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NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...

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de haver uma troca de saberes e de experiências, facilitando, assim, o processo de aquisição<br />

de novos saberes.<br />

Segundo Graciani (2005 p. 81-82):<br />

É, pois, fundamental, no trabalho popular, informar, estimular e orientar o<br />

descobrimento do educando, sujeito a se apropriar dos conhecimentos, tanto<br />

no seu aspecto específico local (por exemplo, levar as crianças e os<br />

adolescentes a criarem um novo projeto de vida) quanto no âmbito mais geral<br />

e global (por exemplo, levá-los a perceber como as políticas públicas básicas<br />

têm se preocupado ou não com as crianças e adolescentes de rua). Ao mesmo<br />

tempo, deve-se levá-los a se apropriar dos conhecimentos relativos a seu<br />

corpo, à saúde individual e ambiental, preventiva e curativa, ao estilo de vida<br />

que levam, ao trabalho de cada um, a um universo psicológico, intuitivo,<br />

perceptivo, além dos conhecimentos relativos à sua cultura, linguagem,<br />

ludicidade e luta.<br />

Para tanto, conforme o Manual do PETI (BRASIL, 2004, p.16), faz-se necessário ao<br />

monitor da Jornada Ampliada “procurar estabelecer vínculos com as crianças e adolescentes,<br />

de forma a instigar o seu auto-conhecimento como sujeito social, além de estimular sua autoestima”.<br />

Estas características delineadas mostram que a ação pedagógica que deve ser<br />

desenvolvida por este profissional exige capacitação adequada para saber lidar com os<br />

egressos do trabalho infanto-juvenil, pois tanto a escola como a Jornada Ampliada são<br />

obrigados a respeitar “os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social<br />

da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes<br />

de cultura”, assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, no seu Artigo 58.<br />

Para que este “vínculo” venha a ser estabelecido e o trabalho pedagógico venha a ser<br />

efetuado de modo eficaz, objetivo e contextualizado, Graciani (2005) aponta algumas<br />

características fundamentais no processo educativo das crianças e adolescentes em condição<br />

de rua como a personalidade da pessoa que se coloca a desenvolver atividades<br />

socioeducativas com esta população, denominada pela autora de educador social de rua, e o<br />

aparato técnico-profissional. Com relação à primeira, a autora destaca a dimensão relacional,<br />

que se refere à facilidade pessoal do educador em construir relacionamentos, pois “[...] é no<br />

corpo a corpo, no olho a olho cotidianos com esses meninos (as) que se pode revelar o<br />

acolhimento, o compromisso, a paciência e a competência, assim como os preconceitos,<br />

impaciências, rejeições ou rigidez [...] (GRACIANI, 2005, p.199)”. Quanto ao aparato<br />

técnico-profissional, a autora destaca o respeito às habilidades e conhecimentos<br />

(competências), sobre determinadas áreas do conhecimento, pessoas ou processos específicos<br />

e globais, os quais darão suporte, tanto na reflexão como na ação do educador, bem como no<br />

desenvolvimento das atividades educativas junto às crianças e aos adolescentes.

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