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aplicação do ajustamento de conduta na prevenção - Polícia Militar ...

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Para AKAOUI (2000, p. 99), o compromisso <strong>de</strong> <strong>ajustamento</strong> não se tor<strong>na</strong><br />

imutável, não se equipara aos efeitos da coisa julgada da sentença. Verifican<strong>do</strong>-se a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> re<strong>ajustamento</strong> <strong>do</strong>s termos firma<strong>do</strong>s, não <strong>de</strong>ve o órgão público<br />

relutar em tentar obter a composição com o interessa<strong>do</strong>.<br />

Contu<strong>do</strong>, com relação a este re<strong>ajustamento</strong>, surgem <strong>do</strong>is pontos<br />

interessantes trata<strong>do</strong>s pela <strong>do</strong>utri<strong>na</strong>. O primeiro <strong>de</strong>les se refere ao compromisso <strong>de</strong><br />

<strong>ajustamento</strong> firma<strong>do</strong> pelo MP, que carece <strong>do</strong> crivo <strong>do</strong> respectivo Conselho Superior.<br />

Nesse aspecto enten<strong>de</strong> o autor:<br />

sen<strong>do</strong> necessário complementar ou mesmo modificar o compromisso <strong>de</strong> <strong>ajustamento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>conduta</strong> anteriormente firma<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>rá o membro <strong>do</strong> MP fazê-lo, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, entretanto,<br />

mais uma vez submeter essa <strong>de</strong>liberação à apreciação <strong>do</strong> seu Conselho Superior, posto<br />

que o novo título <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer à mesma sistemática legalmente prevista <strong>na</strong> Lei Fe<strong>de</strong>ral<br />

nº 7.347/85, já observada quanto da elaboração <strong>do</strong> primeiro compromisso. (grifos nossos)<br />

Assim, segun<strong>do</strong> o autor, <strong>de</strong>verá o compromisso <strong>de</strong> <strong>ajustamento</strong> <strong>de</strong> <strong>conduta</strong><br />

novamente sofrer a homologação <strong>do</strong> Conselho Superior <strong>do</strong> Ministério Público.<br />

AKAOUI (2000, p.99), enten<strong>de</strong> que no novo compromisso a ser toma<strong>do</strong>, a<br />

mutabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> compromisso não po<strong>de</strong> se dar in pejus, pois a legitimida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

órgão público co-legitima<strong>do</strong> é para proteção <strong>do</strong>s interesses difusos ou coletivos, e,<br />

conseqüentemente, da socieda<strong>de</strong>, e não <strong>do</strong> órgão colegia<strong>do</strong>.<br />

MAZZILLI (2000, p. 381), assim não enten<strong>de</strong>, dizen<strong>do</strong> que o compromisso<br />

<strong>de</strong> <strong>ajustamento</strong> po<strong>de</strong> ser revisto se acor<strong>de</strong>s o órgão público que o tomou e o<br />

causa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> dano, que antes já se tinha comprometi<strong>do</strong>, seja para impor condições<br />

mais ou menos gravosas, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> caso.<br />

Enten<strong>de</strong> o autor nesse senti<strong>do</strong> porque, segun<strong>do</strong> ele, sempre po<strong>de</strong>rão os<br />

<strong>de</strong>mais legitima<strong>do</strong>s proporem a ação civil pública ou coletiva que enten<strong>de</strong>rem<br />

cabível quan<strong>do</strong> não concordarem com as alterações das condições ajustadas, sem<br />

que tenham <strong>de</strong> previamente <strong>de</strong>sconstituir o compromisso <strong>de</strong> <strong>ajustamento</strong> por ação<br />

própria, <strong>de</strong> caráter anulatório.<br />

Não obstante o entendimento <strong>do</strong> autor, é oportuno lembrar que o Decreto<br />

nº 2.181 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1997, ao regulamentar alguns pontos <strong>do</strong> Código <strong>de</strong><br />

Defesa <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r, Lei nº 8.078/90, veio dispor no art. 6º, em seus parágrafos 1º<br />

e 2º, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retificar ou complementar o acor<strong>do</strong> firma<strong>do</strong> e, ainda, que a<br />

celebração <strong>do</strong> termo <strong>de</strong> <strong>ajustamento</strong> <strong>de</strong> <strong>conduta</strong> não impe<strong>de</strong> que outro seja lavra<strong>do</strong>,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que este seja mais vantajoso para o consumi<strong>do</strong>r.<br />

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