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1º Trimestre de 2013 – Elias e Eliseu – um ministério de poder para a Igreja<br />
a milagres do Senhor em outras 17 oportunidades, sem mencionar os milagres não registrados. Os milagres,<br />
entretanto, nem sempre são traduzidos para “milagre”, sendo comum o emprego de outras palavras como<br />
“maravilhas”, “sinais”, “prodígios” e “obras”.<br />
- Em Ex. 7:9, a palavra “milagre” é tradução do hebraico “môphet” (מןפת), cujo significado é, precisamente, o<br />
de “algo admirável”, “uma demonstração do poder de Deus”. Em Mc. 9:39, a palavra “milagre” é tradução de<br />
“dynamis” (δύναμις), que tem o significado de “poder”, “poder em ação”, enquanto que, nas outras três<br />
referências (Jo.4:54; 6:14 e At.4:22), a palavra “milagre” é tradução de “semeion” (σημειον), cujo significado<br />
é “sinal”, “marca”, “acontecimento extraordinário, incomum que manifesta que alguém é vindo da parte de<br />
Deus”.<br />
OBS: Não fizemos menção de Mc.6:52, pois a palavra “milagre”, neste texto, não se encontra no original, tanto que está em itálico na Bíblia, pois<br />
é um acréscimo feito pelo tradutor para que o texto tivesse sentido claro na língua portuguesa.<br />
- O que se percebe, pois, é que “milagre” é um acontecimento que causa admiração, que não é comum. Por<br />
quê? Porque é um fato que foge à explicação das leis naturais, é uma ocorrência que não se consegue explicar,<br />
que aparentemente contradiz a ordem natural das coisas. Por isso, o milagre é uma demonstração de que Deus<br />
criou o mundo, não Se confunde com a Sua criação e, além disso, participa desta criação, fazendo intervenções<br />
que modificam as leis por Ele mesmo estabelecidas, quando isto é da Sua vontade e atende aos Seus sublimes<br />
propósitos.<br />
- Não é por outro motivo, aliás, que os que não reconhecem a existência de Deus (ateus), ou entendem que<br />
Deus e natureza se confundem (panteístas) ou, então, que Deus, embora seja distinto da natureza, nela não<br />
intervém (deístas) sejam, também, pessoas que não admitem a existência de milagres, incluídos nestes grupos,<br />
pasmemos todos, até supostos “evangélicos” e “teólogos”.<br />
- Usando de argumentos aparentemente lógicos, muitos dizem não ser possível a existência de milagres, pois,<br />
sendo Deus imutável e não contradizente, não poderia mudar as leis que criou. Se o milagre é uma mudança,<br />
uma alteração das leis da natureza, um acontecimento extraordinário, fora do normal, tem-se que não pode<br />
existir, diante da imutabilidade de Deus. Assim, ou o milagre é um acontecimento natural, que o homem não<br />
tem conhecimento suficiente para explicar e, portanto, rigorosamente não é um milagre, mas um fato natural<br />
que o homem, por ignorância, não sabe explicar, ou, então, é apenas uma fantasia, uma ilusão, pois Deus não<br />
pode negar-Se a Si mesmo e, portanto, não pode modificar as leis que criou.<br />
- Este argumento, que não é novo, mas se encontra muito em voga em nossos dias, notadamente naquilo que o<br />
pastor Ciro Sanches Zibordi denominou de “evangelho filosófico” e “evangelho teologicocêntrico”, embora<br />
tenha a sua lógica, não corresponde à verdade dos fatos. Por primeiro, a própria ciência admite a sua<br />
insuficiência e precariedade, tanto que muitos filósofos da ciência estão a dizer que a “verdade científica” é,<br />
por natureza, “provisória”. Se assim é, não há como considerar que a ciência possa invalidar os milagres ou<br />
negá-los, se admite a sua própria ignorância sobre tudo o que ocorre no universo. Como dizia Shakespeare,<br />
“há entre os céus e a terra mais mistérios do que possa imaginar a nossa vã filosofia”. Assim, como considerar<br />
que os milagres não existem porque não se podem violar as leis naturais, se nem conhecemos estas mesmas<br />
leis?<br />
OBS: “…Enquanto o evangelho teologicocêntrico (…) se fundamenta no que os teólogos dizem de Deus e Sua obra, o filosófico se baseia no<br />
conhecimento adquirido por meio do exercício do raciocínio humano. No entanto, estes evangelhos se misturam, haja vista terem como principal<br />
característica a negação parcial das verdades da Palavra de Deus…” (ZIBORDI, Ciro Sanches. <strong>Ev</strong>angelhos que Paulo jamais pregaria, p.117).<br />
- Por segundo, este raciocínio parte do princípio de que Deus não pode mudar as leis que estabeleceu, como se<br />
a criação não tivesse como pressuposto o fato de que o Criador é o dono da criação (Sl.24:1). Ora, a soberania<br />
divina não pode ser anulada pelo Senhor, pois Ele não pode negar-Se a Si mesmo (II Tm.2:13). Portanto, a<br />
intervenção de Deus na criação é sempre uma possibilidade, pois Deus está acima da criação, visto que ela<br />
Lhe é sujeita (I Co.15:27,28). Deus tem propósitos que, ou nos são revelados, ou permanecem ocultos para<br />
nós, mas o fato é que, para cumpri-los, mantendo a Sua fidelidade e senhorio, sem qualquer dificuldade altera<br />
as leis naturais, pois acima delas está o caráter divino e a Sua soberania. Tanto assim é que este universo<br />
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