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A Busca do Caráter - Ibpan.com.br

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A <strong>Busca</strong> <strong>do</strong> <strong>Caráter</strong><<strong>br</strong> />

Charles Swin<strong>do</strong>ll<<strong>br</strong> />

Título original: The Quest for Character<<strong>br</strong> />

Tradução: Oswal<strong>do</strong> Ramos<<strong>br</strong> />

Editora Vida, 1991<<strong>br</strong> />

Digitaliza<strong>do</strong> por Luz<<strong>br</strong> />

HTTP://SEMEADORESDAPALAVRA.QUEROUMFORUM.COM


Dedico este livro <strong>com</strong> to<strong>do</strong> afeto a meus colegas mais íntimos de<<strong>br</strong> />

ministério:<<strong>br</strong> />

Paul Sailhamer Buck Buchanan<<strong>br</strong> />

Doug Haag<<strong>br</strong> />

Mel Howell Howie Stevenson<<strong>br</strong> />

A autenticidade, coerência, integridade e lealdade que demonstram têm<<strong>br</strong> />

si<strong>do</strong> de valor inestimável para mim, ao longo <strong>do</strong>s anos em que temos<<strong>br</strong> />

trabalha<strong>do</strong> Juntos na Primeira Igreja Evangélica Independente de Fullerton,<<strong>br</strong> />

Califórnia, EUA.<<strong>br</strong> />

Mediante o exemplo deles, convenci-me de que a busca <strong>do</strong> caráter é um<<strong>br</strong> />

objetivo que vale a pena perseguir.<<strong>br</strong> />

"Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o<<strong>br</strong> />

passardes por provações, saben<strong>do</strong> que a prova da<<strong>br</strong> />

vossa fé desenvolve a perseverança. Ora, a<<strong>br</strong> />

perseverança deve terminar a sua o<strong>br</strong>a para que<<strong>br</strong> />

sejais maduros e <strong>com</strong>pletos, não ten<strong>do</strong> falta de coisa<<strong>br</strong> />

alguma." (Tiago 1:2-4)<<strong>br</strong> />

Í N D I C E:<<strong>br</strong> />

INTRODUÇÃO.............................................................................................. 4<<strong>br</strong> />

PARTE 1- GUARDE SEU CORAÇÃO 8<<strong>br</strong> />

ALVOS DA TENTAÇÃO ............................................................................. 11<<strong>br</strong> />

O VERDADEIRO SUCESSO ..................................................................... 14<<strong>br</strong> />

ENTORPECIMENTO GRUPAL.................................................................. 17<<strong>br</strong> />

ASSASSINO ENGAIOLADO ...................................................................... 20<<strong>br</strong> />

O JULGAMENTO DE DEUS ...................................................................... 23<<strong>br</strong> />

CAPACHOS À PORTA............................................................................... 27<<strong>br</strong> />

RESTAURAÇÃO ........................................................................................ 29<<strong>br</strong> />

AQUELE DIA... ESTE DIA.......................................................................... 32<<strong>br</strong> />

MENTE SIMPLES....................................................................................... 35<<strong>br</strong> />

SOLIDÃO NA LIDERANÇA ........................................................................ 38


SINCERIDADE ........................................................................................... 41<<strong>br</strong> />

HONESTIDADE.......................................................................................... 43<<strong>br</strong> />

ONTEM, HOJE E AMANHÃ ....................................................................... 46<<strong>br</strong> />

FESTA E FONTE........................................................................................ 48<<strong>br</strong> />

CORRENDO DE MEDO ............................................................................. 51<<strong>br</strong> />

UMA QUEDA ESPIRALADA ...................................................................... 54<<strong>br</strong> />

RIGIDEZ ..................................................................................................... 58<<strong>br</strong> />

CURIOSIDADE........................................................................................... 62<<strong>br</strong> />

NEGLIGÊNCIA DOS PAIS ......................................................................... 64<<strong>br</strong> />

BELEZA... À DISTÂNCIA ........................................................................... 67<<strong>br</strong> />

PARTE 2 - DÊ O SEU CORAÇÃO 71<<strong>br</strong> />

DOIS MINUTOS MEMORÁVEIS................................................................ 75<<strong>br</strong> />

INFERIORIZADOS ..................................................................................... 79<<strong>br</strong> />

INTERCESSÃO .......................................................................................... 82<<strong>br</strong> />

VÁ EM FRENTE! ........................................................................................ 85<<strong>br</strong> />

DETERMINAÇÃO FÉRREA ....................................................................... 87<<strong>br</strong> />

SEUS BRIOCHES AMANTEIGADOS ........................................................ 90<<strong>br</strong> />

ENCANTO .................................................................................................. 92<<strong>br</strong> />

UMA LEALDADE SÁBIA ............................................................................ 94<<strong>br</strong> />

SATISFAÇÃO ............................................................................................. 97<<strong>br</strong> />

COISAS QUE NÃO MUDAM NUNCA ........................................................ 99<<strong>br</strong> />

VERDADEIRO TRABALHO DE EQUIPE................................................. 102<<strong>br</strong> />

DEDICAÇÃO ............................................................................................ 104<<strong>br</strong> />

SONHANDO ............................................................................................. 107<<strong>br</strong> />

CARICATURAS ........................................................................................ 109<<strong>br</strong> />

DOM QUE PERMANECE......................................................................... 111<<strong>br</strong> />

UM TEMPO PARA A VERDADE.............................................................. 114<<strong>br</strong> />

BOM SENSO DESASSOMBRADO.......................................................... 117<<strong>br</strong> />

FÉ PROFUNDA ........................................................................................ 120<<strong>br</strong> />

LIBERTANDO-SE..................................................................................... 124<<strong>br</strong> />

CONCLUSÃO ........................................................................................... 127<<strong>br</strong> />

NOTAS...................................................................................................... 130


INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

"Minha primeira visão direta <strong>do</strong> Titanic durou menos <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

que <strong>do</strong>is minutos; contu<strong>do</strong>, a imagem total de seu imenso<<strong>br</strong> />

casco, projetan<strong>do</strong>-se a partir <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> mar,<<strong>br</strong> />

permanecerá para sempre em minha vida. Agora,<<strong>br</strong> />

finalmente, encerrava-se a busca." 1<<strong>br</strong> />

Assim escreveu Robert Ballard, após desco<strong>br</strong>ir o casco fantasmagórico<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> H.M.S. Titanic, deita<strong>do</strong> em seu berço solitário, a mais de três mil metros,<<strong>br</strong> />

no fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Atlântico Norte. Durante mais de três quartos de século o<<strong>br</strong> />

grandioso navio revestiu-se de cele<strong>br</strong>idade e lenda. Ei-lo de casco mergulha<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

em décadas de podridão e sedimentos. O convés imun<strong>do</strong> e retorci<strong>do</strong>. Embora<<strong>br</strong> />

ainda impressione, graças às suas dimensões, o toque de elegância<<strong>br</strong> />

desapareceu. Já não é mais o gracioso barco que deslizou, cheio de pompa,<<strong>br</strong> />

em sua primeira viagem, no início de a<strong>br</strong>il de 1912. Apenas cinco dias após o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eço de sua jornada romântica, a cidadela navegante foi aprisionada e<<strong>br</strong> />

afundada por um "iceberg" insensível, cruel, que a aguardava a quase 600<<strong>br</strong> />

quilômetros a sudeste de Terra Nova.<<strong>br</strong> />

O resto constitui história trágica bem conhecida. O navio jaz silencioso<<strong>br</strong> />

e solitário, derraman<strong>do</strong> lágrimas de ferrugem, não apenas por si mesmo,<<strong>br</strong> />

porém, mais ainda pelas 1.522 almas que ele arrastou consigo.<<strong>br</strong> />

Até que uma luz estroboscópica lhe penetrasse o túmulo espantoso e<<strong>br</strong> />

lamacento, em primeiro de setem<strong>br</strong>o de 1985, ninguém sabia <strong>com</strong> certeza sua<<strong>br</strong> />

localização. Naquele dia memorável, o homem que havia ama<strong>do</strong> demais esse<<strong>br</strong> />

navio e, portanto, não podia esquecê-lo, que havia vivi<strong>do</strong> os últimos treze<<strong>br</strong> />

anos "<strong>do</strong>mina<strong>do</strong>" pela "angustiosa busca desse barco", obteve sua primeira<<strong>br</strong> />

visão <strong>do</strong> transatlântico. Até que ponto esse homem estava fascina<strong>do</strong> pela<<strong>br</strong> />

aparência da nave? O suficiente para bater 53.500 fotos dela. O suficiente<<strong>br</strong> />

para esquadrinhar cada metro quadra<strong>do</strong> daquela figura gigantesca... quase<<strong>br</strong> />

trezentos metros de <strong>com</strong>primento, 30 de largura, 46.328 toneladas. O<<strong>br</strong> />

suficiente para respeitar-lhe a privacidade e deixá-lo <strong>com</strong>o o encontrou, sem<<strong>br</strong> />

perturbá-lo e inexplora<strong>do</strong>, visto que todas as tarefas propostas estavam<<strong>br</strong> />

executadas. Foi <strong>com</strong>o Ballard escreveu, ao final de sua última visita:"... a busca<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> Titanic acabou. Que ele descanse em paz." 2 Missão cumprida.<<strong>br</strong> />

Em diversas ocasiões, o explora<strong>do</strong>r usou a mesma palavra a fim de<<strong>br</strong> />

descrever seu sonho de toda a vida: "busca." Uma busca é uma espécie de


perseguição, uma procura intensa. Webster adiciona uma dimensão colorida à<<strong>br</strong> />

definição: "... um empreendimento intrépi<strong>do</strong> de romance medieval,<<strong>br</strong> />

usualmente envolven<strong>do</strong> viagens cheias de aventuras." É provável que isto<<strong>br</strong> />

fizesse Robert Ballard sorrir. De maneira bem estranha, sua jornada plena de<<strong>br</strong> />

aventuras constitui, na verdade, um romance <strong>com</strong> um navio muito mais i<strong>do</strong>so<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> que ele.<<strong>br</strong> />

O que você busca? Você alimenta um "sonho de toda a vida?" Há<<strong>br</strong> />

alguma coisa "<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> sua vida" ao ponto de captar e manter sua atenção<<strong>br</strong> />

durante treze anos ou mais? Qual é a "jornada plena de aventuras" de que<<strong>br</strong> />

você gostaria de participar? Que descoberta você gostaria de realizar?... Que<<strong>br</strong> />

empreendimento você imagina em segre<strong>do</strong>? Se não houver uma busca, a vida<<strong>br</strong> />

se reduz rapidamente a uma nó<strong>do</strong>a escura, mancha descorada, ou dieta<<strong>br</strong> />

monótona demais para arrancar a pessoa da cama, de manhã. A busca<<strong>br</strong> />

alimenta nosso fogo. Impede que fiquemos boian<strong>do</strong> torrente abaixo,<<strong>br</strong> />

apanhan<strong>do</strong> es<strong>com</strong><strong>br</strong>os. Mantém nossa mente engrenada, incita-nos a<<strong>br</strong> />

prosseguir. To<strong>do</strong>s nós estamos rodea<strong>do</strong>s pelos resulta<strong>do</strong>s da busca encetada<<strong>br</strong> />

por alguém, os quais nos trouxeram benefícios. Permita-me mencionar alguns<<strong>br</strong> />

nomes:<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e minha cabeça há uma <strong>br</strong>ilhante lâmpada elétrica. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

Édison<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e meu nariz tenho um par de óculos que me permite enxergar<<strong>br</strong> />

bem. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>, Franklin.<<strong>br</strong> />

Em minha garagem há um carro pronto para conduzir-me a<<strong>br</strong> />

qualquer lugar para onde eu o dirigir. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>, Ford.<<strong>br</strong> />

Pelas prateleiras de minha biblioteca espalham-se livros cheios de<<strong>br</strong> />

coisas interessantes, de pesquisas cuida<strong>do</strong>samente conduzidas.<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>, autores.<<strong>br</strong> />

Idéias, memórias, pensamentos estimulantes, habilidades criativas e<<strong>br</strong> />

perícias relampejam através de minha mente. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

Professores.<<strong>br</strong> />

Bem dentro de mim há traços de personalidades, convicções fortes,<<strong>br</strong> />

uma certeza so<strong>br</strong>e o que é certo e o que é erra<strong>do</strong>, o amor de Deus,<<strong>br</strong> />

uma bússola ética, um <strong>com</strong>promisso perpétuo para <strong>com</strong> minha<<strong>br</strong> />

esposa e família. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>, pais.<<strong>br</strong> />

Bem em<strong>br</strong>ulha<strong>do</strong>s nas <strong>do</strong><strong>br</strong>as de minha vida estão a disciplina e a<<strong>br</strong> />

determinação, a recusa terminante de desistir quan<strong>do</strong> a situação se


torna difícil, um amor pela liberdade existente em nosso país, um<<strong>br</strong> />

respeito pela autoridade. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>, fuzileiros navais.<<strong>br</strong> />

Chegam a meus ouvi<strong>do</strong>s, durante o dia to<strong>do</strong>, trechos de música<<strong>br</strong> />

linda, <strong>do</strong>s quais cada pedacinho representa um misto diferente de<<strong>br</strong> />

melodia e ritmo... harmonia que permanece. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>positores.<<strong>br</strong> />

Em casa, há um ambiente pacífico, cheio de magnetismo,<<strong>br</strong> />

ambientação agradável aos olhos, papéis de parede de cores<<strong>br</strong> />

atraentes, móveis de bom gosto, confortáveis, a<strong>br</strong>aços afetivos, um<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>igo em tempos tempestuosos. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>, Cynthia.<<strong>br</strong> />

Eu poderia prosseguir nesta lista, até a página seguinte. Você também.<<strong>br</strong> />

Só porque algumas pessoas dedicaram-se a sonhar, a perseguir seus sonhos, a<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhá-los e <strong>com</strong>pletar sua busca, nossas vidas tornaram-se mais<<strong>br</strong> />

confortáveis, mais estáveis. Isto é suficiente para incentivar-me a prosseguir,<<strong>br</strong> />

se não servir para mais nada.<<strong>br</strong> />

E você? Sonha escrever um artigo, ou um livro? Escreva-o!<<strong>br</strong> />

Você está tentan<strong>do</strong> desco<strong>br</strong>ir se to<strong>do</strong> esse trabalho no trato das crianças<<strong>br</strong> />

vale a pena? Claro que vale a pena! Continue!<<strong>br</strong> />

Gostaria de voltar para a universidade e concluir aquele curso? Volte a<<strong>br</strong> />

estudar!... pague o preço, ainda que isso leve anos!<<strong>br</strong> />

Você se bem no meio da redecoração e já está cansada de toda essa<<strong>br</strong> />

confusão? Prossiga!<<strong>br</strong> />

Você está tentan<strong>do</strong> <strong>do</strong>minar um ofício, e o exige tempo, paciência e<<strong>br</strong> />

energia (para não mencionar dinheiro)? Vá em frente!<<strong>br</strong> />

Você não consegue tirar da cabeça aquela melodia? Criou umas músicas<<strong>br</strong> />

que precisam ser postas em papel? Mãos à o<strong>br</strong>a! Vá trabalhar! Está pensan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

em montar um negócio pessoal? Por quê não? É difícil encontrar satisfação<<strong>br</strong> />

verdadeira a meio caminho da escada <strong>do</strong> sucesso, no empreendimento de<<strong>br</strong> />

alguém.<<strong>br</strong> />

Deus está permanentemente em busca de algo. Você já pensou nisso<<strong>br</strong> />

um dia? A busca de Deus é o propósito trama<strong>do</strong> no estofo <strong>do</strong> Novo<<strong>br</strong> />

Testamento. O padrão que ele persegue está defini<strong>do</strong> em Romanos 8:29, onde<<strong>br</strong> />

ele promete que nos conformará à imagem de seu Filho. Outra promessa está<<strong>br</strong> />

registrada em Filipenses 1:6, onde lemos que ele iniciou boa o<strong>br</strong>a em nós e<<strong>br</strong> />

não vai interrompê-la. Noutro passo bíblico, ele chega a chamar-nos de


"feitura" sua (Efésios 2:10). Ele está nos martelan<strong>do</strong>, liman<strong>do</strong>, esculpin<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

dan<strong>do</strong>-nos forma! A segunda carta de Pedro chega ao ponto de relacionar<<strong>br</strong> />

alguns <strong>do</strong>s objetivos dessa busca encetada por Deus: diligência, fé, virtude,<<strong>br</strong> />

conhecimento, <strong>do</strong>mínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor<<strong>br</strong> />

(2 Pedro 1:5-7). Numa palavra: caráter.<<strong>br</strong> />

Qualidades de caráter sóli<strong>do</strong> em seus filhos — eis a busca de Deus —<<strong>br</strong> />

busca incansável. A luz estroboscópica de Deus não cessará sua busca<<strong>br</strong> />

enquanto não <strong>com</strong>pletar a o<strong>br</strong>a. E quan<strong>do</strong> é que ela vai terminar? Quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

descansarmos em paz... nunca na véspera. Só então é que a o<strong>br</strong>a divina estará<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pleta, em nós. Devemos agradecer-lhe por não desistir de nós, enquanto<<strong>br</strong> />

vamos passan<strong>do</strong> pelo processo de desenvolvimento <strong>do</strong> caráter. O<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

Senhor!<<strong>br</strong> />

É disso que trata este livro. Minha intenção não foi torná-lo uma lista<<strong>br</strong> />

exaustiva de todas as qualidades que precisamos discutir, ainda que as<<strong>br</strong> />

circunstâncias se mostrassem muito favoráveis. Entretanto, incluímos aqui as<<strong>br</strong> />

que merecem nossa atenção imediata. Veja você: Deus não opera no vácuo.<<strong>br</strong> />

Ele pode operar assim (e às vezes opera mesmo), porém, no que concerne a<<strong>br</strong> />

traços <strong>do</strong> caráter, ele nos empurra à ação. A busca de Deus torna-se a nossa<<strong>br</strong> />

busca. Os interesses que vicejam no coração de Deus tornam-se interesses<<strong>br</strong> />

que vicejam em nosso coração. Uso a palavra "coração" porque é esse o<<strong>br</strong> />

termo que as Escrituras empregam para descrever o lugar onde primeiramente<<strong>br</strong> />

se formam aquelas qualidades dignas de serem cultivadas. Talvez<<strong>br</strong> />

devêssemos chamar o coração de útero <strong>do</strong> caráter.<<strong>br</strong> />

Às vezes precisamos guardar nosso coração... protegê-lo contra<<strong>br</strong> />

invasões, e mantê-lo a salvo, em segurança. Vez ou outra deveríamos dar<<strong>br</strong> />

nosso coração... permitir que certas qualidades saiam, liberá-las para os outros.<<strong>br</strong> />

Visto que ambas as opções constituem fatos reais, dividi este livro de acor<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> essa ênfase dupla. Os primeiros vinte capítulos convidam-no a guardar<<strong>br</strong> />

seu coração a fim de impedir que as coisas que não devem permanecer dentro<<strong>br</strong> />

dele consigam penetrar. Os últimos vinte capítulos desafiam-no a dar seu<<strong>br</strong> />

coração, liberan<strong>do</strong> qualidades que precisam ser postas em uso, para o bem<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s outros e para a glória de Deus.<<strong>br</strong> />

Tiro o chapéu para várias pessoas que desempenharam papéis de vital<<strong>br</strong> />

importância na elaboração deste volume. Na Editora Multhomah, Larry Libby,<<strong>br</strong> />

meu amigo e editor de muitos anos, bem <strong>com</strong>o Brenda Jose, <strong>com</strong> sua perícia<<strong>br</strong> />

criativa, inimitável, me proporcionaram ajuda e encorajamento inestimáveis.<<strong>br</strong> />

Sou deve<strong>do</strong>r a ambos, pela <strong>com</strong>petência, cooperação e confiança que<<strong>br</strong> />

demonstraram. Em meu escritório, Helen Peters, minha fiel e sempre


coerente secretária, que vem mourejan<strong>do</strong> <strong>com</strong>igo ao longo de todas as o<strong>br</strong>as<<strong>br</strong> />

que tenho publica<strong>do</strong>, merece outra salva de palmas. Enquanto viajo, vou<<strong>br</strong> />

rabiscan<strong>do</strong> pensamentos, empilhan<strong>do</strong>-os e colocan<strong>do</strong>-os diante dela nas<<strong>br</strong> />

condições mais variadas que se possa imaginar; minha secretária aceitou esse<<strong>br</strong> />

desafio, <strong>com</strong> máxima graça, e datilografa tu<strong>do</strong> isso diligentemente,<<strong>br</strong> />

produzin<strong>do</strong> um manuscrito. Em casa, Cynthia, Colleen e Chuck jamais<<strong>br</strong> />

deixaram de entender meu amor ao ministério de escrever, e jamais me<<strong>br</strong> />

fizeram sentir culpa, quan<strong>do</strong> os prazos finais me o<strong>br</strong>igam a dizer não para eles,<<strong>br</strong> />

e sim para o meu trabalho. Em vez disso, diminuíram suas exigências e<<strong>br</strong> />

minimizaram suas expectativas. Chegam até a sorrir benevolentemente diante<<strong>br</strong> />

de minha preocupação, quan<strong>do</strong> meu corpo está <strong>com</strong> eles mas minha mente<<strong>br</strong> />

está no livro. Três salvas de palmas para esse trio!<<strong>br</strong> />

Agora, finalmente, tomo empresta<strong>do</strong> algo de Robert Ballard: minha<<strong>br</strong> />

busca terminou. Bem, pelo menos esta que você tem nas mãos. A outra<<strong>br</strong> />

busca — aquela busca maior, so<strong>br</strong>e a qual escrevi em cada página deste<<strong>br</strong> />

livro — essa nunca terminará. Pelo menos enquanto eu não partir para<<strong>br</strong> />

descansar em paz. Pelo resto de minha vida estarei guardan<strong>do</strong> meu coração, e<<strong>br</strong> />

dan<strong>do</strong>-o também. Deus jamais interromperá a o<strong>br</strong>a de martelar em mim<<strong>br</strong> />

aquelas coisas que precisam ser trituradas, nem parará de esmerilhar minhas<<strong>br</strong> />

atitudes, de esculpir meu caráter. Diferentemente <strong>do</strong> homem que encerrou<<strong>br</strong> />

sua busca ao localizar o Titanic, prosseguirei minha busca de caráter durante<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>s os meus dias. E você também fará isso.<<strong>br</strong> />

Meu magno desejo é que estas páginas nos forneçam mais paciência<<strong>br</strong> />

durante o processo, e maior perseverança, até o fim. Quan<strong>do</strong> houvermos<<strong>br</strong> />

termina<strong>do</strong> a busca, tenha certeza disto, estaremos na gloriosa presença de<<strong>br</strong> />

Deus, conforma<strong>do</strong>s à imagem de seu Filho.<<strong>br</strong> />

Chuck Swin<strong>do</strong>ll<<strong>br</strong> />

Fullerton, Califórnia<<strong>br</strong> />

Parte 1- Guarde seu coração<<strong>br</strong> />

A vida é uma selva.<<strong>br</strong> />

Quem jamais se viu enfia<strong>do</strong> até o pescoço nas areias movediças de<<strong>br</strong> />

prazos e exigências inadiáveis? Quem jamais travou batalha <strong>com</strong> irritações<<strong>br</strong> />

piores que crocodilos, nos pântanos lo<strong>do</strong>sos <strong>do</strong>s <strong>com</strong>promissos demasia<strong>do</strong>


grandes, das realizações demasia<strong>do</strong> pequenas, e da exaustão total? Coroan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

tu<strong>do</strong> isso há os ataques de surpresa da crítica cruel, que nos assalta <strong>com</strong>o leão<<strong>br</strong> />

faminto, que nos rasga <strong>com</strong> garras semelhantes às de panteras. Só os mais<<strong>br</strong> />

fortes é que so<strong>br</strong>evivem. Dentre estes, os que são capazes de detetar o perigo,<<strong>br</strong> />

e conhecem as técnicas de auto-defesa, safam-se nas melhores condições.<<strong>br</strong> />

Jay Rathman é um destes homens. Ele caçava vea<strong>do</strong>s na área de vida<<strong>br</strong> />

selvagem de Tehema, perto de Red Bluff, ao norte da Califórnia, quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

escalou a encosta de um precipício granítico, seguran<strong>do</strong>-se à borda. Ao erguer<<strong>br</strong> />

a cabeça para olhar por cima da borda, percebeu um movimento à direita de<<strong>br</strong> />

seu rosto. Uma cascavel enroscada atacou-o <strong>com</strong> rapidez de relâmpago e por<<strong>br</strong> />

um triz não lhe abocanhou a orelha direita.<<strong>br</strong> />

"As presas da serpente de 1,20 m enroscaram-se na gola olímpica <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

suéter de lã de Rathman. A força <strong>do</strong> ataque fez <strong>com</strong> que a serpente lhe caísse<<strong>br</strong> />

no om<strong>br</strong>o esquer<strong>do</strong>. Em seguida, ela se lhe enrolou no pescoço.<<strong>br</strong> />

Rathman agarrou-a por trás da cabeça, <strong>com</strong> a mão esquerda, poden<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

sentir o veneno quente a escorrer-lhe pelo pescoço. O guizo agita<strong>do</strong> produzia<<strong>br</strong> />

um ruí<strong>do</strong> furioso.<<strong>br</strong> />

O homem caiu para trás, estatelan<strong>do</strong>-se de cabeça para baixo e rolan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

pela encosta íngreme, através <strong>do</strong> mato e pedras vulcânicas, seu rifle e binóculo<<strong>br</strong> />

despencan<strong>do</strong> junto.<<strong>br</strong> />

"Infelizmente", disse Rathman, ao descrever o incidente a um oficial <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Departamento de Caça e Pesca, "acabei encrava<strong>do</strong> entre as rochas; meus pés<<strong>br</strong> />

ficaram presos, na descida, e lá fiquei eu de cabeça para baixo, quase sem<<strong>br</strong> />

poder mover-me."<<strong>br</strong> />

Conseguiu pegar o rifle <strong>com</strong> a mão direita e usou-o para desenroscar as<<strong>br</strong> />

mandíbulas <strong>do</strong> suéter; mas a co<strong>br</strong>a tinha condições de atacar outra vez.<<strong>br</strong> />

"Ela fez cerca de oito tentativas e conseguiu atingir-me <strong>com</strong> a ponta <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

focinho, bem abaixo de meu olho, cerca de quatro vezes. Fiquei <strong>com</strong> o rosto<<strong>br</strong> />

vira<strong>do</strong>, de maneira que a cascavel não tinha ângulo favorável para enfiar-me<<strong>br</strong> />

as presas; mas a cabeça dela estava bem perto de mim. Eu e a bicha<<strong>br</strong> />

encaramo-nos olho no olho; desco<strong>br</strong>i então que as co<strong>br</strong>as não piscam.<<strong>br</strong> />

Aquelas presas mais pareciam agulhas amaldiçoadas... Tive de estrangular a<<strong>br</strong> />

serpente. Não tive outro jeito. Meu receio era que se to<strong>do</strong> o meu sangue me<<strong>br</strong> />

descesse à cabeça, eu viesse a desmaiar."<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> Rathman tentou atirar o réptil morto de la<strong>do</strong>, não o conseguiu.


"Com a mão direita, tive de soltar os de<strong>do</strong>s da esquerda, um por um, <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

pescoço da co<strong>br</strong>a."<<strong>br</strong> />

Rathman, de 45 anos, trabalha no Departamento de Defesa, em San<<strong>br</strong> />

José. Calcula que seu embate <strong>com</strong> a serpente tenha dura<strong>do</strong> 20 minutos.<<strong>br</strong> />

O guarda Dave Smith diz o seguinte, ao registrar seu encontro <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

Rathman:<<strong>br</strong> />

"Ele caminhou na minha direção seguran<strong>do</strong> este guizo. Parecia sorrir ao<<strong>br</strong> />

dizer-me: 'Gostaria de registrar uma queixa a respeito desta sua vida selvagem<<strong>br</strong> />

aqui.' "<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> li pela primeira vez esse relato de arrepiar os cabelos, percebi<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o o <strong>com</strong>bate de Rathman parece-se tremendamente <strong>com</strong> nossa vida diária.<<strong>br</strong> />

No momento mais inespera<strong>do</strong> somos ataca<strong>do</strong>s. Com força traiçoeira, tais<<strong>br</strong> />

assaltos de cascavel têm um jeito de desequili<strong>br</strong>ar-nos, enquanto se enroscam<<strong>br</strong> />

em nós. Vulneráveis e expostos, podemos facilmente sucumbir diante de tais<<strong>br</strong> />

ataques. Esses assaltos são freqüentes e multi-varia<strong>do</strong>s: <strong>do</strong>res físicas, traumas<<strong>br</strong> />

emocionais, estresse relacionai, dúvidas espirituais, conflitos matrimoniais,<<strong>br</strong> />

tentações carnais, reveses financeiros, assaltos demoníacos, desapontamentos<<strong>br</strong> />

profissionais... pam, pam, pam, pam, PAM!<<strong>br</strong> />

Lutamos encarniçadamente em busca de so<strong>br</strong>evivência, saben<strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

qualquer arremetida <strong>do</strong> inimigo pode atingir o alvo e inocular o veneno<<strong>br</strong> />

paralisante, imobiliza<strong>do</strong>r, que nos deixará incapacita<strong>do</strong>s. Qual é esse alvo,<<strong>br</strong> />

exatamente? O coração? É ele sim, esse órgão onde nasce a esperança, onde<<strong>br</strong> />

se tomam as decisões, onde os <strong>com</strong>promissos são fortaleci<strong>do</strong>s, onde a verdade<<strong>br</strong> />

é armazenada e, principalmente, onde o caráter (essa coisa que nos dá<<strong>br</strong> />

profundidade e nos torna sábios) se forma.<<strong>br</strong> />

Não é de admirar que o sábio da antigüidade já nos advertia:<<strong>br</strong> />

"Ouve tu, filho meu, e sê sábio, e dirige no caminho<<strong>br</strong> />

certo o teu coração" (Provérbios 23:19).<<strong>br</strong> />

A busca <strong>do</strong> caráter exige que certas coisas sejam mantidas dentro <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

coração, enquanto outras precisam ser mantidas longe dele. Um coração<<strong>br</strong> />

desguarneci<strong>do</strong> significa desastre. Um coração bem guarneci<strong>do</strong> significa<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evivência. Se você espera so<strong>br</strong>eviver na selva, e vencer em to<strong>do</strong>s os<<strong>br</strong> />

ataques traiçoeiros, você precisa guardar seu coração.


As páginas que se seguem o ajudarão, encorajan<strong>do</strong>-o a perseverar nessa<<strong>br</strong> />

busca.<<strong>br</strong> />

ALVOS DA TENTAÇÃO<<strong>br</strong> />

Fortuna. Fama. Poder. Prazer.<<strong>br</strong> />

No que concerne às tentações, aqui estão os maiores vilões.<<strong>br</strong> />

Não é que não existam outras armadilhas e tropeços. Existem, e<<strong>br</strong> />

quantos! Mas os quatro acima representam nossos elos mais fracos na<<strong>br</strong> />

corrente de resistência... as aberturas mais visíveis em nossa armadura. Se o<<strong>br</strong> />

inimigo de nossas almas deseja lançar um de seus "dar<strong>do</strong>s inflama<strong>do</strong>s" num<<strong>br</strong> />

ponto em que produzirá maior impacto, fará uma escolha dentre estes quatro<<strong>br</strong> />

principais alvos.<<strong>br</strong> />

FORTUNA.<<strong>br</strong> />

Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Coisas que têm uma etiqueta de preço.<<strong>br</strong> />

Bens materiais. Objetos tangíveis. E que há por trás de tu<strong>do</strong> isso? O desejo de<<strong>br</strong> />

possuir, de apossar-se, de juntar riquezas, ficar rico; enfrentemos a realidade:<<strong>br</strong> />

o desejo de parecer rico. Trata-se da obsessão de raízes profundas, no senti<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

de impressionar os outros e também deliciar-se na velhíssima coceira<<strong>br</strong> />

denominada "quero mais." Sempre mais. O bastante nunca é bastante. A<<strong>br</strong> />

satisfação está fora de questão.<<strong>br</strong> />

Tu<strong>do</strong> isto parece tão claro no papel! Pinte essa coisa de verde e chame-a<<strong>br</strong> />

de cobiça pura e simples... fácil de ser analisada neste momento objetivo.<<strong>br</strong> />

Porém, quan<strong>do</strong> deslizamos na corrente de água e <strong>com</strong>eçamos a nadar, eis que<<strong>br</strong> />

surge uma torrente (tão sutil, de início) que nos apanha e nos arrasta. Logo<<strong>br</strong> />

somos engolfa<strong>do</strong>s por ela, e atira<strong>do</strong>s nas cataratas, quase totalmente<<strong>br</strong> />

descontrola<strong>do</strong>s. Para livrarmo-nos e iniciar nova trajetória noutra direção<<strong>br</strong> />

(nunca sutil, nunca fácil!) precisamos de nada menos que o poder <strong>do</strong> Deus<<strong>br</strong> />

To<strong>do</strong>-poderoso. Jamais alguém resistiu à cobiça sem que travasse uma luta ao<<strong>br</strong> />

mesmo tempo incansável e feroz. O deus chama<strong>do</strong> Fortuna tem morte lenta e<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>lorosa.<<strong>br</strong> />

FAMA.


É o anseio de ser popular. Ser mem<strong>br</strong>o da "gangue". Ser ama<strong>do</strong>. Na<<strong>br</strong> />

verdade, é algo mais <strong>do</strong> que isso. É a fome de ser conheci<strong>do</strong>, de criar um<<strong>br</strong> />

nome para si mesmo. Inclui a perseguição <strong>do</strong> melhor lugar, o aperto de mãos<<strong>br</strong> />

certas, a batida nas costas certas, estar nos ambientes certos... manipulan<strong>do</strong> e<<strong>br</strong> />

cavan<strong>do</strong> habilmente. O tempo to<strong>do</strong> há uma preocupação jamais pronunciada<<strong>br</strong> />

em torno de uma agenda egocêntrica, oculta: que o seu nome fique lá em<<strong>br</strong> />

cima, sob o foco <strong>do</strong>s holofotes. A insegurança assim revelada está entre o<<strong>br</strong> />

patético e o nauseante.<<strong>br</strong> />

Não me entenda mal. Para algumas pessoas, a fama chega de surpresa.<<strong>br</strong> />

Nada mais é <strong>do</strong> que o subproduto de um trabalho bem feito, isento de<<strong>br</strong> />

estratégia maliciosa. Sem jamais nutrir qualquer desejo de ser bem conheci<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

algumas pessoas são atiradas no centro <strong>do</strong> palco independentemente de seus<<strong>br</strong> />

próprios desejos. Tu<strong>do</strong> bem: que elas continuem a examinar suas motivações<<strong>br</strong> />

e a manter o equilí<strong>br</strong>io. A fama pode ser o atrativo principal. As alturas são<<strong>br</strong> />

estonteantes. Um <strong>br</strong>incalhão disse, jocosamente: "A fama, à semelhança da<<strong>br</strong> />

fumaça, é inofensiva se você não a inalar." 4 As pessoas que conseguem<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>miná-la <strong>com</strong> graça, não se permitem esquecer quão imerece<strong>do</strong>ras são. Com<<strong>br</strong> />

freqüência, tais pessoas têm origens muito humildes. Como a famosa<<strong>br</strong> />

contralto Marian Anderson, que afirmou que o momento mais importante de<<strong>br</strong> />

sua vida ocorreu quan<strong>do</strong> ela chegou em casa e disse à sua mãe que não<<strong>br</strong> />

precisaria mais lavar a roupa das pessoas, dali por diante.<<strong>br</strong> />

PODER.<<strong>br</strong> />

Os que buscam o poder desejam controlar, governar os outros. Querem<<strong>br</strong> />

ocupar cargos de autoridade e fazer as coisas à sua maneira, conforme sua<<strong>br</strong> />

vontade. Manipulam e mano<strong>br</strong>am as pessoas, a fim de ficar em posição de<<strong>br</strong> />

autoridade, de tal maneira que consigam <strong>do</strong>minar os outros e mantê-los obedientes.<<strong>br</strong> />

Embora alguns consigam realizar isto <strong>com</strong>o mestres da fraude,<<strong>br</strong> />

esconden<strong>do</strong> a verdade por detrás de máscaras sorridentes e palavras pie<strong>do</strong>sas,<<strong>br</strong> />

seu estilo <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>r torna-se evidente quan<strong>do</strong> as pessoas que supostamente<<strong>br</strong> />

deveriam obedecer não obedecem e, ao contrário, exercem alguma forma de<<strong>br</strong> />

independência criativa e sadia. "Anátema!" grita o dita<strong>do</strong>r. E zás! o chicote<<strong>br</strong> />

entra em ação. As pessoas que anseiam pelo poder demonstram mínima<<strong>br</strong> />

tolerância pelos indivíduos que pensam <strong>com</strong> suas próprias cabeças e falam<<strong>br</strong> />

segun<strong>do</strong> suas próprias idéias.<<strong>br</strong> />

Por alguma estranha razão, as fileiras religiosas estão inchadas de<<strong>br</strong> />

pessoas que sucumbiram diante desta forma especial de tentação. Dê a certas


pessoas autoridade suficiente para liderar, conhecimento bíblico suficiente<<strong>br</strong> />

para citações escriturísticas e necessidade de obter sucesso, e não passará<<strong>br</strong> />

muito tempo para você pensar que César se reencarnou. Não é de<<strong>br</strong> />

surpreender que Pedro, ao dirigir-se aos que pastoreiam o rebanho de Deus,<<strong>br</strong> />

advertiu-os contra serem "<strong>do</strong>mina<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s que vos foram confia<strong>do</strong>s" (1<<strong>br</strong> />

Pedro 5:3). Líderes enlouqueci<strong>do</strong>s pelo anseio de poder esmagam mais<<strong>br</strong> />

ovelhas <strong>do</strong> que poderíamos imaginar. A tragédia particular disto é que as<<strong>br</strong> />

ovelhas esmagadas não se reproduzem e, além disso, raramente se recuperam<<strong>br</strong> />

de to<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

PRAZER.<<strong>br</strong> />

"Se você se sentir bem..." Ah! termine você mesmo o adágio. Talvez<<strong>br</strong> />

seja nosso ponto mais vulnerável à tentação: o prazer, que significa o desejo<<strong>br</strong> />

de satisfazer-se sensualmente, não importa o custo. Pode ser tão inocente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o um pequeno divertimento, ou tão sórdi<strong>do</strong> <strong>com</strong>o uma relação sexual<<strong>br</strong> />

ilícita. Não estou interessa<strong>do</strong> no ato, mas na atitude. "Quero o que quero<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> quero. Vou ser feliz, preciso realizar-me, gratificar meus desejos... a<<strong>br</strong> />

despeito de!"<<strong>br</strong> />

Não, de mo<strong>do</strong> nenhum saímos por aí dizen<strong>do</strong> as coisas assim,<<strong>br</strong> />

abertamente. Entretanto, é <strong>com</strong> essa intensidade de prazer sensual que o<<strong>br</strong> />

prazer é persegui<strong>do</strong>. E ao fazê-lo, racionalizamos as Escrituras, baixamos<<strong>br</strong> />

nossos padrões de moralidade, desprezamos as punções da consciência e,<<strong>br</strong> />

assim, convencemo-nos não apenas de que está tu<strong>do</strong> bem, mas de que aquilo<<strong>br</strong> />

é uma necessidade! Se, de alguma forma, algumas visões de Deus<<strong>br</strong> />

interrompem nossa <strong>br</strong>incadeira no "playground", temos meios de ignorá-lo,<<strong>br</strong> />

também. Dessas pessoas diz Paulo que são insensatas e loucas:<<strong>br</strong> />

"Pois ten<strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> a Deus, não o glorificaram <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

Deus... antes seus raciocínios se tornaram estultos, e<<strong>br</strong> />

seus corações insensatos se obscureceram. Dizen<strong>do</strong>se<<strong>br</strong> />

sábios, tornaram-se loucos..." (Romanos 1:21-22).<<strong>br</strong> />

Fortuna. Fama. Poder. Prazer. No que concerne às tentações, estas são<<strong>br</strong> />

as maiorais. Resistin<strong>do</strong> contra cada uma delas, de peito aberto, cultivamos o<<strong>br</strong> />

caráter dentro de nós, no íntimo. Portanto, mantenha os olhos abertos, e


deixe sua armadura bem à mão. A batalha prossegue agora mesmo, bem acesa.<<strong>br</strong> />

Você não pode confiar no "cessar fogo" de Satanás.<<strong>br</strong> />

"toman<strong>do</strong>, so<strong>br</strong>etu<strong>do</strong>, o escu<strong>do</strong> da fé, <strong>com</strong> o qual<<strong>br</strong> />

podereis apagar to<strong>do</strong>s os dar<strong>do</strong>s inflama<strong>do</strong>s <strong>do</strong> maligno"<<strong>br</strong> />

(Efésios 6:16)<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

O apóstolo João escreve palavras muito fortes em 1 João 5:19: "o<<strong>br</strong> />

mun<strong>do</strong> inteiro jaz no maligno." Em seguida, adverte-nos: "Filhinhos, guardaivos<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s í<strong>do</strong>los." Í<strong>do</strong>los <strong>com</strong>o a fortuna, a fama, o poder e o prazer. Essa é<<strong>br</strong> />

uma das razões porque os momentos devocionais <strong>com</strong> o Senhor têm tanto<<strong>br</strong> />

valor. Iluminam o foco de nossa vida. Corrigem nossa visão. Incendeiam<<strong>br</strong> />

nosso louvor. Redirecionam nossas prioridades. Tiram nossa atenção deste<<strong>br</strong> />

planeta, e colocam-na em coisas eternas.<<strong>br</strong> />

Leia 1 João 5.<<strong>br</strong> />

O VERDADEIRO SUCESSO<<strong>br</strong> />

Não diz o suficiente, mas o que diz é bom. Refiro-me às reflexões de<<strong>br</strong> />

Ralph Wal<strong>do</strong> Emerson a respeito <strong>do</strong> sucesso:<<strong>br</strong> />

"Como medes o sucesso?<<strong>br</strong> />

Rir <strong>com</strong> freqüência, e muito; Ganhar o respeito de pessoas<<strong>br</strong> />

inteligentes e o afeto das crianças; Obter a apreciação de<<strong>br</strong> />

críticos honestos e agüentar firme a traição <strong>do</strong>s falsos<<strong>br</strong> />

amigos; Apreciar a beleza; Desco<strong>br</strong>ir o que há de melhor<<strong>br</strong> />

nos outros; Deixar o mun<strong>do</strong> um pouco melhor, seja<<strong>br</strong> />

mediante uma criança sadia, uma situação social redimida,<<strong>br</strong> />

ou uma tarefa bem executada; Saber até que outrem<<strong>br</strong> />

recebeu o sopro da vida só porque você viveu — isto é ser<<strong>br</strong> />

bem sucedi<strong>do</strong>." 5<<strong>br</strong> />

Fiquei impressiona<strong>do</strong>. Aprecio tanto o que deixou de ser menciona<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

quanto o que está explícito. Emerson jamais se refere a dinheiro, status,<<strong>br</strong> />

posição ou fama. Nada diz acerca <strong>do</strong> poder so<strong>br</strong>e as pessoas. Tampouco


so<strong>br</strong>e riquezas. Ou auto-imagem super-intimidativa. Não coloca ênfase em<<strong>br</strong> />

tamanho, números, estatísticas, e tampouco noutros pontos não essenciais, à<<strong>br</strong> />

luz da eternidade.<<strong>br</strong> />

Leia outra vez essas palavras. É possível que você tenha perdi<strong>do</strong> alguma<<strong>br</strong> />

coisa na primeira leitura. Preste mais atenção, desta vez, nos verbos: "rir...<<strong>br</strong> />

ganhar... obter... agüentar... apreciar... desco<strong>br</strong>ir... deixar... saber..." Ao longo<<strong>br</strong> />

de to<strong>do</strong> o texto, a ênfase recai em algo fora de nós mesmos, não é? Para mim,<<strong>br</strong> />

esse é o elemento que mais me conforta, dentre to<strong>do</strong>s. Também é uma peça<<strong>br</strong> />

rara, dentre as da literatura que trata <strong>do</strong> sucesso.<<strong>br</strong> />

Enquanto vagueio pela propaganda so<strong>br</strong>e o sucesso que se escreve hoje,<<strong>br</strong> />

noto que a pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> foco de atenção está no "eu" externo da<<strong>br</strong> />

pessoa — <strong>com</strong>o posso parecer tão esperto, que impressão fantástica eu posso<<strong>br</strong> />

produzir, quanta riqueza consigo acumular e quão totalmente posso controlar<<strong>br</strong> />

as coisas, ou quão rapidamente sou promovi<strong>do</strong> ou... ou... ou. Não consigo ler<<strong>br</strong> />

nada — e quero dizer nada mesmo — que coloque ênfase no coração, no ser<<strong>br</strong> />

interior, na sede de nossos pensamentos, motivações e decisões. Nada, isto é,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> exceção das Escrituras.<<strong>br</strong> />

É interessante que a Bíblia diz muito pouco so<strong>br</strong>e o sucesso, mas muita<<strong>br</strong> />

coisa so<strong>br</strong>e o coração, onde se origina o verdadeiro sucesso. Não é de admirar,<<strong>br</strong> />

pois, que Salomão tenha desafia<strong>do</strong> seus leitores, dizen<strong>do</strong>:<<strong>br</strong> />

"So<strong>br</strong>e tu<strong>do</strong> o que se deve guardar, guarda o teu<<strong>br</strong> />

coração, pois dele procedem as saídas da vida"<<strong>br</strong> />

(Provérbios 4:23)<<strong>br</strong> />

Está certo: "guarda o teu coração." Coloque uma sentinela de plantão.<<strong>br</strong> />

Vigie-o cuida<strong>do</strong>samente. Proteja-o. Dê-lhe toda atenção. Mantenha-o limpo.<<strong>br</strong> />

Jogue fora o entulho. É ali, lem<strong>br</strong>e-se, que coisas ruins conseguem esconderse<<strong>br</strong> />

facilmente, <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

"...maus pensamentos, os adultérios, as prostituições,<<strong>br</strong> />

os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o<<strong>br</strong> />

engano, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, e<<strong>br</strong> />

a loucura" (Marcos 7:21-22).


Você sabe, são aquelas coisas que por fim emergem, quan<strong>do</strong> o <strong>do</strong>ce e<<strong>br</strong> />

tirânico o<strong>do</strong>r de sucesso nos intoxica, fazen<strong>do</strong> que "as fontes da vida" exalem<<strong>br</strong> />

veneno. Como é importante o coração! É nele que se forma o caráter. Só o<<strong>br</strong> />

coração detém os segre<strong>do</strong>s <strong>do</strong> verdadeiro sucesso. Seus tesouros não têm<<strong>br</strong> />

preço, são inestimáveis — mas podem ser rouba<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Você está guardan<strong>do</strong> seu coração? Diga-o <strong>com</strong> toda honestidade: você<<strong>br</strong> />

guarda seu coração? As raízes horrendas e venenosas <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> encontram<<strong>br</strong> />

nutrientes no íntimo de nosso coração. Embora pareçamos bem-sucedi<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

ressoemos <strong>com</strong>o bem-sucedi<strong>do</strong>s, falemos a respeito de sucesso, e até nos<<strong>br</strong> />

vistamos para o sucesso, podemos estar, na verdade, à deriva. Podemos estar<<strong>br</strong> />

sofren<strong>do</strong> de uma erosão interna daquelas coisas que nossos lábios estão<<strong>br</strong> />

alardean<strong>do</strong> publicamente. Isto se chama fingimento. Um termo mais severo é<<strong>br</strong> />

hipocrisia... e as pessoas bem-sucedidas conseguem ser tremendamente hábeis<<strong>br</strong> />

nesse jogo. Agradeço ao Sr. Joseph Bayly, já faleci<strong>do</strong>, estas palavras:<<strong>br</strong> />

"Jesus advertiu seus discípulos: devemos precaver-nos<<strong>br</strong> />

contra a hipocrisia, que é fingir ser algo que na verdade não<<strong>br</strong> />

somos, ou agir <strong>com</strong> uma máscara co<strong>br</strong>in<strong>do</strong>-nos o rosto. A<<strong>br</strong> />

hipocrisia é um terrível sinal de que há sérios problemas em<<strong>br</strong> />

nosso coração — que só aguarda o dia em que serão<<strong>br</strong> />

expostos. É <strong>com</strong>o John Milton afirmou em Paraíso<<strong>br</strong> />

Perdi<strong>do</strong>: 'Nem homens nem anjos conseguem discernir a<<strong>br</strong> />

hipocrisia, o único mal que age invisivelmente — exceto<<strong>br</strong> />

Deus'." 6<<strong>br</strong> />

Os pensamentos de Emerson a respeito <strong>do</strong> sucesso são profun<strong>do</strong>s; vale<<strong>br</strong> />

a pena memorizá-los. Contu<strong>do</strong>, esta questão da guarda <strong>do</strong> coração exige algo<<strong>br</strong> />

mais a ser acrescenta<strong>do</strong>. É essencial que o guardemos — não se trata de algo<<strong>br</strong> />

opcional. Não é fácil guardá-lo. Não se processa naturalmente. Requer honestidade.<<strong>br</strong> />

Exige pureza.<<strong>br</strong> />

O sucesso pode transformar-se facilmente em fracasso. Basta que<<strong>br</strong> />

baixemos a guarda.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Ser <strong>com</strong>o Cristo. Eis nosso objetivo, <strong>com</strong> toda franqueza e simplicidade.<<strong>br</strong> />

Parece um objetivo pacífico, relaxante, fácil. Mas, pare um pouco e pense. Ele<<strong>br</strong> />

aprendeu obediência mediante o sofrimento que lhe so<strong>br</strong>eveio. E assim<<strong>br</strong> />

ocorre conosco. Ele suportou to<strong>do</strong>s os tipos de tentações. E assim as


devemos suportar. Nosso alvo é ser pareci<strong>do</strong>s <strong>com</strong> Cristo. Entretanto, isso<<strong>br</strong> />

não é fácil, tampouco rápi<strong>do</strong> ou natural. É coisa impossível para a carne,<<strong>br</strong> />

demora a acontecer, e é de escopo so<strong>br</strong>enatural. Só Cristo pode realizar esse<<strong>br</strong> />

objetivo em nós.<<strong>br</strong> />

Leia Marcos 7.1-23.<<strong>br</strong> />

ENTORPECIMENTO GRUPAL<<strong>br</strong> />

Diga-me: onde é que você estava na manhã de 16 de março de 1968?<<strong>br</strong> />

Ah, tampouco eu me lem<strong>br</strong>o! Entretanto, há um grupo de homens que não<<strong>br</strong> />

conseguem esquecer. Ainda que jamais se reúnam outra vez, nunca mais se<<strong>br</strong> />

esquecerão daquela manhã.<<strong>br</strong> />

Esses camaradas tinham uma tarefa dura... receberam uma daquelas<<strong>br</strong> />

missões tipo "descu<strong>br</strong>a-e-destrua", uma célula de <strong>com</strong>bate pertencente à<<strong>br</strong> />

Brigada Operacional Barker, incumbida de invadir um pequeno grupo de<<strong>br</strong> />

aldeias, conhecidas coletivamente <strong>com</strong>o MyLai, na província de Quang Ngai,<<strong>br</strong> />

no Vietnã <strong>do</strong> Sul. Treina<strong>do</strong>s e agrupa<strong>do</strong>s muito às pressas, a maioria desses<<strong>br</strong> />

homens era inexperiente em batalha. Durante um mês inteiro, anteriormente<<strong>br</strong> />

a MyLai, não haviam ti<strong>do</strong> sucesso algum nas campanhas militares. Embora<<strong>br</strong> />

não houvessem consegui<strong>do</strong> que o Vietcongue se engajasse numa guerra<<strong>br</strong> />

verdadeira, as tropas americanas vinham sofren<strong>do</strong>, todavia, algumas baixas<<strong>br</strong> />

desmoralizantes, por causa de algumas minas terrestres e armadilhas tolas,<<strong>br</strong> />

mas traiçoeiras. Acrescente-se a isso uma alimentação deficiente, grandes<<strong>br</strong> />

enxames de insetos, calor opressivo, chuva e humidade tropicais, mais a falta<<strong>br</strong> />

de sono, e você terá um quadro da origem da loucura. A confusão quanto à<<strong>br</strong> />

identidade <strong>do</strong> inimigo tampouco aju<strong>do</strong>u em alguma coisa. Vietnamitas e<<strong>br</strong> />

vietcongues tinham a mesma aparência. Visto que pouquíssimos usavam<<strong>br</strong> />

uniformes, distinguir os <strong>com</strong>batentes <strong>do</strong>s não-<strong>com</strong>batentes era mais <strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

difícil. Você acreditaria que isso seria, na verdade, impossível?<<strong>br</strong> />

Olhan<strong>do</strong> para trás, ao longo <strong>do</strong>s anos, a partir de 1968, <strong>com</strong> a calma<<strong>br</strong> />

objetividade que o tempo e a história provêem, não é exagera<strong>do</strong> afirmar que<<strong>br</strong> />

as instruções dadas tanto aos homens recém-recruta<strong>do</strong>s, quanto aos oficiais<<strong>br</strong> />

subalternos, na noite anterior que precedeu o ataque, foram pelo menos<<strong>br</strong> />

in<strong>com</strong>pletas e ambíguas. Supunha-se que a tropa toda estivesse familiarizada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a Convenção de Gene<strong>br</strong>a, segun<strong>do</strong> a qual é crime hostilizar qualquer<<strong>br</strong> />

não-<strong>com</strong>batente (e, no que concerne à convenção, até mesmo o <strong>com</strong>batente)


que largou suas armas devi<strong>do</strong> a ferimentos ou <strong>do</strong>ença. Provavelmente alguns<<strong>br</strong> />

solda<strong>do</strong>s desconheciam, também, a "Lei da Guerra Terrestre", exarada no<<strong>br</strong> />

Manual de Campo <strong>do</strong> Exército <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, segun<strong>do</strong> a qual quaisquer<<strong>br</strong> />

ordens que violam a Convenção de Gene<strong>br</strong>a são ilegais e não devem ser<<strong>br</strong> />

obedecidas. Ponto final.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> a <strong>com</strong>panhia "Charlie" esgueirou-se nervosamente pela<<strong>br</strong> />

região de MyLai, naquela manhã, não desco<strong>br</strong>iu um único <strong>com</strong>batente sequer.<<strong>br</strong> />

Ninguém estava arma<strong>do</strong>. Ninguém atirou nos americanos. Só havia ali<<strong>br</strong> />

mulheres, crianças e velhos desarma<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

O que ocorreu, em seguida, não ficou devidamente esclareci<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Ninguém consegue reproduzir a ordem exata <strong>do</strong>s acontecimentos; e ninguém<<strong>br</strong> />

nega, todavia, os resulta<strong>do</strong>s trágicos: Entre quinhentos e seiscentos<<strong>br</strong> />

vietnamitas foram mortos de várias maneiras. Em alguns casos, os solda<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

pararam à porta de uma cabana e a retalharam <strong>com</strong> fogo de armas<<strong>br</strong> />

automáticas e semi-automáticas, matan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s quantos estavam lá dentro.<<strong>br</strong> />

Outras pessoas foram alvejadas quan<strong>do</strong> tentavam fugir, algumas das quais<<strong>br</strong> />

seguravam bebês nos <strong>br</strong>aços. O morticínio de maior escala ocorreu na aldeia<<strong>br</strong> />

de MyLai 4, onde o primeiro pelotão da <strong>com</strong>panhia "Charlie", sob o <strong>com</strong>an<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

de um jovem tenente chama<strong>do</strong> William L. Calley, Jr., reuniu os habitantes<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o ga<strong>do</strong>, em grupos de vinte, ou quarenta, ou mais, e liqui<strong>do</strong>u-os a rifle,<<strong>br</strong> />

metralha<strong>do</strong>ra ou granadas.<<strong>br</strong> />

A matança levou bastante tempo, algo <strong>com</strong>o toda a manhã. O número<<strong>br</strong> />

de solda<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s só se consegue estimar. Talvez uns poucos, algo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o cinqüenta, de fato puxaram os gatilhos e pinos de granadas; mas é<<strong>br</strong> />

razoavelmente certo presumir-se que cerca de duzentos deles testemunharam<<strong>br</strong> />

de mo<strong>do</strong> direto a matança. Poderíamos supor que dentro de uma semana pelo<<strong>br</strong> />

menos quinhentos solda<strong>do</strong>s da Brigada Operacional Barker sabiam que alguns<<strong>br</strong> />

crimes de guerra haviam si<strong>do</strong> <strong>com</strong>eti<strong>do</strong>s. No fim, se você se lem<strong>br</strong>a bem,<<strong>br</strong> />

consideraram-se acusações contra vinte e cinco solda<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais só seis<<strong>br</strong> />

foram ao tribunal. Finalmente, apenas um deles foi condena<strong>do</strong>, o tenente<<strong>br</strong> />

Calley... embora, se quiséssemos ser bem específicos, muitos outros também<<strong>br</strong> />

fossem culpa<strong>do</strong>s. Devo lem<strong>br</strong>á-lo de que deixar de <strong>com</strong>unicar um crime em si<<strong>br</strong> />

mesmo também é crime. Durante o ano que se seguiu, imagine quantos<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os da Brigada Operacional Barker tentaram relatar a matança. Nenhum.<<strong>br</strong> />

O povo norte-americano só soube <strong>do</strong>s acontecimentos de MyLai por<<strong>br</strong> />

causa de uma carta que Ron Ridenhour escreveu a diversos congressistas três<<strong>br</strong> />

meses após seu retorno à vida civil, no final de março de 1969... mais de um<<strong>br</strong> />

ano após o massacre.


Basta de 16 de março de 1968. Aconteceu e pronto. Acabou-se. Não<<strong>br</strong> />

alimento o desejo de eleger-me juiz e júri, e apontar um de<strong>do</strong> acusa<strong>do</strong>r na<<strong>br</strong> />

direção de mais alguns solda<strong>do</strong>s que tentam refugiar-se num fio de navalha.<<strong>br</strong> />

Esses homens não precisam de condenações suplementares (francamente, eu<<strong>br</strong> />

os admiro até mesmo por terem i<strong>do</strong> lá, para tentar cumprir suas o<strong>br</strong>igações);<<strong>br</strong> />

entretanto, to<strong>do</strong>s nós podemos beneficiar-nos de uma avaliação <strong>br</strong>eve.<<strong>br</strong> />

Para mim, MyLai é uma ilustração clássica daquilo que determina<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

profissional denominou de "entorpecimento psíquico" que <strong>com</strong> freqüência<<strong>br</strong> />

ocorre num grupo.... à semelhança de certa forma de anestesia emocional<<strong>br</strong> />

auto-induzida. Nas situações em que nossos sentimentos, nossas emoções são<<strong>br</strong> />

tremendamente <strong>do</strong>lorosos ou desagradáveis, o grupo auxilia na capacidade de<<strong>br</strong> />

anestesiar-se mutuamente, uns aos outros. A pessoa se sente bastante<<strong>br</strong> />

encorajada por estar no meio de outros que fazem a mesma coisa. Em vez de<<strong>br</strong> />

pensar <strong>com</strong> precisão, so<strong>br</strong>epesan<strong>do</strong> <strong>com</strong> exatidão o que é certo e o que é<<strong>br</strong> />

erra<strong>do</strong>, a pessoa acha que é possível — e até mesmo fácil — jogar a<<strong>br</strong> />

responsabilidade moral em cima de alguém <strong>do</strong> grupo. Dessa maneira, não só<<strong>br</strong> />

o indivíduo aban<strong>do</strong>na sua consciência, mas a consciência <strong>do</strong> grupo, <strong>com</strong>o um<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>, se torna tão fragmentada e diluída que é quase <strong>com</strong>o se não existisse. O<<strong>br</strong> />

Dr. Scott Peck descreve o caso <strong>com</strong> muita vivacidade, em seu livro "People of<<strong>br</strong> />

the Lie" (Povo da Mentira): "A coisa é bem simples... o horrível se torna<<strong>br</strong> />

normal, e perdemos nosso senso <strong>do</strong> horror. Simplesmente o desligamos." 7<<strong>br</strong> />

Isso explica porque a pressão grupal <strong>do</strong>s <strong>com</strong>panheiros é tão<<strong>br</strong> />

poderosa, tão potencialmente perigosa. Torna-se a motivação mais<<strong>br</strong> />

importante por detrás das experiências que envolvem drogas, promiscuidade<<strong>br</strong> />

sexual, auto-entrega grupal a algum tipo de seita religiosa, ou procedimento<<strong>br</strong> />

financeiro ilegal. O sorriso amarelo, ou os gritos da maioria, conseguem<<strong>br</strong> />

intimidar a integridade. Se tal fato pode acontecer a solda<strong>do</strong>s no sudeste da<<strong>br</strong> />

Ásia, pode acontecer também a pessoas <strong>com</strong>o você e eu. Por isso, mantenhase<<strong>br</strong> />

alerta! Quan<strong>do</strong> surge a pressão que vem empurran<strong>do</strong>, procure pensar de<<strong>br</strong> />

maneira independente. Pense biblicamente. Faça o máximo possível para<<strong>br</strong> />

conduzir-se segun<strong>do</strong> sua cabeça, e não segun<strong>do</strong> suas emoções. Se você fracassar<<strong>br</strong> />

nesta decisão, vai perder sua bússola ética nalgum ponto entre seu<<strong>br</strong> />

desejo de ser ama<strong>do</strong> e o de proceder corretamente.<<strong>br</strong> />

"Não vos enganeis", adverte o apóstolo que, <strong>com</strong> freqüência, via-se<<strong>br</strong> />

sozinho, "as más <strong>com</strong>panhias corrompem os bons costumes" (1 Coríntios<<strong>br</strong> />

15:33). O entorpecimento grupal apresenta a possibilidade de pairar quase<<strong>br</strong> />

indefinidamente num padrão de conduta destituí<strong>do</strong> de consciência e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometi<strong>do</strong> <strong>com</strong> o mal.


Será que você duvida disso? Pense em Jonestown. Ou em Watergate.<<strong>br</strong> />

Ou nas experiências <strong>com</strong> LSD patrocinadas pela CIA. Ou no Holocausto. Ou<<strong>br</strong> />

na Inquisição. Ou no grupo que clamava: "Crucifica-o!"<<strong>br</strong> />

Diga-me: será que existe algum grupo tentan<strong>do</strong> entorpecê-lo?<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Num mun<strong>do</strong> impessoal, de mudanças rápidas, em que nós nos<<strong>br</strong> />

sentimos mais semelhantes a um número <strong>do</strong> que a uma pessoa, torna-se fácil<<strong>br</strong> />

acreditar que nosso relacionamento vertical continua a ser o mesmo. Rostos<<strong>br</strong> />

sem nome diante de um Deus preocupa<strong>do</strong>; pessoas apressadas envolvidas em<<strong>br</strong> />

atividades destituídas de senti<strong>do</strong>, fúteis. Mas, a coisa não é assim. A Palavra de<<strong>br</strong> />

Deus nos assegura que há uma identidade, e promete-nos que nossas vidas<<strong>br</strong> />

têm ordem, uma razão de ser, um propósito. Vamos viver o dia de hoje <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

essa confiança conforta<strong>do</strong>ra... Deus sabe o que está fazen<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Leia Josué 23.1-16; 24.14-15.<<strong>br</strong> />

Aconteceu há muitos anos.<<strong>br</strong> />

ASSASSINO ENGAIOLADO<<strong>br</strong> />

Um psicólogo e pesquisa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Instituto Nacional de Saúde Mental<<strong>br</strong> />

estava convenci<strong>do</strong> de que poderia <strong>com</strong>provar suas teorias mediante uma<<strong>br</strong> />

gaiola cheia de ratos. Seu nome? Dr. John Calhoun. Sua teoria? As condições<<strong>br</strong> />

de superpopulação co<strong>br</strong>am uma taxa pesada da humanidade.<<strong>br</strong> />

O Dr. Calhoun construiu uma gaiola quadrada para a<strong>br</strong>igar uns<<strong>br</strong> />

camun<strong>do</strong>ngos escolhi<strong>do</strong>s. Ele os observava atentamente, enquanto o número<<strong>br</strong> />

deles aumentava. Iniciou <strong>com</strong> oito ratinhos. A gaiola foi planejada para conter<<strong>br</strong> />

confortavelmente uma população de 160 animais. Ele permitiu que os ratos<<strong>br</strong> />

procriassem, entretanto, até chegar a 2.200.<<strong>br</strong> />

Os animais não foram priva<strong>do</strong>s de nenhuma das necessidades vitais,<<strong>br</strong> />

exceto privacidade — não havia tempo nem espaço para a solidão. O<<strong>br</strong> />

alimento, a água e outras provisões sempre estavam limpos e em abundância.<<strong>br</strong> />

Mantinha-se uma temperatura agradável. Não havia <strong>do</strong>enças. To<strong>do</strong>s os<<strong>br</strong> />

fatores de mortalidade (exceto a idade) foram elimina<strong>do</strong>s. A gaiola era ideal<<strong>br</strong> />

para os camun<strong>do</strong>ngos, exceto quanto às condições de superpopulação. A


população atingiu o ápice de 2.200 indivíduos após cerca de <strong>do</strong>is anos e meio.<<strong>br</strong> />

Visto não haver meios de os camun<strong>do</strong>ngos poderem escapar fisicamente <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

ambiente fecha<strong>do</strong>, o Dr. Calhoun estava interessa<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> especial em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o eles se arranjariam na gaiola superlotada.<<strong>br</strong> />

Foi interessante que quan<strong>do</strong> a população atingiu aquele pico, a colônia<<strong>br</strong> />

de ratos <strong>com</strong>eçou a desintegrar-se. Coisas estranhas <strong>com</strong>eçaram a acontecer.<<strong>br</strong> />

O Dr. Calhoun anotou o seguinte:<<strong>br</strong> />

Os animais adultos formaram grupos naturais de cerca de uma<<strong>br</strong> />

dúzia de camun<strong>do</strong>ngos.<<strong>br</strong> />

Em cada grupo, cada camun<strong>do</strong>ngo adulto desempenhava uma<<strong>br</strong> />

função social particular... contu<strong>do</strong>, não havia funções em que<<strong>br</strong> />

pudessem colocar os camun<strong>do</strong>ngos jovens, sadios, o que dilacerou a<<strong>br</strong> />

sociedade inteira.<<strong>br</strong> />

Os machos que haviam defendi<strong>do</strong> seus territórios aban<strong>do</strong>naram a<<strong>br</strong> />

liderança que exerciam.<<strong>br</strong> />

As fêmeas tornaram-se agressivas e expulsaram os mais novos... até<<strong>br</strong> />

mesmo suas próprias crias.<<strong>br</strong> />

Os mais novos cresciam apenas para tornar-se auto-indulgentes.<<strong>br</strong> />

Comiam, bebiam, <strong>do</strong>rmiam, arrumavam-se, mas não demonstravam<<strong>br</strong> />

a agressividade normal. O fato mais digno de nota: não conseguiam<<strong>br</strong> />

reproduzir-se.<<strong>br</strong> />

Após cinco anos, to<strong>do</strong>s os camun<strong>do</strong>ngos haviam morri<strong>do</strong>. Tal fato<<strong>br</strong> />

aconteceu apesar de haver abundância de <strong>com</strong>ida, água, e ausência de <strong>do</strong>enças,<<strong>br</strong> />

até o fim. Após o psicólogo e pesquisa<strong>do</strong>r haver relata<strong>do</strong> suas experiências,<<strong>br</strong> />

duas perguntas significativas foram levantadas:<<strong>br</strong> />

P.: "Quais foram as primeiras atividades a cessarem?"<<strong>br</strong> />

R.: "As atividades mais <strong>com</strong>plexas, para os camun<strong>do</strong>ngos: o namoro e o<<strong>br</strong> />

acasalamento."<<strong>br</strong> />

P.: "Que resulta<strong>do</strong>s produziria a superpopulação so<strong>br</strong>e a humanidade?"<<strong>br</strong> />

R.: "Em primeiro lugar, cessaríamos de reproduzir nossas idéias e, junto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> as idéias, nossos objetivos e ideais.<<strong>br</strong> />

Em outras palavras, perderíamos nossos valores."<<strong>br</strong> />

Confesso que fiquei um tanto assusta<strong>do</strong> <strong>com</strong> essa experiência.


Sim, eu sei! Eu sei bem que não somos camun<strong>do</strong>ngos. E não estamos<<strong>br</strong> />

engaiola<strong>do</strong>s. E não sofremos tão forte superlotação; parece, todavia, que em<<strong>br</strong> />

algumas grandes cidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> estamos chegan<strong>do</strong> perto, bem perto!<<strong>br</strong> />

No entanto, a experiência <strong>com</strong>unica algumas analogias que vale a pena<<strong>br</strong> />

considerarmos. Dê uma olhada outra vez naquela lista de observações e tire<<strong>br</strong> />

suas próprias conclusões. Não deixe passar aquela dupla de observações de<<strong>br</strong> />

Calhoun: uma delas é realmente uma observação; a outra, uma opinião.<<strong>br</strong> />

A observação: "Os mais novos... não conseguiam reproduzir-se.<<strong>br</strong> />

A opinião: "... perderíamos nossos valores."<<strong>br</strong> />

Embora tenhamos prometi<strong>do</strong> a nós próprios, e ao Senhor, que este ano<<strong>br</strong> />

seria diferente, muitos de nós continuamos a lutar contra um polvo teimoso,<<strong>br</strong> />

de oito <strong>br</strong>aços tentaculares, chama<strong>do</strong> "ocupação." Vimo-nos continuamente<<strong>br</strong> />

esforçan<strong>do</strong>-nos demais, andan<strong>do</strong> depressa demais, tentan<strong>do</strong> fazer o máximo.<<strong>br</strong> />

Estou certo? A "tirania <strong>do</strong> urgente" enroscou seus poderosos tentáculos ao<<strong>br</strong> />

seu re<strong>do</strong>r, mais um ano, não é verdade? Embora você saiba que o segre<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

conhecer Deus está em "aquietai-vos" (Salmo 46:10 — diz o texto he<strong>br</strong>aico:<<strong>br</strong> />

pare de lutar, fique quieto, relaxe!), você já <strong>com</strong>eçou a racionalizar sua<<strong>br</strong> />

ocupação. Ao fazer isso, você está <strong>com</strong>prometen<strong>do</strong> a busca <strong>do</strong> caráter.<<strong>br</strong> />

Você percebe quais são os perigos de uma vida sem privacidade? Você<<strong>br</strong> />

está consciente de que a falta de tempo para estar a sós é o início da<<strong>br</strong> />

desintegração espiritual? Toman<strong>do</strong> empresta<strong>do</strong> de Gor<strong>do</strong>n MacDonald: nessa<<strong>br</strong> />

agitação toda você "perde a capacidade de pôr ordem em seu mun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

particular."<<strong>br</strong> />

Isso não é nada? Não chega a ser um problema? Não tenha tanta<<strong>br</strong> />

certeza! Aprenda uma lição singular desses camun<strong>do</strong>ngos aprisiona<strong>do</strong>s. O<<strong>br</strong> />

mesmo assassino está solto... não se trata da falta de alimento e água, nem da<<strong>br</strong> />

falta de saúde e de atividades, mas a falta de tempo para estar a sós <strong>com</strong> Deus,<<strong>br</strong> />

longe da multidão. Continue nesse esquema aperta<strong>do</strong>, superlota<strong>do</strong>, e os seus<<strong>br</strong> />

jovens deixarão de reproduzir as qualidades pelas quais vale a pena viver... e<<strong>br</strong> />

você mesmo acabará perden<strong>do</strong> os valores por que vale a pena morrer.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>e-se da experiência desenvolvida há muitos anos. Nem uma<<strong>br</strong> />

criatura sequer so<strong>br</strong>eviveu às condições de abarrotamento e superpopulação;<<strong>br</strong> />

entretanto, a lição fala bem alto e bem claro a nós, agora mesmo.<<strong>br</strong> />

São ratinhos que rugem.


A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Ser usa<strong>do</strong> por Deus. Exige algo mais encoraja<strong>do</strong>r, que nos dê maior<<strong>br</strong> />

senso de realização? Talvez não; mas há algo mais básico: encontrar-se <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

Deus. Deliciar-se na presença <strong>do</strong> Senhor, isolar-se <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> da cidade e, em<<strong>br</strong> />

quietude, oferecer-lhe o louvor que ele merece. Antes de engajar-nos no<<strong>br</strong> />

trabalho de Deus, vamos encontrar-nos <strong>com</strong> ele em sua Palavra... na oração...<<strong>br</strong> />

na a<strong>do</strong>ração.<<strong>br</strong> />

Leia o Salmo 143.<<strong>br</strong> />

O JULGAMENTO DE DEUS<<strong>br</strong> />

Foi o velho prega<strong>do</strong>r rural, Vance Havner, que disse, certa vez:<<strong>br</strong> />

"Se Deus tratasse as pessoas, hoje, <strong>com</strong>o um dia tratou<<strong>br</strong> />

Ananias e Safira, todas as igrejas precisariam manter um necrotério<<strong>br</strong> />

no porão."<<strong>br</strong> />

Essa declaração leva muitas pessoas a sorrir. Eu não sorrio. Ponho-me<<strong>br</strong> />

a pensar... a imaginar o porquê. Na verdade, já colecionei várias perguntas<<strong>br</strong> />

tipo "por quê?" concernentes ao julgamento de Deus. Por que o julgamento<<strong>br</strong> />

divino não é mais óbvio nas vidas das pessoas que deliberada e<<strong>br</strong> />

voluntariamente desobedecem a Deus? Por que o Senhor não age <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

rapidez e severidade, visto que a santidade de Deus está sen<strong>do</strong> maculada, e<<strong>br</strong> />

sua reputação posta em jogo? Por que é que Deus não cumpre sua promessa<<strong>br</strong> />

cada vez que resistimos à tentação de pagar o mal <strong>com</strong> o mal... especialmente<<strong>br</strong> />

porque ele repete essa promessa tantas vezes nas Escrituras: "A mim me<<strong>br</strong> />

pertencem a vingança e a re<strong>com</strong>pensa"? diz o Senhor (Deuteronômio 32:35;<<strong>br</strong> />

Romanos 12:17-19; He<strong>br</strong>eus 10:30).<<strong>br</strong> />

A referência em He<strong>br</strong>eus chega até a concluir assim: "O Senhor julgará<<strong>br</strong> />

o seu povo." Per<strong>do</strong>e-me se lhe pareço cruel e severo, mas minha preocupação<<strong>br</strong> />

é: quan<strong>do</strong>? Onde estão os exemplos de Ananias e Safira de hoje, quan<strong>do</strong> os<<strong>br</strong> />

crentes fraudam outros crentes? Por que não há mais crentes entre nós fracos<<strong>br</strong> />

e <strong>do</strong>entes... e por que na verdade mais deles não morrem (!) <strong>com</strong>o acontecia<<strong>br</strong> />

na congregação <strong>do</strong>s coríntios, quan<strong>do</strong> esses crentes deixavam de considerar as<<strong>br</strong> />

coisas de Deus <strong>com</strong> seriedade (1 Coríntios 10:30)? Se Ananias e Safira não<<strong>br</strong> />

conseguiram que o Senhor lhes per<strong>do</strong>asse um único ato de hipocrisia, <strong>com</strong>o é<<strong>br</strong> />

que hoje as pessoas podem mentir, fraudar, roubar, adulterar e, em seguida,


prosseguir <strong>com</strong> a vida, <strong>com</strong>o se tu<strong>do</strong> isso fosse prática normal, usual? E já<<strong>br</strong> />

que estamos tratan<strong>do</strong> desse assunto, se 1 Coríntios 5:11 faz parte das<<strong>br</strong> />

Escrituras, que é que nos torna hesitantes em obedecer à prescrição?<<strong>br</strong> />

"... mas agora vos escrevo que não vos associeis <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

aquele que, dizen<strong>do</strong>-se irmão, for devasso, ou<<strong>br</strong> />

avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou<<strong>br</strong> />

rouba<strong>do</strong>r. Com o tal nem ainda <strong>com</strong>ais."<<strong>br</strong> />

Sim, é citação direta... em contexto... corretamente traduzida <strong>do</strong> texto<<strong>br</strong> />

grego. Eu mesmo verifiquei. Se significa alguma coisa, é isto: o isolamento é<<strong>br</strong> />

uma das conseqüências quan<strong>do</strong> o crente a<strong>do</strong>ta um mo<strong>do</strong> de vida anti-bíblico.<<strong>br</strong> />

Toma<strong>do</strong> literalmente, o texto ordena a to<strong>do</strong>s quantos se nomeiam pelo nome<<strong>br</strong> />

de Cristo que se recusem a aliviar a solidão <strong>do</strong> crente carnal. Até mesmo os<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os da família devem cooperar <strong>com</strong> o isolamento ordena<strong>do</strong> por Deus,<<strong>br</strong> />

até que haja arrependimento.<<strong>br</strong> />

As implicações de Paulo (contrária à opinião popular) é a seguinte:<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> nos recusamos a associar-nos, ou a <strong>com</strong>er <strong>com</strong> pessoas que levam<<strong>br</strong> />

vidas <strong>com</strong>promete<strong>do</strong>ras, irresponsáveis, imorais, o julgamento de Deus — a<<strong>br</strong> />

vingança divina — passa a ocorrer. Podemos ter certeza disso! E é aí que<<strong>br</strong> />

surge o enguiço. Muitas vezes, assim nos parece, a vingança divina não ocorre.<<strong>br</strong> />

Posso mencionar caso após caso em que o julgamento de Deus não so<strong>br</strong>eveio.<<strong>br</strong> />

E falo <strong>com</strong> toda a franqueza: estou me debaten<strong>do</strong> <strong>com</strong> isso. Se Deus é santo<<strong>br</strong> />

(e eu sei que ele é), se ele abomina o peca<strong>do</strong> (e eu sei que ele o abomina) e se<<strong>br</strong> />

ele tem ciúmes de sua igreja, para que ela se mantenha uma noiva pura (sim,<<strong>br</strong> />

isso também é verdade), onde está a prova? Para sermos <strong>do</strong>lorosamente<<strong>br</strong> />

específicos, por que é que um crente após outro desencaminham-se de seus<<strong>br</strong> />

respectivos casamentos, em peca<strong>do</strong>, sem que lhes so<strong>br</strong>evenha algum sinal de<<strong>br</strong> />

vingança divina aberta? Ou, <strong>com</strong>o é que os crentes chegam à conclusão que o<<strong>br</strong> />

homossexualismo é aceitável, pratican<strong>do</strong>-o em seguida, sem sofrer o<<strong>br</strong> />

julgamento que recaiu so<strong>br</strong>e os so<strong>do</strong>mitas que viveram nas duas cidades<<strong>br</strong> />

gêmeas da antigüidade, So<strong>do</strong>ma e Gomorra? Era erra<strong>do</strong> naquela época, mas<<strong>br</strong> />

certo hoje?<<strong>br</strong> />

Eu sei qual é a resposta celestial para estas perguntas, mas onde está a<<strong>br</strong> />

prova terrena? É certo que Deus sabe que a ausência de disciplina divina está<<strong>br</strong> />

sen<strong>do</strong> usada contra ele! E isso me deixa furioso. E triste. E um boca<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

confuso. Especialmente quan<strong>do</strong> estou tratan<strong>do</strong> de um caso de infidelidade<<strong>br</strong> />

marital, e o cônjuge que permaneceu fiel (e fez o máximo possível para que o


casamento funcionasse) me olha e pergunta, <strong>com</strong> toda a sinceridade: "Por que<<strong>br</strong> />

é que o Senhor permitiu que meu cônjuge saísse ileso dessa traição?" O<<strong>br</strong> />

Senhor deixa uma porção de crentes <strong>com</strong>o nós imaginan<strong>do</strong> coisas, e não<<strong>br</strong> />

apenas umas poucas pessoas apanhan<strong>do</strong> os frangalhos.<<strong>br</strong> />

De to<strong>do</strong> meu coração concor<strong>do</strong> <strong>com</strong> o salmista: "Já é tempo, de<<strong>br</strong> />

operares, ó Senhor; têm que<strong>br</strong>a<strong>do</strong> a tua lei" (Salmo 119:126). Acredito que se<<strong>br</strong> />

Deus agisse tão decisivamente <strong>com</strong>o o fazia <strong>com</strong> freqüência nos tempos<<strong>br</strong> />

bíblicos, mudanças maravilhosas ocorreriam em toda a cristandade. Um sadio<<strong>br</strong> />

temor <strong>do</strong> Senhor voltaria outra vez a eletrizar o povo de Deus, ao mesmo<<strong>br</strong> />

tempo em que voltaria o respeito devi<strong>do</strong> ao seu santo nome. Uma caminhada<<strong>br</strong> />

obediente se tornaria evidente entre nós. Além disso, uma renovada<<strong>br</strong> />

determinação no senti<strong>do</strong> de respeitar os votos matrimoniais haveria de<<strong>br</strong> />

solidificar os lares. Uma Noiva mais pura, <strong>do</strong>tada de caráter genuíno,<<strong>br</strong> />

inestimável em seu valor, estaria esperan<strong>do</strong> pelo Noivo.<<strong>br</strong> />

Porventura não é hora de orarmos mais ousada e fervorosamente?<<strong>br</strong> />

Porventura não é bem apropria<strong>do</strong> que atentemos detidamente para a<<strong>br</strong> />

advertência de Pedro:"... é tempo que <strong>com</strong>ece o julgamento pela casa de<<strong>br</strong> />

Deus..." (1 Pedro 4:17)? Sim, penso que é. Na verdade, vejo todas as razões<<strong>br</strong> />

possíveis por que devamos pedir ao Senhor que aja depressa, <strong>com</strong> severidade<<strong>br</strong> />

se necessário, de mo<strong>do</strong> significativo o suficiente para assegurar a atenção de<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>s, inclusive as pessoas que agora mesmo estão <strong>br</strong>incan<strong>do</strong> <strong>com</strong> a idéia de<<strong>br</strong> />

cair.<<strong>br</strong> />

Li na semana passada a respeito de um casal (vamos chamá-los de<<strong>br</strong> />

Carlos e Clara), cujo casamento de vinte e cinco anos era excelente. Não<<strong>br</strong> />

idílico, mas muito bom. Tinham três filhos adultos que os amavam<<strong>br</strong> />

ternamente. Além disso, haviam si<strong>do</strong> abençoa<strong>do</strong>s financeiramente, de mo<strong>do</strong> a<<strong>br</strong> />

permitir-se sonhar <strong>com</strong> uma casa de campo, à beira de um lin<strong>do</strong> lago, na aposenta<strong>do</strong>ria.<<strong>br</strong> />

Começaram a procurar uma casa assim. Um viúvo, a quem<<strong>br</strong> />

chamaremos de Benjamim, estava venden<strong>do</strong> a sua. O casal gostou da casa<<strong>br</strong> />

dele — e bastante. Voltaram para casa para fazer planos. Passaram-se os<<strong>br</strong> />

meses.<<strong>br</strong> />

Há pouco tempo, sem mais nem menos, Clara disse a Carlos que queria<<strong>br</strong> />

o divórcio. Ele ficou aturdidíssimo. Depois de to<strong>do</strong>s esses anos? Por quê? E<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o é que ela podia enganá-lo... <strong>com</strong>o é que ela poderia estar nutrin<strong>do</strong> essa<<strong>br</strong> />

traição, enquanto estavam procuran<strong>do</strong> uma casa onde gozar a aposenta<strong>do</strong>ria?<<strong>br</strong> />

Ela lhe asseverou que não estivera ten<strong>do</strong> um caso, que não fizera nada. Na<<strong>br</strong> />

verdade, tratava-se de uma decisão muito recente, agora que ela havia<<strong>br</strong> />

encontra<strong>do</strong> outro homem. Quem? Clara admitiu que era Benjamim, o <strong>do</strong>no


da casa em perspectiva, <strong>com</strong> quem ela se encontrara inadvertidamente<<strong>br</strong> />

algumas semanas após haverem conversa<strong>do</strong> so<strong>br</strong>e a transação imobiliária.<<strong>br</strong> />

Começaram a sair juntos. Visto estarem, nesse momento, "apaixona<strong>do</strong>s", não<<strong>br</strong> />

havia <strong>com</strong>o voltar atrás. Nem os próprios filhos, que odiaram a idéia toda,<<strong>br</strong> />

conseguiram dissuadir a mãe.<<strong>br</strong> />

No dia em que ela deveria ir embora, Carlos atravessou a cozinha, na<<strong>br</strong> />

direção da garagem. Perceben<strong>do</strong> que ela teria parti<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> ele voltasse,<<strong>br</strong> />

murmurou hesitante:<<strong>br</strong> />

— Bem, querida, acho que esta é a última vez...<<strong>br</strong> />

A voz se lhe sumiu, enquanto prorrompia em soluços. Ela saiu<<strong>br</strong> />

constrangida, apanhou apressadamente suas coisas, e partiu de carro ao<<strong>br</strong> />

encontro de Benjamim. Menos de duas semanas depois de ela ter-se muda<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

para ir morar <strong>com</strong> Benjamim, seu amante, Carlos foi a<strong>com</strong>eti<strong>do</strong> de um ataque<<strong>br</strong> />

cardíaco. Ficou em esta<strong>do</strong> de <strong>com</strong>a durante algumas horas... e finalmente<<strong>br</strong> />

morreu.<<strong>br</strong> />

É hora de nosso Deus santíssimo agir. Sim, e que ele o faça de mo<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

significativo.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Neste mun<strong>do</strong> deprava<strong>do</strong>, torna-se difícil encontrar muitas fontes de<<strong>br</strong> />

encorajamento e felicidade. Olhe ao seu re<strong>do</strong>r. O cenário é <strong>br</strong>anco, horren<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Corrupção, opressão, infidelidade, injustiça e rivalidade aguardam-nos em<<strong>br</strong> />

quase to<strong>do</strong>s os cantos, produzin<strong>do</strong> desânimo e me<strong>do</strong>. Assim "ao re<strong>do</strong>r" de<<strong>br</strong> />

nós... sob o sol... nunca "acima" de nós. Que Deus nos dê olhos para que<<strong>br</strong> />

possamos enxergar através de nossas circunstâncias, e ouvir sua voz, que nos<<strong>br</strong> />

dá nova confiança, apesar das crateras e fendas que se a<strong>br</strong>em ao longo dessa<<strong>br</strong> />

jornada chamada vida. Quan<strong>do</strong> procurarmos o Senhor, hoje, que novas<<strong>br</strong> />

perspectivas nos tragam renova<strong>do</strong> ânimo, novos sons, a felicidade há tanto<<strong>br</strong> />

tempo esperada. Não perca os sinais. Ouça cuida<strong>do</strong>samente.<<strong>br</strong> />

Leia He<strong>br</strong>eus 12.


CAPACHOS À PORTA<<strong>br</strong> />

Meu coração se enternece pelos que passam a vida <strong>com</strong>o cães<<strong>br</strong> />

escorraça<strong>do</strong>s. Você já os conhece. São indivíduos curva<strong>do</strong>s, acanha<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

relutantes, cheios de me<strong>do</strong>. Parecem carregar nos om<strong>br</strong>os o peso <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Podem ser talentosos, seres humanos graciosos, mas sua incapacidade para<<strong>br</strong> />

projetar o menor grau de autoconfiança os leva a esconder a <strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o se fora um segre<strong>do</strong> terrível.<<strong>br</strong> />

David Seamands descreve um homem assim:<<strong>br</strong> />

"... Ben era uma das mais tímidas almas a quem eu já dera<<strong>br</strong> />

aconselhamento. Eu nem sequer conseguia ouvir-lhe a voz.<<strong>br</strong> />

'Que foi que você disse, Ben?' Começamos um treinamento<<strong>br</strong> />

que consistia em elevar-lhe a voz. Pedi-lhe que lesse algo<<strong>br</strong> />

para mim. 'Um pouco mais alto, Ben. Afirme-se. Fale <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

desembaraço!' Tinha grande me<strong>do</strong> de ser um far<strong>do</strong> para as<<strong>br</strong> />

pessoas. Estar ao la<strong>do</strong> dele podia fazer que uma pessoa se<<strong>br</strong> />

sentisse constrangida. Você tentaria procurar um cartaz que<<strong>br</strong> />

ele estivesse carregan<strong>do</strong> que dissesse: 'Desculpe-me por<<strong>br</strong> />

estar viven<strong>do</strong>.' Você já ouviu falar da 'Ordem Dependente<<strong>br</strong> />

das Almas Realmente Tímidas e Humildes'? Pois, trata-se<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> clube <strong>do</strong>s 'capachos', cuja insígnia oficial é uma lusinha<<strong>br</strong> />

amarela: cuida<strong>do</strong>! Seu lema oficial é: 'Os humildes herdarão<<strong>br</strong> />

a terra, se isso for aprova<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s!' A sociedade foi<<strong>br</strong> />

fundada por Upton Dickson que escreveu um folheto<<strong>br</strong> />

intitula<strong>do</strong>: 'Poder para Ceder'. Bem, acho que meu amigo<<strong>br</strong> />

Ben poderia ser mem<strong>br</strong>o honorário desse clube de<<strong>br</strong> />

capachos." 9<<strong>br</strong> />

O Dr. Seamands prossegue descreven<strong>do</strong> o processo árduo pelo qual<<strong>br</strong> />

passou Ben, a fim de vencer seu estilo de vida idêntica ao de um cão surra<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Graças a um longo perío<strong>do</strong> de tempo dispendi<strong>do</strong> <strong>com</strong> vários amigos<<strong>br</strong> />

simpáticos e determina<strong>do</strong>s, o jovem tornou-se capaz de desenrolar sua<<strong>br</strong> />

história, que incluía uma série de memórias <strong>do</strong>lorosas. Talvez a memória mais<<strong>br</strong> />

difícil fosse o sentimento de culpa, segun<strong>do</strong> o qual ele havia si<strong>do</strong> a causa <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

colapso nervoso de sua mãe... de ela ter si<strong>do</strong> uma inválida emocional. Creiame,<<strong>br</strong> />

se puder: Haviam dito a Ben, quan<strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente, que ele era realmente


culpa<strong>do</strong> disso. Sem estar conscientiza<strong>do</strong>, Ben vivia sob o far<strong>do</strong> enorme de<<strong>br</strong> />

uma culpa originada nessa acusação cruel e injusta. Quan<strong>do</strong>, finalmente, ele se<<strong>br</strong> />

forçou a declarar a própria angústia, suspirou de alívio. Dentro de um perío<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

relativamente curto, o gigantesco peso deslizou-se-lhe <strong>do</strong>s om<strong>br</strong>os; o moço<<strong>br</strong> />

foi capaz de pôr um ponto final naquela penitência em que vinha viven<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

havia anos.<<strong>br</strong> />

Quanta injúria, quanto dano se pode fazer mediante observações<<strong>br</strong> />

erráticas! Nossa língua descuidada pode depositar idéias germinais de mágoa,<<strong>br</strong> />

humilhação e ódio nas mentes tenras, idéias que se desenvolvem, tornam-se<<strong>br</strong> />

infecções incontroláveis e espalham <strong>do</strong>enças por toda a personalidade adulta.<<strong>br</strong> />

Sem a menor consideração para <strong>com</strong> a vulnerabilidade <strong>do</strong> próximo, temos o<<strong>br</strong> />

poder de iniciar um violento terremoto emocional mediante algumas<<strong>br</strong> />

declarações simples que rasgam e dilaceram a mente da pessoa <strong>com</strong>o se<<strong>br</strong> />

fossem granadas. Tais palavras destrutivas são <strong>com</strong>o a projeção de 800 volts<<strong>br</strong> />

numa fiação de 110 volts.<<strong>br</strong> />

Entretanto, a reação surpreendente é a timidez totalmente<<strong>br</strong> />

desequili<strong>br</strong>ada, em vez de raiva aberta. Isto não quer dizer que a raiva, o<<strong>br</strong> />

ressentimento, e até mesmo o ódio não estejam presentes. Ao contrário! O<<strong>br</strong> />

caso é que to<strong>do</strong>s os sentimentos ferventes estão sepulta<strong>do</strong>s sob camadas de<<strong>br</strong> />

timidez, humildade, e até mesmo de piedade <strong>com</strong> laivos de espiritualidade. É<<strong>br</strong> />

fácil a pessoa ser enganada pelos capachos, que desenvolveram maneiras<<strong>br</strong> />

próprias de mascarar suas <strong>do</strong>res... especialmente quan<strong>do</strong> consideramos que os<<strong>br</strong> />

crentes se sentem bem mais à vontade rodea<strong>do</strong>s por pessoas tipo "sente-se-efique-quieto"<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> que por pessoas tipo "levante-se-e-diga-tu<strong>do</strong>-de-vez".<<strong>br</strong> />

Encontro alguma ajuda nos Provérbios de Salomão. Ele menciona<<strong>br</strong> />

"língua", "lábios", "boca" e "palavras" um pouco menos de 150 vezes —<<strong>br</strong> />

quase 5 vezes por capítulo. Ele nos exorta continuamente a prestar máxima<<strong>br</strong> />

atenção ao que dizemos, quan<strong>do</strong> o dizemos e <strong>com</strong>o o dizemos. A ofensa ou a<<strong>br</strong> />

cura podem vir da mesma garganta. Além disso, o homem sábio nos adverte<<strong>br</strong> />

contra mascarar a verdade... e contra o erro de achar que a quietude sempre<<strong>br</strong> />

quer dizer paz. E assim por diante.<<strong>br</strong> />

Posso oferecer-lhe uma sugestão para a sua busca de caráter, durante o<<strong>br</strong> />

mês seguinte? Provérbios tem trinta e um capítulos. Que tal ler um capítulo<<strong>br</strong> />

por dia? A sabe<strong>do</strong>ria está esperan<strong>do</strong>. Posso assegurar-lhe.<<strong>br</strong> />

Quem sabe receberemos discernimento suficiente para perceber que os<<strong>br</strong> />

cães escorraça<strong>do</strong>s às vezes são cães loucos, prontos para morder... e as almas<<strong>br</strong> />

dependentes <strong>com</strong> freqüência são almas <strong>do</strong>entes que precisam de cura.


A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

He<strong>br</strong>eus 12:1-3 fala <strong>do</strong>s pesos e embaraços que nos assediam... <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

obstáculos que bloqueiam nosso caminho. Gaste alguns minutos pensan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

nisso. Faça uma pequena pesquisa. Quais são os seus obstáculos? De que<<strong>br</strong> />

maneira perturbam sua carreira? Quan<strong>do</strong> é que você vai tratar desses<<strong>br</strong> />

embaraços, segun<strong>do</strong> seu plano? Não há melhor época para fazer isso <strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

agora mesmo... sim, hoje sem falta.<<strong>br</strong> />

Leia Tiago 3.<<strong>br</strong> />

RESTAURAÇÃO<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>ze voltaram para casa, após um perío<strong>do</strong> agita<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

ministério público, fizeram seus relatórios, e disseram a Jesus tu<strong>do</strong> quanto<<strong>br</strong> />

haviam feito e ensina<strong>do</strong> (Marcos 6:30). É extremamente significativo que o<<strong>br</strong> />

Senhor não os empurrou de volta à ação, nem os espicaçou para iniciar novo<<strong>br</strong> />

empreendimento. Na verdade, nunca lemos que alguma vez ele sofresse de<<strong>br</strong> />

"afobação e pressa." Nunca!<<strong>br</strong> />

"Ele lhes disse: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar<<strong>br</strong> />

deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos<<strong>br</strong> />

que iam e vinham, e não tinham tempo para <strong>com</strong>er.<<strong>br</strong> />

Então foram sós num barco para um lugar solitário"<<strong>br</strong> />

(Marcos 6:31-32).<<strong>br</strong> />

Descanso e restauração não constituem luxo; são necessidades<<strong>br</strong> />

essenciais. Ficar a sós e descansar durante um perío<strong>do</strong> não é egoísmo; é ser<<strong>br</strong> />

pareci<strong>do</strong> <strong>com</strong> Cristo. Pegar um dia de folga por semana, e presentear-se <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

um perío<strong>do</strong> de férias relaxantes e revigorantes não é carnal; é espiritual. Nada<<strong>br</strong> />

há, absolutamente nada de invejável ou espiritual em coronárias entupidas, ou<<strong>br</strong> />

nervos esfrangalha<strong>do</strong>s. Tampouco um programa ultra-ativo é,<<strong>br</strong> />

necessariamente, marca de uma vida produtiva. Eu constantemente me<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>o <strong>do</strong> antigo lema grego: "o arco que está sempre flexiona<strong>do</strong> acabará se<<strong>br</strong> />

que<strong>br</strong>an<strong>do</strong>."


Bem, <strong>com</strong>o é que a coisa funciona em sua vida? Vamos fazer uma<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>eve apreciação. Faça uma pausa longa o suficiente para você rever tu<strong>do</strong>, e<<strong>br</strong> />

refletir. Procure ser honesto ao responder às seguintes perguntas, que talvez o<<strong>br</strong> />

magoem um pouco:<<strong>br</strong> />

Meu ritmo este ano é realmente diferente <strong>do</strong> ritmo <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />

Estou gostan<strong>do</strong> da maior parte de minhas atividades, ou apenas<<strong>br</strong> />

estou toleran<strong>do</strong>-as?<<strong>br</strong> />

Arranjei tempo, deliberadamente, em várias ocasiões neste ano, para<<strong>br</strong> />

restauração pessoal?<<strong>br</strong> />

Tenho engoli<strong>do</strong> minhas refeições às pressas, ou venho dan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

tempo suficiente para provar e usufruir o alimento?<<strong>br</strong> />

Dou a mim mesmo permissão para um relaxamento, um momento<<strong>br</strong> />

de lazer, para estar tranqüilo?<<strong>br</strong> />

Será que as outras pessoas acham que estou trabalhan<strong>do</strong> demais,<<strong>br</strong> />

durante muitas horas, ou viven<strong>do</strong> sob tensão? Sinto-me às vezes<<strong>br</strong> />

entedia<strong>do</strong> e muitas vezes preocupa<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />

Estou manten<strong>do</strong>-me em forma, fisicamente? Considero meu corpo<<strong>br</strong> />

importante o suficiente para seguir uma dieta alimentar, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

exercícios físicos regulares, sono suficiente, a fim de eliminar o<<strong>br</strong> />

excesso de peso?<<strong>br</strong> />

Como está meu senso de humor?<<strong>br</strong> />

Está Deus sen<strong>do</strong> glorifica<strong>do</strong> pelo esquema que estou seguin<strong>do</strong>... ou<<strong>br</strong> />

será que ele fica apenas <strong>com</strong> as so<strong>br</strong>as de minhas energias?<<strong>br</strong> />

Aproximo-me perigosamente <strong>do</strong> ponto em que vou estar exausto,<<strong>br</strong> />

totalmente "desanima<strong>do</strong>"?<<strong>br</strong> />

Dureza, não? Mas haveria uma ocasião melhor <strong>do</strong> que agora mesmo<<strong>br</strong> />

para você fazer uma pequena avaliação? Se for necessário, introduza<<strong>br</strong> />

modificações, uma pequena re-estruturação em sua vida. Podemos aprender<<strong>br</strong> />

uma lição <strong>com</strong> a natureza. Após a colheita sempre se segue um perío<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

descanso; a terra precisa de algum tempo para renovar-se. A produção<<strong>br</strong> />

constante, sem restauração, esgota os recursos e, na verdade, diminui a<<strong>br</strong> />

qualidade <strong>do</strong> produto.<<strong>br</strong> />

Atenção, grandes realiza<strong>do</strong>res e vicia<strong>do</strong>s no trabalho! Tomem cuida<strong>do</strong>!<<strong>br</strong> />

Se o alarme em seu painel interior mostra a luz vermelha piscan<strong>do</strong>


nervosamente, é que você está carregan<strong>do</strong> um far<strong>do</strong> demasia<strong>do</strong> pesa<strong>do</strong>, longe<<strong>br</strong> />

demais e rápi<strong>do</strong> demais. Se você não diminuir a marcha, vai lamentar-se... e<<strong>br</strong> />

vão lamentar-se os que o amam. Se você tiver a coragem de dar o fora desse<<strong>br</strong> />

beco sem saída e realizar as mudanças necessárias, será sábio. Entretanto,<<strong>br</strong> />

quero adverti-lo quanto a três barreiras que você vai enfrentar imediatamente.<<strong>br</strong> />

Primeira barreira: a falsa culpa. Ao dizer "não" às pessoas a quem você<<strong>br</strong> />

costumava dizer "sim", você vai passar a sentir umas agulhadas de culpa.<<strong>br</strong> />

Despreze-as! Segunda: hostilidade e in<strong>com</strong>preensão da parte <strong>do</strong>s outros. A<<strong>br</strong> />

maioria das pessoas não vai entender suas novas decisões no senti<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

diminuir o ritmo, de mo<strong>do</strong> especial os que se encontram no barco que vai<<strong>br</strong> />

afundan<strong>do</strong>, <strong>do</strong> qual você acaba de pular fora. Não há problema! Mantenha<<strong>br</strong> />

suas decisões. Terceira: você se defrontará <strong>com</strong> perspectivas pessoais<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>lorosas. Não poden<strong>do</strong> preencher cada momento livre <strong>com</strong> algum tipo de<<strong>br</strong> />

atividade, você <strong>com</strong>eçará a ver seu verdadeiro eu, e não vai gostar de algumas<<strong>br</strong> />

coisas que vai notar, coisas que antigamente contaminavam sua vida agitada.<<strong>br</strong> />

Entretanto, dentro de um perío<strong>do</strong> relativamente curto de tempo, você<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong><strong>br</strong>ará a esquina e estará na estrada que o conduzirá a uma vida mais sadia,<<strong>br</strong> />

mais livre e mais plena de realizações. Mais <strong>do</strong> que tu<strong>do</strong>, sua busca de caráter<<strong>br</strong> />

voltará aos trilhos corretos.<<strong>br</strong> />

É óbvio que toda esta conversa so<strong>br</strong>e descanso e restauração vital,<<strong>br</strong> />

tomada de tempo para repouso e relaxamento, pode ser levada a um extremo<<strong>br</strong> />

ridículo. Estou bem ciente disso. Contu<strong>do</strong>, para cada pessoa que decide<<strong>br</strong> />

emigrar para esse extremo, e ali enferrujar, há milhares de outras que se<<strong>br</strong> />

empenham numa batalha feroz contra a exaustão. Nenhum desses extremos é<<strong>br</strong> />

correto; neste ou naquele, estamos erra<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Meu desejo é que to<strong>do</strong>s permaneçamos no ponto da sabe<strong>do</strong>ria. No<<strong>br</strong> />

equilí<strong>br</strong>io. Com a mente certinha. Com boa saúde. Na vontade de Deus.<<strong>br</strong> />

Como está você?<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Este momento de calma reflexão é o que Davi tinha em mente quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

escreveu a respeito de "pastos verdejantes" e "águas de descanso." Beba em<<strong>br</strong> />

tranqüilidade! Usufrua tanto quanto puder da presença <strong>do</strong> seu ama<strong>do</strong> Pastor.<<strong>br</strong> />

A Palavra dele restaurará sua alma à medida que "as veredas da justiça" vão-se<<strong>br</strong> />

tornan<strong>do</strong> claras. Ainda que estes dias sejam turva<strong>do</strong>s pelo me<strong>do</strong> ou pela<<strong>br</strong> />

incerteza, ei-lo ao seu la<strong>do</strong>... tão perto de você <strong>com</strong>o o palpitar de seu coração,


tão íntimo <strong>com</strong>o sua respiração. Dê-lhe louvores! A a<strong>do</strong>ração de Deus unge<<strong>br</strong> />

nossos dias e faz <strong>com</strong> que cálices vazios transbordem.<<strong>br</strong> />

Leia o Salmo 23.<<strong>br</strong> />

AQUELE DIA... ESTE DIA<<strong>br</strong> />

Imagine a seguinte cena, durante os próximos minutos:<<strong>br</strong> />

"Mas o dia <strong>do</strong> Senhor virá <strong>com</strong>o um ladrão. Os céus<<strong>br</strong> />

passarão <strong>com</strong> grande estron<strong>do</strong>, e os elementos, arden<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

se desfarão, e a terra e as o<strong>br</strong>as que nela há,<<strong>br</strong> />

serão descobertas. Haven<strong>do</strong>, pois, de perecer todas<<strong>br</strong> />

estas coisas, que pessoas não deveis ser em santidade<<strong>br</strong> />

e piedade, aguardan<strong>do</strong>, e desejan<strong>do</strong> ardentemente a<<strong>br</strong> />

vinda <strong>do</strong> dia de Deus, em que os céus, em fogo se<<strong>br</strong> />

dissolverão, e os elementos, arden<strong>do</strong>, se fundirão?" (2<<strong>br</strong> />

Pedro 3:10-12)<<strong>br</strong> />

Coisa aterrorizante essa, em que os céus passam, <strong>com</strong> destruição<<strong>br</strong> />

astronômica, e "elementos arden<strong>do</strong>" (menciona<strong>do</strong>s duas vezes), resultarão na<<strong>br</strong> />

liquidação <strong>do</strong> planeta Terra. Fico imaginan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o isso ocorrerá. Sempre<<strong>br</strong> />

penso nisso. Tenho ouvi<strong>do</strong> as mesmas coisas que você ouviu so<strong>br</strong>e guerras<<strong>br</strong> />

nucleares, superatômicas, e mísseis nucleares, na Terceira Guerra Mundial.<<strong>br</strong> />

Contu<strong>do</strong>, nada disso explica "os céus passarão <strong>com</strong> grande estron<strong>do</strong>" nem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o a atmosfera circundante e a estratosfera poderiam ser "incendia<strong>do</strong>s... e<<strong>br</strong> />

os elementos, arden<strong>do</strong>, se desfarão."<<strong>br</strong> />

Visto que tal catástrofe introduziria "o dia <strong>do</strong> Senhor", sempre<<strong>br</strong> />

alimentei reservas quanto a ele utilizar fogos de artifício humanos para<<strong>br</strong> />

anunciar sua chegada. Se estou len<strong>do</strong> estes versículos corretamente, eles<<strong>br</strong> />

descrevem uma força destrutiva tão espantosa e fenomenal, que faria nosso<<strong>br</strong> />

armamento demoli<strong>do</strong>r parecer uma bombinha junina explodin<strong>do</strong> sob uma<<strong>br</strong> />

embalagem de lata, vazia. É impossível imaginar!<<strong>br</strong> />

Entretanto, durante minhas leituras, vários anos atrás, deparei <strong>com</strong> uma<<strong>br</strong> />

possível tecnologia destrutiva. Pode ser apenas uma pista so<strong>br</strong>e <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

Senhor poderia estar planejan<strong>do</strong> o disparo dessa explosão final.


Em 9 de março de 1979, nove satélites estaciona<strong>do</strong>s em vários pontos<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> sistema solar registraram simultaneamente um evento singular, no espaço<<strong>br</strong> />

infinito. Na verdade, foi a maior explosão energética jamais verificada. Os<<strong>br</strong> />

astrônomos que estudaram os acontecimentos ficaram estupefatos, falan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

sozinhos.<<strong>br</strong> />

A explosão de radiação gama durou apenas um décimo de segun<strong>do</strong>...<<strong>br</strong> />

mas nesse <strong>br</strong>eve instante emitiu tanta energia quanto o sol em 3.000 anos. Um<<strong>br</strong> />

astrofísico chama<strong>do</strong> Doyle Evans, que trabalha nos Laboratórios Científicos<<strong>br</strong> />

de Los Alamos, no Novo México, disse que a energia foi 100 bilhões de vezes<<strong>br</strong> />

maior que a emissão de energia <strong>do</strong> Sol. Se tal explosão de raios gama<<strong>br</strong> />

houvesse ocorri<strong>do</strong> na Via Láctea, teria incandesci<strong>do</strong> toda a nossa atmosfera.<<strong>br</strong> />

Se o Sol, repentinamente, emitisse a mesma quantidade de energia, a Terra se<<strong>br</strong> />

vaporizaria instantaneamente.<<strong>br</strong> />

E há mais. Os satélites foram capazes de assinalar o local da explosão:<<strong>br</strong> />

um ponto numa galáxia conhecida <strong>com</strong>o N-49, que está associada aos<<strong>br</strong> />

remanescentes de uma supernova que se acredita ter explodi<strong>do</strong> cerca de dez<<strong>br</strong> />

mil anos atrás. Quan<strong>do</strong> uma estrela explode, transforman<strong>do</strong>-se numa<<strong>br</strong> />

supernova, a casca externa se lhe desfaz de to<strong>do</strong> e o núcleo se condensa, em<<strong>br</strong> />

razão de sua própria gravidade, a fim de criar uma estrela de nêutron. Esse<<strong>br</strong> />

núcleo transforma-se numa esfera única, enorme, que se encolhe, partin<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

um tamanho maior que o Sol (1.380.000 quilômetros de diâmetro) até chegar<<strong>br</strong> />

a uma bola <strong>com</strong>pacta <strong>com</strong> não mais de 8 quilômetros de diâmetro. Estes<<strong>br</strong> />

nêutrons são tão incrivelmente densos que uma polegada cúbica (2,4 cm de<<strong>br</strong> />

la<strong>do</strong>) desse material pesa cerca de 10 milhões de milhões de quilos. Muitos<<strong>br</strong> />

astrônomos acreditam que os estu<strong>do</strong>s proporciona<strong>do</strong>s pelos satélites a<strong>br</strong>irão<<strong>br</strong> />

nova <strong>com</strong>preensão das estrelas de nêutrons, e de outros fenômenos e objetos<<strong>br</strong> />

celestiais.<<strong>br</strong> />

Antigamente, a atmosfera da terra havia impedi<strong>do</strong> os astrônomos de<<strong>br</strong> />

estudar a radiação gama. Apenas em anos recentes a rede de satélites equipada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> detectores de raios gama tornou possível aos cientistas localizar as fontes<<strong>br</strong> />

desses raios.<<strong>br</strong> />

A despeito de nossa falta de conhecimentos, de nossa ignorância<<strong>br</strong> />

quanto aos aspectos técnicos de tu<strong>do</strong> isso, sugiro que o que já sabemos pode<<strong>br</strong> />

lançar alguma luz so<strong>br</strong>e a validade das observações de Pedro. Pelo menos,<<strong>br</strong> />

segun<strong>do</strong> calculo, faz mais senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> que meras guerras atômicas. É provável<<strong>br</strong> />

que a catástrofe será mais ou menos parecida <strong>com</strong> o filme Guerra nas Estrelas<<strong>br</strong> />

— mas eu não preten<strong>do</strong> estar por aqui para assistir ao lançamento.


Todavia, não desprezemos a pergunta contundente de Pedro, no<<strong>br</strong> />

versículo 11. Ao enfrentar uma execução iminente, o velho pesca<strong>do</strong>r de face<<strong>br</strong> />

marcada pelo tempo contempla você e eu, através <strong>do</strong>s séculos. Você consegue<<strong>br</strong> />

perceber o olhar <strong>do</strong> apóstolo? Você consegue ver o interesse dele, delinea<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

em marcas profundas, ao re<strong>do</strong>r de seus olhos? Pode ouvir-lhe a voz singularmente<<strong>br</strong> />

grave?<<strong>br</strong> />

"Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o os que vivem em...?"<<strong>br</strong> />

Já que este mun<strong>do</strong> e todas as suas o<strong>br</strong>as se dissolverão um dia, num<<strong>br</strong> />

relâmpago convulsivo, que tipo de vida deveríamos estar viven<strong>do</strong> nesta terra<<strong>br</strong> />

passageira, que logo se acabará? Que tipo de prioridades deveria formular<<strong>br</strong> />

nossos programas? Que tipo de considerações deveria planejar nossos passos,<<strong>br</strong> />

orientar nossa conversa e determinar nossa direção?<<strong>br</strong> />

"Que tipo de pessoas vocês deveriam ser?" Esta é uma pergunta que<<strong>br</strong> />

concerne a nosso caráter.<<strong>br</strong> />

Pedro responderia sua própria pergunta no fôlego seguinte.<<strong>br</strong> />

"... haven<strong>do</strong>, pois, de perecer todas estas coisas, que<<strong>br</strong> />

pessoas não deveis ser em santidade e piedade,<<strong>br</strong> />

aguardan<strong>do</strong> e desejan<strong>do</strong> ardentemente a vinda <strong>do</strong> dia<<strong>br</strong> />

de Deus" (3:11)<<strong>br</strong> />

Aquele dia, diz Pedro, deveria exercer tremen<strong>do</strong> impacto so<strong>br</strong>e o dia de<<strong>br</strong> />

hoje. Guarde seu coração de qualquer coisa que lhe possa trazer<<strong>br</strong> />

constrangimento, quan<strong>do</strong> chegar aquele dia.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

"Pois os olhos <strong>do</strong> Senhor, seus olhos passam por toda<<strong>br</strong> />

a terra, para mostrar-se forte para <strong>com</strong> aqueles cujo<<strong>br</strong> />

coração é perfeito" (2 Crônicas 16:9).<<strong>br</strong> />

Muitas coisas ocorrem quan<strong>do</strong> dispomos nosso coração a procurar<<strong>br</strong> />

Deus, incluin<strong>do</strong> nossa avaliação pessoal. O seu coração pertence<<strong>br</strong> />

"<strong>com</strong>pletamente" a Deus? Escolha uma área reservada e convide o Espírito<<strong>br</strong> />

de Deus para penetrar ali, e cavar, e conquistar novo território. Dirija suas


orações, hoje, mais na direção da entrega <strong>do</strong> que na da defesa. Deus "apoiará<<strong>br</strong> />

fortemente" essa atitude: ele quer "mostrar-se forte" para <strong>com</strong> você. Libere!<<strong>br</strong> />

Leia 2 Pedro 3.<<strong>br</strong> />

MENTE SIMPLES<<strong>br</strong> />

Tiago não <strong>br</strong>inca em serviço. Pega a baioneta e pula na jugular, direto.<<strong>br</strong> />

Logo de início ele nos adverte contra ser de "ânimo <strong>do</strong><strong>br</strong>e." Diz-nos que<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> a pessoa tem ânimo <strong>do</strong><strong>br</strong>e, torna-se "inconstante em to<strong>do</strong>s os seus<<strong>br</strong> />

caminhos." Facilmente sacudida. Usan<strong>do</strong>-se expressões de hoje, a pessoa não<<strong>br</strong> />

sabe o que quer.<<strong>br</strong> />

A duplicidade mental é <strong>do</strong>ença <strong>com</strong>um que deixa sua vítima paralisada<<strong>br</strong> />

pela dúvida... hesitante, cheia de hipocrisia, de palavras teóricas, mas vazia de<<strong>br</strong> />

ação confiante. Muito palavrea<strong>do</strong> e pouca ação. Insincera e insegura. Tiago<<strong>br</strong> />

descreve-a melhor <strong>do</strong> que nós: "Não suponha esse homem que alcançará <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Senhor alguma coisa." Soco direto, retorci<strong>do</strong>. É <strong>com</strong>o eu disse: Tiago não<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>inca em serviço.<<strong>br</strong> />

Creio que é melhor interpretar a passagem literalmente. "Inconstante"<<strong>br</strong> />

quer dizer inconstante. "Impelida e agitada" significa impelida e agitada. "Não<<strong>br</strong> />

alcançará <strong>do</strong> Senhor alguma coisa" quer dizer isso mesmo. Deus,<<strong>br</strong> />

deliberadamente, retém as coisas quan<strong>do</strong> o homem de ânimo <strong>do</strong><strong>br</strong>e ora. Isto<<strong>br</strong> />

é muito sério.<<strong>br</strong> />

É muito melhor ter mente simples! Nada de encenações vazias! Nada<<strong>br</strong> />

de enrolações religiosas! Chega de falar uma coisa, mas ter outra em mente.<<strong>br</strong> />

Basta de hipocrisia, em que as palavras são baratas e as aparências externas<<strong>br</strong> />

enojam, pela falsa piedade. As pessoas de mente simples apresentam<<strong>br</strong> />

catecismo pequeno e caráter grande.<<strong>br</strong> />

Demonstram interesse... verdadeiro interesse. São humildes...<<strong>br</strong> />

verdadeiramente humildes. Amam... <strong>com</strong> amor genuíno. Demonstram<<strong>br</strong> />

caráter... caráter autêntico.<<strong>br</strong> />

Senhor Deus da realidade<<strong>br</strong> />

torna-se real<<strong>br</strong> />

não plástico


sintético<<strong>br</strong> />

fingi<strong>do</strong>, mascara<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

ator encenan<strong>do</strong> seu papel<<strong>br</strong> />

hipócrita.<<strong>br</strong> />

Não quero<<strong>br</strong> />

ter uma lista de coisas<<strong>br</strong> />

para orar<<strong>br</strong> />

quero orar<<strong>br</strong> />

sem agonizar<<strong>br</strong> />

para desco<strong>br</strong>ir tua vontade<<strong>br</strong> />

mas obedecer-te<<strong>br</strong> />

naquilo que já sei.<<strong>br</strong> />

Não quero discutir<<strong>br</strong> />

teorias da inspiração<<strong>br</strong> />

mas submeter-me à tua Palavra.<<strong>br</strong> />

Não quero explicar<<strong>br</strong> />

a diferença entre<<strong>br</strong> />

eros e filo e ágape<<strong>br</strong> />

mas amar.<<strong>br</strong> />

Não quero cantar<<strong>br</strong> />

e viver meu cântico<<strong>br</strong> />

só da boca para fora:<<strong>br</strong> />

Quero que seja real.<<strong>br</strong> />

Não quero dizê-lo <strong>com</strong>o é,<<strong>br</strong> />

mas quero ser <strong>do</strong> jeito<<strong>br</strong> />

que tu queres que eu seja.<<strong>br</strong> />

Não quero pensar<<strong>br</strong> />

que alguém precisa de mim<<strong>br</strong> />

mas que eu preciso dele<<strong>br</strong> />

pois <strong>do</strong> contrário sou in<strong>com</strong>pleto.<<strong>br</strong> />

Não quero dizer aos outros


<strong>com</strong>o se fazem as coisas<<strong>br</strong> />

mas quero fazê-las<<strong>br</strong> />

ter de estar sempre certo<<strong>br</strong> />

mas admitir meu erro, quan<strong>do</strong> erra<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Não quero ser recensea<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

mas obstetra<<strong>br</strong> />

não pessoa envolvida, profissional<<strong>br</strong> />

mas um amigo.<<strong>br</strong> />

Não quero ser insensível<<strong>br</strong> />

mas sentir a <strong>do</strong>r <strong>do</strong>s outros<<strong>br</strong> />

nem dizer que sei <strong>com</strong>o você se sente<<strong>br</strong> />

mas dizer que Deus sabe<<strong>br</strong> />

e eu tentarei<<strong>br</strong> />

se você tiver paciência <strong>com</strong>igo;<<strong>br</strong> />

enquanto isso estarei tranqüilo.<<strong>br</strong> />

Não escarnecerei das atitudes alheias<<strong>br</strong> />

mas serei sincero em tu<strong>do</strong> que disser<<strong>br</strong> />

inclusive nisto. 10<<strong>br</strong> />

Joe Bayly chamou este poema, muito apropriadamente, de "Salmo da<<strong>br</strong> />

Pessoa de Mente Simples." Deus não se retrai diante de uma oração <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

essa, porque Joe não disse uma coisa queren<strong>do</strong> dizer outra diferente. À<<strong>br</strong> />

semelhança de Tiago, Joe não <strong>br</strong>inca em serviço. Já partiu deste mun<strong>do</strong>, por<<strong>br</strong> />

esta altura, mas suas palavras continuam vivas. Ele se parecia <strong>com</strong> alguém que<<strong>br</strong> />

eu conheço.<<strong>br</strong> />

Seu nome é Jesus.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Conhecer Deus. Não existe outra busca mais importante <strong>do</strong> que esta.<<strong>br</strong> />

Paulo declarou que este era seu objetivo de vida. (Filipenses 3:10). Jesus orou<<strong>br</strong> />

no senti<strong>do</strong> de isso tornar-se uma realidade (João 17:3). Jeremias declarou que<<strong>br</strong> />

esta deveria ser a única coisa de que um homem poderia gabar-se (Jeremias


9:24). O conhecimento de Deus tem um ponto inicial — a salvação — e<<strong>br</strong> />

constitui um processo sem fim. Transforme-o em seu objetivo, hoje. Pense<<strong>br</strong> />

conscientemente: "Senhor, usa estes momentos tranqüilos para aumentar meu<<strong>br</strong> />

conhecimento de ti. Assume o primeiro lugar em minha vida, em meu<<strong>br</strong> />

coração. Revela-te a mim."<<strong>br</strong> />

Leia Tiago 1.<<strong>br</strong> />

SOLIDÃO NA LIDERANÇA<<strong>br</strong> />

Há ocasiões em que meu coração se derrete pelo nosso Presidente. Não<<strong>br</strong> />

só exerce ele o ofício mais difícil <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, mas, além de tu<strong>do</strong>, não consegue<<strong>br</strong> />

vencer, não importa que decisão tome. Visto que pombos e falcões jamais<<strong>br</strong> />

coexistem, não há maneira de confiná-los na mesma gaiola juntos. Há<<strong>br</strong> />

ocasiões em que ele <strong>com</strong>eça a duvidar <strong>do</strong> seu próprio valor. . . tempos em que<<strong>br</strong> />

ouve os passos de seus críticos, e fica imaginan<strong>do</strong> se eles é que têm razão. A<<strong>br</strong> />

Sala Oval precisa ser o lugar mais solitário da América. O único consolo que<<strong>br</strong> />

esse homem tem é que ele não é o único. To<strong>do</strong>s os Presidentes que o<<strong>br</strong> />

precederam experimentaram as mesmas lutas. Ser o Chefe inclui essa agrura<<strong>br</strong> />

profissional.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>ei-me disso, recentemente, quan<strong>do</strong> li a respeito de um programa<<strong>br</strong> />

leva<strong>do</strong> ao ar no PBS, so<strong>br</strong>e um <strong>do</strong>s mais sérios <strong>do</strong>s assuntos: uma biblioteca.<<strong>br</strong> />

No entanto, tratava-se da biblioteca <strong>do</strong> Congresso, e o antigo presidente da<<strong>br</strong> />

PBS, Sir Huw Whel<strong>do</strong>n, estava de pé, numa floresta de arquivos de cartões de<<strong>br</strong> />

índices. O programa tinha todas as características de um <strong>do</strong>cumentário lento,<<strong>br</strong> />

monótono, até que...<<strong>br</strong> />

No meio <strong>do</strong> programa, o Dr. Daniel Boorstin, bibliotecário <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Congresso, tirou uma caixinha azul de um pequeno armário que, em certa<<strong>br</strong> />

época, continha as raridades da biblioteca.<<strong>br</strong> />

Uma etiqueta colada na caixa dizia o seguinte: CONTEÚDO DOS<<strong>br</strong> />

BOLSOS DO PRESIDENTE, NA NOITE DE 14 DE ABRIL DE 1865.<<strong>br</strong> />

Visto que foi nessa fatídica noite que A<strong>br</strong>aão Lincoln fora assassina<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

a atenção de to<strong>do</strong>s os especta<strong>do</strong>res foi apanhada.<<strong>br</strong> />

Em seguida, Boorstin passou a remover os itens da caixa e a exibi-los<<strong>br</strong> />

diante da câmera. Havia cinco objetos na caixa:


um lenço <strong>com</strong> um borda<strong>do</strong>: "A. Lincoln"<<strong>br</strong> />

um canivete de menino <strong>do</strong> campo<<strong>br</strong> />

um estojo de óculos conserta<strong>do</strong> <strong>com</strong> um barbante<<strong>br</strong> />

uma carteira conten<strong>do</strong> uma nota <strong>do</strong> cinco dólares — dinheiro<<strong>br</strong> />

confedera<strong>do</strong> (!)<<strong>br</strong> />

alguns artigos de jornais, recorta<strong>do</strong>s, velhos e gastos<<strong>br</strong> />

"Esses artigos recorta<strong>do</strong>s de jornais", explicou Boorstin, "diziam<<strong>br</strong> />

respeito às grandes realizações de A<strong>br</strong>aão Lincoln. Um deles, na verdade,<<strong>br</strong> />

relata uma palestra de John Bright, em que este afirma que A<strong>br</strong>aão Lincoln<<strong>br</strong> />

era "um <strong>do</strong>s maiores homens de to<strong>do</strong>s os tempos."<<strong>br</strong> />

Hoje, isso é <strong>do</strong> conhecimento <strong>com</strong>um. O mun<strong>do</strong> sabe, hoje, que o<<strong>br</strong> />

estadista <strong>br</strong>itânico John Bright tinha razão em sua avaliação de Lincoln, mas,<<strong>br</strong> />

em 1865, milhões de pessoas mantinham uma opinião contrária. Os críticos<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> Presidente eram ferozes, e inumeráveis. Ele sofreu uma agonia solitária<<strong>br</strong> />

que refletia a <strong>do</strong>r e a turbulência que esfrangalhavam seu país, pelo ódio e por<<strong>br</strong> />

uma guerra cruel e caríssima.<<strong>br</strong> />

Há alguma coisa de patético e tocante, no quadro mental desse grande<<strong>br</strong> />

líder que procura consolo e auto-afirmação em alguns recortes velhos de<<strong>br</strong> />

jornais, enquanto os lê sob as chamas inquietas de uma vela, a sós na Sala<<strong>br</strong> />

Oval.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>e-se disto: quem é verdadeiramente responsável também é<<strong>br</strong> />

solitário. A solidão se instala onde se instala a responsabilidade.<<strong>br</strong> />

Em última análise, os maiores líderes precisam pagar o preço da<<strong>br</strong> />

liderança. Consideremos alguns exemplos. Moisés não tinha amigos íntimos.<<strong>br</strong> />

Tampouco os teve Josué. Você encontra Davi <strong>com</strong> Jônatas apenas na<<strong>br</strong> />

mocidade — mas quan<strong>do</strong> Davi se tornou rei de Israel, suas maiores batalhas,<<strong>br</strong> />

suas orações mais profundas e suas decisões mais difíceis ocorreram na<<strong>br</strong> />

solidão. O mesmo aconteceu a Daniel. E quanto aos demais profetas? Foram<<strong>br</strong> />

os mais solitários de to<strong>do</strong>s os homens <strong>do</strong> Velho Testamento. Paulo<<strong>br</strong> />

freqüentemente mencionou isso em suas cartas. Assim disse ele a seu<<strong>br</strong> />

discípulo Timóteo:<<strong>br</strong> />

"... to<strong>do</strong>s os que estão na Ásia me aban<strong>do</strong>naram" (2<<strong>br</strong> />

Timóteo 1:15)


Você alguma vez pensou no evangelista Billy Graham longe de suas<<strong>br</strong> />

cruzadas, e de suas aparições públicas periódicas? Pensou no presidente de<<strong>br</strong> />

alguma organização ou instituição educacional cristã? Faça isso durante algum<<strong>br</strong> />

tempo. Essas pessoas se qualificariam <strong>com</strong>o ilustrações da declaração de A. W.<<strong>br</strong> />

Tozer: "A maior parte <strong>do</strong>s líderes deste mun<strong>do</strong> tem senti<strong>do</strong> solidão."<<strong>br</strong> />

Por favor, não me interprete mal. Não queremos dizer que o líder<<strong>br</strong> />

mantém-se afasta<strong>do</strong>, que não presta contas, que de propósito se retira, ou tem<<strong>br</strong> />

alguma coisa que esconder — trata-se apenas da natureza de suas funções. E<<strong>br</strong> />

na solidão que Deus lhe entrega grandes pensamentos; a mente precisa estar<<strong>br</strong> />

tranqüila e calma para recebê-los. Grande parte <strong>do</strong> peso <strong>do</strong> ofício não pode,<<strong>br</strong> />

simplesmente não pode ser suporta<strong>do</strong> por outras pessoas. Ainda que a idéia<<strong>br</strong> />

possa parecer mística, é absolutamente essencial que as pessoas a quem Deus<<strong>br</strong> />

convoca e nomeia para cargos de liderança aprendam a respirar<<strong>br</strong> />

confortavelmente o ar rarefeito das altitudes <strong>do</strong> Himalaia, pois é ali que o<<strong>br</strong> />

conforto e a segurança de Deus chegam, nas asas <strong>do</strong> profun<strong>do</strong> silêncio da<<strong>br</strong> />

solidão. Ali a opinião humana se cala. A fé substitui o me<strong>do</strong>. Aprofunda-se a<<strong>br</strong> />

busca <strong>do</strong> caráter. É ali (conforme diz F. M. Meyer) que nossa visão se torna<<strong>br</strong> />

clara, e onde se decanta a lama da correnteza de nossa vida.<<strong>br</strong> />

É ali que os verdadeiros líderes, a sós, em solidão, adquirem o direito de<<strong>br</strong> />

ser respeita<strong>do</strong>s. E aprendem o profun<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> destas palavras imortais:<<strong>br</strong> />

"Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus."<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

"Em cada vida<<strong>br</strong> />

Há uma pausa que é melhor <strong>do</strong> que a correria desenfreada,<<strong>br</strong> />

Melhor <strong>do</strong> que o esforço máximo, a façanha mais bela;<<strong>br</strong> />

É permanecer tranqüilo sob a vontade Soberana.<<strong>br</strong> />

Há silêncio melhor <strong>do</strong> que o discurso mais ardente,<<strong>br</strong> />

Melhor <strong>do</strong> que ficar quieto, que o choro desértico;<<strong>br</strong> />

É continuar tranqüilo sob a vontade Soberana.<<strong>br</strong> />

A pausa e o silêncio entoam cântico em dueto,<<strong>br</strong> />

Em uníssono calmo e dura<strong>do</strong>uro:<<strong>br</strong> />

Alma humana, o plano traça<strong>do</strong> por Deus


É executa<strong>do</strong> — não precisa da ajuda humana!<<strong>br</strong> />

Tranquiliza-te e vê!<<strong>br</strong> />

Permanece tranqüilo e aprende!" 11<<strong>br</strong> />

Leia o Salmo 46.<<strong>br</strong> />

SINCERIDADE<<strong>br</strong> />

"Ângela Atwood foi uma garota querida, honesta e sincera<<strong>br</strong> />

que — à semelhança de Cristo — morreu pelas coisas em<<strong>br</strong> />

que acreditava."<<strong>br</strong> />

Essas palavras saíram de fato <strong>do</strong>s lábios de um padre católico romano,<<strong>br</strong> />

enquanto proferia a apologia de Ângela às pessoas que se haviam reuni<strong>do</strong> na<<strong>br</strong> />

Igreja de São Paulo, <strong>do</strong> Prospect Park, em Nova Jersey. Visto que os eventos<<strong>br</strong> />

pertinentes à morte de Ângela desapareceram na história sórdida da era<<strong>br</strong> />

radical da América, permita-me refrescar-lhe a memória. Esta jovem pertencia<<strong>br</strong> />

à súcia de seis mem<strong>br</strong>os da pesada, que se chamavam a si mesmos "Exército<<strong>br</strong> />

Liberta<strong>do</strong>r Simbionês." Ela e seus <strong>com</strong>panheiros foram mortos num violento<<strong>br</strong> />

tiroteio <strong>com</strong> as autoridades que fazem cumprir a lei, em Los Angeles, nos<<strong>br</strong> />

anos setenta.<<strong>br</strong> />

"Esta moça sincera estava seguin<strong>do</strong> uma vocação cristã", disse o padre,<<strong>br</strong> />

visto que ela, à semelhança de Cristo, estava disposta a morrer pelo que ela<<strong>br</strong> />

sinceramente acatava e em que acreditava. Embora fosse uma perigosa<<strong>br</strong> />

meliante, ofensora da lei, fugitiva treinada na horrenda arte de assassinar, a<<strong>br</strong> />

sinceridade de Ângela livrou-a — assim acreditava o padre — da culpa e<<strong>br</strong> />

(acredite se quiser) ligou-a a Cristo.<<strong>br</strong> />

"Sinceridade" é considerada cartão de crédito internacional de ampla<<strong>br</strong> />

aceitação. Esfregue-o no rosto <strong>do</strong> Senhor e Senhora Público Ingênuo e a<<strong>br</strong> />

sinceridade será honrada sem questionamento. Não importa quão imensas<<strong>br</strong> />

sejam as dívidas que o usuário possa ter contraí<strong>do</strong>, ou <strong>com</strong>o o cartão tenha<<strong>br</strong> />

si<strong>do</strong> mal-utiliza<strong>do</strong>, a "sinceridade" apagará toda a suspeita, validará todas as<<strong>br</strong> />

ações. Você nem sequer precisa assinar um recibo <strong>com</strong>provante. Basta<<strong>br</strong> />

escrever "Eu sou sincero" no final de cada transação e você se terá torna<strong>do</strong>


mais uma criatura na fila colossal <strong>do</strong>s que carregam esse cartão, os quais<<strong>br</strong> />

mantêm o mun<strong>do</strong> na crista da crise. Por alguma razão estranha a justiça<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>rmita, enquanto o juiz e o júri sorriem diante <strong>do</strong> veredicto final: "Não<<strong>br</strong> />

culpa<strong>do</strong>... inocente, por causa da sinceridade."<<strong>br</strong> />

Desde quan<strong>do</strong> a "sinceridade" me dá o direito de praticar o mal?<<strong>br</strong> />

Charles Whitman era sincero quan<strong>do</strong> levou sua arma poderosa ao topo da<<strong>br</strong> />

torre de observação da Universidade <strong>do</strong> Texas e assassinou dezesseis<<strong>br</strong> />

transeuntes inocentes. O jovem terrorista árabe era sincero quan<strong>do</strong> dirigiu um<<strong>br</strong> />

veículo cheio de explosivos por cima das barracas <strong>do</strong>s fuzileiros navais em<<strong>br</strong> />

Beirut, matan<strong>do</strong> 241 jovens americanos mantene<strong>do</strong>res da paz. Também era<<strong>br</strong> />

sincero Sirhan Sirhan quan<strong>do</strong> assassinou o sena<strong>do</strong>r Robert Kennedy... e<<strong>br</strong> />

A<strong>do</strong>lfo Hitler, quan<strong>do</strong> escreveu Mein-Kampf... e Benedic Arnold, quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

traiu seu país às margens <strong>do</strong> rio Hudson... e Judas, quan<strong>do</strong> vendeu a própria<<strong>br</strong> />

alma por 30 moedas de prata.<<strong>br</strong> />

Claro que eram sinceros. Mas estavam sinceramente erra<strong>do</strong>s. Nenhuma<<strong>br</strong> />

terrível devoção, determinação ou envolvimento sacrificial, ainda que<<strong>br</strong> />

excepcionalmente imensos, dedica<strong>do</strong>s a ações erradas, transformariam tais<<strong>br</strong> />

ações em atos corretos. Gritar mais alto não transforma um argumento fraco<<strong>br</strong> />

em forte. Guiar mais depressa não ajuda quan<strong>do</strong> você está perdi<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Acrescentar mais algumas assinaturas não transforma um diploma<<strong>br</strong> />

universitário falso em <strong>do</strong>cumento respeitável. E é assim que tampouco a<<strong>br</strong> />

sinceridade consegue desculpar o peca<strong>do</strong>, não importan<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> algum o<<strong>br</strong> />

que um clérigo bem intenciona<strong>do</strong>, e mal orienta<strong>do</strong>, possa dizer num funeral.<<strong>br</strong> />

Todavia, será que isso significa que a sinceridade é questionável? Na<<strong>br</strong> />

verdade, não. Seria melhor dizer que o valor da sinceridade depende daquilo<<strong>br</strong> />

que ela representa. Em sua carta aos crentes filipenses, Paulo ora assim:<<strong>br</strong> />

"E esta é a minha oração: que o vosso amor aumente<<strong>br</strong> />

mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção,<<strong>br</strong> />

para que possais discernir as coisas excelentes, para<<strong>br</strong> />

que sejais sinceros, e inculpáveis até ao dia de Cristo"<<strong>br</strong> />

(Filipenses 1:9-10)<<strong>br</strong> />

Nós, que nos empenhamos numa busca de caráter, devemos permitir<<strong>br</strong> />

que a sinceridade se torne nosso distintivo de excelência, durante to<strong>do</strong>s os<<strong>br</strong> />

nossos dias na terra. Sincero é palavra derivada <strong>do</strong> latim, significan<strong>do</strong> "sem<<strong>br</strong> />

cera." O termo grego significa "testa<strong>do</strong> ao sol." Entenda, então: os antigos


produziam um tipo fino de porcelana que, quan<strong>do</strong> exposta ao calor <strong>do</strong> forno,<<strong>br</strong> />

fissuras diminutas apareciam. Merca<strong>do</strong>res desonestos esfregavam cera <strong>br</strong>anca,<<strong>br</strong> />

perolada, por so<strong>br</strong>e tais fissuras, e as peças eram vendidas <strong>com</strong>o sen<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

íntegras — a menos que fossem expostas ao sol. Os merca<strong>do</strong>res honestos<<strong>br</strong> />

marcavam suas peças intactas <strong>com</strong> as palavras sine cera — "sem cera."<<strong>br</strong> />

Esta é a sinceridade genuína. Nada de máscara, nada de hipocrisia.<<strong>br</strong> />

Nada de rachaduras recobertas e escondidas. Quan<strong>do</strong> a verdadeira sinceridade<<strong>br</strong> />

fluí de nossa vida, aprovam-se as coisas excelentes — para fazer paráfrase de<<strong>br</strong> />

Paulo. Somos então (e só então) "semelhantes a Cristo."<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> o sol <strong>br</strong>ilha e nos aquece, e testa nossa vida, a ausência de<<strong>br</strong> />

rachaduras garante a presença da verdade. Você não consegue separar estas<<strong>br</strong> />

duas coisas... não importan<strong>do</strong> quão sincero você seja.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

João 4:23 assegura-nos que nosso Pai procura nossa a<strong>do</strong>ração. Ele<<strong>br</strong> />

anseia por ter "verdadeiros a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>res," não a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>res falsifica<strong>do</strong>s... ou<<strong>br</strong> />

hipócritas. Visto que "todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele<<strong>br</strong> />

a quem havemos de prestar contas" (He<strong>br</strong>eus 4:13), nem sequer façamos<<strong>br</strong> />

alguma tentativa de fingir. Os verdadeiros a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>res são os que vêm limpos,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> rachaduras e tu<strong>do</strong>. Seja um deles, hoje, quan<strong>do</strong> você se ajoelhar na<<strong>br</strong> />

presença de Deus.<<strong>br</strong> />

Leia o Salmo 139.<<strong>br</strong> />

HONESTIDADE<<strong>br</strong> />

Os ladrões de loja serão processa<strong>do</strong>s até o limite máximo<<strong>br</strong> />

da lei.<<strong>br</strong> />

Pegar coisas da loja é roubo. Pare de roubar! Todas as<<strong>br</strong> />

merca<strong>do</strong>rias desta loja estão mais caras agora, mais <strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

nunca antes, só por causa <strong>do</strong> roubo. Ajude-nos a <strong>com</strong>bater<<strong>br</strong> />

a inflação. Pare de levar coisas escondidas da loja. Ladrões<<strong>br</strong> />

de loja...não roubem!


Consegui contar uma dúzia de tabuletas <strong>com</strong> dizeres assim, numa única<<strong>br</strong> />

loja, ontem. As prateleiras haviam si<strong>do</strong> <strong>com</strong>pletamente reorganizadas; a porta<<strong>br</strong> />

de frente ficava fechada permanentemente, o<strong>br</strong>igan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os fregueses a<<strong>br</strong> />

entrar e sair por uma abertura, no final de um corre<strong>do</strong>r estreito, nos fun<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

perto da caixa registra<strong>do</strong>ra — amolação para to<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Por quê? Desonestidade. O gerente confessou-me:<<strong>br</strong> />

— Francamente, estávamos in<strong>do</strong> à falência. Crianças, mães, homens de<<strong>br</strong> />

negócio, operários... profissionais... gente de to<strong>do</strong> tipo! Algumas prateleiras<<strong>br</strong> />

ficavam vazias à hora de fechar.<<strong>br</strong> />

Li, na semana passada, a respeito de uma mulher que parecia grávida;<<strong>br</strong> />

ele saía de uma mercearia. O sub-chefe suspeitou dela e a deteve. Dali a<<strong>br</strong> />

pouco ela "deu à luz" meio quilo de manteiga, uma torradeira, um frasco de<<strong>br</strong> />

mel para panquecas, <strong>do</strong>is tubos de creme dental, um frasco de tônico capilar e<<strong>br</strong> />

várias barras de <strong>do</strong>ce. Uma <strong>do</strong>na-de-casa da Califórnia foi flagrada apanhan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

vários artigos, à medida que caminhava pelas várias seções de um<<strong>br</strong> />

supermerca<strong>do</strong>, seguida pelos filhos que, <strong>com</strong> toda rapidez, iam embolsan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

os objetos rouba<strong>do</strong>s. Sistemas de alarme sofistica<strong>do</strong>s, espelhos especiais que<<strong>br</strong> />

na verdade são <strong>com</strong>o janelas, engenhocas que trancam, câmeras que se movimentam<<strong>br</strong> />

e fitas eletrônicas sinaliza<strong>do</strong>ras têm muito trabalho no controle e na<<strong>br</strong> />

elucidação <strong>do</strong> problema... que cresce cada vez mais. Segun<strong>do</strong> uma estimativa,<<strong>br</strong> />

um em cada 52 fregueses sai da loja, to<strong>do</strong>s os dias, carregan<strong>do</strong> pelo menos um<<strong>br</strong> />

artigo não pago. As perdas, no momento em que estou escreven<strong>do</strong>, atingem a<<strong>br</strong> />

cifra astronômica de 3 bilhões de dólares por ano... e aumentam sempre.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>emo-nos, todavia, que o roubo em lojas é apenas uma fatiazinha<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> grande bolo da desonestidade humana. Não nos esqueçamos de nossos<<strong>br</strong> />

registros deprava<strong>do</strong>s: a cola nos exames, o roubo de toalhas nos hotéis, não<<strong>br</strong> />

trabalhar oito horas <strong>com</strong>pletas, mentiras atrevidas e meias-verdades,<<strong>br</strong> />

afirmações exageradas, a manipulação de relatórios so<strong>br</strong>e perdas cobertas pelo<<strong>br</strong> />

seguro, que<strong>br</strong>a de promessas de caráter financeiro, fraudes <strong>do</strong>mésticas e<<strong>br</strong> />

(<strong>com</strong>o me atrevo a mencioná-lo?) as declarações de imposto de renda<<strong>br</strong> />

"fajutas" que assinamos e apresentamos <strong>com</strong>o sen<strong>do</strong> verdadeiras. Você sabia<<strong>br</strong> />

que desde 1811 (quan<strong>do</strong> alguém que havia frauda<strong>do</strong> o governo enviou a<<strong>br</strong> />

Washington, anonimamente, 5 dólares) o Tesouro americano a<strong>br</strong>iu uma<<strong>br</strong> />

Conta de Consciência? A partir daquele ano, o governo já recebeu quase três<<strong>br</strong> />

milhões e meio de dólares de cidadãos aguilhoa<strong>do</strong>s pela consciência.<<strong>br</strong> />

A resposta, embora possa parecer simplista, é o retorno à honestidade.<<strong>br</strong> />

Uma palavra melhor ainda seria integridade. Para algumas pessoas, isso seria


uma reversão difícil... mas, <strong>com</strong>o é necessária! Resume-se tu<strong>do</strong> numa decisão<<strong>br</strong> />

íntima. Nada menos <strong>do</strong> que isso poderá contra-atacar a desonestidade.<<strong>br</strong> />

Punição externa pode magoar mas nada resolve. Sei que em alguns países<<strong>br</strong> />

árabes, quan<strong>do</strong> um homem é apanha<strong>do</strong> rouban<strong>do</strong>, cortam-lhe a mão. Você<<strong>br</strong> />

poderia pensar que tal procedimento conseguiria diminuir a desonestidade<<strong>br</strong> />

nacional. Entretanto, pelo que eu leio, dificilmente se poderia provar que os<<strong>br</strong> />

árabes têm algum resquício de integridade.<<strong>br</strong> />

Cortar a mão a fim de eliminar o roubo erra o coração <strong>do</strong> problema em<<strong>br</strong> />

cerca de 70 cm. A desonestidade não se inicia na mão, da mesma forma que a<<strong>br</strong> />

cobiça não se inicia no olho.<<strong>br</strong> />

Trata-se de <strong>do</strong>ença interna. Revela uma fissura séria de caráter.<<strong>br</strong> />

Idealmente, plantamos as sementes da honestidade e cultivamos a<<strong>br</strong> />

planta e suas raízes em casa. Sob os olhos vigilantes de pais diligentes,<<strong>br</strong> />

persistentes e coerentes! No melhor laboratório da vida que Deus jamais<<strong>br</strong> />

projetou — a unidade familiar. É ali que se absorve um padrão apropria<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

valores, enquanto se aprende o valor de um cruzeiro. É nessa bigorna que se<<strong>br</strong> />

martela e se forja a apreciação <strong>do</strong> trabalho duro, a estima da verdade, a<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>pensa da realização, e o custo da desonestidade, de tal mo<strong>do</strong> que se<<strong>br</strong> />

forma uma vida de mo<strong>do</strong> correto, internamente. É lá que se forja o caráter.<<strong>br</strong> />

Mas, suponhamos que você não obteve esse treinamento. Será que há<<strong>br</strong> />

esperança?<<strong>br</strong> />

Claro! Uma das razões porque o Cristianismo tem tanto apelo é a<<strong>br</strong> />

esperança que provê. Cristo não oferece uma técnica so<strong>br</strong>e <strong>com</strong>o reconstruir<<strong>br</strong> />

sua vida. Ela lhe oferece a vida dele — a honestidade dele, a integridade dele.<<strong>br</strong> />

Nada de leis, nada de proibições, de ameaças. Mas, poder suficiente para<<strong>br</strong> />

contra-atacar sua tendência para desonestidade. Ele a chama de "coparticipantes<<strong>br</strong> />

da natureza divina, livran<strong>do</strong>-vos da corrupção..." Absolutamente<<strong>br</strong> />

honesto. Algumas pessoas poderiam dizer-lhe que crer em Jesus Cristo —<<strong>br</strong> />

confiar nele a fim de que<strong>br</strong>ar os velhos hábitos e fazê-lo pessoa honesta —<<strong>br</strong> />

significa cortar sua cabeça. Que isso é <strong>com</strong>eter suicídio intelectual. Será que<<strong>br</strong> />

fazer funcionar sua vida interior segun<strong>do</strong> o princípio da fé (em vez <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

princípio <strong>do</strong> fracasso) é mero pensamento positivo? De mo<strong>do</strong> nenhum! Não<<strong>br</strong> />

se trata apenas <strong>do</strong> melhor mo<strong>do</strong> de parar de ser desonesto — é o único mo<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Você não precisa cortar a mão, e tampouco a cabeça, a fim de tornar-se<<strong>br</strong> />

uma pessoa honesta. Você precisa é de cortar seus hábitos — ao permitir que<<strong>br</strong> />

Cristo seja a Presença honrosa em seu coração.


Não demorará muito para que você descu<strong>br</strong>a que a honestidade é<<strong>br</strong> />

Cristo dentro de você.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Viva. Ativa. Penetrante. Poderosa. Eis <strong>com</strong>o se descreve a Palavra de<<strong>br</strong> />

Deus. Diferentemente de tu<strong>do</strong> mais que já se escreveu, as Escrituras tocam o<<strong>br</strong> />

coração e mudam a vida das pessoas. Hoje, <strong>com</strong>o sempre, precisamos <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

toque da Bíblia. Trata-se de uma cirurgia que pode ser <strong>do</strong>lorosa e profunda,<<strong>br</strong> />

porém, inevitavelmente ela nos traz benefícios. Que o Espírito Santo prepare<<strong>br</strong> />

nossos corações para o ministério penetrante dessa espada de <strong>do</strong>is gumes.<<strong>br</strong> />

Leia He<strong>br</strong>eus 4:12-16.<<strong>br</strong> />

ONTEM, HOJE E AMANHÃ<<strong>br</strong> />

Um de meus amigos de muitos anos, Tom Craik, ganha a vida<<strong>br</strong> />

trabalhan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o conselheiro de alunos <strong>do</strong> curso secundário. Ele se dedica a<<strong>br</strong> />

fortalecer relacionamentos familiares, especialmente a ajudar mães, pais e<<strong>br</strong> />

filhos a aprender a amar-se uns aos outros, o que inclui a aceitação, o respeito<<strong>br</strong> />

e a <strong>com</strong>unicação mútuos.<<strong>br</strong> />

Há anos que Tom tem esta<strong>do</strong> em contato <strong>com</strong> a gama total das famílias<<strong>br</strong> />

sob furacões, pelo que pouca coisa existe que ele não viu ou ouviu, ainda. Ele<<strong>br</strong> />

sempre me falou <strong>com</strong> máxima franqueza, um traço dele que admiro muito.<<strong>br</strong> />

Recentemente, Tom me enviou algumas de suas reflexões, que eu gostaria de<<strong>br</strong> />

partilhar <strong>com</strong> meus leitores. Despertaram minha atenção porque se<<strong>br</strong> />

relacionam <strong>com</strong> o desenvolvimento <strong>do</strong> verdadeiro caráter, no lar.<<strong>br</strong> />

O ano letivo iniciou-se outra vez; provavelmente estamos to<strong>do</strong>s cientes<<strong>br</strong> />

das maneiras pelas quais algumas coisas serão diferentes neste novo ano<<strong>br</strong> />

escolar. Seremos crianças diferentes, neste ano. Nós nos esforçaremos mais<<strong>br</strong> />

nos estu<strong>do</strong>s. Nossas notas serão melhores, respeitaremos mais as pessoas,<<strong>br</strong> />

demonstraremos mais bom senso em to<strong>do</strong>s os nossos esforços, de tal maneira<<strong>br</strong> />

que seremos vistos <strong>com</strong>o jovenzinhos adultos, responsáveis.<<strong>br</strong> />

Neste ano, trataremos de ser mais pareci<strong>do</strong>s <strong>com</strong> uma grande família.<<strong>br</strong> />

Estaremos mais em <strong>com</strong>panhia uns <strong>do</strong>s outros. Vamos gostar de estar sempre<<strong>br</strong> />

juntos. Talvez até possamos sair em passeios de fins de semana. Sen<strong>do</strong> uma


oa família, <strong>br</strong>igaremos menos e conversaremos mais. Respeitaremos as<<strong>br</strong> />

opiniões alheias, e falaremos de maneira civilizada, adulta, positiva e amorosa.<<strong>br</strong> />

Comeremos juntos, estaremos interessa<strong>do</strong>s em saber <strong>com</strong>o foi o dia de cada<<strong>br</strong> />

um, e daremos apoio e conforto uns aos outros.<<strong>br</strong> />

Neste ano, papai vai parar de beber, e mamãe não vai gritar tanto.<<strong>br</strong> />

Neste ano, meus irmãos e irmãs vão dar-se melhor entre si. Nós nos<<strong>br</strong> />

ajudaremos uns aos outros nos estu<strong>do</strong>s, e ajudaremos a mamãe no serviço de<<strong>br</strong> />

casa. Neste ano, papai e mamãe não vão precisar ficar em cima da gente, para<<strong>br</strong> />

que façamos nossos deveres; nós os faremos depressa. Manteremos nossos<<strong>br</strong> />

quartos limpos, e poremos os pratos na lava<strong>do</strong>ra. Não haverá <strong>br</strong>igas nem<<strong>br</strong> />

discussões, neste ano. Neste ano vamos mostrar mais amor à mamãe e ao<<strong>br</strong> />

papai porque agora sabemos de verdade quanto fizeram por nós. Já consigo<<strong>br</strong> />

ouvir, neste momento: "Neste ano serei capaz de ir para a cama, de noite, sem<<strong>br</strong> />

preocupar-me so<strong>br</strong>e se papai e mamãe vão <strong>br</strong>igar, porque neste ano as coisas<<strong>br</strong> />

vão ser diferentes. Visto que neste ano vou <strong>com</strong>portar-me melhor, mamãe e<<strong>br</strong> />

papai não terão razões para gritar, beber e <strong>br</strong>igar. Uma coisa é certa: to<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

nós vamos nos dar melhor neste ano." Será que alguma coisa nisto ressoa<<strong>br</strong> />

pelo menos vagamente familiar? É bem provável que à época em que você<<strong>br</strong> />

estiver len<strong>do</strong> isto, estes "sonhos" terão passa<strong>do</strong> à categoria de história, assim<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o o ontem torna-se o hoje... o amanhã.<<strong>br</strong> />

No mês que vem farei trinta e um anos de idade. Dividin<strong>do</strong> isso por<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>is, tenho quinze e meio. Acredite ou não, isso me parece que foi ontem.<<strong>br</strong> />

Do<strong>br</strong>an<strong>do</strong>, tenho sessenta e <strong>do</strong>is. Acredite se quiser, parece-me que vai ser<<strong>br</strong> />

amanhã. Há algum tempo, ontem, nasceu meu filho. Hoje, tem quase um ano<<strong>br</strong> />

de vida. Amanhã, terá quinze. Para onde caminham as coisas? Que aconteceu<<strong>br</strong> />

aos "sonhos?" Sabe de uma coisa? Sei hoje menos <strong>do</strong> que sabia ontem e<<strong>br</strong> />

provavelmente sei mais hoje <strong>do</strong> que saberei amanhã. Zás! Lá vai! Lá vou eu!<<strong>br</strong> />

Pais, a maior parte disto se aplica a nós. Somos nós que criamos a atmosfera,<<strong>br</strong> />

o clima de nossos lares.<<strong>br</strong> />

Criamos a tensão, ou a paz, o conflito ou a ordem. Decidimos se nosso<<strong>br</strong> />

lar será amoroso, em que as pessoas se ajudam mutuamente, ou odioso, em<<strong>br</strong> />

que as pessoas viverão isoladas. Somos nós que ensinaremos a autoresponsabilidade,<<strong>br</strong> />

ou a culpa. Somos nós que procuraremos o bem, ou nos<<strong>br</strong> />

queixaremos, e só nos queixaremos. Meninos, amanhã vocês terão trinta anos.<<strong>br</strong> />

Já passou o tempo de procurar alguém em quem lançar a culpa. Criem suas<<strong>br</strong> />

próprias mudanças. Cuidem de vocês mesmos. Ajam de mo<strong>do</strong> a proteger seus<<strong>br</strong> />

melhores interesses. Trabalhem no senti<strong>do</strong> de desco<strong>br</strong>ir, por si mesmos, o<<strong>br</strong> />

que é que vocês querem e, em seguida, persigam seu objetivo. Descu<strong>br</strong>am


suas intenções, seus propósitos, seus sonhos e entendam que se tu<strong>do</strong> quanto<<strong>br</strong> />

planejaram vai tornar-se realidade, vocês mesmos é que terão de transformar<<strong>br</strong> />

seus planos em realidade. Comecem, então, a trabalhar!<<strong>br</strong> />

Preciso ir, agora. Meu filho está procuran<strong>do</strong> as chaves <strong>do</strong> carro... 12<<strong>br</strong> />

Tom tem razão. A opinião dele é <strong>do</strong>lorosamente acertada.<<strong>br</strong> />

Em vez de apenas ler estas palavras, ou simplesmente pensar nelas, por<<strong>br</strong> />

que não seguimos os conselhos de Tom? O segre<strong>do</strong> está na forma <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

lidamos <strong>com</strong> o dia de hoje, não <strong>com</strong> o ontem, nem <strong>com</strong> o amanhã. Hoje... o<<strong>br</strong> />

boca<strong>do</strong> especial de tempo que detém as chaves que encerram os pesadelos de<<strong>br</strong> />

ontem, e a<strong>br</strong>em os sonhos <strong>do</strong> amanhã.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Que é o dia de hoje? O dia que o Senhor fez. Um segmento <strong>do</strong> tempo,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posto de vinte e quatro horas, que jamais foi vivi<strong>do</strong> antes, e jamais se<<strong>br</strong> />

repetirá. É possível que você não consiga viver para ver outro dia igual a este.<<strong>br</strong> />

Talvez você jamais se veja tão perto da decisão que precisa tomar, da<<strong>br</strong> />

providência que só você deve tomar, da escolha que precisa determinar.<<strong>br</strong> />

Portanto, aja hoje. Antes que o sol se ponha, e as exigências de amanhã<<strong>br</strong> />

eclipsem os desejos de hoje.<<strong>br</strong> />

Leia o Salmo 90.<<strong>br</strong> />

FESTA E FONTE<<strong>br</strong> />

Durante o reina<strong>do</strong> da rainha Vitória, o Reino Uni<strong>do</strong> estava mergulha<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

até o pescoço na verdade bíblica. Um banquete suntuoso era servi<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>mingos — dia <strong>do</strong> Senhor — e ninguém precisava temer a fome. Jamais<<strong>br</strong> />

alguém chorou a falta de alimento espiritual. Eis o porquê:<<strong>br</strong> />

Charles Had<strong>do</strong>n Spurgeon <strong>br</strong>andia a Espada no Tabernáculo<<strong>br</strong> />

Metropolitano de Londres.<<strong>br</strong> />

Não muito longe dali, uma congregação de 3.000 crentes <strong>do</strong> City<<strong>br</strong> />

Temple estava sen<strong>do</strong> alimentada, havia 33 anos, pelo ministério de<<strong>br</strong> />

Joseph Parker.<<strong>br</strong> />

O pie<strong>do</strong>so F. B. Meyer conduzia o povo a uma <strong>com</strong>unhão mais


íntima e mais significativa <strong>com</strong> Deus.<<strong>br</strong> />

William Booth trovejava contra os peca<strong>do</strong>s da cidade.<<strong>br</strong> />

C. H. Lid<strong>do</strong>n estava firme na Igreja de S. Paulo.<<strong>br</strong> />

O. Dr. Alexander MacLaren pregava os mais belos sermões<<strong>br</strong> />

expositivos da história da igreja.<<strong>br</strong> />

R. W. Dale estava em Birmingham e <strong>com</strong>pletava 66 anos na Rua<<strong>br</strong> />

Carr. Dois anos antes de sua morte, G. Campbell Morgan iniciou<<strong>br</strong> />

seu pastora<strong>do</strong> ali perto, na Igreja da Rua Westminster<<strong>br</strong> />

(congregacional), na mesma cidade.<<strong>br</strong> />

Por essa época, Alexander Whyte era co-pastor, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> famoso<<strong>br</strong> />

Robert Candlish, na Igreja Livre de S. Jorge, em Edinburgo.<<strong>br</strong> />

Posteriormente, veio a suceder seu pie<strong>do</strong>so mentor, permanecen<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

47 anos na mesma igreja, ministran<strong>do</strong> a vários milhares de santos<<strong>br</strong> />

escoceses.<<strong>br</strong> />

E não deveríamos esquecer-nos das visitas bastante freqüentes <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

evangelista americano, Dwight L. Moody, que pregou em pelo<<strong>br</strong> />

menos uma dúzia de cidades da Grã-Bretanha, durante esse mesmo<<strong>br</strong> />

espantoso perío<strong>do</strong> de tempo.<<strong>br</strong> />

Que tempo extraordinário esse! Havia gigantes na terra, naqueles dias, e<<strong>br</strong> />

seu vulto colossal lançava uma sucessão de som<strong>br</strong>as impressionantes por to<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

o país, pela paisagem da cristandade, <strong>com</strong>o jamais se fez em qualquer outra<<strong>br</strong> />

era da ilustre história das Ilhas Britânicas. Eles personificavam a segunda<<strong>br</strong> />

estrofe daquele grandioso hino evangelístico, escrito naqueles dias:<<strong>br</strong> />

Como exército poderoso,<<strong>br</strong> />

Marcha a igreja de Deus... 13<<strong>br</strong> />

Entretanto, abafou-se a cadência, depois. Aquele exército, outrora<<strong>br</strong> />

poderoso, feito de solda<strong>do</strong>s valorosos e cheios de vigor, parece agora<<strong>br</strong> />

estranhamente reduzi<strong>do</strong> a meros esquadrões, espalha<strong>do</strong>s por aí... uns poucos<<strong>br</strong> />

franco-atira<strong>do</strong>res. Onde está, hoje, aquela longa lista de igrejas invencíveis,<<strong>br</strong> />

desafia<strong>do</strong>ras? Quantas delas estão agora engajadas no mesmo <strong>com</strong>promisso<<strong>br</strong> />

de equipar os santos para o ministério, mediante um púlpito que prega<<strong>br</strong> />

solidamente a Bíblia, e uma Escola Dominical igualmente forte, que equili<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

igualmente a necessária ênfase na aplicação e no discipula<strong>do</strong>?


Será que estou parecen<strong>do</strong> severo demais? Negativo demais? Muito bem,<<strong>br</strong> />

façamos um teste simples, de quatro perguntas:<<strong>br</strong> />

1. Quantas igrejas capazes de exercer influência você é capaz de<<strong>br</strong> />

relacionar, no Brasil, conhecidas pela sua dinâmica bíblica — igrejas onde<<strong>br</strong> />

você ficaria bem alimenta<strong>do</strong>, adequadamente desafia<strong>do</strong>, "equipa<strong>do</strong>" de<<strong>br</strong> />

verdade?<<strong>br</strong> />

2. Entre seus amigos que se mudaram de sua cidade, para outras áreas<<strong>br</strong> />

de nosso país, quantos deles estão entusiasma<strong>do</strong>s, sadios, crescen<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

espiritualmente, graças a uma boa igreja?<<strong>br</strong> />

3. Qual é a maior necessidade que continua a existir, no seio <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

seminários evangélicos, segun<strong>do</strong> os que planejam ingressar no pastora<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />

4. Quantos jovens você consegue arrolar que estão prosseguin<strong>do</strong> no<<strong>br</strong> />

ministério pastoral <strong>com</strong> entusiasmo, certeza, ten<strong>do</strong> o coração entregue ao<<strong>br</strong> />

Senhor, e um <strong>com</strong>promisso de pregar biblicamente, expositivamente?<<strong>br</strong> />

Dezoito? Dez? Sete? Três?<<strong>br</strong> />

Não é exagero afirmar que existe uma fome entre nós — o pior tipo de<<strong>br</strong> />

fome que se possa imaginar. Fome desconhecida da rainha Vitória e de seus<<strong>br</strong> />

súditos o convivas de banquete. — Fome que Amós conhecia — e muito<<strong>br</strong> />

bem.<<strong>br</strong> />

Esse velho profeta tinha a to<strong>do</strong>s nós em mente, e não a Grã-Bretanha<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> século dezenove, quan<strong>do</strong> registrou estas palavras pungentes:<<strong>br</strong> />

"Vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a terra, não fome de pão, nem sede de água,<<strong>br</strong> />

mas de ouvir as palavras <strong>do</strong> Senhor. Andarão errantes<<strong>br</strong> />

de mar a mar, e <strong>do</strong> norte até o oriente; correrão por<<strong>br</strong> />

toda parte, buscan<strong>do</strong> a palavra <strong>do</strong> Senhor, e não a<<strong>br</strong> />

acharão" (Amós 8:11-12).<<strong>br</strong> />

Leia estas palavras vagarosamente. Leia-as em voz alta, <strong>br</strong>asileiro,<<strong>br</strong> />

americano, inglês! Leia-as, e chore.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

"Para vós, santos <strong>do</strong> Senhor, há alicerce firme, em<<strong>br</strong> />

que se apóia vossa fé: a Palavra maravilhosa! Que


mais vos pode dizer, além <strong>do</strong> que já disse, Para vós<<strong>br</strong> />

que buscastes refúgio em Jesus?" 14<<strong>br</strong> />

Faça essa pergunta a você mesmo. Quan<strong>do</strong> você estiver oran<strong>do</strong>, louve a<<strong>br</strong> />

Deus por sua Palavra — a Bíblia é inspirada, confiável, penetrante e eterna.<<strong>br</strong> />

Peça ao Senhor que o mantenha em sua busca de caráter. Se você for<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>o de uma igreja em que o púlpito é equili<strong>br</strong>a<strong>do</strong>, coerentemente forte,<<strong>br</strong> />

desafia<strong>do</strong>r, cheio de <strong>com</strong>paixão e zelo pelos perdi<strong>do</strong>s, a despeito <strong>do</strong> tamanho<<strong>br</strong> />

da igreja, dê graças a Deus.<<strong>br</strong> />

Leia Salmo 119:97-106.<<strong>br</strong> />

CORRENDO DE MEDO<<strong>br</strong> />

Aconteceu há mais de quarenta anos. Entretanto, a ironia que envolveu<<strong>br</strong> />

o caso me espanta até hoje.<<strong>br</strong> />

Um artista mural chama<strong>do</strong> J. H. Zorthian leu a respeito de um<<strong>br</strong> />

menininho que havia si<strong>do</strong> atropela<strong>do</strong> e morto no trânsito. O estômago dele se<<strong>br</strong> />

retorcia quan<strong>do</strong> pensava que isso poderia acontecer a um de seus três filhos.<<strong>br</strong> />

A preocupação se lhe transformou em ansiedade inescapável. Quanto mais ele<<strong>br</strong> />

imaginava tal tragédia, mais temeroso ficava. Por causa <strong>do</strong> me<strong>do</strong>, a eficiência<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> artista ficou <strong>com</strong>prometida.<<strong>br</strong> />

Finalmente, ele se entregou à obsessão. Cancelou as negociações no<<strong>br</strong> />

senti<strong>do</strong> de <strong>com</strong>prar uma casa espaçosa na agitada Pasadena, Califórnia, e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eçou a procurar um lugar onde seus filhos pudessem estar seguros. A<<strong>br</strong> />

perseguição <strong>do</strong> objetivo tornou-se tão intensa que o homem deixou de la<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

seu trabalho, pon<strong>do</strong>-se a imaginar e planejar to<strong>do</strong>s os meios possíveis para<<strong>br</strong> />

proteger os filhos contra quaisquer males. Parecia ver perigos em tu<strong>do</strong>. A<<strong>br</strong> />

localização da nova residência era ponto crítico. Deveria ser uma propriedade<<strong>br</strong> />

grande, afastada e, por isso, <strong>com</strong>prou 48.000 metros quadra<strong>do</strong>s de terra<<strong>br</strong> />

aninhada em encosta montanhosa, no final de uma estrada longa, estreita e<<strong>br</strong> />

cheia de curvas. Em cada volta da estrada, man<strong>do</strong>u colocar cartazes que<<strong>br</strong> />

informavam: "CRIANÇAS BRINCANDO". Antes de iniciar a construção da<<strong>br</strong> />

casa propriamente dita, Zorthian construiu, ele mesmo, um parque de<<strong>br</strong> />

diversões para as crianças, e cercou-o. Planejou-o de tal mo<strong>do</strong> que era<<strong>br</strong> />

impossível um carro aproximar-se mais <strong>do</strong> que quinze metros.


Em seguida... a casa. Com meticuloso cuida<strong>do</strong>, instilou beleza e<<strong>br</strong> />

segurança no projeto. Adicionou-lhe algumas tonalidades das o<strong>br</strong>as em que<<strong>br</strong> />

havia trabalha<strong>do</strong>, ao criar murais que poderiam ser vistos em edifícios<<strong>br</strong> />

públicos de quarenta e duas cidades <strong>do</strong> leste. A diferença era que desta vez<<strong>br</strong> />

seu objetivo ia além da arte colorida... acima de tu<strong>do</strong>, a casa tinha de ser<<strong>br</strong> />

segura, isenta de perigos. Quis ter certeza disso. Finalmente, era preciso<<strong>br</strong> />

construir a garagem. Um único automóvel penetrou naquela garagem: o de<<strong>br</strong> />

Zorthian.<<strong>br</strong> />

Plantou-se diante <strong>do</strong> lugar e examinou todas as possibilidades de<<strong>br</strong> />

perigos para seus filhos. Só conseguiu pensar num perigo, a ser elimina<strong>do</strong>. Ele<<strong>br</strong> />

tinha de sair da garagem de marcha à ré. Num momento de pressa, ele<<strong>br</strong> />

poderia atropelar uma das crianças. Ele imediatamente planejou um trevo<<strong>br</strong> />

protetor. O construtor voltou e fez as formas da área adicional mas, antes de<<strong>br</strong> />

o concreto ser despeja<strong>do</strong>, uma chuvarada interrompeu a o<strong>br</strong>a. Foi a primeira<<strong>br</strong> />

chuva, depois de semanas de uma longa seca típica da costa oeste.<<strong>br</strong> />

Se não houvesse chovi<strong>do</strong> naquela semana, o trevo de concreto teria<<strong>br</strong> />

si<strong>do</strong> <strong>com</strong>pleta<strong>do</strong> e posto em uso no <strong>do</strong>mingo. Isto aconteceu em 9 de<<strong>br</strong> />

fevereiro de 1947... dia em que seu filho Tiran, de dezoito meses,<<strong>br</strong> />

desvencilhou-se <strong>do</strong>s <strong>br</strong>aços de sua irmã e ficou atrás <strong>do</strong> carro, exatamente<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> Zorthian deu-lhe marcha a ré. A criança foi morta instantaneamente.<<strong>br</strong> />

Não existem garantias absolutas. Não há planos à prova de fracassos.<<strong>br</strong> />

Nenhum projeto que mereça perfeita confiança. Não se consegue estabelecer<<strong>br</strong> />

as coisas de mo<strong>do</strong> e eliminar to<strong>do</strong>s os riscos. A vida recusa-se a ser linda e<<strong>br</strong> />

limpa, dessa maneira. Nem mesmo os neuróticos, que tomam medidas<<strong>br</strong> />

extremas para terem máxima certeza de tu<strong>do</strong>, estão protegi<strong>do</strong>s de seus temores<<strong>br</strong> />

obsessivos. Os tais "planos fabulosamente bem traça<strong>do</strong>s para<<strong>br</strong> />

camun<strong>do</strong>ngos e homens" continuam a falhar, lem<strong>br</strong>an<strong>do</strong>-nos de que viver e<<strong>br</strong> />

arriscar caminham de mãos dadas. Andar por aí cheio de me<strong>do</strong> é coisa que<<strong>br</strong> />

acaba explodin<strong>do</strong> no rosto <strong>do</strong> medroso. To<strong>do</strong>s os que voam arriscam-se à<<strong>br</strong> />

queda. Os que dirigem carros, arriscam-se a colisões. Os que correm,<<strong>br</strong> />

arriscam-se a cair. Os que caminham arriscam-se a tropeçar. To<strong>do</strong>s quantos<<strong>br</strong> />

vivem arriscam alguma coisa.<<strong>br</strong> />

"Quem ri corre o risco de parecer tolo.<<strong>br</strong> />

Quem chora corre o risco de parecer sentimental.<<strong>br</strong> />

Quem se interessa por alguém arrisca-se a envolver--se.


Quem expõe seus sentimentos arrisca-se a expor seu<<strong>br</strong> />

verdadeiro ser.<<strong>br</strong> />

Quem ama arrisca-se a não ser ama<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Quem espera arrisca-se ao desespero.<<strong>br</strong> />

Quem tenta arrisca-se ao fracasso."<<strong>br</strong> />

Você quer saber qual é o caminho mais curto para a ineficiência?<<strong>br</strong> />

Comece a andar por aí <strong>com</strong> me<strong>do</strong>. Procure co<strong>br</strong>ir to<strong>do</strong>s os pontos, sempre.<<strong>br</strong> />

Fique paranóico a respeito da frente, <strong>do</strong>s flancos, da retaguarda. Pense em<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>s os perigos possíveis, focalize todas as probabilidades de derrota,<<strong>br</strong> />

interesse-se mais em perguntar "e que acontecerá se" em vez de "por que não<<strong>br</strong> />

tentar?" Não dê oportunidade às falhas. Diga "não" para a coragem e "sim"<<strong>br</strong> />

para a prudência. Não dê nenhum passo maior que a perna. Libere to<strong>do</strong> o seu<<strong>br</strong> />

me<strong>do</strong>. "Para o medroso," dizia Sófocles, "tu<strong>do</strong> produz ruí<strong>do</strong>s." Triplique as<<strong>br</strong> />

fechaduras das portas. Mantenha-se em segurança, enfia<strong>do</strong> no bem protegi<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

ninho da inércia. E antes de você percebê-lo (para tomar empresta<strong>do</strong> uma<<strong>br</strong> />

expressão <strong>do</strong> faleci<strong>do</strong> autor E. Stanley Jones) "a paralisia da análise" se<<strong>br</strong> />

instalará. E a solidão, seguida <strong>do</strong> isolamento, também se instalarão. Não,<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>!<<strong>br</strong> />

É bem melhor enfrentar alguns ursos e leões <strong>br</strong>avios, à semelhança de<<strong>br</strong> />

Davi. Tais feras preparam-nos para vencer gigantes tipo Golias. É bem mais<<strong>br</strong> />

excitante penetrar no mar Vermelho, à semelhança de Moisés, e ver Deus<<strong>br</strong> />

separar as águas. Certamente isso há de constituir bom tópico de conversa enquanto<<strong>br</strong> />

se peregrina por um deserto horroroso durante quarenta anos. É bem<<strong>br</strong> />

interessante lançar velas na direção de Jerusalém, à semelhança de Paulo, "não<<strong>br</strong> />

saben<strong>do</strong> o que ali me acontecerá," em vez de gastar os dias na monótona<<strong>br</strong> />

Mileto, ouvin<strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>s de passos e observan<strong>do</strong> o pôr-<strong>do</strong>-sol em entediante<<strong>br</strong> />

rotina! Guarde o seu coração: não aceite a superproteção.<<strong>br</strong> />

Felizmente, nem to<strong>do</strong>s optaram pela segurança. Alguns venceram, a<<strong>br</strong> />

despeito <strong>do</strong>s riscos. Alguns atingiram a grandeza, a despeito da adversidade.<<strong>br</strong> />

Recusaram-se a dar ouvi<strong>do</strong>s a seus temores. Nada <strong>do</strong> que alguém disse ou fez<<strong>br</strong> />

conseguiu frustrá-los. Falta de capacidade ou abundância de desapontamentos<<strong>br</strong> />

não precisam desqualificar a pessoa! É <strong>com</strong>o Ted Engstrom escreve, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

muito discernimento:


"Estropie o homem, e você terá um Sir Walter Scott.<<strong>br</strong> />

Agrilhoe o homem numa cela de prisão, e você terá um<<strong>br</strong> />

João Bunyam. Enterre-o nas neves de Valley Forge, e você<<strong>br</strong> />

terá um Jorge Washington. Eduque-o em po<strong>br</strong>eza abjeta, e<<strong>br</strong> />

você terá um A<strong>br</strong>aão Lincoln. Atinja-o <strong>com</strong> a paralisia<<strong>br</strong> />

infantil e ele se torna Franklin Roosevelt. Queime-o tão<<strong>br</strong> />

severamente que os médicos dirão que ele jamais voltará a<<strong>br</strong> />

andar, e você terá um Glenn Cunningham — que<<strong>br</strong> />

estabeleceu o recorde mundial <strong>do</strong>s 1.500 metros, em 1934.<<strong>br</strong> />

Ensurdeça-o, e você terá um Ludwig van Beethoven. Façao<<strong>br</strong> />

nascer preto, numa sociedade anti-racista, preconceituosa,<<strong>br</strong> />

e você terá Booker T. Washington, Marian Anderson, Jorge<<strong>br</strong> />

Washington Carver... Chame-o de aprendiz ler<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

"retarda<strong>do</strong>" e dispense-o por ser incapaz de aprender, e<<strong>br</strong> />

você terá um Alberto Einstein." 15<<strong>br</strong> />

Ordene a seus temores onde devem descer; de outra forma, sua busca<<strong>br</strong> />

de caráter será interrompida. A eficiência, às vezes a grandeza, aguardam<<strong>br</strong> />

aqueles que se recusam a correr de me<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Que é que vem da parte <strong>do</strong> Senhor que é impossível de se obter ou<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icar? Sabe<strong>do</strong>ria. Que é que vem da parte <strong>do</strong>s homens, visto que é<<strong>br</strong> />

impossível o Senhor experimentá-la? A preocupação. E que é que traz<<strong>br</strong> />

sabe<strong>do</strong>ria, e desaloja a preocupação? O louvor. Não permita que alguma coisa<<strong>br</strong> />

subtraia o tempo dedica<strong>do</strong> à devoção pessoal ao Senhor. Que nada o amedronte...<<strong>br</strong> />

nada que venha <strong>do</strong> ontem que já passou, <strong>do</strong> hoje presente, ou <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

amanhã futuro. Nada.<<strong>br</strong> />

Leia 2 Timóteo 1:3-14.<<strong>br</strong> />

UMA QUEDA ESPIRALADA<<strong>br</strong> />

Algumas de minhas memórias agradáveis me levam de volta a uma<<strong>br</strong> />

pequenina baía, no golfo <strong>do</strong> México. Meu avô materno possuía uma pequena<<strong>br</strong> />

cabana nessa baía e sua generosidade o induzia a partilhá-la <strong>com</strong> a numerosa


prole. Por to<strong>do</strong>s os meus anos de a<strong>do</strong>lescência, nossa família passava as férias<<strong>br</strong> />

de verão ali passean<strong>do</strong> de barco, nadan<strong>do</strong>, pulan<strong>do</strong> de ancora<strong>do</strong>uros,<<strong>br</strong> />

apanhan<strong>do</strong> camarões <strong>com</strong> rede, pescan<strong>do</strong> de manhã, esforçan<strong>do</strong>-se<<strong>br</strong> />

inutilmente até altas horas, mas principalmente rin<strong>do</strong> e descansan<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Enquanto esses anos iam passan<strong>do</strong> em <strong>com</strong>unhão familiar, e em alegria,<<strong>br</strong> />

uma horrorosa erosão se instalava. As águas da baía estavam escavan<strong>do</strong> a<<strong>br</strong> />

terra entre a cabana e o mar. Ano após ano, devi<strong>do</strong> à maré que ia e vinha,<<strong>br</strong> />

alguns furacões e as arremetidas normais das ondas contra a praia, grandes<<strong>br</strong> />

porções de terra estavam sen<strong>do</strong> consumidas pela baía. Durante todas as<<strong>br</strong> />

nossas atividades ou nas horas de lazer e descanso, ninguém jamais falou<<strong>br</strong> />

disso, nem se in<strong>com</strong>o<strong>do</strong>u <strong>com</strong> o fato. Contu<strong>do</strong>, jamais me esquecerei <strong>do</strong> dia<<strong>br</strong> />

em que tu<strong>do</strong> isso mu<strong>do</strong>u. Fiz uma pequena experiência, perto <strong>do</strong> fim de um<<strong>br</strong> />

dia de verão, que produziu uma impressão indelével em minha mente.<<strong>br</strong> />

No ano anterior, nossa classe <strong>do</strong> primeiro grau havia estuda<strong>do</strong> a erosão.<<strong>br</strong> />

O professor conseguiu convencer-nos muito bem de que ainda quan<strong>do</strong> não<<strong>br</strong> />

conseguimos ver o que está acontecen<strong>do</strong>, nem ouvir muitas advertências, a<<strong>br</strong> />

erosão pode ocorrer bem debaixo de nosso nariz. Só porque a erosão é<<strong>br</strong> />

silenciosa e lenta, isso não significa que não é devasta<strong>do</strong>ra. Por isso, sozinho<<strong>br</strong> />

naquele último dia de férias, enterrei uma estaca no chão e, em seguida, medi<<strong>br</strong> />

a passos a distância entre a estaca e o mar—cerca de quinze passadas, se bem<<strong>br</strong> />

me lem<strong>br</strong>o.<<strong>br</strong> />

Voltamos para lá no ano seguinte. Antes de o sol descer, ao chegarmos<<strong>br</strong> />

no primeiro dia voltei à estaca e medi a distância: agora era um pouco menos<<strong>br</strong> />

de <strong>do</strong>ze passadas. A baía havia engoli<strong>do</strong> três passadas e mais um pouco —<<strong>br</strong> />

não em grandes goles, você entende? mas uma polegada aqui, outra acolá, durante<<strong>br</strong> />

o ano que transcorrera. Instalara-se uma queda espira-lada. Fico sempre<<strong>br</strong> />

imaginan<strong>do</strong>: se eu voltasse àquele lugar de belas memórias familiares, será que<<strong>br</strong> />

a cabana ainda estaria lá, firme, ou teria si<strong>do</strong> devorada pelo apetite insaciável<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> mar?<<strong>br</strong> />

Um amigo que freqüentara um colégio das elites, no meio-oeste, há<<strong>br</strong> />

muitos anos, contou-me uma história semelhante. Havia certa árvore<<strong>br</strong> />

enorme — uma espécie de marco, ou símbolo queri<strong>do</strong> — sob a qual os<<strong>br</strong> />

estudantes se encontraram durante décadas. Ninguém conseguia imaginar<<strong>br</strong> />

aquele "campus" sem o gigantesco carvalho, que estendia seus tentáculos, de<<strong>br</strong> />

que tantos gostavam. Parecia fazer parte <strong>do</strong> cenário — perpetuamente, até<<strong>br</strong> />

que... Um dia, <strong>com</strong> um enorme ruí<strong>do</strong> ensurdece<strong>do</strong>r, C-R-A-Q-U-E! o gigante<<strong>br</strong> />

rendeu o espírito. Uma vez caí<strong>do</strong>, to<strong>do</strong>s quantos lamentaram a morte <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

gigante poderiam ver o que ninguém havia percebi<strong>do</strong> antes. A queda


espiralada se iniciara havia muitos anos. Mês após mês, outono após outono,<<strong>br</strong> />

a erosão tomara conta da árvore. Só porque a erosão era silenciosa e lenta,<<strong>br</strong> />

isso não significava que a árvore não estava morren<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Meu interesse não gira ao re<strong>do</strong>r de uma cabana, ou de uma árvore de<<strong>br</strong> />

colégio, simplesmente... mas interesso-me pelo caráter. Semelhantemente, de<<strong>br</strong> />

mo<strong>do</strong> lento e silencioso, germes invisíveis da moral e da ética podem invadirnos,<<strong>br</strong> />

trazen<strong>do</strong> os estágios iniciais de uma <strong>do</strong>ença terminal. Ninguém consegue<<strong>br</strong> />

detectá-la <strong>com</strong> os olhos, porque o fenômeno acontece de mo<strong>do</strong> imperceptível.<<strong>br</strong> />

Age mais silenciosamente que um relógio, e mais devagar. Sem carrilhões, e<<strong>br</strong> />

sem um tique-taque, sequer. Uma distração aqui, um <strong>com</strong>promisso ali, um<<strong>br</strong> />

desvio delibera<strong>do</strong> acolá, um amolecimento, um bocejo, um cochilo, um<<strong>br</strong> />

soninho, um hábito... um destino. Antes de podermos percebê-lo, um pedaço<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> caráter desaparece no mar, um pedaço protetor — a casca da árvore — só<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>a na grama. O que antes era apenas "uma coisinha à-toa" transforma-se,<<strong>br</strong> />

na verdade, em algo maior <strong>do</strong> que a própria vida. O que se iniciou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

inocência inquisitiva termina <strong>com</strong>o vício destrui<strong>do</strong>r.<<strong>br</strong> />

A mesma queda espiralada pode causar impacto so<strong>br</strong>e a família. Refirome<<strong>br</strong> />

a isso <strong>com</strong> a expressão "efeito <strong>do</strong>minó." O que papai e mamãe toleram<<strong>br</strong> />

passa para o filho e filha. Jeremias chorou, certa vez: "... os pais <strong>com</strong>eram<<strong>br</strong> />

uvas verdes, e os dentes <strong>do</strong>s filhos se embotaram" (Jeremias 31:29). A<<strong>br</strong> />

tragédia é que o mal não pára aí. Esses jovens crescem e vão delinear o futuro<<strong>br</strong> />

da nação. Lem<strong>br</strong>o-me de uma linha de carta escrita por John Steinbeck a<<strong>br</strong> />

Adiai Stevenson:<<strong>br</strong> />

Existe um gás ondulante, superpenetrante, da imoralidade, que se forma<<strong>br</strong> />

no jardim da infância e não pára enquanto não atinge os mais eleva<strong>do</strong>s postos<<strong>br</strong> />

de <strong>com</strong>an<strong>do</strong>, tanto empresariais <strong>com</strong>o governamentais. 16<<strong>br</strong> />

O sociólogo e historia<strong>do</strong>r Carie Zimmerman, em seu livro Family and<<strong>br</strong> />

Civilization (Família e Civilização), publica<strong>do</strong> em 1947, registrou algumas<<strong>br</strong> />

observações agudas que fez, ao <strong>com</strong>parar a desintegração de várias culturas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o declínio paralelo da vida familiar, nessas mesmas culturas. Oito<<strong>br</strong> />

padrões específicos de <strong>com</strong>portamento <strong>do</strong>méstico caracterizam a queda<<strong>br</strong> />

espiralada de cada cultura estudada por Zimmerman:<<strong>br</strong> />

O casamento perde a unção sagrada... freqüentemente é que<strong>br</strong>a<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

pelo divórcio.<<strong>br</strong> />

Perde-se o significa<strong>do</strong> tradicional da cerimônia matrimonial.<<strong>br</strong> />

Crescem os movimentos feministas.


Aumenta o desrespeito público pelos pais e pelas autoridades em<<strong>br</strong> />

geral.<<strong>br</strong> />

Acelera-se a delinqüência juvenil, a promiscuidade e a rebelião.<<strong>br</strong> />

Pessoas de casamento tradicional recusam-se a aceitar<<strong>br</strong> />

responsabilidades de família.<<strong>br</strong> />

Grande desejo de praticar adultério, e aceitação dessa prática.<<strong>br</strong> />

Grande interesse por perversões sexuais e crimes relaciona<strong>do</strong>s <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

sexo, e ampla divulgação de tais males. 17<<strong>br</strong> />

O último padrão marca, geralmente, o estágio final da desintegração<<strong>br</strong> />

social. O "gás ondulante, superpenetrante", pode ser invisível mas, de acor<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> Zimmermam, é letal.<<strong>br</strong> />

Antes de você terminar a leitura de hoje <strong>com</strong> um dar de om<strong>br</strong>os, gaste<<strong>br</strong> />

sessenta segun<strong>do</strong>s esquadrinhan<strong>do</strong> sua vida. Se você é casa<strong>do</strong>, tome as<<strong>br</strong> />

medidas mentais de seu casamento... e de sua família. Pense <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

profundidade. Não minta para você mesmo. Levante algumas perguntas<<strong>br</strong> />

difíceis, e responda-as. Faça uma <strong>com</strong>paração entre "<strong>com</strong>o éramos antes" e<<strong>br</strong> />

"<strong>com</strong>o somos agora." Dê uma olhada por dentro das muralhas de seus<<strong>br</strong> />

padrões morais, reavalie seu <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> a excelência ética, que uma<<strong>br</strong> />

vez foi forte. Será que há cupins na madeira? Não se deixe enganar pelos anos<<strong>br</strong> />

que se passaram em inocência e folgue<strong>do</strong>. É possível que uma horrenda<<strong>br</strong> />

erosão se tenha instala<strong>do</strong>, e você nem percebeu. Só porque as mudanças são<<strong>br</strong> />

silenciosas e lentas, isso não significa que as coisas não estão se deterioran<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> as páginas <strong>do</strong> calendário vão viran<strong>do</strong>, viran<strong>do</strong>, sempre viran<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>amo-nos de que o Senhor tem poder para mudar os tempos e as<<strong>br</strong> />

estações. Dias agita<strong>do</strong>s, barulhentos, cedem lugar a outros quentes,<<strong>br</strong> />

silenciosos. Flores enfeitam campos e, em seguida, fenecem. Folhas<<strong>br</strong> />

enverdecem galhos nus, a<strong>br</strong>em-se de vez ao vento <strong>do</strong> verão e morrem <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

cor das chamas. Arranje tempo hoje para deliciar-se na presença de Deus,<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> você reconhecer que ele tem o direito de trazer mudanças em sua<<strong>br</strong> />

vida. Você é sensível às operações de Deus? Você está ouvin<strong>do</strong>? Você está<<strong>br</strong> />

aberto, disposto para as mudanças? Diga-lhe isso, hoje.<<strong>br</strong> />

Leia Efésios 5:1-21.


RIGIDEZ<<strong>br</strong> />

Acabo de desligar o telefone. Não tive dificuldade em ver-me dentro de<<strong>br</strong> />

uma história.<<strong>br</strong> />

Do outro la<strong>do</strong> da linha estava um pastor de uma igreja de tamanho<<strong>br</strong> />

considerável. Ele e eu temos si<strong>do</strong> bons amigo há cerca de dez anos. Trata-se<<strong>br</strong> />

de um homem sensível, interessa<strong>do</strong>, terno... talvez terno demais, quase frágil<<strong>br</strong> />

às vezes. Sua igreja é evangélica, respeitada na <strong>com</strong>unidade. Não há a menor<<strong>br</strong> />

razão porque ele não deveria estar usufruin<strong>do</strong> sentimentos mais profun<strong>do</strong>s de<<strong>br</strong> />

realização, maior poder no púlpito, e um relacionamento mais íntimo <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

pessoas. Entretanto, nada disso acontece. Embora amadureci<strong>do</strong> em anos, está<<strong>br</strong> />

desaniman<strong>do</strong>-se depressa. Que é que ele diz?<<strong>br</strong> />

— Quero desistir.<<strong>br</strong> />

Não se trata de pessoa que desiste à toa, mas agora ele está <strong>com</strong>eçan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

a pensar se não seria melhor dar o fora.<<strong>br</strong> />

Por quê? Porque ele se depara <strong>com</strong> um paredão de forte resistência.<<strong>br</strong> />

Iniciou um programa criativo que rompe <strong>com</strong> o passa<strong>do</strong>, programa que não<<strong>br</strong> />

eriçaria muitas penas se as pessoas apreciassem a inovação e gostassem de<<strong>br</strong> />

mudança. Entretanto, porque um punha<strong>do</strong> de gente de seu rebanho não gosta<<strong>br</strong> />

de inovações e tampouco é aberto, esse pastor enfrenta a ira <strong>do</strong>s hunos.<<strong>br</strong> />

Simpatizo-me <strong>com</strong> ele, mas é muito pouco o que posso fazer por meu amigo.<<strong>br</strong> />

Chamei-o porque eu havia ouvi<strong>do</strong> (boato) que ele estava sain<strong>do</strong>, e eu queria<<strong>br</strong> />

encorajá-lo. Senti, principalmente, que meu amigo precisava de um ouvi<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

capaz de ouvir, e da certeza de que alguém, embora a muitos quilômetros de<<strong>br</strong> />

distância, ainda acreditava nele. Espero que ele tenha-se senti<strong>do</strong> revigora<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Oro para que meu amigo não atire a toalha no ringue, mas eu o respeito<<strong>br</strong> />

muito, de mo<strong>do</strong> que não posso pregar para ele. Há inúmeras dificuldades que<<strong>br</strong> />

os líderes eclesiásticos podem e devem enfrentar. Cada uma delas nos fere no<<strong>br</strong> />

âmago, mas a esperança nos ajuda a manejar bem as coisas. Resta-nos, ainda,<<strong>br</strong> />

bastante espaço para respirar. Toda e qualquer posição de liderança tem seus<<strong>br</strong> />

problemas próprios, e o ministério não é exceção. Entretanto, alguns testes só<<strong>br</strong> />

podem ser agüenta<strong>do</strong>s durante certo tempo. Um deles é o da rigidez. Não<<strong>br</strong> />

conheço uma palavra melhor para o caso. É muito difícil lidar <strong>com</strong> pessoas<<strong>br</strong> />

que preferem viver de determinada maneira, <strong>com</strong> rigidez. Porém, quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

passam a exigir isso <strong>do</strong> pastor também, restringin<strong>do</strong>, em última análise, a


visão ministerial, o teste torna-se insuportável. Creio que a pessoa se sente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o que sufocada, perto da asfixia.<<strong>br</strong> />

Por que é tão difícil os ministros suportarem a rigidez? Por que é que a<<strong>br</strong> />

rigidez exerce um efeito tão tirânico so<strong>br</strong>e as igrejas? Três razões me vêm à<<strong>br</strong> />

mente.<<strong>br</strong> />

Primeira: raramente a rigidez é proveniente <strong>do</strong> amor. O verdadeiro<<strong>br</strong> />

amor (descrito em 1 Coríntios 13) "... é paciente... benigno... não se conduz<<strong>br</strong> />

inconvenientemente; não procura os seus interesses" (vv. 4-5). Em outras<<strong>br</strong> />

palavras, o amor permite livre escolha. Libera a pessoa. Não faz exigências,<<strong>br</strong> />

nem é possessivo.<<strong>br</strong> />

Segunda: a rigidez restringe a criatividade e, assim, bloqueia o progresso.<<strong>br</strong> />

A rigidez é ameaçada pelo risco e pela possibilidade de fracasso, pelo que tosa<<strong>br</strong> />

as asas <strong>do</strong> futuro — e em seguida critica a pessoa por não voar.<<strong>br</strong> />

Terceira razão: a rigidez é a marca registrada <strong>do</strong> legalismo, arquiinimiga<<strong>br</strong> />

de qualquer igreja que deseja mudanças. Se se lhe der corda suficiente,<<strong>br</strong> />

enforcará todas as idéias novas, to<strong>do</strong> o pensamento novo, to<strong>do</strong>s os<<strong>br</strong> />

programas de inovações. Sim, tu<strong>do</strong> o que é renovação. A liberdade exige lugar<<strong>br</strong> />

para expandir-se, espaço para crescer, trazen<strong>do</strong> em si a excitação da<<strong>br</strong> />

exploração de novos caminhos. Ao remover a liberdade, damos adeus — um<<strong>br</strong> />

desespera<strong>do</strong> e sau<strong>do</strong>so adeus às ondas de entusiasmo.<<strong>br</strong> />

O pastor Eugene Peterson não se intimida, não usa de meias palavras,<<strong>br</strong> />

ao intimar as pessoas que são livres a serem também vigilantes. Leia este texto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> máxima atenção:<<strong>br</strong> />

"Há pessoas que não querem que sejamos livres. Não<<strong>br</strong> />

querem que sejamos livres diante de Deus, aceitos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

somos pela sua graça. Não querem que sejamos livres a fim<<strong>br</strong> />

de expressar nossa fé de mo<strong>do</strong> original e criativo neste<<strong>br</strong> />

mun<strong>do</strong>. Querem controlar-nos. Usar-nos para consecução<<strong>br</strong> />

de seus próprios propósitos. Essas pessoas se recusam a<<strong>br</strong> />

viver vigorosa e abertamente pela fé, mas preferem<<strong>br</strong> />

man<strong>com</strong>unar-se num grupelho, e tentam obter aprovação,<<strong>br</strong> />

insistin<strong>do</strong> em que to<strong>do</strong>s parecem iguais, falam e agem<<strong>br</strong> />

igualmente e, assim pretendem validar o valor mútuo, entre<<strong>br</strong> />

si. Tentam crescer em número, sob a condição de que os


novos mem<strong>br</strong>os ajam e falem da maneira <strong>com</strong>o to<strong>do</strong>s o<<strong>br</strong> />

fazem.<<strong>br</strong> />

Tais pessoas se infiltram nas <strong>com</strong>unidades da fé "para<<strong>br</strong> />

espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus" e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> freqüência desco<strong>br</strong>em meios de controlar, restringir e<<strong>br</strong> />

reduzir as vidas de cristãos livres. Sem que o percebamos,<<strong>br</strong> />

vamos tornan<strong>do</strong>-nos ansiosos a respeito <strong>do</strong> que os outros<<strong>br</strong> />

vão dizer so<strong>br</strong>e nós, obsessivamente preocupa<strong>do</strong>s <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

que os outros acham que nós deveríamos fazer. Já não<<strong>br</strong> />

conseguimos viver as Boas Novas mas, <strong>com</strong> muita<<strong>br</strong> />

ansiedade tentamos decorar e recitar um texto que alguém<<strong>br</strong> />

nos atribuiu. Nessa situação estaremos seguros, mas não<<strong>br</strong> />

livres. Poderemos so<strong>br</strong>eviver <strong>com</strong>o <strong>com</strong>unidade religiosa,<<strong>br</strong> />

mas não experimentaremos o que significa ser uma pessoa<<strong>br</strong> />

humana, vivos em amor e fé, crescen<strong>do</strong> na esperança." 18<<strong>br</strong> />

Em última análise, a rigidez condena os sonhos à morte.<<strong>br</strong> />

Sem os sonhos, a vida se torna enfa<strong>do</strong>nha, cheia de tédio, de cuida<strong>do</strong>s a<<strong>br</strong> />

serem toma<strong>do</strong>s, de inibições. Em vez de lançarmo-nos em novas aventuras,<<strong>br</strong> />

agarramo-nos à tábua de salvação, por me<strong>do</strong>. A rigidez e o risco não<<strong>br</strong> />

conseguem coexistir.<<strong>br</strong> />

Em 24 de maio de 1965 um barco de 4 metros de <strong>com</strong>primento<<strong>br</strong> />

deslizou suavemente de um porto de Falmouth, Massachusetts. Destino?<<strong>br</strong> />

Inglaterra. Seria a menor embarcação a fazer o percurso. Seu nome?<<strong>br</strong> />

Tinkerbelle. Piloto? Robert Manry, editor de texto <strong>do</strong> jornal Cleveland Plain<<strong>br</strong> />

Dealer, que achou que dez anos preso a uma escrivaninha era tédio suficiente.<<strong>br</strong> />

Por isso, pediu licença no emprego para realizar seu sonho secreto.<<strong>br</strong> />

Many estava <strong>com</strong> me<strong>do</strong>... não <strong>do</strong> oceano, mas de todas as pessoas que<<strong>br</strong> />

tentariam dissuadi-lo da viagem. Por isso, não partilhou seus planos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

muita gente, só <strong>com</strong> alguns parentes, e de mo<strong>do</strong> especial <strong>com</strong> a esposa,<<strong>br</strong> />

Virgínia, que lhe deu o maior apoio.<<strong>br</strong> />

A viagem? Qualquer coisa, menos agradável. Passou noites horrorosas<<strong>br</strong> />

sem poder <strong>do</strong>rmir, tentan<strong>do</strong> cruzar rotas de navegação sem ser atropela<strong>do</strong> e<<strong>br</strong> />

afunda<strong>do</strong>. Após semanas no mar, a <strong>com</strong>ida perdeu o sabor. A solidão, esse<<strong>br</strong> />

monstro antigo das profundezas, levou-o a alucinações terríveis. O leme<<strong>br</strong> />

que<strong>br</strong>ou três vezes. Tempestades varreram o convés, arrastan<strong>do</strong>-o para longe<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> barco e, não fora a corda que ele amarrara ao re<strong>do</strong>r da cintura, jamais teria


consegui<strong>do</strong> voltar a bor<strong>do</strong>. Finalmente, depois de setenta e oito dias a sós, no<<strong>br</strong> />

mar, entrou em Falmouth, Inglaterra.<<strong>br</strong> />

Durante aquelas noites, preso à alavanca de navegação, ele havia<<strong>br</strong> />

fantasia<strong>do</strong> o que faria logo após chegar ao destino. Esperava simplesmente<<strong>br</strong> />

alojar-se num hotel, jantar sozinho e depois, na manhã seguinte, ver se a<<strong>br</strong> />

Associated Press estaria interessada em sua história. Que surpresa o aguardava!<<strong>br</strong> />

A notícia de sua aproximação se espalhara por toda parte. Para seu espanto,<<strong>br</strong> />

trezentos barcos, <strong>com</strong> buzinas barulhentas, escoltaram o Tinkerbelle até o<<strong>br</strong> />

porto de chegada. Quarenta mil pessoas o aguardavam, gritan<strong>do</strong> e<<strong>br</strong> />

aplaudin<strong>do</strong>-o, na praia.<<strong>br</strong> />

Robert Manry, o editor de texto que se tornara um sonha<strong>do</strong>r, da noite<<strong>br</strong> />

para o dia virou herói. A história de seu feito tem si<strong>do</strong> contada no mun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>. Entretanto, Robert não poderia ter feito tu<strong>do</strong> isso sozinho. De pé no<<strong>br</strong> />

cais estava uma heroína maior ainda — Virgínia. Recusan<strong>do</strong>-se a ser rígida e<<strong>br</strong> />

fechada, quan<strong>do</strong> o sonho de Robert tomava forma, ela o encorajou...<<strong>br</strong> />

desejan<strong>do</strong> arriscar-se... permitin<strong>do</strong> ao mari<strong>do</strong> a liberdade de perseguir seu<<strong>br</strong> />

sonho.<<strong>br</strong> />

Pastora<strong>do</strong>s de grande sucesso não chegam lá sem que haja sonha<strong>do</strong>res<<strong>br</strong> />

que se cansaram de fazer apenas "manutenção" anos e anos sem fim. A busca<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> caráter se acelera no contexto da liberdade, <strong>do</strong> encorajamento e <strong>do</strong> risco.<<strong>br</strong> />

Precisamos de mais Roberts que tenham criatividade e tenacidade, a fim de<<strong>br</strong> />

romper o tédio, e tentar o inusita<strong>do</strong>, in<strong>com</strong>um. Mas, acima de tu<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

precisamos de Virgínias que não permitirão que a rigidez seja o árbitro.<<strong>br</strong> />

Diga-me uma coisa: você tem alguma dificuldade em ver-se a si próprio<<strong>br</strong> />

nessa história?<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Visão. É essencial à so<strong>br</strong>evivência. É gerada pela fé, nutrida pela<<strong>br</strong> />

esperança, aguçada pela imaginação e fortalecida pelo entusiasmo. É muito<<strong>br</strong> />

mais <strong>do</strong> que olhar, mais profunda que sonhar, bem mais ampla <strong>do</strong> que ter<<strong>br</strong> />

idéias. A visão cheia de discernimento <strong>com</strong>preende a ampla percepção além<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> terreno <strong>do</strong> previsível, <strong>do</strong> seguro, <strong>do</strong> espera<strong>do</strong>. Não é de admirar que<<strong>br</strong> />

perecemos sem visão! Peça a Deus que aumente — que estique — sua visão,<<strong>br</strong> />

hoje... que encoraje você a engendrar planos visionários, enquanto vai<<strong>br</strong> />

caminhan<strong>do</strong> na presença dele.<<strong>br</strong> />

Leia He<strong>br</strong>eus 11.


CURIOSIDADE<<strong>br</strong> />

"Jorge Curioso" é um macaco. Trata-se <strong>do</strong> personagem principal, de<<strong>br</strong> />

uma série de livros infantis de que meu filho mais velho gostava demais,<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> garoto. Sentávamos durante horas, quan<strong>do</strong> meu filho era pequeno, e<<strong>br</strong> />

ríamos às bandeiras despregadas <strong>com</strong> as artes aprontadas pelo Jorginho,<<strong>br</strong> />

simplesmente porque sua curiosidade o impelia continuamente.<<strong>br</strong> />

As histórias seguiam sempre o mesmo padrão básico. Uma vez ou outra<<strong>br</strong> />

Jorge despencava em área nova, que sua natureza curiosa o levava a investigar.<<strong>br</strong> />

O primeiro passo não era erra<strong>do</strong>, nem danoso, apenas um tanto questionável.<<strong>br</strong> />

Invariavelmente, Jorge não ficava satisfeito <strong>com</strong> seus encontros e descobertas<<strong>br</strong> />

iniciais, mas ficava investigan<strong>do</strong> e pesquisan<strong>do</strong> mais, e mais... espiava mais ao<<strong>br</strong> />

fun<strong>do</strong>... mais adiante... até que a novidade da situação assumia nova dimensão,<<strong>br</strong> />

a <strong>do</strong> perigo.<<strong>br</strong> />

No fim, não acontecia outra coisa senão a tragédia — e quem sofria<<strong>br</strong> />

mais era nosso queri<strong>do</strong> amigo de cauda <strong>com</strong>prida, o primata curioso de nome<<strong>br</strong> />

Jorge.<<strong>br</strong> />

A curiosidade — num certo senti<strong>do</strong> sinal de mente sadia, às vezes<<strong>br</strong> />

engenhosa... é a centelha que conduz pesquisa<strong>do</strong>res famintos ao labirinto da<<strong>br</strong> />

verdade, recusan<strong>do</strong>-se a paralisar a busca, in<strong>do</strong> ao exame total, <strong>com</strong>pleto.<<strong>br</strong> />

Curiosidade é aquele portão gasto pelo tempo, que gira so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

rolamentos chama<strong>do</strong>s determinação e disciplina, e que se a<strong>br</strong>e para o êxtase<<strong>br</strong> />

da descoberta, mediante a agonia da busca implacável.<<strong>br</strong> />

Curiosidade é o mestre embuti<strong>do</strong> na mente, que instantaneamente<<strong>br</strong> />

desafia o "status quo" ... que transforma um menor transvia<strong>do</strong> num Churchill,<<strong>br</strong> />

uma muda-surda-cega numa Hellen Keller, e um menino de fazenda num<<strong>br</strong> />

Walt Disney.<<strong>br</strong> />

Curiosidade é a qualidade mais freqüentemente esmagada nas crianças,<<strong>br</strong> />

por adultos imprudentes, apressa<strong>do</strong>s, que consideram as perguntas <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

"interrupções", em vez <strong>do</strong> desejo veemente de arrancar as rodas mentais da<<strong>br</strong> />

criança <strong>do</strong> atoleiro rotineiro <strong>do</strong> caminho bem conheci<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Mas, que papel enganoso a curiosidade pode vir a desempenhar!


Remova-se o cinto de segurança <strong>do</strong>s parâmetros bíblicos, e a<<strong>br</strong> />

curiosidade lançará nosso veículo <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> numa violenta colisão, num<<strong>br</strong> />

desastre horroroso. Essa qualidade tem um jeito to<strong>do</strong> seu de levar-nos a<<strong>br</strong> />

intrometer-nos na vida alheia, visto que a curiosidade é, por natureza, uma<<strong>br</strong> />

intrusa. Ela consegue vestir-se erroneamente, usan<strong>do</strong> as mais belas roupas que<<strong>br</strong> />

o ser humano conhece. Consegue esconder as mais nocivas conseqüências <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

adultério sob o disfarce engana<strong>do</strong>r da excitação, da música suave, <strong>do</strong> a<strong>br</strong>aço<<strong>br</strong> />

caloroso. Consegue mascarar as <strong>do</strong>res morais <strong>do</strong> abuso de drogas e <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

alcoolismo, travestin<strong>do</strong> esses vícios <strong>com</strong> uma calça Levis e o suéter de um<<strong>br</strong> />

garboso e simpático timoneiro de lancha, cheio de aventuras.<<strong>br</strong> />

A curiosidade é a merca<strong>do</strong>ria mais importante de que se precisa para<<strong>br</strong> />

manter o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> ocultismo sempre ativo e eficaz. Basta a curiosidade para<<strong>br</strong> />

engalanar de triunfo os filmes que se dedicam à exploração da violência sádica,<<strong>br</strong> />

e <strong>do</strong>s encontros demoníacos. Se removermos a curiosidade <strong>do</strong> coração, o<<strong>br</strong> />

filme O Exorcista vira ane<strong>do</strong>ta sem graça... e até mesmo a Igreja de Satanás<<strong>br</strong> />

torna-se objeto de riso e deboche.<<strong>br</strong> />

No entanto, a curiosidade não pode ser eliminada! A curiosidade faz<<strong>br</strong> />

parte de sua natureza humana, da mesma maneira que seu cotovelo faz parte<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> seu <strong>br</strong>aço. O inimigo conhece esse fato, e usa-o contra você. Ele é mestre<<strong>br</strong> />

na arte negra <strong>do</strong> subterfúgio; em outras palavras, sabe armar uma arapuca em<<strong>br</strong> />

que a sua curiosidade o leva o cair prisioneiro. Lem<strong>br</strong>e-se de que vem<<strong>br</strong> />

arman<strong>do</strong> tais arapucas há muito mais tempo <strong>do</strong> que você e eu vimos<<strong>br</strong> />

evitan<strong>do</strong>-as. Se o diabo sabe disfarçar o anzol <strong>com</strong>o a isca adequada—<<strong>br</strong> />

designada para simplesmente despertar sua curiosidade — a tragédia é apenas<<strong>br</strong> />

uma questão de tempo.<<strong>br</strong> />

Tiago viu o problema <strong>com</strong> clareza e disseca-o de mo<strong>do</strong> direto:<<strong>br</strong> />

"Ninguém, ao ser tenta<strong>do</strong>, diga: Sou tenta<strong>do</strong> por<<strong>br</strong> />

Deus. Pois Deus não pode ser tenta<strong>do</strong> pelo mal, e ele<<strong>br</strong> />

a ninguém tenta. Mas cada um é tenta<strong>do</strong> quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

atraí<strong>do</strong> e engoda<strong>do</strong> por sua própria concupiscência.<<strong>br</strong> />

Depois, haven<strong>do</strong> a concupiscência concebi<strong>do</strong>, dá à luz<<strong>br</strong> />

o peca<strong>do</strong>, e o peca<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> consuma<strong>do</strong>, gera a<<strong>br</strong> />

morte." (Tiago 1:13-15)<<strong>br</strong> />

É claro que não precisamos tornar-nos vítimas de nossa tola<<strong>br</strong> />

curiosidade. Está à nossa disposição um poder fantástico, maravilhoso, para


orientar-nos ao longo <strong>do</strong> labirinto <strong>do</strong> diabo, cheio de armadilhas, artimanhas<<strong>br</strong> />

e minas escondidas. O Senhor Jesus já palmilhou a estrada em que<<strong>br</strong> />

caminhamos agora — e sabe <strong>com</strong>o guiar-nos ao longo <strong>do</strong> caminho, sem<<strong>br</strong> />

perigo algum.<<strong>br</strong> />

Ao caminharmos ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Senhor, podemos livrar-nos <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

macaquinhos no sótão... mas o nome deles desta vez não é Jorge.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

O Espírito contra a carne. To<strong>do</strong>s nós temos testemunha<strong>do</strong> essa batalha.<<strong>br</strong> />

Temos to<strong>do</strong>s visto a diferença! Estan<strong>do</strong> a carne no controle, há <strong>com</strong>parações<<strong>br</strong> />

e lutas, agitação, irritação, força e ofensas. Estan<strong>do</strong> o Espírito no controle, há<<strong>br</strong> />

liberação e alívio... profunda satisfação, alegria dura<strong>do</strong>ura, amor constante e<<strong>br</strong> />

fiel, paz que permanece. A<strong>do</strong>remos a Deus, hoje, em espírito e em verdade.<<strong>br</strong> />

Leia Gálatas 5:16-26.<<strong>br</strong> />

NEGLIGÊNCIA DOS PAIS<<strong>br</strong> />

Como vai você no relacionamento <strong>com</strong> as crianças?<<strong>br</strong> />

É possível que esta pergunta não se aplique a você, mas tenho um<<strong>br</strong> />

palpite de que muitos de meus leitores ainda estão no processo de treinar e<<strong>br</strong> />

educar seus filhos. Assim sen<strong>do</strong>, por amor de você mesmo... <strong>com</strong>o vai seu<<strong>br</strong> />

relacionamento <strong>com</strong> eles? Que palavras você escolheria, desta série, a fim de<<strong>br</strong> />

descrever seu relacionamento em geral, <strong>com</strong> seus filhos?<<strong>br</strong> />

— cheio de desafios<<strong>br</strong> />

— raivoso<<strong>br</strong> />

— impossível<<strong>br</strong> />

— engraça<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

— cheio de aventuras<<strong>br</strong> />

— agradável<<strong>br</strong> />

— excitante<<strong>br</strong> />

— cheio de ameaças<<strong>br</strong> />

— tenso<<strong>br</strong> />

— impaciente<<strong>br</strong> />

— de partir o coração<<strong>br</strong> />

— apressa<strong>do</strong>


Se você deseja ter os olhos abertos para os fatos reais, pergunte a seus<<strong>br</strong> />

filhos hoje à noite, à mesa <strong>do</strong> jantar. Peça a eles que descrevam seus<<strong>br</strong> />

sentimentos a respeito de você, e <strong>do</strong> lar. Já vou avisan<strong>do</strong>, porém — você<<strong>br</strong> />

pode ficar magoa<strong>do</strong>! Entretanto, poderia ser o primeiro passo na direção da<<strong>br</strong> />

harmonia, e <strong>do</strong> amor genuíno restaura<strong>do</strong>s debaixo <strong>do</strong> seu teto. O fato é que<<strong>br</strong> />

você poderá ter uma surpresa agradável. Com freqüência, os pais se criticam a<<strong>br</strong> />

si mesmos mais <strong>do</strong> que o necessário.<<strong>br</strong> />

Não é necessário dizer que a certeza de que o lar é cristão não constitui<<strong>br</strong> />

garantia contra a desarmonia. A velha natureza ainda pode reaparecer. As<<strong>br</strong> />

raízes no<strong>do</strong>sas <strong>do</strong>s hábitos úteis podem ser desprezadas. Enfrente a verdade,<<strong>br</strong> />

meu amigo. Pare agora mesmo e pense em seu lar. Por que você não tira de<<strong>br</strong> />

la<strong>do</strong> um pouco de tempo, durante os próximos meses, para o propósito único<<strong>br</strong> />

de avaliar as atuais condições de seu lar e, em seguida, pôr em ação as<<strong>br</strong> />

providências necessárias para fortalecer os pontos fracos porventura<<strong>br</strong> />

descobertos? Entretanto, a avaliação não servirá para nada se tu<strong>do</strong> quanto<<strong>br</strong> />

vier depois é a culpa e a mágoa. Parar ali é <strong>com</strong>o se um cirurgião parasse uma<<strong>br</strong> />

operação imediatamente após fazer a incisão. Tu<strong>do</strong> que restaria, depois,<<strong>br</strong> />

seriam os problemas antigos, muita <strong>do</strong>r e uma cicatriz horrorosa.<<strong>br</strong> />

Admoesto-o — se você me permite — a usar esse perío<strong>do</strong> de tempo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o uma oportunidade para você aproximar-se de seus filhos... eliminar as<<strong>br</strong> />

barreiras que estão bloquean<strong>do</strong> o fluxo de amor e afeição de ambas as partes...<<strong>br</strong> />

avaliar de que forma se processa o desenvolvimento <strong>do</strong> caráter... enfrentar os<<strong>br</strong> />

fatos antes que os pontos <strong>do</strong>lorosos, perturba<strong>do</strong>res, induzam a uma <strong>do</strong>ença<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>méstica permanente. Guarde o seu coração contra a negligência! Três casos<<strong>br</strong> />

bíblicos me vieram à mente, que deverão aliviá-lo um pouco, ao perceber que<<strong>br</strong> />

você não está a sós, nesta batalha.<<strong>br</strong> />

1. Rebeca — que favoreceu a Jacó, em prejuízo de Esaú... e usou-o a<<strong>br</strong> />

fim de enganar a seu pai, Isaque, o que levou a família a desintegrar-se<<strong>br</strong> />

(Gênesis 27).<<strong>br</strong> />

2. Eli — que foi julga<strong>do</strong> por Deus por causa da falta de disciplina, e por<<strong>br</strong> />

ter falha<strong>do</strong>, não permanecen<strong>do</strong> firme quan<strong>do</strong> seus filhos <strong>com</strong>eçaram a<<strong>br</strong> />

rebelar-se (1 Samuel 3:11-14).<<strong>br</strong> />

3. Davi — que <strong>com</strong>eteu o mesmo peca<strong>do</strong> contra seu filho, A<strong>do</strong>nias, a<<strong>br</strong> />

quem jamais restringiu, nem o contrariou em seu relacionamento, quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

menino (1 Reis 1:5-6).


Veja você: ninguém é imune... nem mesmo os heróis bíblicos. Nem<<strong>br</strong> />

você, tampouco. Então, vá em frente! Recuse-se a camuflar sua negligência de<<strong>br</strong> />

pai, de agora em diante. Se este <strong>br</strong>eve capítulo consegue estimulá-lo, terá<<strong>br</strong> />

cumpri<strong>do</strong> sua função.<<strong>br</strong> />

Chego ao final desta primeira seção; permita-me citar um excerto de<<strong>br</strong> />

artigo publica<strong>do</strong> há anos, pela Câmara de Comércio <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Trata-se de uma lista de <strong>do</strong>ze regras so<strong>br</strong>e:<<strong>br</strong> />

COMO EDUCAR SEU FILHO DE MODO QUE ELE SE TORNE UM<<strong>br</strong> />

DELINQÜENTE:<<strong>br</strong> />

1. Enquanto seu filho ainda é criança, dê-lhe tu<strong>do</strong> quanto quiser. Dessa<<strong>br</strong> />

forma, ele vai pensar que o mun<strong>do</strong> lhe deve um meio de vida, ao atingir a<<strong>br</strong> />

idade adulta.<<strong>br</strong> />

2. Quan<strong>do</strong> ele contar ane<strong>do</strong>tas indecentes, ou pronunciar palavrões, ria<<strong>br</strong> />

bastante, encoraje-o. Quan<strong>do</strong> for maior, irá dizer coisas "mais engraçadas"<<strong>br</strong> />

ainda, que deixarão você <strong>com</strong> a cara no chão.<<strong>br</strong> />

3. Nunca lhe dê qualquer incentivo espiritual. Espere até que ele faça<<strong>br</strong> />

vinte e um anos, e se decida por si mesmo.<<strong>br</strong> />

4. Evite usar a palavra erra<strong>do</strong>. Ela dará a seu filho um <strong>com</strong>plexo de<<strong>br</strong> />

culpa. Você pode condicioná-lo a crer, mais tarde, quan<strong>do</strong> for preso por<<strong>br</strong> />

roubar um carro, que a sociedade está contra ele, e que ele está sen<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

persegui<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

5. Guarde as coisas que ele deixa ao léu — vá apanhan<strong>do</strong> livros, sapatos<<strong>br</strong> />

e roupas. Faça tu<strong>do</strong> por ele, de mo<strong>do</strong> que ele terá experiência quanto a jogar a<<strong>br</strong> />

responsabilidade so<strong>br</strong>e os outros.<<strong>br</strong> />

6. Deixe-o ler to<strong>do</strong> e qualquer material impresso que lhe cair nas mãos...<<strong>br</strong> />

(nunca pense em controlar seus programas de televisão). Esterilize louças e<<strong>br</strong> />

talheres, mais deixe-o nutrir o espírito <strong>com</strong> lixo.<<strong>br</strong> />

7. Brigue <strong>com</strong> freqüência na presença dele. Ele não se surpreenderá<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> seu próprio lar desintegrar-se, mais tarde.<<strong>br</strong> />

8. Satisfaça to<strong>do</strong>s os seus desejos quanto a <strong>com</strong>ida, bebida e conforto.<<strong>br</strong> />

É preciso gratificar-lhe to<strong>do</strong>s os desejos sensuais; a negação pode induzir a<<strong>br</strong> />

frustrações danosas.


9. Dê a seu filho to<strong>do</strong> o dinheiro que ele quiser. Não permita que ele<<strong>br</strong> />

receba dinheiro em troca de trabalho efetua<strong>do</strong>. Por que é que ele precisará<<strong>br</strong> />

trabalhar tanto quanto você trabalhou?<<strong>br</strong> />

10. Defenda-o sempre contra os vizinhos, professores e policiais.<<strong>br</strong> />

To<strong>do</strong>s estão contra seu filho.<<strong>br</strong> />

11. Quan<strong>do</strong> ele arranjar encrenca <strong>br</strong>ava, arranje desculpas para você<<strong>br</strong> />

mesmo, dizen<strong>do</strong>: "jamais consegui alguma coisa dele; já nasceu assim mau."<<strong>br</strong> />

12. Prepare-se para uma vida cheia de tristezas.<<strong>br</strong> />

Muito bem, tu<strong>do</strong> certo... talvez tu<strong>do</strong> isso seja um boca<strong>do</strong> sarcástico.<<strong>br</strong> />

Mas, antes de jogar fora a água <strong>do</strong> banho e o bebê junto <strong>com</strong> a água, dê mais<<strong>br</strong> />

uma olhada, <strong>com</strong> atenção. Como estão in<strong>do</strong> as coisas entre você e seus filhos?<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

É no lar, na verdade, que a vida toma decisões. É ali — entre os demais<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os da família — que martelamos nossas convicções na bigorna <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

relacionamentos. É ali que cultivamos as coisas valiosas da vida, as atitudes, as<<strong>br</strong> />

memórias, as crenças e, acima de tu<strong>do</strong>, o caráter. Dê graças a Deus, hoje, pela<<strong>br</strong> />

ajuda que ele lhe deu, ao prover-lhe um lar onde você pode desenvolver esses<<strong>br</strong> />

elementos importantíssimos. Dê louvores a Deus, também, pelo "lar" no<<strong>br</strong> />

meio <strong>do</strong> seu povo, por essa grande família de famílias, conhecida <strong>com</strong>o Igreja<<strong>br</strong> />

de Cristo.<<strong>br</strong> />

Leia Deuteronômio 6:1-9.<<strong>br</strong> />

Isso é Los Angeles?<<strong>br</strong> />

BELEZA... À DISTÂNCIA<<strong>br</strong> />

A neve caíra havia pouco, co<strong>br</strong>in<strong>do</strong> <strong>com</strong>o um cobertor a cadeia de<<strong>br</strong> />

montanhas na borda nordeste da bacia em que jaz Los Angeles. Dei a<<strong>br</strong> />

primeira olhadela quan<strong>do</strong> guiei para o escritório, nesta manhã de fevereiro.<<strong>br</strong> />

Alguém poderia pensar que estaríamos à beira <strong>do</strong>s Alpes! Quan<strong>do</strong> cheguei ao<<strong>br</strong> />

alto de uma colina vi-me sorrin<strong>do</strong> e falan<strong>do</strong>, em voz alta: "que bonito!"<<strong>br</strong> />

Em geral, a poluição enco<strong>br</strong>e a vista, mas a chuva de ontem à noite<<strong>br</strong> />

lavou o céu, que ficou claríssimo, proporcionan<strong>do</strong>-nos um dia muito raro, em


que se pode usufruir a visão da serra recoberta de neve, que co<strong>br</strong>e agora 700<<strong>br</strong> />

metros <strong>do</strong>s picos para baixo. As montanhas são bonitas, vistas à distância de<<strong>br</strong> />

120 quilômetros.<<strong>br</strong> />

Ontem, entretanto, a coisa estava diferente; tão diferente <strong>com</strong>o o dia é<<strong>br</strong> />

diferente da noite. Bem ce<strong>do</strong>, de manhã, Cynthia e eu decidimos desfrutar<<strong>br</strong> />

algumas horas juntos, perto <strong>do</strong> lago Arrowhead, numa cabana tranqüila<<strong>br</strong> />

aninhada numa fenda daquelas montanhas, a cerca de 2.000 metros de altura.<<strong>br</strong> />

As nuvens pareciam um tanto ameaça<strong>do</strong>ras quan<strong>do</strong> partimos, mas nada que<<strong>br</strong> />

nos deixasse preocupa<strong>do</strong>s. Uma caminhada dura, lá pelos 2.000 metros de<<strong>br</strong> />

altura, seria refrescante e revigorante... algo que deveríamos ter feito há muito<<strong>br</strong> />

tempo. Foi assim que empacotamos nossas coisas e partimos. Defrontamonos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> aquilo que se poderia facilmente chamar de "acredite se quiser" —<<strong>br</strong> />

da seção de Seleções <strong>do</strong> Readers' Digest, mas não vou dar-me ao trabalho de<<strong>br</strong> />

escrever esse artigo. Vou contar-lhe apenas um pouquinho da coisa, visto que<<strong>br</strong> />

o pesadelo <strong>com</strong>o um to<strong>do</strong> trouxe consigo algumas lições tremendas.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> atingimos mais ou menos 1.500 metros de altitude, a estrada<<strong>br</strong> />

estreita (ro<strong>do</strong>via 18) <strong>com</strong>eçou a receber um pozinho <strong>br</strong>anco. A temperatura<<strong>br</strong> />

estava no nível de congelamento, as nuvens grossas, e o vento soprava <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

força. Poderíamos ter regressa<strong>do</strong>, então — e deveríamos tê-lo feito — mas<<strong>br</strong> />

estávamos a apenas 15 ou 20 minutos de nosso destino. Acelerei, fomos em<<strong>br</strong> />

frente. A "tempestade caprichosa" — <strong>com</strong>o algumas pessoas da vila<<strong>br</strong> />

costumam chamá-la, foi surpreendente para os habitantes de Arrowhead e,<<strong>br</strong> />

devo admiti-lo, aterroriza<strong>do</strong>ra para nós. Foi fican<strong>do</strong> cada vez mais óbvio que<<strong>br</strong> />

as coisas não iriam melhorar, de mo<strong>do</strong> que resolvemos interromper nosso<<strong>br</strong> />

passeio. Por essa altura, o vento rugia e a neve despencava, em fúria.<<strong>br</strong> />

Desaponta<strong>do</strong>s, pusemos as malas no carro e iniciamos uma viagem de que<<strong>br</strong> />

jamais esqueceremos, se partilharmos outros trinta e <strong>do</strong>is anos juntos, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

mari<strong>do</strong> e mulher. Uma <strong>br</strong>eve conversa perseguiu-me <strong>com</strong>o fantasma durante<<strong>br</strong> />

vários quilômetros. Perguntou-me minha esposa, antes de sairmos:<<strong>br</strong> />

— Não seria melhor <strong>com</strong>prarmos correntes para as rodas?<<strong>br</strong> />

— Não. Não vai haver problemas, respondeu o mari<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

— Tem certeza? Na volta estaremos descen<strong>do</strong> a serra, respondeu a<<strong>br</strong> />

esposa.<<strong>br</strong> />

— Não se preocupe, querida. Sairemos disso bem depressa, mentiu o<<strong>br</strong> />

mari<strong>do</strong>.


Uma hora e meia depois (que nos pareceu mais <strong>do</strong> que dez anos)<<strong>br</strong> />

chegamos à cidade de San Bernardino. Entre a altitude de 2.000 metros e o<<strong>br</strong> />

nível <strong>do</strong> mar só Deus e nós sabemos o que aconteceu. Guio carro desde meus<<strong>br</strong> />

quatorze anos. Já me vi nas situações mais incríveis que se possa imaginar —<<strong>br</strong> />

sozinho, ou num carro cheio de crianças, no deserto e nas montanhas, de<<strong>br</strong> />

noite, em silêncio fúne<strong>br</strong>e, ou sob sol a<strong>br</strong>asa<strong>do</strong>r, em carros tipo esporte ou<<strong>br</strong> />

em carrões possantes, na cidade ou através <strong>do</strong> continente, sob neblina, ou sob<<strong>br</strong> />

chuva ou saraiva — contu<strong>do</strong>, jamais passei noventa minutos numa situação<<strong>br</strong> />

de arrepiar os cabelos, em toda a minha vida, <strong>com</strong>o nesta ocasião. Confessei<<strong>br</strong> />

tu<strong>do</strong> quanto foi peca<strong>do</strong> — mortal ou venial, de pensamento, palavra ou o<strong>br</strong>a,<<strong>br</strong> />

de omissão ou de <strong>com</strong>issão — não deixei de confessar um sequer. Usei to<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

tipo de oração. Reivindiquei to<strong>do</strong>s os versículos que contêm promessas. Você<<strong>br</strong> />

sabia que as pessoas dizem que quem se está afogan<strong>do</strong> vê a própria vida<<strong>br</strong> />

passar-lhe perante os olhos, <strong>com</strong>o um filme? Posso garantir-lhe que o mesmo<<strong>br</strong> />

é verdadeiro quan<strong>do</strong> você desliza à deriva montanha abaixo, numa estrada<<strong>br</strong> />

estreitinha, recoberta de gelo liso, sob o vento, pon<strong>do</strong> em prática todas as<<strong>br</strong> />

mano<strong>br</strong>as conhecidas na história humana, a fim de evitar uma colisão <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

outro veículo, bater contra a encosta da montanha... ou precipitar-se no<<strong>br</strong> />

abismo lá embaixo.<<strong>br</strong> />

Tony Bennett poderá ter deixa<strong>do</strong> seu coração em San Francisco, mas<<strong>br</strong> />

nós deixamos nosso estômago, rins, fíga<strong>do</strong> e bexiga pelo caminho —<<strong>br</strong> />

descen<strong>do</strong> aquela traiçoeira estrada 18. A barra de direção adquiriu novas<<strong>br</strong> />

marcas de de<strong>do</strong>s — não estavam lá há <strong>do</strong>is dias atrás. Se alguém tiver a<<strong>br</strong> />

ousadia de perguntar-me se planejo <strong>com</strong>prar algumas correntes para rodas,<<strong>br</strong> />

devo advertir por antecipação que vou dar-lhe um murro no nariz. Pode crer,<<strong>br</strong> />

meu caro, que eu aprendi — embora seja teimoso — uma boa lição, para<<strong>br</strong> />

sempre. Toda e qualquer pessoa <strong>com</strong> sangue de Swin<strong>do</strong>ll terá correntes para<<strong>br</strong> />

pneus. Vou ver se existem correntes para bicicletas e triciclos!<<strong>br</strong> />

Há outra lição, e essa estará em minha mente cada vez que eu vir uma<<strong>br</strong> />

linda serra recoberta <strong>com</strong> manto de neve. Pode ser linda à distância mas,<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> você se lhe aproxima — chega bem pertinho, o cenário muda<<strong>br</strong> />

totalmente. Por detrás de toda aquela beleza há o frio cortante, os ventos<<strong>br</strong> />

uivantes, a neve cegante, a estrada escorregadia, recoberta de gelo, o me<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

indisfarçável, os perigos indescritíveis. A distância alimenta nossas fantasias.<<strong>br</strong> />

Toda serra parece mais bonita se vista de uma rua batida de sol a 120<<strong>br</strong> />

quilômetros de distância. Não é de admirar que os artistas pintem cenários<<strong>br</strong> />

assim, a preços elevadíssimos, paisagens que deixam os admira<strong>do</strong>res sem fala...<<strong>br</strong> />

a maioria <strong>do</strong>s quais foi pintada em "studios" quentinhos, seguros, bem no<<strong>br</strong> />

centro da cidade! Coloquemos os artistas no banco traseiro de um veículo de


quatro rodas, em que se vêm as coisas <strong>com</strong>o um enorme borrão, e onde a<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evivência é o único objetivo a perseguir e — eu garanto — as telas sairão<<strong>br</strong> />

diferentes.<<strong>br</strong> />

Há outra lição mais pessoal. À distância, somos to<strong>do</strong>s pessoas bonitas.<<strong>br</strong> />

Bem vesti<strong>do</strong>s, sorridentes, aparência amigável, cultos, sob controle, pacíficos.<<strong>br</strong> />

Mas, que quadro diferente quan<strong>do</strong> alguém chega bem perto e entra em<<strong>br</strong> />

contato conosco!<<strong>br</strong> />

O que parecia tão pláci<strong>do</strong> é, na verdade, uma mistura: estradas sinuosas<<strong>br</strong> />

que inspiram insegurança o incerteza, ventos enlouquece<strong>do</strong>res de luxúria,<<strong>br</strong> />

cobiça, auto-indulgência, caminhos de orgulho enverniza<strong>do</strong>s e lustra<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

recobertos de farta camada de hipocrisia; tu<strong>do</strong> isso escondi<strong>do</strong> numa nuvem<<strong>br</strong> />

de me<strong>do</strong> — o me<strong>do</strong> de ser descoberto. À distância, <strong>br</strong>ilhamos... de perto,<<strong>br</strong> />

ficamos apaga<strong>do</strong>s. Se alguns de nós fôssemos coloca<strong>do</strong>s juntos, pareceríamos<<strong>br</strong> />

uma serra impressionante. Porém, quan<strong>do</strong> você chega bem perto, à beira <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

precipícios som<strong>br</strong>ios... não somos mais os Alpes.<<strong>br</strong> />

Estou convenci<strong>do</strong> de que é por essa razão que o Senhor Jesus significa<<strong>br</strong> />

tanto para nós. Ele está intimamente familiariza<strong>do</strong> <strong>com</strong> nossas vidas. A<<strong>br</strong> />

escuridão e a luz são a mesma coisa para ele. Nenhum de nós está oculto,<<strong>br</strong> />

diante de seus olhos. Todas as coisas estão abertas e descobertas diante dele:<<strong>br</strong> />

nosso segre<strong>do</strong> mais escuro, nossa vergonha mais profunda, nosso passa<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

tempestuoso, nossos pensamentos mais malévolos, nossos motivos<<strong>br</strong> />

escondi<strong>do</strong>s, nossa imaginação mais vil... até mesmo nossas tentativas inúteis,<<strong>br</strong> />

vãs, de reco<strong>br</strong>ir toda essa feiúra <strong>com</strong> uma capa de beleza <strong>br</strong>anca de neve. Ele<<strong>br</strong> />

vem perto de nós. Vê tu<strong>do</strong>. Conhece nossa estrutura. Lem<strong>br</strong>a-se de que<<strong>br</strong> />

somos pó. Acima de tu<strong>do</strong>, ama-nos, apesar de tu<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

É de causar espanto perceber que o dia de hoje estava na mente <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Senhor, e em seus planos, muito antes de a terra ser criada. Ele sabia que você<<strong>br</strong> />

estaria onde de fato está, neste exato momento, viven<strong>do</strong> nessas circunstâncias<<strong>br</strong> />

atuais, enfrentan<strong>do</strong> o tipo de pressão que você está suportan<strong>do</strong>... e<<strong>br</strong> />

experimentan<strong>do</strong> este momento de calma reflexão. Incline a cabeça e agradeça<<strong>br</strong> />

a ele. Entregue o controle de sua vida a Deus. Admita sua fraqueza, sua<<strong>br</strong> />

hipocrisia, sua tendência para preocupar-se, sua profunda necessidade da<<strong>br</strong> />

presença de Deus, e seus conselhos, em sua vida. Tome alguns minutos, agora<<strong>br</strong> />

mesmo, para preocupar-se de mo<strong>do</strong> <strong>com</strong>pleto <strong>com</strong> Deus... pois, ele amorosamente<<strong>br</strong> />

fez <strong>com</strong> que você se ajoelhasse.


Leia o Salmo 32.<<strong>br</strong> />

Parte 2 - Dê o Seu Coração<<strong>br</strong> />

To<strong>do</strong>s nós já vimos pessoas que vivem na defensiva. Ficaram <strong>com</strong> uma<<strong>br</strong> />

aparência esquisita... sempre observan<strong>do</strong> os la<strong>do</strong>s, sempre em guarda,<<strong>br</strong> />

cuida<strong>do</strong>sas. Parece que sentem necessidade de resguardar-se, pois <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

contrário poderão ser estraçalhadas. Até mesmo as pessoas bem<<strong>br</strong> />

intencionadas podem exagerar o valor de estar sempre alerta. A marca <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

mexeriqueiro é o desenvolvimento de uma mentalidade de cão de guarda, em<<strong>br</strong> />

que não existe a vulnerabilidade da abertura e faltam os riscos <strong>do</strong> amor.<<strong>br</strong> />

A fim de equili<strong>br</strong>ar seu caráter, você precisa fazer algo mais <strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

simplesmente guardar seu coração. É o outro la<strong>do</strong> da moeda que o torna<<strong>br</strong> />

autêntico... você precisa também dar seu coração. Resistir à entrega de você<<strong>br</strong> />

mesmo, por me<strong>do</strong> de queimar-se, poderá parecer medida de segurança, mas a<<strong>br</strong> />

longo prazo representa a morte.<<strong>br</strong> />

Ninguém o disse melhor <strong>do</strong> que C. S. Lewis:<<strong>br</strong> />

"Amar é tornar-se vulnerável. Ame, seja o que for, e é<<strong>br</strong> />

provável que seu coração se contorça e se que<strong>br</strong>e. Se você<<strong>br</strong> />

quiser ter certeza de mantê-lo intacto, não dê seu coração a<<strong>br</strong> />

ninguém, nem mesmo a um animal. Enrole-o<<strong>br</strong> />

cuida<strong>do</strong>samente <strong>com</strong> "hobbies" e pequenos luxos; evite<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>s os envolvimentos; guarde-o em segurança no cofre<<strong>br</strong> />

— ou no caixão mortuário — seguro, escuro, imóvel, sem<<strong>br</strong> />

ar — seu coração se transformará. Não se que<strong>br</strong>ará; ficará<<strong>br</strong> />

inque<strong>br</strong>antável, impenetrável, irredimível... o único lugar<<strong>br</strong> />

exceto o céu, em que você pode estar a salvo de to<strong>do</strong>s os<<strong>br</strong> />

perigos... <strong>do</strong> amor, é o inferno." 19<<strong>br</strong> />

A vida é muito mais <strong>do</strong> que apenas estar em segurança. A Bíblia está<<strong>br</strong> />

cheia de exortações e ilustrações que apontam para a importância de sermos<<strong>br</strong> />

desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong>s, sermos quem realmente somos, de darmos o que pudermos<<strong>br</strong> />

dar.


A busca <strong>do</strong> caráter exige que demos grandes porções de nossa vida. Na<<strong>br</strong> />

verdade, as Escrituras prometem que seremos re<strong>com</strong>pensa<strong>do</strong>s <strong>com</strong> a mesma<<strong>br</strong> />

medida que usarmos ao dar-nos aos outros.<<strong>br</strong> />

O coração que se mantém permanentemente fecha<strong>do</strong> mantém as<<strong>br</strong> />

pessoas à distância. O coração que se arrisca e se a<strong>br</strong>e, convida as pessoas a<<strong>br</strong> />

entrar, nada há para esconder, promove a generosidade, torna-se vulnerável,<<strong>br</strong> />

demonstra amor. Se é seu desejo deixar esta terra um lugar melhor <strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> você aqui chegou, fazen<strong>do</strong> <strong>com</strong> que as pessoas dêem o que de melhor<<strong>br</strong> />

têm, você há de querer dar seu coração.<<strong>br</strong> />

As páginas que se seguem o encorajarão a fazer isso mesmo.<<strong>br</strong> />

Dar <strong>com</strong> alegria<<strong>br</strong> />

"Quan<strong>do</strong> o coração é reto os pés são rápi<strong>do</strong>s."<<strong>br</strong> />

Foi o que disse Thomas Jefferson, há muitos anos. Há outras maneiras<<strong>br</strong> />

de dizermos a mesma coisa: O espírito feliz remove a aspereza <strong>do</strong> ato de dar.<<strong>br</strong> />

A atitude positiva transforma o sacrifício em prazer. Quan<strong>do</strong> o moral é<<strong>br</strong> />

eleva<strong>do</strong> a motivação é forte. Quan<strong>do</strong> há alegria interna, nenhum desafio<<strong>br</strong> />

parece grande demais. O azeite da alegria lu<strong>br</strong>ifica os rolamentos da<<strong>br</strong> />

generosidade.<<strong>br</strong> />

Você já notou <strong>com</strong>o um espírito assim se torna contagiante?<<strong>br</strong> />

Não só nós, mas os outros também sentem o vento gostoso nas costas.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> estamos rodea<strong>do</strong>s desse tipo de dinâmica, sentimo-nos arrebata<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

por uma nova onda de determinação.<<strong>br</strong> />

Você não consegue pará-la!<<strong>br</strong> />

Um amigo muito íntimo recentemente me deu uma <strong>br</strong>ochura intitulada<<strong>br</strong> />

"Grandes discursos de Guerra"... uma <strong>com</strong>pilação <strong>do</strong>s discursos mais<<strong>br</strong> />

extasiantes de Sir Winston Churchill. Eu |é havia li<strong>do</strong> a maioria deles mas, ao<<strong>br</strong> />

relê-los nestes últimos [ias, senti-me estimula<strong>do</strong> mais uma vez... disposto a<<strong>br</strong> />

fazer mais e melhor, a atingir maiores alturas, a dar maiores porções de mim<<strong>br</strong> />

mesmo. Ao descrever os solda<strong>do</strong>s corajosos, assim escreveu Churchill:<<strong>br</strong> />

"Cada manhã produzia uma mudança no<strong>br</strong>e, E cada<<strong>br</strong> />

mudança produzia um cavaleiro no<strong>br</strong>e. 20


Faz-me lem<strong>br</strong>ar das palavras de Davi, depois que Araúna ofereceu ao<<strong>br</strong> />

rei uma de suas propriedades em troca de nada.<<strong>br</strong> />

Não, antes quero <strong>com</strong>prá-la pelo preço devi<strong>do</strong>. Não<<strong>br</strong> />

oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não<<strong>br</strong> />

me custem nada" (2 Samuel 24:24).<<strong>br</strong> />

Davi recusou uma <strong>do</strong>ação.<<strong>br</strong> />

Gosto demais da aplicação feita pelo grande prega<strong>do</strong>r, já faleci<strong>do</strong>, John<<strong>br</strong> />

Henry Jowett, das palavras de Davi: "o ministério que nada custa, nada<<strong>br</strong> />

realiza." Durante um tempo demasia<strong>do</strong> longo o povo de Deus tem boia<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

passivamente, sonhan<strong>do</strong> <strong>com</strong> as mudanças necessárias. Agora é tempo de agir.<<strong>br</strong> />

É tempo de fazer <strong>com</strong> que as coisas mudem. Já que estamos falan<strong>do</strong> disso,<<strong>br</strong> />

sugiro que usemos o tempo de nossa vida. Façamo-lo <strong>com</strong> alegria!<<strong>br</strong> />

Você se lem<strong>br</strong>a da declaração de Paulo na segunda carta aos coríntios?<<strong>br</strong> />

Talvez seja a referência fundamental das Escrituras em que a alegria é unida<<strong>br</strong> />

ao ato de dar. "Cada um contribua segun<strong>do</strong> propôs ao seu coração, não <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

tristeza ou por necessidade, pois Deus ama ao que dá <strong>com</strong> alegria" (2<<strong>br</strong> />

Coríntios 9:7). "Com tristeza" quer dizer "relutantemente", e a expressão "por<<strong>br</strong> />

necessidade" implica em "força<strong>do</strong> pelo que os outros possam pensar, ou<<strong>br</strong> />

dizer". Lem<strong>br</strong>e-se de que a palavra "alegria" vem <strong>do</strong> grego "hilaros", de que<<strong>br</strong> />

temos tantos deriva<strong>do</strong>s em português: hilariante, hilaridade, etc. É a primeira<<strong>br</strong> />

palavra que aparece, no original. Literalmente, está assim: "porque ao da<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

hilário Deus aprecia." Por quê? porque os que dão <strong>com</strong> alegria têm pés<<strong>br</strong> />

rápi<strong>do</strong>s. Dão <strong>com</strong> alegria!<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> os israelitas deram a si mesmos e seus pertences, a fim de<<strong>br</strong> />

que se construísse um tabernáculo no deserto, a alegria <strong>do</strong> povo era<<strong>br</strong> />

tão evidente que foi preciso dizer-lhe que parasse de dar (Êxo<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

36:6-7).<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> o povo em Jerusalém reuniu-se e plantou-se ao la<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

Neemias, a fim de reconstruir as muralhas, a alegria de to<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

resultou numa realização que que<strong>br</strong>ou recordes (Neemias 2:17-18;<<strong>br</strong> />

4:6; 6:15-16).<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> Jesus desafiou seus segui<strong>do</strong>res a serem altruístas, ensinoulhes<<strong>br</strong> />

que "mais bem-aventura<strong>do</strong> é dar que receber," ligan<strong>do</strong> a alegria<<strong>br</strong> />

aos investimentos financeiros nas coisas eternas (Atos 20:35).


Você deseja que a alegria volte outra vez? Deseja tornar-se um "no<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

cavaleiro" da távola re<strong>do</strong>nda da generosidade? Permita-me dar-lhe quatro<<strong>br</strong> />

sugestões simples. Elas funcionam, para mim.<<strong>br</strong> />

1. Reflita nas dádivas de Deus para você. Ele não tem si<strong>do</strong> bon<strong>do</strong>so?<<strong>br</strong> />

Muito mais <strong>do</strong> que muniremos. Boa saúde. Família feliz. Suficiência de<<strong>br</strong> />

alimento, de roupas e de a<strong>br</strong>igo. Bons amigos... e muitas outras coisas.<<strong>br</strong> />

2. Lem<strong>br</strong>e-se das promessas divinas <strong>com</strong> respeito à generosidade. Traga<<strong>br</strong> />

à memória alguns princípios bíblicos que prometem benefícios aos que<<strong>br</strong> />

semeiam <strong>com</strong> abundância. Colheitas abarrotantes, lem<strong>br</strong>e-se, são a<<strong>br</strong> />

especialidade de Deus.<<strong>br</strong> />

3. Examine seu coração. Ninguém mais, salvo você mesmo, pode fazer<<strong>br</strong> />

isso. A<strong>br</strong>a esse seu escrínio particular e faça a si mesmo umas perguntas<<strong>br</strong> />

difíceis, <strong>com</strong>o, por exemplo:<<strong>br</strong> />

Minhas <strong>do</strong>ações são proporcionais às minhas rendas?<<strong>br</strong> />

Minha motivação é a culpa... ou a alegria contagiante?<<strong>br</strong> />

Se alguém viesse a saber o nível de minha contribuição para a o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

de Deus, seria eu um bom padrão a ser imita<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />

Será que eu tenho ora<strong>do</strong> a respeito de dar... ou sou apenas alguém<<strong>br</strong> />

que reage a impulsos?<<strong>br</strong> />

4. Confie em que Deus honrará a generosidade coerente. Este é o<<strong>br</strong> />

grande passo, e essencial. Vamos! Ande! Se você acredita realmente que Deus<<strong>br</strong> />

está conduzin<strong>do</strong>-o a fim de você fazer uma contribuição significativa — libere<<strong>br</strong> />

todas as restrições, desamarre to<strong>do</strong>s os nós, e desenvolva o hábito de ser generoso.<<strong>br</strong> />

Duvi<strong>do</strong> muito que a generosidade alguma vez tenha prejudica<strong>do</strong> a<<strong>br</strong> />

alguém!<<strong>br</strong> />

Sen<strong>do</strong> o povo de Deus, encaramos desafios financeiros tremendamente<<strong>br</strong> />

grandes, não é mesmo? Entretanto, atingiremos os objetivos mais<<strong>br</strong> />

extraordinários se... se nosso espírito mantiver-se feliz... se nosso moral<<strong>br</strong> />

mantiver-se eleva<strong>do</strong>. A busca <strong>do</strong> caráter inclui a generosidade!<<strong>br</strong> />

Transformemos este ano na melhor época de nossa vida. Vamos contribuir<<strong>br</strong> />

para a o<strong>br</strong>a <strong>do</strong> Senhor <strong>com</strong>o nunca o fizemos antes. Com máxima alegria.<<strong>br</strong> />

Alegria contagiante. Com ofertas extraordinárias de natureza sacrificial, à<<strong>br</strong> />

semelhança <strong>do</strong>s no<strong>br</strong>es cavaleiros de antigamente.<<strong>br</strong> />

Se nosso coração é reto, nossos pés serão rápi<strong>do</strong>s.


A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

"Livra-nos, ó Deus, de termos raízes tão apegadas a esta<<strong>br</strong> />

terra, que fiquemos apaixona<strong>do</strong>s pelas coisas.<<strong>br</strong> />

"Ajuda-nos a entender que a peregrinação desta vida é apenas<<strong>br</strong> />

uma introdução, um prefácio, uma academia de treinamento<<strong>br</strong> />

para as coisas que ainda hão de vir.<<strong>br</strong> />

"Só então veremos todas as coisas desta vida na perspectiva<<strong>br</strong> />

verdadeira. Só assim não nos apaixonaremos pelas coisas<<strong>br</strong> />

temporais, mas amaremos aquilo que permanece para<<strong>br</strong> />

sempre. Só então nós nos salvaremos da tirania das posses,<<strong>br</strong> />

faltan<strong>do</strong>-nos tempo livre para gozá-las; só assim nos<<strong>br</strong> />

salvaremos da prosperidade, o cuida<strong>do</strong> da qual se torna um<<strong>br</strong> />

far<strong>do</strong> pesa<strong>do</strong>. Dá-nos, nós te pedimos, coragem para<<strong>br</strong> />

simplificar nossa vida." 21<<strong>br</strong> />

Leia Êxo<strong>do</strong> 35:3-9, 20-29; 36:2-7.<<strong>br</strong> />

DOIS MINUTOS MEMORÁVEIS<<strong>br</strong> />

A profundidade é importante, não o <strong>com</strong>primento. É importante o que<<strong>br</strong> />

você diz, não o <strong>com</strong>primento <strong>do</strong> discurso. Não interessa o florea<strong>do</strong> e a<<strong>br</strong> />

eloqüência de suas palavras, mas a sinceridade e a concisão... isso é que é<<strong>br</strong> />

importante... é disso que as pessoas se lem<strong>br</strong>am. Dois minutos memoráveis<<strong>br</strong> />

podem ser mais eficazes <strong>do</strong> que duas horas de maratona verborrágica.<<strong>br</strong> />

Entre no túnel <strong>do</strong> tempo e viaje <strong>com</strong>igo de volta, na história, para um<<strong>br</strong> />

campo da Pennsylvania. É o ano de 1863. Mês de julho. O lugar: Gettysburg.<<strong>br</strong> />

Hoje, é uma série de colinas ondulantes, tranqüilas, cheias de marcos, de<<strong>br</strong> />

memórias. Naquela época, todavia, era um campo de batalha... mais<<strong>br</strong> />

horripilante <strong>do</strong> que você conseguiria imaginar.<<strong>br</strong> />

Nos primeiros dias daquele mês, 51.000 pessoas foram mortas, feridas,<<strong>br</strong> />

ou julgadas desaparecidas, naquela vitória que provaria ser decisiva, na guerra<<strong>br</strong> />

civil americana. Gritos angustiosos <strong>do</strong>s aleija<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s moribun<strong>do</strong>s formavam<<strong>br</strong> />

um coral de lamentações, enquanto os feri<strong>do</strong>s eram transporta<strong>do</strong>s às pressas


para mesas improvisadas de operações cirúrgicas. Uma enfermeira registrou<<strong>br</strong> />

estas palavras em seu diário: "Durante sete dias as mesas não cessaram de<<strong>br</strong> />

ficar literalmente recobertas de sangue." Vagões e carroças transbordavam de<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>aços e pernas amputa<strong>do</strong>s, que eram leva<strong>do</strong>s a valas profundas, e enterra<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Prega<strong>do</strong>res recitavam o salmo 23 repetidamente, tão rápi<strong>do</strong> quanto possível,<<strong>br</strong> />

enquanto <strong>br</strong>avos solda<strong>do</strong>s davam o último suspiro.<<strong>br</strong> />

As conseqüências de qualquer batalha bélica são sempre horrorosas mas,<<strong>br</strong> />

no caso em apreço, foram as piores. Alguém propôs a criação de um<<strong>br</strong> />

cemitério nacional. Planejou-se um culto de consagração. Marcou-se a data:<<strong>br</strong> />

19 de novem<strong>br</strong>o. A <strong>com</strong>issão convi<strong>do</strong>u o eminente prega<strong>do</strong>r, de grande<<strong>br</strong> />

unção, Edward Everett, para pregar no culto de dedicação. Conheci<strong>do</strong> por<<strong>br</strong> />

suas palavras denota<strong>do</strong>ras de grande cultura, fervor patriótico e apelo popular,<<strong>br</strong> />

esse ora<strong>do</strong>r, antigo congressista e governa<strong>do</strong>r de Massachusetts, era a escolha<<strong>br</strong> />

natural para uma ocasião tão histórica. Como se previa, ele aceitou o convite.<<strong>br</strong> />

Em outu<strong>br</strong>o, o Presidente Lincoln anunciou sua intenção de assistir às<<strong>br</strong> />

cerimônias. Isso deixou os mem<strong>br</strong>os da <strong>com</strong>issão estarreci<strong>do</strong>s, pois não<<strong>br</strong> />

achavam que o Sr. Lincoln deixaria o Capitólio em tempo de guerra. E agora,<<strong>br</strong> />

que se poderia fazer senão pedir-lhe que falasse? Ficaram nervosos, saben<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

que Everett era um ora<strong>do</strong>r muito melhor <strong>do</strong> que Lincoln. Por mera cortesia,<<strong>br</strong> />

escreveram ao Presidente em 2 de novem<strong>br</strong>o, pedin<strong>do</strong>-lhe que pronunciasse<<strong>br</strong> />

"algumas observações adequadas." É certo que Lincoln sabia que o convite<<strong>br</strong> />

decorria de um consenso posterior, da parte da <strong>com</strong>issão, mas que lhe importava?<<strong>br</strong> />

Iniciada a batalha de Gettysburg, ele caíra de joelhos, pedin<strong>do</strong> a Deus<<strong>br</strong> />

que não deixasse a nação perecer. E achava que sua oração havia si<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

respondida. O único interesse <strong>do</strong> Presidente era sumarizar o que achava —<<strong>br</strong> />

apaixonadamente — de seu ama<strong>do</strong> país.<<strong>br</strong> />

Ten<strong>do</strong> tão pouco tempo para preparar seu discurso de dedicação,<<strong>br</strong> />

Lincoln preocupou-se <strong>com</strong> as palavras que usaria. Confidenciou a um amigo<<strong>br</strong> />

que o discurso não estava sain<strong>do</strong> fluentemente. Por fim, forçou-se a si mesmo<<strong>br</strong> />

a ficar satisfeito <strong>com</strong> um "discurso mal prepara<strong>do</strong>." Chegou a Gettysburg na<<strong>br</strong> />

véspera <strong>do</strong> dia das cerimônias, a tempo de participar de um grande jantar.<<strong>br</strong> />

Ten<strong>do</strong> Edward Everett <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> da sala, rodea<strong>do</strong> de inúmeros<<strong>br</strong> />

admira<strong>do</strong>res, o Presidente deve ter-se senti<strong>do</strong> constrangi<strong>do</strong>. Desculpou-se por<<strong>br</strong> />

não poder participar de outras atividades programadas para depois <strong>do</strong> jantar e<<strong>br</strong> />

retirou-se para seu quarto, a fim de elaborar mais um pouco suas observações.<<strong>br</strong> />

À meia-noite, chegou um telegrama da esposa: "O médico acaba de sair.<<strong>br</strong> />

Esperamos que o queri<strong>do</strong> Taddie esteja um pouco melhor." Tad, filho de 10<<strong>br</strong> />

anos, ficara seriamente <strong>do</strong>ente no dia anterior. Visto que o Presidente e sua


esposa já haviam perdi<strong>do</strong> <strong>do</strong>is de seus quatro filhos, a Senhora Lincoln havia<<strong>br</strong> />

insisti<strong>do</strong> em que o mari<strong>do</strong> não viajasse. Mas ele achara que devia ir. Com o<<strong>br</strong> />

coração perturba<strong>do</strong>, apagou a luz <strong>do</strong> quarto e envolveu-se numa luta <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

sono.<<strong>br</strong> />

Cerca de nove horas, na manhã seguinte, Lincoln copiou sua palestra<<strong>br</strong> />

em duas páginas e enfiou-as no bolso <strong>do</strong> casaco... pôs na cabeça o chapéu alto,<<strong>br</strong> />

calçou luvas <strong>br</strong>ancas e juntou-se ao grupo de dignitários. Foi <strong>com</strong> grande<<strong>br</strong> />

dificuldade que ele suportou a visão <strong>do</strong>s campos cobertos de sangue, por<<strong>br</strong> />

onde a <strong>com</strong>itiva passou, campos em que se viam pedaços, sucatas, fragmentos<<strong>br</strong> />

das vidas que por ali passaram... uma cantina destruída, uma foto rasgada de<<strong>br</strong> />

uma criança, uma bota, um rifle que<strong>br</strong>a<strong>do</strong>. O Sr. Lincoln ficou toma<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

tristeza. Lágrimas se lhe escorreram pela barba.<<strong>br</strong> />

Logo após o capelão <strong>do</strong> sena<strong>do</strong> haver ora<strong>do</strong>, Everett foi apresenta<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Tinha 69 anos. O grande homem tinha um vago receio de esquecer seu longo<<strong>br</strong> />

sermão, bem memoriza<strong>do</strong>, mas, iniciada a pregação, as palavras se lhe fluíam<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> perfeição. Palavras que ressoavam suavemente pelos campos <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

som de sinos de prata. O homem conhecia seu ofício. Modulação da voz.<<strong>br</strong> />

Entonação. Gesticulação dramática. Pausas eloqüentes. Lincoln olhava,<<strong>br</strong> />

fascina<strong>do</strong>. Finalmente, uma hora e cinqüenta e sete minutos depois, o ora<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

sentou-se, sob a ovação entusiástica e aprova<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> auditório.<<strong>br</strong> />

Às duas horas daquela tarde, Lincoln foi apresenta<strong>do</strong>. Ao levantar-se,<<strong>br</strong> />

virou-se nervosamente para o Secretário de Esta<strong>do</strong> Seward e murmurou: "eles<<strong>br</strong> />

não vão gostar." Inseguro, de óculos de aro de aço cavalgan<strong>do</strong> o nariz,<<strong>br</strong> />

Lincoln agarrava as duas páginas <strong>com</strong> a mão direita, enquanto a esquerda se<<strong>br</strong> />

prendia à lapela. Não mexeu os pés, nem fez qualquer gesto <strong>com</strong> as mãos. A<<strong>br</strong> />

voz de tim<strong>br</strong>e agu<strong>do</strong>, quase áspera, atingiu o auditório <strong>com</strong>o se fora uma<<strong>br</strong> />

tonitruante trombeta de <strong>br</strong>onze. De início, ele parece sério e triste... mas após<<strong>br</strong> />

algumas sentenças, a face e a voz adquiriram vida. Ei-lo falan<strong>do</strong>. "O mun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

pouco notará, nem se lem<strong>br</strong>ará por muito tempo..." O ora<strong>do</strong>r quase parou,<<strong>br</strong> />

mas retemperou-se, tornou-se mais claro e mais forte. O povo ouvia na ponta<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s pés.<<strong>br</strong> />

De repente, Lincoln parou.<<strong>br</strong> />

Parou quan<strong>do</strong> não se haviam decorri<strong>do</strong> <strong>do</strong>is minutos desde que<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eçara. O discurso se parecia tanto <strong>com</strong> uma oração que não seria<<strong>br</strong> />

apropria<strong>do</strong> aplaudir. Quan<strong>do</strong> Lincoln enterrou-se na poltrona, John Young,<<strong>br</strong> />

de Philadelphia Press cochichou-lhe:<<strong>br</strong> />

— Isso é tu<strong>do</strong>? Respondeu o Presidente:


— Sim, tu<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Passaram-se mais de cento e vinte anos, após esse evento. Será que<<strong>br</strong> />

alguém consegue lem<strong>br</strong>ar-se de uma linha pelo menos <strong>do</strong> discurso de duas<<strong>br</strong> />

horas de Everett, em Gettysburg? Lem<strong>br</strong>e-se de que a profundidade é que é<<strong>br</strong> />

importante, não o <strong>com</strong>primento. Os <strong>do</strong>is minutos de Lincoln tornaram-se os<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>is minutos mais céle<strong>br</strong>es da história de nosso país.<<strong>br</strong> />

Alguns de vocês que lêem estas palavras terão senti<strong>do</strong> uma <strong>com</strong>pulsão<<strong>br</strong> />

interna para despender mais tempo em oração a nosso Pai celeste, neste ano.<<strong>br</strong> />

Ainda enquanto você considerou essa necessidade, entretanto, você estava<<strong>br</strong> />

convenci<strong>do</strong> de que lhe "falta tempo" para isso. Afinal, você não é um gigante<<strong>br</strong> />

espiritual, e que é que você poderia conseguir em blocos de dez, cinco, ou<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>is minutos dedica<strong>do</strong>s à oração?<<strong>br</strong> />

Você poderá surpreender-se. Com Deus, as possibilidades são<<strong>br</strong> />

ilimitadas. Recentemente, ouvi falar de um líder de juventude que, por engano,<<strong>br</strong> />

chegou ao salão social de uma universidade <strong>com</strong> meia hora de adiantamento,<<strong>br</strong> />

para uma conferência. Não gostan<strong>do</strong> de perder tempo à-toa, ficou inquieto.<<strong>br</strong> />

Que é que ele poderia fazer durante trinta minutos? "Bem," pensou, "acho<<strong>br</strong> />

que vou orar." Ele se pôs a orar. E a visão que Deus lhe deu so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

juventude da América tornou-se uma tocha que queima incessantemente na<<strong>br</strong> />

alma <strong>do</strong> prega<strong>do</strong>r até hoje. Seu ministério toca dezenas de milhares de jovens<<strong>br</strong> />

a cada ano.<<strong>br</strong> />

A história não nos permitirá esquecer aquele dia em que um homem fez<<strong>br</strong> />

mais em <strong>do</strong>is minutos <strong>do</strong> que outro, em duas horas. Tampouco deveríamos<<strong>br</strong> />

subestimar o terrível poder de "<strong>do</strong>is" minutos a sós <strong>com</strong> Deus.<<strong>br</strong> />

E daí, se você desco<strong>br</strong>ir que só tem <strong>do</strong>is minutos para Deus? Invista-os<<strong>br</strong> />

numa conversa <strong>com</strong> o Deus To<strong>do</strong>-poderoso. Entregue-lhe o coração em total<<strong>br</strong> />

devoção! O tempo é <strong>com</strong>o o caráter: o que vale é a profundidade, a longo<<strong>br</strong> />

prazo.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

John R. W. Stott admitiu, certa voz, uma verdade que muitos de nós<<strong>br</strong> />

deixamos de confessar: "Aquela coisa que eu sei que me dará a maior alegria,<<strong>br</strong> />

a saber, estar a sós e sem a mínima pressa na presença de Deus, certo de que<<strong>br</strong> />

ele está ali, meu coração aberto para a<strong>do</strong>rá-lo — <strong>com</strong> freqüência é o que<<strong>br</strong> />

menos almejo fazer." Hoje, o Senhor vivo convida você para vir à presença<<strong>br</strong> />

dele. Ainda que você admita alguma relutância, Deus, apesar de tu<strong>do</strong>, aguarda


esses preciosos momentos, curtinhos, quan<strong>do</strong> você levanta a face e o coração<<strong>br</strong> />

até ele.<<strong>br</strong> />

Leia Salmo 100; He<strong>br</strong>eus 10:19-25.<<strong>br</strong> />

INFERIORIZADOS<<strong>br</strong> />

Era um contraste de proporções incríveis. Refiro-me a certas cenas<<strong>br</strong> />

paralelas, simultâneas, em que minha esposa Cynthia e eu nos vimos<<strong>br</strong> />

envolvi<strong>do</strong>s na noite de sába<strong>do</strong> passa<strong>do</strong>... cenas que iam <strong>do</strong> sublime ao ridículo.<<strong>br</strong> />

Literalmente. Na mesma casa.<<strong>br</strong> />

Cena 1: Muito elegante, cheia de dignidade, graciosa, calma, ornada de<<strong>br</strong> />

arte e de amor. O órgão de tubos, portátil, de nossa igreja, estava sen<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

toca<strong>do</strong> <strong>com</strong> maestria por duas organistas das melhores imagináveis, para um<<strong>br</strong> />

auditório <strong>com</strong>posto de amantes da música, aprecia<strong>do</strong>res de coisas finas,<<strong>br</strong> />

entendi<strong>do</strong>s de toda a técnica musical. Sabiam a diferença entre um "consolo<<strong>br</strong> />

manual quádruplo" e um "sistema de memória quádruplo", entre "pausa" e<<strong>br</strong> />

"parada"... um "pistão geral" e um "pedal para crescen<strong>do</strong>". Falamos de um<<strong>br</strong> />

grupo seleciona<strong>do</strong> de artistas bem <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, excelentes conhece<strong>do</strong>res de<<strong>br</strong> />

música.<<strong>br</strong> />

Cena 2: Cambada de mal-educa<strong>do</strong>s, falan<strong>do</strong> alto, violentos, rudes,<<strong>br</strong> />

senta<strong>do</strong>s no chão, <strong>com</strong>en<strong>do</strong> frango frito... ven<strong>do</strong> uma luta na televisão, entre<<strong>br</strong> />

um baixote chama<strong>do</strong> Spinks e um grunhi<strong>do</strong>r chama<strong>do</strong> Holmes, na casa de<<strong>br</strong> />

nosso filho mais velho. Esse quarto estava atopeta<strong>do</strong> de gente bem<<strong>br</strong> />

diferente — nenhuma dessas pessoas estava interessada em saber o que é um<<strong>br</strong> />

"pedal auxiliar de solo." Se bem me lem<strong>br</strong>o, ninguém chegou a perguntar-me,<<strong>br</strong> />

sequer, a respeito <strong>do</strong> tubo de 2,5 metros, Vox Humana, e tampouco <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

magnífico "mistura<strong>do</strong>r" de 40 centímetros. A conversa girava só em torno de<<strong>br</strong> />

um alcance maior, de mais 8 centímetros, e da vantagem de 14 ou 15 quilos a<<strong>br</strong> />

mais, de um <strong>do</strong>s luta<strong>do</strong>res. Em vez de aplausos educa<strong>do</strong>s, havia explosões de<<strong>br</strong> />

berros capazes de ensurdecer.<<strong>br</strong> />

Você já ouviu alguém falar que é "melhor <strong>br</strong>igar <strong>do</strong> que mudar?" Bem,<<strong>br</strong> />

nós tivemos que mudar: para a luta. Mudamos de roupa: fomos vestir nossos<<strong>br</strong> />

"jeans". Achamos que terno de três peças e coxinhas de galinha, cheias de<<strong>br</strong> />

gordura, não <strong>com</strong>binam bem.<<strong>br</strong> />

A coisa foi feia!


Senta<strong>do</strong> entre a mesinha <strong>do</strong> café e o sofá, <strong>com</strong> minha neta Chelsea no<<strong>br</strong> />

colo, e uma coxa de frango nu mão, vi-me avalian<strong>do</strong> o grande contraste.<<strong>br</strong> />

Subitamente fiquei intriga<strong>do</strong> pelo fato de que milhões de pessoas espalhadas<<strong>br</strong> />

por quartos, salas, clubes, bares e carros, por to<strong>do</strong> o país, gritavam e berravam<<strong>br</strong> />

de olhos fitos numa dupla de luta<strong>do</strong>res que jamais haviam visto — ilustres<<strong>br</strong> />

desconheci<strong>do</strong>s. Havia boas probabilidades de que a maioria das pessoas<<strong>br</strong> />

estivesse torcen<strong>do</strong> por aquele baixote que teve a audácia de entrar no ringue<<strong>br</strong> />

para lutar contra aquele monstro que contava 48 vitórias e nenhuma derrota.<<strong>br</strong> />

Nenhum daqueles <strong>do</strong>is luta<strong>do</strong>res de box teriam a mínima preocupação a<<strong>br</strong> />

respeito de órgãos de tubos, flautas, pistões de seis pedais ou coisas<<strong>br</strong> />

relacionadas <strong>com</strong> música. Tinham em mente apenas um objetivo, naquela<<strong>br</strong> />

noite de sába<strong>do</strong> — vencer. E to<strong>do</strong>s que tivessem um pouco de bom senso<<strong>br</strong> />

diriam que o <strong>br</strong>utamontes invencível (invicto há 48 lutas) é quem ganharia,<<strong>br</strong> />

não o desafiante inferioriza<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

É isso que a maioria sempre diz.<<strong>br</strong> />

Wellington não tinha probabilidades de vencer Napoleão.<<strong>br</strong> />

O Guarany pode vencer o Coríntians? O Botafogo vencer o Vasco?<<strong>br</strong> />

Não me faça rir!<<strong>br</strong> />

A Grã-Bretanha não poderia resistir à Luftwaffe de Hitler.<<strong>br</strong> />

A equipe de hockey <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s provavelmente não<<strong>br</strong> />

consegue vencer a <strong>do</strong>s soviéticos.<<strong>br</strong> />

Um punha<strong>do</strong> de revolucionários maltrapilhos levará a Inglaterra a<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong><strong>br</strong>ar-se?<<strong>br</strong> />

"Chariots of Fire" pode ganhar um Oscar?<<strong>br</strong> />

Um caipira <strong>do</strong> Kentucky, autodidata, que está sempre mencionan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

a Bíblia, pode tornar-se Presidente <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s?<<strong>br</strong> />

Uma freira anônima em Calcutá, ganhar o prêmio Nobel?<<strong>br</strong> />

Som<strong>br</strong>as <strong>do</strong> Vale de Elá! O amedronta<strong>do</strong> Israel contra a <strong>br</strong>utal Filístia.<<strong>br</strong> />

Jimmy, o grego, teria da<strong>do</strong> risadas. Golias só pode vencer. Senhores, apostem<<strong>br</strong> />

no vence<strong>do</strong>r! Aquele pequeno belemita subin<strong>do</strong> o morro, deve ter pareci<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

um besouro na barriga de um urso. Um inseto perturban<strong>do</strong> um masto<strong>do</strong>nte.<<strong>br</strong> />

Quem poderia ter adivinha<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>com</strong>bate? Mas, quem não teria<<strong>br</strong> />

aplaudi<strong>do</strong> o pequenino?


Aplaudimos quan<strong>do</strong> o interioriza<strong>do</strong> ganha o prêmio. Bem lá dentro de<<strong>br</strong> />

nós existe uma câmara secreta onde se ouvem aplausos entusiásticos quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

o campeão beija a pó. Quan<strong>do</strong> o aluno so<strong>br</strong>epuja o professor. Quan<strong>do</strong> o<<strong>br</strong> />

fusca ultrapassa o Porsche. Quan<strong>do</strong> o grupo de debate da escolinha<<strong>br</strong> />

desconhecida vence a turma <strong>do</strong> grande e famoso educandário. Quan<strong>do</strong> um<<strong>br</strong> />

desafiante sorridente, <strong>com</strong> um <strong>br</strong>ilho nos olhos, suplanta em esperteza e força<<strong>br</strong> />

um grande campeão que se tornara, no dizer <strong>do</strong> <strong>com</strong>entarista esportivo Jim<<strong>br</strong> />

Murray: "um luta<strong>do</strong>r encerra<strong>do</strong> na gaiola de sua amarga hostilidade." Por um<<strong>br</strong> />

fio de cabelo, Spinks, o baixote, venceu — e a casa virou um pandemônio.<<strong>br</strong> />

Quase veio abaixo. Amen<strong>do</strong>ins, ossos de frango, batatinhas fritas e molhos —<<strong>br</strong> />

tu<strong>do</strong> saiu voan<strong>do</strong>. To<strong>do</strong>s pulavam, dançavam, gritavam e riam... to<strong>do</strong>s exceto<<strong>br</strong> />

Chelsea. Ela chorava. Não entendia o que se passava.<<strong>br</strong> />

Um dia ela vai entender.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> ela estiver mais velha, e o verdadeiro caráter emergir na vida<<strong>br</strong> />

dela, aprenderá as leis não-escritas da sociedade, as quais incluem coisas <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

"justiça poética" e "mudar as regras <strong>do</strong> jogo é jogo limpo." Começará a ver<<strong>br</strong> />

acontecerem as palavras de Salomão:<<strong>br</strong> />

"...Não é <strong>do</strong>s ligeiros o prêmio, nem <strong>do</strong>s valentes a<<strong>br</strong> />

vitória... nem ainda <strong>do</strong>s prudentes a riqueza, nem <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

entendi<strong>do</strong>s o favor... (Eclesiastes 9:11).<<strong>br</strong> />

Um dia, a pequenina Chelsea vai aprender so<strong>br</strong>e os menos privilegia<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

aparentemente já derrota<strong>do</strong>s. Aprenderá que um bebezinho chama<strong>do</strong> Jesus,<<strong>br</strong> />

nasci<strong>do</strong> nas piores circunstâncias, tornou-se o Salva<strong>do</strong>r: veio salvar às pessoas<<strong>br</strong> />

de seus peca<strong>do</strong>s. Eis um contraste de proporções incríveis — numa<<strong>br</strong> />

manje<strong>do</strong>ura humilde, o Messias tão ansiosamente espera<strong>do</strong>! Minha netinha<<strong>br</strong> />

sorrirá, e porá sua fé no Messias. Talvez até ria, ao falar dele para seu avô. Lá<<strong>br</strong> />

dentro de mim, em minha "cela secreta", eu cele<strong>br</strong>arei <strong>com</strong> entusiasmo.<<strong>br</strong> />

Talvez eu chegue até a ouvir música de órgão de tubos.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> ela sentar-se em meu colo, e rir, eu chorarei.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

"... aprendi a contentar-me em toda e qualquer situação", escreveu o<<strong>br</strong> />

grande apóstolo Paulo (Filipenses 4:11). É possível que hoje você se encontre


em situação difícil. Talvez esteja agita<strong>do</strong> <strong>com</strong>o o mar, cheio de preocupações<<strong>br</strong> />

e desassossego. Arranje tempo para ler Filipenses 4, anotan<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> especial<<strong>br</strong> />

os versículos 6-7. Leia-os pela segunda vez, mais vagarosamente.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> você estiver procuran<strong>do</strong> o Senhor, hoje, entregue-lhe toda a sua<<strong>br</strong> />

ansiedade. Peça a ele que lhe dê paz, alegria "em toda e qualquer situação",<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o Paulo.<<strong>br</strong> />

INTERCESSÃO<<strong>br</strong> />

Já sei, já sei. Você já ouviu as pessoas falarem so<strong>br</strong>e isso. Talvez no<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>mingo passa<strong>do</strong>. Você ouviu... mas, será que ouviu de verdade? Escutar é a<<strong>br</strong> />

habilidade de discriminar vi<strong>br</strong>ações sonoras transmitidas ao cére<strong>br</strong>o. Ouvir é<<strong>br</strong> />

entender o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sons escuta<strong>do</strong>s. Agora, <strong>com</strong> honestidade, você<<strong>br</strong> />

entendeu o senti<strong>do</strong> daquelas palavras so<strong>br</strong>e oração?<<strong>br</strong> />

Acima de tu<strong>do</strong> isso está o fator perda de memória. Você sabia que<<strong>br</strong> />

imediatamente após alguém falar, as pessoas só se lem<strong>br</strong>am de metade <strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

ouviram? Dentro de duas semanas, apenas uma quarta parte é lem<strong>br</strong>ada. E<<strong>br</strong> />

uma parte de mo<strong>do</strong> enevoa<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Parto <strong>do</strong> final de 2 Tessalonicenses, capítulo 1, onde Paulo admite:<<strong>br</strong> />

"Não cessamos de orar por vós..." Quan<strong>do</strong> oramos por alguém, estamos<<strong>br</strong> />

interceden<strong>do</strong>. Isso significa que nos envolvemos mentalmente no mun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

dessa pessoa, quan<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> delibera<strong>do</strong> entramos em contato <strong>com</strong> Deus,<<strong>br</strong> />

em favor de tal pessoa. Admite-se que este é apenas um <strong>do</strong>s aspectos da oração,<<strong>br</strong> />

mas um <strong>do</strong>s mais importantes!<<strong>br</strong> />

Diga-nos, agora, <strong>com</strong> toda honestidade... está envolvi<strong>do</strong> nesta atividade,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a qual você ouviu tantos sermões? Você sabe por onde <strong>com</strong>eçar?<<strong>br</strong> />

Comecemos <strong>com</strong> uma lista... nomes reais das pessoas e, entre<<strong>br</strong> />

parênteses, pelo menos uma necessidade que você conhece. Coloque a ambos<<strong>br</strong> />

no la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> de um cartão de 8 x 12 cm, ou em meia folha de papel<<strong>br</strong> />

sulfite. O la<strong>do</strong> direito reserve para as respostas. Você poderá acrescentar a<<strong>br</strong> />

data em que Deus respondeu ao seu pedi<strong>do</strong>. Por exemplo:


Nome/Necessidade Resposta Data<<strong>br</strong> />

Bárbara (cirurgia)<<strong>br</strong> />

Bem-sucedida — mas<<strong>br</strong> />

ainda sente <strong>do</strong>res<<strong>br</strong> />

10 de março<<strong>br</strong> />

Maria (prova escolar) Foi bem! 17 de março<<strong>br</strong> />

João e Júnia (retiro para<<strong>br</strong> />

casais)<<strong>br</strong> />

Papai e mamãe (mudança?) Não certa ainda<<strong>br</strong> />

Sandra (entrevista para<<strong>br</strong> />

emprego próxima segundafeira)<<strong>br</strong> />

Comunicação melhorada 14-16 de março<<strong>br</strong> />

Um bom momento para refletir so<strong>br</strong>e o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> cartão e colocar os da<strong>do</strong>s em dia<<strong>br</strong> />

é nas tardes de <strong>do</strong>mingo. Talvez você precise passar as anotações para outro cartão. É<<strong>br</strong> />

possível que você deva fazer uma chamada telefônica a fim de desco<strong>br</strong>ir as coisas que Deus<<strong>br</strong> />

está operan<strong>do</strong>. Mantenha esse cartão bem à mão e, enquanto espera ser atendi<strong>do</strong> <strong>com</strong> hora<<strong>br</strong> />

marcada, ou está dirigin<strong>do</strong> o carro para ir fazer <strong>com</strong>pras, ou apanhar as crianças na escola,<<strong>br</strong> />

faça uma revisão... envolva-se... interceda! Você pode confiar em mim, quan<strong>do</strong> digo que isso<<strong>br</strong> />

trará uma dimensão inteiramente nova à sua caminhada ao la<strong>do</strong> de Cristo. Fará <strong>com</strong> que<<strong>br</strong> />

você saia definitivamente de seu mun<strong>do</strong> próprio, pessoal.<<strong>br</strong> />

Eu estava len<strong>do</strong> uma passagem de 1 Samuel, nesta semana, quan<strong>do</strong> meus olhos se<<strong>br</strong> />

detiveram num ponto das Escrituras que ilustra bem graficamente o valor — a importância<<strong>br</strong> />

essencial — de nós orarmos em prol <strong>do</strong>s outros.<<strong>br</strong> />

Samuel está no centro da questão em foco. A nação atravessa um perío<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

transição bem duro e incerto. O povo havia exigi<strong>do</strong> um rei, e foi atendi<strong>do</strong>. O delica<strong>do</strong> papel<<strong>br</strong> />

de Samuel foi o de confrontá-lo... encarecer a falta de sabe<strong>do</strong>ria em exigir, teimosamente,<<strong>br</strong> />

que a nação fosse "<strong>com</strong>o todas as nações." O povo só percebeu a loucura de sua decisão<<strong>br</strong> />

depois de amargar os acontecimentos (não é assim que acontece, em geral?). Para coroar-lhes<<strong>br</strong> />

a culpa, testemunhou o Senhor contra o povo envian<strong>do</strong> trovões e chuvarada naquele mesmo<<strong>br</strong> />

dia, o que só fez intensificar-lhes os temores.<<strong>br</strong> />

E depois disso, que acontecerá? Poderá o povo prosseguir, depois de um vexame<<strong>br</strong> />

palaciano? Com muita prudência, o povo apresentou um pedi<strong>do</strong> correto a Samuel:


"... Roga pelos teus servos ao Senhor teu Deus... pois<<strong>br</strong> />

a to<strong>do</strong>s os nossos peca<strong>do</strong>s acrescentamos este mal,<<strong>br</strong> />

de pedir para nós um rei" (1 Samuel 12:19).<<strong>br</strong> />

Samuel, o magnânimo, deve ter sorri<strong>do</strong>, ao tranqüilizar o povo:<<strong>br</strong> />

"Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o<<strong>br</strong> />

Senhor, deixan<strong>do</strong> de orar por vós..." (v. 23).<<strong>br</strong> />

O profeta estivera oran<strong>do</strong> pelo povo, e prometeu, então, continuar oran<strong>do</strong>. Parar de<<strong>br</strong> />

orar intercessoriamente seria pecar "contra o Senhor." Os que estão em busca de caráter<<strong>br</strong> />

sabem que isso é importante.<<strong>br</strong> />

Não existe mo<strong>do</strong> mais eficiente de influirmos na vida de alguém <strong>do</strong> que mediante a<<strong>br</strong> />

oração persistente e sábia. Trata-se de uma influência mais útil <strong>do</strong> que <strong>do</strong>ações financeiras,<<strong>br</strong> />

mais encoraja<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> que um bom sermão, mais eficaz <strong>do</strong> que um elogio, mais revigorante<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> que um a<strong>br</strong>aço.<<strong>br</strong> />

Longe de nós pecarmos contra o Senhor ao cessar de orar uns pelos outros. Eu sei, eu<<strong>br</strong> />

sei! Você tem ouvi<strong>do</strong> muito sermão durante toda a sua vida. Você tem si<strong>do</strong> encoraja<strong>do</strong> a<<strong>br</strong> />

entregar seu coração à oração intercessória fiel. A questão, então, é: você está oran<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

"Amo o Senhor, pois ele ouve a minha voz; ouviu o meu clamor por misericórdia.<<strong>br</strong> />

Porque inclinou para mim os seus ouvi<strong>do</strong>s, invocá-lo-ei enquanto eu viver" (Salmo 116:1-<<strong>br</strong> />

2). O salmista declara que seu amor pelo Senhor origina-se na prontidão de Deus em ouvir,<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> o salmista ora... e em responder, atenden<strong>do</strong> às suas necessidades. Você tem<<strong>br</strong> />

necessidades, agora? Você se sente encurrala<strong>do</strong> num beco sem saída? Está perturba<strong>do</strong> e<<strong>br</strong> />

inquieto? Inseguro quanto ao seu futuro? Ansioso por causa de um relacionamento<<strong>br</strong> />

estremeci<strong>do</strong>? Você está <strong>com</strong> grande peso no coração porque alguém ainda não recebeu Cristo?<<strong>br</strong> />

Está precisan<strong>do</strong> de mais força, mais esperança e mais sabe<strong>do</strong>ria? A solução está numa<<strong>br</strong> />

palavra: Oração. Conte a Deus tu<strong>do</strong> que o aflige, nos mínimos detalhes. Invoque o único<<strong>br</strong> />

que pode ajudá-lo. Ele está aguardan<strong>do</strong> seu pedi<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Leia 1 Samuel 12; Mateus 7:7-11.


VÁ EM FRENTE!<<strong>br</strong> />

Quantas pessoas ficam paralisadas, porque são tão poucas as que lhes<<strong>br</strong> />

dizem: "vá em frente!"<<strong>br</strong> />

Como são poucos os que conseguem enxergar além <strong>do</strong>s perigos... os que dizem às<<strong>br</strong> />

pessoas que estão no limiar de uma grande aventura: "vá em frente, prossiga!"<<strong>br</strong> />

Não é engraça<strong>do</strong>? Parece que essa habilidade para animar os outros se relaciona <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

um <strong>do</strong>m interior da pessoa, que a torna capaz de imaginar, visualizar, de extasiar-se pelo<<strong>br</strong> />

in<strong>com</strong>um, não obstante to<strong>do</strong>s os riscos e todas as dificuldades. Estou quase convenci<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

que uma das razões porque os alpinistas amarram-se uns aos outros <strong>com</strong> uma corda é para<<strong>br</strong> />

evitar que os que estão nas extremidades resolvam voltar para casa... Os que estão lá na<<strong>br</strong> />

frente, bem acima, jamais consideram a desistência <strong>com</strong>o opção... mas, os que estão bem lá<<strong>br</strong> />

em baixo, no fim da fila... bem, digamos que serão os últimos a ter acesso a um panorama<<strong>br</strong> />

cheio de glória. É <strong>com</strong>o um ban<strong>do</strong> de cães siberianos puxan<strong>do</strong> um trenó. O "husky" que<<strong>br</strong> />

corre à frente tem visão muito melhor <strong>do</strong> que o último, lá atrás!<<strong>br</strong> />

Ultimamente, tenho pensa<strong>do</strong> muito em certos visionários que se recusaram (e muito<<strong>br</strong> />

me alegro por isso!) a dar ouvi<strong>do</strong>s aos porta<strong>do</strong>res de maus presságios, os profetas míopes que<<strong>br</strong> />

só conseguem enxergar à distância <strong>do</strong> primeiro obstáculo. Alegro-me, por exemplo:<<strong>br</strong> />

porque Edison não desistiu da lâmpada incandescente, quan<strong>do</strong> seus auxiliares<<strong>br</strong> />

duvidavam seriamente de que esse invento funcionasse.<<strong>br</strong> />

porque Lutero não se retratou, quan<strong>do</strong> a igreja católica levantou o punho<<strong>br</strong> />

ameaça<strong>do</strong>r, e cerrou os dentes contra ele.<<strong>br</strong> />

porque Miguel Ângelo continuou n esculpir e a pintar, a despeito das<<strong>br</strong> />

circunstâncias adversas.<<strong>br</strong> />

porque Lindbergh decidiu desprezar tu<strong>do</strong> quanto as pessoas haviam dito a<<strong>br</strong> />

respeito de seu empreendimento: que seria ridículo, e que ele estaria namoran<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

a morte.<<strong>br</strong> />

porque Douglas MacArthur prometeu durante os dias mais som<strong>br</strong>ios da<<strong>br</strong> />

Segunda Guerra Mundial: "Eu voltarei".<<strong>br</strong> />

porque papai Ten Bloom disse "sim" a alguns judeus amedronta<strong>do</strong>s que<<strong>br</strong> />

precisavam de um esconderijo seguro, um lugar onde pudessem refugiar-se.<<strong>br</strong> />

porque a famosa Escola de Música Julliard soube enxergar além das<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>açadeiras e da cadeira de rodas de um estudante pouco promissor de violino,


chama<strong>do</strong> Perlman, e admitiu-o.<<strong>br</strong> />

porque Tom Sullivan decidiu ser tu<strong>do</strong> quanto pudesse vir a ser, embora houvesse<<strong>br</strong> />

nasci<strong>do</strong> cego.<<strong>br</strong> />

porque os Gaithers encontraram um lugar, em suas vidas ocupadas demais,<<strong>br</strong> />

para uma jovem cheia de me<strong>do</strong>, uma soprano chamada Sandi Parti, que um dia<<strong>br</strong> />

haveria de extasiar a cristandade <strong>com</strong> seu desempenho, cantan<strong>do</strong> "Nós o<<strong>br</strong> />

contemplaremos".<<strong>br</strong> />

porque Fred Dixon continuou a treinar para o decatlo — e concluiu sua<<strong>br</strong> />

carreira — apesar de alguns críticos terem dito que ele não iria muito longe.<<strong>br</strong> />

porque o Senhor Jesus a<strong>br</strong>iu mão de toda sua glória ao deixar o céu, para vir à<<strong>br</strong> />

terra, e prosseguiu firme — percorreu to<strong>do</strong> o trajeto da cruz — e foi além.<<strong>br</strong> />

Você poderia dar prosseguimento a esta lista. É possível até que você faça parte dela.<<strong>br</strong> />

Se esse é o caso, tiro o chapéu para você.<<strong>br</strong> />

Contu<strong>do</strong>, algo ficou por terminar nisso tu<strong>do</strong>. Quase to<strong>do</strong>s os dias — <strong>com</strong> certeza<<strong>br</strong> />

todas as semanas — encontramos alguém que se instalou em seu próprio barco feito em casa,<<strong>br</strong> />

disposto a partir, <strong>com</strong> muita seriedade, numa viagem da vida cheia de ousadia, bastante<<strong>br</strong> />

amedronta<strong>do</strong>ra. Tal pessoa pode ser um amigo, seu cônjuge, um colega de trabalho, um<<strong>br</strong> />

vizinho, talvez um mem<strong>br</strong>o de sua família — seu próprio filho, ou irmão, irmã, pai —<<strong>br</strong> />

quem sabe? Um oceano de possibilidades convida <strong>com</strong> grande insistência mas, falan<strong>do</strong> <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

franqueza: tu<strong>do</strong> parece tão ameaça<strong>do</strong>r! Encoraje essa pessoa a prosseguir! Diga-lhe "sim"!<<strong>br</strong> />

Grite entusiasticamente: "Você é alguém de valor... tenho muito orgulho de você!" Ouse<<strong>br</strong> />

dizer o que essa pessoa mais deseja ouvir: "vá em frente, prossiga!" Em seguida, ponha-se<<strong>br</strong> />

de joelhos e ore.<<strong>br</strong> />

Nosso problema não é falta de potencial, mas falta de perseverança... o problema não<<strong>br</strong> />

é ter merca<strong>do</strong>ria, mas ouvir as más notícias. Quantas coisas poderiam ser realizadas se<<strong>br</strong> />

houvesse mais algumas almas no<strong>br</strong>es no terminal <strong>do</strong> ancora<strong>do</strong>uro, encorajan<strong>do</strong>-nos a<<strong>br</strong> />

prosseguir, aprovan<strong>do</strong>-nos, a despeito <strong>do</strong>s riscos. As pessoas cujo caráter está sen<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

desenvolvi<strong>do</strong>, amplia<strong>do</strong> e aprofunda<strong>do</strong> não hesitam em berrar: "em frente, vá em frente!"<<strong>br</strong> />

ainda que a maioria fique murmuran<strong>do</strong>: "não!"<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> perguntaram a William Stafford, numa entrevista:<<strong>br</strong> />

— Quan<strong>do</strong> foi que o senhor se decidiu a tornar-se poeta? Ele respondeu que a<<strong>br</strong> />

pergunta havia si<strong>do</strong> formulada erradamente.<<strong>br</strong> />

— To<strong>do</strong>s nascemos poetas, to<strong>do</strong>s podemos desco<strong>br</strong>ir <strong>com</strong>o ressoam e funcionam as<<strong>br</strong> />

palavras. Podemos to<strong>do</strong>s gostar de cultivar palavras. Eu apenas continuei, fazen<strong>do</strong> o que<<strong>br</strong> />

todas as pessoas só <strong>com</strong>eçam a fazer. A verdadeira pergunta é:


— Por que as outras pessoas pararam?<<strong>br</strong> />

— Minha resposta: Pararam porque pouquíssimas pessoas lhes disseram: "Vá em<<strong>br</strong> />

frente, continue!"<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Como é fácil ficar na "média!" As fileiras da mediocridade estão repletas de pessoas<<strong>br</strong> />

que pensam e trabalham de mo<strong>do</strong> previsível, segun<strong>do</strong> o "status quo."<<strong>br</strong> />

Como são raros os que vivem de mo<strong>do</strong> diferente! Peça a Deus que realize algo novo<<strong>br</strong> />

em você, hoje. Que você tenha sua visão erguida, acima das coisas já esperadas. Que Deus<<strong>br</strong> />

desenvolva em você as qualidades que significam excelência. Quan<strong>do</strong> o Senhor estiver<<strong>br</strong> />

elevan<strong>do</strong> suas perspectivas, observe os que talvez estejam lutan<strong>do</strong>, à busca de algo... quem<<strong>br</strong> />

sabe tais pessoas estejam próximas, perigosamente próximas de desistir de tu<strong>do</strong>. Que Deus<<strong>br</strong> />

conceda a você um coração sensível e uma palavra rápida de encorajamento. Diga "sim."<<strong>br</strong> />

Diga: "Vá em frente!"<<strong>br</strong> />

Leia Ester 4.<<strong>br</strong> />

DETERMINAÇÃO FÉRREA<<strong>br</strong> />

As arraias sempre me assustaram. Não as <strong>do</strong> tipo que algumas pessoas cavalgam,<<strong>br</strong> />

mas as que nadam por aí. Ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> nas proximidades da água salgada, e ten<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

pesca<strong>do</strong> durante toda minha vida, tive numerosos encontros <strong>com</strong> criaturas marítimas. Acho<<strong>br</strong> />

fascinante observar a maior parte delas. É diverti<strong>do</strong> caçá-las. E <strong>com</strong>ê-las é delicioso.<<strong>br</strong> />

Mas, arraias? Não, o<strong>br</strong>iga<strong>do</strong>. Pouco me importa que homens <strong>com</strong>o os de Jacques<<strong>br</strong> />

Cousteau cavalguem essas criaturas. Só me sinto em segurança num único lugar, se tais<<strong>br</strong> />

bestas feias e chatas estiverem na água: quero estar fora da água. Talvez seja por isso que a<<strong>br</strong> />

seguinte história publicada recentemente pelo Los Angeles Times chamou minha atenção de<<strong>br</strong> />

imediato:<<strong>br</strong> />

"PRAIA — Era um dia quente de verão, em 1973. Brian Styer<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>incava nas águas rasas <strong>do</strong> Pacífico, preparan<strong>do</strong>-se para outra sessão<<strong>br</strong> />

de "surf", ao norte <strong>do</strong> cais de Scripps, em La Jolla.<<strong>br</strong> />

Subitamente, ele viu uma som<strong>br</strong>a que se movia em sua direção, sob as<<strong>br</strong> />

águas. Era uma arraia, cuja envergadura foi, posteriormente,<<strong>br</strong> />

estimada em mais de cinco metros. Dan<strong>do</strong> uma rápida rabanada, a<<strong>br</strong> />

criatura marítima enfiou seus espinhos aguça<strong>do</strong>s, cheios de veneno, no


joelho esquer<strong>do</strong> <strong>do</strong> surfista, atravessan<strong>do</strong>-lhe a perna. Rápida <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

um raio. Durante 10 dias Styer, que tinha nessa ocasião dezoito<<strong>br</strong> />

anos, ficou parcialmente paralisa<strong>do</strong>, imaginan<strong>do</strong> se conseguiria voltar<<strong>br</strong> />

a andar. De fato ele conseguiu andar, mas só depois de os médicos lhe<<strong>br</strong> />

removerem uma parte <strong>do</strong>s espinhos. Declararam-no cura<strong>do</strong> e deramlhe<<strong>br</strong> />

alta <strong>do</strong> hospital. Entretanto, um pedaço da mortífera arma da<<strong>br</strong> />

arraia escapou de ser descoberto pelos raios-X, e permaneceu aloja<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

no joelho de Styer durante mais de um ano, causan<strong>do</strong>-lhe violenta<<strong>br</strong> />

infecção que, gradualmente, tomou-lhe toda a perna, destruin<strong>do</strong> o<<strong>br</strong> />

sistema muscular e a ossatura ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> joelho. Pouco faltou para<<strong>br</strong> />

que o surfista perdesse a perna. Doze anos e quatorze operações<<strong>br</strong> />

depois, Styer está de volta à prancha, equili<strong>br</strong>an<strong>do</strong>-se por cima das<<strong>br</strong> />

ondas <strong>com</strong> a ajuda de um <strong>br</strong>acelete feito sob medida, de liga metálica<<strong>br</strong> />

especial, para apoiar e fortalecer um joelho virtualmente inútil.<<strong>br</strong> />

Nesta semana, depois de incontáveis horas de treino, Styer realizou<<strong>br</strong> />

seu sonho de toda a vida: registrou-se <strong>com</strong>o candidato num campeonato<<strong>br</strong> />

profissional de "surf" — o mundialmente famoso Surf International<<strong>br</strong> />

Stubbies.<<strong>br</strong> />

Objetivo de Styer: chamar a atenção de algum patrocina<strong>do</strong>r e tornar-se<<strong>br</strong> />

o primeiro surfista concorrente — inváli<strong>do</strong> — no campeonato<<strong>br</strong> />

profissional desse esporte.<<strong>br</strong> />

Participar de um campeonato de surf de mo<strong>do</strong> nenhum é coisa<<strong>br</strong> />

insignificante. Considere-se que as condições <strong>do</strong> joelho de Styer e as<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>res que lhe causam restringem bastante seus movimentos e o tempo<<strong>br</strong> />

que pode permanecer dentro d'água. Além disso, os patrocina<strong>do</strong>res de<<strong>br</strong> />

surf são poucos e, além de poucos, podem relutar em apostar dinheiro<<strong>br</strong> />

bom em probabilidades más: participante de 29 anos de idade, considera<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

em declínio, numa modalidade de esporte particularmente<<strong>br</strong> />

exaustivo, e longe de apresentar forma física integral. Havia outro<<strong>br</strong> />

problema, ainda. As <strong>do</strong>ses maciças de drogas tomadas durante anos a<<strong>br</strong> />

fio, a fim de <strong>com</strong>bater a infecção que ameaçava o corpo de Styer,<<strong>br</strong> />

enfraqueceram de tal mo<strong>do</strong> suas capacidades imunológicas que o<<strong>br</strong> />

surfista tinha 60 por cento de probabilidades de contrair um tipo de<<strong>br</strong> />

câncer bacteriológico na perna. Além disso, o moço é altamente<<strong>br</strong> />

susceptível de adquirir novas infecções que passaram a assaltá-lo e<<strong>br</strong> />

exigir hospitalização de <strong>do</strong>is em <strong>do</strong>is meses. Uma infecção mais séria<<strong>br</strong> />

poderá resistir ao tratamento e o<strong>br</strong>igar os médicos a proceder à<<strong>br</strong> />

amputação.


Os danos causa<strong>do</strong>s pelo ferimento infecciona<strong>do</strong> trouxeram a Styer<<strong>br</strong> />

mais uma barreira que lhe prejudica o sonho de façanhas surfistas —<<strong>br</strong> />

a <strong>do</strong>r. Durante quase dez anos esse surfista tomou <strong>do</strong>ses pesadas de<<strong>br</strong> />

Percodan, Demerol e outras drogas potentes que pudessem aliviar-lhe a<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>r, ajudan<strong>do</strong>-o a conviver <strong>com</strong> um padecimento constante, que se<<strong>br</strong> />

agravava pelo caminhar, subir escadas e outros movimentos.<<strong>br</strong> />

Finalmente, sentin<strong>do</strong>-se "<strong>com</strong>o se fosse um vegetal" e convenci<strong>do</strong> de que<<strong>br</strong> />

os narcóticos "poderiam matá-lo," Styer participou de um curso so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o viver <strong>com</strong> a <strong>do</strong>r e conseguiu livrar-se daquelas drogas. Agora, ele<<strong>br</strong> />

ministra cursos semelhantes so<strong>br</strong>e <strong>do</strong>r nos hospitais daquela região.<<strong>br</strong> />

Ultimamente, ele utiliza grande variedade de medidas que diminuem<<strong>br</strong> />

a <strong>do</strong>r, incluin<strong>do</strong> a colocação de gelo no joelho, "biofeedback", ultrasom<<strong>br</strong> />

e terapia física. À noite, enquanto <strong>do</strong>rme, usa um estimula<strong>do</strong>r de<<strong>br</strong> />

nervos que, em essência, bloqueia os impulsos elétricos que informam o<<strong>br</strong> />

cére<strong>br</strong>o so<strong>br</strong>e a <strong>do</strong>r no joelho." 22<<strong>br</strong> />

Basea<strong>do</strong> na história de Styer, permita-me formular-lhe duas perguntas pessoais:<<strong>br</strong> />

Primeira: Qual é o seu "sonho de toda a vida?" Bem lá dentro de você, que objetivo<<strong>br</strong> />

escondi<strong>do</strong> você anseia por atingir? Pense um pouco. Declare-o a você mesmo. Retrate esse<<strong>br</strong> />

objetivo em sua mente. A busca <strong>do</strong> caráter exige alguns sonhos.<<strong>br</strong> />

Segunda: Como é a sua determinação? Seja honesto. Será que você <strong>com</strong>eçou a<<strong>br</strong> />

fraquejar? Permitiu que alguns obstáculos lhe enfraquecessem a determinação?<<strong>br</strong> />

A história desse surfista fala por si mesma, especialmente para mim. Se aquele<<strong>br</strong> />

atleta decidiu enfrentar tu<strong>do</strong> aquilo a fim de realizar seu sonho... que é que eu posso dizer?<<strong>br</strong> />

Senhor, traga as arraias para nós!<<strong>br</strong> />

Bem, pensan<strong>do</strong> melhor, Senhor, será que tu poderias fortalecer-me usan<strong>do</strong> apenas<<strong>br</strong> />

obstáculos de água <strong>do</strong>ce?<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Num <strong>do</strong>s momentos mais escuros de sua vida, assim escreveu Hudson Taylor: "Não<<strong>br</strong> />

importa quão grande seja a pressão. O que importa, na verdade, é onde está a pressão: a<<strong>br</strong> />

pressão separa você de Deus ou empurra-o para mais perto de Deus?" Você está sentin<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

uma forte pressão hoje? Está <strong>com</strong>eçan<strong>do</strong> a ficar deprimi<strong>do</strong>? Quan<strong>do</strong> você estiver oran<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

hoje, tire o far<strong>do</strong> de suas costas, e coloque-o nas costas de Deus. Ele sabe <strong>com</strong>o lidar <strong>com</strong>


far<strong>do</strong>s. Ele tem cuida<strong>do</strong> de você! Transforme esse momento tranqüilo de devoção numa<<strong>br</strong> />

experiência que libera pressões.<<strong>br</strong> />

Leia Salmo 18:25-36.<<strong>br</strong> />

SEUS BRIOCHES AMANTEIGADOS<<strong>br</strong> />

Linus, um <strong>do</strong>s mem<strong>br</strong>os da tribo <strong>do</strong>s "Peanuts", criação de Charles Shultz,<<strong>br</strong> />

freqüentemente me faz lem<strong>br</strong>ar de Rodney Dangerfield, personagem de cartuns. Ele se<<strong>br</strong> />

esforça bastante e, não importan<strong>do</strong> quanto nem quão sincero ou diligente seja, em geral<<strong>br</strong> />

acaba <strong>com</strong>o que olhan<strong>do</strong> para você para dizer:<<strong>br</strong> />

— Vou te contar, cara, ninguém me respeita mesmo!<<strong>br</strong> />

Numa série de cartuns, há alguns anos, esse camaradinha estava levan<strong>do</strong> umas<<strong>br</strong> />

"<strong>br</strong>oncas" de sua irmã e amigos por causa de sua nova mania: acariciar as cabecinhas de<<strong>br</strong> />

pássaros. Os passarinhos tristes aproximavam-se de Linus, inclinavam as cabecinhas<<strong>br</strong> />

empenadas para serem acariciadas, suspiravam profundamente e partiam, satisfeitos. Isso<<strong>br</strong> />

trazia a Linus uma sensação infinita de realização, a despeito <strong>do</strong> embaraço e desgosto de<<strong>br</strong> />

Lucy.<<strong>br</strong> />

Muito bem, desejo adiantar que acariciar cabecinhas de pássaros é mania, ou<<strong>br</strong> />

vocação, um tanto in<strong>com</strong>um. O que eu quero dizer é que não é to<strong>do</strong> o dia que você tropeça<<strong>br</strong> />

em alguém que fica "liga<strong>do</strong>" ao dar pequeninos toques em cabecinhas empenadas. Pelo<<strong>br</strong> />

menos podemos concordar em que não se trata de um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>ns espirituais relaciona<strong>do</strong>s em 1<<strong>br</strong> />

Coríntios 12. Ou será que é? Veja outra vez.<<strong>br</strong> />

Que é que você me diz desse <strong>br</strong>ioche amanteiga<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> "<strong>do</strong>ns de curar"? Ou<<strong>br</strong> />

"socorros"? Romanos 12 menciona "profetas" e logo em seguida, "opera<strong>do</strong>res de milagres."<<strong>br</strong> />

Quanto mais leio, mais vou fican<strong>do</strong> admira<strong>do</strong>. Quem é que pode afirmar que o <strong>br</strong>ioche<<strong>br</strong> />

amanteiga<strong>do</strong> da vida de um crente não pode ser acariciar, dar tapinhas afetuosos e a<strong>br</strong>açar?<<strong>br</strong> />

Todavia, se seu <strong>br</strong>ioche <strong>com</strong> manteiga é um <strong>do</strong>s "menores" pode esperar algumas<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>ancelhas arqueadas, e alguns <strong>com</strong>entários sarcásticos, da parte de alguns santos mais<<strong>br</strong> />

sofistica<strong>do</strong>s, tipo Lucy. Pode até acontecer que você se veja confronta<strong>do</strong> por irmãos na fé,<<strong>br</strong> />

pertencentes à família de Deus, que desejarão saber o que esse acariciamento, essas<<strong>br</strong> />

batidinhas afetuosas e esses a<strong>br</strong>aços têm que ver <strong>com</strong> ser discípulo de Cristo. Afinal,<<strong>br</strong> />

senhores, o Cristianismo é coisa muito séria!<<strong>br</strong> />

Numa das cenas, Charlie Brown e Linus conversam so<strong>br</strong>e essa mania de acariciar<<strong>br</strong> />

cabecinhas de aves. Linus quer saber o seguinte:


— Que há de erra<strong>do</strong> em acariciar cabecinhas de pássaros?<<strong>br</strong> />

E pergunta mais uma vez, porque deseja saber o que há de erra<strong>do</strong> nessa atividade.<<strong>br</strong> />

Isso faz os pássaros sentir-se melhor e faz <strong>com</strong> que ele próprio se sinta feliz, muito feliz.<<strong>br</strong> />

Portanto,<<strong>br</strong> />

— O que é que há de erra<strong>do</strong> nisso?<<strong>br</strong> />

Charlie fixa o olhar, pensativo e, em seguida, declara <strong>com</strong> franqueza:<<strong>br</strong> />

— Ninguém faz isso!<<strong>br</strong> />

Alguns <strong>do</strong>ns precisam lutar para so<strong>br</strong>eviver; que se dirá quanto a serem aprecia<strong>do</strong>s?<<strong>br</strong> />

Isso não acontece ao <strong>do</strong>m de ensinar. Se você ensina a Palavra de Deus, oba! Dom<<strong>br</strong> />

superlativo! Ou se você se dedica à evangelização. Não há maneira de você ser despreza<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

ou desacredita<strong>do</strong>. Se o <strong>do</strong>m que cultiva é o da liderança, o pastora<strong>do</strong> de uma igreja ou outro<<strong>br</strong> />

que se saliente, um desses <strong>do</strong>ns marcantes, você cria fama. Quem neste mun<strong>do</strong> vai tocar "no<<strong>br</strong> />

meu ungi<strong>do</strong>?"<<strong>br</strong> />

Mas, espere um minuto!<<strong>br</strong> />

Vamos falar um pouco (para variar) nos "de<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pés", ao falarmos <strong>do</strong> Corpo.<<strong>br</strong> />

Que tal darmos algum aplauso ao baço, às amídalas e a uma ou duas unhas? Acabei de ler<<strong>br</strong> />

o versículo que diz que Deus coroou as partes menos importantes de honra maior. (Leia 1<<strong>br</strong> />

Coríntios 12, onde você encontra uma discussão <strong>com</strong>pleta deste assunto.)<<strong>br</strong> />

Assim, se seus <strong>br</strong>ioches <strong>com</strong> manteiga — seus <strong>do</strong>ns — são encoraja<strong>do</strong>res, por favor<<strong>br</strong> />

não pare de exercê-los. Se você se dedica a a<strong>br</strong>açar, a demonstrar calor humano, <strong>com</strong>paixão<<strong>br</strong> />

e misericórdia para <strong>com</strong> peninhas que se franziram por causa de ofensas, que se<<strong>br</strong> />

machucaram no embate contra as adversidades, por favor, continue acarician<strong>do</strong>-as. Não<<strong>br</strong> />

pare de trabalhar, qualquer que seja o seu trabalho. Ponha nele seu coração, a despeito de<<strong>br</strong> />

tu<strong>do</strong>!<<strong>br</strong> />

Se Deus lhe deu o <strong>do</strong>m de "acariciar, de dar palmadinhas", prossiga, então, para a<<strong>br</strong> />

glória de Deus. Vou contar-lhe um segre<strong>do</strong>: você terá o respeito de Deus.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Bolinhas de gude ou uvas, qual será a escolha? Cada congregação tem sua<<strong>br</strong> />

oportunidade de decidir. Você pode escolher ser uma sacola de bolinhas de vidro... ser<<strong>br</strong> />

independente, duro, não-marca<strong>do</strong> por nada, não-atingi<strong>do</strong> pelas pessoas, capaz de falar bem<<strong>br</strong> />

alto. Ou você pode decidir ser uma bandeja de uvas... cheirosas, macias, <strong>do</strong>ces, passíveis de<<strong>br</strong> />

agregação, cada uma fluin<strong>do</strong> na vida das outras. Bolinhas de gude são feitas para serem<<strong>br</strong> />

contadas e guardadas. As uvas, para serem esmagadas e usadas. As bolinhas de vidro


produzem feridas, cicatrizes e muito barulho. As uvas se entregam para produzir alegria e<<strong>br</strong> />

vida.<<strong>br</strong> />

Leia Romanos 12.<<strong>br</strong> />

ENCANTO<<strong>br</strong> />

"Assim as igrejas em toda a Judéia, Galiléia e Somaria<<strong>br</strong> />

tinham paz. Eram fortalecidas e, edificadas pelo<<strong>br</strong> />

Espírito Santo, se multiplicavam, andan<strong>do</strong> no temor <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Senhor." (Atos 9:31)<<strong>br</strong> />

Espantoso. Na verdade, fenomenal. Especialmente quan<strong>do</strong> você entende as<<strong>br</strong> />

circunstâncias em que a igreja estava so<strong>br</strong>eviven<strong>do</strong>, naquela época. Seus líderes estavam<<strong>br</strong> />

sen<strong>do</strong> aprisiona<strong>do</strong>s. As pessoas da igreja eram ameaçadas. O martírio de Estevão ainda<<strong>br</strong> />

estava bem fresco na memória de to<strong>do</strong>s (7:54-60). Paulo escapara por um fio de cabelo de<<strong>br</strong> />

ser morto pelos hostis judeus helenistas (9:28-30). Era inevitável um banho de sangue.<<strong>br</strong> />

Entretanto, a igreja por toda a Palestina gozava de paz — "tinha paz" e, além disso,<<strong>br</strong> />

"crescia em número."<<strong>br</strong> />

Igreja intimorata. Determinada. Elástica.<<strong>br</strong> />

Não importou quantas vezes receberam ordens para "que não falassem em o nome<<strong>br</strong> />

de Jesus" (5:40); os discípulos mantiveram-se firmes. A despeito de ameaças, advertências,<<strong>br</strong> />

açoites e outros méto<strong>do</strong>s insidiosos de perseguição, os crentes conservaram-se em perfeita paz;<<strong>br</strong> />

constituíam bolsões de paz, lugares de refúgio. Tente imaginar <strong>com</strong>o o entusiasmo deles deveria<<strong>br</strong> />

ser contagioso... quanta alegria deveriam manifestar! Genuinamente!<<strong>br</strong> />

Contra todas as expectativas, a igreja florescia. Em vez de retirar-se, forman<strong>do</strong> um<<strong>br</strong> />

grupelho de pessoas amarguradas, negativas, amedrontadas, de intensa rigidez,<<strong>br</strong> />

permaneceram confiantes e magnéticos. Estou freqüentemente retratan<strong>do</strong> a igreja primitiva<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o formada por pessoas de encanto contagiante.<<strong>br</strong> />

Sempre que esse retrato mental surge à minha frente, vêm à minha memória as<<strong>br</strong> />

palavras sábias de Reinhold Niebuhr:<<strong>br</strong> />

"Você pode <strong>com</strong>pelir as pessoas a manterem certos padrões mínimos,<<strong>br</strong> />

ao enfatizar os seus deveres; contu<strong>do</strong>, as maiores realizações morais e<<strong>br</strong> />

espirituais não dependem de um empurrão, mas de uma puxada. É


preciso haver um grande encanto para que as pessoas pratiquem a<<strong>br</strong> />

justiça. 23<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> é que finalmente a igreja vai aprender isso? Até quan<strong>do</strong> vamos confiar em<<strong>br</strong> />

empurrões e exigências? Que é preciso para trazermos de volta o encanto... essa graça<<strong>br</strong> />

maravilhosa que atrai a justiça latente em nós, assim <strong>com</strong>o um poderoso ímã atrai aparas<<strong>br</strong> />

de ferro? Os primitivos santos conheciam um jeito especial de manter uma atmosfera<<strong>br</strong> />

amorosa, uma motivação autêntica de aceitação positiva. Nenhuma pressão externa<<strong>br</strong> />

conseguia perturbar-lhes a paz interna. O resulta<strong>do</strong> era previsível: as pessoas não podiam<<strong>br</strong> />

ficar longe <strong>do</strong>s lugares de culto. A assembléia <strong>do</strong>s crentes era o lugar onde deveriam estar<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>s... onde a pessoa podia ser ela mesma... onde poderia partilhar suas tristezas...<<strong>br</strong> />

formular suas perguntas... admitir suas necessidades... derramar suas lágrimas... exprimir<<strong>br</strong> />

abertamente suas opiniões... tecer seus sonhos. Mas, é natural! Existe porventura algum<<strong>br</strong> />

outro lugar na terra que seja mais adequa<strong>do</strong>, mais perfeitamente projeta<strong>do</strong> para esse tipo de<<strong>br</strong> />

abertura?<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>positor musical cego Kem Medema captou esse espírito quan<strong>do</strong> escreveu estas<<strong>br</strong> />

palavras:<<strong>br</strong> />

"Se este não é o lugar onde as lágrimas são entendidas<<strong>br</strong> />

Aonde devo ir, então, para chorar?<<strong>br</strong> />

Se este não é o lugar em que meu espírito pode alçar vôo<<strong>br</strong> />

Aonde devo ir, então, para voar?<<strong>br</strong> />

Não preciso de outro lugar<<strong>br</strong> />

Apenas para te impressionar<<strong>br</strong> />

Dizen<strong>do</strong>-te <strong>com</strong>o sou bom e virtuoso<<strong>br</strong> />

Não, não, não.<<strong>br</strong> />

Não preciso de outro lugar só para estar sempre por cima.<<strong>br</strong> />

To<strong>do</strong>s sabem que isso é fingimento,<<strong>br</strong> />

só fingimento.<<strong>br</strong> />

Não preciso de outro lugar<<strong>br</strong> />

só para afivelar sorrisos<<strong>br</strong> />

Até mesmo quan<strong>do</strong> não quero sorrir.<<strong>br</strong> />

Não preciso de outro lugar


só para matraquear as velhas bobagens de sempre<<strong>br</strong> />

To<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> já sabe que é tu<strong>do</strong> irreal.<<strong>br</strong> />

Portanto, se este não é um lugar onde<<strong>br</strong> />

minhas perguntas podem ser formuladas<<strong>br</strong> />

A quem devo, então, procurar?<<strong>br</strong> />

E se este não é o lugar onde meu coração chora,<<strong>br</strong> />

e seu lamento pode ser ouvi<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

Aonde, diga-me, devo ir, a quem devo falar?" 24<<strong>br</strong> />

Seria maravilhoso se em algum dia, no futuro, um historia<strong>do</strong>r que olhasse para trás,<<strong>br</strong> />

para nossa época, pudesse escrever a nosso respeito o seguinte:<<strong>br</strong> />

"E foi assim que a igreja por to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Canadá, México e América<<strong>br</strong> />

Latina em geral gozava de paz, edifican<strong>do</strong>-se continuamente... e continuava a crescer. Um<<strong>br</strong> />

ímã irresistível atraía as pessoas. A busca de caráter mantinha as pessoas unidas."<<strong>br</strong> />

Vai ser preciso um ingrediente capaz de penetrar profundamente nas pessoas, se<<strong>br</strong> />

quisermos que essa declaração encontre seu lugar na crônica de amanhã, da história da<<strong>br</strong> />

igreja: ENCANTO.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> a igreja primitiva se reunia, o encanto magnético trazia alegria a to<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> oravam, havia poder. Quan<strong>do</strong> contribuíam, havia generosidade. Quan<strong>do</strong> se<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>açavam, havia amor. Quan<strong>do</strong> falavam, havia autenticidade. Quan<strong>do</strong> partiam, havia<<strong>br</strong> />

lágrimas. Dezenove séculos mais tarde, eis que a igreja prossegue. Nossa família é muito<<strong>br</strong> />

maior, e exerce maior influência. Mas, será que é melhor? Pense bem nesta questão, quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

você estiver na presença <strong>do</strong> Senhor, mais tarde.<<strong>br</strong> />

Leia Atos 4.<<strong>br</strong> />

UMA LEALDADE SÁBIA<<strong>br</strong> />

Durante um perío<strong>do</strong> crítico de minha vida, em minha a<strong>do</strong>lescência, fiquei exposto a<<strong>br</strong> />

mau aconselhamento. Sen<strong>do</strong> demasia<strong>do</strong> ingênuo para perceber a diferença, inocente demais<<strong>br</strong> />

para discernir o erro e, por isso mesmo, fraco demais para resistir, engoli isca e anzol. Pode-


se dizer que eu era <strong>do</strong>gmático naquela época... que eu gostava de julgar os outros, que eu era<<strong>br</strong> />

extremista, quase fanático. Eu era sincero, era jovem... e estava erra<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Foi péssimo que eu tenha si<strong>do</strong> tão rígi<strong>do</strong>, tão ce<strong>do</strong> em minha vida; quan<strong>do</strong> penso nos<<strong>br</strong> />

danos que esse fato trouxe aos meus relacionamentos, nas portas que se fecharam, nas<<strong>br</strong> />

oportunidades perdidas, e na mortificação que causou ao meu crescimento espiritual, ainda<<strong>br</strong> />

me sinto mal. Talvez você também tenha passa<strong>do</strong> alguns anos num estágio semelhante. Se<<strong>br</strong> />

isso aconteceu, você não terá dificuldade em identificar-se <strong>com</strong>igo, quanto a essa parte de<<strong>br</strong> />

minha peregrinação. Se não, uma pequena explicação será útil.<<strong>br</strong> />

Nas fileiras da cristandade <strong>do</strong> século vinte há bolsões de pessoas que sentem muito<<strong>br</strong> />

orgulho em ser ultra-qualquer-coisa. Sen<strong>do</strong> conserva<strong>do</strong>res até à medula <strong>do</strong>s ossos, e teimosos<<strong>br</strong> />

até à alienação, tais pessoas não estão abertas à discussão de questões cruciais, e tampouco<<strong>br</strong> />

para ouvir as idéias <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong>. Para essas criaturas, esse tipo de tolerância equivale à<<strong>br</strong> />

contaminação, uma aceitação incondicional e perigosa <strong>do</strong> mal. A fim de resguardar-se a<<strong>br</strong> />

pureza, e impedir o acesso da heresia, tais pessoas simplesmente se recusam a pensar fora<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s limites de determinadas regras e regulamentos auto-impostos. A obediência irrestrita a<<strong>br</strong> />

tais imposições mentais resulta na aceitação <strong>do</strong> indivíduo "pelo grupo", fato que confere<<strong>br</strong> />

tremenda sensação de segurança e conforto... uma síndrome trágica.<<strong>br</strong> />

A tragédia se intensifica mediante o uso de determinadas passagens escriturísticas<<strong>br</strong> />

que parecem encorajar tais convicções de mente estreita. Tais versículos (freqüentemente<<strong>br</strong> />

apenas metades de versículos, ou passagens arrancadas de seu contexto) são repeti<strong>do</strong>s muitas<<strong>br</strong> />

e muitas vezes, até que to<strong>do</strong>s estejam marchan<strong>do</strong> em uníssono, e ninguém tenha a audácia<<strong>br</strong> />

de questionar seja o que for. No lugar das tradições fortes e necessárias, que nos dão<<strong>br</strong> />

propósitos e raízes, um fraquíssimo tradicionalismo é que é imposto às pessoas, não haven<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

lugar sequer para a meditação e o questionamento.<<strong>br</strong> />

Jaroslav Pelikan descreve isso muito bem:<<strong>br</strong> />

"A tradição é a fé viva daqueles que hoje estão mortos.<<strong>br</strong> />

O tradicionalismo é a fé morta daqueles que hoje vivem."<<strong>br</strong> />

Ao repassar aquele perío<strong>do</strong> de minha vida, um <strong>do</strong>s termos-chave que me ocorrem é<<strong>br</strong> />

deslealdade. A atitude da pessoa sempre era apresentada sob uma luz desfavorável. Se você<<strong>br</strong> />

ouvisse às pessoas de fora, você poderia ficar influencia<strong>do</strong> por elas... e isso poderia induzi-lo<<strong>br</strong> />

à deslealdade. Se você não concordasse <strong>com</strong> o "guru" que determinava todas as coisas (sim,<<strong>br</strong> />

todas) ficava claro que você estava sen<strong>do</strong> desleal para <strong>com</strong> a verdade. Se você deixasse de<<strong>br</strong> />

seguir "a lista" exatamente <strong>com</strong>o o grupo a elaborou, a despeito da falta de apoio bíblico,<<strong>br</strong> />

você seria culpa<strong>do</strong>, sem som<strong>br</strong>a de dúvidas, de deslealdade. O engraça<strong>do</strong> é que ninguém


sabia qual era a fonte original de tal lista, mas não havia dúvidas quanto à deslealdade<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>etida, se você que<strong>br</strong>asse um único preceito. Este é o pior tipo de escravidão, visto que se<<strong>br</strong> />

exerce sob o disfarce <strong>do</strong> Cristianismo.<<strong>br</strong> />

Chega de aspectos negativos. Meu ponto, aqui, é que a lealdade a uma causa nem<<strong>br</strong> />

sempre é má. É óbvio que existem padrões éticos e morais ensina<strong>do</strong>s abertamente nas<<strong>br</strong> />

Escrituras que não deixam margem, de mo<strong>do</strong> nenhum, para a deslealdade. Contu<strong>do</strong>, ser<<strong>br</strong> />

leal a um princípio é coisa mais ampla <strong>do</strong> que isso. Às vezes a sabe<strong>do</strong>ria está na estrita<<strong>br</strong> />

lealdade. Em sua busca de caráter, não se esqueça desta qualidade rara e vital!<<strong>br</strong> />

Se não houver lealdade, os desacor<strong>do</strong>s não podem ser resolvi<strong>do</strong>s. As negociações<<strong>br</strong> />

entrariam em atrito e cessariam. É a lealdade que mantém e fortalece o casamento, assim<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o o relacionamento entre pais e filhos. Pais que não chegam a um acor<strong>do</strong> em meio às<<strong>br</strong> />

divergências estão dan<strong>do</strong> <strong>br</strong>echa a futuros problemas, quan<strong>do</strong> os filhos forem a<strong>do</strong>lescentes.<<strong>br</strong> />

Irmãos desleais em seus acor<strong>do</strong>s vão <strong>br</strong>igar sempre. As congregações que não acatam um<<strong>br</strong> />

acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> lealdade, nos assuntos importantes, vão cindir-se. As nações que a<strong>do</strong>tam<<strong>br</strong> />

ideologias diferentes, e se recusam a ouvir umas às outras, e não fazem um acor<strong>do</strong> leal em<<strong>br</strong> />

questões importantes, atiram-se à guerra. Os vizinhos que não entram em acor<strong>do</strong> <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

lealdade vão processar-se mutuamente, em juízo.<<strong>br</strong> />

Porventura estou afirman<strong>do</strong> que as coisas são fáceis? Que não existem riscos? Ou<<strong>br</strong> />

que o acor<strong>do</strong> leal surge <strong>com</strong> naturalidade? Não. É muito mais fácil (e mais seguro)<<strong>br</strong> />

permanecer firme em seu próprio terreno... continuar cren<strong>do</strong> que seu caminho é o único<<strong>br</strong> />

caminho a seguir, que o seu plano é o único plano certo. Todavia, há um problema... você<<strong>br</strong> />

vai acabar sozinho, e de mente bem estreita, ou rodea<strong>do</strong> por uma corja de indivíduos<<strong>br</strong> />

incapazes de pensar, pareci<strong>do</strong>s <strong>com</strong> aquele cachorrinho de plástico que se coloca na traseira<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> carro, sempre balançan<strong>do</strong> a cabeça: sim, sim, sim.<<strong>br</strong> />

Tu<strong>do</strong> isso pode ser seguro, mas não me parece capaz de satisfazer. Tampouco parece<<strong>br</strong> />

cristão. Se você estiver à busca de um caráter verdadeiro, não despreze a lealdade a determinadas<<strong>br</strong> />

causas. Vamos, dê a seu coração a permissão de ser flexível!<<strong>br</strong> />

Uma observação final: As pessoas mestras na arte da lealdade sábia raramente são<<strong>br</strong> />

muito jovens. Na juventude há idealismo, mais que realismo; <strong>do</strong>gmatismo vociferante mais<<strong>br</strong> />

que tolerância tranqüila. A poetisa Sara Teasdale entendeu isso bem:<<strong>br</strong> />

"Após ter eu parti<strong>do</strong> minhas asas<<strong>br</strong> />

Contra a precariedade das coisas,<<strong>br</strong> />

E aprendi<strong>do</strong> que a lealdade me aguarda<<strong>br</strong> />

Atrás de cada portão duro de a<strong>br</strong>ir;


Quan<strong>do</strong> eu puder encarar a Vida nos olhos,<<strong>br</strong> />

Tiver cresci<strong>do</strong> na calma, e na fria sabe<strong>do</strong>ria,<<strong>br</strong> />

a Vida me terá da<strong>do</strong> a Verdade<<strong>br</strong> />

E arrebata<strong>do</strong>, em troca, minha juventude." 26<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Pondere nestas palavras tão penetrantes, quan<strong>do</strong> você estiver prostra<strong>do</strong> diante <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Senhor, logo mais... palavras que jamais me foram enfatizadas em meus anos de<<strong>br</strong> />

a<strong>do</strong>lescência:<<strong>br</strong> />

"Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por<<strong>br</strong> />

humildade, cada um considere os outros superiores a<<strong>br</strong> />

si mesmo. Não atente cada um somente para o que é<<strong>br</strong> />

seu, mas cada qual também para o que é <strong>do</strong>s outros"<<strong>br</strong> />

(Filipenses 2:3-4).<<strong>br</strong> />

SATISFAÇÃO<<strong>br</strong> />

Todas as pessoas afirmam que a desejam, mas a maioria a deixa de la<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Satisfação é a figura solitária <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>r de carona, que se reflete no espelho<<strong>br</strong> />

retrovisor <strong>do</strong> carro, enquanto o motorista meio transtorna<strong>do</strong> vai dispara<strong>do</strong> pela ro<strong>do</strong>via.<<strong>br</strong> />

Poucos notam que deixaram para trás aquilo (exatamente aquilo) que estavam procuran<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Ainda que houvessem observa<strong>do</strong> um objeto <strong>com</strong>o se fora apenas uma som<strong>br</strong>a, <strong>com</strong> sua visão<<strong>br</strong> />

periférica, na verdade não haveria tempo para diminuir a marcha e investigar a coisa. A<<strong>br</strong> />

passagem foi rápida demais. E o trânsito pressiona.<<strong>br</strong> />

Livros a respeito de satisfação a<strong>do</strong>rnam as vitrines de milhares de livrarias. E<<strong>br</strong> />

vendem-se, e vão-se venden<strong>do</strong>! Não é estranho que a gente precise de um livro para ajudarnos<<strong>br</strong> />

a experimentar algo que deveria advir naturalmente? Não, na verdade não advém<<strong>br</strong> />

naturalmente. Não, se você houver si<strong>do</strong> programa<strong>do</strong> para <strong>com</strong>petir, realizar, incrementar,<<strong>br</strong> />

lutar e preocupar-se em subir, galgar a "escada <strong>do</strong> sucesso" (que poucos conseguem pelo<<strong>br</strong> />

menos definir). Não, se você tem presta<strong>do</strong> culto no santuário chama<strong>do</strong> PROMOÇÃO<<strong>br</strong> />

desde sua a<strong>do</strong>lescência. Não, se você tem moureja<strong>do</strong> a vida inteira <strong>com</strong>o escravo de galera, a<<strong>br</strong> />

bor<strong>do</strong> <strong>do</strong> navio chama<strong>do</strong> Opinião Pública. Para você, a satisfação é o "X" desconheci<strong>do</strong> da<<strong>br</strong> />

equação da vida. Trata-se de coisa tão estranha para você, <strong>com</strong>o morar num iglu; você<<strong>br</strong> />

jamais ouviu falar disso, <strong>com</strong>o também jamais ouviu falar de um rinoceronte que mora em<<strong>br</strong> />

seu quintal.


Enfrentemos os fatos. Você e eu estamos <strong>com</strong> me<strong>do</strong> de uma coisa; se a<strong>br</strong>irmos a<<strong>br</strong> />

porta da satisfação, <strong>do</strong>is visitantes beligerantes entrarão <strong>com</strong>o furacões: a perda de prestígio e<<strong>br</strong> />

a preguiça. Nós realmente acreditamos que "atingir o topo" é algo que vale qualquer<<strong>br</strong> />

sacrifício. Para os orgulhosos norte-americanos, satisfação é uma coisa a ser usufruída entre<<strong>br</strong> />

o berço e o jardim da infância, na aposenta<strong>do</strong>ria e no asilo, ou (isto pode magoar) "pessoas<<strong>br</strong> />

que não têm ambição."<<strong>br</strong> />

Pare para pensar. Um jovem que tenha grandes habilidades especiais mecânicas, e<<strong>br</strong> />

pequeno interesse acadêmico, <strong>com</strong> freqüência é aconselha<strong>do</strong> a não ficar satisfeito em<<strong>br</strong> />

estabelecer um empreendimento <strong>com</strong>ercial logo após o curso secundário. Uma professora<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petente, satisfeita <strong>com</strong> sua carreira, realizada na sala de aula, é olhada <strong>com</strong> certo<<strong>br</strong> />

desprezo se recusar um convite para tornar-se diretora da escola. O <strong>do</strong>no <strong>do</strong> restaurante da<<strong>br</strong> />

esquina atende a uma freguesia enorme, tem alegria de espírito, está satisfeito. Entretanto,<<strong>br</strong> />

as probabilidades são grandes de que a ambição egoística não vai permitir-lhe descansar<<strong>br</strong> />

enquanto não tiver aberto dez outros restaurantes, e ficar rico — deixan<strong>do</strong> a satisfação<<strong>br</strong> />

esquecida na gaveta inferior, a <strong>do</strong>s sonhos esqueci<strong>do</strong>s. Um cidadão que esteja trabalhan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o assistente — ou numa categoria de apoio ao ministério, numa empresa industrial, ou<<strong>br</strong> />

militar — <strong>com</strong> freqüência luta contra sentimentos de insatisfação, até ser promovi<strong>do</strong> para o<<strong>br</strong> />

último escalão de responsabilidades — não dan<strong>do</strong> a devida importância à capacidade<<strong>br</strong> />

pessoal.<<strong>br</strong> />

As ilustrações multiplicam-se. O princípio aplica-se a mães, <strong>do</strong>nas-de-casa, cientistas<<strong>br</strong> />

nucleares, encana<strong>do</strong>res, guardas, engenheiros, estudantes de teologia, agentes funerários,<<strong>br</strong> />

instala<strong>do</strong>res de carpetes, artistas e garçonetes. O padrão ridículo seria hilariante, se não fosse<<strong>br</strong> />

tão trágico... e tão <strong>com</strong>um. Não é de admirar que tantas pessoas acabem enregeladas no<<strong>br</strong> />

inverno severo de sua insatisfação.<<strong>br</strong> />

"Esforçan<strong>do</strong>-nos para conseguir o melhor, <strong>com</strong> freqüência estragamos o que é bom,"<<strong>br</strong> />

escreveu Shakespeare. Um fato curioso é que quan<strong>do</strong> as pessoas são livres para fazer o que<<strong>br</strong> />

bem entendem, em geral imitam umas às outras. Estou seriamente atemoriza<strong>do</strong> quanto a<<strong>br</strong> />

estarmos to<strong>do</strong>s tornan<strong>do</strong>-nos uma nação de marionetes insatisfeitos, fantoches in<strong>com</strong>petentes,<<strong>br</strong> />

pendura<strong>do</strong>s em barbantes, manipula<strong>do</strong>s por implacável dita<strong>do</strong>r.<<strong>br</strong> />

Ouçam o que diz João Batista: "...contentai-vos <strong>com</strong> o vosso sol<strong>do</strong>" (Lucas 3:14).<<strong>br</strong> />

Ouçam Paulo: "... sinto prazer nas fraquezas... ten<strong>do</strong>, porém, sustento e <strong>com</strong> que<<strong>br</strong> />

nos vestir, estejamos contentes" (2 Coríntios 12:10; 1 Timóteo 6:8).<<strong>br</strong> />

Outro apóstolo afirmou: "Seja a vossa vida sem avareza, contentan<strong>do</strong>-vos <strong>com</strong> o que<<strong>br</strong> />

tendes" (He<strong>br</strong>eus 13:5).<<strong>br</strong> />

Entretanto, devo adverti-lo: isto não é coisa fácil de fazer funcionar. Você estará em<<strong>br</strong> />

minoria, e perderá na votação. Você terá de lutar contra a pressão no senti<strong>do</strong> de conformar-


se. Até mesmo o maior <strong>do</strong>s apóstolos admitiu o seguinte: "Aprendi a contentar-me em toda<<strong>br</strong> />

e qualquer situação" (Filipenses 4:11). Trata-se de um processo de aprendiza<strong>do</strong>, às vezes<<strong>br</strong> />

muito <strong>do</strong>loroso. Não é muito agradável marchar em des<strong>com</strong>passo, até você convencer-se de<<strong>br</strong> />

que só deve ouvir a quem está autoriza<strong>do</strong> a tocar tambor.<<strong>br</strong> />

Ao convencer-se integralmente, nova dimensão para seu caráter se lhe a<strong>br</strong>irá. À<<strong>br</strong> />

medida que isso for acontecen<strong>do</strong>, duas coisas ocorrerão: (1) Seus barbantes serão corta<strong>do</strong>s e<<strong>br</strong> />

(2) você ficará verdadeiramente livre! Surpresa das surpresas! Você acabará desco<strong>br</strong>in<strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

aquela pessoa solitária que pedia carona, e que você deixou à beira da estrada muitos<<strong>br</strong> />

quilômetros atrás, está sentada ao seu la<strong>do</strong>... e vai sorrin<strong>do</strong> durante to<strong>do</strong> o percurso.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> Jesus mencionou as coisas que costumam sufocar a verdade da Palavra de<<strong>br</strong> />

Deus, eliminan<strong>do</strong>-a de nossa vida, ele mencionou três elementos específicos: a preocupação, o<<strong>br</strong> />

dinheiro e a ambição (ou insatisfação) conforme Marcos 4:19. Leia so<strong>br</strong>e estas três coisas,<<strong>br</strong> />

outra vez. Peça ao Senhor que lhe fale hoje a respeito desses peca<strong>do</strong>s, e que ele o liberte desse<<strong>br</strong> />

sufoco. Só depois disso é que você conhecerá toda a alegria existente na <strong>com</strong>unhão <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

Senhor.<<strong>br</strong> />

Leia Marcos 4:1-20.<<strong>br</strong> />

COISAS QUE NÃO MUDAM NUNCA<<strong>br</strong> />

Morreu ontem meu grande amigo de muitos anos, e meu mentor. Era prega<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

extraordinário, ora<strong>do</strong>r por excelência. Pertencia à velha escola. Sempre de camisa e gravata,<<strong>br</strong> />

alinha<strong>do</strong> e elegante. Terno de três peças, de preferência. Camisa <strong>br</strong>anca, bem passada,<<strong>br</strong> />

colarinho imacula<strong>do</strong>. Sapatos <strong>br</strong>ilhantes. Cabelos pentea<strong>do</strong>s. Bem barbea<strong>do</strong>. Bem vesti<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

sempre. Roupa sob medida. E que havia sob to<strong>do</strong> esse exterior tão bonito? <strong>Caráter</strong>. Sóli<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o rocha.<<strong>br</strong> />

Qual era seu estilo de pregação? Forte. Às vezes, <strong>do</strong>gmático. Com freqüência muito<<strong>br</strong> />

eloqüente. Muitas aliterações e, perto <strong>do</strong> final, um poema memoriza<strong>do</strong>. Sermões semea<strong>do</strong>s de<<strong>br</strong> />

ilustrações que quase sempre se iniciavam assim: "É conhecida a história de..." Quase<<strong>br</strong> />

nunca usava humor. O sermão era pleno de dignidade, um tanto distante, místico, profun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

no pensamento, a voz nas escalas mais baixas. Inúmeros livros encaderna<strong>do</strong>s em couro, na<<strong>br</strong> />

biblioteca. Determina<strong>do</strong> a manter bem elevada sua vocação ministerial. Pele tostada, olhos<<strong>br</strong> />

profun<strong>do</strong>s, dentes alinha<strong>do</strong>s. Confiante em si mesmo, sem ser arrogante. Simpático, sem ser<<strong>br</strong> />

frívolo.


Jamais demonstrou um sinal sequer de futilidade tola. Não era o tipo de homem que<<strong>br</strong> />

você esperaria ver senta<strong>do</strong>, de pernas cruzadas, à frente da casa, <strong>br</strong>incan<strong>do</strong> <strong>com</strong> as crianças.<<strong>br</strong> />

Ou na cozinha, lavan<strong>do</strong> louça. Trocan<strong>do</strong> o óleo <strong>do</strong> carro. Pulan<strong>do</strong> <strong>do</strong> último trampolim,<<strong>br</strong> />

numa pirueta. Fazen<strong>do</strong> mano<strong>br</strong>as perigosas numa ro<strong>do</strong>via. O homem tinha muita classe.<<strong>br</strong> />

Não é que ele fosse superior a tu<strong>do</strong> isso; o caso é apenas que, em seu tempo, os<<strong>br</strong> />

ministros <strong>do</strong> evangelho mantinham uma atitude bem definida e séria. Se não estivesse<<strong>br</strong> />

pregan<strong>do</strong>, meu amigo estaria preparan<strong>do</strong>-se para pregar. Se não estivesse oran<strong>do</strong>, teria<<strong>br</strong> />

acaba<strong>do</strong> de orar. Francamente, nunca estive na presença dele sem sentir grande reverência.<<strong>br</strong> />

Embora já fosse homem feito, eu me sentava direito, no escritório dele, respeitoso, e<<strong>br</strong> />

chamava-o de senhor. Quan<strong>do</strong> ele punha a mão em meu om<strong>br</strong>o e orava para que Deus<<strong>br</strong> />

guiasse "este jovem aqui" e que me usasse, estan<strong>do</strong> já "separa<strong>do</strong> para o ministério <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Mestre", eu me sentia <strong>com</strong>o se houvesse si<strong>do</strong> ordena<strong>do</strong> cavaleiro <strong>do</strong> rei. Porejava integridade,<<strong>br</strong> />

esse pastor. Seus conselhos eram insuperáveis. Seus pensamentos e palavras tinham prístina<<strong>br</strong> />

pureza — bem passa<strong>do</strong>s, engoma<strong>do</strong>s, limpos e <strong>br</strong>ilhantes <strong>com</strong>o hábito de freira. Ao<<strong>br</strong> />

assomar ao púlpito, erguia-se ereto, digno, cheio de graça — certamente um <strong>do</strong>s melhores<<strong>br</strong> />

prega<strong>do</strong>res de seus dias, ilustração viva <strong>do</strong> "Salmo <strong>do</strong> Cavalheiro"... salmo 15.<<strong>br</strong> />

Contu<strong>do</strong>, grande parte das coisas "da época antiga" já se foi. O trato das pessoas<<strong>br</strong> />

hoje é muito diferente. Os dias de meu amigo faleci<strong>do</strong> foram os dias de Walter Winchell,<<strong>br</strong> />

Jorge Patton e Norman Rockwell. Imperava uma filosofia séria, cujas linhas gerais eram<<strong>br</strong> />

bem delineadas e definidas, em que os sermões tinham mão única. Não se falava em<<strong>br</strong> />

diálogo... E quanto à vulnerabilidade <strong>do</strong>s líderes? Anátema. Como mudaram os tempos!<<strong>br</strong> />

Não há uma única profissão que não tenha si<strong>do</strong> forçada a mudar, a<strong>br</strong>in<strong>do</strong> <strong>br</strong>echas para<<strong>br</strong> />

alterações inevitáveis, muitas delas essenciais.<<strong>br</strong> />

Pensei nisso, há pouco, ao ler uma "descrição de cargo" dirigida às enfermeiras de<<strong>br</strong> />

um hospital, em 1887. Vocês, enfermeiras e médicos, vão rir <strong>com</strong> incredulidade.<<strong>br</strong> />

Há alguém mais que esteja contente porque tem havi<strong>do</strong> muitas mudanças, desde<<strong>br</strong> />

1887?<<strong>br</strong> />

Sim, o tempo muda as coisas... às vezes drasticamente. Mudam os estilos, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

mudam as expectativas, os salários, os sistemas de <strong>com</strong>unicação, os relacionamentos entre<<strong>br</strong> />

pessoas, e até as técnicas de pregação.<<strong>br</strong> />

Todavia, certas coisas jamais deveriam sofrer mudanças. Por exemplo: o respeito<<strong>br</strong> />

pelas autoridades, a integridade pessoal, a sanidade <strong>do</strong>s pensamentos, a pureza das palavras,<<strong>br</strong> />

a santidade no viver, os papéis bem distintos atribuí<strong>do</strong>s à masculinidade e à feminilidade, a<<strong>br</strong> />

lealdade a Cristo, o amor à família e o autêntico espírito de serviço. As qualidades de<<strong>br</strong> />

caráter jamais ficam à mercê de ataques irreverentes.


DEVERES DAS ENFERMEIRAS EM 1887<<strong>br</strong> />

Além de cuidar de seus cinqüenta pacientes, cada enfermeira deverá obedecer aos<<strong>br</strong> />

seguintes regulamentos:<<strong>br</strong> />

1. Varrer e espanar diariamente seu pavilhão, esfregan<strong>do</strong> um pano molha<strong>do</strong> no<<strong>br</strong> />

assoalho; tirar o pó <strong>do</strong>s móveis <strong>do</strong>s pacientes, e das soleiras das janelas.<<strong>br</strong> />

2. Manter uma temperatura agradável em seu pavilhão, trazen<strong>do</strong> um balde de<<strong>br</strong> />

carvão para as atividades <strong>do</strong> dia.<<strong>br</strong> />

3. A luz é importante para poder observar-se as condições <strong>do</strong>s pacientes. Portanto,<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>s os dias: encher os lampiões de querosene, limpar as chaminés e aparar os pavios.<<strong>br</strong> />

Lavar as vidraças uma vez por semana.<<strong>br</strong> />

4. As anotações das enfermeiras são importantes, para ajudar o trabalho <strong>do</strong> médico.<<strong>br</strong> />

Ter o máximo cuida<strong>do</strong> ao confeccionar suas penas de escrever. Pode-se cortar os bicos das<<strong>br</strong> />

penas segun<strong>do</strong> o gosto pessoal.<<strong>br</strong> />

5. Cada enfermeira em plantão diurno deve <strong>com</strong>parecer to<strong>do</strong>s os dias às 7 horas e<<strong>br</strong> />

deixar o trabalho às 20, exceto aos <strong>do</strong>mingos, quan<strong>do</strong> a enfermeira poderá ausentar-se entre<<strong>br</strong> />

as 12 e as 14 horas.<<strong>br</strong> />

6. As enfermeiras formadas que gozem de boa reputação junto ao diretor de<<strong>br</strong> />

enfermeiras, terão uma noite de folga por semana, para propósitos de namoro, ou duas<<strong>br</strong> />

noites, se vão regularmente à igreja.<<strong>br</strong> />

7. Cada enfermeira deverá deixar de la<strong>do</strong> determinada porção de seu salário, a fim<<strong>br</strong> />

de poder gozar de alguns benefícios durante seus anos de declínio, e não vir a tornar-se um<<strong>br</strong> />

far<strong>do</strong>. Por exemplo, se você ganha trinta dólares por mês, deverá pôr à parte quinze dólares.<<strong>br</strong> />

8. Toda e qualquer enfermeira que fuma, bebe álcool sob qualquer forma, vai a<<strong>br</strong> />

salão de beleza a fim de pentear os cabelos, ou freqüenta salões de bailes, dá boas razões ao<<strong>br</strong> />

diretor de enfermeiras para suspeitar de seu valor, de suas intenções e de sua integridade.<<strong>br</strong> />

9. A enfermeira que desempenhar suas funções, e atender a seus pacientes e médicos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> toda fidelidade, sem <strong>com</strong>eter faltas, durante um perío<strong>do</strong> de cinco anos, receberá um aumento<<strong>br</strong> />

de cinco centavos por dia, da administração <strong>do</strong> hospital, desde que o hospital não<<strong>br</strong> />

tenha dívidas elevadas.<<strong>br</strong> />

Meu amigo e mentor partiu. Muito <strong>do</strong> seu estilo foi-se <strong>com</strong> ele. Contu<strong>do</strong>, o estofo<<strong>br</strong> />

áureo que o tornou grande — ah! que nós jamais nos esqueçamos de seu caráter. Os tempos<<strong>br</strong> />

podem mudar. E o caráter? Jamais. Nem na vida... nem na morte.


A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Como é a vida? "Um vapor," responde-nos Tiago (4:14). "Neblina que aparece por<<strong>br</strong> />

instante." "O homem, nasci<strong>do</strong> de mulher, vive <strong>br</strong>eve tempo... nasce <strong>com</strong>o a flor, e murcha;<<strong>br</strong> />

foge <strong>com</strong>o a som<strong>br</strong>a, e não permanece" (Jó 14:1-2). Embora demonstremos aparência de<<strong>br</strong> />

segurança, nossa vida é marcada pela incerteza, adversidade e <strong>br</strong>evidade. São razões mais<<strong>br</strong> />

que suficientes para que ganhemos uma perspectiva correta quanto à maneira de viver. O<<strong>br</strong> />

caminhar <strong>com</strong> Deus produz esse efeito. Não nos dá garantia de que viveremos mais tempo,<<strong>br</strong> />

mas ajuda-nos a viver melhor. Com maior profundidade. Maior largueza. Visto que você<<strong>br</strong> />

nada sabe a respeito <strong>do</strong> dia, da semana ou <strong>do</strong> ano que se estende diante de você, entregue-se<<strong>br</strong> />

de mo<strong>do</strong> renova<strong>do</strong> a Deus, pois ele sabe de antemão <strong>com</strong>o serão os tempos e estações.<<strong>br</strong> />

Leia Tiago 4.<<strong>br</strong> />

VERDADEIRO TRABALHO DE EQUIPE<<strong>br</strong> />

John Stemmons, homem de negócios bem conheci<strong>do</strong>, de Dallas, foi solicita<strong>do</strong> a tecer<<strong>br</strong> />

uma <strong>br</strong>eve declaração so<strong>br</strong>e o que ele consideraria ser fundamental para desenvolver-se uma<<strong>br</strong> />

boa equipe. A resposta dele foi incisiva e clara. Vale a pena repeti-la:<<strong>br</strong> />

"Encontre pessoas de ação, que se tornarão realiza<strong>do</strong>ras em seus<<strong>br</strong> />

campos de atividade... pessoas em quem você pode confiar. Em<<strong>br</strong> />

seguida, envelheçam juntos."<<strong>br</strong> />

Quer uma boa ilustração disso? A equipe evangelística de Billy Graham, o núcleo<<strong>br</strong> />

central daquele grupo de pessoas de coração grande, talentosas, cujos nomes se tornaram<<strong>br</strong> />

legendas. Olhan<strong>do</strong> para o rosto da maioria daquelas pessoas, em nossa igreja no <strong>do</strong>mingo<<strong>br</strong> />

passa<strong>do</strong>, enquanto lhes apertava as mãos, senti-me aqueci<strong>do</strong> pelo sorriso gracioso delas; e<<strong>br</strong> />

percebi, de repente, que não conseguia lem<strong>br</strong>ar-me de uma época em que não estavam juntas.<<strong>br</strong> />

Era quase <strong>com</strong>o se houvessem nasci<strong>do</strong> na mesma família — ou pelo menos, educa<strong>do</strong>s na<<strong>br</strong> />

mesma vizinhança. Numa época em que prevalece a mentalidade religiosa <strong>do</strong> pula-pula, de<<strong>br</strong> />

emprego a emprego, e da mentalidade tipo "cavaleiro solitário", é bastante conforta<strong>do</strong>r ver<<strong>br</strong> />

um grupo de pessoas capazes e dedicadas, cada uma diferente e bem distinta das outras,<<strong>br</strong> />

envelhecen<strong>do</strong> juntas mas constituin<strong>do</strong>, sempre, uma equipe sólida.<<strong>br</strong> />

Não interprete mal o que significa uma equipe. Lealdade grupal não é o mesmo que<<strong>br</strong> />

lealdade cega, ou esconder eventual in<strong>com</strong>petência. Tampouco é o preconceito cheio de nepotismo,<<strong>br</strong> />

segun<strong>do</strong> o qual todas as pessoas estão erradas, exceto as <strong>do</strong> nosso grupelho. Nem deve<<strong>br</strong> />

a equipe ser tão exclusiva e orgulhosa que pareça fechada e secreta. Ao contrário, há li-


erdade para a pessoa ser quem é, pura desenvolver-se, inovar, <strong>com</strong>eter erros, e aprender uns<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os outros... e durante to<strong>do</strong> o processo sentir-se ama<strong>do</strong>, apoia<strong>do</strong>, <strong>com</strong> espaço para a autoafirmação.<<strong>br</strong> />

Este contexto tem si<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> de "gerência pela amizade." Em vez de<<strong>br</strong> />

suspeitas e rasteiras, há confiança que induz a uma solidariedade dentro da equipe. O<<strong>br</strong> />

estresse se mantém em grau mínimo, visto que a afeição flui e encoraja-se o riso franco.<<strong>br</strong> />

Quem é que não desenvolve o caráter num ambiente de segurança desse quilate?<<strong>br</strong> />

Em seu "best seller" American Caesar, William Manchester apresenta Douglas<<strong>br</strong> />

MacArthur a seus leitores. O autor ajuda-nos a aproximar-nos mais daquela<<strong>br</strong> />

personalidade forte, enquanto lhe cava sob o exterior intimidante, e desco<strong>br</strong>e muitas das<<strong>br</strong> />

características magnéticas, tanto quanto das estranhas idiossincrasias. Em certo ponto, o<<strong>br</strong> />

autor analisa a extraordinária lealdade que o Coronel MacArthur fazia <strong>br</strong>otar em suas<<strong>br</strong> />

tropas, durante a Primeira Guerra Mundial. À época em que a guerra chegou ao fim, o<<strong>br</strong> />

militar fizera jus a sete Estrelas de Prata, duas Cruzes por Serviço Excepcionalmente Bom<<strong>br</strong> />

e também a cobiçada Medalha por Desempenho Excelente.<<strong>br</strong> />

É óbvio que tais condecorações ele as ganhou por sua própria <strong>br</strong>avura, mas, não se<<strong>br</strong> />

pode negar que outro fator também contribuiu: a habilidade <strong>do</strong> homem para implantar<<strong>br</strong> />

lealdade inque<strong>br</strong>antável nos homens sob seu <strong>com</strong>an<strong>do</strong>. Como é que esse líder extraiu tal<<strong>br</strong> />

qualidade <strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s? Aqui está, numa <strong>br</strong>eve síntese, a análise de Manchester:<<strong>br</strong> />

MacArthur tinha uma idade mais próxima da de seus <strong>com</strong>anda<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> que os demais oficiais mais i<strong>do</strong>sos.<<strong>br</strong> />

Ele partilhava os desconfortos e perigos da tropa.<<strong>br</strong> />

Ele amava seus solda<strong>do</strong>s, além de tu<strong>do</strong>. 27<<strong>br</strong> />

A despeito da egomania e das distorções emocionais desse solda<strong>do</strong>, que foram bem<<strong>br</strong> />

exploradas pela imprensa, MacArthur possuía uma virtude excepcional, redentora, que<<strong>br</strong> />

eclipsava suas eventuais falhas, aos olhos de seus homens, e lhes acendia a admiração: Ele se<<strong>br</strong> />

preocupava <strong>com</strong> seus <strong>com</strong>anda<strong>do</strong>s genuína e profundamente. A palavra certa é amor.<<strong>br</strong> />

Nada... absolutamente nada consegue agregar bem uma equipe, ou fortalecer as cordas da<<strong>br</strong> />

lealdade, senão o amor. Ele desfaz a concorrência interna. Silencia o mexerico. Eleva o<<strong>br</strong> />

moral. Promove emoções que afirmam: "Eu pertenço" e mais: "Que importa quem é que<<strong>br</strong> />

recebe o crédito?" e ainda: "Preciso dar o que tenho de melhor" e "Você pode confiar em<<strong>br</strong> />

mim, porque eu confio em você."<<strong>br</strong> />

A equipe de discípulos reunida por Jesus estava longe de constituir um exemplo de<<strong>br</strong> />

sucesso, quan<strong>do</strong> o agrupamento se iniciou. Alguém teria imagina<strong>do</strong>, na ocasião, as razões<<strong>br</strong> />

porque ele escolheu aquele "ban<strong>do</strong> maltrapilho de almas," 28 <strong>com</strong>o Robert Coleman os


etiquetou? O gênio <strong>do</strong> plano <strong>do</strong> Senhor não se fez óbvio imediatamente. Contu<strong>do</strong>, ao re<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> fim <strong>do</strong> primeiro século, ninguém conseguiria encontrar defeitos na equipe de Cristo. Com<<strong>br</strong> />

exceção <strong>do</strong> engana<strong>do</strong>r, eram to<strong>do</strong>s "homens de ação," que provaram ser "realiza<strong>do</strong>res em<<strong>br</strong> />

seu próprio campo" e se tornaram "pessoas em quem você pode confiar." No fim, foram<<strong>br</strong> />

responsabiliza<strong>do</strong>s por virar o mun<strong>do</strong> de cabeça para baixo... ou será que eu deveria dizer<<strong>br</strong> />

que o colocaram <strong>com</strong> o la<strong>do</strong> certo para cima? Seja o que for, nenhum outro grupo de pessoas<<strong>br</strong> />

na história provou ser mais eficiente <strong>do</strong> que essa equipe evangelística <strong>do</strong> primeiro século, o<<strong>br</strong> />

núcleo central <strong>do</strong>s homens de Cristo.<<strong>br</strong> />

Não disponho de uma pista sequer so<strong>br</strong>e o que foi que me levou a escrever estes<<strong>br</strong> />

conceitos, hoje; senti apenas um forte senso de urgência em fazê-lo. Talvez você esteja em<<strong>br</strong> />

pleno processo de formar uma equipe — um grupo especial de pessoas que deverão atingir<<strong>br</strong> />

objetivos importantes. Aqui está um pequeno conselho que vale a pena ter em mente: em vez<<strong>br</strong> />

de procurar grandes nomes, ou iniciar <strong>com</strong> uns poucos figurões, vá atrás de pessoas de ação,<<strong>br</strong> />

realiza<strong>do</strong>res de verdade, gente em quem se pode confiar... ame-os, conduza-os ao<<strong>br</strong> />

desa<strong>br</strong>ochamento <strong>do</strong> potencial total de cada um, enquanto vai cultivan<strong>do</strong> a amizade de longo<<strong>br</strong> />

alcance. Dê-lhes seu coração numa afeição irrestrita! Em seguida, observe o mo<strong>do</strong> de Deus<<strong>br</strong> />

operar. A equipe que se mantém coesa pela força <strong>do</strong> amor, reunida pela graça divina, tem<<strong>br</strong> />

poder permanente.<<strong>br</strong> />

Acho que poderíamos dar um nome a esse processo: envelhecer juntos, <strong>com</strong> graça.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Antes de você a<strong>br</strong>ir o hinário, no culto <strong>do</strong> próximo <strong>do</strong>mingo, olhe ao seu re<strong>do</strong>r. A<<strong>br</strong> />

maior parte das pessoas que você estiver ven<strong>do</strong> são seus irmãos e irmãs em Cristo, a família<<strong>br</strong> />

de Deus. Você precisa deles. Eles precisam de você. Independente e separa<strong>do</strong>, você é fraco.<<strong>br</strong> />

Eles também seriam fracos, se fossem independentes e separa<strong>do</strong>s. Contu<strong>do</strong>, juntos, vocês<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>s formam uma unidade forte... capaz de resistir às tempestades desencadeadas fora das<<strong>br</strong> />

paredes da igreja. Quan<strong>do</strong> você estiver oran<strong>do</strong>, hoje, dê graças ao Pai pelo fato de você não<<strong>br</strong> />

estar sozinho nesta jornada turbulenta que se inicia na terra e termina no céu.<<strong>br</strong> />

Leia 1 Coríntios 12.<<strong>br</strong> />

DEDICAÇÃO<<strong>br</strong> />

São raras, na verdade, as pessoas que dão de si mesmas não se importan<strong>do</strong> <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

reconhecimentos, benefícios pessoais ou retorno financeiro.


Por alguma razão, vamos sofren<strong>do</strong> vagarosamente um processo lento de erosão,<<strong>br</strong> />

tornan<strong>do</strong>-nos um povo que avalia cada pedi<strong>do</strong> de cooperação deste ponto de vista: "Que<<strong>br</strong> />

vantagem eu levo nisso?" ou "Como é que conseguirei obter o máximo fazen<strong>do</strong> o mínimo?"<<strong>br</strong> />

Tal filosofia está contaminada por uma tremenda perda. Falta-lhe aquilo que se chama<<strong>br</strong> />

dedicação. Por causa de nossa natureza preguiçosa, não nos sentimos mal em dedicar ao<<strong>br</strong> />

nosso trabalho o mínimo esforço possível. Se houve, antes, grande empenho e motivação para<<strong>br</strong> />

atingir a excelência, e o controle de qualidade, hoje sacrificamos tu<strong>do</strong> isso no altar da<<strong>br</strong> />

racionalização tipo:<<strong>br</strong> />

"Bem, ninguém é perfeito."<<strong>br</strong> />

"Chega, já está bastante bom."<<strong>br</strong> />

"Não se preocupe, ninguém vai perceber."<<strong>br</strong> />

"To<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> faz assim."<<strong>br</strong> />

Como resulta<strong>do</strong> disso, nossos padrões são, agora, a mediocridade e nossos objetivos,<<strong>br</strong> />

manter a média. O trabalha<strong>do</strong>r dedica<strong>do</strong>, o realiza<strong>do</strong>r extraordinário, o emprega<strong>do</strong> leal e<<strong>br</strong> />

trabalha<strong>do</strong>r, o estudante que se esforça para obter a excelência, <strong>com</strong> freqüência são rotula<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

de neuróticos, ou evita<strong>do</strong>s pelos colegas <strong>com</strong>o fanáticos.<<strong>br</strong> />

Consigo encontrar mais encorajamento na Palavra de Deus <strong>do</strong> que em qualquer<<strong>br</strong> />

outra fonte de informação, no que diz respeito à importância da dedicação pessoal. O<<strong>br</strong> />

Senhor me assegura que meu objetivo é a glória de Deus (1 Coríntios 10:31), e não a<<strong>br</strong> />

aprovação <strong>do</strong> homem. Além disso, quan<strong>do</strong> o Senhor me ordena que ame, ordena-me que<<strong>br</strong> />

ame intensamente (1 Pedro 4:8). Ao nutrir uma amizade, devo fazê-lo <strong>com</strong> amor fraternal<<strong>br</strong> />

(Romanos 12:10). Ao fugir <strong>do</strong> mal, a instrução que recebo é para fugir até da aparência <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

mal (1 Tessalonicenses 5:22). Quan<strong>do</strong> eu vir um irmão ou irmã em necessidade, preciso<<strong>br</strong> />

arcar <strong>com</strong> o far<strong>do</strong> sacrificialmente (Gálatas 6:1-2); não ficar olhan<strong>do</strong> só de longe. No que<<strong>br</strong> />

se trata de trabalho, haveremos de ser disciplina<strong>do</strong>s (2 Tessalonicenses 3:7-8) e diligentes (1<<strong>br</strong> />

Tessalonicenses 2:9). As Escrituras estão cheias de exortações para que façamos mais e<<strong>br</strong> />

melhor <strong>do</strong> que o simples cumprimento <strong>do</strong> dever — exortações para que dediquemos nossa<<strong>br</strong> />

vida e a alimentemos <strong>com</strong> o desafio de realizar to<strong>do</strong> trabalho <strong>com</strong>o se fora o<strong>br</strong>a prima.<<strong>br</strong> />

Para que você não pense que este conceito é severo demais, encerro <strong>com</strong> um excerto de<<strong>br</strong> />

carta escrita por um jovem <strong>com</strong>unista à sua noiva, desfazen<strong>do</strong> o noiva<strong>do</strong>. O pastor da moça<<strong>br</strong> />

enviou a carta a Billy Graham, que a publicou há alguns anos.<<strong>br</strong> />

O estudante <strong>com</strong>unista escreveu o seguinte:


"Nós, <strong>com</strong>unistas, sofremos um eleva<strong>do</strong> índice de baixas. Somos<<strong>br</strong> />

alveja<strong>do</strong>s e enforca<strong>do</strong>s e ridiculariza<strong>do</strong>s e despedi<strong>do</strong>s de nossos<<strong>br</strong> />

empregos; de toda maneira possível, somos perturba<strong>do</strong>s ao máximo.<<strong>br</strong> />

Determinada porcentagem <strong>do</strong>s nossos é morta ou aprisionada.<<strong>br</strong> />

Vivemos virtualmente em po<strong>br</strong>eza. Entregamos ao parti<strong>do</strong> cada<<strong>br</strong> />

centavo que ganhamos, depois de pago o que for absolutamente<<strong>br</strong> />

necessário para manter-nos vivos.<<strong>br</strong> />

Nós, <strong>com</strong>unistas, não temos dinheiro nem tempo para cinema,<<strong>br</strong> />

concertos, grandes almoços, lares decentes ou carros novos. Temos si<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

chama<strong>do</strong>s de fanáticos. Somos fanáticos. Nossas vidas são <strong>do</strong>minadas<<strong>br</strong> />

por um fator superdeterminante: a luta pelo <strong>com</strong>unismo mundial.<<strong>br</strong> />

Nós, <strong>com</strong>unistas, temos uma filosofia de vida que dinheiro nenhum<<strong>br</strong> />

pode <strong>com</strong>prar.<<strong>br</strong> />

Temos uma causa pela qual lutar, um propósito defini<strong>do</strong> para a vida.<<strong>br</strong> />

Subordinamos nossas po<strong>br</strong>es pessoas individuais ao grande movimento<<strong>br</strong> />

da humanidade; se nossas vidas individuais nos parecerem duras<<strong>br</strong> />

demais, ou se nossos egos parecerem sofrer demais, pela subordinação<<strong>br</strong> />

ao parti<strong>do</strong>, somos adequadamente <strong>com</strong>pensa<strong>do</strong>s pelo pensamento de<<strong>br</strong> />

que cada um de nós, à sua maneira humilde e pequenina, está<<strong>br</strong> />

contribuin<strong>do</strong> para algo novo e verdadeiro e melhor, para a<<strong>br</strong> />

humanidade.<<strong>br</strong> />

Existe uma única coisa pela qual morro de preocupação, que é a<<strong>br</strong> />

causa <strong>com</strong>unista. Ela é minha vida, meu negócio, minha religião,<<strong>br</strong> />

minha distração, minha namorada, minha esposa, minha amante,<<strong>br</strong> />

meu pão <strong>com</strong> manteiga. Trabalho por ela de dia, e sonho <strong>com</strong> ela de<<strong>br</strong> />

noite. Os tentáculos que me agarram se fortalecem; nunca se<<strong>br</strong> />

enfraquecem à medida que o tempo vai passan<strong>do</strong>; portanto, não posso<<strong>br</strong> />

nutrir uma amizade, um caso amoroso, nem mesmo uma conversa,<<strong>br</strong> />

sem relacionar o que faço no momento a essa força que motiva e ao<<strong>br</strong> />

mesmo tempo guia minha vida. Eu avalio pessoas, aparências, idéias e<<strong>br</strong> />

ações de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> a maneira pela qual atingem a causa <strong>com</strong>unista, e<<strong>br</strong> />

segun<strong>do</strong> as atitudes que demonstram para <strong>com</strong> essa causa. Já estive na<<strong>br</strong> />

cadeia por causa de meus ideais e, se necessário, ficarei diante de um<<strong>br</strong> />

pelotão de fuzilamento."<<strong>br</strong> />

Isso, meu amigo, é dedicação total. A busca de caráter precisa incluir este traço raro<<strong>br</strong> />

e essencial. Não tenha me<strong>do</strong>! Uma lealdade assim, devotada à excelência, não é apenas rara:<<strong>br</strong> />

é muito contagiante.


A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Você está precisan<strong>do</strong> de um objetivo novo, desafia<strong>do</strong>r? Leia Isaías 58. Concentre-se<<strong>br</strong> />

no versículo 12. Pense bem na possibilidade de preencher aquelas três funções: "reconstruir",<<strong>br</strong> />

"reparar" e "restaurar." As três estão à sua disposição, basta apanhá-las livremente.<<strong>br</strong> />

Durante alguns momentos de tranqüilidade diante de Deus, peça-lhe que lhe dê um coração<<strong>br</strong> />

sensível às necessidades das pessoas ao seu re<strong>do</strong>r. Agradeça ao Senhor pela reconstrução,<<strong>br</strong> />

pela reparação e pela restauração que ele lhe trouxe. Diga-lhe que você lhe pertence,<<strong>br</strong> />

totalmente — sem condições, sem exceções, sem reservas.<<strong>br</strong> />

Tom Fatjo entrou no lixo.<<strong>br</strong> />

SONHANDO<<strong>br</strong> />

Bem, nem sempre ele esteve meti<strong>do</strong> em lixo. Antes, era um executivo de<<strong>br</strong> />

contabilidade tranqüilo e eficiente. Seria mais um daqueles empertiga<strong>do</strong>s diploma<strong>do</strong>s da<<strong>br</strong> />

Universidade Rice, dispostos a seguir o figurino, esquivar-se de to<strong>do</strong> risco, e aferrar-se<<strong>br</strong> />

facilmente num estilo de vida previsível. Enfa<strong>do</strong>nho mas estável. Seguro. Tu<strong>do</strong> corria bem,<<strong>br</strong> />

de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> o planeja<strong>do</strong>, até aquela noite em que Tom se viu rodea<strong>do</strong> por um grupo de<<strong>br</strong> />

enraiveci<strong>do</strong>s proprietários de casas. Senta<strong>do</strong> entre aqueles cavalheiros irrita<strong>do</strong>s, no Clube<<strong>br</strong> />

Cívico de Willow<strong>br</strong>ook, na parte su<strong>do</strong>este de Houston, as engrenagens internas de Tom<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eçaram a rodar.<<strong>br</strong> />

Veja você, a administração da cidade se havia recusa<strong>do</strong> a recolher os sacos de lixo às<<strong>br</strong> />

portas daquela gente. Haviam contrata<strong>do</strong> uma empresa particular para coletar o lixo, mas<<strong>br</strong> />

essa <strong>com</strong>panhia estava ten<strong>do</strong> problemas sérios. E assim, o lixo <strong>com</strong>eçou a empilhar. Havia<<strong>br</strong> />

moscas por toda a parte, o que aumentava o sofrimento naquele quente verão <strong>do</strong> sul <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Texas. Palavras acaloradas eram disparadas de um la<strong>do</strong> para o outro, naquela sala.<<strong>br</strong> />

Nessa noite, Tom Fatjo não conseguiu <strong>do</strong>rmir.<<strong>br</strong> />

Uma idéia maluca ficou giran<strong>do</strong> e giran<strong>do</strong>, sem parar, em sua cabeça. Era um<<strong>br</strong> />

sonho irreal demais para admiti-lo a alguém, salvo a si próprio. Sonho que despertava uma<<strong>br</strong> />

série de pensamentos incríveis. O resulta<strong>do</strong> disso tu<strong>do</strong> foi a aquisição de um caminhão de<<strong>br</strong> />

lixo. E a coisa transformou-se numa aventura de dez anos que lhe pareceria incrível demais.<<strong>br</strong> />

Aventura que evoluiu para a maior <strong>com</strong>panhia recolhe<strong>do</strong>ra de lixo sóli<strong>do</strong>, no mun<strong>do</strong>, a<<strong>br</strong> />

Browning-Ferris Industries, Inc., cujas vendas anuais excedem (você está pronto para o<<strong>br</strong> />

choque?) quinhentos milhões de dólares. E isso foi apenas o <strong>com</strong>eço. Tom serviu também de<<strong>br</strong> />

instrumento na edificação e implementação de mais de dez outros empreendimentos —


grandes <strong>com</strong>panhias — <strong>com</strong>o a Criterion Captial Corporation, cujas subsidiárias e<<strong>br</strong> />

afiliadas vendem mais de <strong>do</strong>is bilhões de dólares anuais.<<strong>br</strong> />

E pensar que tu<strong>do</strong> <strong>com</strong>eçou <strong>com</strong> um caminhão de lixo.<<strong>br</strong> />

Não. Começou <strong>com</strong> um sonho.<<strong>br</strong> />

Uma idéia impensável, amedronta<strong>do</strong>ra, absolutamente selvagem, que impediu um<<strong>br</strong> />

homem de conciliar o sono. Levantan<strong>do</strong>-se bem devagarinho, de mo<strong>do</strong> que não acordasse a<<strong>br</strong> />

esposa Diane, ou sua filha, ele sentou-se e ficou olhan<strong>do</strong> pela janela a lua cheia lá no alto.<<strong>br</strong> />

Ouça as palavras dele:<<strong>br</strong> />

"Nessa época, vivíamos <strong>com</strong> um orçamento de 750 dólares por mês.<<strong>br</strong> />

Meu sócio e eu havíamos feito um acor<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> iniciamos nossa<<strong>br</strong> />

firma de contabilidade, que nós nos manteríamos <strong>com</strong> uma renda reduzida;<<strong>br</strong> />

por isso, era certo que haveria algum dinheiro extra que eu<<strong>br</strong> />

poderia usar. Meus objetivos eram um rendimento maior, em dinheiro,<<strong>br</strong> />

e a resolução <strong>do</strong>s problemas <strong>com</strong> o lixo da subdivisão. Em seguida,<<strong>br</strong> />

organizei as informações financeiras de que precisava a fim de ver se o<<strong>br</strong> />

negócio da industrialização <strong>do</strong> lixo seria factível. Imaginei mais alguns<<strong>br</strong> />

sonhos so<strong>br</strong>e o que seria um homem que lida <strong>com</strong> lixo, e ri-me<<strong>br</strong> />

sozinho, alto, ao tentar ver as expressões faciais das pessoas, quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

ouvissem que o conserva<strong>do</strong>r Tom Fatjo estava dirigin<strong>do</strong> um caminhão<<strong>br</strong> />

de lixo. Entretanto, a excitação de fazer isso era muito mais profunda<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> que a fantasia de fazer qualquer outra coisa. Eu não sabia<<strong>br</strong> />

porque, exatamente, mas essa idéia maluca de repente tornou-se de<<strong>br</strong> />

suma importância para mim." 29<<strong>br</strong> />

É assim que os sonhos se realizam. Especialmente quan<strong>do</strong> Deus está inseri<strong>do</strong> neles.<<strong>br</strong> />

Parecem malucos (eles são malucos!). Coloca<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> triângulo isógono da lógica, <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

custo e <strong>do</strong> tempo, os sonhos jamais parecem congruentes. Não voam, quan<strong>do</strong> você os testa<<strong>br</strong> />

contra a gravidade da realidade. A coisa mais estranha é a seguinte: quanto mais se afirma<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os sonhos: "não pode", mais eles pulsam e gritam: "pode" e "quero" e "é preciso."<<strong>br</strong> />

Que é que está por detrás das grandes realizações? Inevitavelmente, grandes pessoas.<<strong>br</strong> />

Mas, que é que existe nessas "grandes pessoas" que as torna diferentes? Certamente não é a<<strong>br</strong> />

idade delas, nem o sexo, cor, hereditariedade ou ambiente. Não. Há de ser alguma coisa<<strong>br</strong> />

que carregam dentro de suas cabeças. São pessoas que pensam de mo<strong>do</strong> diferente. Pessoas<<strong>br</strong> />

cujas idéias se entretecem em padrões significativos no tear <strong>do</strong>s sonhos, trama<strong>do</strong>s <strong>com</strong> fios


multicolori<strong>do</strong>s da imaginação, da criatividade e até <strong>com</strong> um toque de fantasia. Estão entre<<strong>br</strong> />

aquelas pessoas mencionadas nas Escrituras "que sonharão sonhos e verão visões."<<strong>br</strong> />

Contu<strong>do</strong>, há outro grupo de pessoas igualmente grandes — são as que se casaram<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os videntes modernos! Meu conselho para você é o seguinte: Arranje espaço para os<<strong>br</strong> />

sonha<strong>do</strong>res. Não force demais a coisa <strong>com</strong> "você não deveria" e "você não pode", está bem?<<strong>br</strong> />

Os sonhos são coisas frágeis que enfrentam grandes dificuldades para emergir das nuvens <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

negativismo, as quais são lem<strong>br</strong>etes tipo "não há dinheiro" e "os problemas são grandes<<strong>br</strong> />

demais." Tenha paciência. Sua vocação é especial. Na verdade, você é sócio, nesse processo...<<strong>br</strong> />

deve estar pronto para tu<strong>do</strong>. E repito: pronto para tu<strong>do</strong>!<<strong>br</strong> />

Seja lá o que for que convida o sonha<strong>do</strong>r para um mergulho, a esposa também<<strong>br</strong> />

mergulha. Alegre-se porque você não é Diane; dela se espera que mergulhe em algo em que<<strong>br</strong> />

seu mari<strong>do</strong> já se enfiou.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

O crescimento, embora seja silencioso <strong>com</strong>o a luz, é uma das provas práticas da<<strong>br</strong> />

saúde. Isto também é verdade no reino espiritual. Qual é o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> crescimento em<<strong>br</strong> />

Cristo? Os frutos. Leia João 15, e em seguida volte atrás e releia, <strong>com</strong> máxima atenção, os<<strong>br</strong> />

versículos 1-7. "Nenhum fruto. Fruto. Mais fruto. Muito fruto." Onde está você nesse<<strong>br</strong> />

espectro? Medite no seu crescimento e na medida de sua frutificação, enquanto estiver oran<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

ao Senhor, logo mais.<<strong>br</strong> />

CARICATURAS<<strong>br</strong> />

A maior parte de nós, crentes, não percebe as caricaturas, os quadros mentais<<strong>br</strong> />

distorci<strong>do</strong>s e jocosos que as pessoas fazem <strong>do</strong>s "santos" freqüenta<strong>do</strong>res de igreja e leitores da<<strong>br</strong> />

Bíblia.<<strong>br</strong> />

É verdade. Representamos conceitos fantasmagóricos, difíceis de serem entendi<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Referimo-nos à <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> "novo nascimento", embora rejeitemos a reencarnação.<<strong>br</strong> />

Isso é estranho para o não-inicia<strong>do</strong>. Conversamos em voz alta <strong>com</strong> uma Pessoa que não<<strong>br</strong> />

vemos, e entregamos toda a nossa vida a Alguém a quem jamais encontramos, por causa de<<strong>br</strong> />

um Livro que acreditamos que esse Alguém escreveu (embora não o víssemos escreven<strong>do</strong>-o),<<strong>br</strong> />

o qual nos diz que é isso mesmo que devemos fazer. A <strong>do</strong>se é grande demais para certas<<strong>br</strong> />

pessoas engolirem. Dizemos que somos discípulos, segui<strong>do</strong>res de Cristo, mas há várias<<strong>br</strong> />

ocasiões, to<strong>do</strong>s os anos, em que agimos <strong>com</strong>o se fôssemos o próprio diabo. Afirmamos que


somos cidadãos <strong>do</strong>s céus, mas caminhamos pela terra. Falamos de amor, de perdão, de<<strong>br</strong> />

pureza e <strong>com</strong>paixão, mas assassinamos <strong>com</strong> nossa boca, cobiçamos <strong>com</strong> nossos olhos, e<<strong>br</strong> />

desprezamos <strong>com</strong> nossos ouvi<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Você e eu <strong>com</strong>preendemos estes contrastes porque recebemos instruções cuida<strong>do</strong>sas, e<<strong>br</strong> />

aprendemos a respeito da batalha entre a carne e o espírito. Por isso, a<strong>br</strong>imos espaço para<<strong>br</strong> />

tais contradições... mas as pessoas <strong>do</strong> la<strong>do</strong> de fora não conseguem a<strong>br</strong>i-los. Elas constroem<<strong>br</strong> />

mentalmente um conglomera<strong>do</strong> distorci<strong>do</strong> de absur<strong>do</strong>s, um misto de exagero, confusão e<<strong>br</strong> />

alguns fatos. O mun<strong>do</strong> nos vê <strong>com</strong>o se estivéssemos destruin<strong>do</strong>-nos mutuamente, e retratanos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o ten<strong>do</strong> duas caras e uma língua bifurcada, cheia de veneno. Num momento de<<strong>br</strong> />

fraqueza, ou de afobação, pronunciamos uma ou duas bobagens das mais estúpidas, de tal<<strong>br</strong> />

mo<strong>do</strong> que uma cabeça vazia é acrescentada à caricatura <strong>do</strong> crente. Não consigo lem<strong>br</strong>ar-me<<strong>br</strong> />

de quantas pessoas me disseram que a maior batalha que enfrentaram, antes de tornarem-se<<strong>br</strong> />

crentes, era a <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de ter de <strong>com</strong>eter suicídio intelectual. Abanamos a cabeça,<<strong>br</strong> />

concordan<strong>do</strong> em que "é melhor dar <strong>do</strong> que receber", mas em seguida passamos nossos dias<<strong>br</strong> />

agarran<strong>do</strong> e procuran<strong>do</strong> o que agarrar, <strong>do</strong> tal maneira que nossas mãos tornam-se<<strong>br</strong> />

gigantescas e nossos olhos quase estouram, de tanta cobiça. Como são raros os modelos<<strong>br</strong> />

autênticos de caráter cristão!<<strong>br</strong> />

Nossa lista de preocupações é bastante <strong>com</strong>prida, embora ele tenha dito que carrega<<strong>br</strong> />

nossos far<strong>do</strong>s... nossa paciência para <strong>com</strong> a garçonete é curta, embora ela nos tivesse visto<<strong>br</strong> />

oran<strong>do</strong>... nosso estilo de dirigir um carro situa-se entre imprudência irritante e total desprezo<<strong>br</strong> />

às leis <strong>do</strong> trânsito, embora ostentemos um colante no vidro que nos identifica <strong>com</strong>o pessoa<<strong>br</strong> />

cristã, exemplo da mensagem <strong>do</strong> evangelho. Pintemo-nos de vermelho. Em vez disso, usemos<<strong>br</strong> />

máscaras. Melhor ainda, tornemo-nos invisíveis!<<strong>br</strong> />

As caricaturas, to<strong>do</strong>s hão de admiti-lo, são representações extremistas, falsificações<<strong>br</strong> />

da realidade. Contu<strong>do</strong>, elas causam frustrações terríveis, quan<strong>do</strong> o assunto cristianismo é<<strong>br</strong> />

trazi<strong>do</strong> à baila. É a cruz que deve ser uma ofensa, lem<strong>br</strong>e-se disso, e não o crente. A morte<<strong>br</strong> />

e ressurreição de Cristo trouxeram poder suficiente para sua penetração profunda, à<<strong>br</strong> />

semelhança de uma navalha de <strong>do</strong>is gumes.<<strong>br</strong> />

A solução <strong>do</strong> problema não está, na verdade, em procurar ser perfeito, esforçan<strong>do</strong>-se<<strong>br</strong> />

para isso (é pura perda de tempo) e tampouco desgrudar o colante "JESUS É<<strong>br</strong> />

SENHOR" (é aban<strong>do</strong>no) ou não fazer outra coisa senão pedir desculpas (sentimento de<<strong>br</strong> />

culpa), de mo<strong>do</strong> que as caricaturas possam ser apagadas. Enfrentemos a realidade, algumas<<strong>br</strong> />

pessoas não mudariam suas idéias errôneas a respeito <strong>do</strong>s crentes ainda que to<strong>do</strong>s nós<<strong>br</strong> />

ficássemos, de repente, mais devota<strong>do</strong>s ao Senhor <strong>do</strong> que o próprio João Batista. Além disso,<<strong>br</strong> />

a vida de fé e nossas convicções mais profundamente significativas não entram em suspeição<<strong>br</strong> />

só porque a maior parte das pessoas de nossa época decide caminhar pela vista, e escarnecer<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s que andam pela fé.


Então, qual é o problema? Você não pode mudar o padrão apresenta<strong>do</strong> pelos<<strong>br</strong> />

demais crentes. Tampouco você pode transformar a mente <strong>do</strong>s incrédulos. Entretanto, você<<strong>br</strong> />

pode fazer alguma coisa a respeito daquela falta de caráter que existe dentro de sua pele.<<strong>br</strong> />

Pouco importa que haja caricaturas — importa muito a ausência de caráter.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

O intenso desejo na vida de Paulo era: "... o conhecer, e o poder da sua ressurreição,<<strong>br</strong> />

e a <strong>com</strong>unhão <strong>do</strong>s seus sofrimentos, conforman<strong>do</strong>-me <strong>com</strong> ele na sua morte." Paulo desejava<<strong>br</strong> />

conhecer a Cristo progressiva, profunda e intimamente, entenden<strong>do</strong>, reconhecen<strong>do</strong> as<<strong>br</strong> />

maravilhas da Pessoa de Cristo mais forte e claramente. Qual é a ambição de sua vida?<<strong>br</strong> />

Pense bem nesta questão.<<strong>br</strong> />

Leia Filipenses 3.<<strong>br</strong> />

DOM QUE PERMANECE<<strong>br</strong> />

Na sociedade em que vivemos, em que pre<strong>do</strong>mina a opulência regalada,<<strong>br</strong> />

freqüentemente nos vemos em dificuldade para saber que presentes daremos a nossos amigos<<strong>br</strong> />

e queri<strong>do</strong>s, nas ocasiões especiais. Para algumas pessoas (especialmente as que "têm tu<strong>do</strong>")<<strong>br</strong> />

os presentes padroniza<strong>do</strong>s, <strong>com</strong>uns, são um tanto desprezíveis. Nada nas lojas chama nossa<<strong>br</strong> />

atenção de mo<strong>do</strong> especial.<<strong>br</strong> />

Tenho uma sugestão. Pode não parecer caro, nem original, mas, creia-me, funciona<<strong>br</strong> />

sempre. Trata-se de um desses presentes que têm imenso valor, sem ostentar uma etiqueta de<<strong>br</strong> />

preço. Não pode ser perdi<strong>do</strong>, nem esqueci<strong>do</strong>. Não há problemas <strong>com</strong> tamanhos, tampouco.<<strong>br</strong> />

Adapta-se a todas as formas, idades e personalidades. Este presente ideal é... você mesmo.<<strong>br</strong> />

Na sua busca de caráter, não se esqueça <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> altruísmo.<<strong>br</strong> />

É isso mesmo: dê um pouco de você mesmo para os outros.<<strong>br</strong> />

Dê uma hora de seu tempo a alguém que precisa de você. Envie uma nota de<<strong>br</strong> />

encorajamento a alguém que está desanima<strong>do</strong>. Dê um a<strong>br</strong>aço de afirmação a alguém de sua<<strong>br</strong> />

família. Faça uma visita de misericórdia a alguém que está prostra<strong>do</strong> numa cama. Faça<<strong>br</strong> />

uma refeição para uma pessoa <strong>do</strong>ente. Diga uma palavra de <strong>com</strong>paixão a alguém que<<strong>br</strong> />

perdeu seu cônjuge. Faça um ato de bondade a alguém obscuro e esqueci<strong>do</strong>. Ensinou-nos<<strong>br</strong> />

Jesus. "... quan<strong>do</strong> o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes"<<strong>br</strong> />

(Mateus 25:40).


Teddy Stallard era excelente concorrente ao título de "pequenino." Não se<<strong>br</strong> />

interessava pela escola. Usava roupas velhas, amarfanhadas. Nunca penteava o cabelo. Era<<strong>br</strong> />

um desses meninos, na escola, que exibem uma face desconsolada, sem expressão, um olhar<<strong>br</strong> />

enevoa<strong>do</strong>, sem foco defini<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> a professora, Miss Thompson, falava ao Teddy, ele<<strong>br</strong> />

sempre respondia <strong>com</strong> monossílabos. Era um camaradinha distante, destituí<strong>do</strong> de graça,<<strong>br</strong> />

sem qualquer motivação, difícil de a gente gostar. Embora a professora dissesse que amava<<strong>br</strong> />

a to<strong>do</strong>s da classe por igual, bem lá dentro ela não estava sen<strong>do</strong> muito verdadeira.<<strong>br</strong> />

Sempre que ela corrigia as provas de Teddy, sentia certo prazer perverso em rabiscar<<strong>br</strong> />

um X ao la<strong>do</strong> das respostas erradas, e ao lascar um zero no topo da folha, fazia-o <strong>com</strong> certo<<strong>br</strong> />

gosto. Ela tinha a o<strong>br</strong>igação de conhecer melhor o Teddy; os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> menino estavam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

ela. A professora sabia mais so<strong>br</strong>e ele <strong>do</strong> que gostaria de admitir. O currículo <strong>do</strong> garoto era<<strong>br</strong> />

o seguinte:<<strong>br</strong> />

1 a série — Teddy promete muito, quanto ao rendimento escolar e atitudes. Situação<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>méstica má.<<strong>br</strong> />

2 a série — Teddy poderia melhorar. A mãe está muito <strong>do</strong>ente. O menino recebe<<strong>br</strong> />

pouca ajuda em casa.<<strong>br</strong> />

3 a série — Teddy é um bom aluno, mas sério demais. Aprende devagar. É lento. A<<strong>br</strong> />

mãe morreu neste ano.<<strong>br</strong> />

4 a série — Teddy é lento mas tem bom <strong>com</strong>portamento. O pai é desinteressa<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong>."<<strong>br</strong> />

Chegou o Natal. Meninos e meninas da classe da senhorita Thompsom lhe<<strong>br</strong> />

trouxeram presentes. Empilharam os pacotinhos na mesa da professora e rodearam-na,<<strong>br</strong> />

observan<strong>do</strong>-a enquanto ia a<strong>br</strong>in<strong>do</strong>-os. Entre os presentes havia um, entregue por Teddy<<strong>br</strong> />

Stallard. Ela ficou surpresa ao ver que ele lhe havia trazi<strong>do</strong> um presente. Mas, trouxera<<strong>br</strong> />

mesmo. O presente dele estava enrola<strong>do</strong> em papel par<strong>do</strong> e fita colante, no qual ele escrevera<<strong>br</strong> />

umas palavras simples: "Para Miss Thompson — <strong>do</strong> Teddy." Quan<strong>do</strong> ela a<strong>br</strong>iu o pacote<<strong>br</strong> />

de Teddy, caiu so<strong>br</strong>e a mesa um <strong>br</strong>acelete vistoso, feito de pedras semelhantes a cristais,<<strong>br</strong> />

metade das quais já havia desapareci<strong>do</strong>, e um frasco de perfume barato.<<strong>br</strong> />

Os meninos e meninas <strong>com</strong>eçaram a sufocar risadas, exibin<strong>do</strong> sorrisos afeta<strong>do</strong>s, por<<strong>br</strong> />

causa <strong>do</strong>s presentes de Teddy. Contu<strong>do</strong>, Miss Thompson pelo menos teve bom senso suficiente<<strong>br</strong> />

para silenciá-los ao pôr no pulso, imediatamente, o <strong>br</strong>acelete e um pouco de perfume.<<strong>br</strong> />

Colocan<strong>do</strong> o pulso à altura das narinas das crianças, para que cheirassem, ela perguntou:<<strong>br</strong> />

"Não é delicioso esse perfume?" As crianças, seguin<strong>do</strong> a pista deixada pela mestra,<<strong>br</strong> />

imediatamente concordaram <strong>com</strong> "uuu!" e "ôôô!"<<strong>br</strong> />

Terminadas as aulas, após as crianças terem i<strong>do</strong> embora, Teddy demorou-se, e foi<<strong>br</strong> />

fican<strong>do</strong>. Muito lentamente, ele se aproximou da professora para dizer-lhe:


— Miss Thompson... Miss Thompson, a senhora tem o mesmo cheiro de minha<<strong>br</strong> />

mãe... e o <strong>br</strong>acelete dela ficou bonito na senhora, também. Fiquei contente porque a senhora<<strong>br</strong> />

gostou <strong>do</strong>s meus presentes.<<strong>br</strong> />

Depois que Teddy saiu, Miss Thompson caiu de joelhos e pediu perdão a Deus.<<strong>br</strong> />

No dia seguinte, quan<strong>do</strong> as crianças voltaram à escola, foram recepcionadas por uma<<strong>br</strong> />

nova professora. Miss Thompson se tornara uma pessoa diferente. Já não era mais mera<<strong>br</strong> />

professora: tornara-se uma agente de Deus. Assumira, então, o <strong>com</strong>promisso de amar seus<<strong>br</strong> />

alunos, e fazer por eles coisas que permaneceriam, que a so<strong>br</strong>eviveriam, quan<strong>do</strong> ela já não<<strong>br</strong> />

existisse. Passou a ajudar a todas as crianças, especialmente Teddy Stallard. Pelo fim<<strong>br</strong> />

daquele ano escolar, Teddy mostrava uma melhora dramática. Alcançara a maior parte <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

alunos e chegou a ficar à frente de alguns deles.<<strong>br</strong> />

Miss Thompson não recebeu notícias de Teddy, durante longo tempo. Então, um dia,<<strong>br</strong> />

entregaram-lhe uma carta:<<strong>br</strong> />

"Querida Miss Thompson:<<strong>br</strong> />

Eu quis que a senhora fosse a primeira a saber.<<strong>br</strong> />

Estou-me forman<strong>do</strong> em segun<strong>do</strong> lugar, em minha<<strong>br</strong> />

classe.<<strong>br</strong> />

Com muito amor,<<strong>br</strong> />

Teddy Stallard."<<strong>br</strong> />

Quatro anos mais tarde, ela recebeu nova carta:<<strong>br</strong> />

"Querida Miss Thompson:<<strong>br</strong> />

Disseram-me há pouco que sou o primeiro aluno da classe. Estou-me<<strong>br</strong> />

forman<strong>do</strong> este ano. Quis que a senhora fosse a primeira a saber. A<<strong>br</strong> />

universidade não tem si<strong>do</strong> fácil, mas eu gosto. Com muito amor,<<strong>br</strong> />

Teddy Stallard."<<strong>br</strong> />

Mais quatro anos depois:<<strong>br</strong> />

"Querida Miss Thompson:


A partir de hoje, sou Theo<strong>do</strong>re Stallard, <strong>do</strong>utor em medicina. Que<<strong>br</strong> />

acha? Eu quis que a senhora fosse a primeira a saber. Vou casar-me<<strong>br</strong> />

no mês que vem, para ser exato, no dia 27. Quero que a senhora<<strong>br</strong> />

venha e se sente onde minha mãe se sentaria se ela fosse viva. A<<strong>br</strong> />

senhora é a única pessoa da família que tenho, agora. Meu pai morreu<<strong>br</strong> />

no ano passa<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Com muito amor,<<strong>br</strong> />

Teddy Stallard."<<strong>br</strong> />

A senhorita Thompson foi àquele casamento e sentou-se no lugar onde a mãe de<<strong>br</strong> />

Teddy teria senta<strong>do</strong>. Ela o mereceu. Havia feito pelo Teddy algo de que ele jamais se<<strong>br</strong> />

esqueceria. 30<<strong>br</strong> />

Que é que você poderia dar <strong>com</strong>o presente? Em vez de simplesmente dar uma coisa,<<strong>br</strong> />

dê algo que so<strong>br</strong>eviva a você mesmo. Seja generoso. Dê-se a si mesmo a algum Teddy<<strong>br</strong> />

Stallard, "um destes pequeninos" a quem você pode ajudar a tornar-se um <strong>do</strong>s grandes.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Amor. Nenhum outro assunto maior pode ser enfatiza<strong>do</strong>. Nenhuma outra<<strong>br</strong> />

mensagem mais poderosa pode ser proclamada. Nenhuma outra canção mais bela pode ser<<strong>br</strong> />

entoada. Nenhuma outra verdade mais rica pode ser imaginada. "Ah, o amor, o profun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

amor de Cristo!" Seja esse o seu tema, seu assunto, sua canção, seu pensamento hoje,<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> você estiver cultuan<strong>do</strong> o Filho de Deus.<<strong>br</strong> />

Leia 1 João 2:7-10; 3:13-24.<<strong>br</strong> />

UM TEMPO PARA A VERDADE<<strong>br</strong> />

— Dê-me fatos, madame, só quero fatos.<<strong>br</strong> />

O nome dele era Friday, você deve lem<strong>br</strong>ar-se. Sargento Friday, <strong>do</strong> Departamento de<<strong>br</strong> />

Polícia de Los Angeles. Um homem frio. Lábios aperta<strong>do</strong>s. Casca-grossa. Olhos<<strong>br</strong> />

fulgurantes. Mente semelhante a ratoeira de aço. O que quer que fizesse, só queria "os<<strong>br</strong> />

fatos." As perguntas, as palavras rápidas e incisivas, tinham o objetivo de arrancar fatos.<<strong>br</strong> />

É possível que um toque de humor, de suspense, surpresa, e até mesmo de romance teria si<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

enfia<strong>do</strong> no enre<strong>do</strong>, mas nada disso conseguiu arrancar o herói da série de TV, Dragnet, da


perseguição de seus objetivos. Ele estava permanentemente à busca de uma única coisa —<<strong>br</strong> />

fatos.<<strong>br</strong> />

Hoje, a cara de Jack Webb não passa de mera lem<strong>br</strong>ança. Foi o primeiro mas, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

certeza, não o último <strong>do</strong>s detetives cheios de excitação e aventura, na televisão. Sumiu o<<strong>br</strong> />

Friday, mas vimos Kojak, Mannix, Rockford, McGarrett, Barnaby Jones, Matt Houston,<<strong>br</strong> />

Mike Hammer, Thomas Magnum e outros tipos empertiga<strong>do</strong>s, passean<strong>do</strong> de uniforme pela<<strong>br</strong> />

Rua Hill, ou lutan<strong>do</strong> contra o vício em Miami. To<strong>do</strong>s têm uma coisa em <strong>com</strong>um. Para<<strong>br</strong> />

resolver um crime, to<strong>do</strong>s precisam da mesma coisa. A única coisa que resolve o que<strong>br</strong>acabeças<<strong>br</strong> />

e, finalmente, tem valor no tribunal. Fatos.<<strong>br</strong> />

Há algo confortável nos fatos. Algo maravilhoso para dar tranqüilidade e segurança,<<strong>br</strong> />

e até mesmo alívio. O <strong>com</strong>entário de Churchill me vem à mente:<<strong>br</strong> />

"Caminho alivia<strong>do</strong>, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> mar agita<strong>do</strong> da Causa e da Teoria,<<strong>br</strong> />

pisan<strong>do</strong> o chão firme <strong>do</strong>s Resulta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s Fatos." 31<<strong>br</strong> />

Jamais me esquecerei de uma cena ocorrida em plena sala de aula, há cerca de 25<<strong>br</strong> />

anos. Como sempre, eu me sentava na fileira da frente. Um <strong>do</strong>s professores mais severos da<<strong>br</strong> />

escola secundária atirou-nos uma pergunta. Ansioso, e zeloso demais, pulei prematuramente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a resposta. Ele me deixou prosseguir até ficar óbvio que minha posição se enfraquecia<<strong>br</strong> />

segun<strong>do</strong> a segun<strong>do</strong>. O professor me encarou, arreganhou a carranca, e me replicou:<<strong>br</strong> />

— Senhor Swin<strong>do</strong>ll, se o senhor prosseguir caminhan<strong>do</strong> <strong>com</strong> essa perna raquítica,<<strong>br</strong> />

vou serrá-la <strong>com</strong> a afiada lâmina <strong>do</strong>s fatos.<<strong>br</strong> />

Ainda posso sentir os afia<strong>do</strong>s dentes daquela serra <strong>do</strong> mestre. Ele era famoso, por<<strong>br</strong> />

to<strong>do</strong> o "campus", <strong>com</strong>o professor que não dava lugar aos sentimentos, apenas aos fatos.<<strong>br</strong> />

Fatos teimosos, irresistíveis, inegáveis. Fiquei <strong>com</strong> me<strong>do</strong> dele, na ocasião. Hoje, o me<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

cedeu lugar ao respeito.<<strong>br</strong> />

Numa época em que se dá demasiada ênfase aos sentimentos, especialmente nos<<strong>br</strong> />

círculos religiosos, parece-me que já passou, há muito tempo, a hora de voltarmos aos fatos.<<strong>br</strong> />

Não me refiro ao tipo de fatos segun<strong>do</strong> o qual as pessoas sentam-se em círculo e ficam<<strong>br</strong> />

mascan<strong>do</strong> trivial idades teológicas, e discutin<strong>do</strong> so<strong>br</strong>e da<strong>do</strong>s que ninguém consegue utilizar,<<strong>br</strong> />

nem precisam conhecer. Refiro-me a fatos que trazem confiança e dão nova segurança e<<strong>br</strong> />

certeza. Verdade sólida, fundamental e essencial, que nos torna corajosos, ainda quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

nuvens tempestuosas se abatem so<strong>br</strong>e nós. Olhe, amigo, as nuvens estão abaten<strong>do</strong>-se...<<strong>br</strong> />

Uma fé bem firme em fatos bíblicos essenciais é <strong>com</strong>o a mão bem firme no timão,<<strong>br</strong> />

enquanto o vento chicoteia o barco e espirra água gelada em você. Onde é que vamos


encontrar tais verdades vitais? Na Palavra de Deus. E de que maneira <strong>com</strong>eçamos? Aqui<<strong>br</strong> />

vai algumas sugestões:<<strong>br</strong> />

Reúna-se <strong>com</strong> um ou <strong>do</strong>is parceiros para um estu<strong>do</strong> semanal de um livro da<<strong>br</strong> />

Bíblia, ou das <strong>do</strong>utrinas básicas. Peça a seu pastor, ou à gerência da livraria<<strong>br</strong> />

evangélica de sua cidade, que o ajudem a adquirir livros legíveis, confiáveis, ou<<strong>br</strong> />

materiais para auto-aprendiza<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Matricule-se num seminário noturno, para receber aulas uma ou duas noites por<<strong>br</strong> />

semana, perto de sua casa — ou veja a possibilidade de fazer um curso por<<strong>br</strong> />

correspondência.<<strong>br</strong> />

A<strong>do</strong>te um "programa de leitura da Bíblia toda" que o ponha em contato <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

Palavra de Deus to<strong>do</strong>s os dias. Convide um amigo que o a<strong>com</strong>panhe nessa<<strong>br</strong> />

jornada diária, e confiram os progressos mútuos, a cada semana. A pesquisa<<strong>br</strong> />

demonstra que são necessárias três ou quatro semanas de • atividade para que<<strong>br</strong> />

se forme o hábito.<<strong>br</strong> />

À medida que este fluxo <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r da vida é injeta<strong>do</strong> em suas veias espirituais, você se<<strong>br</strong> />

sentirá menos intimida<strong>do</strong>, em plena tempestade, e mais apto para navegar em mares <strong>br</strong>avios.<<strong>br</strong> />

Não estou emitin<strong>do</strong> uma declaração exagerada, dramática, ao acrescentar que você obterá<<strong>br</strong> />

maior estatura e pensará <strong>com</strong> maior clareza, à medida que for coletan<strong>do</strong> e dispon<strong>do</strong> estes<<strong>br</strong> />

fatos bíblicos em seu arsenal de lógica.<<strong>br</strong> />

O melhor de tu<strong>do</strong> é que você se tornará diferente, distinta-' mente diferente, coisa<<strong>br</strong> />

rara em nossos dias: um cristão <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de coragem... um crente que cresce e aprende,<<strong>br</strong> />

enquanto vai caminhan<strong>do</strong> <strong>com</strong> Cristo.<<strong>br</strong> />

Alexander Soljenitsin escreveu algumas palavras que me obcecam:<<strong>br</strong> />

"Deveria alguém salientar que desde os tempos antigos o declínio da<<strong>br</strong> />

coragem tem si<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> o <strong>com</strong>eço <strong>do</strong> fim?" 32<<strong>br</strong> />

Ainda precisamos uns <strong>do</strong>s outros. Ainda precisamos relacionar-nos <strong>com</strong> o Senhor,<<strong>br</strong> />

sentir o Senhor, sentir alegria nele, cantar-lhe louvores. Sim... mais <strong>do</strong> que nunca.<<strong>br</strong> />

Entretanto, creio que também precisamos saber em que cremos. E porque cremos.<<strong>br</strong> />

Isso exige uma estrutura sólida, feita <strong>com</strong> a verdade, baseada numa rede impenetrável de<<strong>br</strong> />

fatos. É tempo de a verdade ser contada, em relação às nossas raízes <strong>do</strong>utrinárias. O<<strong>br</strong> />

"declínio da coragem" <strong>do</strong> crente vai-se tornan<strong>do</strong> óbvio demais.


Vamos encorajar-nos mutuamente nesta busca crucial. Nós, crentes, precisamos pôr<<strong>br</strong> />

em ordem nossos fatos, já! A urgência é tremenda. A última coisa de que um de nós precisa<<strong>br</strong> />

(se é que precisa) é andar <strong>com</strong> uma perna raquítica!<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Quem é que consegue medir o impacto dura<strong>do</strong>uro da Palavra de Deus? Num mun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

em que tu<strong>do</strong> é relativo, em que não existem padrões, em que a velocidade é enlouquece<strong>do</strong>ra,<<strong>br</strong> />

os preços dispara<strong>do</strong>s, só há segurança quan<strong>do</strong> a<strong>br</strong>imos o Livro eterno de Deus, e lhe<<strong>br</strong> />

ouvimos a voz. Ela acalma nossos temores. Aclara nossas mentes. Conforta nossos corações.<<strong>br</strong> />

Corrige nosso caminho. Confirma nossa lealdade. Que ela fale, hoje. Diga o que disse certa<<strong>br</strong> />

vez o jovem Samuel: "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve."<<strong>br</strong> />

Leia Deuteronômio 30:11-14.<<strong>br</strong> />

BOM SENSO DESASSOMBRADO<<strong>br</strong> />

Quase não ouvimos falar em bom senso, hoje em dia. Isso é péssimo, porquanto é o<<strong>br</strong> />

de que precisamos, hoje, mais <strong>do</strong> que nunca. Fui cria<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> que tivesse bom senso (às<<strong>br</strong> />

vezes chama<strong>do</strong> de "juízo") e também desassom<strong>br</strong>o, ou audácia, e até hoje ainda uso essas<<strong>br</strong> />

palavras em casa... especialmente quan<strong>do</strong> tento motivar as crianças. Encontrei-as outra vez,<<strong>br</strong> />

ao ler o livro de Robert Pirsig "Zen and the Art of Motorcycle Maintenance" (Zen e a<<strong>br</strong> />

Arte da Manutenção de Motos), no qual o autor entoa louvores a tu<strong>do</strong> quanto o bom senso<<strong>br</strong> />

desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> representa. Assim escreve ele:<<strong>br</strong> />

"Gosto da expressão 'bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong>' porque ela é simples,<<strong>br</strong> />

desprezada, e tão fora de moda que até parece estar precisan<strong>do</strong> de um<<strong>br</strong> />

amigo: não parece que ela possa rejeitar seja lá quem for que lhe<<strong>br</strong> />

chegar perto. É velha expressão milenar, muito usada ... antigamente.<<strong>br</strong> />

Hoje, porém, está em desuso... Uma pessoa cheia de bom senso e<<strong>br</strong> />

desassom<strong>br</strong>o não fica sentada por aí consumin<strong>do</strong>-se, exasperan<strong>do</strong>-se,<<strong>br</strong> />

por causa das coisas. Tem plena consciência de si mesma, vigia a<<strong>br</strong> />

estrada da vida e enfrenta quaisquer problemas, à medida que vão<<strong>br</strong> />

chegan<strong>do</strong>." 33


Logo depois, Pirsig aplica esse conceito à vida. Esconde seus <strong>com</strong>entários sob a<<strong>br</strong> />

parábola da reparação de uma motocicleta:<<strong>br</strong> />

"Se você vai consertar uma motocicleta, a primeira e mais importante<<strong>br</strong> />

ferramenta é uma boa porção de bom senso e audácia desassom<strong>br</strong>ada.<<strong>br</strong> />

Se você não tem bom senso, nem desassom<strong>br</strong>o, é melhor você recolher<<strong>br</strong> />

todas as demais ferramentas e guardá-las, porque não lhe serão úteis.<<strong>br</strong> />

Bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> é a gasolina psíquica que alimenta a<<strong>br</strong> />

máquina, e a põe em movimento. Se você não tem esse <strong>com</strong>bustível,<<strong>br</strong> />

não há maneira de consertar-se a moto. Contu<strong>do</strong>, se você tem bom<<strong>br</strong> />

senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> e sabe conservá-lo, não há absolutamente no<<strong>br</strong> />

mun<strong>do</strong> inteiro quem possa impedir que a moto seja consertada. Está<<strong>br</strong> />

determina<strong>do</strong> que a moto se consertará. Portanto, o que se deve<<strong>br</strong> />

controlar o tempo to<strong>do</strong>, o que se deve preservar antes de qualquer outra<<strong>br</strong> />

coisa, é o bom senso e a audácia desassom<strong>br</strong>ada." 34<<strong>br</strong> />

É vergonhoso. Parece-me que as expressões "bom senso", "juízo", "audácia" e<<strong>br</strong> />

"desassom<strong>br</strong>o" se tenham perdi<strong>do</strong> nas gretas <strong>do</strong> tempo, especialmente agora que a desistência<<strong>br</strong> />

é mais popular <strong>do</strong> que a perseverança até ao fim. Concor<strong>do</strong> <strong>com</strong> esse autor que gostaria de<<strong>br</strong> />

iniciar nova carreira nesse campo. Que tal você encontrar um novo curso no catálogo das<<strong>br</strong> />

universidades: "Bom sensologia desassom<strong>br</strong>ada 101?"<<strong>br</strong> />

Todavia, isso nunca acontecerá, porque o bom senso e a audácia se aprendem, não<<strong>br</strong> />

se ensinam. Como é verdade a respeito da maioria das características de caráter, tanto o<<strong>br</strong> />

bom senso quanto a audácia estão entranha<strong>do</strong>s sutilmente na trama da vida da pessoa, de<<strong>br</strong> />

tal mo<strong>do</strong> que poucos param a fim de identificá-los. Jazem escondi<strong>do</strong>s, à semelhança das<<strong>br</strong> />

grossas barras de aço nas colunas de concreto que suportam pontilhões imensos. Pode ser que<<strong>br</strong> />

o bom senso e o desassom<strong>br</strong>o estejam escondi<strong>do</strong>s, mas são importantes para que sejamos<<strong>br</strong> />

eficientes.<<strong>br</strong> />

O juízo, <strong>com</strong>bina<strong>do</strong> <strong>com</strong> a ousadia, capacita-nos a economizar, em vez de dissipar<<strong>br</strong> />

cada centavo ganho. Ajuda-nos nas tarefas mais difíceis, <strong>com</strong>o criar criteriosamente um<<strong>br</strong> />

modelo novo, adicionar mais alguns cômo<strong>do</strong>s à casa, estudar piano, fazer dieta para perder<<strong>br</strong> />

peso, e manter o perfil delga<strong>do</strong>... ou ler a Bíblia toda em um ano. A maior parte das<<strong>br</strong> />

pessoas recebe um pequeno quinhão de bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong>, ao nascer. Contu<strong>do</strong>, essa<<strong>br</strong> />

ferramenta logo se enferruja. Aqui vai um pouco de lixa:<<strong>br</strong> />

1. O bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> <strong>com</strong>eça <strong>com</strong> um <strong>com</strong>promisso<<strong>br</strong> />

firme. "Daniel resolveu firmemente" (1:8) muito antes de ser enfia<strong>do</strong> num campo de


concentração babilônico. Josué não hesitou em declarar seu <strong>com</strong>promisso de lealdade, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

suas famosas palavras: "eu e minha casa" (24:15) diante <strong>do</strong>s israelitas. Disse Isaías: "Fiz<<strong>br</strong> />

o meu rosto <strong>com</strong>o um seixo" (50:7), maneira figurada de dizer que tomara uma decisão<<strong>br</strong> />

firme, Em vez de meter mãos à o<strong>br</strong>a, a tendência humana é ficar ponderan<strong>do</strong>, repensan<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

perden<strong>do</strong> tempo e em<strong>br</strong>oman<strong>do</strong> <strong>com</strong> uma idéia até a oportunidade chafurdar-se no pântano<<strong>br</strong> />

da indecisão. Uma antiga receita que ensinava a preparar coelho assa<strong>do</strong> <strong>com</strong>eçava assim:<<strong>br</strong> />

"Primeiro, pegue o coelho." Isso é que é dar prioridade ao que é prioritário! Se não houver<<strong>br</strong> />

coelho, não há almoço. Você quer que o bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> permaneça até o fim?<<strong>br</strong> />

Comece logo, e <strong>com</strong> força!<<strong>br</strong> />

2. Bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> significa ter disciplina — um dia de<<strong>br</strong> />

cada vez. Em lugar de convergir a atenção para a torta inteira, tome boca<strong>do</strong>s pequenos,<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> tamanho de uma mordida. O tamanho colossal de um objeto pode assustar até mesmo os<<strong>br</strong> />

mais corajosos. Você vai escrever um livro? Escreva uma página de cada vez. Vai correr<<strong>br</strong> />

uma maratona? Aqueles quarenta e tantos quilômetros deverão ser percorri<strong>do</strong>s passo a<<strong>br</strong> />

passo. Está aprenden<strong>do</strong> uma língua estrangeira? Aprenda uma palavra de cada vez. O ano<<strong>br</strong> />

tem 365 dias. Divida qualquer projeto por 365 e ele parecerá bem menos intimida<strong>do</strong>r.<<strong>br</strong> />

Certo? Precisa-se de disciplina diária (à moda de Provérbios 19:27), não de disciplina<<strong>br</strong> />

anual.<<strong>br</strong> />

3. O bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> inclui estarmos alertas contra as<<strong>br</strong> />

tentações sutis. Robert Pirsig diz que precisamos estar alertas, auto-conscientes,<<strong>br</strong> />

observan<strong>do</strong> a estrada da vida e prontos para enfrentar seja lá o que for que nos so<strong>br</strong>evier. O<<strong>br</strong> />

bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> planeja <strong>com</strong> antecedência... evitan<strong>do</strong> as amizades que nos<<strong>br</strong> />

enfraquecem (Provérbios 13:20), a procrastinação que nos furta (Provérbios 24:30-34), e<<strong>br</strong> />

as racionalizações que mentem para nós (Provérbios 13:4, 25:28). As pessoas que atingem<<strong>br</strong> />

seus objetivos são pessoas alertas. Nosso adversário-mor é poderoso estrategista,<<strong>br</strong> />

permanentemente obscurecen<strong>do</strong> nossa mente <strong>com</strong> cortinas de fumaça que "embotam" nossos<<strong>br</strong> />

senti<strong>do</strong>s. Se fosse possível Deus morrer, e ele morresse nesta manhã, algumas pessoas só<<strong>br</strong> />

tomariam conhecimento disso depois de três ou quatro dias. O bom senso nos mantém<<strong>br</strong> />

vitalmente acesos, acorda<strong>do</strong>s, de olhos bem abertos, alertas.<<strong>br</strong> />

4. O bom. senso exige o encorajamento da prestação de contas.<<strong>br</strong> />

As pessoas — especialmente nossos amigos íntimos — mantêm nossos tanques de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bustível cheios, sempre cheios. De entusiasmo. Elas nos dizem: "É claro que você pode<<strong>br</strong> />

fazer isso" de <strong>do</strong>ze maneiras diferentes. Quan<strong>do</strong> Davi estava desanima<strong>do</strong>, Jônatas entrou<<strong>br</strong> />

em cena. Quan<strong>do</strong> Elias estava prestes a desanimar, Eliseu chegou. Ao la<strong>do</strong> de Paulo<<strong>br</strong> />

encontramos Timóteo... Silas, ou Barnabé, ou Lucas. Pessoas precisam de pessoas, o que<<strong>br</strong> />

explica porque Salomão enfatizou que "o ferro <strong>com</strong> ferro se afia" (Provérbios 27:17).<<strong>br</strong> />

5. O bom senso desassom<strong>br</strong>a<strong>do</strong> so<strong>br</strong>evém mais facilmente<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> nos lem<strong>br</strong>amos de que o término de uma o<strong>br</strong>a traz suas


próprias re<strong>com</strong>pensas. Ao Pai, Jesus disse que terminara seu serviço, "consuman<strong>do</strong> a<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>a" que lhe fora confiada (João 17:4). Em mais de uma ocasião Paulo referiu-se a<<strong>br</strong> />

terminar "a carreira" (Atos 20:24, 2 Timóteo 4:7). Os que só conseguem iniciar projetos<<strong>br</strong> />

não conhecem a onda de satisfação que engolfa o empreende<strong>do</strong>r que esfrega as mãos, limpa o<<strong>br</strong> />

suor e pronuncia aquela bela palavra: "terminei!" O desejo realiza<strong>do</strong> é <strong>do</strong>ce à alma.<<strong>br</strong> />

Você quer que o caráter de Cristo se forme em você? Não existe uma busca mais<<strong>br</strong> />

importante <strong>do</strong> que esta. Você está atrasa<strong>do</strong>? Ótimo! Se a viagem lhe parece longínqua<<strong>br</strong> />

demais, receba uma lufada de vento nas costas, mediante estas palavras da Bíblia, cheias de<<strong>br</strong> />

bom senso:<<strong>br</strong> />

"... não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu<<strong>br</strong> />

tempo ceifaremos, se não houvermos desfaleci<strong>do</strong>"<<strong>br</strong> />

(Gálatas 6:9).<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

O dia de hoje é singular! Nunca aconteceu antes, e jamais se repetirá. Terminará à<<strong>br</strong> />

meia-noite, tranqüila, repentina e totalmente. Para sempre. Entretanto, as horas que<<strong>br</strong> />

medeiam este instante e a meia-noite constituem oportunidades cheias de bênçãos eternas.<<strong>br</strong> />

Nunca mais você a<strong>do</strong>rará o Senhor, nem partilhará o amor dele <strong>com</strong> outra pessoa — se<<strong>br</strong> />

você transferir esse perío<strong>do</strong> de tempo, o hoje, para outro dia. Receba a capacitação <strong>do</strong> Senhor<<strong>br</strong> />

e viva o dia de hoje integralmente — <strong>com</strong>o se fosse seu último dia na terra. Pode ser mesmo.<<strong>br</strong> />

Leia Gálatas 6:1-10.<<strong>br</strong> />

FÉ PROFUNDA<<strong>br</strong> />

Aconteceu uma coisa engraçada em Darlington, Maryland, há alguns anos. Edite,<<strong>br</strong> />

mãe de oito peraltas, chegava a casa, depois de ver uns vizinhos, numa tarde de sába<strong>do</strong>. A<<strong>br</strong> />

casa estava silenciosa demais, foi o que lhe pareceu, ao atravessar o jardim da frente.<<strong>br</strong> />

Curiosa, espiou através da tela da porta, e viu cinco <strong>do</strong>s filhos menores amontoa<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

concentra<strong>do</strong>s em alguma coisa. Aproximan<strong>do</strong>-se mais para desco<strong>br</strong>ir o que era o centro da<<strong>br</strong> />

atenção deles, a surpresa foi tão grande que ela não pôde crer em seus próprios olhos. Bem<<strong>br</strong> />

aconchega<strong>do</strong>s no centro <strong>do</strong> círculo estavam cinco filhotinhos de <strong>do</strong>ninhas fe<strong>do</strong>rentas.<<strong>br</strong> />

Edite gritou a plenos pulmões:<<strong>br</strong> />

— Depressa, crianças... corram!


Cada criança agarrou uma <strong>do</strong>ninha e saiu corren<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Alguns dias são assim mesmo, não? Você pensa que já tem suficientes problemas no<<strong>br</strong> />

dia a dia normal, e tenta resolvê-los. Ao fazê-lo, eles se multiplicam.<<strong>br</strong> />

Jesus não foi poupa<strong>do</strong> de pressões desse tipo, quan<strong>do</strong> esteve entre nós. Numa ocasião<<strong>br</strong> />

particular, as coisas iam acontecen<strong>do</strong> num ritmo tão veloz que o Senhor quase não podia<<strong>br</strong> />

respirar. Refiro-me aos eventos registra<strong>do</strong>s em Lucas 4:31-44. Ele ensinava <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

regularidade na sinagoga. Respondia às perguntas <strong>do</strong> povo, enfrentava a crítica, evitava os<<strong>br</strong> />

dar<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s fariseus e saduceus, expulsava demônios, vivia <strong>com</strong> todas as <strong>com</strong>plicações que<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panham a popularidade crescente, curan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>entes e desafian<strong>do</strong> as forças <strong>do</strong> mal...<<strong>br</strong> />

Tu<strong>do</strong> que está registra<strong>do</strong> ali. Veja por si mesmo.<<strong>br</strong> />

Cristo tentou encontrar um lugar tranqüilo, e acabou sen<strong>do</strong> descoberto pela<<strong>br</strong> />

"multidão (que) o procurava... e instava para que não se ausentasse" (Lucas 4:42). Não<<strong>br</strong> />

havia escapatória. O povo faminto drenava toda a energia <strong>do</strong> Mestre.<<strong>br</strong> />

Finalmente, de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> o capítulo cinco de Lucas, Jesus encontrou um lugar onde<<strong>br</strong> />

poderia estar a sós, ou pelo menos quase a sós. Entrou num barco e assentou-se. Ten<strong>do</strong> a<<strong>br</strong> />

possibilidade de respirar livremente, outra vez, "ensinava <strong>do</strong> barco as multidões." Que<<strong>br</strong> />

homem! Embora desgasta<strong>do</strong> de emoções e exausto fisicamente, prosseguiu na o<strong>br</strong>a. Por fim,<<strong>br</strong> />

conseguiu terminar o trabalho - pelo menos <strong>com</strong> relação ao povo. Entretanto, ainda havia<<strong>br</strong> />

um pouco de trabalho a terminar — de que Jesus precisava cuidar. Deixemos que Lucas o<<strong>br</strong> />

descreva: "Quan<strong>do</strong> acabou de falar, disse a Simão:<<strong>br</strong> />

Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para<<strong>br</strong> />

pescar. Respondeu-lhe Simão:<<strong>br</strong> />

Mestre, haven<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong> toda a noite, nada<<strong>br</strong> />

apanhamos, mas so<strong>br</strong>e tua palavra lançarei as redes"<<strong>br</strong> />

(5:4-5).<<strong>br</strong> />

Ninguém pode criticar Pedro por ser relutante. O velho Simão conhecia bem aquelas<<strong>br</strong> />

águas. Além disso, estivera tentan<strong>do</strong> a noite toda e nada apanhara. Trabalho duro e<<strong>br</strong> />

nenhuma <strong>com</strong>pensação. É natural que o pesca<strong>do</strong>r amarrasse o semblante e resistisse.<<strong>br</strong> />

Contu<strong>do</strong>, sabiamente, cedeu. E o que aconteceu em seguida foi nada menos <strong>do</strong> que um<<strong>br</strong> />

verdadeiro milagre:<<strong>br</strong> />

"Fazen<strong>do</strong> assim, colheram uma grande quantidade de<<strong>br</strong> />

peixes, e rompiam-se-lhes as redes. Fizeram sinal aos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panheiros que estavam no outro barco, para que


fossem ajudá-los. Foram, e encheram ambos os<<strong>br</strong> />

barcos, de maneira tal que quase iam a pique" (5:6-<<strong>br</strong> />

7).<<strong>br</strong> />

Porque gosto muito de pescar, acho essa cena terrivelmente apelativa! Veja: havia<<strong>br</strong> />

tanto peixe que ambos os barcos ameaçavam afundar. Meu primeiro pensamento? "Que<<strong>br</strong> />

maneira fantástica de partir!" Se você vai morrer, será que existe um mo<strong>do</strong> mais satisfatório<<strong>br</strong> />

para um pesca<strong>do</strong>r <strong>do</strong> que morrer <strong>com</strong> peixes até a cintura?<<strong>br</strong> />

Já apanhei quarenta grandes trutas manchadas, na ilha de Matagorda, em menos de<<strong>br</strong> />

quarenta e cinco minutos. Já apanhei mais <strong>do</strong> trinta salmões dignos de prêmios, no Alasca,<<strong>br</strong> />

em um pouco mais de uma hora. Consegui apanhar meu limite máximo, permiti<strong>do</strong>, de<<strong>br</strong> />

traíras e lambaris bem cedinho, numa manhã, no centro <strong>do</strong> Canadá; um enorme tubarão<<strong>br</strong> />

cabeça-de-martelo na baía de Miami, um atum de barbatanas amarelas, ao largo da praia<<strong>br</strong> />

norte de Kauai... mas nunca estive num barco tão cheio de peixes que houvesse perigo de<<strong>br</strong> />

naufrágio!<<strong>br</strong> />

É que eu nunca estive pescan<strong>do</strong> na <strong>com</strong>panhia de Jesus. Quan<strong>do</strong> o Senhor da terra,<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> mar e <strong>do</strong>s céus dá ordens, os milagres acontecem... o que explica a reação explosiva de<<strong>br</strong> />

Pedro:<<strong>br</strong> />

"Ven<strong>do</strong> isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizen<strong>do</strong>: Senhor, afasta-te<<strong>br</strong> />

de mim; sou homem peca<strong>do</strong>r. Pois o espanto se apoderara dele, e de to<strong>do</strong>s os que <strong>com</strong> ele<<strong>br</strong> />

estavam, por causa da pesca que haviam feito, e de igual mo<strong>do</strong>, também de Tiago e João,<<strong>br</strong> />

filhos de Zebedeu, que eram <strong>com</strong>panheiros de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de<<strong>br</strong> />

agora em diante serás pesca<strong>do</strong>r de homens. (vv. 8 a 10)<<strong>br</strong> />

Você notou alguma coisa in<strong>com</strong>um? Antes, Pedro chamara Jesus de "Mestre".<<strong>br</strong> />

Após o milagre, "Senhor". Agrilhoa<strong>do</strong> pela percepção de que estava num barco na<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panhia <strong>do</strong> Deus vivo, Pedro reage à semelhança de Isaías, no Antigo Testamento: "Ai<<strong>br</strong> />

de mim!" Acho um tanto surpreendentes as palavras de Jesus:<<strong>br</strong> />

"... Não temas: de agora em diante serás pesca<strong>do</strong>r de<<strong>br</strong> />

homens" (v. 10).<<strong>br</strong> />

Lá estavam os <strong>do</strong>is homens, imersos em peixes da cintura para baixo, e Jesus lhes<<strong>br</strong> />

fala em "apanhar peixes?" Não. Peixes significavam pouco para o Senhor: eram mera<<strong>br</strong> />

oportunidade para ensinar uma mensagem mais profunda, por analogia. No coração de<<strong>br</strong> />

Jesus estava a "pesca" de seres humanos. A verdadeira mensagem de Cristo era a fé<<strong>br</strong> />

profunda. Será que o pesca<strong>do</strong>r apanhou essa mensagem?


"E, levan<strong>do</strong> os barcos para a terra, deixaram tu<strong>do</strong>, e o<<strong>br</strong> />

seguiram" (v. 11).<<strong>br</strong> />

Espantoso, não é? Ten<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong> o chama<strong>do</strong>, literalmente largaram tu<strong>do</strong> e seguiram<<strong>br</strong> />

a Jesus.<<strong>br</strong> />

Pense um pouco nessa expressão: "tu<strong>do</strong>."<<strong>br</strong> />

Deixaram a ocupação de toda uma vida. O lar, os amigos. Os próprios objetivos.<<strong>br</strong> />

Redes, barcos e negócios. Tu<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> bem franco: fico impressiona<strong>do</strong> <strong>com</strong> a reação deles.<<strong>br</strong> />

Tenho pensa<strong>do</strong> muito so<strong>br</strong>e os porquês.<<strong>br</strong> />

Estou pronto para sugerir seis razões por que as pessoas estão dispostas a deixar<<strong>br</strong> />

tu<strong>do</strong> a fim de seguir a Jesus. Cada razão poderia ser enunciada <strong>com</strong>o um princípio.<<strong>br</strong> />

1. Jesus decidiu não ministrar aos outros sozinho. Você deve entender<<strong>br</strong> />

que, se o quisesse, podia fazê-lo. Mas, deliberada-mente, preferiu a <strong>com</strong>panhia <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

discípulos. Poderia ter rema<strong>do</strong> sozinho, conduzin<strong>do</strong> o barco. Ele não quis (v. 3). Ele<<strong>br</strong> />

mesmo poderia ter lança<strong>do</strong> a rede ao la<strong>do</strong>. Ele não o fez (v. 4). Ele sozinho poderia ter<<strong>br</strong> />

arrasta<strong>do</strong> a rede cheia de peixes. Em vez disso, os discípulos é que a puxaram (v. 6-7).<<strong>br</strong> />

Você notou uma coisa? Cristo especificamente declarou: "de agora em diante serás pesca<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

de homens" (v. 10).<<strong>br</strong> />

2. Jesus utiliza o que é familiar a fim de realizar o incrível. Jesus<<strong>br</strong> />

dirigiu-se à oficina deles (lago, barco): Meteu-se na profissão deles (pesca) e fê-los usar suas<<strong>br</strong> />

perícias (redes). Num ambiente tão familiar, Jesus tornou-os cientes de possibilidades<<strong>br</strong> />

incríveis.<<strong>br</strong> />

3. Jesus muda-nos da segurança das coisas vistas para os riscos<<strong>br</strong> />

das não vistas. Nada aconteceu de importante em águas rasas. Cristo especificamente<<strong>br</strong> />

conduziu-os "ao largo", isto é, às águas profundas, onde ninguém conseguia tocar o fun<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Só então é que lhes ordenou: "lançai as vossas redes." As profundezas estão sempre cheias<<strong>br</strong> />

de incertezas.<<strong>br</strong> />

4. Jesus testa nosso potencial ao arrebentar nossas redes, e ao<<strong>br</strong> />

encher nossos barcos. Nenhum daqueles pesca<strong>do</strong>res salga<strong>do</strong>s, exaustos, teria<<strong>br</strong> />

aposta<strong>do</strong> um denário que havia tanto peixe naquele lago. Com toda certeza, não naqueles<<strong>br</strong> />

pontos em que acabaram de trabalhar! Quan<strong>do</strong> Deus está presente em nossa vida, as redes<<strong>br</strong> />

se rompem, os olhos se dilatam, as taboas <strong>do</strong> cais gemem e os barcos quase se afundam. É a<<strong>br</strong> />

maneira de Deus provar e demonstrar nosso potencial.


5. Jesus esconde suas surpresas até que o sigamos. Tu<strong>do</strong> prosseguia de maneira<<strong>br</strong> />

normal, na superfície. Os barcos não apresentavam uma auréola, as redes não retiniam<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> tocadas, as águas <strong>do</strong> lago não resplandeciam. Nada disso. A surpresa criada por<<strong>br</strong> />

Deus só veio a eles quan<strong>do</strong> largaram as redes. Lem<strong>br</strong>e-se: só depois de Pedro seguir as<<strong>br</strong> />

instruções de Jesus é que o pesca<strong>do</strong>r mu<strong>do</strong>u-lhe o título de "Mestre" para "Senhor".<<strong>br</strong> />

6. Jesus revela seus objetivos aos que aban<strong>do</strong>nam sua segurança.<<strong>br</strong> />

Ele conseguia detectar a prontidão no rosto <strong>do</strong>s discípulos. Então (e só então) é que Jesus<<strong>br</strong> />

lhes disse que estariam empenha<strong>do</strong>s em "pescar homens" (v. 10). Imagine o que fizeram:<<strong>br</strong> />

pularam de alegria!<<strong>br</strong> />

Sua vida está cheia de <strong>com</strong>promissos, de atividades, de dificuldades e correrias? Você<<strong>br</strong> />

encontra máxima segurança em seu trabalho... em suas realizações? Você colocou a busca<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> caráter numa interrupção temporária, para que possa correr mais depressa e ficar numa<<strong>br</strong> />

posição mais vantajosa? Talvez esteja na hora de uma volta de barco, um passeio mental em<<strong>br</strong> />

águas profundas. Arranje algum tempo para meditar, porque <strong>do</strong> contrário você só vai piorar<<strong>br</strong> />

seu problema. Quan<strong>do</strong> Jesus lhe disser: "Segue-me", obedeça. Não faça <strong>com</strong>o os filhos de<<strong>br</strong> />

Edite. Largue tu<strong>do</strong> e corra.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Apanha<strong>do</strong> no fogo cruza<strong>do</strong> entre criticismo e mal-entendi<strong>do</strong>s de um la<strong>do</strong>, e as<<strong>br</strong> />

exigências das multidões, <strong>do</strong> outro, Jesus "ten<strong>do</strong>-se levanta<strong>do</strong> alta madrugada, saiu, foi para<<strong>br</strong> />

um lugar deserto, e ali orava" (Marcos 1:35). Você se sente esmaga<strong>do</strong> pela multidão,<<strong>br</strong> />

ultimamente? Sente-se empurra<strong>do</strong> num canto, de onde não parece haver escapatória? A<<strong>br</strong> />

ansiedade está atingin<strong>do</strong> o clímax fe<strong>br</strong>il? Pare. Ore. Procure entregar tu<strong>do</strong> Àquele que pode<<strong>br</strong> />

dar um jeito em seu far<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Leia Lucas 5.<<strong>br</strong> />

LIBERTANDO-SE<<strong>br</strong> />

"Um Murro no Pé <strong>do</strong> Ouvi<strong>do</strong>" (A Whack on the Side of the Head) é um livro que<<strong>br</strong> />

trata de <strong>com</strong>o romper a inércia e libertar sua mente, a<strong>br</strong>in<strong>do</strong>-a para o pensamento positivo.<<strong>br</strong> />

Enquanto eu o lia, percebi novamente <strong>com</strong>o é fácil a pessoa viver seus dias ten<strong>do</strong> a mente<<strong>br</strong> />

enjaulada. O resulta<strong>do</strong> disso é a criatividade ficar esmagada e a objetividade, espremida. A<<strong>br</strong> />

tragédia real é o tédio. Ficamos pareci<strong>do</strong>s <strong>com</strong> robôs: pensamos o que era espera<strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

pensássemos, fazemos o previsível, perdemos a alegria das novas descobertas. Quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

a<strong>do</strong>tamos uma perspectiva criativa, <strong>com</strong>o salienta o autor Rober von Oech, a<strong>br</strong>imo-nos para


novas possibilidades e mudanças. Entretanto, tu<strong>do</strong> isso requer que pensemos fora das prisões<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s limites <strong>com</strong>uns.<<strong>br</strong> />

Johann Gutenberg é exemplo soberbo. Que é que ele fez? Simplesmente <strong>com</strong>binou<<strong>br</strong> />

duas idéias que anteriormente jamais haviam si<strong>do</strong> relacionadas entre si e fez uma inovação.<<strong>br</strong> />

Recusou-se a limitar seus pensamentos aos propósitos únicos <strong>do</strong> lagar da vinha, ou ao uso<<strong>br</strong> />

solitário da cunhagem de moedas. Um dia, ele aninhou um pensamento que jamais passara<<strong>br</strong> />

pela cabeça de outrem: "Que tal se eu pegar um punha<strong>do</strong> de cunha<strong>do</strong>ras de moedas e colocálas<<strong>br</strong> />

sob a força de uma prensa de lagar, de mo<strong>do</strong> que as cunha<strong>do</strong>ras imprimam suas imagens<<strong>br</strong> />

no papel, em vez de no metal?" A imprensa foi concebida nesse útero.<<strong>br</strong> />

Enfrentemos a dura realidade: a maioria das pessoas assume atitudes que agarram<<strong>br</strong> />

os pensamentos e os trancafiam na penitenciária <strong>do</strong> Status Quo. Guardas carrancu<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

chama<strong>do</strong>s Me<strong>do</strong>, Perfeccionismo, Preguiça e Tradicionalismo mantêm vigilância constante a<<strong>br</strong> />

fim de evitar a fuga. Contraí uma dívida para <strong>com</strong> von Oech quan<strong>do</strong> ele me entregou esta<<strong>br</strong> />

lista de dez "cadea<strong>do</strong>s mentais" que nos mantêm prisioneiros:<<strong>br</strong> />

1. Esta é a resposta certa.<<strong>br</strong> />

2. Isso não tem lógica.<<strong>br</strong> />

3. Siga as regras.<<strong>br</strong> />

4. Seja prático.<<strong>br</strong> />

5. Evite a ambigüidade.<<strong>br</strong> />

6. É erra<strong>do</strong> <strong>com</strong>eter erros.<<strong>br</strong> />

7. Brincar é frivolidade.<<strong>br</strong> />

8. Não é da minha área.<<strong>br</strong> />

9. Não seja tolo.<<strong>br</strong> />

10. Não tenho criatividade.<<strong>br</strong> />

Cada um desses "cadea<strong>do</strong>s mentais" é nocivo ao pensamento inova<strong>do</strong>r. Visto que os<<strong>br</strong> />

temos ouvi<strong>do</strong> (e pronuncia<strong>do</strong>) tantas vezes, tornaram-se duros <strong>com</strong>o concreto. Nada, senão<<strong>br</strong> />

um bom cascu<strong>do</strong> no cocoruto, "um murro no pé <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>", consegue desalojar as<<strong>br</strong> />

pressuposições que nos mantêm pensan<strong>do</strong> em termos de "a mesma canção, a quarta estrofe<<strong>br</strong> />

outra vez."<<strong>br</strong> />

O que é verdade mentalmente, também é verdade espiritualmente. Nossos<<strong>br</strong> />

pensamentos e expectativas podem tornar-se tão determina<strong>do</strong>s pelo previsível, que não<<strong>br</strong> />

conseguimos enxergar além das muralhas. Na verdade, não apenas lutamos contra as


inovações, mas nutrimos ressentimentos contra quem as sugere. Quer um exemplo? Os<<strong>br</strong> />

fariseus. Perseguiam a Jesus continuamente porque a mensagem <strong>do</strong> Senhor e seu estilo —<<strong>br</strong> />

na verdade, a liberdade <strong>com</strong> que ele vivia a vida — constituíam desafio permanente à<<strong>br</strong> />

mentalidade cativa desses fariseus. O que eles consideravam verdade, Jesus chamava de<<strong>br</strong> />

tradição. O que eles chamavam de obediência, Jesus rotulava de hipocrisia. Aqueles a quem<<strong>br</strong> />

eles chamavam de mestres ("Rabbi") ele descartava <strong>com</strong>o "guias cegos". Até teve a audácia<<strong>br</strong> />

de dizer: "... invalidan<strong>do</strong> (vós) a Palavra de Deus pela vossa própria tradição que vós<<strong>br</strong> />

mesmos transmitistes", o que fez <strong>com</strong> que os discípulos, mais tarde, lhe viessem relatar, de<<strong>br</strong> />

olhos arregala<strong>do</strong>s: "Sabes que os fariseus, ouvin<strong>do</strong> a tua palavra, se escandalizaram?" Isso<<strong>br</strong> />

sempre me faz sorrir. Nosso assunto é "um murro no pé <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>!" Isso é necessário,<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> se deseja libertação.<<strong>br</strong> />

Antes de tornarmo-nos presumi<strong>do</strong>s demais, sejamos honestos e admitamos que há<<strong>br</strong> />

um pouco de farisaísmo em cada um de nós. Encontramos bastante segurança em nossas<<strong>br</strong> />

barras de ferro e muralhas sólidas, embora sejam danosas. Você e eu poderíamos relacionar<<strong>br</strong> />

pelo menos dez "cadea<strong>do</strong>s espirituais" que nos mantêm presos. Cada um deles chega de<<strong>br</strong> />

mo<strong>do</strong> natural, é alimenta<strong>do</strong> pelo orgulho, e permeia to<strong>do</strong>s os escalões da cristandade. É<<strong>br</strong> />

muito trágico, mas essa mentalidade de correntes e bola de ferro impede-nos de nos entregar<<strong>br</strong> />

aos outros de maneira renovada, revivida. Uma dessas prisões poderia <strong>com</strong> toda certeza ser<<strong>br</strong> />

"eu não consigo per<strong>do</strong>ar." A fim de alimentar nossa determinação, ensaiamos e reencenamos<<strong>br</strong> />

as traições de que fomos vítimas, pon<strong>do</strong> mais contrafortes no portão denomina<strong>do</strong> Vingança.<<strong>br</strong> />

Vem-me à mente uma história narrada por Tolstoy:<<strong>br</strong> />

"Um camponês russo, honesto e trabalha<strong>do</strong>r, chama<strong>do</strong> Aksenov, deixou a esposa e<<strong>br</strong> />

a família em casa, durante alguns dias, a fim de visitar uma feira nas vizinhanças. Passou<<strong>br</strong> />

a primeira noite numa hospedaria, durante a qual alguém <strong>com</strong>eteu um crime. O assassino<<strong>br</strong> />

colocou a arma <strong>do</strong> crime na mala <strong>do</strong> camponês a<strong>do</strong>rmeci<strong>do</strong>. A polícia o desco<strong>br</strong>iu na manhã<<strong>br</strong> />

seguinte. O camponês foi meti<strong>do</strong> na cadeia durante vinte e seis anos, so<strong>br</strong>eviven<strong>do</strong> graças às<<strong>br</strong> />

amargas esperanças de vingança. Um dia, o verdadeiro assassino foi aprisiona<strong>do</strong> <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

camponês e logo acusa<strong>do</strong> de tentativa de fuga. Ele havia esta<strong>do</strong> cavan<strong>do</strong> um túnel e só<<strong>br</strong> />

Aksenov havia presencia<strong>do</strong>. As autoridades interrogaram o camponês a respeito <strong>do</strong> crime<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eti<strong>do</strong>, a tentativa de fuga, proporcionan<strong>do</strong>-lhe, assim, a oportunidade havia muito<<strong>br</strong> />

aguardada para uma desforra, visto que pela palavra de Aksenov, seu inimigo seria<<strong>br</strong> />

flagela<strong>do</strong> quase até à morte.<<strong>br</strong> />

Aksenov foi solicita<strong>do</strong> a dar testemunho so<strong>br</strong>e a tentativa de fuga, mas, ao invés de<<strong>br</strong> />

aproveitar a oportunidade, a. graça de Deus subitamente fez-se manancial no coração dele;<<strong>br</strong> />

a escuridão fugiu, surgiu a luz fulgurante. Ele se viu dizen<strong>do</strong> às autoridades: "Não vi<<strong>br</strong> />

nada." Naquela noite o criminoso vai até a enxerga <strong>do</strong> camponês e, de joelhos, soluçan<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

pede-lhe perdão. Mais uma vez a luz de Cristo inunda o coração <strong>do</strong> camponês. "Deus lho


per<strong>do</strong>ará", diz ele. "Talvez eu seja cem vezes pior <strong>do</strong> que você." Pronuncian<strong>do</strong> tais palavras,<<strong>br</strong> />

seu coração ficou leve, e as saudades de casa se desvaneceram." 36<<strong>br</strong> />

Diz você que gostaria de ser diferente? Deseja arriscar, inovan<strong>do</strong>? Você deseja,<<strong>br</strong> />

realmente, libertar-se da escravidão <strong>do</strong> farisaísmo, mas não sabe por onde <strong>com</strong>eçar? Comece<<strong>br</strong> />

aqui. Não sei de nada mais constrange<strong>do</strong>r, que consome mais a pessoa, <strong>do</strong> que a falta de<<strong>br</strong> />

perdão. As pessoas que verdadeiramente dão seu coração são as que per<strong>do</strong>am prontamente<<strong>br</strong> />

aos seus ofensores. Vá adiante, e procure pôr em prática uma coisa tão difícil.<<strong>br</strong> />

Se você precisa de "um murro no pé <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>" para deslanchar, considere-se<<strong>br</strong> />

esmurra<strong>do</strong>. Não existe melhor jeito de <strong>com</strong>eçar <strong>do</strong> que per<strong>do</strong>an<strong>do</strong>. Esta verdade simples vai<<strong>br</strong> />

romper a inércia e a<strong>br</strong>ir as portas de sua prisão, libertan<strong>do</strong>-o a fim de permitir-lhe terminar<<strong>br</strong> />

a busca de caráter.<<strong>br</strong> />

A <strong>Busca</strong> de Hoje<<strong>br</strong> />

Ele é Senhor! Vemo-lo <strong>com</strong> freqüência. Cantamo-lo sempre. Mas, será que<<strong>br</strong> />

entendemos a importância <strong>do</strong> senhorio de Cristo? Será que isso se tornou um chavão bati<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

em vez de um <strong>com</strong>promisso de lealdade... o risco final? Só você mesmo pode responder por<<strong>br</strong> />

você. Senhor quer dizer: "alguém imbuí<strong>do</strong> de total responsabilidade, um governa<strong>do</strong>r a quem<<strong>br</strong> />

se devem serviço e obediência." Pare um pouco e pense. Pergunte: "Ele é Senhor?" antes de<<strong>br</strong> />

você cantar "Ele é Senhor!"<<strong>br</strong> />

Leia Mateus 18:21-35.<<strong>br</strong> />

CONCLUSÃO<<strong>br</strong> />

Faz mais de cento e cinqüenta páginas que venho enfatizan<strong>do</strong> a busca <strong>do</strong> caráter.<<strong>br</strong> />

Algumas das qualidades que Deus coloca em nosso coração devem ser guardadas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

máximo cuida<strong>do</strong> e conscientização. Todavia, outras qualidades devem ser distribuídas,<<strong>br</strong> />

liberadas no total, sem restrições. Nem sempre nosso coração deve ser resguarda<strong>do</strong> contra<<strong>br</strong> />

intrusões. Às vezes precisamos aban<strong>do</strong>nar-nos... permitir que sejamos que<strong>br</strong>anta<strong>do</strong>s... darnos<<strong>br</strong> />

aos outros. Isto exige tanto a guarda <strong>com</strong>o a <strong>do</strong>ação. É <strong>com</strong>o Aristóteles escreveu, um<<strong>br</strong> />

dia:<<strong>br</strong> />

"Usufruir as coisas que devemos usufruir e odiar as . coisas que<<strong>br</strong> />

devemos odiar exercem a maior influência na obtenção de um caráter<<strong>br</strong> />

superior."


À semelhança de uma moeda, a menos que mostremos <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s bem distintos, bem<<strong>br</strong> />

diferentes, faltar-nos-á autenticidade e valor. Ao longo de nossos dias — ano após ano —<<strong>br</strong> />

prossegue o processo <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> caráter. Enquanto aguardamos, Deus trabalha.<<strong>br</strong> />

Por isso, não vamos cansar-nos. Quanto mais ele martela e lima, quanto mais ele modela e<<strong>br</strong> />

cinzela, mais nos conformamos à imagem de seu Filho. Seja paciente. Confie nele até mesmo<<strong>br</strong> />

na <strong>do</strong>r, ainda que o processo seja longo. Deus honra àqueles que esperam nele.<<strong>br</strong> />

Entretanto, não vamos apenas esperar! Esses dias de desenvolvimento são mais <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

que mero processo passivo, em que nos sentamos conturba<strong>do</strong>s, <strong>com</strong>o que escondi<strong>do</strong>s num<<strong>br</strong> />

buraco, oran<strong>do</strong> à procura de graça, enquanto a busca de caráter se instala.<<strong>br</strong> />

Penso que precisamos de uma mudança de ênfase. Não estou sugerin<strong>do</strong> que nos<<strong>br</strong> />

descartemos dessa coisa maravilhosa que é esperar o confiar. Na verdade, estou sugerin<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

que tenhamos percepção da possibilidade de tomar uma iniciativa. Podemos ficar tão destros<<strong>br</strong> />

na arte de esperar que jamais agiremos... enquanto vão-se forman<strong>do</strong> teias de aranha,<<strong>br</strong> />

camadas de pó, e bocejamos e murmuramos "talvez, quem sabe, um dia..." e as<<strong>br</strong> />

oportunidades desaparecem de vez. Algumas pessoas estão mais agarradas à idéia de<<strong>br</strong> />

esperar e ficar esperan<strong>do</strong> <strong>do</strong> que um grupo de obesos numa sessão de ginástica. Alimentam a<<strong>br</strong> />

idéia maluca de que enquanto não formos o que devemos ser, devemos ficar a vida toda<<strong>br</strong> />

esperan<strong>do</strong>. Tu<strong>do</strong>, dizem tais pessoas, deve esperar, até que a busca se encerre. E digo de<<strong>br</strong> />

propósito: tu<strong>do</strong>! À semelhança de convidar uns amigos para tomar sorvete. Ir a um<<strong>br</strong> />

piquenique. Usar os copos de cristal, a baixela de porcelana fina. Cele<strong>br</strong>ar um aniversário...<<strong>br</strong> />

sumir durante um fim de semana para um bom descanso, um pouco de romance... ou<<strong>br</strong> />

promover um barulhão ao participar de um grupo de turismo, ou viajar para o exterior... ou<<strong>br</strong> />

dar um giro de barco a vela... ou planejar de antemão um passeio de uma semana inteira<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a família. "Não, agora não; este ano não dá; talvez algum dia..."<<strong>br</strong> />

Não fique esperan<strong>do</strong>! A busca <strong>do</strong> caráter é um processo importante, é certo. Contu<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

resguardar-se de tu<strong>do</strong>, até que todas as coisas estejam em ordem, bem arranjadinhas em seu<<strong>br</strong> />

devi<strong>do</strong> lugar, pode resultar em algo por que você se lamentará pelo resto de sua vida. Percebi<<strong>br</strong> />

isso de mo<strong>do</strong> inteiramente novo quan<strong>do</strong> li um artigo no Los Angeles Times. Se tal artigo<<strong>br</strong> />

não modificar sua perspectiva, nada mais o fará. Uma senhora chamada Ann Wells<<strong>br</strong> />

escreveu o seguinte:<<strong>br</strong> />

"Meu cunha<strong>do</strong> a<strong>br</strong>iu a gaveta de baixo <strong>do</strong> guarda-roupa de minha<<strong>br</strong> />

irmã e dela retirou um pacote bem em<strong>br</strong>ulha<strong>do</strong>. 'Isto,' disse ele, 'não é<<strong>br</strong> />

uma <strong>com</strong>binação <strong>com</strong>um. E lingerie finíssima.' Jogou no lixo o papel<<strong>br</strong> />

de em<strong>br</strong>ulho e me entregou a <strong>com</strong>binação. Era linda: de seda, feita sob


en<strong>com</strong>enda, enfeitada <strong>com</strong> rendas de filigrana. A etiqueta de preço<<strong>br</strong> />

indicava um preço astronômico.<<strong>br</strong> />

Jan <strong>com</strong>prou isso na última vez que estivemos em Nova York, oito ou<<strong>br</strong> />

nove anos atrás. Nunca a usou. Guar<strong>do</strong>u-a para uma ocasião<<strong>br</strong> />

especial. Muito bem, creio que a ocasião especial chegou.' Ele pegou a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>binação e a colocou na cama, ao la<strong>do</strong> de outras roupas que<<strong>br</strong> />

levaríamos ao agente funerário. As mãos dele <strong>br</strong>incaram <strong>com</strong> o teci<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

delica<strong>do</strong>, durante um momento; em seguida, empurrou a gaveta e<<strong>br</strong> />

voltou-se para mim.<<strong>br</strong> />

'Nunca guarde nada para uma ocasião especial. Cada dia em que<<strong>br</strong> />

você estiver viva é uma ocasião especial.' Lem<strong>br</strong>ei-me dessas palavras<<strong>br</strong> />

durante toda a cerimônia fúne<strong>br</strong>e, e nos dias que se seguiram,<<strong>br</strong> />

enquanto ajudava meu cunha<strong>do</strong> e minha so<strong>br</strong>inha a executar todas as<<strong>br</strong> />

tarefas desagradáveis que a<strong>com</strong>panham uma morte inesperada. Pensei<<strong>br</strong> />

nessas palavras enquanto voava de regresso à Califórnia, partin<strong>do</strong> da<<strong>br</strong> />

cidade <strong>do</strong> meio-oeste onde mora a família de minha irmã. Fiquei<<strong>br</strong> />

pensan<strong>do</strong> em todas as coisas que ela não havia visto, nem ouvi<strong>do</strong> ou<<strong>br</strong> />

feito. Pensei em todas as coisas que ela havia feito, sem perceber que<<strong>br</strong> />

eram especiais. Ainda penso nas palavras de meu cunha<strong>do</strong>; elas mudaram-me<<strong>br</strong> />

a vida...<<strong>br</strong> />

Não estou 'guardan<strong>do</strong>' nada; usamos nosso aparelho de porcelana, e<<strong>br</strong> />

nossos cristais, para <strong>com</strong>emorar todas as ocasiões especiais — a perda<<strong>br</strong> />

de um quilo de peso, o desentupimento da pia, o surgimento da<<strong>br</strong> />

primeira camélia no jardim...<<strong>br</strong> />

'Algum dia' e 'qualquer dia destes' são expressões que estão sain<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

meu vocabulário. Se aquela coisa vale a pena ser vista, ouvida ou<<strong>br</strong> />

feita, quero vê-la, ouvi-la ou fazê-la já.<<strong>br</strong> />

Tento <strong>com</strong> todas as minhas forças não protelar nada, nem guardar<<strong>br</strong> />

nada que trará maior alegria e <strong>br</strong>ilho às nossas vidas.<<strong>br</strong> />

E todas manhãs, quan<strong>do</strong> a<strong>br</strong>o meus olhos, digo a mim mesma que<<strong>br</strong> />

aquele dia é especial." 37<<strong>br</strong> />

Meu amigo, a vida pode ser uma selva, cheia de dificuldades e desapontamentos. Os<<strong>br</strong> />

tempos podem ser difíceis, e as pessoas, exigentes. Contu<strong>do</strong>, jamais se esqueça de que a vida<<strong>br</strong> />

é especial. Tu<strong>do</strong> na vida. Os dias agradáveis, tanto quanto os <strong>do</strong>lorosos. As quartas-feiras e<<strong>br</strong> />

os fins de semana. Os feria<strong>do</strong>s, e os dias seguintes. Os dias aparentemente insignificantes e


cheios de tédio, bem <strong>com</strong>o aqueles em que vemos o Presidente, ou recebemos uma promoção<<strong>br</strong> />

ou vencemos uma maratona. Caria dia é um dia especial. Deus está trabalhan<strong>do</strong> em você!<<strong>br</strong> />

E então? Então, beba cada momento, até a última gota. Não permita que a busca<<strong>br</strong> />

de caráter roube sua alegria ou faça-o ficar ansioso. Permaneça <strong>do</strong>ce <strong>com</strong>o sempre. Seja<<strong>br</strong> />

positivo. Demonstre <strong>com</strong>postura. Saúde cada nascer-<strong>do</strong>-sol <strong>com</strong> novas resoluções. Você está<<strong>br</strong> />

sen<strong>do</strong> conforma<strong>do</strong> à imagem de Cristo. Já está acontecen<strong>do</strong>! Aquele que <strong>com</strong>eçou a boa o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

vai terminá-la.<<strong>br</strong> />

Confie em mim: se Ballard pôde encontrar o Titanic em meros treze anos, Deus pode<<strong>br</strong> />

realizar seus objetivos ao longo de toda a sua vida. Em vez de apertar os dentes e agüentar<<strong>br</strong> />

o tranco, por que você não vive à altura de suas oportunidades, gozan<strong>do</strong> a vida?<<strong>br</strong> />

Deus está trabalhan<strong>do</strong> em você. Aproveite a vida.<<strong>br</strong> />

"Em tu<strong>do</strong> te dá por exemplo de boas o<strong>br</strong>as..." (Tito<<strong>br</strong> />

2:7).<<strong>br</strong> />

* * *<<strong>br</strong> />

NOTAS<<strong>br</strong> />

1. Robert D. Ballard, "A Long Last Look at Titanic" (Uma Última Longa<<strong>br</strong> />

Olhada no Titânic), National Geographic 170 (dezem<strong>br</strong>o 1986): 698-705.<<strong>br</strong> />

2. Idem.<<strong>br</strong> />

3. "Terror on Side of a Steep Slope — Eyeball-to Eyeball with a Rattler" (Terror<<strong>br</strong> />

ao La<strong>do</strong> <strong>do</strong> Despenhadeiro - Olho a Olho <strong>com</strong> uma Cascavel), Los Angeles Times, 4 de<<strong>br</strong> />

novem<strong>br</strong>o 1984, Sec. III, p. 1<<strong>br</strong> />

4. O. A. Battisti in Quote Unquote (O. A. Battisti em Aspar Aspear) ed. Lloyd<<strong>br</strong> />

Cory (Wheaton, IL: Victor Books, 1977), p. 113<<strong>br</strong> />

5. Poema por Ralph Wal<strong>do</strong> Emerson, cita<strong>do</strong> em Free<strong>do</strong>m for Mi-nistry (Liberdade<<strong>br</strong> />

para Ministrar) por Richard John Neuhaus (San Francisco: Harper & Row, 1956), p.<<strong>br</strong> />

90<<strong>br</strong> />

6. De um discurso não public<strong>do</strong> pelo Dr. Joseph Bayley, entitula<strong>do</strong> "Guarding Our<<strong>br</strong> />

Hearts" (Guardan<strong>do</strong> nossos Corações). Apresenta<strong>do</strong> no West Suburban Ministerial<<strong>br</strong> />

Fellowship em Wheaton, Illinois, en a<strong>br</strong>il de 1986. Usa<strong>do</strong> <strong>com</strong> permissão.


7. M. Scott Peck, PeopJe of the Lie (Povo da Mentira) (Nova York: Simon 7<<strong>br</strong> />

Schuster, 1983), p. 221.<<strong>br</strong> />

8. Veja Frank Sartwell, "The Small Satanic Worlds of John Ca-lhoun" (Os<<strong>br</strong> />

Pequenos Mun<strong>do</strong>s Satânicos de John Calhoun), Smithsonian Magazine, a<strong>br</strong>il de 1970, p.<<strong>br</strong> />

68; e John B. Calhoun, "The Lemmings' Periodic Journeys Are Not Unique" (As Jornadas<<strong>br</strong> />

de Lemmings não são únicas), Smithsonian magazine, janeiro de 1971, p. 11.<<strong>br</strong> />

Usa<strong>do</strong> <strong>com</strong> permissão.<<strong>br</strong> />

9. David A. Seamands, HeaJing for Damaged Emotions (Curan<strong>do</strong> Emoções<<strong>br</strong> />

Danificadas (Wheaton, IL: Victor Books, 1981), p. 95.<<strong>br</strong> />

10. Joseph Bayly, "Psalm of Single-Mindedness" (Salmo de um Solteiro sem<<strong>br</strong> />

Intenções); Psalms ofmy Life (Salmos da Minha Vida), (Wheaton, IL: Tyndale House,<<strong>br</strong> />

1969), pp. 40-41. Usa<strong>do</strong> <strong>com</strong> permissão.<<strong>br</strong> />

11. V. Knymond Edman, The Disciples of Life (Os Discípulos da Vida)<<strong>br</strong> />

(Wheaton, IL: Scripture Press, 1948), p. 83.<<strong>br</strong> />

12. UHIKIO <strong>com</strong> permissão <strong>do</strong> autor.<<strong>br</strong> />

13. Snbine Baring-Gould, "Onward Christian Soldiers" (Avante Sol-du<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

Cristãos).<<strong>br</strong> />

14. Rippon's "Selection of Hymns" (Seleção de Hinos) (1787), "How Firm a<<strong>br</strong> />

Foundation" (Quão Firme o Fundamento).<<strong>br</strong> />

15. Ted Engstrom, The Pursuit of ExcelJence (A <strong>Busca</strong> da Excelência, Edita<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

pela Editora Vida), pp. 81-82.<<strong>br</strong> />

16. John Steinbeck, em uma carta para Adiai Stevenson citada por Billy Graham<<strong>br</strong> />

em World Aflame (Mun<strong>do</strong> em Chamas), (Nova York: Doubleday & Co., 1965), p. 25.<<strong>br</strong> />

17. Carie C. Zimmerman, Family and Civilization (Família e Civilização),<<strong>br</strong> />

(Nova York: Harper & Brothers, 1947), pp. 776-777.<<strong>br</strong> />

18. Eugene Peterson, Traveling Light (Luz Viajante) (Downer's Grove, IL: Inter-<<strong>br</strong> />

Varsity Press, 1982), p. 67.<<strong>br</strong> />

19. C. S. Lewis, The Four Loves (Os Quatro Amores) Nova York: Harcourt<<strong>br</strong> />

Brace Jovanovich, 1960), p. 169. Usa<strong>do</strong> <strong>com</strong> permissão.<<strong>br</strong> />

20. Winston Churchill, "A Colossal Military Disaster" (Um Colossal Desastre<<strong>br</strong> />

Militar), discurso para a Câmara <strong>do</strong>s Comuns, 4 de junho de 1940, Great War Speeches<<strong>br</strong> />

(Grandes Discursos de Guerra) (Londres: Corgi Books, divisão de Transworld Publishers<<strong>br</strong> />

Ltd., 1957), p. 22.


21. Peter Marshall, The Prayers of Peter Marshall (As Orações de Peter Marshall),<<strong>br</strong> />

edita<strong>do</strong> e prefacia<strong>do</strong> por Catherine Marshall (Nova York: Carmel New York Guidepost<<strong>br</strong> />

Associates, Inc., 1949), p. 33.<<strong>br</strong> />

22. Los Angeles Times, 26 de setem<strong>br</strong>o de 1985.<<strong>br</strong> />

23. Reinhold Niebuhr, "Well-Intentioned Dragons" (Dragões Bem Intenciona<strong>do</strong>s),<<strong>br</strong> />

Christianity Today, 1985, p. 63.<<strong>br</strong> />

24. Ken Medema, "If This Is Not a Place" (Se Isto Não For um Lugar). Direitos<<strong>br</strong> />

reserva<strong>do</strong>s em 1977. Publica<strong>do</strong> por World Music. Usa<strong>do</strong> <strong>com</strong> permissão.<<strong>br</strong> />

25. Jaroslav Pelikan, The Vindication of Tradition (A Vindicação da Tradição),<<strong>br</strong> />

New Haven, CT: Yale University Press, 1984), p. 65.<<strong>br</strong> />

26. Reimpresso <strong>com</strong> permissão de Macmillan Publishing, "Wis-<strong>do</strong>m" (Sabe<strong>do</strong>ria),<<strong>br</strong> />

da Coleção de Poemas por Sara Teasdale. Direitos reserva<strong>do</strong>s em 1917 por Macmillan<<strong>br</strong> />

Publishing Com-pany, renova<strong>do</strong> em 1945 por Mamie T. Wheless.<<strong>br</strong> />

27. William Manchester, American Ceasar (César Americano): Douglas<<strong>br</strong> />

MacArthur.1880-1964 (Little, Brown and Company, 1978).<<strong>br</strong> />

28. Robert E. Coleman, The Master PJan of Evangelism (O Plano Mestre da<<strong>br</strong> />

Evangelização) (Old Tappan, NJ: Fleming H. Revell, 1963), p. 23.<<strong>br</strong> />

29. Tom J. Fatjo, Jr. e Keith Miller, With no Fear of FaiJure (Sem Me<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

Errar) (Waco, TX: Word Books, 1981), p. 23.<<strong>br</strong> />

30. Anthony Campolo, Who Switched the Price Tags? (Quem Trocou a Etiqueta<<strong>br</strong> />

de Preço?) (Waco, TX: Word Books, 1986), pp. 69-72. Usa<strong>do</strong> <strong>com</strong> permissão.<<strong>br</strong> />

31. Senhor Winston Churchill, Familiar Quotations (Citações Familiares), ed.<<strong>br</strong> />

John Bartlett (Boston, MA: Little, Brown and Com-pany, 1980), p. 868.<<strong>br</strong> />

32. Alexander Soljenitsin, East and West (Leste e Oeste) (Nova York: Harper<<strong>br</strong> />

& Row, 1980), p. 45.<<strong>br</strong> />

33. Robert M. Pirsig, Zen and the Art of Motorcycle Maintenance (Zen e a Arte<<strong>br</strong> />

de Manutenção de Motocicletas), (Nova York: Bantam Books, 1974), pp. 272-273.<<strong>br</strong> />

34. Idem.<<strong>br</strong> />

35. Roger von Oech, A Whack on the Side of the Head (Um Murro no Pé <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Ouvi<strong>do</strong>), (Nova York: Warner Books, 1983), p. 9.<<strong>br</strong> />

36. Uma paráfrase da história de Tolstoy em Russian Stories and Legends<<strong>br</strong> />

(Estórias e Legendas Russas), (Pantheon Books), conta<strong>do</strong> por David A. Redding,


Amazed by Grace (Surpreendi<strong>do</strong> pela Graça). (Old Tappan, NJ: Fleming H. Revell,<<strong>br</strong> />

1986), pp. 33-34.<<strong>br</strong> />

37. "What Are We Waiting For?" (O Que é Que Estamos Esperan<strong>do</strong>?) Los<<strong>br</strong> />

Angeles Times, 14 de a<strong>br</strong>il de 1985. Usa<strong>do</strong> <strong>com</strong> permissão.

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