Na verdade, porém, os chamados marginalizados, que são os oprimidos, jamais estiveram fora de. Sempre estiveram dentro de. Dentro da estrutura que os transforma em “seres para outro”. Sua solução, pois, não está em “integrar-se” a esta estrutura que o oprime, mas em transformá-la para que possam fazer-se “seres para si”. (Paulo Freire,2000)
4 A FORMAÇÃO E A PRÁTICA DO MONITOR DO PETI Neste capítulo, faz-se-á uma discussão sobre a concepção de monitor dentro da Jornada Ampliada do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, procurando-se perceber o papel social que o monitor exerce junto às crianças e adolescentes egressos do trabalho infanto-juvenil. 4.1 A concepção de monitor e suas atribuições no PETI As crianças e os adolescentes, ao serem inseridos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), devem freqüentar a escola e a Jornada Ampliada do Programa, dando continuidade aos estudos, conforme estabelece o Artigo 208 da Constituição de 1988, que fixa ser dever do Estado garantir o ensino fundamental obrigatório e gratuito. Essa articulação da escola com a Jornada Ampliada do PETI pode ser vista como um ensaio ou esforço a priori para implantação do regime de escolas de tempo integral, conforme reza o artigo 87, parágrafo 5º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB): “Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral”. Na Jornada Ampliada, os egressos do trabalho infantil ficam sob a responsabilidade do monitor, que é contratado para desenvolver atividades ludo-pedagógicas e de aprendizagem junto às crianças e aos adolescentes, em um período complementar ao da escola, de segunda a sexta-feira, com a duração de quatro horas diárias, conforme o período antagônico em que a criança e o adolescente estejam na escola. Caso haja dificuldade de acesso aos locais de realização da Jornada Ampliada, especialmente na área rural, a carga horária diária poderá ser reduzida, não podendo ser inferior a duas horas (BRASIL, 2004). A Jornada Ampliada como ação educativa, segundo as diretrizes do Programa, está dividida em núcleo básico e específico. O primeiro consiste em: • Enriquecer o universo de informações, cultural e lúdico, de crianças e adolescentes, por meio de atividades complementares e articuladas entre si, destacando aquelas voltadas para o desenvolvimento da comunicação, da sociabilidade, de habilidades para a vida, de trocas culturais e as atividades lúdicas;
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CE
- Page 3 and 4:
D192p Dantas, Nozângela Maria Roli
- Page 5:
___________________________________
- Page 8 and 9:
In memoriam Ao meu pai, José Ribam
- Page 10 and 11:
LISTA DE ABREVIATURAS CBO - Classif
- Page 12 and 13:
RESUMO O objetivo deste trabalho é
- Page 14 and 15:
1 INTRODUÇÃO SUMÁRIO 2 A CRIANÇ
- Page 16 and 17:
1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento hu
- Page 18 and 19:
Esse “universo cultural” dos in
- Page 20 and 21:
c) Prejuízo à escolaridade - o tr
- Page 22 and 23:
Para as pessoas lembramos que, se e
- Page 24 and 25:
2 A CRIANÇA E O ADOLESCENTE TRABAL
- Page 26 and 27:
[...] A atenção à criança passo
- Page 28 and 29:
eram vistos e tratados pela socieda
- Page 30 and 31: Rizzini (2004), pesquisadora contr
- Page 32 and 33: Mesmo diante da exploração da mã
- Page 34 and 35: social em favor dos direitos da cri
- Page 36 and 37: verdade, o que realmente importava
- Page 38 and 39: condições estruturais de trabalho
- Page 40 and 41: capital da Noruega, organizado pela
- Page 42 and 43: com a instalação de salas de aula
- Page 44 and 45: Até 1992, o trabalho infantil tinh
- Page 46 and 47: Oliveira (2004), ao fazer um breve
- Page 48 and 49: infanto-juvenil, através do desenv
- Page 50 and 51: Para Oliveira (1994), o trabalho é
- Page 52 and 53: 3 MONITOR: DIFERENTES PERSPECTIVAS
- Page 54 and 55: [...] corresponde à ação e ao re
- Page 56 and 57: comunicativo. O professor “atinge
- Page 58 and 59: XVII e XVIII - como a escola basead
- Page 60 and 61: Infelizmente, essa visão um tanto
- Page 62 and 63: Mesmo diante do sofrimento psíquic
- Page 64 and 65: palavras, a posição do corpo e a
- Page 66 and 67: “oficiais”, intendentes, observ
- Page 68 and 69: desempenhada pelas atividades infor
- Page 70 and 71: Solidária e de grupos de Educadore
- Page 72 and 73: Graciani (2005), ao discorrer sobre
- Page 74 and 75: trabalho precoce, principalmente no
- Page 76 and 77: com os estudantes formados pelas es
- Page 78 and 79: de analfabetos funcionais, que não
- Page 82 and 83: • Apoiar a criança e o adolescen
- Page 84 and 85: ▪ protagonismo dos usuários; ▪
- Page 86 and 87: aborrece, mas enfrenta a realidade.
- Page 88 and 89: Mas, para que o processo educativo
- Page 90 and 91: ao encontro da realizada pelo o edu
- Page 92 and 93: olhar do outro, que os faz ver a su
- Page 94 and 95: Logo, a partir da análise desse do
- Page 96 and 97: emergencial, exceto naqueles casos
- Page 98 and 99: sistema Capitalista Global, preserv
- Page 100 and 101: 5 ASPECTOS METODOLÓGICOS O process
- Page 102 and 103: Os referidos monitores desempenham
- Page 104 and 105: 5.4.2 Análise dos dados Para a an
- Page 106 and 107: 6 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS R
- Page 108 and 109: Desses 57 participantes, 36 são mo
- Page 110 and 111: No contexto educativo do PETI, a le
- Page 112 and 113: A reflexão feita por Costa e Camin
- Page 114 and 115: Tabela 03 - Escolaridade do monitor
- Page 116 and 117: condição gera insatisfações que
- Page 118 and 119: descomprometimento com os critério
- Page 120 and 121: esponsáveis pelas escolas no Brasi
- Page 122 and 123: A necessidade econômica transparec
- Page 124 and 125: 6.3 Quanto à inserção do monitor
- Page 126 and 127: aconteceu com outros programas dese
- Page 128 and 129: Estes dados são reforçados quando
- Page 130 and 131:
equilíbrio entre o que é esperado
- Page 132 and 133:
como uma estratégia para confronta
- Page 134 and 135:
Ao ser perguntado aos mesmos acerca
- Page 136 and 137:
de uma parceria contínua do PETI c
- Page 138 and 139:
“[...] 3,0 para a 1ª fase do ens
- Page 140 and 141:
que fossem tomadas as devidas provi
- Page 142 and 143:
crescimento, como poderiam, então,
- Page 144 and 145:
Não posso aceitar como tática do
- Page 146 and 147:
Os resultados enfatizam outro aspec
- Page 148 and 149:
possibilidades de ações efetivas
- Page 150 and 151:
BRASIL. Constituição da Repúblic
- Page 152 and 153:
______. A criança e adolescente no
- Page 154 and 155:
LONDOÑO, F. T. A origem do conceit
- Page 156 and 157:
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostr
- Page 158 and 159:
APÊNDICES
- Page 165:
APÊNDICE B - Quadro dos Núcleos d
- Page 170:
ANEXO A - Certidão do Comitê de
- Page 173:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCL