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Relatório Anual 2005 - Investidores - Ambev

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<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2005</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2005</strong><br />

PAIXÃO PELA EXECUÇÃO<br />

Índice<br />

1. A AmBev<br />

2. Principais Indicadores<br />

3. Mensagem aos Acionistas 02<br />

4. Mapa das Operações 04<br />

5. Cerveja Brasil 07<br />

6. Refrigerantes Brasil 11<br />

7. América Latina Hispânica (HILA) 15<br />

8. América do Norte 19<br />

9. Paixão pela Execução 23<br />

10. Marcas 26<br />

11. Distribuição 29<br />

12. Gestão de Custos 33<br />

13. Disciplina Financeira 36<br />

14. Cultura 38<br />

15. Gente AmBev 42<br />

16. Sustentabilidade 47<br />

a. Responsabilidade Social 48<br />

b. Meio Ambiente 52<br />

c. Governança Corporativa 56<br />

17. Ações como Investimento 59<br />

18. Equipe 60<br />

19. Seção Financeira 62


A AmBev<br />

Presença em 14<br />

países das Américas<br />

A AmBev é a maior indústria de bens de consumo<br />

do Brasil e a maior cervejaria da América Latina,<br />

com atuação em 14 países nas três Américas.<br />

A partir de uma aliança global com a InBev, em 2004,<br />

passamos a integrar a maior plataforma de produção<br />

e comercialização de cerveja do mundo.<br />

A associação proporcionou também a entrada na<br />

América do Norte, com a incorporação da canadense<br />

Labatt, e a expansão internacional da marca Brahma<br />

para 15 países da Europa e América do Norte, totalizando<br />

presença em 23 países.<br />

Criada em 1999, com a união das cervejarias Brahma e<br />

Antarctica, a AmBev detém o maior portfolio no setor<br />

de bebidas no Brasil, com as marcas de cerveja Brahma,<br />

Antarctica, Skol e Bohemia, além de refrigerantes, o<br />

isotônico Gatorade, os chás Lipton e a água Fratelli<br />

Vita. Entre nossos refrigerantes, os destaques são o<br />

Guaraná Antarctica, produzido a partir do fruto típico<br />

da floresta amazônica, e a Pepsi-Cola.<br />

Em <strong>2005</strong>, aproximadamente 30% do nosso EBITDA<br />

veio das operações da América Latina Hispânica<br />

e do Canadá. Além do Brasil, somos líderes de<br />

mercado também na Argentina, na Bolívia,<br />

no Paraguai e no Uruguai.<br />

Essa liderança é resultado de nossa Paixão pela<br />

Execução, de fazer sempre mais e melhor tudo o que<br />

envolve o nosso negócio, nos impondo metas desafiadoras<br />

e contando com uma equipe formada pelos<br />

profissionais mais talentosos do mercado.<br />

Principais Indicadores<br />

2004 <strong>2005</strong> Variação<br />

R$ milhões R$ milhões %<br />

Demonstração de Resultados<br />

Receita Líquida 12.007 15.959 32,9%<br />

Lucro Bruto 7.226 10.216 41,4%<br />

Despesas Gerais e Administrativas 3.611 5.174 43,3%<br />

EBIT 3.615 5.043 39,5%<br />

Lucro Líquido 1.162 1.546 33,1%<br />

Balanço Patrimonial<br />

Ativo Total 33.017 33.493 1,4%<br />

Caixa e Equivalentes 1.505 1.096 -27,2%<br />

Dívida Total 7.811 7.204 -7,8%<br />

Patrimônio Líquido 16.976 19.867 17,0%<br />

Fluxo de Caixa e Rentabilidade<br />

EBITDA (R$ milhões) 4.537 6.305 39,0%<br />

Margem EBITDA 37,8% 39,5% 1,7 pp<br />

Investimentos de Capital (R$ milhões) 1.274 1.370 7,5%<br />

Retorno sobre o Patrimônio (%) 10,8% 7,8% - 3 pp<br />

Dados por ação (R$/mil ações)<br />

Valor Patrimonial (*) 258,97 304,03 17.4%<br />

Lucro por Ação (*) 17,72 23,65 33,5%<br />

Dividendos (ON) 20,86 23,07 10,6%<br />

Dividendos (PN) 22,95 25,38 10,6%<br />

Payout dividendos 114,0% 109,0% -5 pp<br />

Capitalização<br />

Capitalização de Mercado (R$ milhões) 40.424 53.646 32,7%<br />

Dívida Líquida (R$ milhões) 6.305 6.107 -3,1%<br />

Participações Minoritárias (R$ milhões) 219 123 - 43,9%<br />

Ações em Circulação (mil) (*) 65.553 65.346 -0,3%<br />

ADRs Equivalentes (mil) (*) 655,5 653,5 -0,3%<br />

* Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/<strong>2005</strong>.<br />

Receita Líquida<br />

R$ milhões<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

2001 6.526<br />

2002 7.325<br />

2003 8.684<br />

2004 12.007<br />

<strong>2005</strong><br />

15.959<br />

Lucro Líquido<br />

R$ milhões<br />

1.5<br />

1.0<br />

0.5<br />

0<br />

2001 785<br />

1.510<br />

2002<br />

1.412<br />

2003<br />

2004<br />

1.162<br />

1.546<br />

<strong>2005</strong><br />

10%<br />

Composição<br />

da Receita Líquida<br />

25%<br />

30,5%<br />

1.990<br />

2001<br />

13%<br />

Cerveja Brasil<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

Refrigerantes Brasil<br />

América do Norte<br />

EBITDA e Margem EBITDA<br />

37,0%<br />

2.710<br />

2002<br />

35,4%<br />

3.072<br />

2003<br />

37,8%<br />

4.537<br />

2004<br />

39,5%<br />

<strong>2005</strong> 6.305<br />

EBITDA (R$ milhões) Margem EBITDA (%)<br />

52%


Mensagem aos Acionistas<br />

Com crescimento de 33% na receita líquida e R$6,3 bilhões<br />

de EBITDA, a AmBev permanece comprometida em buscar<br />

resultados ainda melhores<br />

A Companhia obteve resultados excepcionais em <strong>2005</strong>, com crescimento de 33% na receita líquida e de 39% na<br />

geração de caixa, com um EBITDA de R$ 6,3 bilhões e margem 39,5%. A continuidade do crescimento da economia<br />

brasileira e o cenário positivo em todos os países da América Latina em que atuamos contribuíram para o<br />

desenvolvimento de nossas operações.<br />

Temos a convicção de que um resultado dessa magnitude só foi possível pela ação de nossa Gente, um time formado<br />

por meio de eficiente política de recrutamento, cultura de resultados e reconhecida manutenção dos melhores<br />

talentos. Olhando para o futuro, mantemos o nosso compromisso em continuar entregando resultados e sendo<br />

referência na indústria de bebidas.<br />

Somos uma empresa com Paixão pela Execução. Esse entusiasmo abrange todas as etapas do nosso negócio, o que<br />

começa na seleção da cevada e outras matérias-primas para os nossos produtos e tem seqüência no desenvolvimento de<br />

novas bebidas, na fabricação, na comercialização, na distribuição, no relacionamento com os pontos-de-venda e nas<br />

iniciativas para conquistar os consumidores.<br />

Continuamos mantendo o foco na execução de nossas operações. Nossas fábricas atingem elevados níveis de<br />

eficiência operacional e ambiental. A imagem de nossas marcas segue fortalecida pela criatividade de nosso<br />

marketing, com campanhas eficazes e inovadoras. Nossa força de vendas, cada vez mais motivada, busca explorar as<br />

oportunidades dos mercados onde atuamos. E nossas operações logísticas seguem eficientes e garantindo a satisfação<br />

no atendimento aos nossos clientes.<br />

Nosso foco na redução de custos está cada dia mais presente, independentemente dos resultados alcançados. Neste ano,<br />

o eficiente trabalho do nosso departamento de compras e as sinergias com a InBev permitiram que mantivéssemos<br />

elevadas nossas margens de lucratividade, apesar da forte alta de preços de insumos como alumínio e açúcar.<br />

02. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong>


O ano foi excelente para as operações no Brasil, com destaque para o sólido crescimento de volume em nossa operação<br />

de cerveja. Em refrigerantes, ampliamos volume e lucratividade, mas acreditamos que ainda existam oportunidades<br />

para fortalecer essa operação.<br />

Na América do Norte, deparamo-nos com um ambiente competitivo bastante acirrado. Ainda assim, foi possível crescer<br />

a rentabilidade por meio do forte controle de custos e foco na eficiência.<br />

Na América Latina Hispânica, os resultados foram excepcionais nas operações no Cone Sul, com a Quilmes Industrial<br />

S.A. (Quinsa), que compreende os mercados Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile. Obtivemos também bons<br />

resultados na Venezuela. Nos demais países latino-americanos, as dificuldades que enfrentamos ao longo de <strong>2005</strong><br />

serviram de aprendizado e fator de motivação para alcançarmos bom desempenho em um futuro próximo.<br />

Em <strong>2005</strong>, reestruturamos a nossa dívida na operação canadense, em condições mais favoráveis, o que levou a Fitch a<br />

elevar nosso rating para BBB-, em Grau de Investimento, no início de 2006. Como já havia ocorrido com a Standard &<br />

Poors, em 2004, fomos a primeira empresa brasileira a obter essa classificação da agência.<br />

Somos uma empresa com Paixão pela Execução. Nossa forte cultura criou uma companhia em que cada funcionário<br />

age como dono, levando-nos a alcançar resultados que pareciam impossíveis. Temos orgulho de nossa Gente e<br />

creditamos a todos os nossos funcionários este ano fantástico de <strong>2005</strong>.<br />

Luiz Fernando Edmond<br />

Carlos Alves de Brito<br />

Victório Carlos De Marchi<br />

Luiz Fernando Edmond<br />

Diretor-geral para a América Latina<br />

Carlos Alves de Brito<br />

Diretor-geral para a América do Norte em <strong>2005</strong><br />

e atual co-presidente do Conselho de Administração<br />

Victório Carlos De Marchi<br />

Co-presidente do Conselho de Administração<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .03


Mapa das Operações<br />

04. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Canadá<br />

Guatemala<br />

El Salvador<br />

Nicarágua<br />

Equador<br />

Peru<br />

Chile<br />

República<br />

Dominicana<br />

Venezuela<br />

Bolívia<br />

Paraguai<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

Uruguai


Argentina<br />

Mercado de cerveja (m HL) 15,2<br />

Consumo per capita (litros) 40,3<br />

Capacidade instalada (m HL) 16,1<br />

Bolívia<br />

Mercado de cerveja (m HL) 2,3<br />

Consumo per capita (litros) 25,4<br />

Capacidade instalada (m HL) 2,8<br />

Brasil<br />

Mercado de cerveja (m HL) 93,2<br />

Consumo per capita (litros) 51,4<br />

Capacidade instalada (m HL) 98,3<br />

Canadá<br />

Mercado de cerveja (m HL) 22,2<br />

Consumo per capita (litros) 69,0<br />

Capacidade instalada (m HL) 15,0<br />

Chile<br />

Mercado de cerveja (m HL) 4,7<br />

Consumo per capita (litros) 29,1<br />

Capacidade instalada (m HL) 0,8<br />

Equador<br />

Mercado de cerveja (m HL) 2,6<br />

Consumo per capita (litros) 19,8<br />

Capacidade instalada (m HL) 1,0<br />

El Salvador<br />

Mercado de cerveja (m HL) 0,8<br />

Consumo per capita (litros) 12,6<br />

Capacidade instalada (m HL) –<br />

Guatemala<br />

Mercado de cerveja (m HL) 1,2<br />

Consumo per capita (litros) 9,5<br />

Capacidade instalada (m HL) 1,4<br />

Nicarágua<br />

Mercado de cerveja (m HL) 0,6<br />

Consumo per capita (litros) 10,5<br />

Capacidade instalada (m HL) –<br />

Paraguai<br />

Mercado de cerveja (m HL) 1,9<br />

Consumo per capita (litros) 31,4<br />

Capacidade instalada (m HL) 2,2<br />

Peru<br />

Mercado de cerveja (m HL) 7,1<br />

Consumo per capita (litros) 25,6<br />

Capacidade instalada (m HL) 1,0<br />

República Dominicana<br />

Mercado de cerveja (m HL) 3,1<br />

Consumo per capita (litros) 34,3<br />

Capacidade instalada (m HL) 1,0<br />

Uruguai<br />

Mercado de cerveja (m HL) 0,6<br />

Consumo per capita (litros) 17,5<br />

Capacidade instalada (m HL) 1,1<br />

Venezuela<br />

Mercado de cerveja (m HL) 22,0<br />

Consumo per capita (litros) 83,3<br />

Capacidade instalada (m HL) 3,2<br />

Nota: Capacidade instalada refere-se apenas à cerveja (exclui refrigerantes).<br />

Fonte: AmBev (capacidades) e Euromonitor (estimativas de mercado e consumo per capita).<br />

América do Norte<br />

Receita líquida: R$ 3.976 milhões<br />

EBITDA: R$ 1.433 milhões<br />

Margem EBITDA: 36,0%<br />

Mercado de cerveja no Canadá:<br />

22,2 milhões HL<br />

Total vendido de cerveja: 10,9 milhões HL<br />

Exportações para os EUA:<br />

1,8 milhão HL<br />

Brasil<br />

Receita líquida: R$ 9.902 milhões<br />

EBITDA: R$ 4.319 milhões<br />

Margem EBITDA: 43,6%<br />

Mercado de cerveja: 93,2 milhões HL<br />

Total vendido de cerveja: 62,5 milhões HL<br />

Total vendido de refrigerantes:<br />

20,3 milhões HL<br />

América Latina<br />

Hispânica (HILA)<br />

Receita líquida: R$ 2.080 milhões<br />

EBITDA: R$ 553 milhões<br />

Margem EBITDA: 26,6%<br />

Mercado de cerveja: 62,0 milhões HL<br />

Total vendido de cerveja: 19,8 milhões HL<br />

Total vendido de refrigerantes:<br />

11,9 milhões HL<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .05


Desempenho<br />

excepcional, impulsionado<br />

por marcas e execução<br />

69,4%<br />

do mercado<br />

8,2%<br />

crescimento<br />

de volume<br />

Cerveja Brasil<br />

Quinto maior mercado mundial de cervejas, o Brasil<br />

é também nossa principal operação, responsável por<br />

59% do EBITDA consolidado em <strong>2005</strong>. A evolução do<br />

EBITDA foi de 28,7%, totalizando R$ 3,7 bilhões<br />

Encerramos o ano com participação de 69,4% no<br />

mercado, com média anual de 68,3%.<br />

O ano foi excepcional, com crescimento de 8,2% nos<br />

volumes de venda – o maior nos últimos dez anos –,<br />

acima dos 7% esperados e dos 6,5% registrados<br />

pelo mercado como um todo, segundo estimativa<br />

da ACNielsen. Os volumes foram impulsionados<br />

pelo desempenho de nossas principais marcas<br />

e pela eficiência na execução nos pontos-de-venda.<br />

Soubemos capturar os benefícios da recuperação<br />

da economia brasileira e a maior confiança dos<br />

consumidores.<br />

O gerenciamento de marca e receita nos assegurou um<br />

forte desempenho do segmento premium: a Bohemia<br />

cresceu 28% e a Original, 44%. Nossa estratégia de<br />

distribuição direta e crescimento do segmento<br />

premium continuam a aumentar as receitas líquidas<br />

acima da inflação – 8,7% em comparação a 5,7% (IPCA).<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .07


08. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Um destaque foi o lançamento da Brahma em mais<br />

15 países fora da América Latina, configurando-se<br />

um sucesso especialmente na Ucrânia e na Rússia.<br />

Na via inversa, lançamos no Brasil a cerveja e o<br />

chope Stella Artois, com exclusividade em<br />

pontos-de-venda diferenciados.<br />

Buscamos opções criativas para novas ocasiões de<br />

consumo, como parte da estratégia de ampliar o consumo<br />

per capita, e nos tornamos a primeira empresa de bebidas<br />

a lançar uma franquia de chope. O Quiosque Chope<br />

Brahma, desenvolvido em 2003 para corredores de<br />

shoppings, aeroportos, rodoviárias e galerias, foi a<br />

franquia que mais cresceu em <strong>2005</strong>, num universo<br />

próximo de 110 diferentes bandeiras analisadas pelo Guia<br />

ABF <strong>2005</strong>, da Associação Brasileira de Franchising. No final<br />

do ano, eram 60 unidades, com volume de venda por loja<br />

duas vezes superior à média do mercado de chope.<br />

Outra experiência bem-sucedida foi o Chopp Brahma<br />

Express, serviço de entrega em domicílio da bebida e do<br />

equipamento. Adicionalmente, criamos em julho de <strong>2005</strong><br />

um show-room do Chopp Brahma Express, que<br />

proporciona uma experiência total da marca aos<br />

consumidores. No final do ano, já se transformara no<br />

maior ponto-de-venda de chope na cidade de São Paulo.


Mantivemos iniciativas bem-sucedidas de exposição de<br />

marca, como o Skol Beats – o maior evento de música<br />

eletrônica da América Latina – e o Camarote da<br />

Brahma – o espaço mais tradicional do Carnaval<br />

do Rio de Janeiro, que reúne celebridades nacionais<br />

e internacionais. Também promovemos mais uma<br />

edição do Boteco Bohemia, em que os consumidores<br />

elegem o melhor local para degustar a cerveja,<br />

e criamos a Confraria Bohemia, como uma<br />

aproximação com gastrononomia. Instituímos ainda<br />

a Sociedade da Cerveja, um espaço de relacionamento<br />

com os consumidores, com informações sobre todo<br />

o processo de produção, dicas de consumo, para que<br />

os apreciadores da cerveja se tornem verdadeiros<br />

mestres cervejeiros e busquem a harmonização da<br />

bebida com gastronomia.<br />

Evolução da Rede Quiosques Brahma Chopp<br />

(nº de unidades)<br />

1<br />

2T - 2003<br />

5<br />

3T - 2003<br />

6<br />

4T - 2003<br />

9<br />

1T - 2004<br />

11<br />

2T - 2004<br />

15<br />

3T - 2004<br />

26<br />

4T - 2004<br />

28<br />

1T - <strong>2005</strong><br />

31<br />

2T - <strong>2005</strong><br />

38<br />

3T - <strong>2005</strong><br />

Cerveja Brasil<br />

Estamos muito orgulhosos de nosso negócio de cerveja<br />

e reafirmamos nosso compromisso de agir<br />

proativamente e tomar as medidas necessárias para<br />

garantir o crescimento contínuo tanto em participação<br />

no mercado como em lucratividade de nossas<br />

operações. Nos sentimos desafiados no dia-a-dia para<br />

ampliar ainda mais o mercado de cerveja no Brasil.<br />

60<br />

4T - <strong>2005</strong><br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .09


Crescimento saudável<br />

e potencial para<br />

fortes avanços<br />

17%<br />

de participação<br />

no mercado<br />

Refrigerantes Brasil<br />

Em refrigerantes, somos o segundo maior produtor<br />

brasileiro, com 17% de participação no mercado.<br />

Temos um portfolio completo de bebidas<br />

não-alcóolicas, liderado pelo Guaraná Antarctica,<br />

o mais vendido no Brasil em seu segmento, e pela<br />

Pepsi-Cola, segundo sabor cola do mercado.<br />

Também produzimos e comercializamos o isotônico<br />

Gatorade e o chá gelado Lipton Ice Tea, líderes de<br />

categoria, e a água Fratelli Vita.<br />

Atuamos com uma divisão responsável pela<br />

formulação de políticas e estratégias próprias e<br />

independentes, mas que mantém sinergia de produção,<br />

logística e distribuição com as linhas de cervejas.<br />

Nossos refrigerantes tiveram um crescimento<br />

saudável em <strong>2005</strong>. Os volumes aumentaram 6%, um<br />

pouco acima da expectativa de 5% que tínhamos para<br />

o ano. Fomos capazes de manter nossa participação<br />

no mercado e ampliar ainda mais a margem EBITDA,<br />

para 31,4% para o ano, acima dos 30% estimados.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .11


12. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

A receita por hectolitro foi 6,3% superior,<br />

impulsionada por reajuste de preços realizado ao<br />

longo do ano, iniciativas de gerenciamento e aumento<br />

na distribuição direta.<br />

Começamos a explorar novas oportunidades de<br />

mercado, em um trabalho que ganhará mais ênfase<br />

em 2006. O lançamento da garrafa PET de 2,5 litros<br />

está na direção certa, já que as vendas de refrigerantes<br />

em garrafas maiores têm crescido acima da média do<br />

mercado, revelando a preferência do consumidor por<br />

esse tipo de embalagem.<br />

Estamos entusiasmados com a instalação de<br />

medidores de vazão nas indústrias de refrigerantes,<br />

que passa a ser obrigatória em setembro de 2006.<br />

Da mesma forma como aconteceu na indústria de<br />

cerveja, os equipamentos tornarão mais justa a<br />

competição no setor, reduzindo a pressão de descontos<br />

de competidores informais.<br />

Identificamos grande potencial de crescimento no<br />

mercado brasileiro, que é o terceiro maior do mundo<br />

em volume, mas mantém um baixo índice per capita,<br />

com a média de 70 litros por ano.


Refrigerantes Brasil<br />

Com uma população jovem – cerca de um terço tem<br />

menos de 15 anos de idade –, o Brasil representa uma<br />

oportunidade para a oferta de produtos inovadores,<br />

para diferentes ocasiões de consumo.<br />

Nós temos marcas vitoriosas. O Guaraná Antarctica<br />

é um símbolo brasileiro, com sabor único do fruto<br />

cultivado na Amazônia, que ganha reforço e<br />

visibilidade em 2006, ano de Copa do Mundo, como<br />

patrocinador da seleção brasileira de futebol.<br />

A Pepsi tem uma linha ampla e diferenciada de<br />

sabores e destacou-se em <strong>2005</strong> com uma nova<br />

identidade visual. Para os adeptos de atividades<br />

esportivas, o Gatorade aplaca a sede e repõe sais<br />

minerais. Aqueles que preferem uma bebida mais<br />

suave, não-carbonatada, encontram no Lipton Ice Tea<br />

uma opção de sabores diferenciados.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .13


Crescimento<br />

sustentado no Cone Sul<br />

Nossas<br />

operações<br />

abrangem<br />

12 países<br />

8,2%<br />

crescimento<br />

da receita<br />

América Latina<br />

Hispânica (HILA)<br />

Nossas operações na região abrangem 12 países<br />

das Américas do Sul e Central e do Caribe, sendo<br />

que em cinco – Argentina, Uruguai, Paraguai,<br />

Bolívia e Chile – atuamos por meio de nosso<br />

parceiro estratégico, a Quinsa.<br />

Em <strong>2005</strong>, a receita cresceu 8,2%, para R$ 2,1 bilhões,<br />

mas a divisão apresentou resultados mistos.<br />

A Quinsa mostrou um desempenho relevante,<br />

com incremento de 32,2% do EBITDA em dólares.<br />

O volume consolidado cresceu 12,9%, sendo 7,1% em<br />

cerveja e 26% em refrigerantes, e a receita por<br />

hectolitro, em dólares, foi 10,4% superior à de 2004.<br />

Nos demais países, que chamamos de HILA-ex,<br />

a receita cresceu 1,5%, afetada negativamente<br />

pelo acirramento do ambiente competitivo na<br />

América Central e nos mercados de refrigerantes<br />

do Peru e da República Dominicana.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .15


América Latina Hispânica (HILA)<br />

Quilmes Industrial S.A. (Quinsa)<br />

Com a combinação de lançamento de produtos,<br />

desenvolvimento de marcas, disciplina de custos,<br />

reestruturação de distribuição e execução no ponto-<br />

de-venda, os resultados da Quinsa ampliaram-se em<br />

todos os países. Nossa participação na cervejaria, que<br />

é líder nos países do Cone Sul, contribuiu com<br />

R$ 1.299,9 milhões na receita consolidada da<br />

Companhia (mais 12,7%). Em dezembro de <strong>2005</strong>, essa<br />

participação equivalia a 59,2% do capital (54,8% no<br />

ano anterior).<br />

Na Argentina, foi mantida a estratégia de expandir a<br />

presença no segmento premium. Depois do bem-<br />

sucedido lançamento da Stella Artois long-neck,no<br />

final de 2004, a marca ganhou versão em garrafa de<br />

um litro. Em refrigerantes, o crescimento reflete a<br />

recuperação do mercado consumidor e a maior<br />

participação das marcas da Companhia. Duas ações<br />

foram importantes: a licença da PepsiCo para atuar na<br />

última região do país em que a Quinsa não estava<br />

presente e o lançamento da água carbonatada H2Oh.<br />

Iniciamos a duplicação da capacidade da maltaria de<br />

Tres Arroyos, para suprir as necessidades de malte,<br />

projeto que deverá estar plenamente operacional em<br />

meados do primeiro semestre de 2006.<br />

16. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Na Bolívia registramos consistente crescimento, com<br />

ações centralizadas em agregar valor ao portfolio de<br />

marcas e reforçar a rede de distribuição. No Chile,o<br />

incremento de vendas chegou a 66,2%, impulsionado<br />

pelo lançamento da marca Brahma no mês de<br />

setembro, e elevamos para 15,5% a participação<br />

de mercado (ganho de quatro pontos percentuais).<br />

No Paraguai, mantivemos a recuperação iniciada<br />

dois anos antes, com o apoio de um melhor mix<br />

de marcas e novos processos de distribuição.<br />

No Uruguai, também aproveitamos a recuperação<br />

do mercado local para ampliar nossas operações,<br />

com destaque para refrigerantes, o maior crescimento<br />

da AmBev no segmento, em <strong>2005</strong>.


América Latina Hispânica (HILA)<br />

Norte da América Latina (HILA-ex)<br />

Nossas operações no Norte da América Latina, na<br />

América Central e no Caribe apresentaram aumento<br />

de receita de 1,5%, totalizando R$ 780,4 milhões.<br />

Alcançamos a marca de 1 milhão de hectolitros de<br />

cerveja no último trimestre de <strong>2005</strong>, o que nos deixa<br />

orgulhosos do avanço obtido em pouco tempo.<br />

O desempenho, porém, foi bastante diferenciado nos<br />

vários países. Registramos crescimento consistente na<br />

Venezuela, com aumento de volume e participação no<br />

mercado, iniciamos as vendas de cerveja no Peru e na<br />

República Dominicana e completamos o primeiro ano<br />

de venda da marca Brahma no Equador. Nossa receita,<br />

entretanto, foi afetada negativamente pelo<br />

acirramento do ambiente competitivo na América<br />

Central e nos mercados de refrigerantes do Peru e da<br />

República Dominicana.<br />

O período foi de reforço ao projeto de introdução<br />

das melhores práticas de disciplina financeira,<br />

gerenciamento de receitas e custos, distribuição e<br />

execução no ponto-de-venda. Aproveitamos a bem-<br />

sucedida experiência no mercado brasileiro para<br />

buscar a adoção de processos e práticas eficientes,<br />

capazes de agregar valor às operações.<br />

Ainda estamos nos estágios iniciais de atuação<br />

na maioria dos países da região, em uma estratégia<br />

de expansão iniciada em 2003. O desempenho do<br />

ano reforça nosso compromisso com a região, que<br />

possui grande potencial e perspectivas encorajadoras<br />

para o futuro.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .17


Novo modelo de<br />

operações em um<br />

ambiente desafiador<br />

América do Norte<br />

As operações Labatt na América do Norte<br />

contribuíram com R$ 3.975,5 milhões para a nossa<br />

receita consolidada. A comparação pro forma com o<br />

desempenho de 2004 resulta em queda de 1,2% em<br />

dólares canadense. Mas ganhamos em eficiência: o<br />

EBITDA cresceu 12% e atingiu R$ 1.433,10 milhões.<br />

A receita foi influenciada por três fatores: ampliação<br />

do segmento de marcas de baixo preço; queda nas<br />

exportações para os Estados Unidos pela concorrência<br />

com vinhos e destilados, além de marcas de cerveja<br />

mexicanas, européias e asiáticas; e redução dos<br />

volumes produzidos sob encomenda para a Guiness,<br />

reflexo do nosso plano de racionalização da estrutura<br />

produtiva, que incluiu o fechamento de duas fábricas<br />

(New Westminster e Toronto).<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .19


América do Norte<br />

Nesse ambiente desafiador, adotamos várias medidas<br />

para assegurar a prosperidade de nossas operações na<br />

região. O ano foi de intenso foco interno e mudanças<br />

no modelo de gestão. Introduzimos uma nova<br />

estrutura organizacional, com reclassificação de<br />

cargos e esquema de remuneração variável, com o<br />

objetivo de alinhar os interesses de empregados e<br />

acionistas em torno de metas de rentabilidade das<br />

operações. Esse processo foi acompanhado da difícil<br />

tarefa de reestruturação da força de trabalho, mas<br />

permitiu que racionalizássemos a estrutura de<br />

operação e com eficiência em custos.<br />

20. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Também introduzimos o Orçamento Base Zero (OBZ).<br />

Mais do que corte e controle de custos, significa um<br />

sistema inteiramente novo de abordagem de<br />

estrutura de custos e despesas, que determina uma<br />

visão mais abrangente sobre os negócios.<br />

Em nossa atuação no Canadá, contamos com o apoio<br />

de um portfolio com mais de 50 marcas. Além da<br />

Labatt Blue, produzimos e fazemos a distribuição local<br />

da Budweiser e da Bud Light, licenciadas da<br />

Anheuser-Busch, e da Stella Artois, da InBev.<br />

A Budweiser manteve-se como líder em volume no


5<br />

das 10<br />

maiores<br />

marcas<br />

do Canadá<br />

50<br />

marcas no<br />

portfolio<br />

Canadá e registramos no final do ano expressivo<br />

crescimento de Bud Light, Stella Artois e Alexander<br />

Keith’s, a especialidade doméstica número um no<br />

Canadá e a principal marca de chope em Ontário, o<br />

maior mercado país. Essa melhora compensou as<br />

menores vendas da Labatt Blue e outras marcas da<br />

Companhia, que enfrentaram um ambiente de<br />

concorrência mais agressiva.<br />

Com isso, encerramos o ano com cinco das<br />

dez maiores marcas do Canadá. Também fizemos com<br />

êxito um lançamento-teste da Brahma na região de<br />

Representa<br />

23%<br />

do EBITDA da<br />

AmBev<br />

Alberta, como preparação para comercializar as<br />

marca a partir de 2006 em mercados selecionados.<br />

A Brahma irá preencher um vazio em nossa linha de<br />

produtos – a garrafa transparente, segmento que<br />

representa 4,1% do mercado.<br />

O desempenho que alcançamos em <strong>2005</strong> e todo<br />

o processo de reestruturação interna e das equipes de<br />

vendas nos capacitam para uma abordagem mais<br />

personalizada, com foco em nossas prioridades em cada<br />

mercado. Para nós, esse ambiente desafiador se mostra<br />

como excepcional oportunidade de crescimento.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .21


22. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong>


Disciplina e ciência<br />

para entregar os<br />

melhores resultados<br />

Paixão pela Execução<br />

O maior desafio e a maior oportunidade de<br />

crescimento estão em chegar perto do consumidor e<br />

conquistar sua preferência. Esse desafio nos move no<br />

dia-a-dia e representa uma verdadeira paixão pela<br />

execução. É uma paixão pelo negócio que envolve<br />

todas as etapas do nosso trabalho – desde a aquisição<br />

da matéria-prima até a entrega de nossos produtos<br />

para o consumidor final – e que nos permite manter<br />

um crescimento consistente dos resultados.<br />

Execução, para nós, é disciplina e ciência. É no ponto-<br />

de-venda, no momento da compra, que a grande<br />

maioria dos consumidores decide qual bebida vai<br />

apreciar ou levar para casa. Precisamos conhecer<br />

profundamente as necessidades do ponto-de-venda e<br />

do consumidor, para ativar da forma mais eficiente as<br />

variáveis que interferem no desempenho de nossas<br />

marcas. Isso envolve pesquisa, marketing,<br />

merchandising, distribuição, exposição de produtos,<br />

refrigeração e precificação – para que, na visão do<br />

consumidor, nossos produtos sejam mais<br />

competitivos que os da concorrência.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .23


Paixão pela Execução<br />

Motivação e Eficiência<br />

Nossos vendedores visitam cada ponto-de-venda<br />

em média duas vezes por semana. O dia de<br />

trabalho começa com uma animada e motivadora<br />

reunião geral das equipes, quando são<br />

estabelecidas metas, estratégias e táticas para a<br />

melhor execução no ponto-de-venda.<br />

Eles saem para a rua equipados com palmtops, que<br />

permitem acesso a uma base de dados sobre cada<br />

estabelecimento (histórico de pedidos, estoques, tipos<br />

de embalagens, preço médio, etc.). Pela diversidade de<br />

formatos de canais de venda, esse modelo torna mais<br />

efetivo o processo de negociação e permite apresentar<br />

uma proposta de vendas que atenda às necessidades<br />

do cliente até a próxima visita.<br />

Nossas equipes seguem rigorosamente uma relação<br />

de aspectos que devem ser observados, para auxiliar<br />

os pontos-de-venda a ganharem mais eficiência<br />

e resultado na venda de nossas cervejas,<br />

refrigerantes, chás, isotônico e água. Isso inclui<br />

exposição e organização dos produtos, controle de<br />

estoques, cartazes e outros materiais de divulgação,<br />

preço de venda, etc.<br />

24. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Também instalamos coolers, refrigeradores<br />

especialmente desenvolvidos para manter a cerveja<br />

na temperatura ideal para o consumo (-5ºC) e que são<br />

um diferencial estratégico nos principais mercados.<br />

Gente que Vende<br />

A paixão pela execução é transmitida para todas<br />

as pessoas que trabalham na AmBev,<br />

independentemente da função que executam.<br />

Desde que a AmBev foi criada, em 2000, todos os<br />

funcionários saem às ruas no programa Gente<br />

que Vende, com o objetivo de entender e aprender<br />

melhor como funciona o mercado, como os<br />

produtos são vendidos, expostos e qual é a<br />

percepção do dono do ponto-de-venda. Em <strong>2005</strong>,<br />

além do Brasil, a iniciativa aconteceu também em<br />

mais cinco países: Equador, Guatemala, Peru,<br />

República Dominicana e Venezuela. Além de<br />

fortalecer a cultura e as práticas da Companhia, o<br />

Gente que Vende também levou a mensagem da<br />

campanha de consumo responsável.


<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .25


Marcas<br />

Portfolio amplo e inovador<br />

Possuímos um dos maiores e mais diversificados portfolios de bebidas do mundo, incluindo três marcas de cerveja que<br />

figuram entre as mais vendidas internacionalmente: Skol, na terceira posição; Brahma, na sexta; e Antarctica, na 20ª. As<br />

três marcas são líderes de mercado no Brasil, assim como a Quilmes é na Argentina e a Labatt Blue é a cerveja canadense<br />

mais vendida no mundo. Também o sabor único do nosso refrigerante Guaraná Antarctica, produzido a partir do fruto<br />

da Amazônia, assegura o 15º lugar entre os preferidos mundialmente.<br />

Produzimos e comercializamos produtos para diferentes ocasiões de consumo e perfis de consumidores, em uma<br />

extensa linha de cervejas, refrigerantes, isotônicos, chás prontos para beber e água mineral. São bebidas para satisfazer<br />

todas as preferências, onde quer que as pessoas estejam. Investimos no desenvolvimento contínuo das nossas marcas,<br />

para mantê-las em destaque no longo prazo. Para que a Companhia possa estabelecer sempre o valor correto para as<br />

marcas, buscamos a otimização crescente da execução de preço por canal, embalagem e ocasião de consumo, além de<br />

manter um preço competitivo ao consumidor. Nossas principais marcas, por categoria de produto, são:<br />

Cervejas<br />

Skol – Líder do mercado brasileiro (31,9% de participação em dezembro de <strong>2005</strong>), onde é<br />

produzida desde 1967, foi a primeira cerveja em lata no Brasil e revolucionou mais uma vez o<br />

mercado em 2002, com a Skol Beats.<br />

Brahma – Marca mais tradicional do Brasil, lançada em 1888, e líder no mercado do Paraguai,<br />

está presente também em 23 países das Américas e da Europa.<br />

Antarctica – Clássica cerveja Pilsen, fabricada desde 1885, combina tradição e qualidade.<br />

Bohemia – Primeira cerveja do Brasil, produzida desde 1853, é líder no segmento premium,<br />

apresentada também nas versões Bohemia Weiss e Bohemia Escura.<br />

Original – Bebida de sabor marcante, comercializada no segmento premium.<br />

Serramalte e Polar – Marcas com distribuição concentrada no Sul do Brasil.<br />

Líber e Kronenbier – Não-alcóolicas, ampliam as ocasiões de consumo da cerveja.<br />

Caracu – Cerveja preta tipo stout.<br />

Quilmes – Sinônimo de cerveja na Argentina, é produzida em mais de 15 versões. É também<br />

nossa principal marca no Chile, na Bolívia e no Uruguai.


Pilsen e Patrícia – Referências de cerveja no mercado uruguaio.<br />

Brahva – Marca comercializada nos países da América Central.<br />

Labatt Blue – Cerveja canadense mais vendida no mundo, fabricada juntamente com outras<br />

50 marcas no país, como Kokanee e Alexander Keith’s.<br />

Stella Artois – Marca internacional da InBev, cerveja superpremium, de sabor balanceado e<br />

marcante, lançada na Bélgica em 1366 e fabricada também no Brasil e na Argentina.<br />

Refrigerantes<br />

Guaraná Antarctica – Segundo refrigerante mais vendido no Brasil, tem um sabor único do<br />

fruto do guaraná cultivado na Amazônia.<br />

Pepsi-Cola – A AmBev é o segundo maior engarrafador da PepsiCo no mundo. Produzimos e<br />

distribuímos refrigerantes em vários países da América Latina e Central, em uma linha que<br />

inclui a tradicional Pepsi-Cola, aPepsi-Twist, com o inovador sabor cola com limão, e a<br />

Pepsi X, primeiro refrigerante energético do mundo. Entre outras marcas de refrigerantes<br />

destacam-se a Sukita, de sabor laranja, a Soda Limonada e a Tônica Antarctica.<br />

Isotônicos<br />

Gatorade – Bebida isotônica esportiva mais vendida do mundo, também é resultado da<br />

aliança com a PepsiCo.<br />

Chás<br />

Lipton Iced Tea – Líder mundial do segmento de chás prontos para beber, é produzido sob<br />

franquia no Brasil.<br />

Água<br />

Fratelli Vita – A leveza é uma de suas principais características, devido ao baixo teor de sais<br />

dissolvidos.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .27


1milhão<br />

de pontos<br />

de venda<br />

Vantagens competitivas em<br />

custos e serviços<br />

Distribuição<br />

A distribuição é um dos mais complexos aspectos do<br />

negócio de bebidas. Atendemos aproximadamente<br />

1 milhão de pontos-de-venda apenas no Brasil.<br />

Para isso, combinamos distribuição direta e<br />

terceirizada, com revendedores exclusivos, compondo<br />

uma rede multimarcas que assegura ampla<br />

penetração de mercado e vantagens competitivas<br />

em custos e em serviços.<br />

Mantemos uma estrutura de logística de transporte<br />

eficiente e criativa para que os produtos estejam<br />

sempre ao alcance do consumidor. Para chegar em<br />

povoados da Amazônia, por exemplo, usamos barcos<br />

e até pequenas canoas, em contraste com carretas<br />

e caminhões de última geração, utilizados nos<br />

grandes centros urbanos.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .29


Distribuição<br />

Com um portfolio completo de produtos, utilizamos<br />

a força de nossas marcas para maximizar<br />

nossa eficiência em distribuição e aumentar nossa<br />

liderança nos mercados. Quanto mais produtos são<br />

colocados nos pontos-de-venda, mais eficientes somos<br />

na redução dos custos de distribuição.<br />

Revendedores exclusivos e distribuição direta em<br />

grandes cidades e no auto-serviço possibilitam<br />

economias de custo por ganho de escala, já que<br />

a venda e a entrega das diferentes marcas e produtos<br />

30. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

são feitas com a mesma infra-estrutura.<br />

Utilizamos também um sistema informatizado<br />

para levantamento de dados e cruzamento de<br />

informações sobre cada ponto-de-venda, o que<br />

permite uma execução mais eficiente de roteiros<br />

de venda e de entrega.<br />

Nossa rede de distribuidores própria e terceirizada,<br />

representa uma fonte singular de conhecimento<br />

de marketing e de distribuição.


O Programa de Excelência AmBev estimula<br />

o constante aperfeiçoamento, com o apoio de<br />

manual de operações que estabelece padrões de<br />

desempenho de qualidade mundial e troca de<br />

informações sobre as melhores práticas.<br />

Os distribuidores que atingem a excelência por três<br />

anos consecutivos recebem o título de Embaixadores<br />

da AmBev, integrando o grupo de parceiros mais<br />

admirados e respeitados pela Companhia.<br />

Embaixadores da AmBev


32. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong>


Comprometimento com<br />

os resultados<br />

97%<br />

reaproveitamento<br />

de resíduos<br />

sólidos<br />

4litros de<br />

água por<br />

litro de<br />

cerveja<br />

produzido<br />

Gestão de Custos<br />

Para assegurar que a AmBev se mantenha como<br />

um dos produtores mais eficientes do mundo, a<br />

gestão de custos é uma verdadeira obsessão para nós.<br />

Nosso planejamento tem por base o Orçamento<br />

Base Zero (OBZ) e o Custo Base Zero (CBZ), que<br />

estabelecem, a cada ano, metas desafiadoras para o<br />

controle de despesas e custos, com o objetivo de<br />

ampliar nossas margens.<br />

Cada equipe é responsável pela administração<br />

de seu próprio orçamento e o alcance das metas<br />

é recompensado por um agressivo programa de<br />

remuneração variável. Assim, estimulamos o<br />

comprometimento e direcionamos todas as equipes<br />

ao rigoroso controle de custos.<br />

Um exemplo do nosso alto nível de controle de custos é<br />

a gestão da frota de veículos dos Centros de<br />

Distribuição. Em <strong>2005</strong>, duas iniciativas são exemplo de<br />

uma série de medidas adotadas para garantir o<br />

crescimento desses custos em ritmo menor do que o de<br />

nossas receitas: os veículos foram transformados para<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .33


Gestão de Custos<br />

utilizar gás natural como combustível no lugar de<br />

gasolina e passaram a ser caracterizados com adesivos<br />

coloridos. Com isso, deixamos de pagar mais caro por<br />

carros originalmente com as cores das nossas marcas.<br />

Outro de nossos diferenciais de gestão é o Programa de<br />

Excelência Fabril. Formado por um conjunto de regras,<br />

procedimentos, ferramentas e métodos de gestão, o<br />

programa estimula a melhoria dos resultados de cada<br />

unidade. O sistema incentiva a busca de resultados,<br />

identifica e dissemina as melhores práticas para<br />

conquistar as metas estabelecidas. Por meio dele, é<br />

possível reconhecer e premiar os melhores<br />

34. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Receita de Subprodutos e Residuos<br />

R$ milhões<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

2003 31,8<br />

46,6<br />

59,5<br />

2004<br />

desempenhos. Dentro do universo AmBev, Labatt,<br />

Quilmes e InBev, temos mais de 70 fábricas, o que nos<br />

abre oportunidades para a troca de melhores práticas,<br />

resultando em aumento da eficiência.<br />

A AmBev tornou-se benchmark mundial em itens<br />

importantes na composição dos custos de produção.<br />

Exemplos são a média de 4,2 litros de água por litro de<br />

cerveja produzido – índice que atinge inéditos 3,3 litros<br />

<strong>2005</strong><br />

na unidade de Curitiba (PR) – e 97% de<br />

reaproveitamento de resíduos sólidos do processo<br />

produtivo (bagaço de malte, fermento residual da<br />

fabricação da cerveja, polpa do rótulo das garrafas,


etc.). Esses subprodutos são tratados como negócio e a<br />

sua comercialização contribuiu com R$ 59,5 milhões<br />

na receita de <strong>2005</strong>, variação de 23% em comparação ao<br />

ano anterior (R$ 46,6 milhões).<br />

Como parte da estratégia de eficiência em custo com<br />

padrão superior de qualidade, produzimos parte dos<br />

insumos consumidos. A AmBev é proprietária de cinco<br />

maltarias (uma no Brasil, duas na Argentina e duas no<br />

Uruguai), que fornecem parte do malte consumido na<br />

fabricação de cervejas. Mantemos também uma fábrica<br />

de vidro no Paraguai, uma fábrica de rolhas metálicas e<br />

outra de pré-formas de garrafas PET em Manaus (AM).<br />

Desenvolvemos ainda um sistema proprietário para<br />

cruzar informações das fábricas, dos centros de<br />

distribuição e distribuidores e dos diferentes itens de<br />

estoque (versões de embalagens das diversas marcas de<br />

bebidas), que identifica as variáveis de previsão de<br />

vendas, custo e produção regional e aponta a melhor<br />

alternativa de atendimento aos pedidos dos clientes.<br />

Na logística de grandes cargas e distâncias, utilizamos<br />

modais de transporte ferroviário e hidroviário, além<br />

cabotagem (transporte marítimo). Essa obsessão por<br />

controle de custos foi determinante para o crescimento<br />

do EBITDA no Canadá em <strong>2005</strong>, ano em que nossos<br />

volumes foram afetados por forte competição.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .35


36. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Gestão baseada<br />

na criação de valor<br />

Disciplina Financeira<br />

Com um modelo que combina crescimento de receita,<br />

eficiência na distribuição, paixão por execução e<br />

permanente atenção com custos e despesas, temos na<br />

disciplina financeira outro de nossos pontos fortes.<br />

Nossa gestão é baseada no EVA® (Valor Econômico<br />

Adicionado), ferramenta intensamente utilizada nas<br />

unidades fabris e comerciais para amparar nossas<br />

decisões sempre na busca de criação de valor.<br />

O crescimento do EVA® é relacionado à nossa política<br />

de remuneração variável, como forma de motivar e<br />

recompensar o desempenho da Gente AmBev.<br />

Nossa geração de caixa vem de um EBITDA que<br />

totalizou R$ 6,3 bilhões em <strong>2005</strong>, com taxa média<br />

de crescimento médio anual composta (CAGR) de<br />

33,4% nos últimos cinco anos. O fato de controlarmos<br />

nossos investimentos e nosso caixa da mesma<br />

forma que controlamos as despesas contribuiu para<br />

esse resultado.


CAGR<br />

33,4%<br />

últimos<br />

5 anos<br />

Dividendos e Payout<br />

62%<br />

2001 292<br />

43%<br />

337<br />

2001<br />

32%<br />

502<br />

2002<br />

71%<br />

998<br />

2003<br />

EBITDA<br />

R$ 6,3<br />

bilhões em<br />

<strong>2005</strong><br />

114%<br />

1.327<br />

2004<br />

109%<br />

392<br />

<strong>2005</strong> 1.300<br />

Dividendos (R$ milhões) Dividendos (R$ milhões) * Payout<br />

(*) Valor relativo ao ano fiscal de <strong>2005</strong>, não-provisionado no balanço de 31/12/<strong>2005</strong>.<br />

Disciplina Financeira<br />

A dívida líquida, de R$ 6,1 bilhões de <strong>2005</strong>, representa<br />

múltiplo de 0,97 vez o EBITDA, o que indica<br />

oportunidade de ampliar a alavancagem da<br />

Companhia em seu processo de crescimento.<br />

A sólida estrutura de capital foi reconhecida pelas<br />

agências de rating Standar&Poor’s e Fitch na categoria<br />

de Grau de Investimento. Fomos a primeira empresa<br />

do Brasil a receber essa classificação, que possibilita<br />

a captação de recursos no mercado internacional<br />

a custos competitivos, com melhor percepção dos<br />

investidores sobre o baixo risco da AmBev.<br />

Temos assegurado um retorno consistente para<br />

os acionistas. Todo caixa que não é investido no<br />

nosso negócio é repassado aos acionistas em forma<br />

de dividendos ou Juros sobre o Capital Próprio.<br />

Em <strong>2005</strong>, a remuneração dos acionistas<br />

totalizou R$ 1.692 milhões, o equivalente a 109%<br />

do lucro líquido.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .37


38. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Cultura nos diferencia<br />

e estimula talentos<br />

Cultura<br />

Temos um jeito próprio de ser e de fazer as coisas,<br />

que é determinante na construção da Cultura AmBev.<br />

Ela nos diferencia e mostra quem somos, em uma<br />

combinação de valores, crenças, práticas e princípios<br />

gerenciais, orientando nossas ações e nosso<br />

comportamento.<br />

A razão fundamental de nosso negócio a nossa<br />

Missão é disponibilizar para o mercado as<br />

melhores marcas, produtos e serviços que<br />

possibilitem a criação de vínculos fortes e duradouros<br />

com nossos consumidores e clientes.


<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .39


Cultura<br />

O nosso sonho – a nossa Visão – é ser a Melhor<br />

indústria de bebidas do mundo, pela qualidade, pela<br />

força de nossas marcas, pelo reconhecimento dos<br />

clientes como o melhor parceiro, pelo alcance da mais<br />

alta rentabilidade, por ter as melhores pessoas e as<br />

mais comprometidas. É sonhar o “Impossível”, com<br />

ousadia, coragem e disposição para propor, encarar<br />

e superar metas que para outros seriam impossíveis.<br />

É ir em frente e liderar as mudanças necessárias para<br />

realizar o sonho. É fazer tudo com paixão.<br />

Definimos quatro valores que são princípios<br />

de conduta:<br />

Nossos consumidores em primeiro lugar –<br />

Os consumidores são a razão de tudo o que fazemos<br />

e somos parceiros de nossos clientes e revendedores<br />

para servi-los com qualidade superior.<br />

Nossa Gente faz a diferença – Atraímos,<br />

desenvolvemos e mantemos as melhores pessoas,<br />

investimos no desenvolvimento de nossa<br />

Gente, apoiamos o aprendizado contínuo e<br />

valorizamos o sucesso.<br />

40. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Fazemos as coisas acontecerem – Sonhamos grande.<br />

Definimos metas desafiadoras e perseguimos altas<br />

performances. Somos focados em resultados.<br />

Trabalhamos duro e com entusiasmo. Usamos o<br />

tanque de reserva. Agimos como donos e somos<br />

reconhecidos como tal.<br />

Atuamos como líderes – Lideramos pelo exemplo<br />

pessoal. Queremos vencer respeitando a ética.<br />

Adotamos tolerância zero para manter viva a nossa<br />

cultura e consideramos a nossa diversidade uma<br />

fortaleza. Estamos presentes onde as coisas<br />

acontecem, junto à nossa Gente, aos nossos clientes e<br />

aos nossos consumidores. Gastamos sola de sapato,<br />

para conhecer os detalhes do nosso negócio.


Nossas Competências<br />

Desafiamo-nos a alcançar resultados<br />

extraordinários – Propomos metas desafiadoras,<br />

procurando continuamente novas maneiras de abrir<br />

caminhos, de fazer crescer o nosso negócio e de<br />

atingir desempenho excepcional, sem comprometer a<br />

qualidade e a nossa integridade.<br />

Conhecemos a fundo o nosso negócio – Aplicamos<br />

o nosso conhecimento sobre os negócios,<br />

a indústria e a Companhia, para criar valor para<br />

os nossos investidores.<br />

Construímos fortes relacionamentos e equipes –<br />

Nossa habilidade para trabalhar em equipe e o fato<br />

de confiarmos e respeitarmo-nos mutuamente,<br />

bem como de maximizar todos os recursos<br />

disponíveis, é chave para o nosso sucesso.<br />

Cultura<br />

Atingimos as nossas metas do Jeito AmBev: simples,<br />

focado e disciplinado – Seremos recompensados por<br />

simplificar o nosso negócio, por focar nossas energias<br />

e recursos nas maiores prioridades da Companhia e<br />

por construir uma cultura de disciplina.<br />

Pensamos e agimos como donos – Devemos<br />

demonstrar paixão e responsabilidade, tomando<br />

decisões e agindo em prol dos interesses de longo<br />

prazo da Companhia, como se fossem nossos.<br />

Atuamos para que o nosso investimento – nossa<br />

Companhia – tenha valor crescente e sustentável.<br />

Demonstramos liderança e desenvolvemos as<br />

melhores pessoas – Devemos liderar efetivamente<br />

nossa Companhia em meio às mudanças, para<br />

alcançar resultados extraordinários, além de<br />

identificar e desenvolver os nossos futuros líderes.<br />

Ter as pessoas certas, nos lugares certos, fazendo<br />

as coisas certas, fará a maior diferença na nossa<br />

jornada de Maior para Melhor.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .41


28mil<br />

pessoas em<br />

14 países<br />

Competência de recrutar,<br />

formar, motivar e manter os<br />

melhores profissionais<br />

Gente AmBev* – Dezembro <strong>2005</strong><br />

Industrial 13.798<br />

Vendas e distribuição 9.773<br />

Administração 4.643<br />

Total 28.214<br />

* não inclui as operações de Quilmes.<br />

42. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Gente AmBev<br />

Nossa Gente é dinâmica, criativa, tem espírito<br />

empreendedor e sede de sucesso, identifica-se com um<br />

ambiente informal de trabalho e está em busca de<br />

uma brilhante carreira profissional. No final de <strong>2005</strong>,<br />

éramos 28.214 pessoas, com o maior contingente no<br />

Brasil (19.042 profissionais).<br />

Estimulamos nosso pessoal a dar o melhor de si, a<br />

trabalhar e defender o trabalho que realiza.<br />

Mantemos um programa de remuneração variável<br />

que, em alguns casos, pode representar até 70% da<br />

remuneração anual. Por meio de bônus, premiações e<br />

plano de ações, todos os funcionários, da diretoria até<br />

o chão de fábrica, são recompensados pelo alcance de<br />

metas e objetivos. Profissionais de alto potencial e<br />

desempenho excepcional conquistam o direito de<br />

utilizar os bônus em um Plano de Aquisição de Ações,<br />

tornando-se efetivamente donos da Companhia.


Trainees<br />

Uma das principais portas de entrada de profissionais<br />

na AmBev é o Programa Trainee, que consideramos<br />

estratégico para a permanente renovação de talentos.<br />

Já formamos mais de 500 profissionais desde que ele<br />

foi criado, em 1990, na antiga Brahma. Seis deles hoje<br />

são diretores e muitos são gerentes. O processo de<br />

recrutamento e seleção envolve toda a diretoria,<br />

que percorre as principais faculdades dos países da<br />

região para apresentar o programa e a nossa cultura.<br />

Em <strong>2005</strong>, recebemos 19.198 inscrições e<br />

selecionamos 42 jovens profissionais nos seguintes<br />

países: Brasil (19), Peru (4), Equador (4), Venezuela (3),<br />

Guatemala (6), Honduras (1), El Salvador (1),<br />

Nicarágua (1) e República Dominicana (3).<br />

Formação<br />

Nossa Gente é jovem (média de idade de 35 anos, que<br />

sobe para 42 anos nos cargos executivos) e com<br />

elevado grau de escolaridade: 19% têm o curso<br />

superior completo e 92% dos funcionários concluíram<br />

o Ensino Médio.<br />

Investimos permanentemente no desenvolvimento<br />

das pessoas, com apoio ao aprendizado contínuo.<br />

Em <strong>2005</strong>, 55% dos funcionários passaram por<br />

treinamentos. Foram destinados R$ 14 milhões<br />

para programas de desenvolvimento da nossa<br />

Gente por meio da Universidade AmBev e de bolsas<br />

de graduação e pós-graduação concedidas pela<br />

Fundação Antonio e Helena Zerrener (FAHZ), acionista<br />

pertencente ao bloco de controladores da Companhia.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .43


Gente AmBev<br />

Nossa universidade corporativa democratiza o<br />

processo de treinamento, com cursos adaptados para<br />

todos os cargos da Companhia, em diferentes formatos<br />

e com apoio da tecnologia da informação. A TV<br />

AmBev, por satélite, é ferramenta para essa<br />

transmissão de conhecimento, além de veículo de<br />

comunicação, que vai ao ar em oito horários<br />

diferentes. Nesse processo, diretores e gerentes<br />

certificados também atuam como instrutores. Desde<br />

2002, 32 mil funcionários próprios e revendedores<br />

participaram de cursos e treinamentos, no apoio à<br />

construção de suas carreiras.<br />

O MBA AmBev já formou 210 profissionais desde 1998,<br />

quando foi criado na antiga Brahma. O objetivo é dar<br />

uma visão sistêmica da Companhia, além de oferecer<br />

oportunidades de comparação entre nossos processos,<br />

nossos resultados e nossa cultura em relação às<br />

melhores empresas do Brasil e do exterior.<br />

Diversidade<br />

Em <strong>2005</strong>, lançamos o Programa de Contratação de<br />

Profissionais com Necessidades Especiais. Mais do que<br />

apenas cumprir a legislação brasileira, que determina<br />

a reserva de 5% das vagas para portadores de<br />

44. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

deficiência, a iniciativa foi motivada como um<br />

estímulo à diversidade e à inclusão social.<br />

O programa foi acompanhado por um processo de<br />

conscientização e mobilização, que despertou também<br />

o interesse de unidades de fora do Brasil, como Equador<br />

e República Dominicana.<br />

Fizemos parceria com diversas empresas e entidades<br />

especializadas em recrutamento de portadores de<br />

necessidades especiais e adotamos os mesmos critérios<br />

de seleção e remuneração usados para os não-<br />

portadores de deficiência. Em dezembro de 2003,<br />

mantínhamos 143 profissionais com necessidades<br />

especiais. Em dois anos, 264 pessoas foram recrutadas e<br />

nossa meta é chegar a 800 até o final de 2006.<br />

Qualidade de Vida<br />

Iniciamos também o Vida Legal, programa que tem<br />

como objetivo estimular hábitos saudáveis,<br />

desenvolver ações preventivas de saúde e incentivar o<br />

tratamento de doenças crônicas entre funcionários e<br />

seus familiares. Além de melhoria na qualidade de<br />

vida, vamos economizar 15% nos gastos anuais com<br />

assistência médica – e esses recursos serão convertidos<br />

em outros benefícios, como bolsas de estudo.


<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .45


46. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong>


Nosso trabalho conjuga<br />

desenvolvimento com<br />

sustentabilidade<br />

Sustentabilidade<br />

A preocupação constante em ser lucrativa e<br />

responsável – legal e eticamente – conduz a AmBev<br />

no caminho da sustentabilidade dos negócios.<br />

Cumprimos rigorosamente nossos compromissos<br />

tributários, estimulamos internamente a adoção de<br />

padrões transparentes de conduta e investimos em<br />

projetos sociais consistentes e perenes, sintonizados<br />

com nossa atividade-fim.<br />

Trabalhamos no presente, de olho no futuro. Por isso,<br />

investimos em contrapartidas sociais e ambientais nas<br />

localidades onde atuamos. Esse é um compromisso<br />

que extrapola a crescente criação de empregos e a<br />

arrecadação de tributos, que em <strong>2005</strong> atingiu R$ 7,2<br />

bilhões. Compartilhamos conhecimento e gestão com<br />

a cadeia produtiva, investimos na formação de<br />

talentos, em políticas de preservação do meio<br />

ambiente, no fomento à cultura e às manifestações<br />

culturais dos países onde estamos presentes e somos<br />

pioneiros em ações de consumo responsável.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .47


Responsabilidade Social<br />

Consumo Responsável<br />

Desenvolvemos, desde 2001, de forma pioneira, o<br />

Programa AmBev de Consumo Responsável, norteado<br />

por premissas da Organização Mundial da Saúde<br />

(OMS). Ele inclui a veiculação de peças publicitárias<br />

alertando sobre os riscos de beber e dirigir, a<br />

distribuição de painéis e banners com a mensagem<br />

Se beber não dirija por estradas e vias de acesso a<br />

aeroportos, e a ação Peça o RG, que orienta os<br />

proprietários de bares e restaurantes sobre a<br />

importância de não vender bebida alcoólica a<br />

menores de 18 anos, e já envolveu mais de 250 mil<br />

estabelecimentos em todo o País.<br />

Nos eventos patrocinados por nossas marcas, como o<br />

Camarote Brahma e o Skol Beats, investimos em ações<br />

específicas, como o oferecimento de transporte<br />

gratuito, táxi com desconto e distribuição de material<br />

(fôlderes, bandanas, adesivos para carros) que<br />

estimula os participantes a não dirigirem depois de<br />

beber. Também já doamos mais de 14 mil bafômetros<br />

aos governos de São Paulo, do Rio de Janeiro, do<br />

Rio Grande do Sul e do Distrito Federal, e anexamos,<br />

em 340 relógios digitais instalados nas ruas de São<br />

Paulo, a mensagem Se beber não dirija.<br />

48. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Outra ação do programa foi o patrocínio do guia Como<br />

falar com seu filho sobre o uso do álcool, elaborado pelo<br />

Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, distribuído<br />

inicialmente nas escolas paulistas. Além disso, o Gente<br />

que Vende – iniciativa da AmBev que leva os<br />

colaboradores aos pontos-de-venda – elegeu como<br />

tema em <strong>2005</strong> o Amigo da Vez. A idéia é que os jovens<br />

que saem em grupo para se divertir escolham um<br />

amigo para ficar sem beber e levar os colegas para casa.<br />

Na ação, os funcionários – 14 mil participaram do<br />

evento – distribuíram em 35 mil estabelecimentos de<br />

todo o País cartelas lúdicas com ponteiros<br />

especialmente confeccionadas para a ocasião.


Responsabilidade Social<br />

Reciclagem<br />

Como um incentivo a soluções para redução dos<br />

desperdícios, preservação do meio ambiente e dos<br />

recursos naturais, promovemos em <strong>2005</strong> o 1º Prêmio<br />

AmBev de Reciclagem. Com base na fórmula 4R –<br />

Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Renovar – foram<br />

reconhecidas iniciativas que representam o equilíbrio<br />

perfeito entre a utilização responsável dos recursos<br />

naturais e a inovação no uso dos materiais<br />

descartados após o consumo. Mais de 800 obras foram<br />

inscritas, premiando artistas plásticos, designers e<br />

artesãos (Reutilizar), estudos inéditos (Reduzir),<br />

cooperativas, associações e organizações sem fins<br />

lucrativos (Reciclar) e jornalistas (Renovar). As obras<br />

finalistas foram expostas no Museu da Imagem e do<br />

Som (MIS), em São Paulo.<br />

Contribuímos também com o desenvolvimento e a<br />

melhoria da qualidade de vida de várias comunidades<br />

de catadores de lixo por meio do programa Reciclagem<br />

Solidária, que, em <strong>2005</strong>, beneficiou 27 cooperativas,<br />

localizadas em cinco estados e no Distrito Federal.<br />

A ação inclui a doação de prensas hidráulicas – que<br />

comprimem as embalagens e agregam valor ao<br />

material comercializado – e o apoio à Recicloteca,<br />

maior centro de estudos e difusão de políticas de<br />

reciclagem da América Latina, localizada no Rio de<br />

Janeiro e criada pela ONG Ecomarapendi. Nela são<br />

promovidos cursos, oficinas e programas de<br />

capacitação profissional, e é mantido o Espaço<br />

Reciclarte, uma galeria permanente para exposição<br />

dos trabalhos de artistas que utilizam o<br />

reaproveitamento de material.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .49


Responsabilidade Social<br />

Projeto Maués<br />

A iniciativa faz parte do Projeto Zona Franca Verde –<br />

desenvolvido pelo Governo do Amazonas e com<br />

previsão de investimentos de R$ 60,9 milhões até 2013 –<br />

e inclui uma série de ações de apoio à população de<br />

Maués, para estimular a cultura do guaraná e contribuir<br />

com o desenvolvimento socioeconômico local.<br />

Para isso, também mantemos, na região, a Fazenda<br />

Santa Helena, um centro de pesquisa que reúne o<br />

maior banco genético de guaraná do mundo, onde são<br />

50. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

desenvolvidas mudas de elevada produtividade e<br />

imunes a pragas, doadas aos agricultores. Nela é<br />

realizado anualmente o Dia do Guaraná – evento<br />

promovido pela AmBev desde 1998 –, quando são<br />

transmitidos aos agricultores a tecnologia adotada<br />

pela Companhia para o cultivo da fruta e os projetos de<br />

desenvolvimento da região. Em <strong>2005</strong>, durante o evento,<br />

anunciamos a aquisição de toda a safra <strong>2005</strong>/2006, de<br />

cerca de 220 toneladas de grãos, por um valor 44,4%<br />

superior ao mínimo estipulado pela Companhia<br />

Nacional de Abastecimento (Conab).


Responsabilidade Social<br />

Alfabetização Solidária<br />

Também no sentido de contribuir para os avanços<br />

sociais, patrocinamos o programa desenvolvido pela<br />

ONG Alfabetização Solidária para a erradicação do<br />

analfabetismo no País. Nosso apoio, que teve início<br />

em 2001, já possibilitou o atendimento de 9,5 mil<br />

alunos e a capacitação de 380 alfabetizadores em oito<br />

municípios dos estados do Amazonas (Anori,<br />

Maués e Manacapuru), Sergipe (Simão Dias),<br />

Maranhão (Belagua), Bahia (Maragogipe), Piauí<br />

(Nossa Senhora dos Remédios) e Mato Grosso<br />

(Nossa Senhora do Livramento).<br />

Fundação Antonio e Helena<br />

Zerrenner (FAHZ)<br />

A FAHZ, uma das acionistas integrantes do controle<br />

da AmBev, é uma instituição nacional de beneficência<br />

que, por meio de hospitais, escolas e creches,<br />

proporciona assistência médica, educacional e social<br />

gratuita para os funcionários da Companhia, seus<br />

dependentes e outros, em um total de 50 mil vidas.<br />

Mantém também, em São Paulo, o Hospital Santa<br />

Helena, com 244 leitos, destinado ao atendimento<br />

preferencial de seus beneficiários, e a Escola Técnica<br />

Walter Belian, que oferece Ensino Fundamental e<br />

Médio , além de cursos de secretariado, técnico em<br />

eletrônica, artes gráficas e tecnologia de informação<br />

industrial a mais de mil alunos. Além disso, a FAHZ<br />

destina R$ 4 milhões, em forma de bolsas de<br />

graduação e pós-graduação, para investir no<br />

desenvolvimento e aprendizado contínuo da Gente<br />

AmBev.<br />

Solidariedade<br />

Em <strong>2005</strong>, reforçamos a campanha de ajuda<br />

humanitária aos dois países mais atingidos pelo<br />

tsunami – Sri Lanka e Indonésia – com a doação de<br />

414 hectolitros de água mineral para suas populações.<br />

Em outra demonstração de que a solidariedade é<br />

parte da cultura da Companhia, nossos colaboradores<br />

em Jaguariúna (SP) promoveram a campanha Natal<br />

Solidário, que arrecadou 3,2 toneladas de alimentos e<br />

1,2 mil litros de leite, entregues a instituições do<br />

município que atendem crianças carentes.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .51


52. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Compromisso com<br />

padrões superiores<br />

de ecoeficiência<br />

Meio Ambiente<br />

Nossa política ambiental estabelece o compromisso de<br />

buscar e aplicar tecnologias, processos e insumos que<br />

diminuam o impacto ao meio ambiente.<br />

Estabelecemos indicadores de ecoeficiência – como<br />

consumo de água e energia e reciclagem de resíduos –<br />

que são sistematicamente medidos. Há metas anuais,<br />

estabelecidas por fábrica, com o objetivo de atingir<br />

benchmarks internos e externos. Essas metas fazem<br />

parte do Programa de Excelência Fabril (PEF),<br />

motivando toda a Gente AmBev para processos de<br />

melhoria contínua.<br />

A gestão de recursos hídricos é uma de nossas<br />

prioridades. Adotamos uma série de medidas para<br />

racionalizar o consumo, buscando tanto redução de<br />

custo como proteção do meio ambiente. Com isso, nos<br />

tornamos referência internacional na indústria<br />

cervejeira, com um consumo médio de 4,2 litros de<br />

água para cada litro de cerveja produzido em <strong>2005</strong>.<br />

Em 2001, nossa média era de 5,62 litros.


Consumo de Água<br />

(litro/litro por cerveja)<br />

5,62<br />

2001<br />

5,36<br />

2002<br />

4,88<br />

2003<br />

4,37<br />

2004<br />

4,21<br />

<strong>2005</strong><br />

Consumo de Energia<br />

(Kwh/HL)<br />

9,51<br />

2001<br />

9,35<br />

2002<br />

9,13<br />

2003<br />

8,76<br />

2004<br />

8,73<br />

<strong>2005</strong><br />

Reaproveitamento de<br />

Resíduos Industriais<br />

93,7%<br />

2001<br />

94,9%<br />

2002<br />

95,8%<br />

2003<br />

96,5%<br />

2004<br />

96,8%<br />

<strong>2005</strong><br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .53


Meio Ambiente<br />

Temos uma cartilha, conhecida internamente como<br />

Mandamentos da Água, onde são destacadas práticas<br />

como manutenção de equipamentos para impedir<br />

vazamentos e acompanhamento constante dos<br />

índices de cada uma das fábricas.<br />

Nas estações de tratamento de efluentes,<br />

asseguramos condições para reuso da água em<br />

atividades de limpeza e manutenção, além de a<br />

devolvermos ao meio ambiente com alta<br />

concentração de pureza. Amostras desse fluxo da<br />

54. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

água são analisadas mensalmente em laboratórios<br />

internos e numa unidade em São Paulo, que controla<br />

a qualidade da água de todas as fábricas do País.<br />

Com a adoção do sistema de biogás em várias<br />

unidades, buscamos substituir fontes de energia não-<br />

renováveis e reduzir a emissão de poluentes. Seis<br />

fábricas no Brasil já utilizam biogás – proveniente de<br />

reações biológicas nas estações de tratamentos de<br />

efluentes – para a produção de vapor que gera<br />

energia. Com isso, reduzimos o uso do gás natural e,


principalmente, de óleo combustível. Também<br />

nos tornamos mais eficientes no consumo de energia<br />

elétrica: de 9,5 Kwh por hectolitro, em 2000, para<br />

8,7 Kwh em <strong>2005</strong>.<br />

Demos ainda início ao Projeto Biomassa, para o<br />

uso de resíduos de madeira, serragem, casca de coco<br />

de babaçu e madeira de reflorestamento para a<br />

produção de energia em quatro unidades. Com isso,<br />

evitamos a queima de 26 mil toneladas anuais de<br />

óleo combustível.<br />

E reaproveitamos 97% dos resíduos sólidos industriais,<br />

chegando a 99% na unidade Nova Rio, no Rio de<br />

Janeiro. Bagaço de malte e fermento transformam-se<br />

em fonte de proteína para ração animal. O fermento<br />

residual da cerveja é utilizado na composição de<br />

aromatizantes usados em sopas e caldos e em<br />

suplementos para alimentação humana. A celulose<br />

das embalagens é destinada à produção de papelão.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .55


Governança Corporativa<br />

Aperfeiçoamento das melhores práticas<br />

no relacionamento com os acionistas<br />

Nosso modelo de governança corporativa está estruturado de forma a assegurar transparência, adequada<br />

divulgação, eficientes processos de tomada de decisão e controle, além de tratamento justo e equânime para todos<br />

os acionistas. Para cada vez mais aperfeiçoar nossa estrutura de governança, reforçamos nossos controles internos,<br />

levando em consideração todos os aspectos relacionados à Lei Sarbanes-Oxley. Essa lei determina que as companhias<br />

internacionais listadas nas bolsas de valores norte-americanas adaptem-se a uma série de medidas que têm como<br />

objetivo proteger investidores ao exigir maior precisão e confiabilidade das divulgações empresariais.<br />

Avançamos na execução do projeto iniciado em 2004 visando ao levantamento dos riscos e controles<br />

relacionados não apenas à elaboração e divulgação das informações financeiras como também aos aspectos<br />

operacionais. O projeto tem envolvido toda a alta administração e a média gerência e conta com o apoio de<br />

consultorias externas. Os principais riscos foram mapeados, endereçados e testados já em <strong>2005</strong>. Estamos<br />

totalmente comprometidos em concluir os trabalhos no decorrer de 2006 para obter a certificação determinada<br />

pela Lei até o final do ano.<br />

Na Assembléia Geral de Acionistas realizada em <strong>2005</strong>, o Conselho de Administração elegeu membros<br />

independentes para integrar o Conselho Fiscal da Companhia, que passou a ser um órgão permanente, assumindo<br />

também as responsabilidades do Comitê de Auditoria. Com mandato de um ano, o Conselho mantém entre seus<br />

membros especialistas financeiros nos mercados brasileiro e norte-americano, e nenhum deles exerce cargo no<br />

Conselho de Administração ou na Diretoria Executiva.<br />

56. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong>


Governança Corporativa<br />

Nossos padrões superiores de governança são decorrência de alguns elementos importantes, como:<br />

Comunicação Transparente: Entendemos que a comunicação aberta e transparente é um excelente meio de criar<br />

valor para o acionista. Oferecemos ao mercado análises detalhadas, com relatórios e teleconferências trimestrais,<br />

para que os investidores entendam os fundamentos e as principais diretrizes dos nossos negócios.<br />

Processos decisórios: Nosso Conselho de Administração utiliza a experiência de seus membros para garantir<br />

o alcance dos objetivos de longo prazo e a manutenção da competitividade em curto prazo. Atua com o apoio<br />

de comitês, como:<br />

• Comitê Executivo: principal elo entre as políticas e decisões tomadas pelo Conselho de Administração<br />

e administradores da AmBev. Tem entre suas responsabilidades analisar, propor e monitorar os objetivos<br />

de performance da Companhia, bem como os orçamentos para atingir tais objetivos.<br />

• Comitê de Compliance: assiste o Conselho de Administração no monitoramento e na análise dos controles<br />

internos e do perfil fiscal da Companhia, assim como em operações com partes relacionadas.<br />

• Comitê de Finanças: analisa e monitora o plano anual de investimentos da Companhia e as oportunidades<br />

de crescimento externas, assim como estrutura de capital, fluxo de caixa e gerenciamento do risco financeiro<br />

da Companhia.<br />

Simultaneamente, o Conselho de Administração assegura que nossos valores, nossa ética e nossa cultura sejam<br />

praticados e disseminados. Nossa equipe de principais executivos reúne profissionais experientes, que atuam na<br />

Companhia em média há dez anos. Mantemos também uma política de rotatividade de funções, que proporciona<br />

aos gerentes uma ampla e profunda compreensão sobre as principais áreas do nosso negócio.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .57


Governança Corporativa<br />

Alinhamento de objetivos: Para assegurar que os objetivos dos executivos mantenham-se alinhados às expectativas<br />

dos acionistas, a Companhia adota um sistema de remuneração variável para todos os empregados, que é vinculado<br />

ao cumprimento de metas desafiadoras. Seguindo o conceito disseminado pela nossa cultura de pensar como donos<br />

do negócio, os 200 principais executivos participam de um programa de aquisição de ações, atrelado à parte de seus<br />

bônus anuais, tornando-os acionistas da Companhia e promovendo um relacionamento de longo prazo entre os<br />

executivos e a Companhia.<br />

Acordo de acionistas: O bloco controlador é formado por duas entidades que, juntas, possuíam, em dezembro de<br />

<strong>2005</strong>, 88,1% do capital votante e 64,3% do capital total da Companhia: a InBev, com, direta ou indiretamente, 72,9%<br />

do capital votante e 56,1% do capital total, e a Fundação Antonio e Helena Zerrenner (FAHZ), com 15,2% de capital<br />

votante e 8,2% do capital total. O Acordo de Acionistas válido até 2019 confere à FAHZ direito de veto em questões<br />

relacionadas a um amplo conjunto de assuntos relevantes, como dividendos, investimentos, aquisições e emissões<br />

de novas dívidas.<br />

Composição Acionária (*)<br />

Em milhares de ações Ordinárias % Preferenciais % Total %<br />

Interbrew International B.V. (2) 22.280.277 64,60% 10.087.238 32,10% 32.367.515 49,10%<br />

Fundação Antonio e Helena Zerrenner INB 5.314.282 15,20% 103.203 0,30% 5.417.485 8,20%<br />

AmBrew S/A (2) 2.870.650 8,30% 1.435.611 4,60% 4.306.261 6,50%<br />

InBev Participações Societárias Ltda (2) 0 0,00% 296.900 0,90% 296.900 0,50%<br />

Total Bloco Controlador 30.465.209 88,10% 11.922.952 37,90% 42.388.161 64,30%<br />

Instituto AmBev de Previdência Privada 1.919 0,00% 9.595 0,00% 11.514 0,00%<br />

Outros 1.888 0,00% 9.441 0,00% 11.329 0,00%<br />

Mercado 4.009.286 11,60% 18.574.615 59,20% 22.583.901 34,30%<br />

Ações em Tesouraria 21.120 0,10% 860.048 2,70% 881.168 1,30%<br />

Total geral 34.499.423 100,00% 31.376.651 100,00% 65.876.074 100,00%<br />

(1 Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>.<br />

(2) Controladas por InBev S.A. / N.V.<br />

58. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong>


Ações como Investimento<br />

Nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores de<br />

São Paulo (códigos AMBV3 e AMBV4) e, como<br />

American Depositary Receipts (ADRs), na New York<br />

Stock Exchange (código ABV).<br />

Na bolsa brasileira, as ações preferenciais da<br />

Companhia valorizaram-se 42,7% em <strong>2005</strong>, enquanto<br />

o Ibovespa registrou alta de 27,7%, e encerraram o ano<br />

cotadas a R$ 898,00. Os papéis estiveram presentes<br />

em 100% dos pregões, com um total de 70.460<br />

negócios, que envolveram 5,2 milhões de ações e<br />

volume financeiro de R$ 8.983,3 milhões.<br />

Na NYSE, a variação dos ADRs atingiu 55,4%,<br />

com cotação de US$ 38,05, ante queda de 0,6% do<br />

índice Dow Jones. O volume negociado atingiu<br />

US$ 3.890,9 milhões.<br />

O valor de mercado no final do ano era<br />

equivalente a R$ 53,6 bilhões, em comparação a<br />

R$ 40,4 bilhões em 2004.<br />

Evolução das Ações na Bovespa (1)<br />

AMBV4 AMBV3 Ibovespa<br />

(1) Série histórica ajustada pela bonificação ocorrida em maio de <strong>2005</strong>. (2) Anúncio da aliança estratégica com Interbrew.<br />

(2)<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .59


Equipe<br />

60. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Conselho de Administração<br />

Co-presidentes e Conselheiros<br />

Victório Carlos De Marchi<br />

Carlos Alves de Brito – eleito em 2006<br />

Membros do Conselho<br />

Marcel Herrmann Telles<br />

Carlos Alberto da Veiga Sicupira<br />

José Heitor Attilio Gracioso<br />

Roberto Herbster Gusmão<br />

Vicente Falconi Campos<br />

Luis Felipe Pedreira Dutra Leite<br />

Johan M.J.J. Van Biesbroeck<br />

Conselheiros suplentes<br />

Jorge Paulo Lemann<br />

Roberto Moses Thompson Motta<br />

Conselho Fiscal<br />

Membros do Conselho<br />

Alcides Lopes Tápias<br />

Álvaro Antônio Cardoso de Souza<br />

Antônio Luiz Benevides Xavier<br />

Conselheiros Suplentes<br />

Ary Waddington<br />

Emmanuel Sotelino Schifferle<br />

Nilson José Bulgueroni


Diretor-geral da Quinsa<br />

Agustín García Mansilla<br />

Diretoria<br />

Diretor-geral para a América Latina<br />

Luiz Fernando Edmond<br />

Diretor-geral para a América do Norte<br />

Carlos Alves de Brito<br />

Diretor para a América Latina Hispânica<br />

Juan Manuel Vergara Galvis<br />

Diretor Financeiro e de Relações com os <strong>Investidores</strong><br />

João Castro Neves<br />

Diretor de Vendas<br />

Bernardo Pinto Paiva<br />

Diretor de Marketing<br />

Carlos Eduardo Lisboa<br />

Diretor Industrial<br />

Cláudio Braz Ferro<br />

Diretor de Refrigerantes<br />

Francisco de Sá Neto<br />

Diretor para Assuntos Corporativos<br />

Milton Seligman<br />

Diretor Jurídico<br />

Pedro de Abreu Mariani<br />

Diretor de Gente e Gestão<br />

Ricardo Wuerkert<br />

Diretor de TI e Serviços Compartilhados<br />

Jean-Yves Rotte-Geoffroy<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .61


Seção Financeira<br />

62. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong>


Índice<br />

1. <strong>Relatório</strong> da Administração 64<br />

2. Parecer dos Auditores Independentes 74<br />

3. Parecer do Conselho Fiscal 75<br />

4. Balanços Patrimoniais 76<br />

5. Demonstrações dos Resultados<br />

6. Demonstrações das Mutações<br />

78<br />

do Patrimônio Líquido da Controladora 79<br />

7. Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos 80<br />

8. Informação Suplementar 82<br />

9. Notas Explicativas 84<br />

10. Informações aos <strong>Investidores</strong> 115<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .63


<strong>Relatório</strong> da Administração<br />

64. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Visão Geral da Companhia de Bebidas das Américas – AmBev<br />

Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do<br />

mercado latino americano. As operações da Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas,<br />

chopes, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três unidades de negócio:<br />

• Operações Brasil, representada pelas vendas de (i) cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas não<br />

alcoólicas e não carbonatadas (“RefrigeNanc”); e (iii) malte e sub-produtos;<br />

• América Latina Hispânica (HILA), representada pela participação atual de 59,2% da AmBev em Quinsa<br />

(Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai), bem como pelas operações da Companhia no norte da América<br />

Latina (El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela); essas últimas<br />

operações, agrupadas, são designadas por HILA-ex (HILA excluindo Quinsa); e<br />

• América do Norte, representada pela operações da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”), incluindo<br />

vendas domésticas de cerveja no Canadá e exportações para os Estados Unidos (“EUA”).<br />

As principais marcas da AmBev incluem Skol (a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma, Antarctica,<br />

Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a maior<br />

engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Através de um acordo de “franchising”, a Companhia vende e distribui os<br />

produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi, Lipton Ice Tea e o isotônico<br />

Gatorade.<br />

O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em moeda nacional e estrangeira detém a classificação de<br />

grau de investimento segundo a Standard and Poor’s e a Fitch Ratings.<br />

Destaques Financeiros <strong>2005</strong><br />

As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base<br />

consolidada e em milhares de Reais, de acordo com a Legislação Societária; as comparações referem-se ao ano de<br />

2004.<br />

• O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$6.305,1 milhões no ano, crescendo 39,0%.<br />

• A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em <strong>2005</strong>, segundo a ACNielsen, foi de 68,3% (2004:<br />

66,2%). O volume do segmento Cerveja Brasil cresceu 8,2%, e a receita por hectolitro atingiu R$129,9.<br />

• A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 31,4%, crescendo 210 pontos base e mantendo a AmBev<br />

como um benchmark para a indústria. O EBITDA registrado para o segmento foi de R$517,6 milhões, 20,6% acima<br />

de 2004.<br />

• A divisão HILA registrou EBITDA de R$553,0 milhões, refletindo o forte crescimento de Quinsa.<br />

• A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.433,1 milhões.


Destaques Financeiros – AmBev Consolidado<br />

%<br />

R$ milhões <strong>2005</strong> 2004 Variação<br />

Volume de Vendas (000 hl) 125.313 98.272 27,5%<br />

Receita Líquida por Hl (R$/hl) 139,4 122,2 14,1%<br />

Receita líquida 15.958,6 12.006,8 32,9%<br />

Lucro bruto 10.216,2 7.226,3 41,4%<br />

Margem Lucro Bruto 64,0% 60,2% 380 bps<br />

EBIT 5.042,6 3.615,0 39,5%<br />

Margem EBIT 31,6% 30,1% 150 bps<br />

EBITDA 6.305,1 4.537,2 39,0%<br />

Margem EBITDA 39,5% 37,8% 170 bps<br />

Lucro líquido 1.545,7 1.161,5 33,1%<br />

Margem Lucro Líquido 9,7% 9,7% 0 bps<br />

Número de ações em circulação* (milhões) 65.346,2 65.552,9 -0,3%<br />

LPA* (R$/000 ações) 23,65 17,72 33,5%<br />

LPA excl. amortização de ágio* (R$/000 ações) 44,21 29,98 47,5%<br />

* O número de ações em circulação ao final de 2004 foi ajustado para a bonificação de ações ON ocorrida em 31/05/05 para assegurar<br />

consistência na comparação com o LPA de <strong>2005</strong>.<br />

Destaques Financeiros por Segmento de Negócios<br />

A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados<br />

apresentados referem-se aos períodos de doze meses findos em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e 2004.<br />

Destaques<br />

Financeiros Brasil HILA América do Norte Total<br />

R$ milhões <strong>2005</strong> 2004 % Var. <strong>2005</strong> 2004 % Var. <strong>2005</strong> 2004 % Var. <strong>2005</strong> 2004 % Var.<br />

Volume ('000 hl) 82.743 76.885 7,6% 31.679 17.765 78,3% 10.892 3.622,4 200,7% 125.313 98.272 27,5%<br />

Receita Líquida 9.902,8 8.525,9 16,1% 2.080,3 1.922,1 8,2% 3.975,5 1.558,8 155,0% 15.958,6 12.006,8 32,9%<br />

CPV (3.488,9) (3.368,6) 3,6% (953,1) (909,5) 4,8% (1.300,3) (502,4) 158,8% (5.742,3) (4.780,5) 20,1%<br />

Lucro Bruto 6.413,9 5.157,3 24,4% 1.127,1 1.012,5 11,3% 2.675,2 1.056,4 153,2% 10.216,2 7.226,3 41,4%<br />

Margem Bruta<br />

Despesas<br />

64,8% 60,5% 430 bps 54,2% 52,7% 150 bps 67,3% 67,8% -50 bps 64,0% 60,2% 380 bps<br />

Operacionais (2.942,2) (2.416,8) 21,7% (764,7) (638,4) 19,8% (1.466,7) (556,1) 163,7% (5.173,7) (3.611,3) 43,3%<br />

% da Receita Líq. -29,7% -28,3% -140 bps -36,8% -33,2% -350 bps -36,9% -35,7% -120 bps -32,4% -30,1% -230 bps<br />

EBIT 3.471,7 2.740,5 26,7% 362,4 374,1 -3,1% 1.208,5 500,3 141,5% 5.042,6 3.615,0 39,5%<br />

Margem de EBIT 35,1% 32,1% 290 bps 17,4% 19,5% -200 bps 30,4% 32,1% -170 bps 31,6% 30,1% 150 bps<br />

EBITDA 4.319,0 3.401,3 27,0% 553,0 551,7 0,2% 1.433,1 584,3 145,3% 6.305,1 4.537,3 39,0%<br />

Margem de EBITDA 43,6% 39,9% 370 bps 26,6% 28,7% -210 bps 36,0% 37,5% -140 bps 39,5% 37,8% 170 bps<br />

Operações Brasil<br />

Destaques<br />

Financeiros Cerveja Brasil RefrigeNanc Malte e Suprodutos Total<br />

R$ milhões <strong>2005</strong> 2004 % Var. <strong>2005</strong> 2004 % Var. <strong>2005</strong> 2004 % Var. <strong>2005</strong> 2004 % Var.<br />

Volume ('000 hl) 62.486 57.777 8,2% 20.257 19.108 6,0% n.a n.a n.a 82.743 76.885 7,6%<br />

Receita Líquida 8.119,1 6.907,4 17,5% 1.648,7 1.462,8 12,7% 135,0 155,8 -13,3% 9.902,8 8.525,9 16,1%<br />

CPV (2.575,3) (2.467,0) 4,4% (851,7) (820,5) 3,8% (61,9) (81,1) -23,7% (3.488,9) (3.368,6) 3,6%<br />

Lucro Bruto 5.543,8 4.440,3 24,9% 797,0 642,2 24,1% 73,1 74,7 -2,1% 6.413,9 5.157,3 24,4%<br />

Margem Bruta<br />

Despesas<br />

68,3% 64,3% 400 bps 48,3% 43,9% 440 bps 54,2% 48,0% 620 bps 64,8% 60,5% 430 bps<br />

Operacionais (2.469,0) (2.058,0) 20,0% (470,1) (355,8) 32,1% (3,1) (2,9) 7,5% (2.942,2) (2.416,8) 21,7%<br />

% da Receita Líq. -30,4% -29,8% -60 bps -28,5% -24,3% -420 bps -2,3% -1,9% -40 bps -29,7% -28,3% -140 bps<br />

EBIT 3.074,8 2.382,3 29,1% 326,8 286,4 14,1% 70,0 71,8 -2,5% 3.471,7 2.740,5 26,7%<br />

Margem de EBIT 37,9% 34,5% 340 bps 19,8% 19,6% 20 bps 51,9% 46,1% 580 bps 35,1% 32,1% 290 bps<br />

EBITDA 3.731,4 2.900,4 28,7% 517,6 429,1 20,6% 70,0 71,8 -2,5% 4.319,0 3.401,3 27,0%<br />

Margem de EBITDA 46,0% 42,0% 400 bps 31,4% 29,3% 210 bps 51,9% 46,1% 580 bps 43,6% 39,9% 370 bps<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .65


66. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Análise do Desempenho Financeiro em <strong>2005</strong><br />

Receita Líquida<br />

A receita líquida aumentou 32,9% em <strong>2005</strong>, atingindo R$15.958,6 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de<br />

cada unidade de negócios para a receita líquida consolidada da AmBev.<br />

Receita Líquida <strong>2005</strong> 2004 Variação<br />

R$ % R$ % %<br />

milhões Total milhões Total<br />

Brasil 9.902,8 62,1% 8.525,9 71,0% 16,1%<br />

Cerveja Brasil 8.119,1 50,9% 6.907,4 57,5% 17,5%<br />

RefrigeNanc 1.648,7 10,3% 1.462,8 12,2% 12,7%<br />

Malte e Subprodutos 135,0 0,8% 155,8 1,3% -13,3%<br />

HILA 2.080,3 13,0% 1.922,1 16,0% 8,2%<br />

Quinsa 1.299,9 8,1% 1.153,0 9,6% 12,7%<br />

HILA-ex 780,4 4,9% 769,1 6,4% 1,5%<br />

América do Norte 3.975,5 24,9% 1.558,8 13,0% 155,0%<br />

Consolidado 15.958,6 100,0% 12.006,8 100,0% 32,9%<br />

Operações Brasil<br />

A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios da AmBev, representada por nossas operações de cerveja,<br />

refrigerantes e bebidas não carbonatadas no Brasil, cresceu 16,1%, chegando a R$9.902,8 milhões. O desempenho de<br />

cada operação é apresentado a seguir.<br />

Cerveja<br />

A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil em <strong>2005</strong> subiu 17,5%, acumulando R$8.119,1 milhões. Os<br />

principais elementos que contribuíram para esse crescimento foram:<br />

• Crescimento de 8,2% no volume venda, refletindo (i) a maior participação de mercado da AmBev (<strong>2005</strong>: 68,3%;<br />

2004: 66,2%); e (ii) o crescimento do mercado, estimado pela ACNielsen em 6,5%.<br />

• Crescimento de 8,7% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$129,9. Esse aumento foi conseqüência (i) do<br />

reposicionamento geral de preços realizado nos meses de dezembro de 2004 e <strong>2005</strong>; (ii) de diversas ações dedicadas<br />

a gestão de receita (revenue management) colocadas em prática pela estrutura de vendas e marketing da AmBev,<br />

com o objetivo de maximizar a participação da Companhia na cadeia de valor da indústria de cerveja (margin<br />

pool); e (iii) da expansão das vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />

RefrigeNanc<br />

A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc em <strong>2005</strong> cresceu 12,7%, atingindo R$1.648,7 milhões. Os<br />

principais elementos que contribuíram para esse crescimento foram:<br />

• Crescimento de 6.0% no volume de venda, refletindo (i) a maior participação da AmBev no mercado de refrigerantes<br />

(<strong>2005</strong>: 17,0%; 2004: 16.9%); e (ii) o crescimento desse mercado, estimado pela ACNielsen em 1,7%.<br />

• Aumento de 6,3% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$81,4. Esse aumento foi conseqüência prioritariamente<br />

do reposicionamento de preços implementados ao longo de <strong>2005</strong>.<br />

Malte e Sub-produtos<br />

A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução de receita de 13,3%, acumulando R$135,0 milhões.<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

As operações da AmBev na América Latina registraram em <strong>2005</strong> um aumento de receita de 8,2%, atingindo R$2.080,3<br />

milhões. A análise mais detalhada desse desempenho é apresentada a seguir.<br />

Quinsa<br />

A participação da AmBev na Quinsa, cervejaria líder nos países do Cone Sul, contribuiu R$1.299,9 milhões para a<br />

receita consolidada da companhia, representando um crescimento de 12,7%. Os principais elementos que contribuíram<br />

para o aumento da receita foram:<br />

• Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de 7,1% e 26,0% respectivamente; o volume consolidado cresceu 12,9%.<br />

• Crescimento em dolares americanos de 10,4% na receita por hectolitro, atingindo US$38,2.<br />

• Aumento da participação da AmBev no capital da Quinsa (dez/05: 59,2%; dez/04: 54,8%).


HILA-ex<br />

As operações da AmBev no Norte da América Latina apresentaram um aumento de receita em <strong>2005</strong> de 1,5%,<br />

acumulando R$780,4 milhões. Os principais elementos que contribuíram para o aumento da receita foram:<br />

• Crescimento consistente das operações da AmBev na Venezuela.<br />

• Início da venda de cerveja no Peru e na República Dominicana.<br />

• Primeiro ano completo de venda de Brahma no Equador.<br />

A receita de HILA-ex foi afetada negativamente pelo acirramento do ambiente competitivo na América Central e nos<br />

mercados de refrigerantes do Peru e da República Dominicana.<br />

América do Norte<br />

As operações Labatt na América do Norte contribuíram com R$3.975,5 milhões para a receita consolidada da AmBev.<br />

A comparação pro forma, em moeda local (dólares canadenses), com o resultado da Labatt referente aos doze meses<br />

de 2004, resulta em uma queda da receita de 1.2%. Esse resultado é explicado por:<br />

• Queda do volume de vendas da Labatt no mercado canadense, decorrente da maior competição imposta pelo<br />

segmento de marcas de baixo preço.<br />

• Queda na exportação de Labatt Blue para os EUA, provocada pela intensa competição no mercado norte americano<br />

imposta pelo mercado de vinhos e destilados, assim como pela importação de marcas de cerveja mexicanas,<br />

européias e asiáticas.<br />

• Redução substancial dos volumes de produção sob encomenda contratados pela Diageo USA (produção de<br />

Guiness em garrafas de vidro para venda nos EUA); essa medida foi tomada pela Labatt como parte de seu<br />

plano de racionalização da estrutura produtiva, o qual incluiu o fechamento de duas fábricas no Canadá (New<br />

Westminster e Toronto).<br />

Embora o mercado canadense passe por um momento desafiador para as duas companhias líderes locais, a AmBev<br />

segue entusiasmada com as perspectivas de crescimento do resultado da Labatt. A Companhia tem a confiança de<br />

estar implementando as medidas necessárias para garantir a prosperidade a longo prazo de sua operação na América<br />

do Norte.<br />

Custo dos Produtos Vendidos<br />

O custo dos produtos vendidos da AmBev em <strong>2005</strong> cresceu 20,1%, acumulando R$5.742,3 milhões. O quadro a seguir<br />

ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para o custo dos produtos vendidos consolidado da AmBev.<br />

Custo dos Produtos <strong>2005</strong> 2004 Variação<br />

Vendidos R$ milhões % Total R$ milhões % Total %<br />

Brasil (3.488,9) 60,8% (3.368,6) 70,5% 3,6%<br />

Cerveja Brasil (2.575,3) 44,8% (2.467,0) 51,6% 4,4%<br />

RefrigeNanc (851,7) 14,8% (820,5) 17,2% 3,8%<br />

Malte e Subprodutos (61,9) 1,1% (81,1) 1,7% -23,7%<br />

HILA (953,1) 16,6% (909,5) 19,0% 4,8%<br />

Quinsa (536,7) 9,3% (510,3) 10,7% 5,2%<br />

HILA-ex (416,4) 7,3% (399,3) 8,4% 4,3%<br />

América do Norte (1.300,3) 22,6% (502,4) 10,5% 158,8%<br />

Consolidado (5.742,3) 100,0% (4.780,5) 100,0% 20,1%<br />

Brasil<br />

O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil acumulou R$3.488,9 milhões, crescendo 3,6%.<br />

Cerveja<br />

O custo dos produtos vendidos da operação de venda de cerveja no Brasil aumentou 4,4%, chegando a R$2.575,3<br />

milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro apresentou uma queda de 3,5%, somando R$41,2. Embora a<br />

taxa de câmbio implícita na política de hedge da AmBev em <strong>2005</strong> para a compra de insumos de produção tenha sido<br />

desfavorável em relação ao ano anterior (<strong>2005</strong>: R$3,02/US$; 2004: R$2,94/US$), (i) a maior diluição de custos fixos,<br />

viabilizada pelo crescimento do volume de venda; e (ii) os ganhos de produtividade resultantes do contínuo programa<br />

de excelência fabril da AmBev levaram à queda observada no custo unitário de produção.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .67


68. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

RefrigeNanc<br />

O custo dos produtos vendidos da operação de RefrigeNanc no Brasil subiu 3,8%, chegando a R$851,7 milhões. O custo<br />

dos produtos vendidos por hectolitro decresceu 2,1%, contabilizando R$42,0. Similar ao caso da operação de cerveja,<br />

os ganhos de eficiência fabril, assim como a maior diluição dos custos fixos de produção, mais do que compensaram<br />

o aumento na taxa de câmbio efetiva para a compra de insumos.<br />

Malte e Sub-produtos<br />

A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução do custo dos produtos vendidos de 23,7%,<br />

acumulando R$61,9 milhões.<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

O custo dos produtos vendidos da unidade de negócios HILA aumentou 4,8%, atingindo R$953,1 milhões. A análise<br />

mais detalhada da evolução do custo é apresentada a seguir.<br />

Quinsa<br />

A consolidação em AmBev do custo dos produtos vendidos da Quinsa acumulou em <strong>2005</strong> R$536,7 milhões,<br />

representando um crescimento de 5,2%. Os principais efeitos que explicam esse aumento são:<br />

• Aumento de 12,9% no volume vendido, atingindo 24.997 milhões de hectolitros.<br />

• Aumento da participação da AmBev no capital da Quinsa (dez/05:59,2%; dez/04: 54,8%).<br />

HILA-ex<br />

O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev no norte da América Latina cresceu 4,3%, chegando a R$416,4<br />

milhões. O principal efeito que explica esse aumento é o crescimento de 8,0% no volume vendido, o qual atingiu<br />

6.681 milhões de hectolitros.<br />

América do Norte<br />

O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de <strong>2005</strong> contabilizou R$ 1.300,3 milhões. A comparação pro forma,<br />

em moeda local, com os resultados da Labatt em 2004 demonstra uma queda do custo dos produtos vendidos de<br />

6,5%. O principal fator que contribuiu para tal redução foi a queda de 2.9% nos custos unitários de produção.<br />

Lucro Bruto<br />

A AmBev alcançou em <strong>2005</strong> um lucro bruto de R$10.216,2 milhões, representando um crescimento de 41,4%. O quadro<br />

a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para o lucro bruto consolidado da AmBev.<br />

Lucro Bruto <strong>2005</strong> 2004 Variação<br />

R$ milhões % Total R$ milhões % Total %<br />

Brasil 6.413,9 62,8% 5.157,3 71,4% 24,4%<br />

Cerveja Brasil 5.543,8 54,3% 4.440,3 61,4% 24,9%<br />

RefrigeNanc 797,0 7,8% 642,2 8,9% 24,1%<br />

Malte e Subprodutos 73,1 0,7% 74,7 1,0% -2,1%<br />

HILA 1.127,1 11,0% 1.012,5 14,0% 11,3%<br />

Quinsa 763,2 7,5% 642,7 8,9% 18,7%<br />

HILA-ex 364,0 3,6% 369,9 5,1% -1,6%<br />

América do Norte 2.675,2 26,2% 1.056,4 14,6% 153,2%<br />

Consolidado 10.216,2 100,0% 7.226,3 100,0% 41,4%


Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da AmBev totalizaram R$5.173,7 milhões em <strong>2005</strong>, crescendo 43,3%.<br />

A análise da evolução dessas despesas em cada unidade de negócios é exposta a seguir.<br />

Brasil<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no Brasil somaram R$2.942,2 milhões em <strong>2005</strong>, aumentando 21,7%.<br />

Cerveja<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram R$2.469,0 milhões, crescendo 20,0%. Os principais<br />

elementos que geraram o crescimento de tais despesas operacionais foram:<br />

• O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />

• O aumento do faturamento da AmBev para alguns clientes com os quais a Companhia tem contratos que prevêem<br />

uma contribuição proporcional de fundos para atividades de comercialização.<br />

• Maiores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da incorporação da InBev<br />

Brasil em 28 de julho de <strong>2005</strong>. As despesas operacionais relacionadas a depreciação e amortização aumentaram<br />

53,5%, registrando R$507,7 milhões.<br />

RefrigeNanc<br />

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para RefrigeNanc acumularam R$470,1 milhões, aumentando 32,1%.<br />

Os principais elementos que geraram o crescimento de tais despesas operacionais foram:<br />

• O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />

• O aumento planejado e significativo do orçamento de vendas e marketing para Refrigenanc em <strong>2005</strong>, compensando<br />

as restrições sobre a verba de 2004, ano em que a prioridade absoluta da operação brasileira da AmBev foi a<br />

recuperação da participação de mercado em cerveja.<br />

• Maiores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da incorporação da InBev<br />

Brasil em 28 de julho de <strong>2005</strong>. As despesas operacionais relacionadas a depreciação e amortização aumentaram<br />

49,6%, registrando R$163,8 milhões.<br />

Malte e Sub-produtos<br />

A venda de malte e sub-produtos gerou despesas de Vendas, Gerais e Administrativas de R$ 3,1 Milhões em <strong>2005</strong>,<br />

crescendo 7,5%.<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da unidade de negócios HILA somaram R$764,7 milhões,<br />

aumentando 19,8%. A análise mais detalhada da evolução dessas despesas é apresentada a seguir.<br />

Quinsa<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas consolidadas em AmBev em função de sua participação na Quinsa<br />

acumularam R$324,4 milhões, crescendo 6,9%. Esse aumento é explicado em sua maior parte pelo aumento da<br />

participação da AmBev no capital da Quinsa (dez/05: 59,2%; dez/04: 54,8%).<br />

HILA-ex<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das operações da AmBev no norte da América Latina somaram<br />

R$440,4 milhões, crescendo 31,5%. A principal razão do crescimento dessas despesas foram os gastos com promoção<br />

e distribuição vinculados ao lançamento de Brahma no Peru e na República Dominicana.<br />

América do Norte<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt somaram R$1.466,7 milhões. A comparação pro forma,<br />

em moeda local, com os resultados da Labatt em 2004 demonstra uma queda de 6,3% de tais despesas, validando o<br />

êxito das iniciativas de redução de gastos implementadas pela AmBev ao longo do ano.<br />

Resultado Operacional antes das Receitas e Despesas Financeiras,<br />

Provisões e Contingências, e Outras Receitas e Despesas Operacionais<br />

A Companhia apresentou forte desempenho operacional em <strong>2005</strong>, evidenciando não somente o expressivo<br />

crescimento orgânico de suas vendas mas também ganhos adicionais de eficiência que se traduziram em expansão<br />

de margens para além dos níveis já exemplares da Companhia.<br />

Em <strong>2005</strong> a AmBev registrou um crescimento de EBIT 1 de 39,5% para R$5.042,6 milhões. A margem de EBIT sobre a<br />

receita líquida atingiu 31,6%, 150 pontos base maior do que em 2004.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .69


70. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

O EBITDA 2 da Companhia alcançou R$6.305,1 milhões, um aumento de 39,0%. A margem de EBITDA sobre a receita<br />

líquida foi de 39,5%, 170 pontos base maior do que em 2004.<br />

Os quadros a seguir apresentam os dados de EBIT e EBITDA para cada unidade de negócios.<br />

EBIT <strong>2005</strong> 2004 Variação<br />

R$ milhões % Total Margem R$ milhões % Total Margem %<br />

Brasil 3.471,7 68,8% 35,1% 2.740,5 75,8% 32,1% 26,7%<br />

Cerveja Brasil 3.074,8 61,0% 37,9% 2.382,3 65,9% 34,5% 29,1%<br />

RefrigeNanc 326,8 6,5% 19,8% 286,4 7,9% 19,6% 14,1%<br />

Malte e Subprodutos 70,0 1,4% 51,9% 71,8 2,0% 46,1% -2,5%<br />

HILA 362,4 7,2% 17,4% 374,1 10,3% 19,5% -3,1%<br />

Quinsa 438,8 8,7% 33,8% 339,1 9,4% 29,4% 29,4%<br />

HILA-ex (76,4) -1,5% -9,8% 35,0 1,0% 4,6% -318,1%<br />

América do Norte 1.208,5 24,0% 30,4% 500,3 13,8% 32,1% 141,5%<br />

Consolidado 5.042,6 100,0% 31,6% 3.615,0 100,0% 30,1% 39,5%<br />

EBITDA <strong>2005</strong> 2004 Variação<br />

R$ milhões % Total Margem R$ milhões % Total Margem %<br />

Brasil 4.319,0 68,5% 43,6% 3.401,3 75,0% 39,9% 27,0%<br />

Cerveja Brasil 3.731,4 59,2% 46,0% 2.900,4 63,9% 42,0% 28,7%<br />

RefrigeNanc 517,6 8,2% 31,4% 429,1 9,5% 29,3% 20,6%<br />

Malte e Subprodutos 70,0 1,1% 51,9% 71,8 1,6% 46,1% -2,5%<br />

HILA 553,0 8,8% 26,6% 551,7 12,2% 28,7% 0,2%<br />

Quinsa 549,4 8,7% 42,3% 452,3 10,0% 39,2% 21,5%<br />

HILA-ex 3,7 0,1% 0,5% 99,3 2,2% 12,9% -96,3%<br />

América do Norte 1.433,1 22,7% 36,0% 584,3 12,9% 37,5% 145,3%<br />

Consolidado 6.305,1 100,0% 39,5% 4.537,3 100,0% 37,8% 39,0%<br />

Contingências Tributárias, Trabalhistas e Outras<br />

Despesas líquidas com provisões para contingências e outras contabilizaram R$71,5milhões. Os principais lançamentos<br />

que compõem este total são:<br />

• Provisão de R$ 113,3 milhões referentes a processos trabalhistas<br />

• Reversão de R$ 56,3 milhões referentes a processos tributários de ICMS e IPI<br />

Outras Receitas e Despesas Operacionais<br />

O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em <strong>2005</strong> representou uma perda de R$1.075,3 milhões, 155,5%<br />

mais alta em relação à perda registrada em 2004. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir.<br />

• Ganho de R$ 151,8 milhões referentes a acréscimos patrimoniais decorrente de incentivos fiscais concedidos à<br />

controladas da AmBev no Brasil.<br />

• Ganho de R$ 52,2 milhões referentes a recuperação no Brasil de créditos de impostos de PIS e COFINS.<br />

• Despesa de R$ 923,5 milhões decorrentes da amortização de ágio referente ao investimento da AmBev na Labatt.<br />

• Despesa de R$ 184,3 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da Labatt na América<br />

do Norte.<br />

• Despesa de R$ 164,6 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da AmBev na América Latina.<br />

• Despesa de R$ 74,1 milhões derivado da variação cambial sobre investimentos da companhia no exterior.


Resultado Financeiro<br />

O resultado financeiro da companhia em <strong>2005</strong> foi negativo em R$1.086,7 milhões, comparado a uma perda em 2004<br />

de R$776,3 milhões. A tabela abaixo destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da companhia:<br />

Detalhamento do Resultado Financeiro<br />

R$ milhões <strong>2005</strong> 2004<br />

Receita Financeira<br />

Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa 85,5 175,2<br />

Variação cambial sobre aplicações financeiras 389,1 208,6<br />

Resultado sobre Plano de Ações 7,6 34,4<br />

Encargos financeiros sobre impostos e contribuições e depósitos judiciais 10,1 11,6<br />

Outras 28,9 38,8<br />

Total 521,2 468,5<br />

Despesa Financeira<br />

Encargos financeiros sobre dívidas em reais 122,4 118,4<br />

Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira 507,7 474,2<br />

Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos 714,3 412,3<br />

Impostos sobre transações financeiras 135,8 121,3<br />

Encargos financeiros sobre contingências e outros 65,3 54,0<br />

Outras 62,5 64,7<br />

Total 1.607,9 1.244,9<br />

Resultado Financeiro (1.086,7) (776,3)<br />

A Companhia ressalta que, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os passivos referentes a operações<br />

de swaps e derivativos devem ser contabilizados por meio da curva de juros estabelecida em seus respectivos contratos;<br />

já os ativos referentes a esses mesmos tipos de operações devem ser contabilizados no menor valor entre o valor de<br />

mercado e curva mencionada.<br />

O endividamento total da Companhia caiu R$607,1 milhões em comparação com 2004, enquanto seu montante de<br />

caixa e equivalentes caiu R$409,2 milhões.<br />

Conseqüentemente, houve uma redução de R$198,0 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que,<br />

levando-se em consideração os resultados da Labatt em <strong>2005</strong>, a razão entre sua dívida líquida e o EBITDA acumulado<br />

dos últimos 12 meses seja de 1,0x.<br />

A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev:<br />

Detalhamento da Dívida<br />

R$ milhões Curto Prazo Longo Prazo Total<br />

Moeda Local 195,1 599,6 794,7<br />

Moeda Estrangeira 1.014,3 5.394,6 6.408,9<br />

Dívida Consolidada 1.209,4 5.994,2 7.203,6<br />

Caixa e equivalentes 1.096,3<br />

Dívida Líquida 6.107,3<br />

Outras Receitas e Despesas Não Operacionais<br />

O saldo líquido de outras receitas e despesas não operacionais resultou em <strong>2005</strong> em uma perda de R$234,3 milhões,<br />

comparada a uma perda em 2004 de R$333,9 milhões. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a<br />

seguir:<br />

• Prejuízo de R$ 158,2 milhões referentes a provisão constituída para fechamento da cervejaria da Labatt em Toronto.<br />

Os itens provisionados foram os seguintes: (i) perda do imobilizado (R$46,7 milhões); (ii) complemento de provisão<br />

de benefícios a empregados (R$69,9 milhões); e (iii) custo de demissão de funcionários (R$ 41,6 milhões).<br />

• Perda de R$ 65,6 milhões referente ao investimento da AmBev em Quinsa, decorrente das recompras de suas<br />

próprias ações no mercado realizadas pela Quinsa ao longo do ano de <strong>2005</strong>.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .71


72. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Imposto de Renda e Contribuição Social<br />

O resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em <strong>2005</strong> foi uma despesa de R$845,1 milhões. À alíquota<br />

nominal de 34%, a provisão para imposto de renda e contribuição social teria sido de R$807,2 milhões. A conciliação<br />

da provisão efetiva com a provisão à alíquota nominal é apresentada no quadro a seguir:<br />

Imposto de Renda<br />

R$ milhões<br />

Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 2.576,8<br />

Participações estatutárias e contribuições (202,8)<br />

Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e da participação dos acionistas minoritários 2.374,0<br />

Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (807,2)<br />

Ajustes para obtenção da alíquota efetiva:<br />

Juros sobre capital próprio 253,0<br />

Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação (174,1)<br />

Ganhos patrimoniais em controladas 51,6<br />

Amortização de ágio indedutível (211,4)<br />

Adições e exclusões permanentes e outros (16,1)<br />

Agio rentabilidade futura – incorporação CBB (ii) 103,4<br />

Variação cambial sobre investimentos (44,3)<br />

Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (845,1)<br />

Alíquota efetiva de IR e contribuição social 35,6%<br />

Conforme a projeção comunicada pela Companhia ao longo de <strong>2005</strong>, a alíquota efetiva de Imposto de Renda e<br />

Contribuição Social, ajustada pela exclusão das despesas com amortização de ágio da base de lucro da Companhia,<br />

ficou em 22,7%.<br />

Participações de Empregados e Administradores<br />

A despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de R$202,8<br />

milhões em <strong>2005</strong>. Este valor faz parte da política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de<br />

20.000 empregados têm uma parte significativa de sua remuneração sujeita ao cumprimento de agressivas metas<br />

de performance.<br />

Em 2004, a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$152,4 milhões.<br />

Participações Minoritárias<br />

As participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em <strong>2005</strong> prejuízo de R$ 16,8 milhões.<br />

Lucro Líquido<br />

O lucro líquido alcançado pela AmBev em <strong>2005</strong> foi de R$ 1.545,7 milhões, um aumento de 33,1% comparado ao de 2004.<br />

O lucro por lote de 1.000 ações foi de R$23,65, representando um crescimento de 11,2%.<br />

A Companhia destaca que a bonificação em ações ordinárias implementada em 31 de maio de <strong>2005</strong> distorce a análise<br />

do lucro líquido por lote de 1.000 ações entre o exercício de <strong>2005</strong> e 2004. Ajustando-se a estrutura acionária de 2004<br />

para que esta fique comparável a <strong>2005</strong>, temos um crescimento do lucro por lote de 1.000 ações de 33,5%.<br />

Dividendos<br />

A distribuição de resultado aos acionistas referentes ao resultado de <strong>2005</strong>, representando a soma de dividendos e<br />

juros sobre o capital próprio, foi de R$1.300,3 milhões, 2,0% inferior a 2004. O valor distribuído representa 84,1% do<br />

lucro líquido reportado.<br />

Adicionalmente à distribuição de lucros, a companhia devolveu a seus acionistas R$437,3 milhões através de seu<br />

programa de recompra de ações, perfazendo um pay out total de R$1.737,6 milhões.


Relacionamento com auditores independentes<br />

A política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria<br />

externa se substancia nos princípios que preservam a independência do auditor.<br />

Estes princípios compreendem:<br />

(a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;<br />

(b) o auditor não deve exercer funções gerenciais e<br />

(c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.<br />

A independência dos nossos auditores externos é assegurada em cada serviço eventualmente prestado por estes, por<br />

procedimentos específicos como o envolvimento de pessoal independente da auditoria, quando os serviços contratados<br />

não requerem os conhecimentos acumulados dos auditores ou não se refere à própria contratação de serviços de<br />

auditoria regidos, nesse caso, por procedimentos específicos de independência profissional ou ainda através do<br />

envolvimento de outros profissionais independentes (denominada “segunda opinião”), entre outras ações executadas.<br />

Adicionalmente, todos os serviços prestados, que não vinculados à auditoria externa são supervisionados pela<br />

administração, ficando a autoria das decisões sempre reservada aos órgãos da administração, conforme os níveis de<br />

aprovação requeridos pelos estatutos da Companhia.<br />

No exercício em questão, os auditores independentes que prestaram serviços para a Companhia e suas subsidiárias<br />

não foram contratados para serviços adicionais ao exame das demonstrações financeiras.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .73


Parecer dos<br />

Auditores Independentes<br />

74. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Aos Administradores e Acionistas<br />

Companhia de Bebidas das Américas – AmBev<br />

São Paulo – SP<br />

1. Examinamos os balanços patrimoniais individual (controladora) e consolidado da Companhia de Bebidas das Américas<br />

– AmBev (“Companhia”) e controladas em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004 e as respectivas demonstrações do<br />

resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios<br />

findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de<br />

expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras: (a) da controlada Labatt<br />

Brewing Company Limited, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004, as quais apresentam,<br />

respectivamente, passivo a descoberto de R$ 1.217 milhões e R$ 1.848 milhões, ativos totais de R$ 2.459 milhões e<br />

R$ 2.835 milhões, equivalentes a 7,3% e 8,6% dos ativos totais consolidados da Companhia, receita líquida no montante<br />

de R$ 3.976 milhões e R$ 1.559 milhões, equivalentes a 24,9% e 13,0% da receita líquida de vendas consolidada, e<br />

lucro líquido no montante de R$ 467 milhões e R$ 54 milhões, equivalentes a 30,2% e 4,7% do lucro líquido da<br />

Companhia; e (b) da controlada em conjunto Quilmes Industrial S.A., referentes ao exercício findo em 31 de dezembro<br />

de 2004, cujo investimento líquido naquela data soma R$ 721 milhões, ativos totais de R$ 1.799 milhões, equivalente<br />

a 5,5% dos ativos totais consolidados da Companhia, receita líquida no montante de R$ 1.153 milhões, equivalente a<br />

9,6%, da receita líquida de vendas consolidada e lucro líquido no montante de R$ 86 milhões, equivalente a 7,4% do<br />

lucro líquido da Companhia; foram examinadas por outros auditores independentes, e a nossa opinião, no que se<br />

refere aos valores desses investimentos, dos ativos e passivos dessas controladas e dos resultados por elas gerados,<br />

está baseada nos pareceres desses outros auditores.<br />

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o<br />

planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de<br />

controles internos das Companhias; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam<br />

os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais<br />

representativas adotadas pela Administração das Companhias, bem como da apresentação das demonstrações<br />

financeiras tomadas em conjunto.<br />

3. Em nossa opinião, com base em nossos exames e nos pareceres de outros auditores independentes, as demonstrações<br />

financeiras referidas no parágrafo (1) representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição<br />

patrimonial e financeira individual e consolidada da Companhia de Bebidas das Américas – AmBev e controladas<br />

em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as<br />

origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas<br />

contábeis adotadas no Brasil.<br />

4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de expressarmos uma opinião sobre as demonstrações financeiras<br />

referidas no parágrafo (1), tomadas em conjunto. As demonstrações do fluxo de caixa consolidado correspondentes<br />

aos exercícios findos em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004, apresentadas com o propósito de permitir análises<br />

adicionais sobre a Companhia e suas controladas, não são requeridas como parte integrante das demonstrações<br />

financeiras básicas, elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações<br />

do fluxo de caixa consolidado, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia, foram por nós<br />

examinadas, de acordo com os procedimentos de auditoria mencionados no parágrafo (2) e, em nossa opinião, estão<br />

adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras<br />

consolidadas tomadas em conjunto.<br />

São Paulo, 13 de fevereiro de 2006<br />

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Altair Tadeu Rossato<br />

Auditores Independentes Contador<br />

CRC 2 SP 011609/O-8 CRC 1 SP 182515/O-5


COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AmBev<br />

CNPJ/MF Nº 02.808.708/0001-07<br />

NIRE 35.300.157.770<br />

Companhia Aberta<br />

Anexo à Ata da Reunião do Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (a “Companhia”)<br />

realizada em 16 de fevereiro de 2006.<br />

O Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as<br />

atribuições dispostas no Estatuto Social da Companhia e nos incisos do art. 163 da Lei nº 6.404/76, examinou:<br />

(i) o parecer emitido sem ressalvas pela DELOITTE TOUCHE TOHMATSU AUDITORES INDEPENDENTES, (ii) o relato<br />

sobre o desempenho da Companhia realizado por seu Diretor Financeiro e de Relações com <strong>Investidores</strong>, e (iii) os<br />

esclarecimentos prestados pela KPMG LLP e KPMG AUDITORES INDEPENDENTES. Com base nos documentos<br />

examinados e nos esclarecimentos prestados, os membros do Conselho Fiscal, abaixo assinados, opinaram pela<br />

aprovação em Assembléia Geral do <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> da Administração e das Demonstrações Financeiras encerradas<br />

em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>.<br />

São Paulo, 16 de fevereiro de 2006.<br />

Alcides Lopes Tápias Álvaro Antonio Cardoso de Souza<br />

Antonio Luiz Benevides Xavier Emanuel Sotelino Schifferle<br />

(Suplente)<br />

Nilson José Bulgueroni Ary Waddington<br />

(Suplente) (Suplente)<br />

Parecer do Conselho Fiscal<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .75


Balanços Patrimoniais<br />

LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2005</strong> E DE 2004<br />

(Expressos em milhões de reais)<br />

76. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Controladora Consolidado<br />

ATIVO <strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

CIRCULANTE<br />

Caixa e equivalentes 384,4 1,6 837,3 1.290,9<br />

Aplicações financeiras - - 259,0 214,5<br />

Títulos e valores mobiliários 52,7 - - -<br />

Contas a receber de clientes 705,1 - 1.331,8 1.086,3<br />

Estoques 557,5 - 1.178,1 1.380,9<br />

Impostos a recuperar 180,1 71,8 545,5 654,3<br />

Dividendos e/ou juros sobre o capital próprio - 709,1 - -<br />

Outros 378,8 1,0 779,6 752,8<br />

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO<br />

2.258,6 783,5 4.931,3 5.379,7<br />

Créditos com pessoas ligadas / controladas 857,8 - - -<br />

Depósitos compulsórios e judiciais 399,3 44,9 522,5 419,1<br />

Venda financiada de ações 114,0 162,9 114,9 175,2<br />

Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.181,5 447,6 2.042,0 2.216,6<br />

Imóveis destinados à venda 101,3 - 104,5 113,8<br />

Outros 245,7 11,9 376,1 453,7<br />

PERMANENTE<br />

Investimentos<br />

Participação em sociedades controladas diretas e Coligadas,<br />

2.899,6 667,3 3.160,0 3.378,4<br />

incluindo ágio e deságio, líquida 19.634,0 20.059,3 16.727,1 18.172,2<br />

Outros investimentos 11,4 - 36,5 46,5<br />

19.645,4 20.059,3 16.763,6 18.218,7<br />

Imobilizado 2.474,2 - 5.404,6 5.531,7<br />

Diferido 3.148,0 65,5 3.233,3 294,1<br />

25.267,6 20.124,8 25.401,5 24.044,5<br />

TOTAL DO ATIVO 30.425,8 21.575,6 33.492,8 32.802,6<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


Controladora Consolidado<br />

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO <strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2.004<br />

CIRCULANTE<br />

Fornecedores 471,9 - 1.065,4 1.047,7<br />

Financiamentos 790,0 - 1.209,4 3.443,1<br />

Perda sobre derivativos não realizados 165,0 - 129,8 409,1<br />

Salários, participações e encargos sociais a pagar 265,6 9,2 447,7 378,2<br />

Dividendos a pagar 23,1 995,4 25,9 998,9<br />

Imposto de renda e contribuição social a pagar 1,1 - 244,5 650,6<br />

Demais tributos e contribuições a recolher 599,4 66,9 1.030,8 983,3<br />

Contas a pagar a partes relacionadas 1.886,1 3.336,1 - 1,2<br />

Outros 376,5 0,1 898,8 859,6<br />

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO<br />

4.578,7 4.407,7 5.052,3 8.771,7<br />

Financiamentos 2.994,5 - 5.994,2 4.367,6<br />

Diferimento de impostos sobre vendas 352,6 - 352,6 275,7<br />

Passivos associados a questionamentos fiscais e provisão para contingências 893,8 67,0 1.128,2 1.242,9<br />

Contas a pagar partes relacionadas 1.474,6 - - -<br />

Outros 111,6 - 825,7 936,3<br />

5.827,1 67,0 8.300,7 6.822,5<br />

Resultado de exercícios futuros 152,7 - 149,9 -<br />

Participação dos acionistas minoritários - - 122,6 212,5<br />

PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />

Capital social realizado 5.691,4 4.742,8 5.691,4 4.742,8<br />

Reserva de capital 13.889,5 12.859,4 13.889,5 12.859,4<br />

Reservas de lucro - - - -<br />

Legal 208,7 208,7 208,7 208,7<br />

Estatutária 471,1 225,0 471,1 225,0<br />

Ações em tesouraria (393,4) (935,0) (393,4) (1.040,0)<br />

19.867,3 17.100,9 19.867,3 16.995,9<br />

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 30.425,8 21.575,6 33.492,8 32.802,6<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .77


Demonstrações dos Resultados<br />

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2005</strong> E DE 2004<br />

(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido<br />

por lote de mil ações do capital social)<br />

78. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

RECEITA BRUTA<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Vendas de produtos 12.213,3 - 28.878,7 23.297,6<br />

DEDUÇÕES DE VENDAS<br />

Impostos sobre vendas, descontos e devoluções (6.417,3) - (12.920,1) (11.290,8)<br />

RECEITA LÍQUIDA 5.796,0 - 15.958,6 12.006,8<br />

Custo dos produtos vendidos (2.371,2) - (5.742,3) (4.780,5)<br />

LUCRO BRUTO 3.424,8 - 10.216,3 7.226,3<br />

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS<br />

Com vendas (1.021,8) - (3.499,9) (2.451,7)<br />

Administrativas (259,7) (3,2) (802,0) (590,7)<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras (69,2) (1,6) (71,5) (260,2)<br />

Honorários da diretoria e do conselho de administração (19,4) (6,9) (28,7) (27,2)<br />

Depreciação e amortização (487,2) - (843,0) (541,5)<br />

Receitas financeiras 264,1 43,3 521,2 468,6<br />

Despesas financeiras (1.157,9) (260,4) (1.607,9) (1.244,9)<br />

Equivalência patrimonial 828,6 1.065,1 2,0 5,6<br />

Outras operacionais, líquidas 16,1 122,6 (1.075,4) (420,9)<br />

(1.906,4) 958,9 (7.405,2) (5.062,9)<br />

LUCRO OPERACIONAL 1.518,4 958,9 2.811,1 2.163,4<br />

Despesas não operacionais, líquidas (26,0) (1,3) (234,3) (333,9)<br />

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA<br />

E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO<br />

Redução (despesa) com imposto de renda<br />

1.492,4 957,6 2.576,8 1.829,5<br />

e contribuição social sobre o lucro líquido 168,6 208,6 (845,1) (511,8)<br />

LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES 1.661,0 1.166,2 1.731,7 1.317,7<br />

Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores (115,3) (4,7) (202,8) (152,4)<br />

LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 1.545,7 1.161,5 1.528,9 1.165,3<br />

Participação dos acionistas minoritários - - 16,8 (3,8)<br />

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.545,7 1.161,5 1.545,7 1.161,5<br />

Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) 65.876.074 56.277.742<br />

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total<br />

no fim do exercício, em reais - R$ 23,46 20,64<br />

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício,<br />

excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$ 23,65 21,26<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


Reservas de lucros<br />

Capital social Reserva Futuro Reserva<br />

subscrito e de Reserva aumento estatutária Ações em Lucros<br />

integralizado Capital Legal de capital Investimentos tesouraria acumulados Total<br />

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 3.124,1 16,6 208,7 26,1 1.271,2 (233,5) - 4.413,2<br />

Exercício de opções do plano de ações<br />

Aumento de capital por subscrição de ações<br />

18,0 18,0<br />

na incorporação de Labatt 1.600,7 12.840,3 14.441,0<br />

Recompra de ações - (1.609,6) (1.609,6)<br />

Prêmio sobre opção de recopmra de ações 2,5 2,5<br />

Cancelamento de ações em tesouraria (26,1) (882,0) 908,1 -<br />

Lucro líquido do exercício<br />

Apropriação e destinação do lucro líquido<br />

1.161,5 1.161,5<br />

do exercício (164,2) 164,2 -<br />

Dividendos antecipados (344,4) (344,4)<br />

Dividendos complementares<br />

Dividendos e juros sobre capital próprio<br />

(982,7) (982,7)<br />

prescritos 1,4 1,4<br />

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 4.742,8 12.859,4 208,7 - 225,0 (935,0) 0,0 17.100,9<br />

Aumento de capital por captalização<br />

de reservas 948,6 (948,6) -<br />

Incorporação InBev 2.883,3 2.883,3<br />

Recompra de ações<br />

Incorporações de ações em tesouraria<br />

(437,3) (437,3)<br />

em poder da controlada CBB - (81,7) (81,7)<br />

Cancelamento de ações em tesouraria<br />

Transferência de reservas para<br />

(868,1) 868,1 -<br />

plano acionistas<br />

Subvenção para investimentos<br />

(94,4) 192,5 98,1<br />

e incentivos fiscais 57,9 57,9<br />

Lucro líquido do exercício<br />

Apropriação e destinação do lucro líquido<br />

1.545,7 1.545,7<br />

do exercício 246,1 (246,1) -<br />

Antecipação de dividendos na forma de JCP (744,0) (744,0)<br />

Dividendos antecipados<br />

Dividendos e juros sobre capital<br />

- (556,2) (556,2)<br />

próprio prescritos 0,6 0,6<br />

EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2005</strong> 5.691,4 13.889,5 208,7 - 471,1 (393,4) 0,0 19.867,3<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

Demonstrações das Mutações<br />

do Patrimônio Líquido da Controladora<br />

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2005</strong> E DE 2004<br />

(Expressas em milhões de reais)<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .79


Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos<br />

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2005</strong> E DE 2004<br />

(Expressas em milhões de reais)<br />

80. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

ORIGENS DOS RECURSOS<br />

Das operações sociais<br />

Controladora Consolidado<br />

2.005 2.004 2.005 2.004<br />

Lucro líquido do exercício 1.545,7 1.161,5 1.545,7 1.161,5<br />

Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante<br />

Equivalência patrimonial (828,6) (1.065,1) (2,0) (5,6)<br />

Imposto de renda e contribuição social diferidos (170,3) (208,6) 88,0 (228,8)<br />

Deságio na liquidação de incentivos fiscais (28,3) - (28,3) (21,9)<br />

Ágio amortizado, líquido de deságio realizado 52,7 84,8 1.343,0 803,6<br />

Depreciação e amortização 572,6 - 1.262,6 922,2<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras 69,2 3,2 71,5 260,1<br />

Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 25,8 - 52,7 49,8<br />

Provisão para perdas sobre ativos permanentes 19,1 - 116,8 (6,7)<br />

Encargos financeiros e variações sobre plano de ações (12,8) (34,4) (13,3) (41,9)<br />

Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo (89,7) - (501,2) 278,0<br />

Participação dos acionistas minoritários - - (16,9) 3,8<br />

Variação cambial sobre controladas no exterior 2,9 (259,4) 289,3 (213,8)<br />

Perda de participações em controladas 3,3 - 64,8 80,7<br />

Valor residual do imobilizado e investimentos alienados 69,1 - 150,4 168,7<br />

Dividendos recebidos e a receber 1.530,0 1.389,1 - -<br />

Dos acionistas<br />

2.760,7 1.071,1 4.423,1 3.209,7<br />

Aumento de capital - 14.459,0 - 18,0<br />

Prêmio na colocação de opções de ações - 2,6 - 2,6<br />

Venda financiada de ações - 53,6 73,3 101,2<br />

Alienação de ações em tesouraria 129,9 - 132,5 -<br />

De terceiros<br />

Despesas antecipadas - - 12,0 -<br />

Outros impostos e taxas a recuperar 166,0 - - -<br />

Outras contas a receber 26,9 - 78,6 -<br />

Variações no exigível a longo prazo<br />

Financiamentos 144,9 - 2.233,7 -<br />

Diferimento de impostos sobre vendas - - 115,5 167,9<br />

Incentivos fiscais 105,0 - - -<br />

Contas a pagar de sociedades ligadas 1.989,4 - - -<br />

Outros 5,4 - 0,5 17,3<br />

TOTAL DAS ORIGENS 5.328,2 15.586,3 7.069,2 3.516,7<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


APLICAÇÃO DE RECURSOS<br />

Variações no realizável a longo prazo<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Depósitos compulsórios e judiciais 106,8 1,0 72,2 52,7<br />

Contas a receber de sociedades ligadas - - 8,2 5,9<br />

Outros impostos e taxas a recuperar - 7,0 8,3 20,7<br />

Despesas antecipadas 7,9 - - -<br />

Outros - - 4,3 -<br />

Variações no exigível a longo prazo<br />

Diferimento de impostos 1,3 - - -<br />

Demais contas a pagar - - 30,0 71,9<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras 267,3 9,1 224,1 87,0<br />

No ativo permanente<br />

Investimentos, inclusive ágios e deságios - 14.492,1 190,4 345,9<br />

Imobilizado 328,6 - 1.169,4 1.267,2<br />

Diferido 91,6 - 265,4 101,9<br />

Em transações de capital<br />

Recompra de ações 437,3 1.609,6 437,3 1.609,6<br />

Dividendos propostos e pagos 1.300,3 1.325,8 1.300,3 1.394,1<br />

Capital circulante líquido de controlada incorporada 1.480,7 - - 114,8<br />

Capital circulante líquido de controladora incorporada 2,3 - - -<br />

Variação no capital de minoritários - - 88,3 31,9<br />

Financiamentos - - - 2.585,7<br />

Total das aplicações 4.024,1 17.444,6 3.798,2 7.689,3<br />

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.304,1 (1.858,3) 3.271,0 (4.172,6)<br />

VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE<br />

Ativo circulante<br />

No fim do exercício 2.258,6 783,5 4.931,3 5.379,7<br />

No início do exercício 783,5 69,3 5.379,7 5.500,6<br />

Passivo circulante<br />

1.475,1 714,2 (448,4) (120,9)<br />

No fim do exercício 4.578,7 4.407,7 5.052,3 8.771,7<br />

No início do exercício 4.407,7 1.835,2 8.771,7 4.720,0<br />

171,0 2.572,5 (3.719,4) 4.051,7<br />

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.304,1 (1.858,3) 3.271,0 (4.172,6)<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .81


Informação Suplementar<br />

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2005</strong> E DE 2004<br />

(Expressas em milhões de reais)<br />

82. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

ATIVIDADES OPERACIONAIS<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Lucro líquido do exercício 1.545,7 1.161,5<br />

Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes<br />

Depreciação e amortização 1.262,6 922,2<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras 71,5 260,2<br />

Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 52,7 49,8<br />

Deságio na liquidação de incentivos fiscais (28,3) (21,9)<br />

Provisão para perdas em estoques e ativos permanentes 58,6 (6,5)<br />

Provisão para reestruturação 114,9 182,7<br />

Encargos financeiros e variações sobre plano de ações (13,3) (41,9)<br />

Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições 5,2 (5,1)<br />

Perda na alienação de bens do permanente 102,5 116,3<br />

Variação cambial e encargos sobre financiamentos 281,0 329,2<br />

Variação cambial e ganhos não realizados sobre ativos financeiros - 37,1<br />

Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos 88,0 (228,8)<br />

Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa (67,6) (355,6)<br />

Ágio amortizado, líquido de deságio realizado 1.343,0 803,6<br />

Participação de acionistas minoritários (16,8) 3,8<br />

Equivalência patrimonial (2,0) (5,6)<br />

Perdas não realizadas sobre derivativos (239,5) 407,3<br />

Perda de participação em controladas 64,8 80,8<br />

Redução (aumento) nas contas do ativo<br />

Contas a receber de clientes (246,9) (141,4)<br />

Impostos a recuperar 87,1 (241,8)<br />

Estoques 93,2 (199,1)<br />

Depósitos judiciais (130,0) (50,7)<br />

Contas a receber de sociedades ligadas 106,1 (105,9)<br />

Aumento (redução) nas contas do passivo<br />

Fornecedores 1,1 110,0<br />

Salários, participações e encargos sociais 118,0 188,5<br />

Imposto de renda, contribuição social e demais impostos (383,1) 175,3<br />

Desembolsos vinculados à provisão contingencial (101,6) (88,0)<br />

Outros (17,3) 82,7<br />

GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 4.149,6 3.418,7<br />

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />

Aplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias (52,4) 1.322,2<br />

Títulos e depósitos em garantia (15,4) 27,2<br />

Alienação de investimentos 1,0 0,5<br />

Aquisição de investimentos (97,3) (170,3)<br />

Alienação de bens do imobilizado 49,6 52,4<br />

Aquisição de bens do imobilizado (1.369,5) (1.273,7)<br />

Dispêndios na formação do diferido (47,9) (101,9)<br />

Recompra de ações próprias por coligada (87,4) (179,3)<br />

Caixa na consolidação inicial da controlada - 433,6<br />

UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (1.619,3) 110,7


ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />

Financiamentos<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Captação 8.917,5 6.152,2<br />

Amortização (9.361,1) (7.466,5)<br />

Variação no capital de minoritários (40,7) (28,4)<br />

Aumento de capital - 15,6<br />

Venda financiada de ações 53,8 103,2<br />

Recompra de ações (363,1) (1.609,6)<br />

Pagamento de dividendos (2.272,0) (602,9)<br />

Prêmio de recompra de ações 91,7 2,6<br />

UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (2.973,9) (3.433,8)<br />

EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA (10,0) (0,8)<br />

AUMENTO NO CAIXA E EQUIVALENTES (453,6) 94,8<br />

Saldo inicial de caixa e equivalentes 1.290,9 1.196,1<br />

Saldo final de caixa e equivalentes 837,3 1.290,9<br />

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 453,6 (94,8)<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .83


Notas Explicativas<br />

ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2005</strong> E DE 2004<br />

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)<br />

84. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

1. CONTEXTO OPERACIONAL<br />

a) Considerações gerais<br />

A Companhia de Bebidas das Américas – AmBev (referida como “Companhia” ou “AmBev”), com sede em São Paulo,<br />

tem por objetivo, diretamente ou mediante participação em outras sociedades, no Brasil e em outros países nas<br />

Américas, produzir e comercializar cervejas, chopes, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte.<br />

A Companhia mantém acordo de “franchising” com a PepsiCo International, Inc. (“PepsiCo”) para engarrafar, vender<br />

e distribuir os produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo o Lipton Ice Tea e o isotônico<br />

Gatorade. Há, também, acordo com a PepsiCo para engarrafamento, venda e distribuição em âmbito internacional<br />

do “Guaraná Antarctica”.<br />

A Companhia mantém, através da sua subsidiária Labatt Canadá, acordo de “franchising” com a Anhenser-Busch,<br />

Inc. para engarrafar, vender e distribuir os produtos Budweiser no Canadá.<br />

A AmBev tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova Iorque<br />

– NYSE, na forma de Recibos de Depósitos Americanos – ADRs.<br />

b) Principais eventos ocorridos em <strong>2005</strong> e em 2004<br />

I. Incorporação da controladora InBev Holding Brasil S.A. (“InBev Brasil”)<br />

Em 28 de julho de <strong>2005</strong>, em Assembléia Geral Extraordinária, os acionistas da Companhia aprovaram operação de<br />

incorporação de sua controladora InBev Brasil.<br />

A referida incorporação teve por objetivo a simplificação da estrutura societária da qual fazem parte a InBev Brasil,<br />

a AmBev e suas controladas e resultará em benefícios financeiros para a AmBev, e conseqüentemente, para seus<br />

acionistas e para os acionistas da InBev Brasil, conforme adiante demonstrado:<br />

a. O ágio originalmente registrado pela InBev Brasil e atribuído à expectativa de resultados futuros da AmBev,<br />

oriundo: (i) da aquisição de ações de emissão da AmBev por ocasião da oferta pública obrigatória cujo leilão<br />

realizou-se em 29 de março de <strong>2005</strong>, no valor de R$ 1.351,1; e (ii) da contribuição ao capital da InBev Brasil de ações<br />

anteriormente de propriedade da Interbrew International B.V. (“IIBV”), no valor de R$ 7.159,0, passa a ser, após a<br />

Incorporação, fiscalmente amortizado em até dez anos pela AmBev, nos termos da legislação tributária vigente<br />

e sem impacto no fluxo de dividendos da AmBev.<br />

b. A InBev Brasil, em atendimento à Instrução CVM nº 349, constituiu provisão, anteriormente à sua incorporação<br />

pela AmBev, no montante de R$ 5.616,7, correspondente à diferença entre o valor do ágio e do benefício fiscal<br />

decorrente da sua amortização, de forma que a AmBev incorporou somente o ativo correspondente ao benefício<br />

fiscal decorrente do fato da amortização do ágio a ser dedutível para fins fiscais. A referida provisão será revertida<br />

na mesma proporção em que o ágio seja amortizado pela AmBev, não afetando, portanto, o resultado de suas<br />

operações.<br />

c. A reserva especial de ágio que foi constituída na AmBev, como resultado dessa incorporação, na forma do disposto<br />

no §1º do artigo 6º da Instrução CVM nº 319, será, ao término de cada exercício fiscal e na medida em que o benefício<br />

fiscal a ser auferido pela AmBev, em decorrência da amortização do ágio, representar uma efetiva diminuição dos<br />

tributos pagos pela AmBev, objeto de capitalização na AmBev, em proveito dos acionistas da InBev Brasil, sem<br />

prejuízo do direito de preferência assegurado aos demais acionistas da AmBev na subscrição do aumento de<br />

capital resultante de tal capitalização, tudo nos termos do artigo 7º, caput e §§1º e 2º, da Instrução CVM n° 319.<br />

d. A InBev NV/SA, controladora da InBev Brasil, obrigou-se, por si e por suas controladas, diretas ou indiretas, a<br />

capitalizar apenas 70% (setenta por cento) do valor da reserva especial de ágio que lhe couber ao término de cada<br />

exercício fiscal, apurado em conformidade com o disposto no inciso III do artigo 6º da Instrução CVM nº 319, sujeito<br />

ao limite da efetiva diminuição de tributos pagos pela AmBev, mencionado acima. O valor equivalente ao saldo


de 30% (trinta por cento) não capitalizado da reserva, o qual beneficiará a AmBev e seus acionistas, será, quando<br />

possível e observado o interesse da AmBev, utilizado para distribuição aos seus acionistas, a título de dividendos<br />

ou juros sobre o capital próprio.<br />

e. O saldo das provisões contingenciais para o Programa de Integração Social (“PIS”) e Contribuição para o<br />

Financiamento da Seguridade Social (“COFINS”), no valor de R$ 10,2, relativas à discussão judicial quanto à<br />

ampliação da base de cálculo destas contribuições existentes no balanço patrimonial da InBev Brasil levantado<br />

em 31 de maio de <strong>2005</strong>, por representarem passivo contingente naquela data, foram lançadas, no momento da<br />

Incorporação, contra a reserva especial de ágio referida anteriormente. Se, durante o período de fruição do<br />

aproveitamento do ágio, a AmBev for, em última instância, condenada a pagar tais contribuições, o benefício a<br />

ser capitalizado em favor dos atuais acionistas da InBev Brasil a que se refere o item (b) acima será reduzido em<br />

valor equivalente ao montante atualizado monetariamente das contribuições efetivamente pagas. Por outro lado,<br />

se as referidas contingências não forem objeto de definição em última instância, até o momento da última<br />

capitalização a ser realizada em favor dos acionistas da InBev Brasil, o valor destas contingências, devidamente<br />

atualizado, será deduzido do montante ainda a ser capitalizado.<br />

f. A incorporação, pela AmBev, dos ativos e passivos da InBev Brasil em 28 de julho de <strong>2005</strong>, resultou em um acréscimo<br />

no patrimônio líquido da Companhia, correspondente à reserva especial de ágio, conforme descrito na nota 13 (e)<br />

e apresentado a seguir:<br />

Saldos Incorporados<br />

Ativo circulante 9,9<br />

Ágio * 2.893,4<br />

Diferido 2,4<br />

Passivo circulante (12,2)<br />

Provisão para contingências (10,2)<br />

Total de ativos líquidos 2.883,3<br />

* Representado pelo valor líquido do benefício futuro do crédito do imposto de renda sobre o saldo do ágio.<br />

II. Incorporação da controlada Companhia Brasileira de Bebidas (“CBB”)<br />

Os acionistas da Companhia aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de maio de <strong>2005</strong>, a<br />

incorporação da controlada CBB.<br />

A referida incorporação teve por objetivo a simplificação da estrutura societária da qual fazem parte a AmBev e suas<br />

controladas, bem como permitir que o valor de R$ 702,7 do ágio originalmente registrado na AmBev, oriundo da<br />

aquisição das ações da CBB, atribuído à expectativa de rentabilidade futura, passe a ser, após a incorporação,<br />

fiscalmente amortizado em até dez anos, nos termos da legislação tributária.<br />

A partir de 1º de julho de <strong>2005</strong>, o resultado das operações da AmBev passa a incorporar as atividades operacionais<br />

anteriormente detidas e registradas diretamente na CBB. Como as demonstrações financeiras da CBB já eram<br />

consolidadas, a referida incorporação, pela AmBev, dos ativos e passivos da CBB, avaliados a valor contábil, não resultou<br />

em efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas. Nas demonstrações financeiras individuais essa incorporação<br />

resultou em mudanças significativas, uma vez que anteriormente a AmBev era uma holding, passando, a partir de<br />

31 de maio de <strong>2005</strong> a registrar as operações da CBB diretamente em suas demonstrações financeiras individuais.<br />

Os ativos e passivos incorporados pela AmBev em 31 de maio de <strong>2005</strong>, estão apresentados a seguir:<br />

Saldo incorporado<br />

Ativo circulante 1.882,4<br />

Realizável a longo prazo 2.209,1<br />

Investimentos 312,9<br />

Imobilizado 2.436,5<br />

Diferido 451,0<br />

Total do ativo 7.291,9<br />

Passivo circulante (3.363,1)<br />

Exigível a longo prazo (3.857,7)<br />

Resultado de exercícios futuros (152,8)<br />

Ações em tesouraria 81,7<br />

Total do passivo (7.291,9)<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .85


86. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

O efeito devedor total dos ativos líquidos da CBB incorporados pela AmBev, foi R$ 81,7. Esse montante é composto<br />

pelo valor de R$ 0,04, referente as ações da AmBev atribuídas aos acionistas minoritários da CBB mais o valor de R$<br />

81,6, que se refere às ações preferenciais de emissão da AmBev, que eram detidas pela CBB e, como resultado da<br />

incorporação, passaram a ser classificadas no patrimônio líquido da Companhia, na figura de “ações em tesouraria”.<br />

Referida classificação é consistente com o tratamento anteriormente dispensado a essas ações, nas demonstrações<br />

financeiras consolidadas da Companhia.<br />

III. Integração das operações da Labatt Canadá<br />

Em 27 de agosto de 2004, os acionistas da Companhia aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária, a conclusão<br />

das operações com InBev NV/SA (“InBev”, anteriormente denominada Interbrew S.A.) anunciadas em 3 de março de<br />

2004, as quais envolveram, entre outras a integração, pela AmBev, das operações da Labatt Canadá, através da<br />

subsidiária integral da Labatt Holding ApS (“Labatt ApS”), com sede na Dinamarca. O valor total da transação, no<br />

montante de R$ 14.441,0, foi registrado da seguinte forma: (a) aumento no capital social da AmBev, no montante<br />

de R$ 1.600,7; e (b) aumento da reserva de ágio, classificada no grupo de reservas de capital, no patrimônio líquido<br />

da Companhia, no montante de R$ 12.840,3.<br />

Como as operações da Labatt foram consolidadas somente a partir de 27 de agosto de 2004, a comparabilidade entre<br />

os resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004 fica prejudicada. O efeito consolidado da<br />

Labatt ApS nas demonstrações financeiras consolidadas da AmBev em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004 está<br />

apresentado a seguir:<br />

Saldos em<br />

31 de dezembro<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Ativo circulante 1.093,4 1.083,0<br />

Ativo realizável a longo prazo 199,5 256,3<br />

Ativo permanente 16.546,0 17.768,4<br />

Passivo circulante (992,6) (3.184,8)<br />

Passivo exigível a longo prazo (2.717,3) (1.499,1)<br />

Total de ativos líquidos 14.129,0 14.423,8<br />

Exercício findo em<br />

31 de dezembro<br />

<strong>2005</strong> 2004 (*)<br />

Receita líquida de vendas 3.975,5 1.558,8<br />

Custo das vendas (1.300,3) (502,4)<br />

Lucro bruto 2.675,2 1.056,4<br />

Despesas operacionais (2.485,2) (1.040,8)<br />

Lucro operacional 190,0 15,6<br />

Resultado não operacional (160,2) (198,7)<br />

Provisão para imposto de renda (324,8) (93,6)<br />

Prejuízo líquido do exercício (295,0) (276,7)<br />

(*) Resultado consolidado da Labatt ApS no período de 27 de agosto a 31 de dezembro de 2004<br />

Como parte do acordo de incorporação da Labatt Canadá, a InBev se comprometeu a reembolsar a AmBev por<br />

quaisquer desembolsos fiscais, tributários ou contingenciais, decorrentes de fatos ocorridos anteriormente a 27 de<br />

agosto de 2004. Na data da operação com a InBev, a Labatt Canadá havia reconhecido certas provisões, em suas<br />

demonstrações financeiras em dólares canadenses, no montante equivalente de R$ 193,5 (CAD 86 milhões). No quarto<br />

trimestre de 2004, a Labatt Canadá registrou provisão adicional, no montante equivalente de R$ 80,3 (CAD 35.7<br />

milhões ), referente a imposto de renda a pagar que, se e quando convertida em desembolso efetivo, deverá ser<br />

reembolsada à AmBev pela InBev. Dessa forma, em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, no processo de elaboração de suas<br />

demonstrações financeiras consolidadas, a AmBev, em conformidade com o acordo com InBev, manteve registrado<br />

o ativo no montante de CAD 121.7 milhões, equivalente à R$ 244,8 (R$ 273,9 em 31 de dezembro de 2004) reconhecidos<br />

na rubrica de “outros ativos circulantes – contas a receber partes relacionadas”.<br />

IV. Embotelladora Dominicana, C. por A. (“Embodom”)<br />

Em fevereiro de 2004, a Companhia adquiriu 51% do capital social da Embodom, localizada na República Dominicana,<br />

apurando um ágio no montante de R$ 173,4, fundamentado em expectativa de resultados futuros, a ser amortizado


em até dez anos, a partir de março de 2004. Essa subsidiária integra as demonstrações financeiras consolidadas da<br />

Companhia.<br />

Em dezembro de 2004, a Companhia efetuou recálculo do ágio, devido a ajustes ao patrimônio líquido base para<br />

aquisição, relativos a perdas de participação decorrentes de capitalizações efetuadas pela Companhia previstas no<br />

contrato de aquisição, gerando um ajuste líquido de amortização no montante de R$ 24,0.<br />

Em setembro de <strong>2005</strong>, o saldo do ágio foi ajustado em R$ 17,7, em função de recálculo da depreciação acumulada do<br />

imobilizado dessa controlada, pelas taxas de depreciação adotadas pela AmBev.<br />

Em dezembro de <strong>2005</strong>, o ágio foi baixado, no montante de R$ 13,6, em função da venda pela Embodom da marca de<br />

refrigerante Red Rock detida por essa controlada.<br />

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS<br />

As demonstrações financeiras individuais consolidadas da Companhia e controladas foram elaboradas e estão sendo<br />

apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, Lei nº 6.404/76 e orientações da CVM,<br />

aplicadas de forma consistente entre os exercícios. As principais práticas contábeis adotadas são:<br />

a) Estimativas contábeis<br />

Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos<br />

e outras transações. Sendo assim, nas demonstrações financeiras são incluídas estimativas referentes às vidas úteis<br />

do ativo imobilizado, às provisões necessárias para reduzir ativos ao valor de realização e para passivos contingentes<br />

e à determinação de provisão para imposto de renda, dentre outras, as quais, apesar de refletirem a melhor estimativa<br />

possível por parte da administração da Companhia, podem apresentar variações em relação aos dados e valores reais.<br />

A administração da Companhia revisa periodicamente essas estimativas e é de opinião que não deverão existir<br />

diferenças significativas.<br />

b) Apuração do resultado<br />

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. As receitas de vendas e os<br />

correspondentes custos são registrados na entrega dos produtos aos correspondentes clientes.<br />

c) Ativos circulante e realizável a longo prazo<br />

O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de liquidez imediata e com vencimento original de até 90<br />

dias, está apresentado ao custo de aquisição, mais rendimentos incorridos até a data do balanço e ajustados, quando<br />

aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.<br />

As aplicações financeiras, substancialmente representadas por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais<br />

e certificados de depósito bancário, inclusive denominados em moeda estrangeira, são apresentados ao valor de<br />

custo, adicionando, quando aplicável, os rendimentos auferidos “pro rata temporis”; se necessário, é constituída<br />

provisão para redução aos valores de mercado. Adicionalmente, as cotas de fundos de investimentos são avaliadas<br />

a valor de mercado, e quando aplicável constituída provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não realizados<br />

de natureza variável.<br />

O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, inclui depósitos em conta-corrente e<br />

aplicações financeiras, concedidos a título de garantia vinculada com a emissão de títulos da dívida externa de<br />

controladas, no montante de R$ 16,3 (R$ 2,4 apenas no consolidado em 31 de dezembro de 2004).<br />

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela administração<br />

para cobrir as perdas prováveis na realização dos créditos e totaliza R$ 169,7 no consolidado e R$ 125,9 na Controladora<br />

em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> (R$ 175,9 no consolidado em 31 de dezembro de 2004).<br />

Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, ajustados, quando necessário, por provisão<br />

para redução aos valores de realização.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .87


88. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Os gastos com publicidade e marketing são diferidos dentro de cada exercício social e sistematicamente apropriados<br />

ao resultado de cada período de acordo com o volume de vendas projetado, respeitando-se, dessa forma, a sazonalidade<br />

mensal das vendas. Não existem valores diferidos em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004.<br />

Os demais ativos circulantes e realizável a longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando aplicável,<br />

os rendimentos auferidos até a data do encerramento do exercício. Se necessário, é constituída provisão para redução<br />

aos valores de mercado.<br />

d) Permanente<br />

Os investimentos em controladas e em controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência<br />

patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela<br />

Companhia. O valor contábil desses investimentos inclui desdobramento dos custos de aquisição em valor patrimonial,<br />

ágio ou deságio.<br />

O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do imobilizado, é amortizado com base na expectativa de<br />

vida útil do imobilizado da controlada, enquanto que o ágio (deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros<br />

é amortizado no prazo de cinco a dez anos e registrado na rubrica “Outras despesas operacionais”. O deságio em<br />

investimento, atribuído a razões econômicas diversas, somente será amortizado da eventual alienação ou baixa do<br />

investimento.<br />

O imobilizado é demonstrado ao custo e inclui os juros incorridos no financiamento durante a fase de construção de<br />

certos ativos assim qualificados. Os gastos com manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados em contas<br />

de despesas. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos dos produtos<br />

vendidos. Outras perdas na realização do ativo imobilizado são tempestivamente avaliadas pela administração da<br />

Companhia e, quando aplicável, uma provisão é constituída para fazer face a tais riscos. A depreciação é calculada<br />

pelo método linear, considerando a vida útil-econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas na Nota 7.<br />

O ativo diferido é composto principalmente por gastos incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na aquisição<br />

de controladas incorporadas pela Companhia e gastos com implantação e ampliação, ver Nota 8. A amortização do<br />

diferido é calculada pelo método linear, no prazo máximo de até dez anos, a partir do início das atividades operacionais,<br />

quando relacionado a gastos na fase pré-operacional e a partir do mês seguinte ao da aquisição, quando referente a<br />

ágio.<br />

e) Conversão das demonstrações financeiras das controladas sediadas no<br />

exterior<br />

As operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai têm como moeda funcional o dólar dos Estados Unidos,<br />

pois suas receitas e seus fluxos de caixa estão atrelados substancialmente a essa moeda. As demonstrações financeiras<br />

das controladas sediadas no exterior são elaboradas com base na moeda local como a funcional, isto é, a moeda<br />

principal do sistema econômico em que a entidade opera.<br />

Os ativos, passivos e patrimônio líquido das controladas no exterior são convertidos em reais às taxas de câmbio<br />

vigentes na data das demonstrações financeiras. Por sua vez, as contas do resultado são convertidas e mantidas em<br />

reais às taxas médias de câmbio do período.<br />

A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas de câmbio vigentes na data das demonstrações financeiras e<br />

aquele apurado às taxas médias de câmbio do período é registrada na conta “Outras receitas operacionais”.<br />

f)Passivos circulante e exigível a longo prazo<br />

São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos<br />

e variações monetárias incorridos até a data de encerramento das demonstrações financeiras.<br />

g) Operações com derivativos de moedas e juros – Itens Financeiros<br />

A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” da sua exposição consolidada de<br />

riscos de moedas e juros. Dessa forma, em atendimento às normas da CVM, as operações “não designadas<br />

contabilmente” são mensuradas ao menor valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas condições<br />

contratuais entre a Companhia e terceiros (“curva do papel”), e o seu valor de mercado, e registradas contabilmente<br />

nas contas “Ganho não realizado sobre derivativos” ou “Perda sobre derivativos não realizada”. Para as operações<br />

designadas como hedge, a contabilização é efetuada com base no custo amortizado.


Os valores nominais das operações de “forward” e “swap” de moedas e juros não são registrados no balanço<br />

patrimonial.<br />

h) Operações com derivativos de moedas e commodities – Itens operacionais<br />

A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” de sua exposição consolidada de<br />

custos de matérias-primas a serem adquiridas e despesas operacionais cujos preços estejam atrelados a oscilação de<br />

preços de moedas e commodities.<br />

Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente como objeto de “hedge”, são<br />

mensurados ao valor de mercado, diferidos e contabilizados no balanço patrimonial da Companhia em “Outros ativos<br />

e passivos”, e reconhecidos no resultado quando o objeto de hedge for reconhecido em resultado. No caso de matériasprimas,<br />

o reconhecimento em resultado acontece quando houver a venda do produto na conta “Custo dos produtos<br />

vendidos”, no caso de despesas, o resultado será reconhecido no momento em que a despesa for reconhecida em<br />

resultado na conta de despesas operacionais.<br />

i) Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos<br />

fiscais<br />

A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados monetariamente, referentes a questões<br />

trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em discussão nas instâncias administrativas e judiciais, com base nas<br />

estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores jurídicos externos da Companhia e suas controladas, para os<br />

casos em que essas perdas são consideradas prováveis.<br />

As reduções de impostos, obtidas com base em decisões judiciais resultantes de ações movidas pela Companhia e<br />

suas controladas contra as autoridades tributárias, caso lançadas ao resultado, são objeto de provisionamento até<br />

que sejam asseguradas por decisão em última instância em favor da Companhia e suas controladas.<br />

j) Subvenção para investimentos<br />

A Companhia e suas controladas têm determinados programas de incentivos fiscais estaduais na forma de diferimento<br />

do pagamento de impostos, com reduções parciais ou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de carência e as<br />

reduções não são condicionais.<br />

Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução<br />

no pagamento desses impostos é tratado como reserva para subvenção de investimentos e registrado no patrimônio<br />

líquido das controladas, com base no regime de competência de registro desses impostos, ou no momento em que<br />

as controladas cumprem com as principais obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o benefício concedido.<br />

Nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia esse benefício é registrado como “Outras receitas<br />

operacionais” e totalizou R$ 151,8 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> (R$ 193,3 em 31 de dezembro de 2004).<br />

k) Imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro líquido<br />

O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação<br />

aplicável. O encargo referente ao imposto de renda e a contribuição social é registrado em regime de competência<br />

de exercícios, com a adição do imposto de renda diferido calculado sobre as diferenças temporárias entre as bases<br />

contábeis e tributáveis de ativos e passivos.<br />

Registra-se também o imposto de renda diferido ativo correspondente ao benefício tributário futuro sobre prejuízos<br />

fiscais e bases negativas de cálculo de contribuição social para as controladas em que haja expectativa de realização<br />

provável desses benefícios, no prazo máximo de dez anos, com base em projeções de resultados futuros, descontados<br />

ao seu valor presente.<br />

l) Ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados<br />

A Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados<br />

de acordo com os critérios previstos na Deliberação CVM n° 371, de 13 de dezembro de 2000.<br />

Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos em montante excedente ao maior valor entre (a) 10% do valor<br />

presente da obrigação atuarial e (b) 10% do valor justo dos ativos do plano, amortizado pelo tempo de serviço médio<br />

futuro dos participantes do plano.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .89


90. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

m)Demonstrações financeiras consolidadas<br />

Para as controladas, foi consolidada a totalidade de seus ativos, passivos e resultados, com destaque para as<br />

participações dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado dos exercícios.<br />

Na consolidação, os investimentos nas controladas e a parcela correspondente de seus patrimônios líquidos, os saldos<br />

ativos e passivos e receitas e despesas, decorrentes de transações realizadas entre as empresas consolidadas, foram<br />

eliminados. Adicionalmente, exclui-se a parcela dos resultados não realizados decorrente de compras de insumos e<br />

produtos de controladas e coligadas, incorporada ao saldo dos estoques no fim de cada período, assim como de outras<br />

transações entre controladas da Companhia.<br />

As demonstrações financeiras consolidadas abrangem, em datas coincidentes, as demonstrações financeiras das<br />

controladas pela Companhia, direta ou indiretamente.<br />

n) Demonstrações financeiras consolidadas proporcionalmente<br />

Para as controladas em conjunto, mediante acordo de acionistas, a consolidação incorpora as contas de ativo, passivo e<br />

resultado, proporcionalmente à participação total detida pela Companhia no capital social da respectiva controlada em<br />

conjunto. Na consolidação proporcional, foram eliminadas as parcelas correspondentes dos saldos proporcionais de ativos<br />

e passivos, bem como as receitas e despesas proporcionais, decorrentes de transações realizadas entre as controladas.<br />

A Quilmes Industrial S.A. (“Quinsa”) vem adquirindo ações de sua própria emissão, alterando, dessa forma, o<br />

percentual de participação econômica da Companhia na Quinsa, que em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> chegou a 59,2%. A<br />

variação da percentagem de participação na Quinsa resultou em uma perda no montante de R$ 65,6 no exercício<br />

findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> (R$ 80,8 em 31 de dezembro de 2004).<br />

Adicionalmente, em setembro de <strong>2005</strong>, a Quinsa adquiriu da Controladora Beverage Associates Corp. (“BAC”) a<br />

participação de 5,32% que esta detinha em uma das subsidiárias da Quinsa, a Quilmes Industrial (Bermudas) Ltd.<br />

(“QIB”), conforme anúncio em 4 de agosto de <strong>2005</strong>.<br />

Conforme determinado no referido anúncio, o valor pago de US$ 110,0 milhões estará sujeito a ajustes com base no LAJIDA<br />

(lucro antes dos impostos, amortizações e depreciações) de QIB para o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e a dívida<br />

líquida de QIB nessa mesma data. O cálculo final do preço de aquisição deverá ser determinado até 31 de março de 2006.<br />

Os outros controladores em conjunto da Quinsa, BAC, têm o direito de permutar suas 373,5 milhões de ações classe<br />

A da Quinsa por ações da AmBev, em períodos especificados em cada ano a partir de abril de 2003, ou a qualquer<br />

momento em que haja mudança na estrutura de controle da AmBev. A AmBev também tem o direito de determinar<br />

a permuta de ações classe A da Quinsa por ações da AmBev a partir do fim do sétimo ano (a contar de abril de 2003).<br />

Em 4 de agosto de <strong>2005</strong>, BAC e AmBev concordaram em implementar as seguintes alterações referentes ao valor a<br />

ser pago pela AmBev à BAC, quando da troca das ações Classe A de Quinsa de propriedade de BAC por ações da AmBev:<br />

(i) a participação de BAC em Quinsa será calculada de maneira a se considerar que todas as ações de Quinsa<br />

pertencentes a outras pessoas que não AmBev ou BAC tenham sido recompradas pela Quinsa previamente ao exercício<br />

da opção de compra e venda; (ii) a dívida líquida da Quinsa utilizada na fórmula de cálculo do valor da opção de<br />

compra e venda será então ajustada de maneira a refletir essa recompra hipotética; e (iii) a AmBev pagará a BAC um<br />

montante adicional em caixa equivalente ao LAJIDA de QIB em <strong>2005</strong> multiplicado por 0,0638544.<br />

Os ativos líquidos da Quinsa, da Agrega Inteligência em Compras Ltda. (“Agrega”) e da Ice Tea do Brasil Ltda. (“ITB”),<br />

consolidados proporcionalmente nas demonstrações financeiras da Companhia, são como segue:<br />

31 de dezembro de <strong>2005</strong><br />

Quinsa Agrega ITB Total<br />

Ativo circulante 523,8 1,4 0,4 525,6<br />

Ativo realizável a longo prazo 115,1 - 5,1 120,2<br />

Ativo permanente 1.180,0 0,4 0,8 1.181,2<br />

Passivo circulante (531,6) (1,8) - (533,4)<br />

Passivo exigível a longo prazo (477,8) - (11,1) (488,9)<br />

Participação de minoritários (103,8) - - (103,8)<br />

Total ativos (passivos) líquidos 705,7 - (4,8) 700,9<br />

Percentual de participação – % 59,2 50,0 50,0


31 de dezembro de 2004<br />

Quinsa Agrega ITB Total<br />

Ativo circulante 418,8 1,0 0,3 420,1<br />

Ativo realizável a longo prazo 242,6 - 6,3 248,9<br />

Ativo permanente 1.138,0 0,5 0,9 1.139,4<br />

Passivo circulante (436,3) (1,1) - (437,4)<br />

Passivo exigível a longo prazo (440,8) - (11,6) (452,4)<br />

Participação de minoritários (201,6) - - (201,6)<br />

Total ativos (passivos) líquidos 720,7 0,4 (4,1) 717,0<br />

Percentual de participação – % 54,8 50,0 50,0<br />

Os resultados da Quinsa, da Agrega e da ITB, consolidados proporcionalmente nas demonstrações financeiras da<br />

Companhia, são como segue:<br />

Exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong><br />

Quinsa Agrega ITB Total<br />

Receita líquida 1.299,9 1,2 - 1.301,1<br />

Custo dos produtos e serviços vendidos (536,7) - - (536,7)<br />

Lucro bruto 763,2 1,2 764,4<br />

Despesas operacionais (457,7) (3,1) (1,0) (461,8)<br />

Lucro (prejuízo) operacional 305,5 (1,9) (1,0) 302,6<br />

Resultado não operacional (9,0) - - (9,0)<br />

Provisão para imposto de renda (113,8) - 0,4 (113,4)<br />

Participações estatutárias (20,1) - - (20,1)<br />

Participações minoritárias (39,0) - - (39,0)<br />

Lucro (prejuízo) do exercício 123,6 (1,9) (0,6) 121,1<br />

Exercício findo em 31 de dezembro de 2004<br />

Quinsa Agrega ITB Total<br />

Receita líquida 1.153,0 0,8 - 1.153,8<br />

Custo dos produtos e serviços vendidos (510,3) - - (510,3)<br />

Lucro bruto 642,7 0,8 - 643,5<br />

Despesas operacionais (432,8) (2,8) (0,9) (436,5)<br />

Lucro (prejuízo) operacional 209,9 (2,0) (0,9) 207,0<br />

Resultado não operacional 2,4 - - 2,4<br />

Provisão para imposto de renda (77,0) - 0,3 (76,7)<br />

Participações estatutárias (19,7) - - (19,7)<br />

Participações minoritárias (29,2) - - (29,2)<br />

Lucro (prejuízo) do exercício 86,4 (2,0) (0,6) 83,8<br />

Destacamos na tabela a seguir as principais participações da Quinsa em controladas, consolidadas integralmente<br />

às suas demonstrações financeiras e ajustadas de forma proporcional nas demonstrações financeiras consolidadas<br />

da AmBev:<br />

Total de participação<br />

em 31 de dezembro<br />

de <strong>2005</strong> (%)<br />

Cerveceria y Malteria Quilmes S.A.I.C.A. y G. 92,67%<br />

Cerveceria Boliviana Nacional La Paz 79,25%<br />

Cerveceria Chile S.A. 92,95%<br />

Cerveceria Paraguay S.A. 81,19%<br />

Fábrica Paraguaya de Vitrios S.A. 92,68%<br />

Fábricas Nacionales de Cerveza S.A. 90,58%<br />

Quilmes Industrial (Bermuda) Ltd. – QIB 92,95%<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .91


92. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

o) Reclassificações<br />

Com o objetivo de melhorar a apresentação de determinados valores e transações em suas demonstrações financeiras<br />

consolidadas, bem como manter a comparabilidade entre os períodos, a Companhia procedeu à reclassificação: (i)<br />

do resultado de “ganhos líquidos sobre instrumentos derivativos” e “perdas líquidas sobre instrumentos derivativos”,<br />

demonstrados na nota explicativa 15 (d); (ii) das “perdas não realizadas sobre derivativos” e da “variação cambial e<br />

ganhos não realizados sobre ativos financeiros”, apresentadas nas demonstrações do fluxo de caixa; (iii) dos valores<br />

de Imposto sobre Produtos Industrializados (“IPI”) – alíquota zero classificados no ativo realizável a longo prazo, na<br />

rubrica “outros impostos e taxas a recuperar” para o passivo exigível a longo prazo, na rubrica “Contingências ICMS<br />

e IPI”; e (iv) do valor de determinados projetos classificados como outros investimentos para o diferido.<br />

3. ESTOQUES<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Produtos acabados 143,2 - 322,2 396,8<br />

Produtos em elaboração 46,1 - 67,8 62,8<br />

Matérias-primas 231,0 - 515,1 606,7<br />

Materiais de produção 96,4 - 186,6 199,3<br />

Almoxarifado e outros 56,8 - 113,7 132,8<br />

Provisão para perdas (16,0) - (27,3) (17,5)<br />

4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS<br />

557,5 - 1.178,1 1.380,9<br />

Principais transações com partes relacionadas estão demonstradas conforme tabelas abaixo:<br />

<strong>2005</strong><br />

Saldos Transações<br />

Contas Contas Contratos Vendas<br />

Resultado<br />

financeiro<br />

Empresas a receber a pagar de mútuos líquidas líquido<br />

AmBev 804,3 (1.748,0) (1.559,2) 366,7 (324,2)<br />

CBB (iv) - - - 113,8 108,4<br />

Fratelli (iii) - (11,2) 133,3 6,7 (6,1)<br />

IBA – Sudeste - - - 44,4 399,1<br />

Jalua - - (40,8) - (51,3)<br />

Monthiers 3,4 - 1.421,9 - (68,6)<br />

Arosuco 4,5 - 384,5 511,6 -<br />

Dunvegan 216,6 - (417,5) - 36,3<br />

Cympay 0,4 - 16,8 98,2 0,4<br />

Malteria Pampa 8,3 - - 145,4 -<br />

Eagle - (868,1) - - -<br />

CRBS 122,6 - - - -<br />

Aspen - - (153,1) - 5,7<br />

Labatt Canadá (i) (ii) 283,4 - 14,6 214,8 -<br />

Outras nacionais 63,4 (9,2) 233,3 (1,3) 2,9<br />

Outras internacionais 4,0 (106,1) (35,2) (175,5) (2,9)


2004<br />

Saldos Transações<br />

Contas Contas Contratos Vendas<br />

Resultado<br />

financeiro<br />

Empresas a receber a pagar de mútuos líquidas líquido<br />

AmBev - (2,0) (3.334,0) - (219,7)<br />

CBB 24,4 - 1.789,7 234,7 168,2<br />

Fratelli - (4,3) (51,8) - -<br />

IBA-Sudeste 3,2 - 1.125,5 29,8 -<br />

Jalua - - 11,9 - (55,6)<br />

Monthiers - - 1.242,2 - 68,9<br />

Arosuco 5,2 - 336,3 416,6 -<br />

Dunvegan - - (873,0) - 45,3<br />

Cympay - (12,4) - 116,2 (0,3)<br />

Malteria Pampa 6,0 - - 152,3 -<br />

Aspen - - (197,0) - (1,7)<br />

Labatt Canadá (i) (ii) 323,8 (14,1) - 85,7 -<br />

Outras nacionais 74,3 (74,6) (38,2) 64,7 (9,1)<br />

Outras internacionais 5,4 (24,4) (7,7) 152,0 1,2<br />

(i) Transações efetuadas com outras empresas relacionadas à InBev que não são eliminadas nas demonstrações financeiras consolidadas da<br />

Companhia.<br />

(ii) Adicionalmente, existem contratos de prestação de serviços entre a Labatt Canadá e a InBev através dos quais são reembolsados os serviços<br />

prestados ou despesas incorridas em benefício da outra parte. Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, a Labatt Canadá apresenta saldo de contas a<br />

receber, no montante de R$ 6,6 (R$ 6,6 em 31 de dezembro de 2004) e saldo de contas a pagar, no montante de R$ 3,5 (R$ 1,7 em 31 de<br />

dezembro de 2004) junto à InBev como parte dos referidos contratos.<br />

(iii)Em 30 de novembro de <strong>2005</strong>, a Fratelli incorporou a IBA-Sudeste.<br />

(iv) Conforme mencionado na nota 1(b)(ii), a CBB foi incorporada pela AmBev em 31 de maio de <strong>2005</strong>.<br />

Denominações utilizadas:<br />

Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. (“IBA-Sudeste”)<br />

Jalua Spain S.L. (“Jalua”)<br />

Monthiers S.A. (“Monthiers”)<br />

Arosuco Aromas e Sucos Ltda. (“Arosuco”)<br />

Dunvegan S.A. (“Dunvegan”)<br />

Cervecería y Maltería Paysandú – Cympay (“Cympay”)<br />

Maltería Pampa S.A. (“Maltería Pampa”)<br />

Aspen Equities Corporation (“Aspen”)<br />

Fratelli Vita Bebidas S.A. (“Fratelli”)<br />

As transações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado e envolvem, entre outras<br />

operações, a compra e a venda de matérias-primas como malte, concentrados, rótulos, rolhas e produtos acabados<br />

diversos.<br />

Os contratos de mútuo firmados entre as controladas da Companhia no Brasil têm prazo de vencimento indeterminado<br />

e sofrem a incidência de encargos financeiros de mercado, exceto por alguns contratos com controladas, sobre os<br />

quais não incidem encargos.<br />

Os contratos envolvendo as controladas da Companhia sediadas no exterior são geralmente atualizados<br />

monetariamente pela variação do dólar norte-americano, acrescidos de juros de até 10% ao ano.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .93


94. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

5. OUTROS ATIVOS<br />

Ativo circulante<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Resultado líquido diferido de operações de “forward”,“swap” e “commodities” 75,6 - 75,6 54,9<br />

Reembolso de despesas com propaganda 42,5 - 45,6 24,1<br />

Despesas antecipadas 233,5 0,2 296,0 242,1<br />

Adiantamentos a fornecedores e outros 0,3 - 23,1 42,8<br />

Contas a receber partes relacionadas 13,7 - 265,4 297,8<br />

Demais contas a receber 13,1 0,8 73,9 91,1<br />

Realizável a longo prazo<br />

378,8 1,0 779,6 752,8<br />

Aplicações financeiras de longo prazo - - 69,4 147,4<br />

Outros impostos e taxas a recuperar (i) 108,2 11,9 130,8 134,2<br />

Despesas antecipadas 112,0 - 126,5 111,7<br />

Superávit de ativos – Instituto AmBev (Nota 12.a) 20,0 - 20,0 20,6<br />

Outras contas com partes relacionadas - - 4,8 -<br />

Demais contas a receber 5,5 - 24,6 39,7<br />

245,7 11,9 376,1 453,6<br />

(i) A Companhia reconheceu contabilmente créditos de IPI à alíquota zero, não utilizados, no montante de R$ 171,6 na Controladora e R$ 228,1<br />

no consolidado (R$ 73,1 e R$ 228,1 em 31 de dezembro de 2004 na Controladora e no consolidado, respectivamente), para os quais tem sido<br />

mantida provisão para perdas para a totalidade dos créditos.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> o saldo dessa provisão anteriormente registrada no passivo foi transferido para a conta<br />

redutora do ativo, denominada “Outros impostos e taxas a recuperar”, com objetivo de melhor refletir a situação<br />

financeira da Companhia.<br />

6. PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS DIRETAS<br />

a) Movimentação da participação em controladas diretas,<br />

incluindo ágio e deságio<br />

Participação<br />

em<br />

controladas Ágio Total<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2003 5.446,9 319,0 5.765,9<br />

Aquisição de investimento 14.441,0 - 14.441,0<br />

Aumento de capital 1,8 - 1,8<br />

Equivalência patrimonial 1.065,1 - 1.065,1<br />

Variação cambial em controlada no exterior 259,4 - 259,4<br />

Amortização de ágio - (84,8) (84,8)<br />

Restituição de capital de controlada (486,4) - (486,4)<br />

Dividendos antecipados de controlada (902,7) - (902,7)<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2004 19.825,1 234,2 20.059,3<br />

Dividendos recebidos e a receber Arosuco (531,9) - (531,9)<br />

Equivalência patrimonial (iii) 828,6 - 828,6<br />

Variação cambial em controlada no exterior (2,9) - (2,9)<br />

Amortização do ágio - (52,8) (52,8)<br />

Participações diretas detidas pela incorporada CBB (nota 1 (b)(ii)) 477,0 (166,8) 310,2<br />

Provisão para perdas sobre investimentos (8,9) - (8,9)<br />

Restituição de capital de controlada (i) (836,8) - (836,8)<br />

Alienação de ações em tesouraria 33,8 - 33,8<br />

Perda de participação em controlada (3,3) - (3,3)<br />

Dividendos antecipados IBA-Sudeste (ii) (161,3) - (161,3)<br />

Saldo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> 19.619,4 14,6 19.634,0


(i) Este saldo refere-se a restituição de capital pela IBA Sudeste, aprovada pelos seus acionistas em 3 de junho de <strong>2005</strong>, no montante total de<br />

R$ 1.100,0, passando o capital social de R$ 1.301,9 para R$ 201,9, sem qualquer alteração do número de ações de emissão da controlada,<br />

sujeitando-se a redução de capital ora deliberada às condições estipuladas no art. 174 da Lei nº 6.404/76. Dessa forma, o valor da restituição<br />

foi reconhecido no patrimônio da IBA Sudeste em 31 de agosto de <strong>2005</strong>, data do pagamento e término do prazo de prescrição para oposição<br />

dos credores.<br />

(ii) Em 2 de setembro de <strong>2005</strong>, a Diretoria da IBA Sudeste, aprovou a distribuição de dividendos, por conta dos resultados auferidos no 1º semestre<br />

de <strong>2005</strong>, a serem imputados aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de <strong>2005</strong>, no montante de R$ 210,4, cabendo à Companhia<br />

o montante de R$ 161,3. A parcela dos dividendos mais redução de capital cujo benefício era da AmBev foi compensada com o saldo de<br />

mútuos a receber que a AmBev mantinha com a IBA Sudeste.<br />

(iii)Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá no montante de R$ 923,4.<br />

b) Ágio e deságio<br />

Ágio<br />

CBB – fundamentado em:<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Mais-valia do imobilizado (i) - 144,6 - 144,6<br />

Expectativa de rentabilidade futura (i) - 702,7 - 702,7<br />

Expectativa de rentabilidade futura:<br />

- 847,3 - 847,3<br />

Labatt Canadá (v) - - 16.383,3 16.677,7<br />

Quinsa - - 1.123,2 1.123,2<br />

Cympay - - 26,6 26,6<br />

Embodom - - 224,1 214,9<br />

Malteria Pampa 9,3 - 28,1 28,1<br />

Patí do Alferes Participações S.A. 3,4 - - -<br />

Indústrias Del Atlântico - - 5,1 5,1<br />

Distribuidora Brakl 101,9 - - -<br />

Distribuidora Ribeirão Preto 73,4 - - -<br />

Distribuidora Jaguariúna 6,7 - - -<br />

Cervejaria Miranda Corrêa S.A. 5,5 - 5,5 5,5<br />

Subsidiárias Labatt Canadá (ii) - - 3.323,9 3.648,6<br />

Subsidiárias de Quinsa (consolidadas proporcionalmente) (iv) - - 622,2 547,6<br />

Total de ágio 200,2 847,3 21.742,0 23.124,6<br />

Amortização acumulada (185,6) (463,3) (4.997,2) (4.779,1)<br />

Total de ágio, líquido 14,6 384,0 16.744,8 18.345,5<br />

Deságio<br />

CBB (iii) - (149,9) - (149,9)<br />

Cerversursa - - (14,4) (16,4)<br />

Incesa (subsidiária da Quinsa) - - (8,2) (8,8)<br />

Total de deságio - (149,9) (22,6) (175,1)<br />

Saldo 14,6 234,1 16.722,2 18.170,4<br />

(i) Em maio de <strong>2005</strong>, a Companhia incorporou os ativos líquidos de sua controlada CBB, pelo valor contábil, conforme comentado na nota<br />

1(b)(ii).<br />

(ii) O saldo da amortização acumulada referente aos ágios existentes na Labatt Canadá totaliza R$ 3.289,7 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> (R$<br />

3.418,2 em 31 de dezembro de 2004).<br />

(iii)O deságio sobre investimento na controlada CBB foi reclassificado para “resultados de exercícios futuros”, em decorrência da incorporação<br />

dos ativos líquidos dessa controlada, conforme comentado na nota 1(b)(ii).<br />

(iv) Conforme mencionado na nota 2 (n), a Quinsa adquiriu pelo montante de US$ 110,0 milhões (equivalentes à R$ 244,4) a participação de<br />

5,32% que a BAC detinha na QIB, apurando um ágio nessa transação de US$ 74,9 milhões (equivalentes à R$ 166,4). O efeito no consolidado<br />

da Companhia é no montante de R$ 97,3.<br />

(v) O saldo da amortização acumulada referente ao ágio da Labatt APS na Labatt Canadá totaliza R$ 1.034,8 (R$ 409,7 em 31 de<br />

dezembro de 2004).<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .95


96. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

c) Informações sobre as controladas diretas<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong><br />

CRBS Arosuco (i) Agrega Hohneck Labatt ApS<br />

Ações ordinárias/cotas 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017<br />

Ações preferenciais - - - - -<br />

Total de ações/cotas 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações preferenciais - - - -<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0<br />

Em relação ao total de ações/cotas 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras<br />

das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 177,3 373,2 0,1 1.165,4 14.132,0<br />

Investimento 176,7 343,6 - 590,7 14.131,8<br />

Lucro (prejuízo) líquido ajustado (7,9) 273,2 (3,8) (80,2) (292,0)<br />

Resultado da equivalência patrimonial (ii) (9,2) 380,4 (1,9) (30,0) (292,0)<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong><br />

Dahlen BSA Pepsi Anep Fratelli<br />

Ações ordinárias/cotas 480 31.595 77.084 669.019 299,06<br />

Ações preferenciais - - - - 143,74<br />

Total de ações/cotas 480 31.595 77.084 669.019 442,80<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 100,0 99,5 100,0 71,9<br />

Em relação ao total de ações/cotas 100,0 100,0 99,5 100,0 77,8<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras<br />

das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 31,6 10,3 242,7 395,6 401,7<br />

Investimento 31,6 10,3 241,5 395,6 312,7<br />

Lucro líquido ajustado 4,7 - 14,5 71,6 28,2<br />

Resultado da equivalência patrimonial (ii) 3,1 - 1,3 22,3 18,7


Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong><br />

Maltaria Lambic Miranda<br />

Pampa Eagle Holding Correa Skol Total<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Ações ordinárias/cotas 1.439.147 278 13.641 37 91<br />

Ações preferenciais – - - - -<br />

Total de ações/cotas 1.439.147 278 13.641 37 91<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96<br />

Em relação ao total de ações/cotas 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras<br />

das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 196,9 2.376,1 250,0 11,5 687,0<br />

Investimento 102,2 2.375,1 218,3 11,5 686,7 19.628,3<br />

Lucro (prejuízo) líquido ajustado 23,3 (284,4) (4,8) 6,9 (24,3)<br />

Resultado da equivalência patrimonial (ii) 7,1 (55,8) (5,1) 6,8 (16,6) 29,1<br />

(i) O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, está impactado<br />

por ganhos de incentivos fiscais, apurados pela controlada Arosuco, no montante de R$ 112,9.<br />

(ii) O resultado da equivalência patrimonial referente aos investimentos detidos até 31 de maio de <strong>2005</strong> pela incorporada CBB corresponde aos<br />

resultados auferidos por essas investidas no período de junho a dezembro de <strong>2005</strong>.<br />

O saldo de investimentos em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> contempla provisão para lucros não realizados em controladas,<br />

no montante de R$ 44,5 (R$ 30,2 em 31 de dezembro de 2004).<br />

O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de<br />

<strong>2005</strong>, inclui os resultados de R$ 743,4 e R$ 56,1 das controladas incorporadas CBB e IBA-Sudeste, respectivamente.<br />

Em 31 de dezembro de 2004<br />

Descrição<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas – em milhares<br />

CBB Arosuco Agrega Hohneck Labatt ApS Total<br />

Ações ordinárias/cotas 19.881.631 0,3 6.510 10.000 1.000.017<br />

Ações preferenciais 35.206.009 - - - -<br />

Total de ações/cotas 55.087.640 0,3 6.510 10.000 1.000.017<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações preferenciais 99,9 - - - -<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 99,9 99,7 50,0 0,009 100,0<br />

Em relação ao total de ações/cotas 99,9 99,7 50,0 0,009 100,0<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras<br />

das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 5.067,9 334,2 0,8 1.245,5 14.423,7<br />

Investimento 5.067,8 333,2 0,4 - 14.423,7 19.825,1<br />

Lucro (prejuízo) líquido ajustado 948,3 219,8 (4,0) (69,6) (276,7)<br />

Resultado da equivalência patrimonial 1.035,3 308,5 (2,0) - (276,7) 1.065,1<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .97


98. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

d) Principais participações indiretas relevantes em controladas e controladas<br />

em conjunto<br />

Total de participação<br />

indireta (%)<br />

Denominação da empresa<br />

Brasil<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Eagle (iii) - 100,0<br />

IBA-Sudeste (ii)<br />

Exterior<br />

- 99,3<br />

Quinsa 59,2 54,8<br />

Jalua Spain S.L. 100,0 100,0<br />

Lambic S.A.(iii) - 87,3<br />

Monthiers (i) 100,0 100,0<br />

Aspen 100,0 100,0<br />

(i) Subsidiária integral da Jalua Spain S.L.<br />

(ii) Sociedade incorporada, em 30 de novembro de <strong>2005</strong>, pela controlada Fratelli<br />

(iii)Com a incorporação da CBB pela AmBev, as empresas Eagle e Lambic S.A. passaram a ser investidas diretas.<br />

7. IMOBILIZADO<br />

a) Composição do imobilizado<br />

<strong>2005</strong><br />

Controladora<br />

2004<br />

Depreciação Valor Valor Taxas anuais de<br />

Custo acumulada residual residual depreciação – %<br />

Terrenos 92,0 - 92,0 -<br />

Prédios e construções 1.259,5 (652,0) 607,5 - 4<br />

Máquinas e equipamentos 3.759,3 (3.175,3) 584,0 - 10 (i)<br />

Bens móveis de uso externo 1.004,1 (457,0) 547,1 - 10 (i)<br />

Outros bens e intangíveis 1.082,1 (600,6) 481,5 - 4 a 20 (ii)<br />

Imobilizado em andamento 162,1 - 162,1 -<br />

7.359,1 (4.884,9) 2.474,2 -<br />

<strong>2005</strong><br />

Consolidado<br />

2004<br />

Depreciação Valor Valor Taxas anuais de<br />

Custo acumulada residual residual depreciação – %<br />

Terrenos 309,9 309,9 328,6<br />

Prédios e construções 2.602,5 (1.259,8) 1.342,7 1.386,2 4<br />

Máquinas e equipamentos 8.242,5 (6.333,3) 1.909,2 1.994,9 10 (i)<br />

Bens móveis de uso externo 1.723,2 (809,5) 913,7 876,7 10 (i)<br />

Outros bens e intangíveis 1.262,2 (775,3) 486,9 577,0 4 a 20 (ii)<br />

Imobilizado em andamento 442,2 - 442,2 368,3<br />

14.582,5 (9.177,9) 5.404,6 5.531,7<br />

(i) As taxas podem variar em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado.<br />

(ii) Concentração de bens com taxa anual de depreciação em 20 % em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> de 2004.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, a Companhia e suas controladas mantêm bens imóveis destinados à venda, no valor<br />

residual de R$ 101,3 na Controladora e R$ 104,5 no consolidado (R$ 113,8, em 31 de dezembro de 2004 no consolidado),<br />

que estão classificados no realizável a longo prazo, líquido de provisão para perda potencial na realização, no montante<br />

de R$ 65,1 na Controladora e R$ 66,3 no consolidado (R$ 69,1, em 31 de dezembro de 2004 no consolidado).


) Bens dados em garantia<br />

Em razão de empréstimos bancários e arrendamentos mercantis assumidos pela Companhia e suas controladas, em<br />

31 de dezembro de <strong>2005</strong> existem bens móveis e imóveis dados em garantia, no montante residual de R$ 538,9 (R$<br />

781,4 em 31 de dezembro de 2004). Tal restrição não impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.<br />

8. DIFERIDO<br />

Custo<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Pré-operacionais 168,9 71,8 243,1 208,6<br />

Gastos com implantação e ampliação 48,3 - 53,5 53,9<br />

Ágios – Rentabilidade futura (i) 9.322,0 - 9.322,0 109,1<br />

Provisão para realização de ágio (ii) (5.650,4) - (5.650,4) -<br />

Outros 167,4 - 202,0 162,6<br />

Total do custo 4.056,2 71,8 4.170,2 534,2<br />

Amortização acumulada (908,2) (6,3) (936,9) (240,1)<br />

Diferido líquido 3.148,0 65,5 3.233,3 294,1<br />

(i) Refere-se substancialmente a saldo de ágio originalmente registrado na Controladora InBev Brasil que foi transferido para a Companhia<br />

como resultado do processo de incorporação ocorrido em 28 de julho de <strong>2005</strong>. Os ágios reclassificados para o diferido são fundamentados<br />

nas projeções de resultados futuros das operações que sustentaram sua geração.<br />

(ii) Conforme mencionado na nota 1(b)(i)(b), essa provisão corresponde à diferença entre o valor do ágio e do benefício fiscal decorrente da sua<br />

apropriação.<br />

9. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS<br />

Controladora<br />

Circulante Longo prazo<br />

Modalidade e finalidade<br />

Em reais<br />

Vencimento final Taxa anual de juros Moeda <strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Incentivos fiscais de ICMS Setembro de 2015 4,77% R$ 86,2 - 228,0 -<br />

Investimentos no permanente Dezembro de 2010 TJLP + 3% a 4,5% R$ 104,2 - 362,3 -<br />

Capital de giro Janeiro de 2006 104% CDI R$ 1,4 - - -<br />

191,8 - 590,3 -<br />

Em moeda estrangeira<br />

Capital de giro Junho de 2006 2,90% a 4,90% USD 541,1 - - -<br />

Bond 2011 Dezembro de 2011 10,50% USD 6,0 - 1.170,4 -<br />

Bond 2013 Setembro de 2013 8,75% USD 35,1 - 1.170,4 -<br />

Investimentos no permanente Janeiro de 2009 3,0% a 4,5% UMBNDES 16,0 - 63,4 -<br />

598,2 - 2.404,2 -<br />

Total 790,0 - 2.994,5 -<br />

Consolidado<br />

Circulante Longo prazo<br />

Modalidade e finalidade<br />

Em reais<br />

Vencimento final Taxa anual de juros Moeda <strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Incentivos fiscais de ICMS Setembro de 2015 4,77% R$ 89,5 93,5 237,3 288,2<br />

Investimentos no permanente Dezembro de 2010 TJLP +3% a 4,5% R$ 104,2 135,2 362,3 209,5<br />

Capital de giro Janeiro de 2006 104% do CDI R$ 1,4 274,5 - -<br />

195,1 503,2 599,6 497,7<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .99


100. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Consolidado<br />

Circulante Longo prazo<br />

Modalidade e finalidade<br />

Em moeda estrangeira<br />

Vencimento final Taxa anual de juros Moeda <strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Capital de giro Outubro de 2010 2,5% a 5,50% USD 673,7 462,4 103,0 367,1<br />

Capital de giro Outubro de 2010 BA + 0,45% CAD 4,8 1.911,7 1.408,2 737,7<br />

Capital de giro Janeiro de 2006 4,48% ARS 27,9 - - -<br />

Capital de giro Setembro de 2008 12,0% VEB 30,8 136,1 117,4 -<br />

Capital de giro Abril de 2012 18,0% DOP 51,0 26,8 32,4 16,1<br />

Capital de giro Outubro de 2010 7,75% GTQ 27,5 35,7 37,8 -<br />

Capital de giro Outubro de 2010 6,75% PEN 28,8 - 158,6 -<br />

Bond 2011 Dezembro de 2011 10,50% USD 6,0 6,8 1.170,3 1.327,2<br />

Bond 2013 Setembro de 2013 8,75% USD 35,1 39,8 1.170,3 1.327,2<br />

Financiamento de importação Janeiro de 2007 4,85% a 6,5% USD 4,6 262,8 58,1 -<br />

Investimentos no permanente Setembro de 2011 7,5% a 8,45% USD 70,5 - 341,3 -<br />

Investimentos no permanente Janeiro de 2009 3,0% a 4,5% UMBNDES 16,0 16,8 63,5 40,1<br />

Notes – Série A Julho de 2008 6,56% USD - - 379,2 -<br />

Notes – Série B Julho de 2008 6,07% CAD - - 100,6 -<br />

Sênior Notes – BRI Junho de 2011 7,50% CAD - - 178,6 -<br />

Outros Setembro de 2007 8,36% USD 37,6 41,0 75,3 54,5<br />

1.014,3 2.939,9 5.394,6 3.869,9<br />

Total 1.209,4 3.443,1 5.994,2 4.367,6<br />

Abreviaturas utilizadas:<br />

USD Dólar Norte americano CAD Dólar Canadense<br />

ARS Peso Argentino VEB Bolívar Venezuelano<br />

DOP Peso Dominicano GTQ Quetzales (Guatemala)<br />

PEN Novo Soles (Peru) TJLP Taxa de Juros a Longo Prazo<br />

ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços correspondente a 9,75% a.a. em 31.12.05<br />

CDI Certificado de Depósito Interbancário BA Bankers Acceptance – correspondente a 3,106% em 31.12.05<br />

correspondente a 17,99%a.a em 31.12.05 UMBNDES Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados<br />

a Cesta de Moedas<br />

a) Garantias<br />

Os empréstimos e financiamentos tomados para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos<br />

estão garantidos por hipoteca dos imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos, vide nota 7 (b).<br />

As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações na América do Norte, possuem contratos de dívidas e compras<br />

de matérias primas garantidas por avais ou fianças da AmBev.<br />

b) Vencimentos<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, os financiamentos ao longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir:<br />

2007 529,5<br />

2008 1.012,4<br />

2009 118,0<br />

2010 1.684,5<br />

2011 em diante 2.649,8<br />

c) Incentivos fiscais de ICMS<br />

Passivo circulante<br />

5.994,2<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Financiamentos 86,2 - 89,5 93,5<br />

Diferimento de impostos sobre vendas 19,5 - 19,5 54,5<br />

Exigível a longo prazo<br />

Financiamentos 228,0 - 237,3 288,2<br />

Diferimento de impostos sobre vendas 352,6 - 352,6 275,7


Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma<br />

porcentagem do ICMS devido é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média por um período de seis<br />

anos a partir da data do vencimento original do ICMS.<br />

Os valores restantes referem-se a diferimento financiado do ICMS devido, por prazos de até doze anos, como parte<br />

de programas de incentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar<br />

regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente<br />

por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada<br />

no passivo circulante, na rubrica “Demais tributos e contribuições a recolher”.<br />

d) Emissão de dívida no mercado internacional<br />

Em setembro de 2003, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2013”) no montante<br />

equivalente a US$ 500 milhões, com a incidência de juros de 8,75% ao ano, amortizados semestralmente a partir de<br />

março de 2004, e vencimento final em setembro de 2013. A Companhia registrou o Bond 2013 em 10 de agosto de<br />

2004 na Securities and Exchange Commission – SEC, conforme o U.S. Securities Act de 1933 e suas alterações<br />

subseqüentes. Além disso, o Bond 2013 foi registrado na Bolsa de Valores de Luxemburgo para liquidação através da<br />

Depository Trust Company (“DTC”), Euroclear e Clearstream.<br />

Em dezembro de 2001, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2011”) no montante<br />

equivalente a US$ 500 milhões, com a incidência de juros de 10,5% ao ano, amortizados semestralmente desde junho<br />

de 2002, e com vencimento final em dezembro de 2011. A Companhia registrou o Bond 2011 em 4 de outubro de 2002<br />

na Securities and Exchange Commission – SEC.<br />

e) Labatt Canadá<br />

(I) Capital de giro<br />

Em 12 de dezembro de 2002 e em 25 de maio de 2004, a Labatt Canadá firmou dois contratos de crédito principal a<br />

termo, nos respectivos valores de CAD 600 milhões e CAD 700 milhões, com um consórcio de bancos, e com a mesma<br />

data de vencimento em 12 de dezembro de <strong>2005</strong>. Ambos os contratos foram pagos em sua totalidade em 12 de outubro<br />

de <strong>2005</strong>.<br />

Em 12 de outubro de <strong>2005</strong>, também, foi realizado um empréstimo sindicalizado de CAD 1.2 bilhões, dos quais CAD<br />

900 milhões a termo e CAD 300 milhões de crédito rotativo, com data de vencimento em 12 de outubro de 2010, e<br />

com juros à taxa “bankers acceptance” mais a margem aplicável cujo teto é de 0,75% ao ano. A taxa média “bankers<br />

acceptance” sobre a dívida em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> era 3,106% ao ano e a margem aplicável era de 0,35% ao ano.<br />

(II) Senior notes<br />

Em 23 de julho de 1998, a Labatt Canadá firmou um contrato para empréstimo de US$ 162 milhões, representado por<br />

Notas Bancárias da Série A (“Notes – Série A”), e de CAD 50 milhões, em Notas Bancárias da Série B (“Notes – Série<br />

B”), tomado de um grupo de investidores institucionais. As Notas estão sujeitas às seguintes taxas fixas de juros: (a)<br />

6,56% ao ano, sobre a parte em dólares norte-americanos; e (b) 6,07% ao ano, sobre a parte em dólares canadenses.<br />

As Notas têm vencimento em 23 de julho de 2008.<br />

Em 15 de junho de 2001, a Brewers Retail Inc (“BRI”), empresa consolidada proporcionalmente pela Labatt Canadá,<br />

firmou um contrato para empréstimo de CAD 200 milhões, através de Senior Notes (“Senior Notes – BRI”), com um<br />

grupo de investidores institucionais. As Senior Notes estão sujeitas a taxas fixas de juros de 7,5% ao ano e têm<br />

vencimento em 15 de junho de 2011.<br />

f)Cláusulas contratuais<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, a Companhia e suas controladas encontram-se adimplentes quanto aos índices de<br />

endividamento e liquidez compromissados em decorrência da obtenção dos empréstimos.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .101


102. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

10.OUTROS PASSIVOS<br />

Passivo circulante<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Dividendos a pagar - - 5,5 -<br />

Depósitos para vasilhames (i) - - 79,1 84,4<br />

Provisão para reestruturação (ii) - - 106,5 183,0<br />

Provisão para desimpedimento de área 48,5 - 48,5 24,5<br />

Provisão para contingência de imposto de renda (Nota 11 (h)) - - 124,5 189,9<br />

Contas a pagar de marketing 151,7 - 151,7 101,1<br />

Resultado liq. dif. de operações forward e swap “commodities” 0,3 - 41,2 12,7<br />

Provisão para pagamento de royalties - - 33,9 37,1<br />

Contas a pagar por recompra de ações 74,2 - 74,2 -<br />

Demais contas a pagar 101,8 0,1 233,7 226,9<br />

Exigível a longo prazo<br />

376,5 0,1 898,8 859,6<br />

Provisão para benefícios de assistência médica e outros (Nota 12.b) 84,4 - 584,6 646,0<br />

Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 16.c) 26,7 - 94,6 138,5<br />

Resultado líquido diferido de operações de swap de dívida - - 95,8 90,3<br />

Demais contas a pagar 0,5 - 50,7 61,5<br />

111,6 - 825,7 936,3<br />

(i) Esses depósitos são efetuados pelos pontos de venda no Canadá, no momento da venda da cerveja, como forma de garantia pelos vasilhames,<br />

e devolvidos quando tais vasilhames são retornados.<br />

(ii) A Labatt Canadá anunciou, em 8 de setembro de 2004, o fechamento de sua planta em New Westminster, British Columbia. Para fazer face<br />

aos gastos substancialmente com demissões, tomando-se por base o acordo fechado com o sindicato dos trabalhadores, a Labatt constituiu<br />

provisão, em 2004, no montante total de CAD 22.2 milhões (equivalente a R$ 49,1 em 31 de dezembro de 2004). O fechamento dessa planta<br />

se deu em novembro de <strong>2005</strong>, sendo referida provisão reduzida para CAD 3.6 milhões (equivalente a R$ 7,3 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>).<br />

Adicionalmente, em dezembro de 2004, a Labatt Canadá anunciou uma reestruturação da força de trabalho com o objetivo de reduzir o<br />

custo fixo de pessoal em 20%. Com isso, a Labatt registrou uma provisão no montante de CAD 60.7 milhões (equivalente a R$ 122,1 em 31<br />

de dezembro de <strong>2005</strong> e R$ 134,0 em 31 de dezembro de 2004) para cobrir os gastos com demissões.Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> o saldo dessa<br />

provisão reduziu para CAD 41.1 milhões (equivalente a R$ 82,7 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>).<br />

Em 31 de março de <strong>2005</strong>, a Labatt Canadá anunciou o fechamento da planta Metro Brewery, em Toronto, Ontário. O fechamento irá acontecer<br />

em 2006. O saldo dessa provisão em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> é de CAD 8.2 milhões (equivalente a R$ 16,5 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>).<br />

11.CONTINGÊNCIAS (CONSOLIDADO)<br />

Saldo em<br />

Atualização<br />

monetária Saldo em<br />

31.12.2004 Adições Pagamentos Reversões Reclassificações e cambial 31.12.<strong>2005</strong><br />

PIS e COFINS 383,5 6,6 (3,4) (41,0) 10,2 38,6 394,5<br />

ICMS e IPI 312,4 50,5 (4,3) (139,2) - 2,2 221,6<br />

IRPJ e CSLL 71,3 7,9 - (5,8) - (0,4) 73,0<br />

Processos trabalhistas 309,0 218,6 (55,7) (109,9) (*) (88,7) 5,0 278,3<br />

Distribuidores e revendedores 47,2 39,8 (9,1) (34,0) - (0,1) 43,8<br />

Outros 119,5 37,0 (14,7) (19,7) (6,2) 1,1 117,0<br />

1.242,9 360,4 (87,2) (349,6) (84,7) 46,4 1.128,2<br />

(*)Reclassificações de saldos de contingências para o contas a pagar referente aos processos encerrados através de acordos jurídicos.<br />

Abreviaturas utilizadas:<br />

IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica; e<br />

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, a Companhia e suas controladas mantinham ainda em andamento outros processos,<br />

cuja materialização, na avaliação dos consultores jurídicos, é possível de perda, mas não provável, no valor aproximado<br />

de R$ 4.557,0 (R$ 1.241,1 em 31 de dezembro de 2004), para as quais a administração da Companhia entende não ser<br />

necessária a constituição de provisão para eventual perda.


Durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, as contingências possíveis apresentaram um aumento de<br />

aproximadamente R$ 3.316,0, em função, principalmente, de novas autuações fiscais recebidas pela Companhia e<br />

por suas controladas, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca da legislação brasileira que<br />

trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas fora do país.<br />

Baseada na opinião de seus consultores externos, a Companhia entende que tais autuações foram efetuadas com<br />

base em uma análise equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera hipótese<br />

de disponibilização que não existia na legislação vigente no período referente à autuação; (ii) desconsidera a existência<br />

de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na apuração dos valores<br />

supostamente devidos.<br />

A Companhia baseada na opinião de seus consultores externos não efetuou provisionamento em relação às autuações<br />

recebidas no período, bem como as anteriores sobre o mesmo assunto, totalizando R$ 3.600,5, por entender que estas<br />

não são procedentes. No entanto, na medida em que a legislação ainda não foi objeto de apreciação em última<br />

instância por parte do Poder Judiciário, a Companhia, baseada na opinião de seus consultores legais, considerou a<br />

probabilidade de perda como possível, no montante de R$ 2.451,3 e como remota, no montante de R$ 1.149,2.<br />

Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:<br />

a) PIS e COFINS<br />

I. PIS – A Companhia e suas controladas possuem liminar, obtida no primeiro trimestre de 1999, liminar esta que<br />

foi confirmada por sentença de 1º instância que lhes garantiam o direito de recolher o PIS (até 31 de dezembro de<br />

2002) sobre o faturamento, desonerando-a do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas. Com o<br />

advento da Lei no. 10.637, de 31 de dezembro de 2002, que estabeleceu novas regras para a apuração do PIS, com<br />

efeitos a partir de 1° de dezembro de 2002, a Companhia e suas controladas passaram a proceder ao recolhimento<br />

dessa contribuição sobre outras receitas nos moldes previstos na legislação em vigor.<br />

II. COFINS – A Companhia e suas controladas possuem decisão de mérito confirmada pelo Tribunal Regional<br />

Federal da 3º Região, que lhes permitiam pagar a COFINS sobre o faturamento, desonerando-as do recolhimento<br />

dessa contribuição sobre outras receitas. Considerando-se a promulgação da Lei 10.833/03 de 29 de dezembro de<br />

2003 com efeitos a partir de 1° de fevereiro de 2004, a Companhia e suas controladas passaram a recolher a<br />

referida contribuição nos moldes previstos na legislação em vigor.<br />

b) ICMS e IPI<br />

Provisão relacionada principalmente à tomada de créditos extemporâneos de ICMS sobre aquisições de bens para o<br />

imobilizado, realizadas anteriormente a 1996.<br />

A Companhia possui créditos de IPI à alíquota zero, que montam R$ 171,6 na Controladora e R$ 228,1 no consolidado<br />

em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> (R$ 73,1 e R$ 228,1 em 31 de dezembro de 2004 na Controladora e no consolidado,<br />

respectivamente), foi reclassificada para a conta “Outros ativos – outros impostos e taxas a recuperar”, no ativo<br />

realizável a longo prazo, conforme comentado na nota 2 (o).<br />

c) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido<br />

A provisão decorre substancialmente da tomada de dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base da<br />

contribuição social de 1996.<br />

d) Processos trabalhistas<br />

Provisão relacionada a reclamações de ex-empregados. Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, os depósitos judiciais vinculados<br />

aos processos trabalhistas efetuados pela Companhia e suas controladas, atualizados montariamente conforme<br />

índices oficiais, totalizam R$ 151,2 (R$ 129,6 em 31 de dezembro de 2004) e se encontram registrados na rubrica<br />

“Depósitos Judiciais, Compulsórios e Incentivos Fiscais”.<br />

e) Processos de distribuidores e revendedores<br />

São decorrentes, principalmente, de rescisões de contratos entre controladas da Companhia e certos distribuidores,<br />

por força do não-cumprimento, por parte dos distribuidores, de diretrizes contratuais.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .103


104. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

f)Outras provisões<br />

Decorrem de processos relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social –<br />

INSS, a produtos e a fornecedores.<br />

g) Labatt Canadá<br />

Alguns produtores de cerveja e bebidas alcóolicas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, foram citados em cinco ações<br />

coletivas de perdas e danos impetradas sob a alegação de marketing de bebidas alcóolicas para consumidores menores<br />

de idade. A Labatt Canadá foi citada em um desses processos. Tal ação será vigorosamente defendida, sendo que<br />

nesse momento não é possível estimar a probabilidade de perda ou estimar o seu montante.<br />

A Labatt foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros utilizada em certos contratos com partes<br />

relacionadas que existiram no passado. O montante total autuado pelo Governo pode chegar a CAD 200 milhões,<br />

equivalente a R$ 402,4 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>.<br />

Caso a Labatt seja obrigada a pagar esse valor, a AmBev será integralmente reembolsada por InBev. Durante o 4º.<br />

Trimestre de <strong>2005</strong> a Labatt pagou aproximadamente CAD 24 milhões, reduzindo a provisão registrada em 2004 para<br />

CAD 62 milhões (equivalente a R$ 124,5 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>) como “Provisão para contingência de Imposto<br />

de Renda”. A AmBev tem registrado um contas a receber no montante de R$ 173,0 (equivalente a CAD 86 milhões)<br />

como um ajuste na consolidação da Labatt.<br />

12.PROGRAMAS SOCIAIS<br />

a) Instituto AmBev de Previdência Privada – Instituto AmBev (“IAPP”)<br />

A AmBev e suas controladas têm dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida<br />

(aberto a novas adesões) e outro no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998),<br />

existindo a possibilidade de migração do plano de benefício definido para o de contribuição definida. Esses planos<br />

são custeados pelos participantes e pela patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é<br />

complementar os benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores da Companhia. No exercício<br />

findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, a Companhia e suas controladas contribuíram com R$ 4,8 (R$ 3,9, em 31 de dezembro<br />

de 2004) ao IAPP.<br />

Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte:<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Valor justo dos ativos 725,5 633,3<br />

Valor presente da obrigação atuarial (485,2) (438,1)<br />

Superávit de ativos – IAPP 240,3 195,2<br />

O superávit de ativos do IAPP está reconhecido contabilmente pela Companhia em suas demonstrações financeiras<br />

consolidadas no montante de R$ 20,0 (R$ 20,6 em 31 de dezembro de 2004), na conta “Superávit de ativos – Instituto<br />

AmBev” (vide nota 5 – outros ativos), valor estimado como o limite máximo da sua utilização futura, considerando<br />

também as restrições legais que impedem o retorno de eventual superávit atuarial remanescente no momento do<br />

encerramento do IAPP, e para o qual não houve o uso por meio do pagamento de benefícios previdenciários.<br />

b) Benefícios de assistência médica<br />

e outros providos diretamente pela Companhia<br />

A Companhia provê, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros<br />

para aposentados, não sendo concedido tal benefícios para novas aposentadorias.<br />

A Labatt Canadá, controlada indireta da Companhia, oferece planos de benefícios previdenciários no modelo de<br />

contribuição definida e no modelo de benefício definido a seus funcionários, bem como certos benefícios pósaposentadoria.<br />

A Labatt Canadá também oferece certos benefícios previdenciários de pós-aposentadoria a certos<br />

distribuidores.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, o passivo decorrente dessas obrigações está registrado nas demonstrações financeiras<br />

da Companhia na conta “Provisão para benefícios de assistência médica e outros” (vide nota 10 – outros passivos)<br />

nos seguinte montantes:


Plano Benefício<br />

de Pensão Pós-Aposentadoria<br />

Labatt Labatt AmBev Total<br />

Valor presente da obrigação atuarial 2.307,6 310,4 113,4 2.731,4<br />

Valor justo dos ativos (1.630,4) - - (1.630,4)<br />

Déficit do plano 677,2 310,4 113,4 1.101,0<br />

Ajustes atuariais não amortizados (459,8) (123,3) (29,0) (612,1)<br />

Planos de distribuidores (i) - - - 95,7<br />

Total passivo reconhecido (nota 10) 217,4 187,1 84,4 584,6<br />

(i) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata da Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos<br />

que serão custeadas pela Labatt Canadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.<br />

Movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário<br />

independente:<br />

AmBev Labatt Total<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2004 78,4 567,6 646,0<br />

Encargos financeiros incorridos 13,8 149,1 162,9<br />

Variação cambial - (50,5) (50,5)<br />

Transferência de provisão para reestruturação - 14,1 14,1<br />

Pagamento de benefícios (7,8) (180,1) (187,9)<br />

Saldo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> 84,4 500,2 584,6<br />

c) Fundação Antônio e Helena Zerrenner<br />

Instituição Nacional de Beneficência – Fundação Zerrenner<br />

Entre as principais finalidades da Fundação Zerrenner está a de proporcionar a funcionários e administradores das<br />

patrocinadoras assistência médico-hospitalar e odontológica, auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores,<br />

manter estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou mediante<br />

convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades.<br />

A movimentação do passivo atuarial da Fundação Zerrenner, conforme relatório do atuário independente, foi a<br />

seguinte:<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2004 177,0<br />

Encargos financeiros incorridos 40,5<br />

Pagamento de benefícios (23,9)<br />

Saldo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> 193,6<br />

O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela Fundação Zerrenner em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> foi<br />

integralmente compensado por seus ativos na mesma data. O excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela<br />

Companhia em suas demonstrações financeiras em virtude da possibilidade de seu uso para outros fins que não<br />

exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios.<br />

d) Premissas atuariais<br />

As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial<br />

foram as seguintes:<br />

Percentual anual (em termos nominais)<br />

AmBev Labatt<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Taxa de desconto 10,8 10,9 5,0 5,7<br />

Taxa de retorno esperado dos ativos 14,9 15,4 8,0 8,0<br />

Crescimento do componente de remuneração 7,2 7,3 3,0 3,0<br />

Crescimento dos custos dos serviços médicos 7,2 7,3 - 4,0<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .105


106. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

13.PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />

a) Capital social subscrito e integralizado<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, o capital social da Companhia, no montante de R$ 5.691,4 (R$ 4.742,8 em 31 de dezembro<br />

de 2004), estava representado por 65.876.074 mil ações (56.277.742 mil ações em 31 de dezembro de 2004), sendo<br />

34.499.423 mil ações ordinárias e 31.376.651 mil ações preferenciais (23.558.245 mil e 32.719.497 mil, respectivamente<br />

em 31 de dezembro de 2004), todas nominativas e sem valor nominal.<br />

Em 31 de maio de <strong>2005</strong>, a Companhia aumentou seu capital social em 27 mil ações ordinárias, no montante de R$<br />

0,004 relativo à incorporação da participação dos minoritários da controlada CBB, incorporada pela Companhia,<br />

conforme comentado na nota 1(b)(ii). Adicionalmente, na mesma data, a Companhia aumentou seu capital social<br />

em 10.941.151 mil ações ordinárias, no montante de R$ 948,6, mediante capitalização de reserva de ágio, bonificando<br />

os acionistas na proporção de 1 ação ordinária para cada 5 ações ordinárias ou preferenciais possuídas.<br />

O objetivo desta bonificação, conforme comunicado ao mercado em 6 de dezembro de 2004, foi o de manter a liquidez<br />

das ações ordinárias após a oferta pública de aquisição de ações ordinárias da AmBev pela InBev, realizada em 29 de<br />

março de <strong>2005</strong>.<br />

Conforme comentado na nota explicativa nº 1(b)(iii), a Assembléia Geral Extraordinária de 27 de agosto de 2004<br />

aprovou a emissão, pela Companhia, de 19.264.363 mil novas ações, sendo 7.866.182 mil ações ordinárias e 11.398.181<br />

mil ações preferenciais, e deliberou a destinar à conta de capital social o montante de R$ 1.600,7 e à reserva de capital,<br />

R$ 12.840,3 a título de ágio na subscrição de ações, as quais foram integralmente subscritas pelos controladores da<br />

Labatt ApS.<br />

b) Destinações do lucro do exercício e constituição de reservas estatutárias<br />

O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas<br />

em lei:<br />

I. Percentual de 35,0% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação<br />

legal, as ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior em relação às ações ordinárias.<br />

II. Importância não inferior a 5% e não superior a 61,75% do lucro líquido, para a constituição de reserva para<br />

investimentos, com o objetivo de financiar a expansão das atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo<br />

para a subscrição de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa reserva não poderá ultrapassar<br />

80% do capital social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua<br />

distribuição aos acionistas ou ao aumento de capital.<br />

III. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos<br />

administradores é atribuída a participação até o limite máximo legal. A participação nos lucros está condicionada<br />

ao alcance das metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no início do<br />

exercício.<br />

c) Dividendos propostos<br />

Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios<br />

findos em 31 de dezembro:<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Lucro líquido do exercício 1.545,7 1.161,5<br />

Constituição da reserva legal (5%) (i) - -<br />

Base de cálculo dos dividendos 1.545,7 1.161,5<br />

Dividendos antecipados 480,9 108,4<br />

Dividendos antecipados na forma de juros sobre o capital próprio 219,8 236,1<br />

Dividendos complementares na forma de juros sobre o capital próprio 524,2 558,1<br />

Dividendos complementares 75,4 424,6<br />

Sub total 1.300,3 1.327,2<br />

Imposto de renda na fonte incidente sobre os dividendos<br />

sob a forma de juros sobre o capital próprio (111,6) (119,3)<br />

Total dos dividendos propostos 1.188,7 1.207,9


<strong>2005</strong> 2004<br />

Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo – % 76,90 103,99<br />

Dividendos líquidos de imposto de renda por lote de mil ações<br />

em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício – R$<br />

Ordinárias 17,32 (ii) 20,86<br />

Preferenciais 19,05 (ii) 22,95<br />

(i) A reserva legal deixou de ser constituída em 2004, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode<br />

deixar de ser constituída quando, somada às reservas de capital, for superior a 30% do capital social da Companhia.<br />

(ii) Dividendos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício, antes do Imposto de Renda Retido<br />

na Fonte – IRRF: ordinárias – R$ 18,95 e preferenciais – R$ 20,85 (ordinárias – R$ 22,92 e preferenciais – R$ 25,21 em 31 de dezembro de<br />

2004).<br />

d) Juros sobre o capital próprio<br />

As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na Taxa de Juros de Longo<br />

Prazo – TJLP sobre o patrimônio líquido, que são dedutíveis para fins tributários, podendo ser computados nos<br />

dividendos obrigatórios quando distribuídos.<br />

Embora registrados em conta de resultado para fins tributários, esses juros são reclassificados para o patrimônio<br />

líquido e demonstrados como dividendos.<br />

e) Reserva especial de ágio<br />

Conforme comentado na nota explicativa n° 1 b(i), em decorrência da incorporação da controladora InBev Brasil, em<br />

28 de julho de <strong>2005</strong>, foi constituída pela Companhia reserva especial de ágio, no montante de R$ 2.883,3,<br />

correspondente ao benefício futuro de amortização dos ágios incorporados. A realização dessa reserva se dará nos<br />

moldes anteriormente descritos na nota explicativa n° 1 (b)(i)(f).<br />

f)Ações em tesouraria<br />

A movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício foram as seguintes:<br />

Quantidade de ações – lotes de mil<br />

Descrição Preferenciais Ordinárias Total R$<br />

Em 31 de dezembro de 2004 1.437.710 - 1.437.710 935,0<br />

Aquisições 530.615 16.869 547.484 437,3<br />

Cancelamentos (1.342.846) - (1.342.846) (868,1)<br />

Incorporação da CBB 151.894 - 151.894 81,7<br />

Transferência plano de ações (257.993) (6.389) (264.382) (192,5)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> 519.380 10.480 529.860 393,4<br />

Durante o exercício de <strong>2005</strong> a Companhia entregou 264.382 ações em tesouraria para os funcionários que exerceram<br />

o direito de adquirir ações pelo Plano de Ações no valor R$ 98,1. O valor de custo da baixa dessas ações totaliza R$<br />

192,5, apurando um prejuízo de R$ 94,4 o qual foi contabilizado contra a reserva de origem.<br />

g) Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias<br />

Em 14 de fevereiro de <strong>2005</strong>, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deferiu o registro da Oferta Pública de Aquisição<br />

de Ações Ordinárias (“OPA”) de emissão da Companhia, nos termos do artigo 29 da Instrução CVM n° 361/02. A OPA<br />

foi iniciada em 14 de fevereiro de <strong>2005</strong>, com a publicação do Edital, e encerrou-se em 29 de março de <strong>2005</strong>, mediante<br />

a realização do Leilão da Oferta (“Leilão”).<br />

A InBev adquiriu 2.960.071.177 ações ordinárias da AmBev no Leilão, que representou na época 81,2% do total de ações<br />

ordinárias da AmBev objeto da OPA, sendo 1.612.915.545 ações ordinárias na Opção de Pagamento em Dinheiro; e<br />

1.347.155.632 ações ordinárias na Opção de Pagamento em Ações.<br />

As ações adquiridas, nos termos da Oferta, elevaram a participação detida, direta ou indiretamente, pela InBev, na<br />

AmBev, passando a ser de 81% do capital social votante e de 54,2% do capital social total de AmBev (55,8% do capital<br />

total, líquido das ações em tesouraria).<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .107


108. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

14.PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES<br />

A AmBev tem um plano de aquisição de ações pelos funcionários qualificados, visando alinhar os interesses dos<br />

acionistas e executivos. Conforme definido no estatuto, o Plano é administrado por um comitê que inclui membros<br />

não executivos da Companhia. Esse comitê cria, periodicamente, programas de compra de ações, ordinárias ou<br />

preferenciais, definindo os termos e as categorias dos funcionários a serem beneficiados, e estabelece o preço pelo<br />

qual as ações serão adquiridas, cujo valor não poderá ser menor do que 90% do preço médio das ações negociadas<br />

na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA nos três dias úteis anteriores à data da concessão dos direitos, indexado<br />

pela inflação até o exercício destas. O número de ações concedidas em cada exercício não pode exceder 5% do número<br />

total de ações de cada espécie naquela data (0% e 0,02% em <strong>2005</strong> e 2004, respectivamente).<br />

Por ocasião da compra das ações, a Companhia tem a faculdade de emitir novas ações, ou utilizar eventuais saldos<br />

de ações existentes em tesouraria. As opções concedidas não apresentam data final para exercício. Na hipótese de<br />

término da relação de emprego, os direitos às opções de compra de ações são extintos; quanto às ações adquiridas<br />

pelo empregado, a Companhia tem o direito de recomprá-las por preço igual:<br />

I. ao preço pago pelo funcionário, atualizado monetariamente pela inflação, na hipótese da venda das ações, se este<br />

vender as ações durante os primeiros 30 meses após a compra;<br />

II. a 50% do lote ao preço pago, atualizado monetariamente pela inflação, e os demais 50% do lote a preço de mercado,<br />

caso o funcionário venha a vender as ações depois dos primeiros 30 meses, mas antes do 60° mês após a compra;<br />

III. ao preço de mercado, caso a venda venha a ocorrer 60 meses após a compra.<br />

O beneficiário do direito que não utilizar na subscrição de ações pelo menos 70% do valor da participação nos lucros<br />

anual a ele atribuída (líquido do imposto de renda e de outros encargos incidentes), terá a quantidade de ações a que<br />

tem direito, reduzida pelo mesmo número de ações que poderia ter subscrito, com o valor correspondente à diferença<br />

entre esse percentual de participação nos lucros e o valor efetivamente subscrito, salvo se já tiver subscrito com<br />

recursos próprios anteriormente.<br />

A Companhia e suas controladas podiam financiar as compras de ações para os planos concedidos até o exercício de<br />

2002. Esses financiamentos normalmente não ultrapassam quatro anos e são remunerados a juros anuais de 8%<br />

acima do Índice Geral de Preços – Mercado – IGP-M. Os financiamentos são garantidos pela ação emitida por ocasião<br />

da compra. Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, o saldo em aberto desses financiamentos no consolidado totaliza R$ 114,9<br />

(R$ 175,2 em 31 de dezembro de 2004). Para os planos concedidos a partir de 2003, deixou de ser facultado pela<br />

Companhia e suas controladas a opção pelo financiamento das compras de ações pelos beneficiários, devendo-se as<br />

mesmas serem adquiridas à vista, pelos beneficiários, no ato de subscrição das ações.<br />

O resumo da movimentação das opções de compra de ações para os exercícios findos em 31 de dezembro é o seguinte:<br />

Opção de compra de ações – lotes de mil<br />

Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Saldo de opções de compra de ações exercíveis no início do exercício<br />

Movimentação ocorrida durante o exercício<br />

651.036 - 733.689 -<br />

Exercidas (257.993) (6.389) (55.727) -<br />

Canceladas (27.942) (1.227) (35.926) -<br />

Concedidas (*) - - 9.000 -<br />

Bonificadas - 80.636 - -<br />

Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final do exercício 365.101 73.020 651.036 -<br />

(*)A Companhia está revisando seu plano de opção de compra de ação com o objetivo de alinhar este com o modelo o adotado pela InBev.


15.INSTRUMENTOS FINANCEIROS<br />

a) Considerações gerais<br />

A Companhia e suas controladas mantêm determinados valores de caixa e equivalentes a caixa em moedas<br />

estrangeiras, assim como realizam operações de “swap” de moedas, juros e “commodities” e operações de “forward”<br />

de moeda, com o objetivo de protegerem-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição consolidada<br />

em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos custos de matérias-primas,<br />

principalmente alumínio, açúcar e trigo.<br />

Os instrumentos financeiros acima mencionados são contratados com a finalidade de “hedge”, o que não impede<br />

que seus resgates possam ocorrer a qualquer momento, embora seja real a intenção de a Companhia levá-los até o<br />

vencimento da operação a ser protegida.<br />

b) Derivativos<br />

Composição da exposição líquida marcada a mercado em 31 de dezembro:<br />

Descrição<br />

“Hedge” de moedas<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Reais/US$ 3.610,4 3.929,6<br />

Peso Argentino/US$ 206,0 132,9<br />

Soles Peruanos/US$ 210,7 -<br />

Dólar canadense/US$ 240,5 299,0<br />

“Hedge” de juros<br />

LIBOR flutuante/LIBOR fixa - 55,7<br />

CDI x Pré (186,3) -<br />

Juros Pre / BA Canadense 367,1 943,2<br />

“Hedge” de “commodities”<br />

Alumínio 119,6 13,2<br />

Açúcar 31,5 60,3<br />

Trigo 16,1 2,3<br />

4.615,6 5.436,2<br />

I. Valor de mercado de instrumentos financeiros”Hedge” de moedas e taxa de juros<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, ganhos não realizados sobre rendimentos de natureza variável em instrumentos<br />

financeiros, de acordo com o previsto pela legislação societária do Brasil, foram limitados ao menor valor entre a<br />

“curva” dos instrumentos ou o respectivo valor de mercado.<br />

Caso a Companhia tivesse registrado contabilmente seus instrumentos derivativos ao valor de mercado, teria<br />

contabilizado ao resultado do exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> um ganho adicional no montante de R$ 44,4<br />

(R$ 189,0 em 31 de dezembro de 2004), conforme demonstrado na tabela a seguir:<br />

Instrumentos financeiros Contábil Mercado<br />

Ganhos não realizados<br />

de natureza variável<br />

Títulos públicos 299,2 318,9 19,7<br />

“Swaps”/”forwards” (164,8) (150,4) 14,4<br />

“Cross Currency Swap” Labatt Canadá (*) (95,8) (85,6) 10,3<br />

38,6 82,9 44,4<br />

(*) Swaps da Labatt Canadá para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dos Estados Unidos para juros flutuantes em dólares<br />

canadenses.<br />

II. “Hedge” de “commodities” e moedas<br />

Os resultados líquidos, apurados ao seu valor de mercado, com o propósito específico de minimizar a exposição da<br />

Companhia à flutuação de custos de matérias-primas a serem adquiridas e despesas operacionais cujos preços sejam<br />

atrelados a moedas estrangeiras ou preços de commodities, são diferidos e reconhecidos no resultado, quando houver<br />

a venda do produto correspondente ou no momento em que a despesa correspondente for reconhecida em resultado.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .109


110. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, foi registrado no resultado o seguinte efeito referente às<br />

operações “hedge” de moedas e “commodities”, na conta “Custos dos produtos vendidos”:<br />

Diminuição(Aumento)<br />

líquido no custo dos<br />

Descrição produtos vendidos<br />

“Hedge” de moedas (268,1)<br />

“Hedge” de alumínio 3,8<br />

“Hedge” de açúcar 15,3<br />

“Hedge” de Trigo e Milho (0,5)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, perdas não realizadas no montante de R$ 34,4 foram diferidas, sendo R$ 75,6 em “outros<br />

ativos” e R$ 41,2 em “outros passivos”. Esta perda será reconhecida à débito do resultado da Companhia, sendo o<br />

montante de R$ 36,0 no custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do produto acabado correspondente<br />

e o saldo restante na despesa operacional por se tratar de “hedge” de despesa.<br />

c) Passivos financeiros<br />

Os passivos financeiros da Companhia, representados principalmente pelas operações de emissão de títulos de dívida<br />

externa e financiamentos para importação, estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente às<br />

taxas iniciais dos juros contratadas, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme índices de fechamento<br />

de cada período.<br />

Caso a Companhia pudesse ter adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado,<br />

teria apurado uma perda adicional, antes do imposto de renda e da contribuição social, de R$ 523,4, em 31 de dezembro<br />

de <strong>2005</strong>, conforme demonstrado na tabela a seguir:<br />

(249,5)<br />

Passivo financeiro Contábil Mercado Diferença<br />

Notes – Série A (i) 379,1 392,9 (13,8)<br />

Notes – Série B (ii) 100,6 104,7 (4,1)<br />

Sênior Notes – BRI (iii) 178,6 202,8 (24,2)<br />

Financiamentos Internacionais outras moedas(iv) 2.827,5 2.827,5 -<br />

Financiamentos em Reais (iv) 328,3 328,3 -<br />

BNDES/ FINEP/ EGF (iv) 466,4 466,4 -<br />

Res. 63/ Compror 63 541,1 536,4 4,7<br />

“Bonds” – AmBev 11 e AmBev 13 2.381,9 2.867,9 (486,0)<br />

7.203,5 7.726,9 (523,4)<br />

(i) Notas bancárias da série A firmados pela Labatt Canadá em dólares americanos<br />

(ii) Notas bancárias da série B firmados pela Labatt Canadá em dólares canadenses<br />

(iii)Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc. (BRI) e consolidados proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses<br />

(iv) Empréstimos para os quais o valor contábil e o valor de mercado são similares.<br />

O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi realizado com base em cotações de<br />

corretores de investimento, em cotações dos bancos que prestam serviços à AmBev e a Labatt Canadá e no valor de<br />

mercado secundário dos títulos na data-base de 31 de dezembro de <strong>2005</strong>. Nos “Bonds”, aproximadamente 124,50% do<br />

valor de face para o Bond 2011 e 117,50% para o Bond 2013 e as Notas Série A e Notas Série B da Labatt Canadá, os preços<br />

foram apurados com base no fluxo de caixa descontado a valor presente, utilizando-se taxas de mercado disponíveis<br />

para a Labatt Canadá para instrumentos similares.


d)Receitas e despesas financeiras<br />

Exercício findo em 31 de dezembro<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Receitas financeiras<br />

Variação cambial sobre aplicações financeiras 161,6 - 389,1 208,6<br />

Receitas financeiras sobre caixa e equivalentes 30,7 - 85,5 175,2<br />

Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais 2,8 4,7 10,1 11,6<br />

Resultado sobre Plano de Ações 12,8 34,3 7,6 34,4<br />

Receita e variação cambial sobre mútuo 51,0 - - -<br />

Outras 5,2 4,3 28,9 38,8<br />

Despesas financeiras<br />

264,1 43,3 521,2 468,6<br />

Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos (334,3) - (714,3) (412,3)<br />

Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira (167,3) - (507,7) (474,2)<br />

Encargos financeiros sobre dívidas em reais (47,2) - (122,3) (118,4)<br />

Juros e variação cambial sobre mútuos (483,7) (219,8) -<br />

Impostos sobre transações financeiras (73,9) (36,7) (135,8) (121,3)<br />

Encargos financeiros sobre contingências e outros (36,9) (3,9) (65,3) (54,0)<br />

Outras (14,6) - (62,5) (64,7)<br />

(1.157,9) (260,4) (1.607,9) (1.244,9)<br />

Resultado financeiro, líquido (893,8) (217,1) (1.086,7) (776,3)<br />

e) Concentração de risco de crédito<br />

Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla<br />

rede de distribuição. O risco de crédito é reduzido em virtude da grande carteira de clientes e dos procedimentos de<br />

controle que o monitoram. Historicamente, a Companhia e suas controladas não tem registrado perdas significativas<br />

nas contas a receber de clientes.<br />

A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e<br />

investimentos, levando em consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo<br />

concentração, ou seja, o risco de crédito é monitorado e minimizado pois as negociações são realizadas apenas com<br />

um seleto grupo de contrapartes altamente qualificadas. Na Labatt Canadá, são firmados acordos de compensação<br />

com suas contrapartes que lhe permitem liquidar ativos e passivos financeiros derivativos em caso de inadimplência.<br />

16.IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL<br />

a) Reconciliação da despesa consolidada do imposto de renda e da<br />

contribuição social sobre o lucro com seus valores nominais<br />

Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004<br />

Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 2.576,8 1.829,5<br />

Participações estatutárias e contribuições (202,8) (152,4)<br />

Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social<br />

e da participação dos acionistas minoritários 2.374,0 1.677,1<br />

Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (807,2) (570,2)<br />

Ajustes para obtenção da alíquota efetiva:<br />

Juros sobre capital próprio 253,0 270,0<br />

Resultado de Controladas no exterior não sujeitas à tributação (174,1) (66,1)<br />

Ganhos patrimoniais de incentivos fiscais em sociedades controladas 51,6 65,7<br />

Efeito na baixa de ágio na incorporação de controlada - (12,4)<br />

Amortização do ágio, parcela não dedutível (i) (211,4) (197,5)<br />

Perdas em fundos de investimentos exclusivos - (39,5)<br />

Ágio rentabilidade futura – incorporação CBB (ii) 103,4 -<br />

Variação cambial sobre investimentos (44,3) 85,0<br />

Adições e exclusões permanentes e outros (16,1) (46,8)<br />

Despesa de imposto de renda e da contribuição social (845,1) (511,8)<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .111


112. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

(i) Esse valor contempla os efeitos da amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá, conforme nota 18, gerando um efeito tributário,<br />

por não ser dedutível, no montante de R$ 314,0 (R$ 139,3 em 31 de dezembro de 2004).<br />

(ii) Esse valor refere-se ao crédito tributário decorrente da dedutibilidade futura do ágio de AmBev em CBB como resultado da incorporação<br />

de CBB por AmBev (nota 1(b)(ii)).<br />

b) Composição do benefício (despesa) com imposto de renda e contribuição<br />

social sobre o lucro líquido<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Corrente (1,7) - (757,1) (740,5)<br />

Diferido 170,3 208,6 (88,0) 228,7<br />

Total (168,6) 208,6 (845,1) (511,8)<br />

c) Composição dos impostos diferidos<br />

No realizável a longo prazo<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Prejuízos fiscais a compensar 357,6 210,2 896,9 1.049,2<br />

Diferenças temporárias:<br />

Provisões não dedutíveis 342,4 47,6 422,7 491,3<br />

Provisão para juros sobre capital próprio (*) - 188,1 - 190,0<br />

Ágio rentabilidade futura – Incorporações 132,6 - 132,6 -<br />

Provisão para reestruturação - - 46,4 66,4<br />

Provisão para benefício de assistência médica 28,7 - 165,9 194,8<br />

Provisão sobre participação dos empregados 43,4 - 47,8 35,2<br />

Provisão para perdas sobre “hedge” 116,9 - 116,9 -<br />

Provisão para despesas marketing e vendas 51,6 - 51,6 34,4<br />

Outros 108,3 1,7 161,2 155,3<br />

No exigível a longo prazo<br />

Diferenças temporárias<br />

1.181,5 447,6 2.042,0 2.216,6<br />

Depreciação acelerada - - 59,9 100,5<br />

Outros 26,7 - 34,7 38,0<br />

26,7 - 94,6 138,5<br />

(*) Os juros sobre capital próprio são considerados dedutíveis apenas quando efetivamente creditados aos acionistas.<br />

Com base nas projeções de geração de resultados tributáveis futuros da Controladora e de controladas localizadas<br />

no Brasil e no exterior, a estimativa de recuperação do saldo ativo consolidado de imposto de renda e contribuição<br />

social diferidos sobre prejuízos fiscais, encontra-se demonstrada a seguir:<br />

Em valores nominais<br />

(milhões de reais)<br />

2006 47<br />

2007 96<br />

2008 136<br />

2009 187<br />

2010 229<br />

2011 202<br />

O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensação é amparada por projeções de lucros tributáveis, descontados<br />

ao seu valor presente, realizados pela Companhia até os próximos dez anos, considerando, também, que a<br />

compensação dos prejuízos fiscais é limitada a 30% do lucro do exercício tributável, determinado de acordo com a<br />

legislação fiscal brasileira.<br />

897


O imposto de renda diferido ativo em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> inclui o efeito total dos prejuízos fiscais das controladas<br />

brasileiras, que são imprescritíveis, compensáveis com lucros tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal<br />

correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi contabilizado como ativo, uma vez que a<br />

administração não está segura de que sua realização seja provável.<br />

Estima-se que o saldo referente aos impostos diferidos decorrentes das diferenças temporárias em 31 de dezembro<br />

de <strong>2005</strong> será realizado até o exercício de 2010; contudo, não é possível estimar com razoável precisão os anos em que<br />

essas diferenças temporárias serão realizadas, pois grande parte delas está sujeita a decisões judiciais sobre as quais<br />

a Companhia não detém nenhum controle, tampouco sabe prever quando haverá a decisão em última instância.<br />

As projeções de geração de resultados tributáveis futuros incluem várias estimativas referentes à performance da<br />

economia brasileira e da internacional, seleção de taxas de câmbio, volume de vendas, preços de vendas, alíquotas<br />

de impostos, entre outros, que podem apresentar variações em relação aos dados e aos valores reais.<br />

Como o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro decorre não só do lucro tributável, mas<br />

também da estrutura tributária e societária da Companhia, da existência de receitas não tributáveis, despesas não<br />

dedutíveis, isenções e incentivos fiscais e de diversas outras variáveis, não existe uma correlação relevante entre o<br />

lucro líquido da Companhia e o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. Portanto,<br />

recomendamos que a evolução da utilização dos prejuízos fiscais não seja considerada um indicativo de lucros futuros<br />

da Companhia.<br />

17.COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM FORNECEDORES<br />

A Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais<br />

importantes para os processos de produção e embalagem, como malte, plásticos para garrafas PET, alumínio e gás<br />

natural.<br />

A Companhia tem compromissos assumidos com fornecedores para 2006 e 2007, já contratados em 31 de dezembro<br />

de <strong>2005</strong>, no montante aproximado de R$ 533,4 e R$ 3,3, respectivamente.<br />

18.RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS<br />

Receitas operacionais<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Ganhos e acréscimos patrimoniais de controladas - - 151,8 193,3<br />

Variação cambial em controlada no exterior - 259,4 74,1 252,4<br />

Deságio na liqudação antecipada de incentivos fiscais 28,3 - 28,3 21,9<br />

Recuperação de impostos e contribuições 52,2 - 52,6 14,2<br />

Outras receitas operacionais 4,7 - 3,6 22,9<br />

Despesas operacionais<br />

85,2 259,4 310,4 504,7<br />

Variação cambial em controlada no exterior (2,9) - - -<br />

Amortização de ágio (i) (52,7) (84,8) (1.342,9) (803,6)<br />

Impostos sobre outras receitas (3,1) (46,6) (3,5) (67,5)<br />

Outras despesas operacionais (10,4) (5,4) (39,4) (54,5)<br />

(69,1) (136,8) (1.385,8) (925,6)<br />

Receitas (despesas) operacionais, líquidas 16,1 122,6 (1.075,4) (420,9)<br />

(i)O ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá resultou em uma despesa de amortização de R$ 923,4 (R$ 409,7 no período de 27 de agosto a 31 de<br />

dezembro de 2004).<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .113


114. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

19.RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS<br />

Receitas não operacionais<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2005</strong> 2004 <strong>2005</strong> 2004<br />

Reversão de provisão para perda sobre imobilizado - - - 13,2<br />

Ganho na alienação de bens do imobilizado 1,8 - 24,9 53,5<br />

Outras receitas não operacionais 4,2 - 15,6 9,1<br />

Despesas não operacionais<br />

6,0 - 40,5 75,8<br />

Provisão para perda sobre ativos permanentes (19,1) - (58,6) (10,4)<br />

Perda de participação em investida (3,3) - (64,9) (80,8)<br />

Perda na alienação de bens do imobilizado (8,4) - (19,0) (97,8)<br />

Provisão para reestruturação - - (114,9) (198,7)<br />

Outras despesas não operacionais (1,2) (1,3) (17,4) (22,0)<br />

(32,0) (1,3) (274,8) (409,7)<br />

Total das despesas não operacionais, líquidas (26,0) (1,3) (234,3) (333,9)<br />

(i) Conforme mencionado na Nota 10 (ii), a Labatt Canadá anunciou o fechamento da planta Metro Brewery, em Toronto, Ontário. Como parte<br />

do plano de fechamento desta planta, a Labatt Canadá reconheceu no resultado não operacional (i) provisão para perda no ativo imobilizado<br />

no montante de CAD 19.8 milhões (equivalente a R$ 46,7), contabilizado na conta “Provisão para perda sobre ativos permanentes”, e ajuste<br />

no passivo atuarial do plano de pensão no montante de CAD 31.7 milhões (equivalente a R$ 69,9 ) e provisão para gastos com demissões<br />

no montante de CAD 18.9 milhões (equivalente a R$ 41,6), contabilizados na conta “Provisão para reestruturação”.<br />

20.SEGUROS<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, os principais ativos da Companhia e de suas controladas, como bens do imobilizado e<br />

do estoque, estão segurados contra riscos de incêndio e diversos, com base nos respectivos valores de reposição. De<br />

acordo com a avaliação da Administração da Companhia, o valor de cobertura das apólices é superior aos valores<br />

registrados contabilmente, observado o risco máximo provável de sinistro.


Ações em Circulação (31/12/05)<br />

65.346 milhões de ações<br />

653,5 milhões de ADRs equivalentes<br />

Bolsa de Valores<br />

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)<br />

Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN)<br />

Principais índices dos quais as ações da AmBev participam:<br />

IBX e IBOVESPA<br />

Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE)<br />

Códigos: ABVc (ON); ABV (PN)<br />

Informações aos <strong>Investidores</strong><br />

Política de dividendos<br />

O estatuto social da AmBev prevê dividendos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia,<br />

conforme estabelecido nos princípios contábeis da Legislação Societária Brasileira. O dividendo obrigatório inclui as<br />

quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. Isso equivale a um dividendo, porém, é uma forma mais<br />

eficiente de distribuir lucros, pois a companhia pode tratar esse pagamento como uma despesa para fins fiscais, e<br />

repassar um montante maior para o seu acionista. Os acionistas (incluindo os detentores de ADRs) pagam o Imposto<br />

de Renda brasileiro retido na fonte sobre as quantias recebidas a título de juros sobre o capital próprio, ao passo que<br />

a distribuição de dividendos é isenta de imposto para o acionista. Apesar disso, o aumento do montante distribuído<br />

devido ao benefício fiscal supera o montante a ser pago pelo acionista no Imposto de Renda. O Imposto de Renda<br />

Retido na Fonte normalmente é pago pelas empresas brasileiras em nome de seus acionistas. A AmBev tem duas<br />

classes de ações: ordinária (ON) e preferencial (PN). Os detentores de ações ordinárias têm direito de voto, enquanto<br />

os detentores de ações preferenciais têm prioridade no caso de liquidação da companhia. De acordo com a Legislação<br />

Societária Brasileira, os pagamentos de dividendos aos acionistas preferenciais devem ser 10% maiores do que os<br />

pagamentos feitos a detentores de ações ordinárias.<br />

<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .115


116. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

Dividendos declarados<br />

Lucros gerados Data do primeiro Tipo de ação R$ por Equivalente em<br />

pagamento mil ações US$ por mil ações<br />

Segundo Semestre <strong>2005</strong> 31-mar-2006 preferencial 14,68 6,41<br />

Ordinária 13,35 5,82<br />

Primeiro Semestre <strong>2005</strong> 30-set-<strong>2005</strong> preferencial 10,69 4,74<br />

Ordinária 9,72 4,31<br />

Segundo semestre 2004 15-fev-<strong>2005</strong> preferencial 17,15 6,66<br />

ordinária 15,59 6,05<br />

Primeiro semestre 2004 8-out-2004 preferencial 5,80 2,05<br />

Ordinária 5,28 1,87<br />

Segundo semestre 2003 25-mar-2004 preferencial 6,75 2,30<br />

Ordinária 6,14 2,09<br />

Primeiro semestre 2003 13-out-2003 preferencial 18,70 6,59<br />

Ordinária 17,00 5,99<br />

Segundo semestre 2002 28-fev-2003 preferencial 9,27 2,60<br />

Ordinária 8,43 2,37<br />

Primeiro semestre 2002 25-nov-2002 preferencial 4,37 1,15<br />

Desempenho do preço das ações<br />

Ordinária 3,97 1,04<br />

% Variação % Variação<br />

31-Dez-2003 31-Dez-2004 31-Dez-<strong>2005</strong> 04 x 03 05 x 04<br />

AMBV4 (PN) - R$ 739,0 740,0 898,0 0,1% 21,3%<br />

AMBV3 (ON) - R$ 635,0 1.368,0 752,0 115,4% -45%<br />

IBOVESPA - R$ 22.236,0 26.196,0 33.455,94 17,8% 27,7%<br />

ABV (PN) - US$ 25,5 28,3 38,5 11,1% 36,0%<br />

ABVc (ON) - US$ 20,5 52,0 36,25 153,9% -30,0%<br />

S&P 500 - US$ 1.111,9 1.211,9 1.248,29 9,0% 3,0%<br />

Classificação de risco<br />

Agência Rating Rating Perspectiva<br />

Moeda Local Moeda Estrangeira<br />

Fitch BBB BBB- Estável<br />

Moody’s Baa3 Ba3 Estável<br />

S&P BBB BBB- Estável<br />

Nota: em março de 2006.


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<strong>2005</strong> | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | AmBev .117


118. AmBev | <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> | <strong>2005</strong><br />

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E-mail: ri@ambev.com.br<br />

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Publicações<br />

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Texto Steve Yolen, Christina Brentano Design Gráfico Adroitt Bernard Fotografias Sergio Santorio, João Musa Impressão Gráficos Burti


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