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NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...

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crescimento, como poderiam, então, estes educadores desenvolver um trabalho adequado e de<br />

qualidade que permita o alcance dos objetivos do Programa se trazem consigo a mentalidade<br />

impregnada na sociedade brasileira, de que “Trabalhar educa o caráter da criança”?<br />

Segundo Rizzini (2004, p.389):<br />

[...] O trabalho da criança e do adolescente das classes populares é visto em<br />

nossa sociedade como um mecanismo disciplinador, capaz de afastá-los das<br />

companhias maléficas e dos perigos da rua. A “escola para o trabalho” é<br />

percebida como a verdadeira “escola da vida” – a criança é socializada desde<br />

cedo para ocupar o seu lugar em uma sociedade extremamente estratificada,<br />

onde lhe são reservadas as funções mais subalternas.<br />

Consedey (2002) complementa a reflexão de Rizzini, trazendo presente que o combate<br />

ao trabalho infanto-juvenil depende de uma nova visão sobre a questão e ampla discussão<br />

com os vários setores da sociedade, entre eles, os profissionais que atuam na área educacional<br />

como: diretores, supervisores, professores, monitores, entre outros. Os agentes educacionais,<br />

segundo a OIT (2001), ao aprofundar, discutir e analisar a problemática do trabalho infantil,<br />

tornar-se-ão agentes nesse combate. A participação dos educadores é de fundamental<br />

importância porque são as pessoas mais próximas dos educandos e da comunidade, podendo<br />

desenvolver trabalhos educativos que venham a sensibilizar e mobilizar a comunidade na<br />

busca de soluções e alternativas para erradicação do trabalho infantil, com a melhoria das<br />

atividades desenvolvidas no PETI.<br />

Conforme a Organização Internacional do Trabalho (2001), apesar de o PETI ter<br />

diminuído o número de crianças e adolescentes em atividades laborais, o Programa apresenta<br />

limitações, como o fato de ele ser de caráter emergencial e por não ser acompanhado de<br />

políticas mais efetivas voltadas para a superação da injusta distribuição de renda no país.<br />

Acerca de outros comentários sobre as atividades do PETI, surge a “necessidade de<br />

maior valorização dos profissionais” (monitores); de “liberação do ensino profissionalizante<br />

para os adolescentes do Programa”; do “maior comprometimento profissional”; “maior<br />

número e melhor qualidade das capacitações”; “maior envolvimento do Programa com as<br />

famílias”; “atividades de geração de renda para os familiares”; “maior valorização das<br />

atividades esportivas”; “diminuição dos atrasos das bolsas e no repasse do material”; e “maior<br />

incentivo para as crianças e adolescentes participarem das atividades musicais”.<br />

As afirmações contidas no último parágrafo são resultantes de uma pergunta cuja<br />

resposta não era obrigatória e, por este motivo, não foram contabilizadas. Apesar disto, essas<br />

afirmações indicam também incoerências que podem ser traduzidas pelas indagações que se<br />

seguem: que procedimentos adotar para se valorizar um profissional que não acredita naquilo

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