15.04.2013 Views

Extracção do Iodo das Algas Marinhas

Extracção do Iodo das Algas Marinhas

Extracção do Iodo das Algas Marinhas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Extracção</strong> <strong>do</strong> Io<strong>do</strong> <strong>das</strong> <strong>Algas</strong> <strong>Marinhas</strong><br />

Ana R. M. Leite; Emanuel S. Costa; Filipa A. Carneiro; Íris F. G. Carvalho; Margarita<br />

Yakubovich; Sara T. A. Alves<br />

Objectivo:<br />

Proceder à extracção <strong>do</strong> io<strong>do</strong> a partir <strong>das</strong> algas marinhas.<br />

Introdução:<br />

O io<strong>do</strong>, na sublimação, passa <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong> a gasoso originan<strong>do</strong>-se vapores de cor violeta.<br />

O io<strong>do</strong> na tabela periódica (Imagem retirada de: http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e05300.html).<br />

1


Características:<br />

Nome: Io<strong>do</strong><br />

Símbolo Químico: I<br />

Número Atómico: 53<br />

Configuração Electrónica: [Kr]4d 10 5s 2 5p 5<br />

Massa Atómica: 126.90447<br />

Ião Comum: I –<br />

Abundância na Terra: 0.14 ppm<br />

O io<strong>do</strong> foi descoberto em Maio de 1811, pelo químico francês, Bernard Courtois,<br />

enquanto este produzia nitrato de potássio para os exércitos de Napoleão com o recurso a<br />

algas marinhas. Durante este processo Courtois verificou que quan<strong>do</strong> lavava as cinzas<br />

obti<strong>das</strong> a partir <strong>das</strong> algas com áci<strong>do</strong> sulfúrico, surgia um fumo que se condensava nos<br />

instrumentos de cobre, corroen<strong>do</strong>-os, e, posteriormente, observou a formação de um<br />

precipita<strong>do</strong> que, ao ser aqueci<strong>do</strong>, dava origem a um vapor de cor violeta. Esta nova<br />

substância, despertou a atenção de diversos cientistas, de entre os quais se destacam Gay-<br />

Lussac que aprofun<strong>do</strong>u o estu<strong>do</strong> <strong>das</strong> suas características e lhe atribuiu o nome de io<strong>do</strong>.<br />

Actualmente o io<strong>do</strong> é muito importante, uma vez que tem contribuí<strong>do</strong> para inúmeros<br />

avanços da tecnologia química.<br />

Material e Reagentes Utiliza<strong>do</strong>s<br />

Aprox. 60g de cinzas de algas secas.<br />

Almofariz com pilão<br />

Balança de precisão<br />

Caixa de Petri<br />

Estufa<br />

Funil<br />

Gobelé<br />

Papel de filtro<br />

Placa de aquecimento<br />

Pipeta (2 e 10 ml)<br />

Proveta de 25ml<br />

Suporte de funil<br />

2


Reagentes<br />

Áci<strong>do</strong> sulfúrico ( 1 mol/dm 3 )<br />

Água Destilada<br />

Água oxigenada a 20 vol.<br />

Éter de petróleo<br />

Procedimento Experimental e Resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.<br />

1. Lavou-se a alga Kombu (laminária japonesa) de forma a eliminar os sais.<br />

2. Colocaram-se as algas no forno, a alta temperatura, até serem reduzi<strong>das</strong> a cinzas.<br />

3. Procedeu-se, seguidamente, à trituração com o auxílio <strong>do</strong> almofariz e pilão.<br />

4. Na balança pesou-se, aproximadamente, 60,0g de cinzas da alga.<br />

5. Transferiram-se as cinzas para um gobelé, adicionou-se 375cm 3 de água destilada e<br />

levou-se à ebulição durante cerca de 15 minutos.<br />

3


6. De seguida, filtrou-se a mistura para uma proveta.<br />

7. Após a filtração, adicionou-se à mistura 62,5 cm 3 de áci<strong>do</strong> sulfúrico diluí<strong>do</strong> e 125 cm 3 de<br />

água oxigenada.<br />

4


8. Por último, adicionou-se 250 cm 3 de éter de petróleo ( solvente <strong>do</strong> io<strong>do</strong>).<br />

9. Transferiu-se a solução da proveta para um funil de decantação, colocou-se a rolha e<br />

agitou-se, energicamente, por várias vezes. De seguida, procedeu-se à decantação<br />

recolhen<strong>do</strong>-se a fracção que contém o io<strong>do</strong> num gobelé. De imediato observou-se, na<br />

solução decantada, o aparecimento da cor violeta característica <strong>do</strong> io<strong>do</strong>.<br />

5


10. Na estufa, procedeu-se à cristalização <strong>do</strong> io<strong>do</strong> com os devi<strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s.<br />

Conclusões:<br />

Após várias tentativas conseguiu-se aperfeiçoar o protocolo experimental de forma a<br />

extrair-se o io<strong>do</strong> <strong>das</strong> algas marinhas. A técnica utilizada revelou-se eficaz. No entanto, a espécie<br />

de alga utilizada também contribuiu para o sucesso da experiência, uma vez que a Kombu<br />

(laminária japonesa) é uma <strong>das</strong> algas mais ricas em io<strong>do</strong>. Mesmo assim, a fracção obtida foi<br />

muito pequena relativamente à quantidade de algas usada. Para a obtenção de uma quantidade<br />

significativa de cristais de io<strong>do</strong> verificou-se ser necessário a utilização de uma quantidade de<br />

algas, no mínimo, três vezes superior à utilizada. Uma <strong>das</strong> dificuldades senti<strong>das</strong> na experiência<br />

foi a obtenção de cristais uma vez que é difícil evaporar o solvente sem se dar, em simultâneo, a<br />

sublimação <strong>do</strong> io<strong>do</strong>.<br />

Referências Bibliográficas:<br />

http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e05300.html<br />

Fracção que<br />

contém o io<strong>do</strong><br />

6

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!