josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU josé da silva carvalho - DSpace CEU

dspace.ceu.es
from dspace.ceu.es More from this publisher
15.04.2013 Views

Lisbon, Si June 1836. DOC. CDVH Carta de MsduM a Silva Carvalho Sobre negocios finanoeiros Sir.—I have the honour of confirming my last respects under date of the 18th inst. I beg leave to express to Your Excellency my satisfaction at the communioation made to me by H. E, the Barón de Moncorvo relativo to the loan which the Portuguese Government has just obtained through the médium of Mr. Goldsmid. I am without any of the esteemed favours of Your Excellency to acknowledge and continué in expectation at present of receiving the honour of further Communications respeoting the correctness of the last accounts I transmitted being ascertained. I shall be happy to be acquainted with the mode of reimbursement which it will be the pleasure of Your Excellency to propose for the amount of the balance of £ 11.879,18,6 which appears in my favour, and the additional facilities that will be afForded at this moment will no donbt allow of its regular liquidation with the oustomary punctuality of the Portuguese Government. I have much pleasure in expressing my sincere and confident hope that the ñnancial measures pursued under the Ministry of Your Excellency will materially promote the prosperity of Portugal, and I trust this new measure will be attended with its full efficacy and benefit. Renewing my assurances of profound respect and esteem, I have the honour to remain, Sir, Your Excellency's most obedient and humble servant.=N. M. Rothschild=N. Rothschild. To His Excellency Mr. José da Silva Carvalho, Minister of Finanoe.—lisbon. Londres, 24 de junho de 1836. DOC. CDVni Caria de P. I. Van-Zeler a Silva Carvalho Sobre negocios ñnanceiros Meu caro amigo.—Sobre o contrato que fizemos eu nada direi, só sim que espero que seja approvado pelo governo; diga-me, porém,

que commissáo deverei carregar sobre aquelle contrato com o Thornton, o que commissáo sobre este; bem sabe que de graça nao posso trabalhar, e lhe seguro que tenho feito mais do que muitos fariam; sobre a entrega dos dinheiros para os dividendos, tenciono carregar */a por çento, como o antigo agente o fazia. Agora vamos a um ponto muito essencial: que é a divida do Brazil. Joaquim Antonio de Magalháés, logo que chegou ao Rio de Janeiro, participou ao ministro dos negocios estrangeiros ali que elle vinha com plenos poderes para ajustar as contas entre o governo de Portugal e o do Brazil: a eonsequencia foi que aquelle governo, que tinha determinado ajustar aqui as contas, nao mandou ao seu ministro aqui, nem ao seu agente Samuel Philips, as instrucçdes necessarias para as concluir, e esta é a razio da grande demora que temos tido, e que nos continuaremos a ter, se alguns passos nao se derem a este respeito. N2o sei se v. ex.* já os teria dado; se nada tiver feito, é necessario nao perder de vista isto, pois é muito essencial quanto antes findar estas contas. Disse que nao fallaría no contrato agora feito; porém, nao posso deixar de o nao fazer: todo elle é muito bom, menos aquella parte do deposito por conta do governo das 400:000 em bonds. Tanto o baráo como eu fomos da mesma opiniao que o melhor sería contratar por um preço pelo total, e nada ficar para se vender por conta do governo. As minhas razoes sao estas: 1. a Governo algum deverá especular, nao o acredita se o fizer: 2. a Os negocios em Hespanha sao pelo presente muito duvidosos. Os fundos portuguezes sobem e descem com aquellos fundos, e poderá acontecer uma baixa e nos nao nos acharmos em circumstancias de poder vender nem de poder emprestar estes bonds sobre dinheiro: 3. a Se as cortes se oppuzerem a este emprestimo (o que é muito natural, pois sempre'ha gente que sao grulhas) neste caso aonde nos aohamos, em que triste situaeáo nao ficamos nos collocados, com Boñds sem sobre elles podermos achar dinheiro? Considerando, pois, tudo isto, acho do meu dever fazer o possivel para que o sr. baráo possa convencer o sr. Paiva. Eu faço isto, pois que estou persuadido que é para o interesse do governo assim obrar; e bem considerado o caso, estou certo que v. ex. a me achara razáo e approvará se a mudança se fizer: 1, 2, 3, 5 por cento, para o governo nada é; a certeza de termos o necessario dinheiro é tudo. Aoredíte-me que sou, de v. ex. a , amigo muito obrigado.=.F. I Van-Zdler. is

que commissáo deverei carregar sobre aquelle contrato com o Thornton,<br />

o que commissáo sobre este; bem sabe que de graça nao posso trabalhar,<br />

e lhe seguro que tenho feito mais do que muitos fariam; sobre<br />

a entrega dos dinheiros para os dividendos, tenciono carregar */a por<br />

çento, como o antigo agente o fazia.<br />

Agora vamos a um ponto muito essencial: que é a divi<strong>da</strong> do<br />

Brazil. Joaquim Antonio de Magalháés, logo que chegou ao Rio de<br />

Janeiro, participou ao ministro dos negocios estrangeiros ali que elle<br />

vinha com plenos poderes para ajustar as contas entre o governo<br />

de Portugal e o do Brazil: a eonsequencia foi que aquelle governo,<br />

que tinha determinado ajustar aqui as contas, nao mandou ao seu<br />

ministro aqui, nem ao seu agente Samuel Philips, as instrucçdes necessarias<br />

para as concluir, e esta é a razio <strong>da</strong> grande demora que<br />

temos tido, e que nos continuaremos a ter, se alguns passos nao se<br />

derem a este respeito. N2o sei se v. ex.* já os teria <strong>da</strong>do; se na<strong>da</strong><br />

tiver feito, é necessario nao perder de vista isto, pois é muito essencial<br />

quanto antes fin<strong>da</strong>r estas contas.<br />

Disse que nao fallaría no contrato agora feito; porém, nao posso<br />

deixar de o nao fazer: todo elle é muito bom, menos aquella parte<br />

do deposito por conta do governo <strong>da</strong>s 400:000 em bonds. Tanto o<br />

baráo como eu fomos <strong>da</strong> mesma opiniao que o melhor sería contratar<br />

por um preço pelo total, e na<strong>da</strong> ficar para se vender por conta do<br />

governo. As minhas razoes sao estas: 1. a<br />

Governo algum deverá<br />

especular, nao o acredita se o fizer: 2. a<br />

Os negocios em Hespanha<br />

sao pelo presente muito duvidosos. Os fundos portuguezes sobem e<br />

descem com aquellos fundos, e poderá acontecer uma baixa e nos<br />

nao nos acharmos em circumstancias de poder vender nem de poder<br />

emprestar estes bonds sobre dinheiro: 3. a<br />

Se as cortes se oppuzerem<br />

a este emprestimo (o que é muito natural, pois sempre'ha gente que<br />

sao grulhas) neste caso aonde nos aohamos, em que triste situaeáo<br />

nao ficamos nos collocados, com Boñds sem sobre elles podermos<br />

achar dinheiro?<br />

Considerando, pois, tudo isto, acho do meu dever fazer o possivel<br />

para que o sr. baráo possa convencer o sr. Paiva. Eu faço isto, pois<br />

que estou persuadido que é para o interesse do governo assim obrar;<br />

e bem considerado o caso, estou certo que v. ex. a<br />

me achara razáo<br />

e approvará se a mu<strong>da</strong>nça se fizer: 1, 2, 3, 5 por cento, para o<br />

governo na<strong>da</strong> é; a certeza de termos o necessario dinheiro é tudo.<br />

Aoredíte-me que sou, de v. ex. a<br />

, amigo muito obrigado.=.F. I<br />

Van-Zdler.<br />

is

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!