“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12 - Diocese de Guarulhos

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Editorial Iniciamos a Quaresma com o chamado à conversão e à penitência, na celebração da Quarta-feira de Cinzas, ocasião em que somos convidados pela liturgia a meditar sobre nossa fragilidade e total dependência do Criador, cujo amor nos atrai e transforma. Já no primeiro domingo do tempo quaresmal, o Senhor Jesus nos é apresentado em oração durante quarenta dias no deserto, quando expressa seu sim ao Pai, dando-nos Enfoque Pastoral Queridos irmãos e irmãs vivemos um tempo singular em nossa Igreja Universal, vivemos o Tempo da Quaresma. Tempo de oração, de jejuns e esmolas. E é neste tempo que estamos vivendo mais um passo em nossa Assembleia Diocesana – a Assembleia das Foranias. Esta Assembleia é um momento de encontro, de reflexão, momento de alegria. Como Forania vamos refletir à luz das Assembleias das Paróquias cinco urgências pastorais a saber: 1ª - “Igreja em estado permanente de missão”; 2ª – “Igreja: casa da iniciação cristã”; 3ª – “Igreja: lugar da animação Bíblica da vida e da pastoral”; 4ª – “Igreja: comunidade de comunidades”; 5ª – “Igreja a serviço da vida plena para todos”. Queremos com esta assembleia que a nossa Diocese possa se tornar verdadeiramente missionária, a Igreja de Jesus Cristo. Assumindo também sua função de evangelizar, levando a todos os lugares e ambientes a feliz e alegre experiência do encontro com Cristo e com os irmãos e irmãs. Queremos chamar a todos a uma atitude de respeitar e valorizar a obra de Deus. Que esta nossa Assembleia colabore para 2 FD | Março de 2013 o exemplo de desapego e renúncia: ele quis viver a liberdade humana em tudo, menos no pecado: praticou um exigente jejum, sentindo as limitações extremas da fraqueza humana. Repleto do Espírito, cumpriu a vontade do Pai, e nos convida a fazer o mesmo, porque isto nos torna membros de sua família. Em todo o tempo quaresmal, a liturgia da Igreja nos convida a contemplar o Senhor e a seguir os seus passos. É preciso muita atenção e vigilância para fixar nossos olhos no Senhor Jesus, pois que muitas distrações podem nos desviar do espírito quaresmal: tais distrações não vem somente de coisas profanas, mas até mesmo podem ser provocadas por fatos eclesiais e pastorais. É preciso suplicar ao Espírito Santo que nos guie, como conduziu Jesus pelo deserto. “O povo de Deus no deserto andava, mas à sua frente alguém caminhava” – assim diz um cântico muito popular. Sim, é verdade, somos o novo povo de Deus; com Jesus não mais vaguearemos sem rumo pelo deserto: temos as graças de que o antigo povo não disponha para viver a aliança com o Senhor. Somos o povo da QUARESMA COM O SENHOR JESUS NO DESERTO a santificação de nossa Igreja diocesana, permitindo que vivamos todos em comunhão com Deus e os irmãos e irmãs colaborando concreta e vivamente com Deus na realização de seu Reino em nosso meio. Com a assembleia queremos criar um caminho a ser percorrido por todos os diocesanos, em sua experiência paroquial, um intinerário evangelizador com formações, encontros, momentos celebrativos, possibilitando a experiência do encontro com Cristo. Acolhendo o que o documento de Aparecida nos apresenta “as Paróquias são células vivas da Igreja e lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial”. Este caminho é um despertar para uma nova dinâmica de agir e interagir entre as pastorais diocesanas e paroquiais com vistas sempre para estar a serviço à Deus servin- nova e eterna aliança; mas devemos aprender as lições do tempo no deserto: a confiança e fé ilimitadas em Deus, o discernimento de sua vontade, a necessidade da partilha, o aprendizado da vida comunitária, a ação de graças pelas coisas mais simples. Caminhamos pelo deserto, não como castigo, porque o deserto não é o lugar da morte, mas o lugar das manifestações do Senhor e da formação do povo de Deus. Foi no deserto que Moisés, diante da sarça ardente, viu o Senhor. Foi na travessia pelo deserto que o Senhor revelou ao povo os sinais da sua bondade, prefigurando os sinais da nova e eterna aliança em Cristo. Não tenhamos medo, pois, de ir com Jesus ao deserto. Dispomos dos meios para unir-nos a ele: o jejum, a esmola, a oração. Embora sempre necessárias na vida cristã, tais práticas devem ser acentuadas no tempo quaresmal. Nós as vivemos pessoal e comunitariamente, nutridos pela fonte límpida que é a Santa Liturgia. Com Jesus, o deserto se torna fértil e em breve colheremos as flores do aleluia pascal. Pe. Antonio Bosco Vigário Geral PARÓQUIAS CÉLULAS VIVAS DA IGREJA do ao seu povo. Participe desta Assembleia rezando por todos os padres e delegados escolhidos para participarem deste momento. Que o Espírito Santo ilumine a todos! Que a Virgem interceda sempre por nós! Pe Francisco G. Veloso Jr. Coordenador Diocesano de Pastoral
CELEBRAR A PÁSCOA É MUDAR DE VIDA Caríssimos Presbíteros e Povo de Deus, A PÁSCOA! ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ PARA NÓS; ALEGREMO-NOS E NELE EXULTEMOS! ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA! “Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus”. O Tríduo Pascal começa com a missa da Ceia do Senhor e termina na tarde da Páscoa com as vésperas solenes. No Tríduo Pascal não são permitidas outras celebrações, tal a importância do que celebramos, tanto para a vida da Igreja, como para a nossa vida pessoal. 5ª. FEIRA SANTA: Celebrarmos a instituição da eucaristia da Nova e Eterna Aliança, como rito memorial (mais do que lembrança do acontecimento, é a repetição do fato aqui e agora) da nova aliança, a instituição do sacerdócio ministerial e o serviço fraterno da caridade, simbolizado e prefigurado no lava pés: o amor do Pai em Cristo, o amor, em Cristo, de todos os que crêem. 6ª. FEIRA SANTA: Ao celebrarmos o Mistério da Cruz nos seus dois aspectos: o sofrimento que prepara a alegria da Páscoa e a humilhação de Jesus da qual brota a sua glorificação. Olhemos para Cristo trespassado na Cruz. Aceitemos o seu Amor. Olhemos para a Cruz e vejamos correr o “sangue e a água” que simbolizam o Batismo e a Eucaristia, graças nas quais somos introduzidos abraçando o amor trinitário. VIGÍLIA PASCAL: Esta noite santa, a noite mais brilhante que o dia, noite em que o Senhor Jesus Cristo passou da morte para a vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. A Festa da Páscoa com o fogo novo, dissipa em nós as trevas do coração e da mente e acende em cada participante o desejo do céu, que começa aqui e agora QUARESMA, TEMPO DE RASGAR NÃO SÓ AS VESTES,MAS TAMBÉM O CORAÇÃO Tempo da Quaresma, momento de levar o povo a olhar pra dentro de si, a se reconciliar com Deus. E nós sacerdotes, como podemos olhar pra dentro de si, rasgar as vestes (Jl 2,13) e ter coragem de nos lavar no sangue do cordeiro (Ap 7,14)? Um dos caminhos é a vivência do jejum, observância da palavra, além da missa e abertura a caridade, não da promoção humana de nossas igrejas, mas a vivenciada por nós. Também a Leitura orante da bíblia, momentos de adorações, seguido de silêncio interior. Somos chamados a beber daquilo que indicamos aos nossos paroquianos. Rever nossas convicções, principalmente a vivência da caridade presbiteral, onde o sacer- através na vivência do amor e da unidade. A Páscoa celebrada frutuosamente transforma a vida de todos: ministros ordenados e fiéis. Uma das condições fundamentais para celebrar a Páscoa é reconhecer todas as nossas escravidões todas as nossas e colocá-las diante de Deus que veio nos libertar de tudo o que nos oprime e do qual não somos capazes de nos salvar sozinhos. Tomemos conhecimento através das palavras de Melitão, bispo de Sardes, séc. II: “O Senhor, sendo Deus, fez-se homem e sofreu por aquele que sofria; foi encarcerado em lugar do prisioneiro. Condenado em vez do criminoso e sepultado em vez do que jazia no sepulcro; ressuscitou dentre os mortos e clamou com voz poderosa: “Quem me condena? Que de mim se aproxime (Is 50,8). Eu libertei o condenado, dei vida ao morto, ressuscitei o que estava sepultado. Quem pode me contradizer? Eu sou Cristo, diz Ele, que destruí a morte, triunfei do inimigo, calquei aos pés o inferno, prendi o violento e arrebatei o homem para as alturas dos céus. Eu, diz Ele, sou Cristo. Vinde, pois todas as nações da terra oprimidas pelo pecado e recebei o perdão, o cordeiro por vós imolado, a água que purifica, a vossa vida, a vossa ressurreição, a vossa luz, a vossa salvação, o vosso rei. Eu vos conduzirei para as alturas, vos ressuscitarei e vos mostrarei o Pai que está nos céus; eu vos levantarei com a minha mão direita”. Esta quaresma para mim está sendo um tempo especial de sofrimento e ao mesmo tempo de conversão, pois fui surpreendido pela descoberta de um câncer no intestino, que operado, me fez passar por inúmeras intercorrências que em alguns momentos me fez correr risco de morte. Foram 40 dias de UTI e durante estes dias muita oração e entrega a Deus e como resposta do Senhor, o poupar a minha vida para que eu possa servir a Igreja por mais algum tempo. Foram muitíssimas as pessoas e em muitos lugares que me acudiram com a oração e Deus atendeu as nossas preces. Coloco diante da misericórdia divina todas as pessoas que rezaram e continuam rezando por mim. Deus é bom! dote foca todas as suas atenções para si, no zelo pela oração, saúde, lazer, etc. A caridade presbiteral deve ser um olhar a pessoa do presbítero primeiramente pelo próprio presbítero e em seguida um olhar aos irmãos presbíteros. Fazer um check up das atividades, pastorais e pessoais, visando identificar caminhos de morte, de distanciamento do primeiro chamado, de distanciamento do presbitério, com possíveis fugas em coisas que viciam, que ostentam, que geram satisfação, grandeza. Nesta quaresma nas confissões nós lavamos nossas vestes nos mutirões que acontecem, e quando conseguimos dedicar um tempo a nós, podemos en- Voz do Pastor Rezemos também neste tempo pela eleição do novo Papa, para que os Cardeais escolham segundo a Vontade do Espírito Santo. Bendigamos A Deus pela missão e vida do Papa Emérito Bento XVI. Celebrar a Páscoa é mudar de vida: - Chama a uma conversão de coração, e não a uma adoração da boca para fora; - Chama a lermos os “sinais dos tempos”, ou seja, aquilo que acontece em nossa realidade, sobretudo com os mais pobres; - Chama a vivermos na liberdade de filhos e filhas de Deus, sem apego a formalismos que impedem a vida; - Chama a fazermos a sua vontade, para que não sejamos escravos dos “mandamentos dos homens” e da dominação dos poderes do mundo. FELIZ E SANTA PÁSCOA PARA TODOS! + Joaquim Justino Carreira Bispo Diocesano de Guarulhos Vida Presbiteral tão fazer a experiência de rasgar o coração. Qual será o resultado? Quais os frutos desta tomada de atitude? Espelhados em Jesus Cristo, iremos valorizar a fé dos irmãos que nos procurarem através do sacramento da penitencia. Ajudá-los a ficar em paz interior, como um Pai que sabe dar coisas boas aos filhos: “ Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, e este lhe pedir pão? Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir um peixe? (Mt 7, 9-11). Irmãos são pequenos passos, simples, mas que se bem seguidos, levaram nós e nosso povo a ressuscitarmos juntos nesta páscoa. Pe. Paulo Leandro Representante dos presbíteros FD | Março de 2013 3
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