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NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...

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Ao ser perguntado aos mesmos acerca de outras atividades, consideradas relevantes<br />

para desenvolver com as crianças e adolescentes, surgiram: jogos esportivos (futebol,<br />

capoeira, natação e xadrez), dança, teatro, música, brincadeiras e jogos, artesanato, reforço<br />

escolar, computação, passeios, boas maneiras, palestras e oficinas (drogas, sexo, violência,<br />

cidadania, ECA, raça (etnia, gênero), DST/AIDS, deveres sociais, atendimento psicológico,<br />

dinâmica de grupo, ensino profissionalizante, oficinas de reciclagem, grafite e desenho,<br />

higienização, educação e assistência familiar, educação religiosa, participação da família nas<br />

atividades, monitores mais treinados, atendimento médico e atendimento odontológico.<br />

Identificam-se as mesmas respostas para perguntas diferentes e algumas atividades<br />

sugeridas aos sujeitos desta pesquisa são inadequadas com a função do monitor, como o<br />

atendimento psicológico e médico em geral. Este fato é analisado como indício da dificuldade<br />

dos monitores de serem criativos e de não saberem como transformar as orientações recebidas<br />

numa prática agradável, adequada e pedagógica. Se somar-se a essa situação a<br />

heterogeneidade numérica dos grupos dos educandos e, em sua maioria, grupos muito grandes<br />

e inadequados a uma prática pedagógica eficiente, poder-se-á concluir que a atuação dos<br />

monitores está longe de atender ao objetivo proposto pelo Programa.<br />

Essas dificuldades repercutem na permanência dos egressos no espaço da Jornada<br />

Ampliada do Programa. Ao se questionar se existia situação de evasão na turma em que o<br />

monitor desenvolvia suas atividades, dos 57 monitores, 33 responderam que sim, 17<br />

monitores que não, e 07 não responderam. As causas que esses 33 monitores apontaram<br />

foram: “falta de pagamento ou atraso da bolsa”, 18 monitores; “falta de interesse das crianças<br />

e adolescentes”, 07 monitores; “falta de material e espaço adequado para as crianças”, 03<br />

monitores; “mau funcionamento do Programa”, 02 monitores; “envolvimento com drogas”,<br />

01 monitor; “devido ao cansaço e a fome”, 01 monitor; “devido à incorporação do PETI no<br />

Bolsa-Família”, 01 monitor.<br />

É interessante observar que a maioria afirma que há evasão em suas turmas e os<br />

maiores responsáveis seriam: o atraso da bolsa, que é a questão financeira e a falta de<br />

“interesse” dos egressos. Com relação à primeira causa, infere-se que as crianças estão<br />

retornando ao trabalho devido ao atraso do incentivo financeiro oferecido pelo Programa.<br />

Logo o governo não está cumprindo a sua parte na permanência das crianças no PETI, já que<br />

é ele o principal responsável pelo pagamento. Quanto à falta de “interesse” dos egressos,<br />

questiona-se o tipo e o como as atividades estão sendo desenvolvidas junto aos egressos, já<br />

que as atividades ludopedagógicas são desenvolvidas pelos monitores. É sabido, portanto, que

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