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NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...

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documentação escolar, de oficinas e de laboratórios. Podem prestar serviços à<br />

comunidade. No desenvolvimento das atividades mobilizam capacidades<br />

comunicativas.<br />

O dicionário Aurélio (2003) complementa esta informação afirmando que o instrutor é<br />

aquele que “instrui, que ensina e que adestra”. Na etimologia apresentada pelo dicionário<br />

Houaiss (2001), é originado do latim instructor(oris), que significa “o que prepara, põe em<br />

ordem”. Ou seja, pessoa possuidora de autoridade e conhecimento para transmitir<br />

conhecimentos e orientações sobre determinadas atividades sem prescindir da ordem, da<br />

inspeção e da disciplina sobre outrem.<br />

Um outro agente responsável pela disciplina escolar ou educacional é o inspetor de<br />

alunos. Este, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e<br />

Emprego (BRASIL, 2002), desempenha suas atividades em escolas privadas e públicas,<br />

cabendo a ele o papel de:<br />

Cuidar da segurança do aluno nas dependências e proximidades da escola;<br />

inspecionar o comportamento dos alunos no ambiente escolar. Orientar alunos<br />

sobre regras e procedimentos, regimento escolar, cumprimento de horários;<br />

ouvir reclamações e analisar fatos. Prestar apoio às atividades acadêmicas;<br />

controlar as atividades livres dos alunos, orientando entrada e saída de alunos,<br />

fiscalizando espaços de recreação, definindo limites nas atividades livres.<br />

Organizar ambiente escolar e providenciar manutenção predial.<br />

Portanto a diferença etimológica entre as palavras monitor, bedel, inspetor e instrutor<br />

não modifica a essência do papel exercido na origem destas funções no decorrer da história,<br />

que era a de manter a Lei e a ordem, fosse na escola, na fábrica, nos institutos disciplinares ou<br />

nos internatos de menores, entre outros locais onde o corpo, assim como o de um soldado, que<br />

a partir da segunda metade do século XVIII:<br />

[...] tornou-se algo que se fabrica; uma massa informe, de um corpo inapto,<br />

fez-se a máquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos as posturas;<br />

lentamente uma coação calculada percorre cada parte do corpo, se assenhoreia<br />

dele, dobra o conjunto, torna-o perpetuamente disponível, e se prolonga, em<br />

silêncio, no automatismo dos hábitos (FOUCAULT, 1977, p. 125).<br />

Raul Pompéia (1973, p.46), em seu livro “O ateneu”, reforça a similitude de funções<br />

etimológicas quando afirma:<br />

[...] João Numa, inspetor ou bedel, baixote, barrigudo, de óculos escuros,<br />

movendo-se com vivacidade de bácoro alegre, veio achar-me indeciso, à<br />

escada do pátio. “Não desce, a brincar?” perguntou bondosamente. “Vamos,<br />

desça, vá com os outros”. O amável bácoro tomou-me pela mão e descemos<br />

juntos.<br />

O inspetor deixou-me entre dois rapazinhos, que me trataram com simpatia.<br />

Às onze horas, a sineta deu o sinal das aulas. Os meus bons companheiros, de<br />

classes atrasadas, indicaram a sala de ensino superior de primeiras letras, que<br />

devia ser a minha, e se despediram.

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