NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...
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Graciani (2005), ao discorrer sobre a importância do surgimento das ONGs para a<br />
prática do processo educativo, o qual via a criança e o adolescente pobre como ameaça social,<br />
afirma que:<br />
[...] as primeiras ONGs progressistas iniciaram uma prática, na época<br />
denominada “prática alternativa comunitária”, que trazia em seu bojo novas<br />
perspectivas educacionais de atendimento, de maneira geral e especialmente<br />
em relação à criança e ao adolescente de rua, cuja essência onde “a criança<br />
deve ser sujeito do processo pedagógico e deve trabalhar no contexto em que<br />
está inserida”, influenciada pela concepção de Paulo Freire (GRACIANI,<br />
2005, p.262).<br />
Vale salientar que, dentro do processo de implantação, luta e reconhecimento da<br />
criança e do adolescente como sendo “sujeitos de direitos”, Graciani (2005, p.264) destaca a<br />
mobilização da Pastoral do Menor e o Movimento de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR),<br />
que “favoreceram a criação de um amplo movimento social em defesa dos Direitos da Criança<br />
e do Adolescente, que resultou no artigo 227 da Constituição Brasileira (BRASIL, 1988), bem<br />
como na elaboração e aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.<br />
Por meio da conquista Legal, o MNMMR abre espaço para criação do Movimento de<br />
Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (MDDCA) e do Fórum Nacional dos<br />
Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA). Ambos assumidos por pessoas engajadas<br />
em algum movimento da sociedade civil organizada como, no caso do MDDCA:<br />
O MDDCA teve como atores básicos diferentes categorias sociais, a saber:<br />
agentes que trabalhavam diretamente com crianças e adolescentes, em<br />
instituições públicas e particulares; integrantes de ONGs, sindicatos,<br />
movimentos populares, partidos políticos e Igrejas; técnicos de entidades,<br />
organismos oficiais e ONGs internacionais. Trata-se de um espectro amplo e<br />
plural, composto basicamente de indivíduos pertencentes às camadas médias<br />
da população, e que tem como objeto central de reivindicação uma categoria<br />
geracional – a faixa de 0 a 18 anos – independente da classe social ou etnia a<br />
que pertença (GOHN, 2003, p.123).<br />
Respaldado nas experiências adquiridas durante a atuação nos Movimentos Sociais e<br />
ONGs, preocupados com a problemática da população infanto-juvenil de rua, o educador<br />
proveniente destes segmentos foi absorvido pelos programas sociais do governo devido o<br />
Estado estar definindo linhas de atuação dos movimentos populares na medida em que cria<br />
programas de assistência social, com subsídios de auxílio e financiamentos, conforme reza o<br />
Artigo 204 da Constituição de 1988:<br />
As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com<br />
recursos do orçamento da seguridade social, previsto no ar. 195, além de<br />
outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: