josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU josé da silva carvalho - DSpace CEU

dspace.ceu.es
from dspace.ceu.es More from this publisher
15.04.2013 Views

de España, que ha hecho grandes servicios á la causa de ese País, manteniendo comigo una correspondencia. Mil y mil cumplimientos á los amigos Moura y Gonçalves Miranda y á los demás colegas, y créame V. siempre el mismo su af. mo M. B.= Manuel M. de Aguilar. DOC. CCLXVI Carla de lady Russell a Silva Carvalho Agradece a attençao que o ministro prestou a um pedido que ella lhe fizera, fiada na sua oonhecida clemencia e humanidade Lisbomic, le 1"' novcmbre 1833. Q. S. Permettez-moi, Monsieur, de vous remercier sincérement de l'atten- tion que vous avez bien voulu avoir k ce queje vous ai demandé; l'interet que m'inspire une femme agóe, eloignée des parents qui lui restent, et venant tres recemment de perdre par lo cholera deux BOTOTO, dans l'espace de quinze jours, est tel, que j'ai cru pouvoir prendre cette liberté, quoique j'aie á peine l'honneur d'etro connue de vous. L'assurance que Ton m'a faite de la clémence et de l'himianité avec laquelle vous avez agí dans plusieurs circonstances semblables m'avait inspiró ce courage et je conserverai un souvenir tres recon- naissant de votre aimable procede. Agréez, Monsieur, l'assurance de ma tres-haute considération.= Elisabett Anne Russell. DOC. CCLXVII Memoria Silva Carvalho defende a Dictadura, contra as ameaças do governo inglez. O marquez de Olhao offerece-se para dissuadir D. Miguel de continuar a luota. Lisboa, 8 de novembro de 1833. Lord Russell teve urna audiencia minha ao meio dia de 3 de novembro de 1833. Mostrou-me um despacho do seu governo em que lhe dizia que fizesse constar em termos claros que nao estava satisfeito com o systema de confiscos e perseguido que o Governo Portuguez

fazia, seguindo os passos de D. Miguel, e que, se continuasse, as naçoes da Europa nao o reconheceriam e aquellas que o tinhain reconhecido retirariam seu moral apoio. Respondí que havia alguma má informaçEo ao seu governo que o fazia escrever assim, por quanto os sequestros tinham sido mui poucos e talvez nEo chegassem a 50 e as prisoes menos de 20; que os povos tinham mandado de fora alguns presos, que íbi necessario conservar para que o povo os nao matasse, como tinha feito antes de S. M. I. chegar á capital, e alguns dias depois; que foi portanto necessaria esta medida, a qual agora ia afrouxando, porque o inimigo estava longe e mais fraco; que ñas commoçoes políticas era muitas vezes necessario mostrar mais vigor do que na causa ordinaria, para conter os maus e evitar que elles cahissem nos crimes a que sua loucura os arrastaria em taes occasioes, e mostrar aos bons que o governo nelles tinha cuidado e vigilancia; que elle bem sabia qual era o meio termo, bem difficil de tomar em taes circunstancias.— Conveiu commigo. 2.° Que elle sabia que o Marquez de OlhEo (confidencialmente) estava escondido em Lisboa e que lhe mandara dizer que, sendo elle o homem de mais influencia para com D. Miguel, se propunha a ir desenganal-o do que sua causa estava perdida, pedindo-lhe que o fizesse chegar ao sitio aonde elle estava; que elle o nEo fazia sem me participar, ainda que lhe parecía que, nEo podendo elle fazer mal, e talvez fizesse bem, níio haveria duvida em o deixar ir. Respondi que proporia isto a Sua Magestade e que lhe pediría lhe perdoasse se acaso elle fizesse o bom serví ço á sua patria de a livrar para sempre de tal homem; e que tambera pediría que, se elle se fosse erabora para cá nEo tornar, S. M. lhe desse a sua Casa do Infantado. Elle conveiu que cortamente todos os meus pedidos eram humanos e justos; e disse-me isto affectado bastante pelos sentimentos que naturalmente os olhos patenteavara. Fiquei de lhe dar resposta amanhE. DOC. CCLXYIII Carta de lord W. Russell a Silva Carvalho Sobre a missao pacificadora do Márquez de Olhao, junto de D. Miguel • Lisboa, Novcmber 13, 1833. My dear Sir.—May I beg of you to send the enclosed letter to Count Saldanha? It is to inform him of the Marquis d'OlhEo's mission,

fazia, seguindo os passos de D. Miguel, e que, se continuasse, as<br />

naçoes <strong>da</strong> Europa nao o reconheceriam e aquellas que o tinhain<br />

reconhecido retirariam seu moral apoio.<br />

Respondí que havia alguma má informaçEo ao seu governo que<br />

o fazia escrever assim, por quanto os sequestros tinham sido mui<br />

poucos e talvez nEo chegassem a 50 e as prisoes menos de 20; que<br />

os povos tinham man<strong>da</strong>do de fora alguns presos, que íbi necessario<br />

conservar para que o povo os nao matasse, como tinha feito antes de<br />

S. M. I. chegar á capital, e alguns dias depois; que foi portanto<br />

necessaria esta medi<strong>da</strong>, a qual agora ia afrouxando, porque o inimigo<br />

estava longe e mais fraco; que ñas commoçoes políticas era muitas<br />

vezes necessario mostrar mais vigor do que na causa ordinaria, para<br />

conter os maus e evitar que elles cahissem nos crimes a que sua<br />

loucura os arrastaria em taes occasioes, e mostrar aos bons que o<br />

governo nelles tinha cui<strong>da</strong>do e vigilancia; que elle bem sabia qual<br />

era o meio termo, bem difficil de tomar em taes circunstancias.—<br />

Conveiu commigo.<br />

2.° Que elle sabia que o Marquez de OlhEo (confidencialmente)<br />

estava escondido em Lisboa e que lhe man<strong>da</strong>ra dizer que, sendo elle<br />

o homem de mais influencia para com D. Miguel, se propunha a ir<br />

desenganal-o do que sua causa estava perdi<strong>da</strong>, pedindo-lhe que o<br />

fizesse chegar ao sitio aonde elle estava; que elle o nEo fazia sem me<br />

participar, ain<strong>da</strong> que lhe parecía que, nEo podendo elle fazer mal,<br />

e talvez fizesse bem, níio haveria duvi<strong>da</strong> em o deixar ir.<br />

Respondi que proporia isto a Sua Magestade e que lhe pediría<br />

lhe perdoasse se acaso elle fizesse o bom serví ço á sua patria de a<br />

livrar para sempre de tal homem; e que tambera pediría que, se elle<br />

se fosse erabora para cá nEo tornar, S. M. lhe desse a sua Casa do<br />

Infantado. Elle conveiu que cortamente todos os meus pedidos eram<br />

humanos e justos; e disse-me isto affectado bastante pelos sentimentos<br />

que naturalmente os olhos patenteavara. Fiquei de lhe <strong>da</strong>r resposta<br />

amanhE.<br />

DOC. CCLXYIII<br />

Carta de lord W. Russell a Silva Carvalho<br />

Sobre a missao pacificadora do Márquez de Olhao, junto de D. Miguel<br />

• Lisboa, Novcmber 13, 1833.<br />

My dear Sir.—May I beg of you to send the enclosed letter to<br />

Count Sal<strong>da</strong>nha? It is to inform him of the Marquis d'OlhEo's mission,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!