Dia Dia Dia do do pr protesto pr otesto 15 de outubro, Ibiúna, interior do Estado de São Paulo, mais de 700 pessoas foram presas durante a realização clandestina do XXX Congresso da UNE. Sete dias depois, no Rio de Janeiro, estudantes organizaram uma jornada de protestos contra a ação. O tempo curto para a mobilização foi compensado pelo trabalho intenso. Na FCM, a programação incluía uma passeata na Avenida 28 de Setembro, a exibição do filme “Os companheiros”, de Mario Monicelli, e a inauguração de uma versão abrasileirada da Estátua da Liberdade. Da idéia à produção, tudo era coletivo, destaca a nutróloga Jane Corona. Primeira Secretária do Casaf na gestão 68, ela lembra como a estátua foi produzida a partir do desenho de um dos alunos, Flávio Skinner: “Foram dois dias para cerrar a madeira e pintar”. O boneco, batizado como “Estátua da Liberdade – Brasil-68”, era um PM cinza, de capacete azul, tendo na mão direita o cassetete em riste e na esquerda uma metralhadora, como descreve Fábio Daflon, no livro Título Provisório. Antes da inauguração, marcada para as 13h, foi exibido o filme “Os companheiros”, de Mario Monicelli. A película – que narra uma heróica greve promovida por sindicalistas italianos, no século XIX – arrebatou a platéia. Quarenta anos depois, o professor Fernando Bravo se entusiasma ao se lembrar da sessão: “Tudo a ver com o que estávamos passando. Ocorreu uma catarse, saímos dali para o protesto imbuídos de um sentimento de raiva, de vontade de mudar, de acabar com a repressão”. Foi um momento de comoção citado por muitos. “O filme era longo. Cada vez que se trocava um rolo havia uma certa dificuldade”, relata o professor Valter Duarte, recuperando o improviso do cineclubismo da época. “Antes da exibição do último rolo, decidiu-se inaugurar a ‘Estátua da Liberdade’”, lembra. “Íamos de mãos dadas, com a estátua, cantando coisas como: ‘o povo unido jamais será vencido’, ‘liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós’”, conta Jane Corona. Íamos de mãos dadas, com a estátua, cantando co como: “o povo unido jamais será vencido”, “liberd liberdade, abra as asas sobre Vitória itória itória de de Pir Pirro Pir A euforia esbarrou na truculência postada para além dos muros do hospital. O embate resultante do primeiro encontro entre estudantes e policiais é narrado por João Lopes Salgado, presidente do Casaf em 1968. “Ao sairmos, já víamos os camburões do Dops. Os tiros começaram quando ainda estávamos no portão. Inicialmente, para cima. Mas o pessoal estava muito determinado. Alguns, como o Benjamim e o Amaury, que nem pertenciam ao diretório, enfrentaram os policiais no corpo a corpo. O Benjamin, que lutava caratê, protagonizou uma cena famosa. Avançou, imobilizou e tomou a arma do policial. O instante foi fotografado e vi anos depois na capa de uma revista na Alemanha”. ADVIR ADVIR ADVIR Nº Nº Nº <strong>22</strong> <strong>22</strong> <strong>22</strong> • • • OUTUBRO OUTUBRO OUTUBRO DE DE DE 2008 2008 2008 • • • 10 10 10
isas ade, nós” ADVIR ADVIR ADVIR Nº Nº Nº <strong>22</strong> <strong>22</strong> <strong>22</strong> • • • OUTUBRO OUTUBRO OUTUBRO DE DE DE 2008 2008 2008 • • • 11 11 11 Fotografia extraída do livro “Título Provisório” de Fábio Daflon
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