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NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...

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Esse “universo cultural” dos inseridos no PETI, para que venha a ser desenvolvido e<br />

potencializado no espaço da Jornada Ampliada, requer que o monitor, principal responsável<br />

por esta população, possua formação e conhecimento mínimo sobre a temática do trabalho<br />

infanto-juvenil, além de recursos materiais e estruturais para poder acolher e desenvolver<br />

atividades socioeducativas que valorizem as experiências trazidas pelos egressos e, ao mesmo<br />

tempo, os conduzam na busca dos conhecimentos oferecidos pela escola. Conforme o Manual<br />

de Orientações (BRASIL, 2004, p.18), cabe também aos monitores procurar estabelecer<br />

vínculos, estimular o autoconhecimento e a auto-estima dos egressos do trabalho infantojuvenil.<br />

Devem, ainda,<br />

[...] colaborar em todos os procedimentos necessários para permanência,<br />

freqüência e sucesso das crianças e dos adolescentes na jornada ampliada,<br />

podendo para tanto recorrer à família, sensibilizando-a e mobilizando-a<br />

quando for necessário (grifo nosso).<br />

Para auxiliar esta análise, elegeu-se como objetivos específicos desta pesquisa:<br />

identificar qual a formação que o monitor possui para trabalhar com o PETI e verificar qual a<br />

concepção que o mesmo tem do Programa; identificar como o monitor define o seu papel,<br />

bem como a sua prática educativa e a sua clientela (os educandos); averiguar o<br />

direcionamento que o monitor dá às atividades na jornada; analisar as atividades priorizadas<br />

pelo monitor no processo ensino-aprendizagem, no que diz respeito a uma prática educativa.<br />

Segundo a “Análise Situacional do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil”,<br />

realizada pela UNICEF (2004), o PETI apresenta falhas no âmbito de suas propostas<br />

socioeducativas como as que se referem ao auxílio do bom desempenho da criança e do<br />

adolescente na escola e na ampliação do universo de conhecimento destes. Esta mesma<br />

análise aponta também a falta de preparação dos monitores para lidar com a população<br />

infanto-juvenil devido os mesmos terem uma reduzida capacitação para o desempenho de<br />

suas funções e pela falta de planejamento de suas atividades, apontada pela inexistência de<br />

uma proposta pedagógica básica. Corroborando as análises do UNICEF, pesquisa realizada<br />

por Souza (2005, p. 128), sobre o PETI e o desempenho escolar de 130 bolsistas do Programa<br />

de uma escola pública na cidade de João Pessoa, constatou que o PETI não promove o<br />

sucesso escolar nem a permanência contínua dos egressos na escola, pois “(...) o programa<br />

apenas retira, temporariamente, a criança do trabalho, e a inclui parcialmente na escola”. No<br />

entanto “não basta a criança estar matriculada e freqüentando a escola. O ensino precisa ser de<br />

boa qualidade e estar em consonância com as demandas da sociedade contemporânea”,<br />

complementa Silva, Yazbek e Giovanni (2004, p.200).

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