“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12 - Diocese de Guarulhos

More documents

Recommendations

Info

Bíblia Este ano a Igreja no Brasil (CNBB) irá nos convidar a rezar e refletir sobre o Evangelho de Lucas, durante o mês da Bíblia. Como fizemos nos anos anteriores, a coluna de Biblia irá tratar do mesmo tema, numa tentativa de dar subsídios às Comunidades de nossa Diocese, em preparação ao mês Bíblia. Lucas escreve seu Evagelho para os cristãos gregos vindos do Judaísmo, provavelmente para as Comunidades fundadas por Paulo. Uma prova disso é a correspondência entre trechos do Evangelho e de algumas Cartas de Paulo: Lc 4,22 com Cl 4,6; Lc 4,32 com I Co 2,4; Lc 6,36 com II Co 1,3; Lc 6,39 com Rm 2,19;Lc 9,56 com II Co 10,8; Lc10,8 com I Co 10,27. Lucas era um cristão não-judeu, daí seu Evangelho ter sido escrito para eles. De origem Síria (Antioquia) , Lucas não conheceu Jesus pessoalmente (1,1-4), teria se encontrado com Paulo em Antioquia e se convertido lá pelos anos 40 d.C. sendo citado por Paulo em várias de suas cartas (. Cl 4, 14; 2 Tm 4,11 ; Fi 24) e tê-lo acompanhado em suas viagens (At 16,10-17; 20,5- 15; 21,1-18 etc) Seu evangelho escrito entre os anos 70-90 d.C, surge numa realidde urbana, onde as comuniddes eram de maioria estrangeira e de judeus cristãos; evangelho já tinha se espalhado; crise pela separação entre judeus CF 2013 4 FD | Março de 2013 O EVANGELHO DE LUCAS e cristãos, fruto da própria expansão do Evangelho entre os gentios e da tensão entre os dois grupos; Ambiente hostil do paganismo: caminhos de Salvação apontados pelo Império X caminho de Salvação apontado por Jesus e seu Evangelho. Diante disso tudo as comuniddes tinham que responder algumas questões: se fechar ao passado? Avançar sem critério algum? Como achar o equilíbrio? Dessas tensões surgiram inconstâncias, acomodações, abandono dos compromissos assumidos, traição do compromisso comunitário. A grande questão era: Como agir com os pecados dentro da Comunidade? Excluir?; Acolher?; Não aceitar quem quer voltar?Linha dura?; Como dar vida nova à Comunidade?POR ISSO LUCAS É O EVANGELHO DA MISERICÓRDIA O Evangelho de Lucas apresenta o caminho de Jesus como caminho que se realiza na história. Para percorrer esse Caminho e compreender mais facilmente o que o autor quer transmitir, vamos apresentar a estrutura e os temas mais importantes do Evangelho de Lucas: A primeira parte é o Prólogo(1,1-4). Aqui Lucas nos mostra que pesquisou a vida de Jesus , consultando as testemunhas oculares e os pregadores do Evangelho. Ele começa dizendo o que pretende: “Após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o principio, escrever uma narração bem ordenada”, para que se possa “verificar a solidez dos ensinamentos recebidos” (Lc 1,3-4). O acontecimento é Jesus Cristo! Portanto o objetivo do evangelho é mostrar quem é Jesus de Nazaré, o que fez e ensinou e o que significa segui-lo. A segunda parte é a Preparação e Revelação do Mistério de Jesus- Lc 1,5-4,13 Lucas apresenta as bases sobre as quais se assenta a vida de Jesus. Nos capítulos de 1,5-2,52 Lucas apresenta um A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a ouvir os jovens. Existem inúmeros modos de estimular um diálogo com os jovens que atuam nas mais diversas realidades de nossas comunidades. A Equipe Diocesena da CF sugere que em cada paróquia, comunidade seja colocada uma caixa para receber a Comunicação da Juventude. Essa caixa deverá ficar à disposição dos jovens durante toda a Quaresma com o seguinte convite: Fale com a gente - Reclame, Critique, Pergunte e Proponha. Claro que ninguém precisa se identificar. Basta colocar idade e local de residência. Bom indicar o nome da Comunidade ou Paróquia onde atua. A Equipe Diocesana deverá recolher as urnas na primeira semana da Páscoa. No clima do Espírito do Ressuscitado, começar a analisar os conteúdos apresentados. Tabulado o resultado, começa a fase de mo- paralelo entre duas infâncias: a de João Batista e Jesus. João é o último profeta, anunciando o despontar da era messiânica (1,76-77). Jesus é o Messias prometido, o Filho de Deus que veio trazer o Reino para todos (1,32-33; 2,29-31). Em Lc 3,1-4,13, ele nos fala da preparação da missão de Jesus. João Batista prepara as multidões para acolher a Jesus (3,1-20). Como os profetas, ele anuncia a chegada de Jesus e exige a conversão. Na terceira parte encontramos a Realização – atividade Libertadora de Jesus Lc 4,14-24,53 Aqui Lucas apresenta a palavra e a ação, o exemplo e o testemunho de Jesus, primeiro junto ao povo todo, depois junto aos discípulos e, finalmente, diante dos poderosos, com todas as conseqüências: prisão, condenação, tortura, morte, ressurreição e glória junto ao Pai. Lucas apresenta um Jesus que traz um projeto para uma nova ordem, a libertação que leva homens e mulheres à relação de partilha e fraternidade, substituindo as relações de exploração e dominação. Seus ensinamentos são importantes para revelar as dimensões de uma nova vida e educar o homem e a mulher de hoje para um novo modo de ser e agir. Então encontramos sentido para entrar neste Caminho com Jesus. O convite está feito: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e me siga” (9,23ss). No próximo mês trataremos mais detalhamente sobre os capítulos 1-2. Até lá. Para refletir: Jesus veio para todos. Nossa comunidade compreende bem isso? E o que ela faz, em conseqüência? Edilson Peixoto Rodrigues Escola da Palavra – Forania Aparecida e-mail: edilson_peixoto_1@hotmail.com QUARESMA, TEMPO DE OUVIR A JUVENTUDE bilização e divulgação. A Equipe Diocesana da Pastoral da Juventude, tem em mãos um conteúdo de excelente qualidade para buscar novos rumos de articulação e mobilização no universo da juventude. Com coragem e determinação acolher as reclamações, corrigir posturas e comportamentos que impedem compromissos com a evangelização, esclarecer as dúvidas na esfera da doutrina e prática, bem como, apresentar planos para realizar as novas ideias. Somente por meio de uma abertura sincera e honesta ao diálogo com a juventude seremos capazes de manifestar que estamos assumindo uma verdadeira conversão aos jovens como quer a CF 2013. Pe. Antonio Carlos Frizzo Assessor da CF
DEPENDÊNCIA AFETIVA Você já esteve envolvido com uma pessoa a tal ponto de não saber e nem se imaginar vivendo sem ela? Apesar desse vínculo tão forte, você trava muitas brigas com essa pessoa e tem muito ciúmes dela? Se a resposta for sim, seja bem-vindo ao clube dos dependentes afetivos. Às vezes as pessoas confundem amor com dependência achando que o tamanho da importância que dão a determinado relacionamento, é a medida do quanto estão amando. Isto é um engano, na verdade é um problema sério que pode gerar conseqüências terríveis como já vimos em desfechos trágicos apresentados nos jornais e na TV. Quando uma pessoa decide que não pode mais viver sem outra, passa a controlá-la dia e noite monitorando os seus passos e atitudes. Na verdade estão cuidando de si mesmas e agindo de acordo com o seu próprio interesse, já que imagina que a outra está carregando algo muito importante e essencial para ela, ou seja, a sua própria vida. É claro que isto é uma distorção cognitiva causada por um desenvolvimento problemático na personalidade, possivelmente na tenra infância onde se estabeleceram as primeiras relações com os pais. Muitas vezes, essas relações não tiveram uma qualidade suficiente capaz de proporcionar ao indivíduo uma boa auto- -estima e independência. O resultado é que indivíduos assim, vão sempre buscar compensações. Os relacionamentos afetivos, para essas pessoas, se tornam a chance de ouro de resgatar as perdas construindo agora, uma relação bem diferente daquela que tiveram com os pais onde não se sentiram amadas e protegidas, pelo menos na proporção em que desejavam. O pior de tudo, é que, normalmente o indivíduo sabe que está exagerando, quer diminuir a dependência, ameaça terminar tudo, mas não O JOVEM CONTEMPORÂNEO E SUA BUSCA INCESSANTE As formas de convivência, nem sempre cordial, entre as tradições religiosas, a cultura moderna e o itinerário de uma parcela da juventude fazem parte do cenário de nosso jovens hoje, com sua religiosidade viva, inerente à condição juvenil, não é uma hipótese, é um fato, algo que ela é. A juventude é uma fase de rupturas e experimentações, o que o torna mais vulnerável as mudanças, nem sempre bem resolvidas, nossos jovens buscam uma experiência religiosa adequada as suas necessidades mais profundas, nessa busca incessante se distanciam da herança familiar recebida. Assim, o jovem exige liberdade para experimentar (não sabe bem o quê), mas conserva algumas crenças protetoras; oscila entre a família como comunidade de origem e, do outro lado, os amigos e amores, como comunidade de destino; luta por uma sociedade mais igual e fraterna mas é seduzido pela alteridade. Os jovens vivem profundas e contraditórias experiências em busca do sentido da vida, aventuram-se na certeza da fé com referência a um Transcedente. A fé é a proteção dinâmica de uma idade vulnerável no interior de uma cultura cambiante. Nossos sujeitos embora ainda confusos, são buscadores empenhados em elaborar por conta própria um sentido para a vida, transformadores sociais engajados, vivem um momento de busca pela “Religião Perfeita”. Tania Regina Ferri Prescinotto Mestre em Ciências da Religião - PUC-SP Falando da Vida consegue. Vive como um dependente químico a procura de drogas, mesmo sabendo que faz mal. É importante saber que ciúmes, todos nós temos. Ciúme seria um conjunto de emoções desencadeadas por sentimentos de que alguém ou algo ameaça tirar de nós o objeto valorizado. O ciúme passa a ser patológico quando essa ameaça só existe na nossa cabeça, isto é quando perdemos o controle e começamos a exagerar. O dependente afetivo, nutre sentimentos contraditórios de amor e ódio em relação ao objeto amado. Todavia, não podemos dizer que isso é amor porque o outro só tem importância enquanto objeto necessário. Fora disso, não vale nada. Exemplos de namoros longos, carregados de contradições que não evoluem para uma união e ao mesmo tempo não se extinguem, são indícios de que um dos parceiros pode estar com dependência afetiva e o outro se torna um co-dependente. A vacina para esse problema é: Descubra o seu próprio valor. Não existe nada, que você precise do outro, que você não tenha em si mesmo. Amor é partilhar e não extrair. Deus nos fez livres para amar e servir. Não troque liberdade por escravidão. Romildo R.Almeida Psicólogo clínico Educação FD | Março de 2013 7 5 5
Page 1 and 2: ANO XVI - Nº 198 - MARÇO DE 2013
Page 3: CELEBRAR A PÁSCOA É MUDAR DE VIDA
Page 7 and 8: CALENDÁRIO MARÇO DATA HORÁRIO OR

“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12 - Diocese de Guarulhos

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?