josé da silva carvalho - DSpace CEU
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á laisser ma fainille et mes affaires particuliéres, pour aller essayer de luí rendre encoré quelques services. Mon parti étant pris, le chemin le plus court pour aller a Madrid devait étre préféré et je me suis embarqué á Bristol pour la Coruña, oü je suis arrivé aujourd'hui aprés midi et d'oü je pars demain á cinq heures du matin pour Madrid. Je laisserais le soin aux ministres plénipotentiaires de S. M. T. F. á Londres et á Madrid de rendre compte des particularités qu'ont pu déterminer mon voyage; mais, si V. E. me le permet, j'aurais l'honneur de lui rendre compte particuliérement des resultáis de mon officieuse mission. Je profiterai de cette occasion pour prier V. E. de mettre aux pieds de S. M. I. l'hommage de mon respectueux dóvouement et de ma reconnaissance pour la distinction dont elle a daigné m'honorer en m'accordant une commanderie de l'ordre du Christ. Le Capitaine du bfitiment a vapeur qui m'a conduit dans ce port (Caunty of Penbroke) porte á V. E. diverses dépeches auxquelles j'ai pu joindre les journaux anglais des 21 et 22, dans lesquelles V. E. verra que les fonds portugais ont repris en montant á 64 et 65. Je ne doute pas qu'en apprenant les derniéres nouvelles de l'expédition de l'escadre de S. M. T. F. dans le nord du Portugal la reprise ne soit plus forte encoré. Nous avons introduit les fonds sur les marches de Paris et sur celui d'Amsterdam. En general la confiance va au devant des succés des armes de S. M. T. F. Veuillez bien agróer, monsieur le Ministre, l'hommage de mon res pectueux dóvouement.=Ardoin. DOC. CCLXXII Carla de C. P. de Moraes Sarmenlo a Silva Carvalho Deseja saber o que faz lord Howard em Lisboa, para poder ajuizar se Palmerston ó sincero no bem que lhe diz de D. Pedro e do actual ministerio. Esta tratando oom Mendizabal de urna remessa de tropas inglezas á custa do thesouro portuguez, visto Palmerston ter confessado que nao por temor da santa alliança, mas por motivos pecuniarios, se reousara a intervençao armada. Londres, 2 de abril de 1834. Particular.—Ill. m0 e ex. m0 sr.—Meu presadissirao amigo do meu maior respeito e affecto.—Nao tornei a ter o gosto de receber urna só linha de v. ex. a , e tanto mais sensivel me é essa falta, porque no momento actual a sua carta me guiaría muito sobre o verdadeiro
estado de cousas e de pessoas era Lisboa. Aínda nao pude fazer urna idea exacta do comportamento que ahi tem tido lord Howard, e a falta de noticias suas e da chegada de lord Russell me tem causado muito transtorno. Bem vé v. ex. a que ha immensas cousas que se contam em cartas particulares e confidenciaes, que se nao repetem em um despacho, mas que servem ás vezes tanto como as participaçoes officiaes para me dirigirem no que devo dizer e fazer. Com a partida de meu innao, perdi pois o único correspondente que ahi tinha e que me dizia com verdadeira franqueza e interesse o estado e posiçao das cousas. Vejo-me agora reduzido a nao saber senao o que referem os despachos do governo ou o que pesco a dente, como lá se diz, de urna ou outra correspondencia particular. Muito me tem valido o amigo Noble e as cartas interessantes que lhe escreve o nosso Rodrigo de Magalhaes a quem v. ex. a me lembrará sempre. No emtanto, eu muito desejo saber com certeza o que tem feito e dito lord Howard, para combinar com o que ouço a lord Palmerston, e poder entao ajuizar, com fundamento, se elle me falla aqui com sinceridade e sem rebuço ou se anda a mangar commigo, dizendo-me urna cousa e seus agentes fazendo outra. Eis o que me ó preciso verificar para honra minha e bem do serviço. Jantei no dia 23 em casa de lord Palmerston onde havia urna numerosa companhia. Elle poz-me ao seu lado na mesa. Para o fim do jantar e depois dos copos terem tido bem que fazer, lembrando eu de que in vino veritas, entramos em urna conversaçXo sobre os negocios de Portugal. Seguro a v. ex. a que nao é possivel ouvir cousas mais justas nem mais arrazoadas do que quanto lord Palmerston me disse sobre os dois pontos em que fallamos, e eram a Regencia e o Ministerio. Sobre o primeiro, disse elle que sem D. Pedro nos nunca conseguiríamos nada e que a maior fortuna que tivemos foi o por-se elle á testa do governo. Que elle lord Palmerston, bem longe de attribuir a D. Pedro as muitas más qualidades que outros lhe imputam, elle julgava o contrario e achava que elle as tinha nao sómente boas, mas muitas do maior merecimento. Que emquanto á Regencia, que elle lord Palmerston ainda nao conhecera urna que fosse boa, senito quando nella se achava um principe de sangue, e que Deus o livrasse de regencia composta de subditos; o mesmo diria de regencia de mulheres; e, sorrindo-se, alludiu á nossa de 1826 e á actual de Hespanha. «Les femmes méme au pouvoir n'oublient pas á quoi elles sont destinóos». Taes foram as suas proprias palavras, as quaes dizem por si bastante, sem mais commentario. Fallando da mudança do ministerio, disse-me que lhe parecía muito justo que D. Pedro guardasse o seu ministerio ató á convocaçao das
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estado de cousas e de pessoas era Lisboa. Aín<strong>da</strong> nao pude fazer urna<br />
idea exacta do comportamento que ahi tem tido lord Howard, e a falta<br />
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transtorno. Bem vé v. ex. a<br />
que ha immensas cousas que se contam<br />
em cartas particulares e confidenciaes, que se nao repetem em um<br />
despacho, mas que servem ás vezes tanto como as participaçoes officiaes<br />
para me dirigirem no que devo dizer e fazer. Com a parti<strong>da</strong> de meu<br />
innao, perdi pois o único correspondente que ahi tinha e que me<br />
dizia com ver<strong>da</strong>deira franqueza e interesse o estado e posiçao <strong>da</strong>s<br />
cousas. Vejo-me agora reduzido a nao saber senao o que referem os<br />
despachos do governo ou o que pesco a dente, como lá se diz, de<br />
urna ou outra correspondencia particular. Muito me tem valido o<br />
amigo Noble e as cartas interessantes que lhe escreve o nosso Rodrigo<br />
de Magalhaes a quem v. ex. a<br />
me lembrará sempre.<br />
No emtanto, eu muito desejo saber com certeza o que tem feito<br />
e dito lord Howard, para combinar com o que ouço a lord Palmerston,<br />
e poder entao ajuizar, com fun<strong>da</strong>mento, se elle me falla aqui com<br />
sinceri<strong>da</strong>de e sem rebuço ou se an<strong>da</strong> a mangar commigo, dizendo-me<br />
urna cousa e seus agentes fazendo outra. Eis o que me ó preciso<br />
verificar para honra minha e bem do serviço.<br />
Jantei no dia 23 em casa de lord Palmerston onde havia urna<br />
numerosa companhia. Elle poz-me ao seu lado na mesa. Para o fim<br />
do jantar e depois dos copos terem tido bem que fazer, lembrando<br />
eu de que in vino veritas, entramos em urna conversaçXo sobre os<br />
negocios de Portugal. Seguro a v. ex. a<br />
que nao é possivel ouvir<br />
cousas mais justas nem mais arrazoa<strong>da</strong>s do que quanto lord Palmerston<br />
me disse sobre os dois pontos em que fallamos, e eram a Regencia e<br />
o Ministerio. Sobre o primeiro, disse elle que sem D. Pedro nos nunca<br />
conseguiríamos na<strong>da</strong> e que a maior fortuna que tivemos foi o por-se<br />
elle á testa do governo. Que elle lord Palmerston, bem longe de<br />
attribuir a D. Pedro as muitas más quali<strong>da</strong>des que outros lhe imputam,<br />
elle julgava o contrario e achava que elle as tinha nao sómente boas,<br />
mas muitas do maior merecimento. Que emquanto á Regencia, que<br />
elle lord Palmerston ain<strong>da</strong> nao conhecera urna que fosse boa, senito<br />
quando nella se achava um principe de sangue, e que Deus o livrasse<br />
de regencia composta de subditos; o mesmo diria de regencia de<br />
mulheres; e, sorrindo-se, alludiu á nossa de 1826 e á actual de<br />
Hespanha. «Les femmes méme au pouvoir n'oublient pas á quoi elles<br />
sont destinóos». Taes foram as suas proprias palavras, as quaes dizem<br />
por si bastante, sem mais commentario.<br />
Fallando <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça do ministerio, disse-me que lhe parecía muito<br />
justo que D. Pedro guar<strong>da</strong>sse o seu ministerio ató á convocaçao <strong>da</strong>s