josé da silva carvalho - DSpace CEU
josé da silva carvalho - DSpace CEU josé da silva carvalho - DSpace CEU
saber de v. ex,* se pode passar por aqui já, ou até que horas me espera, sem falta, em sua casa. Torno a repetir: que son eu só que preciso fallar com v. ex.*, e creio que nisto fáco um serviço á minha Patria.—Adeus; de v. ex. a , amigo do cor&çZo.=Duque da Terceira. Ill. m0 DOC. CCCLH Carla do duque da Terceira a Silva Carvalho Sobre a formaçao do ministerio de julho de 1835 Lisboa, terca feira, 16 de julho, polas 7 horas da manha. e ex. 10 sr.—Meu querido amigo.—O dia de hontem fez-me muito mal, estou deveras doente; apezar d'isto tenho de ir ao meio- dia á Rainha: que quer v. ex.* qne en lhe diga? En nao sei. Quando hontem voltei a minha casa, encontré) o conde de Villa Real, com quem fallei, e elle disse-me que hoje ia fallar com v. ex. a Torno a repetir que estou bastante incommodado e muito arrepen- dido de ter vindo das Caldas; só v. ex.* é qne me poderia obligar a isso; emfim, paciencia. Responda-me a esta carta e creia que, apezar de tudo, en bou e serei sempre, de v. ex.*, amigo do coraç3o.= Duque da Terceira. Hl. m0 DOC. CCCLin Carla do conde de Tilla Real a Silva Carvalho Sobre a formaçao do ministerio de julho de 1835 Lisboa, 15 de julho de 1835. e ex. m0 sr.—Meu amigo e collega.—Muito obrigado estou a v. ex.* pelas provas de amizade que me tem dado desde que eu entrei no ministerio com v. ex.* e especialmente na presente occasiSo. NSo necessito, portanto, dizer-lhe que nao teria duvida em acceitar um logar no ministerio com v. ex.*; mas a primeira de todas as con- diçoes que eu faria era a de ter urna certeza muito positiva de qne Sua Magestade nao tinha a isso a mais leve repugnancia. Nao-acontece hoje assim, segundo me consta, e por essa razio, sem averiguar
mais nada, e ainda qne a minha conscienoia esteja prefeitamente socegada sobre a minha conducta passada, devo pedir com instancia a v. ex.* que para entrar no ministerio nao faca da minha nomeaçao urna condiçao. Pode v. ex.* lembrar-se de que em urna certa occasiao tive a honra de dizer a Sua Magestade que eu nao continuaría um instante no ministerio, se eu presumisse levemente que Sua Magestade repugnava conservar-me nelle. V. ex.* já me conhece suficientemente para saber que pratico o que digo, e para acreditar que a minha lealdade e o meu respeito por Sua Magestade me fortificam naquella resoluçao. Sería summamente penoso para mim que por minha causa se proourasse violentar a sua vontade. Nao tome v. ex.* a responsabilidade das consequencias dos presentes embaraços. Os seus amigos decerto lhe hao de fazer justiça, e hao de, como eu, julgar-se ligados ao ministerio do qual v. ex.* occupar um logar. Dissimule a minha franqueza e creia nos sentimentos sinceros com que protesto ser, de v. ex.*, amigo fiel e muito obrigado collega. = Villa Real. DOC. CCCLIV Final de urna caria de C. P. de Moraes Sarmentó (a Silva Carvalho 7¡ Sobre a esoolha do segundo marido da Rainha D. Maria II Julho de 1855 (?) ... e débil a saude do duque de Orleans (que se diz ter urna molestia chronica do coraçao, que o matará cedo ou tarde), o duque de Nemours teria de ser seu successor. Eu ouvi isso entao, mas nao tendo ordens nem instrucçoes para escrever em assumpto táo melindroso e delicado, nao me atrevi a fazel-o. Hoje tomón lord Palmerston a fallar-me nisso, e diz Mendizabal que com elle tem tido conversas que indioam o grande cuidado que este assumpto causa a este governo. Na conversa de hoje tornou lord Palmerston a vir ao mesmo assumpto, e entao disse que poderia ser que Luiz Filippe indirectamente quizesse o casamento para nutrir a sua vaidade e amor proprio, e para depois ter a vangloria de recusar e para allegar com isso serviços á Inglaterra e vingar-se da nossa Rainha, do seu primeiro casamento, qne elle ao principio parecen reprovar. Continuando, pois, a fallar nesse assumpto, lembrou Mylord que na casa de Wurtemberg (ramo collateral da reinante) haviam dois principes que aqui estiveram viajando o anno passado e que pareceram muito bem; e que na casa de
- Page 181: se 7 e-^ ? S «íJ-*-.
- Page 186 and 187: do qual se queira considerar a vend
- Page 188 and 189: fazer passar immediatamente a máos
- Page 190 and 191: do-os a quem por elles melhor preç
- Page 192 and 193: mentó de manter a Monarchia e a Ca
- Page 194 and 195: por consequencia importante nao aug
- Page 196 and 197: modesta, porque a minha familia, vi
- Page 198 and 199: o qual com tanta indifferença se h
- Page 200 and 201: quando nao seja consideravel a minh
- Page 202 and 203: N. M. Rothschild em virtude da requ
- Page 204 and 205: Depois d'isto, nao posso deixar de
- Page 206 and 207: aes, e nao ha necessidade de mais n
- Page 208 and 209: N.° 259.—A fol. 22 do Livro 1.°
- Page 210 and 211: N.° 296.—Entregou no Tribunal do
- Page 212 and 213: A proposito da ponte, lembro a v. e
- Page 214 and 215: Mas, para o que essencialmente recl
- Page 216 and 217: de todo publica, com os nomes dos n
- Page 218 and 219: mente se oceupa o governo de Sua Ma
- Page 220 and 221: tempo. Vejo o que me diz relativame
- Page 222 and 223: IU. m0 DOC. CCCXXXV Oflicio de Fran
- Page 224 and 225: Queira recommendar-me muito, muito
- Page 226 and 227: J'espere que mes successeurs rendro
- Page 228 and 229: necessario, torno a repetir, ó que
- Page 230 and 231: Ill. mo DOC. CCCXLVIII Rascucho da
- Page 234 and 235: Saxonia-Altenburgo-Hildburghausen t
- Page 236 and 237: mente se vierem os Poderes do Braza
- Page 238 and 239: DOC. CCCLVIH Carla de J. J. Gomes d
- Page 240 and 241: Bemetto o memorial da pretensao em
- Page 242 and 243: comnosco. Neste caso, que ponlia os
- Page 244 and 245: DOC. CCCLXVI Carla de Francisco Ign
- Page 246 and 247: DOC. CCCLXIX Carta de A. Dias de Ol
- Page 248 and 249: expede o ministro de Hespanha. Sahe
- Page 250 and 251: Apenas alguma tranquillidade permit
- Page 252 and 253: ministradores, soltó nos seus acto
- Page 254 and 255: Temos dito que a administracáo das
- Page 256 and 257: Art. 4.° O director geral da Admin
- Page 258 and 259: carao as suas instrucçoes, disposi
- Page 260 and 261: termo de que trata o artigo 31.°,
- Page 262 and 263: derem, procedendo em tudo quanto fo
- Page 264 and 265: SENHORA.—Urna das prinoipaes colu
- Page 266 and 267: Art. 3.° As ordens de delegaçao e
- Page 268 and 269: Art. 18.° Feita a dita remessa, se
- Page 270 and 271: contra quem ministerio e irracionae
- Page 272 and 273: DOC. cccLxxyni Rasconho de urna car
- Page 274 and 275: verdadeiro fito servir os interesse
- Page 276 and 277: Suspensáo do tratado de 1810, e o
- Page 278 and 279: • «Esteja certo que o nao hei de
- Page 280 and 281: manifesta bastante azedume por cans
mais na<strong>da</strong>, e ain<strong>da</strong> qne a minha conscienoia esteja prefeitamente<br />
socega<strong>da</strong> sobre a minha conducta passa<strong>da</strong>, devo pedir com instancia<br />
a v. ex.* que para entrar no ministerio nao faca <strong>da</strong> minha nomeaçao<br />
urna condiçao. Pode v. ex.* lembrar-se de que em urna certa occasiao<br />
tive a honra de dizer a Sua Magestade que eu nao continuaría um<br />
instante no ministerio, se eu presumisse levemente que Sua Magestade<br />
repugnava conservar-me nelle. V. ex.* já me conhece suficientemente<br />
para saber que pratico o que digo, e para acreditar que a minha<br />
leal<strong>da</strong>de e o meu respeito por Sua Magestade me fortificam naquella<br />
resoluçao. Sería summamente penoso para mim que por minha causa<br />
se proourasse violentar a sua vontade. Nao tome v. ex.* a responsabili<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong>s consequencias dos presentes embaraços. Os seus amigos<br />
decerto lhe hao de fazer justiça, e hao de, como eu, julgar-se ligados<br />
ao ministerio do qual v. ex.* occupar um logar.<br />
Dissimule a minha franqueza e creia nos sentimentos sinceros com<br />
que protesto ser, de v. ex.*, amigo fiel e muito obrigado collega. =<br />
Villa Real.<br />
DOC. CCCLIV<br />
Final de urna caria de C. P. de Moraes Sarmentó (a Silva Carvalho 7¡<br />
Sobre a esoolha do segundo marido <strong>da</strong> Rainha D. Maria II<br />
Julho de 1855 (?)<br />
... e débil a saude do duque de Orleans (que se diz ter urna<br />
molestia chronica do coraçao, que o matará cedo ou tarde), o duque<br />
de Nemours teria de ser seu successor. Eu ouvi isso entao, mas nao<br />
tendo ordens nem instrucçoes para escrever em assumpto táo melindroso<br />
e delicado, nao me atrevi a fazel-o. Hoje tomón lord Palmerston<br />
a fallar-me nisso, e diz Mendizabal que com elle tem tido conversas<br />
que indioam o grande cui<strong>da</strong>do que este assumpto causa a este governo.<br />
Na conversa de hoje tornou lord Palmerston a vir ao mesmo<br />
assumpto, e entao disse que poderia ser que Luiz Filippe indirectamente<br />
quizesse o casamento para nutrir a sua vai<strong>da</strong>de e amor proprio, e<br />
para depois ter a vangloria de recusar e para allegar com isso serviços<br />
á Inglaterra e vingar-se <strong>da</strong> nossa Rainha, do seu primeiro casamento,<br />
qne elle ao principio parecen reprovar. Continuando, pois, a fallar<br />
nesse assumpto, lembrou Mylord que na casa de Wurtemberg (ramo<br />
collateral <strong>da</strong> reinante) haviam dois principes que aqui estiveram viajando<br />
o anno passado e que pareceram muito bem; e que na casa de