NOZÂNGELA MARIA ROLIM DANTAS PROGRAMA DE ...
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para que estes possam enriquecer a formação profissional, frente ao trabalho pedagógico<br />
desenvolvido com as crianças e adolescentes egressas do trabalho infanto-juvenil, nos núcleos<br />
do PETI 35 .<br />
Segundo Gentili (2005, p. 76):<br />
A moralidade é um saber prático e racional constituído pelas considerações<br />
que nos oferecem os motivos fundamentais para viver e agir de determinada<br />
maneira (grifo do autor). Ela é produzida socialmente num complexo e<br />
conflitante processo de construção inter-subjetiva, onde se criam e<br />
desenvolvem as razões que nos conduzem a tomar decisões ou descartá-las, a<br />
aceitar desafios ou a renunciar a eles, a amar ou odiar, a simpatizar ou<br />
antipatizar, a atuar solidária ou indiferentemente, a nos sentir parte ou alheios,<br />
a desejar ou recusar. Do ponto de vista descritivo, a moralidade se configura<br />
por valores, normas e direitos que um indivíduo ou grupo reconhece como<br />
próprios e afirma em sua prática cotidiana. Os saberes, crenças e valores que<br />
a constituem orientam nossa ação não somente nos momentos mais complexos<br />
da vida, mas também em alguns aparentemente triviais (grifo nosso).<br />
Daí a importância de se levar em conta não só a experiência do monitor-educador em<br />
lidar com crianças e adolescentes, mas também se a formação deste está em consonância com<br />
os objetivos do Programa e com as peculiaridades das crianças e adolescentes egressas do<br />
trabalho infantil.<br />
6.1.2 Quanto à formação pessoal e à formação continuada<br />
Quando perguntados se estudam atualmente, 18 sujeitos responderam que sim, 38 que<br />
não e 01 não respondeu.<br />
De acordo com a tabela 03, do total dos 18 que responderam que ainda estudavam,<br />
tem-se 01 cursando o Ensino Fundamental, 01 o Magistério, 06 cursavam o Ensino Médio e<br />
10 o Nível Superior. Dos que cursavam o Ensino Superior, 01 era do curso de Educação<br />
Artística, 01 do curso de Ciências Biológicas, 06 do curso de Educação Física, 01 do curso de<br />
Pedagogia e 01 do curso de Música.<br />
35 Vale salientar que o trabalho infanto-juvenil, por muito tempo, dentro da sociedade brasileira, era visto com<br />
valor social inquestionável, além de ser apontado como o melhor caminho para se evitar a socialização desviante<br />
das crianças e adolescentes pobres, visão que gradualmente foi sendo revista, discutida e criticada por vários<br />
segmentos internacionais e da sociedade brasileira: OIT, ONG’s, movimentos sociais, entre outros. Daí a<br />
importância de o monitor-educador do PETI estar atento à sua prática educativa, no espaço da Jornada<br />
Ampliada, para não ser condizente com tal valor, pois ele vai de encontro com um dos objetivos do Programa,<br />
que é a retirada de crianças e adolescentes das atividades laborais: flanelinha, engraxates, distribuição e venda de<br />
jornais e revistas, na fabricação de farinha, carvoaria entre outras, conforme reza a Portaria nº 20, de 13 de<br />
setembro de 2001, do Ministério do Trabalho e Emprego e a Convenção nº 182 da Organização Internacional do<br />
Trabalho - OIT.