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Longa vida - Engarrafador Moderno

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Embalagem<br />

indústria, mas o seu custo elevado<br />

foi recompensado pelas facilidades<br />

na distribuição e pelo salto em segurança<br />

alimentar”, afirma Laércio<br />

Barbosa, vice-presidente da ABLV.<br />

Pedro Ribeiro, diretor comercial<br />

da marca de leite Shefa, acrescenta<br />

que a embalagem cartonada foi um<br />

fenômeno no Brasil, já que em outros<br />

países da América Latina ela<br />

não conquistou o mesmo mercado.<br />

“O saco asséptico que é sucesso na<br />

América Latina por seu baixo custo<br />

não foi bem aceito pelo consumidor<br />

brasileiro, que preferiu pagar mais<br />

em troca da segurança das cartonadas”,<br />

afirma Ribeiro.<br />

De acordo com o levantamento<br />

da ABLV, de 1992 a 2007 o consumo<br />

de leite cresceu mais de 50%<br />

em função das cartonadas. “A embalagem<br />

cartonada permitiu uma<br />

expansão do mercado em escala,<br />

oferta e diversificação de produtos,<br />

além de uma padronização da cadeia”,<br />

afirma Barbosa.<br />

Outro aspecto interessante da cartonada<br />

é a possibilidade de armazenar<br />

um litro de leite em uma embalagem<br />

leve e com pouquíssimo volume. “O<br />

processo de envase em embalagens<br />

cartonadas diminui drasticamente os<br />

espaços vazios e a perda ou desperdício<br />

do produto ao longo da cadeia<br />

de distribuição, além disso, essa tecnologia<br />

dispensa o uso de conservantes<br />

e aditivos para ampliar o tempo de<br />

prateleira”, afirma Marcelo Silveira,<br />

pós-doutorado em Engenharia Química<br />

pela UFSCAR (Universidade Federal<br />

de São Carlos).<br />

A Laticínios Xandô optou por fugir<br />

do padrão do mercado e inovar em<br />

suas embalagens. “Hoje, trabalhamos<br />

com garrafas de polietileno para leites<br />

tipo A, sacos plásticos de um litro e<br />

de cinco litros (bags) para tipo A também”,<br />

descreve Daniel Figueiredo,<br />

gerente geral da Laticínios Xandô.<br />

Segundo Figueiredo, as embala-<br />

20<br />

gens plásticas de cinco litros foram<br />

adotadas para atender consumidores<br />

que necessitam de grandes volumes,<br />

enquanto os sacos de um litro atendem<br />

um público que deseja consumir<br />

leite tipo A com um baixo custo. Figueiredo<br />

ainda aposta nas garrafas<br />

plásticas como embalagens ideais<br />

para o leite. “As garrafas plásticas<br />

são as melhores embalagens descartáveis<br />

para leite por sua higiene,<br />

apresentação e praticidade após a<br />

abertura, permitindo o uso fracionado”,<br />

comenta o gerente.<br />

Outro ponto que Figueiredo ressalta<br />

será a valorização do leite no mercado<br />

nos próximos anos. “Com o aumento<br />

do valor agregado do leite, o<br />

custo das embalagens será fundamental<br />

para atingir um preço que seja<br />

aceito pelos consumidores no mercado<br />

e este será o foco das indústrias<br />

e dos laticínios”, afirma o gerente.<br />

Evoluções, tendências<br />

e a polêmica do PET<br />

As principais evoluções das cartonadas<br />

nos últimos anos dizem respeito<br />

aos novos processos de impressão,<br />

que permitem o uso de co-<br />

res e imagens mais próximas da<br />

realidade, e a novas formas de<br />

abertura.<br />

A tendência apontada dentro<br />

desta categoria é que haja a mistura<br />

de materiais, criando uma embalagem<br />

mista. “Na minha opinião, irão<br />

surgir embalagens com múltiplos<br />

materiais, como a mistura do cartonado<br />

com diferentes tipos de plásticos,<br />

sempre pensando na praticidade<br />

do consumidor e na diversificação<br />

de volumes”, afirma Laércio<br />

Barbosa, da ABLV.<br />

Quando o questionamos se o<br />

PET irá substituir as cartonadas a<br />

resposta é a seguinte: “Hoje, e<br />

acredito que pelos próximos anos, a<br />

embalagem PET não será competitiva.<br />

As propriedades de barreiras<br />

necessárias para adaptar o material<br />

ao leite ainda estão fora da realidade<br />

do mercado”, afirma o vice-presidente<br />

da ABLV.<br />

No entanto, Laércio destaca que<br />

o consumidor brasileiro costuma testar<br />

novos materiais, o que pode ajudar<br />

no aperfeiçoamento de alguma<br />

embalagem que possa competir, em<br />

médio prazo, com as cartonadas.<br />

De acordo com Dantas, professor<br />

da Escola de Engenharia Mauá,<br />

o grande investimento da indústria<br />

nas embalagens cartonadas será na<br />

otimização dos materiais. “As evoluções<br />

das cartonadas serão referentes<br />

à economia de materiais e ao<br />

desenvolvimento de camadas mais<br />

resistentes”, afirma Dantas.<br />

Uma tecnologia que o professor<br />

destaca é a substituição da camada<br />

de alumínio por uma camada de<br />

SiOx, tecnologia que permite o<br />

aquecimento da embalagem no microondas.<br />

Essa tecnologia já está<br />

sendo utilizada na Europa para molhos<br />

prontos e é provável que se estenda<br />

a todas as embalagens cartonadas.<br />

“Na indústria de leite talvez<br />

demore um pouco para chegar em<br />

<strong>Engarrafador</strong><br />

<strong>Moderno</strong>

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