplo<<strong>br</strong> />

padrão dos fundamentalistas. Romanos 14:10, <strong>na</strong> versão Corrigida Fiel, diz “tribu<strong>na</strong>l de<<strong>br</strong> />

Cristo”, e <strong>na</strong>s versões moder<strong>na</strong>s diz “tribu<strong>na</strong>l de Deus”. Os fundamentalistas, <strong>na</strong>turalmente,<<strong>br</strong> />

se enfurecem, afirmando <strong>que</strong> os tradutores modernos <strong>que</strong>rem diminuir a divindade de Cristo<<strong>br</strong> />

(nunca mencio<strong>na</strong>m <strong>que</strong> a escolha <strong>foi</strong> feita por motivos textuais, e não por preferência<<strong>br</strong> />

teológica). Acontece <strong>que</strong> Atos 16:7, <strong>na</strong> Corrigida Fiel, diz “o Espírito não o permitiu”. Nas<<strong>br</strong> />

versões moder<strong>na</strong>s, a leitura é “o Espírito de Jesus”. A pergunta <strong>que</strong> não <strong>que</strong>r calar é, por<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> os fundamentalistas não usam o mesmo peso e a mesma medida neste caso?<<strong>br</strong> />

4) Romanos 8:34. Assim <strong>com</strong>o Atos 16:7, esse versículo contraria a tendência. Nas versões<<strong>br</strong> />

moder<strong>na</strong>s, está escrito “Cristo Jesus”, ao passo <strong>que</strong> <strong>na</strong><strong>que</strong>las derivadas do Texto Recebido

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