josé da silva carvalho - DSpace CEU
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DOC. CDXLYII Carla de Silvestre Pinhciro Ferreira a Silva Carvalho Offerece a Silva Carvalho a colleoçao das obras que oontóem as suas theorias de direito constitucional, e annuncia-lhe um novo trabalho em que diligenciará accommodal-as ao novo estado dos espiritos em Portugal. IU. mo (Sem dala) e ex. mo sr. — Como v. ex. a me fez a honra de testemu- nhar-me desejo de conhecer o projecto de leis orgánicas da Carta, publicado em 1830, tomo a liberdade de lhe oíferecer esse exemplar, cujo primeiro tomo contem o texto do projecto, e o segundo a exposicáo dos motivos. Mas como, derrubada a Carta, era de prever que se nao poderia restabelecer de urna maneira estavel, rascunhei um projecto de reforma, o mais chegado que me foi possivel aos principios da dita Carta, e com o menos que pude de infracçoes ás bases invariaveis do systema constitucional. Entretanto proseguí no desenvolvimento do direito constitucional, cujas doutrinas publiquei debaixo do titulo de Manual do cidadao, de que tambem tomo a liberdade de offerecer a v. ex. a um exemplar. A par d'esta doutrina theorica, era mister apresentar um esboço de governo, absolutamente conforme aos principios ahi expostos; já para os fazer mais comprehensiveis, já para mostrar praticamente a possibilidade da sua applicacao. Isto ó o que executei appensando ao dito Manual o projecto de código geral, que constitue o terceiro tomo d'aquella obra. Se v. ex. a se dignar de correr pelos olhos aquelles diversos tra balhos, e os referir ao estado presente dos ánimos em Portugal, parece-me que concordará commigo em que tanto as leis orgánicas da Carta como o projecto de reforma, que lhe vae unido, já hoje nao satisfazem a ninguem, e que, sem sermos táo radicaos como o projecto de código geral, ó forçoso que nos approximemos a elle, o mais pos sivel. Emquanto, pois, v. ex. a nalguns momentos vagos toma conheci mento do systema d'aquelle código, iremos lançando, eu e o nosso collega e amigo, os traeos do que ñas actuaos circumstancias nos parece que poderia convir á nossa infeliz patria. Logo que esse esboço estiver concluido, teremos o gosto de o communicar a v. ex. a , cuja approvacáo ambicionamos.
Entretanto, queira v. ex. a acceitar os protestos dos sentimentos com que tenho a honra de ser, de v. ex. a , venerador collega e amigo obúga,üisúmo.== Silvestre Pinkeiro Ferreira. DOC. CDXLYIII Carta de José Naria O'Neill a Silva Carvalho Da-lhe noticias políticas de Portugal e diz-lhe que no estado em que estao as cousas nao convem de maneira alguma que regresse da emigraçao Ill. mo 88 de julho de 1837. e ex. mo de maneira alguma que v. ex. a sr.—No estado em que estao as cousas nao convem se aprésente aqui nem o amigo Castro, e ainda quando o Saldanha e mais cartistas conseguissem derribar o actual systema, seria preciso deixar decorrer tempo, porque os espi- ritos estSo muito agitados, e muitos ou a grande maioria dos cartistas nao querem nem que haja a probabilidade de figurarem homens que téem figurado até agora. Os cartistas devem estar a esta hora ás máos com Bomfim, perto de Leiria; porém o general do Sete (?) poderá talvez evital-o, tomando sobre Thomar. D'aqui mandam 400 municipaes, 100 de cavallaria, tropa por mar a Santarem e esperam ali mais força do Alemtejo. Do norte nao temos hoje correio nem de Madrid. Dizem que vem a marchas forçadas a divisao do visconde das Antas, que demittiu o general ou brigadeiro Pessoa e outros chefes cartistas. De v. ex. a , amigo muito obrigado. = O'Neill. DOC. CDXLIX Carta do duque de Palmella a Silva Carvalho Mostra desojo de combinar algum auxilio em favor dos cartistas de Portugal Ill. mo Parii, 80 de setembro de 1837. e ex. mo sr. — Meu amigo e senhor do coraçao. — Ha muito tempo que eu deveria ter escripto a v. ex. a , nao só para lhe agradecer 24
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Entretanto, queira v. ex. a<br />
acceitar os protestos dos sentimentos<br />
com que tenho a honra de ser, de v. ex. a<br />
, venerador collega e amigo<br />
obúga,üisúmo.== Silvestre Pinkeiro Ferreira.<br />
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Carta de José Naria O'Neill a Silva Carvalho<br />
Da-lhe noticias políticas de Portugal e diz-lhe<br />
que no estado em que estao as cousas<br />
nao convem de maneira alguma que regresse <strong>da</strong> emigraçao<br />
Ill. mo<br />
88 de julho de 1837.<br />
e ex. mo<br />
de maneira alguma que v. ex. a<br />
sr.—No estado em que estao as cousas nao convem<br />
se aprésente aqui nem o amigo Castro,<br />
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actual systema, seria preciso deixar decorrer tempo, porque os espi-<br />
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nao querem nem que haja a probabili<strong>da</strong>de de figurarem homens que<br />
téem figurado até agora.<br />
Os cartistas devem estar a esta hora ás máos com Bomfim, perto<br />
de Leiria; porém o general do Sete (?) poderá talvez evital-o, tomando<br />
sobre Thomar.<br />
D'aqui man<strong>da</strong>m 400 municipaes, 100 de cavallaria, tropa por mar<br />
a Santarem e esperam ali mais força do Alemtejo. Do norte nao temos<br />
hoje correio nem de Madrid. Dizem que vem a marchas força<strong>da</strong>s a<br />
divisao do visconde <strong>da</strong>s Antas, que demittiu o general ou brigadeiro<br />
Pessoa e outros chefes cartistas.<br />
De v. ex. a<br />
, amigo muito obrigado. = O'Neill.<br />
DOC. CDXLIX<br />
Carta do duque de Palmella a Silva Carvalho<br />
Mostra desojo de combinar algum auxilio em favor dos cartistas<br />
de Portugal<br />
Ill. mo<br />
Parii, 80 de setembro de 1837.<br />
e ex. mo<br />
sr. — Meu amigo e senhor do coraçao. — Ha muito<br />
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