NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...

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c) Prejuízo à escolaridade – o trabalho, além de contaminar o tempo da escola, ainda contribui com o analfabetismo de jovens, promove o baixo nível de escolaridade e a defasagem escolar, porque dificulta o aprendizado da leitura e da escrita. d) Socialização desviante – a socialização desviante é entendida pela autora como o acesso ou o ingresso em atividades que conduzem à socialização com delitos e com atos infracionais, ou seja, é o tipo de socialização que pode encaminhar meninos e meninas para a marginalidade, propiciada pelo convívio nas ruas. e) Perspectiva de futuro – as crianças e adolescentes trabalhadoras têm o seu futuro pautado no presente, segundo as condições atuais de vida, embotando a capacidade de sonhar. Esses aspectos são importantes porque demarcam a necessidade de se compreender como se efetiva a formação do monitor que atua junto ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, uma vez que ele atua no espaço da Jornada Ampliada, com crianças e adolescentes que trazem consigo histórias que foram se construindo através da responsabilidade de levar para casa a gorjeta que ganhou como flanelinha entre a entrada e saída dos carros nos estacionamentos da cidade; na venda do próprio corpo como mercadoria para deleite do cliente; por meio da venda de drogas em diversos pontos da cidade ou como trabalhador doméstico. De certa forma, neste contexto, o monitor tem como desafio trabalhar, através de suas atividades no espaço da Jornada Ampliada, as subjetividades e demandas de seus educandos, de modo que os conduza a refletir e problematizar a condição da criança e do adolescente trabalhador. Sendo assim, no segundo capítulo, procura-se fazer uma breve apresentação, ao longo da história, do conceito de criança e de adolescente, a mudança ocorrida na legislação, passando por algumas políticas sociais destinadas à “educação” desta população, até a implantação do PETI em todo o território nacional e na Paraíba. No terceiro capítulo, apresentam-se as diferentes perspectivas que englobam a função do monitor, no intuito de se perceber o tipo de papel que este desempenha no PETI, junto às crianças e adolescentes egressas do trabalho infanto-juvenil. Neste capítulo, também se procuram estabelecer relações com a escola, já que a Jornada Ampliada do PETI é uma ação educativa complementar da instituição de ensino: A Jornada Ampliada deve manter perfeita sintonia com a escola. Nesse sentido, será elaborada uma proposta pedagógica, sob responsabilidade do setor educacional (BRASIL, 2004, p.7).
Dando continuidade a alguns pontos levantados no terceiro capítulo, o quarto visa compreender o tipo de formação que o monitor possui para lidar com a temática do trabalho infanto-juvenil e a importância deste no espaço da Jornada Ampliada do Programa. No quinto capítulo, apresentam-se os aspectos metodológicos e o percurso seguido para a concretização da parte de pesquisa de campo. No sexto capítulo, descrevem-se e analisam-se a formação e o papel do monitor do PETI, a partir da análise dos dados colhidos da aplicação de questionários semi-estruturados, junto aos monitores. E concluem-se as análises com algumas considerações sobre os pontos mais pertinentes, levantados ao longo deste trabalho, no intuito de se oferecer aos sujeitos e leitores deste trabalho, mais um subsídio que possa contribuir para o melhor andamento das atividades socioeducativas realizadas pelos monitores do PETI, junto ao processo educacional das crianças e adolescentes egressos do trabalho infanto-juvenil.
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