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6.3 Quanto à inserção do monitor no PETI Com relação ao tempo em que participam do PETI, 25 sujeitos estão a menos de 01 ano no Programa; 15 sujeitos estão há 2 anos incompletos; 06 sujeitos há 3 anos incompletos; 02 sujeitos há 4 anos incompletos; 04 sujeitos estão no Programa há 5 anos; 03 sujeitos estão há 6 anos no Programa e 02 não responderam. Tabela 06 – Tempo do monitor no PETI Menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 2 e 3 anos incompletos Entre 3 e 4 anos incompletos 5 anos 6 anos 25 15 06 02 04 03 Fonte: Direta da Pesquisa, 2007. Não respondeu Total A simples observação do quadro apresentado demonstra que a maioria está há pouco tempo no PETI. A constatação do pouco tempo de permanência no PETI e a necessidade de um número permanente de monitores no Programa criam uma situação que nos permite inferir uma situação de rotatividade e instabilidade na permanência dos monitores, considerando-se que o Programa tem aproximadamente seis anos de existência na cidade de João Pessoa. Estes dados sugerem que a baixa permanência dos monitores no Programa pode ser gerada pela falta de incentivos financeiros, materiais e de investimento na formação do profissional em lidar com a realidade das crianças e adolescentes egressas do trabalho infanto-juvenil. A todas essas questões apresentadas pode-se agregar uma falta de identificação com o trabalho que estão desenvolvendo no espaço da Jornada Ampliada, conforme demonstra a tabela 07, na qual se indicam 21, que se identificam como educadores, e 36 que se dão variadas autoidentificações. 02 57
Tabela 07 – Função do Monitor Educador 21 Monitor 08 Oficineiro 08 Professor 07 Educador social 04 Instrutor 01 Recreador 01 Ludopedagogo 01 Não responderam 06 TOTAL 57 Obs: Dentro do total dos 57, 06 sujeitos acrescentaram como parte integrante de suas atividades o Reforço Escolar. Fonte: Direta da Pesquisa, 2007. Libâneo (2000, p.83), ao discorrer sobre a formação do docente, alerta para o fato de que a “formação geral de qualidade dos alunos depende de formação de qualidade dos professores”. Ao desenvolver o papel de educador, o monitor não deveria se excluir desta afirmação, devido o mesmo lidar cotidianamente com crianças e adolescentes em um período complementar ao da escola. Portanto o monitor deveria se identificar com o trabalho que desenvolve, embora ele também seja produto das estratégias de globalização do sistema capitalista, que, nos planos econômico, cultural, ético-político e educacional, procura ajustar as sociedades à política da globalização. Esta, por sua vez, torna dois terços da humanidade em excluídos dos direitos básicos de sobrevivência, emprego, saúde, educação, entre outras necessidades, segundo o mesmo autor. Podem-se usar as palavras do próprio Libâneo (2000, p.17-18) para se ilustrar o que se afirmou anteriormente: [...] a ideologia neoliberal prega o individualismo e a naturalização da exclusão social, considerando-se esta como sacrifício inevitável no processo de modernização e globalização da sociedade. No plano educacional, a educação deixa de ser um direito e transforma-se em serviço, em mercadoria, ao mesmo tempo que se acentua o dualismo educacional: diferentes qualidades de educação para ricos e pobres. Infelizmente, ao se contemplar as diferentes áreas de atuações e experiências dos monitores, somadas à falta de identidade com a função que exercem no Programa, infere-se que, para o Estado, o que importa é apenas afastar a população infanto-juvenil das ruas da cidade, tornando os núcleos do PETI “depósitos de crianças e adolescentes”, assim como
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