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NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...

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4.2 O papel social do monitor junto às crianças e aos adolescentes inseridos no PETI<br />

Os conceitos de educador social de rua ou educador popular e monitor têm em comum<br />

o fato de estes serem sujeitos que desenvolvem suas atividades educativas junto a criança e<br />

adolescente em condição de risco, seja ela “da rua” ou “na rua”. Esta população, muitas vezes<br />

composta por crianças e adolescentes abandonadas ou submetidas ao desenvolvimento de<br />

atividades de trabalho ou mendicância por seus pais e familiares, também é vítima da<br />

violência e da pobreza geradas pelo sistema econômico capitalista.<br />

Segundo os dados do IBGE de 2004, divulgados no Correio da Paraíba no dia 06 de<br />

novembro de 2005, revelam que, só na Paraíba, há 126,9 mil crianças e adolescentes, entre 10<br />

e 17 anos que são mantenedoras financeiras de suas famílias. Conforme o artigo, os jovens<br />

paraibanos:<br />

[...] levam para casa até 90% da renda média mensal familiar. Deste total, 65,<br />

9% das crianças e adolescentes contribuem com mais de 10% até 50% do<br />

rendimento das suas famílias e 13% deles já são responsáveis por uma<br />

contribuição que varia de 51% a mais de 90% da renda mensal dos seus pais<br />

(SANTIAGO, 2005, p. B-1).<br />

Dados do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS, publicados pelo jornal<br />

Correio da Paraíba, no dia 12 de junho de 2007, demonstram que o trabalho infantil na<br />

Paraíba cresceu consideravelmente de 2004 a 2005, fazendo com que o estado passasse do 6º<br />

ao 3º lugar no ranking entre os estados brasileiros, com 145.103 mil crianças e adolescentes<br />

trabalhadores na faixa de 5 a 15 anos, só perdendo para o Piauí e o Maranhão.<br />

Os números mostram que o Estado está na contramão da tendência registrada<br />

em toda América Latina. Enquanto a maioria dos Estados apresenta redução,<br />

aqui a taxa subiu dos 10,94 de 2004 para 13,32% em 2005 (LÚCIO,2007, p.<br />

B-3).<br />

No entanto a condição de estarem nas ruas das pequenas e grandes cidades brasileiras<br />

representa para a população em geral, de alguma forma, uma “ameaça” à ordem pública e à<br />

tranqüilidade dos transeuntes que saem para trabalhar ou passear e se deparam com crianças e<br />

adolescentes, pedindo, vendendo alguma mercadoria (como balas, doces, adesivos, quentinhas<br />

ou o próprio corpo), olhando carros em troca de alguns centavos, “batendo carteira”, ou<br />

mesmo recolhendo material reciclável (garrafa plástica, latinha de refrigerante de alumínio,<br />

papelão nos sacos de lixos, etc.) nas ruas:<br />

Para todos [meninos e meninas trabalhadores na rua], o trabalho precoce<br />

ataca a dignidade, gera um sentimento de vergonha em decorrência do

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