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outubro / novembro / dezembro 2001<br />
<strong>volume</strong> <strong>16</strong> / número 4<br />
edIÇÃo PortuGuÊS<br />
ATOS<br />
SALVAÇÃO<br />
PARE! Antes de você ler esta revista, por favor, olhe para a etiqueta de endereços de seu envelope.<br />
No topo esquerdo de sua etiqueta está o seu número de Atos.<br />
Por favor, escreva esse número aqui.<br />
pppppp<br />
No topo direito de sua etiqueta, depois<br />
da palavra “EXPIR”, está sua data de<br />
vencimento da assinatura da Revista<br />
Atos. (month/year).<br />
Por favor, escreva essa<br />
data aqui:<br />
__________ / __________<br />
mês ano<br />
Você deverá dar esta informação cada vez que escrever ao World MAP, ou quando preencher<br />
seu Formulário de Renovação ou solicitação do livro O Cajado do Pastor.
edIÇÃo PortuGuÊS<br />
<strong>volume</strong> <strong>16</strong> / número 4<br />
ATOS<br />
Índice<br />
SALVAÇÃO<br />
1. NOSSA NECESSIDADE<br />
DE SALVAÇÃO .................................. 4<br />
2. O DOM DE DEUS –<br />
A SALVAÇÃO ................................... 11<br />
3. FEITO LIVRE ATRAVÉS<br />
DA SALVAÇÃO ................................ <strong>16</strong><br />
4. ENVIADO PARA<br />
SALVAÇÃO ....................................... 26<br />
Arrependa-se! ........................................... 28<br />
Definições .................................................. 32<br />
Como Conduzir Alguém a Cristo ........... 35<br />
Diretor Responsável ..................... Ralph Mahoney<br />
Diretores ........................... Frank & Wendy Parrish<br />
Diretores Administrativos<br />
África ................................. Loreen Newington<br />
Índia ................................................. Bill Scott<br />
Internacional ............................. Gayla Dease<br />
Artes Gráficas .... Dennis McLain & Vander Santos<br />
Tradutor Vander Santos<br />
Revisora Rita Leite<br />
Leitora de Provas ....................... Maura Ocampos<br />
Impressao Gráfica ................. Editora Betânia S/C<br />
VISÃO E MISSÃO<br />
Como um ministério ao Corpo de Cristo, o<br />
World MAP existe para:<br />
1. Fornecer aos lideres de igrejas nos países<br />
da Ásia, África e América Latino um<br />
treinamento pratico que os torne eficazes<br />
ministros do Evangelho.<br />
2. Compartilhar com os crentes das na-coes<br />
ocidentais as vitórias e as tribulações de<br />
obreiros de igrejas nacionais, a fim de<br />
que a Igreja: Ore mais fervorosamente e<br />
de mais sacrificialmente para abençoar<br />
e desenvolver a obra dos que servem nas<br />
linhas de frente do evangelismo.<br />
ATOS, no original, (ISSN 0744-1789) e publicada<br />
a cada três meses pelo “World MAP”,<br />
1419 N. San Fernando Blvd., Burbank, CA<br />
91504, EUA. Toda correspondência deve ser<br />
dirigida para o endereço acima ou para Caixa<br />
Postal 5053,3<strong>16</strong>11-970 Venda Nova, MG, Brasil/<br />
P.O. Box 4142, Manilha, Filipinas/P.O. Box 492,<br />
White River 1240, Transvaal, África do Sul/ Post<br />
Bag 459, 18, Khader Nawazkhan Road, Madras<br />
600.006, Índia.<br />
SR. AGENTE POSTAL: Favor enviar as mudanças<br />
de endereço para “World MAP”, Caixa<br />
Postal 5053,3<strong>16</strong>11 -970 Venda Nova, MG, Brasil.<br />
Todas as passagens das Escrituras serão<br />
da Bíblia Sagrada, traduzida em português por<br />
João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do<br />
Brasil – 1981, a menos que outra fonte seja indicada.<br />
SALVAÇÃO<br />
A Luz do evangelho<br />
“O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos<br />
que viviam na região e sombra da morte<br />
resplandeceu-lhes a luz” (Mt 4:<strong>16</strong>).<br />
“... de graça recebestes...”<br />
Sim, querido amigo, como o evangelista nos assegura, uma luz resplandeceu<br />
neste mundo mergulhado em trevas por causa do pecado. E a<br />
“luz do evangelho” (2 Co 4:4) – o glorioso Evangelho da Salvação em<br />
Cristo Jesus, que e a “verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a<br />
todo homem” (Jo 1:9).<br />
Esta Salvação e o dom gratuito de Deus – para você, para mim, e<br />
para qualquer um, em qualquer lugar do mundo, que aceitar esse dom.<br />
Esta determinado que todos os que jazem nas trevas do pecado e na<br />
“sombra da morte” – que e a penalidade pelo pecado – podem ter “a<br />
luz da vida” (Jo 8:12) e a “vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”<br />
(Rm 6:23).<br />
“... de graça dai” (Mt 10:8).<br />
Para serem salvos, eles têm que crer em Cristo. Mas antes disso eles<br />
precisam entender que carecem da salvação; que estão perdidos em<br />
seus pecados, condenados a uma eternidade no inferno, se Cristonãose<br />
tornar, para eles, o seu Salvador pessoal. Eles devem ser informados<br />
de que Deus lhes oferece salvação em Cristo e têm de saber o que esta<br />
salvação fará por eles. Finalmente, eles devem ser encorajados – e treinados<br />
– a falar a outros sobre a salvação.<br />
Você, querido líder de igreja, recebeu este presente inestimável que<br />
e a salvação. Oramos com fervor para que este assunto abordado na<br />
Revista de ATOS faça com que se lembre do que a salvação em Cristo<br />
fez por você, e o inspire – e o prepare – para fazer aos outros o que<br />
alguém fez por você, quando ainda “jazia em trevas”. Nossa oração e<br />
no sentido de que você compartilhe as Boas Novas de salvação com<br />
aqueles quenãoouviram sobre isto, desempenhando, assim, o vital papel<br />
de fazer resplandecer “a luz do evangelho” em todo o mundo.<br />
2 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
Introdução<br />
o PLAno de deuS PArA A SALvAÇÃo<br />
FeIto AnteS dA FundAÇÃo do mundo<br />
A LUZ RAIOU!<br />
Você sabe o quanto somos preciosos<br />
para Deus?<br />
Somos tão preciosos que nosso<br />
Pai divino planejou nossa salvação<br />
antes mesmo de criar os céus e a<br />
terra!<br />
Deus nos “escolheu... antes da<br />
fundação do mundo” (Ef 1:4).<br />
Ele escreveu nosso nome no<br />
Livro da Vida desde a fundação do<br />
mundo (Ap 17:8).<br />
O Cordeiro de Deus, Jesus Cristo,<br />
foi “morto” (em outras palavras,<br />
Deus planejou a Sua morte sacrificial<br />
como pagamento pelos nossos<br />
pecados) “desde a fundação do<br />
mundo” (Ap 13:8).<br />
Antes mesmo que Deus dissesse,<br />
“Haja luz” (Gn 1:3), Ele planejou o<br />
dia em que a luz do Evangelho resplandeceria<br />
em nosso coração.<br />
RESERVADO PARA VOCÊ...<br />
Você é tão precioso para Deus<br />
que Ele lhe revelou, nas paginas da<br />
Bíblia, o que não revelou completamente<br />
aos profetas do Velho Testamento<br />
ou ate mesmo aos anjos.<br />
Deus revelou parcialmente o seu<br />
plano de salvação à humanidade<br />
através dos profetas e anjos. E os<br />
profetas e anjos desejaram saber o<br />
que você já sabe, se estudou diligentemente<br />
o que a Bíblia diz sobre o<br />
plano de salvação de Deus:<br />
“Foi a respeito desta salvação<br />
que os profetas indagaram e inquiriram,<br />
os quais profetizaram acerca<br />
da graça a vós outros destinada,<br />
investigando, atentamente, qual a<br />
ocasião ou quais as circunstâncias<br />
oportunas, indicadas pelo Espírito<br />
de Cristo, que neles estava, ao dar<br />
de antemão testemunho sobre os sofrimentos<br />
referentes a Cristo e sobre<br />
as glórias que os seguiriam.<br />
“A eles foi revelado que, não<br />
para si mesmos, mas para vós outros,<br />
ministravam as coisas que,<br />
agora, vos foram anunciadas<br />
por aqueles que, pelo Espírito<br />
Santo enviado do céu, vos<br />
pregaram o evangelho, coisas<br />
essas que anjos anelam<br />
perscrutar” (1 Pe 1:10-12<br />
– veja também Efésios 3:8-<br />
10). Você deveria desejar<br />
conhecer mais sobre o que<br />
as Escrituras revelam a respeito<br />
do plano de salvação<br />
que Deus lhe reservou...<br />
...E PARA TODOS QUE<br />
VIESSEM A CRER<br />
Mas como eles crerão se não<br />
ouviram? E como ouvirão sem um<br />
pregador para lhes falar que eles<br />
também são tão preciosos para<br />
Deus que o Senhor planejou a salvação<br />
deles? (Veja Romanos 10:14.)<br />
Este é o lugar onde você se encaixa<br />
no plano de salvação elaborado<br />
por Deus: você é o pregador. Multidões<br />
aindanãotêm ouvido as Boas<br />
Novas de Salvação em Cristo Jesus.<br />
Cabe a você falar-lhes, prepará-los<br />
e inspirá-los a contar a outros (veja<br />
2 Timóteo 2:2).<br />
É verdade, querido amigo. Você<br />
e tão precioso para Deus que “antes<br />
da fundação do mundo” Ele o “chamou<br />
com santa vocação” (2 Tm<br />
1:9), a fim de revelar o Seu plano<br />
de salvação àqueles que aindanãoo<br />
ouviram. Assim, a luz do Evangelho<br />
resplandecerá sobre um mundo que<br />
jaz nas trevas do pecado. ■<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 3
SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />
1<br />
noSSA neCeSSIdAde de SALvAÇÃo<br />
● DEUS PERMITE O LIVRE-<br />
ArbÍtrIo<br />
● SATANÁS ESCOLHEU SE<br />
rebeLAr<br />
● ADÃO ESCOLHEU PECAR<br />
● NÓS HERDAMOS O<br />
PeCAdo de AdÃo<br />
● A PENALIDADE PELO<br />
PeCAdo É A morte<br />
deuS PermIte o<br />
LIVRE-ARBÍTRIO<br />
Amar Deve Ser Uma Escolha<br />
Era o desejo do Pai que o homem<br />
O amasse, honrasse e obedecesse em<br />
todas as coisas. Deus queria que o homem<br />
buscasse a Sua vontade e Seu<br />
propósito para a sua vida. O Pai desejava<br />
que o homem confiasse nEle e<br />
compartilhasse do Seu grande amor,<br />
sabedoria e poder. Ele almejava que<br />
o homem recebesse e retribuísse<br />
Seu amor – assim como o Pai e o Filho<br />
amam um ao outro (João 17:23).<br />
Deus criou o homem com este propósito<br />
– compartilhar e desfrutar amor,<br />
graça, sabedoria, beleza e glória.<br />
Contudo o amor, por sua própria<br />
natureza, deve ser dado livremente.<br />
nãopode ser forçado.nãopodemos<br />
fazer com que alguém ame a outro,<br />
nem forçar uma pessoa a isso.<br />
O mesmo se aplica a prestar honra,<br />
respeito e adoração. Adoração<br />
tem a ver com “valor”. Nós amamos,<br />
honramos e respeitamos o que<br />
nos é de grande valor ou “preço”.<br />
Isso significa que esse amor re-<br />
quer uma livre escolha. Adoração<br />
também demanda uma livre escolha.<br />
Nós escolhemos amar e adorar o que<br />
nos sentimos ser de grande valor.<br />
Escolha Envolve Risco<br />
Deus é soberano. Ele tem total<br />
liberdade para escolher os seus<br />
desejos e realizá-los. Ele sempre<br />
escolhe o que é certo, bom e<br />
santo. Ele escolheu criar o<br />
homem à sua própria imagem<br />
para que este pudesse<br />
conhecer e experimentar o<br />
Seu amor e, assim, retribuí-lo<br />
a Deus.<br />
Isso significa dar ao<br />
homem livre-arbítrio.<br />
Com o poder de amar<br />
veio o direito de escolher.<br />
Por causa de seu<br />
livre-arbítrio, o homem<br />
poderia escolher amar,<br />
adorar e honrar a Deus.<br />
Quando Deus criou o<br />
homem, deu-lhe a liber-<br />
dade de escolha. Contudo, isso implicava<br />
em grande risco. Significava<br />
que o homem poderia escolher o<br />
bem ou o mal – o certo ou o errado.<br />
Ele poderia escolher o que quisesse!<br />
Ele escolheria baseado no que<br />
pensasse ser bom, verdadeiro e válido.<br />
Nossa vida é centrada em nossos<br />
valores. Amamos, honramos e<br />
respeitamos tudo que sentimos<br />
ser de valor para nós. A questãonão<br />
é “se” vamos adorar,<br />
mas “o que” vamos adorar.<br />
E todo mundo – até certo<br />
ponto, de uma forma ou<br />
outra – adora!<br />
Deus criou o homem<br />
para O adorar. Ao adorar<br />
a Deus o homem expressaria<br />
seu amor, fé e<br />
obediência.nãouma servidão<br />
humilhante, mas<br />
uma obediência repleta<br />
de alegria e confiança,<br />
crendo no amor de Deus<br />
Nós somos livres para escolher o caminho que vamos<br />
seguir: aceitar a Jesus... ou não aceitar a Jesus.<br />
4 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
e seu desejo de fazer o melhor para<br />
nós.<br />
É verdade que nós servimos, obedecemos,<br />
e nos tornamos semelhantes<br />
àquele a quem adoramos. O que<br />
nós adoramos determinara nosso<br />
caráter e nossa conduta – nossas atitudes<br />
e nossas ações. Isto e verdade<br />
tanto negativa (Sl 115:4-8; Is 44:9-<br />
20) como positivamente (2 Co 3:18).<br />
Não admira que Jesus tenha dito:<br />
“buscai, pois, em primeiro lugar, o<br />
seu reino (de Deus)”; pois ao fazermos<br />
isto, tudo se encaixara em seu<br />
devido lugar (veja Mateus 6:33).<br />
Deus permitiu ao homem fazer<br />
sua escolha de adoração obediente,<br />
colocando duas arvores especiais no<br />
Jardim do Éden. Uma foi chamada<br />
de “árvore da vida” (Gn 3:22). A<br />
outra árvore foi chamada de “árvore<br />
de morte”. A esta Deus denominou<br />
“árvore do conhecimento do bem e<br />
do mal” (Gn 2:17). O homem foi<br />
advertido de que não poderia comer<br />
daquela árvore. Ele não deveria fixar<br />
padrões de bem e mal – certo e errado<br />
– para a sua vida independentemente<br />
da sabedoria de Deus: “Há<br />
caminho que ao homem parece direito,<br />
mas ao cabo da em caminhos<br />
de morte” (Pv 14:12).<br />
SATANÁS ESCOLHEU<br />
Se rebeLAr<br />
Expulso do Céu<br />
Satanás, em forma de uma graciosa<br />
serpente, entra em cena. Ele e<br />
astuto nos caminhos do mal e há um<br />
mau propósito em seu coração. De<br />
onde ele veio? Por que ele se encontra<br />
ali? O que estará buscando e o que<br />
pretende fazer? Voltemos novamente<br />
as Escrituras e vejamos as respostas.<br />
Às vezes a Bíblia usa exemplos<br />
terrenos e pessoas para nos ensinar a<br />
respeito das coisas divinas e espirituais.<br />
O profeta Ezequiel nos fala de<br />
um certo rei de Tiro que era muito<br />
mau. Em Ezequiel 28:11-19, o julgamento<br />
de Deus e dirigido ao Rei de<br />
Tiro. Porém, há muitos estudiosos<br />
da Bíblia que vêem nesta passagem<br />
(e em Isaías 14:12-15) uma descrição<br />
da queda de Satanás. Essa foi<br />
uma visão defendida por vários Pais<br />
da Igreja do 4. o século D.C. Uma<br />
leitura cuidadosa dessa passagem<br />
de Ezequiel revela várias descrições<br />
extremas, difíceis de se atribuir ao<br />
Rei de Tiro (veja especial-mente<br />
Ezequiel 28:13-15).<br />
“Tu és o sinete da perfeição,<br />
cheio de sabedoria e formosura.<br />
Estavas no Éden, jardim de Deus;<br />
de todas as pedras preciosas te cobrias:<br />
o sárdio, o topázio, o diamante,<br />
o berilo, o ônix, o jaspe, a safira,<br />
o carbúnculo e a esmeralda; de ouro<br />
se te fizeram os engastes e os ornamentos;<br />
no dia em que foste criado,<br />
foram eles preparados.<br />
“Tu eras querubim da guarda<br />
ungido, e te estabeleci; permanecias<br />
no monte santo de Deus, no brilho<br />
das pedras andavas. Perfeito eras<br />
nos teus caminhos, desde o dia em<br />
que foste criado até que se achou<br />
iniqüidade em ti.<br />
“Na multiplicação do teu comércio,<br />
se encheu o teu interior de violência,<br />
e pecaste; pelo que te lançarei,<br />
profanado, fora do monte de<br />
Deus e te farei perecer, ó querubim<br />
da guarda, em meio ao brilho das pedras.<br />
“Elevou-se o teu coração por<br />
causa da tua formosura, corrompeste<br />
a tua sabedoria por causa do<br />
teu resplendor; lancei-te por terra,<br />
diante dos reis te pus, para que te<br />
contemplem.<br />
“Pela multidão das tuas iniqüidades,<br />
pela injustiça do teu comercio,<br />
profanaste os teus santuários; eu,<br />
pois, fiz sair do meio de ti um fogo,<br />
que te consumiu, e te reduzi a cinzas<br />
sobre a terra, aos olhos de todos os<br />
que te contemplam” (Ez 28:12-18).<br />
O mesmo tipo de quadro e pintado<br />
pelo profeta Isaías. Com palavras<br />
fortes, ele revela o mau caráter<br />
do malvado rei da Babilônia. Novamente,<br />
estes versos tem uma dupla<br />
aplicação. Neles o profeta nos mostra<br />
a imagem maligna de Satanás.<br />
“Como caíste do céu, ó estrela<br />
da manhã, filho da alva! Como foste<br />
lançado por terra, tu que debilitavas<br />
as nações! Tu dizias no teu coração:<br />
Eu subirei ao céu; acima das estrelas<br />
de Deus exaltarei o meu trono e<br />
no monte da congregação me assentarei,<br />
nas extremidades do Norte;<br />
subirei acima das mais altas nuvens<br />
e serei semelhante ao Altíssimo.<br />
Contudo, serás precipitado para o<br />
reino dos mortos, no mais profundo<br />
do abismo” (Is 14:12-15).<br />
Cinco vezes Satanás contrapõe a<br />
“vontade de Deus” a “sua vontade”.<br />
Cinco vezes Satanás declara a própria<br />
vontade em oposição a vontade<br />
de Deus (v.13-14). Podemos ver<br />
claramente o orgulho de Satanás e<br />
sua rebelião contra Deus. Satanás<br />
desejou (e ainda deseja) substituir<br />
a lei soberana de Deus pela sua lei.<br />
Ele também quer agir independentemente<br />
do Deus Altíssimo. Satanás<br />
convida, tenta, intimida e engana os<br />
homens, induzindo-os a cometer o<br />
pecado da auto-exaltação e da independência<br />
egoísta. Parece que<br />
Satanás, antes de sua queda – bem<br />
como todos os outros seres angelicais<br />
– foi criado originalmente com<br />
a capacidade para amar, honrar, adorar<br />
e servir a Deus. Como dissemos,<br />
criar os seres com liberdade de escolha<br />
implicava em grande risco. Há o<br />
perigo de rebelião.<br />
Os resultados dessas escolhas erradas<br />
podem ser trágicos. A rejeição<br />
do amor de Deus, da verdade e da<br />
bondade divinas implica colher os<br />
resultados do ódio, do erro e da maldade.<br />
Rejeitar um e escolher o outro.<br />
E como quando lançamos uma moeda<br />
– um lado ou o outro fica para<br />
cima. Lamentavelmente Satanás fez<br />
a escolha errada!<br />
Em Ezequiel e Isaías as Escrituras<br />
parecem mostrar que Satanás foi<br />
criado por Deus com um propósito<br />
elevado e nobre. Ele era perfeito em<br />
beleza e sabedoria. Recebera grande<br />
poder e autoridade.<br />
Os querubins no Livro de Apocalipse<br />
são relacionados a adorarão<br />
divina. É possível que Satanás, por<br />
um tempo,não só governou as hostes<br />
celestiais como “querubim da guarda<br />
ungido” (Ez 28:14) – o que indica<br />
um alto posto com autoridade e responsabilidade.<br />
Ele também os conduziu<br />
na adoração a Deus. Ezequiel<br />
28:13 parece indicar isso, quando se<br />
refere a instrumento musical incluído<br />
na criação de Lúcifer (Satanás) – de<br />
acordo com a versão Revista e Corrigida.<br />
Muitos vêem isto como apoio<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 5
à idéia de que um dos deveres de Lúcifer<br />
era conduzir as hostes celestiais<br />
em adoração do Supremo. Ele tinha<br />
o dever e a responsabilidade de guardar<br />
o santo testamento e a palavra de<br />
Deus e honrar ao Senhor de todas as<br />
formas. Parece que ele era o “superintendente”<br />
das hostes celestiais.<br />
O Orgulho de Satanás<br />
Por causa de sua beleza e de sua<br />
posição, o orgulho entrou no coração<br />
de Satanás (Ez 28:15,17). Paulo,<br />
ao listar as qualificações de um<br />
bispo, adverte sobre orgulho, e usa<br />
Satanás como exemplo:<br />
“...não seja neófito, para não suceder<br />
que se ensoberbeça e incorra<br />
na condenação do diabo” (1 Tm<br />
3:2-6).<br />
O céu e santo e perfeito. Logo,<br />
o pecado de Satanás só poderia ter<br />
surgido do seu próprio coração. O<br />
orgulho e o desejo de possuir poder<br />
precipitaram a sua queda. Ele achou<br />
mais prazer na própria beleza do que<br />
na glória de Deus. Ele se exaltou aos<br />
próprios olhos e buscou a honra e o<br />
poder que só pertencem a Deus.<br />
Satanás quis a adoração do céu e<br />
a autoridade do trono de Deus. Ele<br />
estava disposto a se rebelar contra<br />
o Deus Altíssimo para adquirir isto.<br />
Lamentavelmente, um grande numero<br />
das hostes angelicais uniu-se a<br />
Satanás em sua rebelião (veja 2 Pedro<br />
2:4; Judas 6).<br />
Talvez alguém desejasse saber<br />
por que Satanás e suas hostes pensaram<br />
que poderiam ter sucesso na<br />
rebelião contra Deus. A Bíblia afirma<br />
até mesmo que ele era “cheio de<br />
sabedoria” (Ez 28:12).<br />
Contudo, como vimos, há uma<br />
“cegueira” e um auto-engano no orgulho.<br />
Quando centramos tudo em<br />
nós mesmos, fica difícil “ver” além<br />
de nós. É engano crer que algo está<br />
certo quando está errado – que algo<br />
é bom quando de fato é mau!<br />
Com o orgulho vem o engano.<br />
Satanás estava verdadeiramente enganado.<br />
Ele era muito inteligente<br />
para tentar algo que fosse claramente<br />
condenado ao fracasso. Mas ele<br />
realmente pensou que ganharia!<br />
Aquele que facilmente engana<br />
outros esta sujeito a ser enganado.<br />
Ele estará muito seguro de que está<br />
certo e parece ser muito sincero.<br />
Certeza e sinceridade não são sinais<br />
confiáveis de que alguém esteja certo.<br />
É possível ser totalmente sincero<br />
mas verdadeiramente errado!<br />
O Auto-Engano de Satanás<br />
Pode ter havido várias razões<br />
pelas quais Satanás e suas hostes<br />
acreditassem que poderiam ganhar.<br />
Ninguém nunca tinha desobedecido<br />
a Deus antes. O poder de Deus bem<br />
como Sua autoridade nunca tinham<br />
sido testados. Os resultados de uma<br />
rebelião nunca tinham sido vistos. A<br />
morte era desconhecida. Além disso,<br />
essa foi a primeira vez que os poderes<br />
do bem e do mal entraram em<br />
conflito um com o outro. A batalha<br />
das eras estava a ponto de começar!<br />
Ao contrário de Deus, Satanás<br />
Foi o orgulho de Satanás<br />
que o fez ser expulso<br />
do Céu!<br />
não era “onisciente” – conhecedor<br />
de todas as coisas. Como um ser<br />
criado, toda informação que ele tinha<br />
era a palavra de Deus. Ele não<br />
sabia realmente o quanto poderia ser<br />
poderoso ou importante.<br />
Com o orgulho vem o engano. E<br />
com o engano vem a dúvida. Satanás<br />
duvidou da palavra de Deus, e, como<br />
resultado, decidiu desobedecê-la.<br />
Os elos da cadeia do mal podiam<br />
ser vistos agora claramente:<br />
ORGULHO – AUTO-ENGANO –<br />
REBELIÃO – DESOBEDIÊNCIA.<br />
O ultimo elo era desconhecido e imprevisto<br />
– o elo da MORTE!<br />
Satanás também pode ter pensado<br />
que tinha achado uma fraqueza<br />
no plano divino. Uma avaliação<br />
bíblica parece mostrar que Deus<br />
escolheu alcançar seu propósito na<br />
criação através de criaturas com<br />
6 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
livre-arbítrio. Os anjos, e depois o<br />
homem, foram feitos com liberdade<br />
de escolha.<br />
Como foi dito antes, isso implicava<br />
grande risco. Havia o perigo<br />
de escolhas erradas e os resultados<br />
que se seguiriam. Deus previu aquela<br />
possibilidade, mas descansou em<br />
seu conhecimento de que no fim:<br />
O BEM superaria o MAL<br />
O AMOR superaria o ÓDIO<br />
A LUZ superaria as TREVAS<br />
A VERDADE superaria a MENTIRA<br />
O DIREITO superaria o ERRO<br />
O Ciúme de Satanás<br />
Além disso, as nobres qualidades<br />
do caráter de Deus seriam expressas<br />
por aqueles que escolhessem amar,<br />
honrar e obedecer a Ele.<br />
No céu isso seria alcançado pelos<br />
anjos que escolhessem permanecer<br />
leais ao seu Criador.<br />
Na terra isto ocorreria através de<br />
uma família real de filhos e filhas<br />
amados. O “Primogênito” daquela<br />
família seria o próprio Senhor Jesus.<br />
É possível que Satanás tenha tido<br />
ciúmes do amor, da honra e da<br />
adoração que as hostes celestiais<br />
prestavam a Deus. A rebelião de Satanás<br />
era uma tentativa de tomar o<br />
lugar de Deus e receber a adoração<br />
que pertencia a Ele. O diabo ofereceu<br />
a Jesus os rei-nos deste mundo<br />
– numa tentativa para conseguir que<br />
Jesus o adorasse no deserto (veja<br />
Lucas 4:5-8). Este incidente mostra<br />
que o diabo deseja a adoração que só<br />
a Deus pertence.<br />
Opondo-se a Deus, Satanás alinhou<br />
as fileiras de batalha para o<br />
conflito de longas eras entre o bem<br />
e o mal.<br />
As Escrituras mostram que Satanás<br />
não alcançou vitória no céu. Ele<br />
e suas hostes de anjos caídos foram<br />
expulsos. Contudo, mais tarde, eles<br />
tentariam ganhar na terra – no Jardim<br />
do Éden – o que perderam no<br />
céu.<br />
ADÃO ESCOLHEU PECAR<br />
Satanás Entra no Mundo<br />
Como já vimos, há um grande an-<br />
seio no coração de nosso Pai celestial.<br />
E o desejo de estabelecer uma<br />
família através da qual o caráter, a<br />
autoridade e o poder de Seu Filho<br />
possam ser revelados. Por isso, Deus<br />
fez o primeiro homem e a primeira<br />
mulher e lhes disse que fossem os<br />
mordomos, os guardiões da terra – e<br />
a enchessem, formando uma família<br />
de filhos amorosos que fossem leais<br />
a Ele.<br />
E a essa terra e aquela família,<br />
então, que Satanás vem agora. A batalha<br />
que começou no céu alcança<br />
agora a nova criação de Deus. Satanás<br />
busca roubar da primeira família<br />
terrestre a herança que lhes foi dada,<br />
tentando-os para que cometessem o<br />
mesmo pecado que causou a queda<br />
dele das alturas celestiais - orgulho e<br />
rebelião!<br />
Ele se aproxima deles na forma<br />
de uma sagaz e linda serpente. Ele<br />
não pode dominá-los, pois Deus lhes<br />
dera autoridade sobre todas as criaturas<br />
da terra. Ele tem apenas um<br />
modo de enredá-los para o seu maléfico<br />
propósito – o engano! Agora<br />
nós podemos entender por que Jesus<br />
chamou Satanás de “pai da mentira”<br />
(veja João 8:44).<br />
O apóstolo Paulo refere-se a esse<br />
engano em sua segunda carta a<br />
Igreja de Corinto. Atentemos para<br />
suas palavras de advertência: “Mas<br />
receio que, assim como a serpente<br />
enganou a Eva com a sua astúcia,<br />
assim também seja corrompida a<br />
vossa mente e se aparte da simplicidade<br />
e pureza devidas a Cristo” (2<br />
Co 11:3).<br />
Sim, Satanás usou mentiras e<br />
confusão para enganar e confundir o<br />
entendimento deles quanta aos mandamentos<br />
simples de Deus. Você se<br />
recorda de que Deus lhes tinha dito<br />
que não comessem daquela árvore.<br />
Veja-mos novamente as palavras de<br />
advertência de Deus: “... De toda arvore<br />
do jardim comerás livremente,<br />
mas da arvore do conhecimento do<br />
bem e do mal não comerás; porque,<br />
no dia em que dela comeres, certamente<br />
morrereis” (Gn 2:<strong>16</strong>,17).<br />
Satanás Engana Eva<br />
Satanás, agora, começa a formar<br />
seus laços de maldade: orgulho –<br />
engano – dúvida – desobediência<br />
– morte. Vamos estudar cada elo da<br />
cadeia conforme e apresentado no<br />
próprio registro bíblico:<br />
“Mas a serpente, mais sagaz que<br />
todos os animais selváticos que o<br />
SENHOR Deus tinha feito, disse a<br />
mulher: E assim que Deus disse: não<br />
comereis de toda árvore do jardim?<br />
“Respondeu-lhe a mulher: Do<br />
fruto das árvores do jardim podemos<br />
comer, mas do fruto da árvore<br />
que está no meio do jardim, disse<br />
Deus: Dele não comereis, nem tocareis<br />
nele, para que não morrais.<br />
“Então, a serpente disse a mulher:<br />
E certo que não morrereis.<br />
Porque Deus sabe que no dia em<br />
que dele comerdes se vos abrirão os<br />
olhos e, como Deus, sereis conhecedores<br />
do bem e do mal (Gn 3:1-5).<br />
Satanás lhes falou que o fruto da<br />
arvore do conhecimento do bem e<br />
do mal não era algo que eles deviam<br />
temer, mas, sim, verdadeiramente<br />
desejar. Ele lhes afirmou que, em<br />
vez de morrer como Deus tinha dito,<br />
eles realmente começariam a viver.<br />
Na realidade, de acordo com Satanás,<br />
eles se tornariam como Deus,<br />
e poderiam decidir o que era bom<br />
e mal – certo e errado – para eles.<br />
Eles não precisariam de Deus para<br />
dirigir a vida deles. Eles se conheceriam,<br />
governariam a si mesmos, e<br />
poderiam se tomar os melhores – tudo<br />
por eles mesmos. Então o reino,<br />
o poder e a gloria seriam deles somente!<br />
Se Deus realmente os amasse,<br />
Ele mesmo lhes teria dito isso.<br />
E fácil ver como Satanás primeiramente<br />
lançou as sementes do orgulho<br />
e do desejo egoísta. Então ele<br />
os induziu a duvidar de Deus. Ele<br />
conseguiu que eles duvidassem da<br />
Palavra de Deus, do amor de Deus, e<br />
de Seu poder e autoridade. A duvida<br />
os conduziu a desobediência – e a<br />
desobediência, a morte!<br />
O que Adão Perdeu<br />
“Vendo a mulher que a árvore<br />
era boa para se comer, agradável<br />
aos olhos e árvore desejável para<br />
dar entendimento, tomou-lhe do fruto<br />
e comeu e deu também ao marido,<br />
e ele comeu” (Gn 3:6).<br />
Lamentavelmente, a mentira fun-<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 7
cionou. Quando a mulher aceitou o<br />
engano, acreditando nas mentiras de<br />
Satanás, ela desobedeceu. Então ficou<br />
sujeita ao julgamento que Deus<br />
havia prometido. Embora Adão não<br />
tenha sido enganado, ele escolheu<br />
pecar, submetendo-se, assim, a lei<br />
de Satanás. Deus havia criado o homem<br />
originalmente para ser mordomo<br />
sobre a terra, para governa-la<br />
e cuidar dela. Mas como o homem<br />
desobedeceu a Deus, sujeitando-se<br />
as mentiras de Satanás, tudo isso foi<br />
mudado. A partir de então o domínio<br />
do homem foi entregue a Serpente<br />
(Apocalipse 12:9 mostra que o tentador<br />
no Jardim era Satanás em forma<br />
de serpente). O governo de nosso<br />
mundo, originalmente delegado ao<br />
homem, caiu nas mãos de Satanás.<br />
Satanás foi rápido em tomar o cetro<br />
– o bastão real para reinar – nas próprias<br />
mãos. Satanás assumiu a autoridade<br />
que tinha sido dada ao homem.<br />
Este colocou-se debaixo da autoridade<br />
do reino das trevas e da morte.<br />
Era como se uma tragédia infinita<br />
tivesse começado. For causa de seu<br />
pecado e de sua desobediência, o homem<br />
perdeu muitas coisas:<br />
1. Ele perdeu sua comunhão como<br />
um filho amado.<br />
2. Ele perdeu a cobertura divina<br />
e a autoridade outorgada por<br />
Deus.<br />
3. Ele perdeu a beleza da imagem<br />
de Deus em sua vida.<br />
4. Ele perdeu seu lugar no piano<br />
de Deus.<br />
5. Ele perdeu a própria vida – espírito,<br />
alma e corpo.<br />
NÓS HERDAMOS O<br />
PeCAdo de AdÃo<br />
Por que Nós Pecamos?<br />
Então, o primeiro problema que<br />
temos de resolver para que possamos<br />
ser salvos, e a questão do pecado.<br />
É nosso pecado que nos separa<br />
da santa vontade de Deus e de seu<br />
propósito para nossa vida. Se quisermos<br />
compreender a grandeza de<br />
nossa salvação temos de entender<br />
por que somos pecadores e por<br />
que pecamos.<br />
Isso levanta duas questões importantes:<br />
1. Nos somos pecadores porque pecamos?<br />
2. Ou, nos pecamos porque somos pecadores?<br />
Os teólogos e estudiosos da Bíblia<br />
tem debatido estas questões<br />
durante séculos. No entanto uma<br />
questão tão importante deveria ser<br />
respondida claramente na Bíblia.<br />
O Pecado Entrou no Mundo<br />
por um Homem<br />
Encontramos a chave para entender<br />
a relação entre pecado e<br />
pecador em Romanos, capitulo 5.<br />
Paulo fala sobre a origem do pecado<br />
e como isso afeta cada um de<br />
nos. Observemos suas palavras em<br />
Romanos 5:12: “Portanto, assim<br />
como por um só homem entrou o<br />
pecado no mundo, e pelo pecado,<br />
a morte, assim também a morte<br />
passou a todos os homens, porque<br />
todos pecaram.” A palavra “mundo”<br />
e a mesma usada em João 3:<strong>16</strong>:<br />
“Por que Deus amou ao mundo...”<br />
Vem do termo grego original kosmos,<br />
e se refere a raça humana.<br />
Paulo esta dizendo que, como cabeça<br />
da raça humana, Adão, ao pecar,<br />
contaminou todo o gênero humano.<br />
A conseqüência dessa terrível<br />
contaminação através do pecado foi<br />
a morte espiritual e física.<br />
Paulo explica esta verdade da<br />
seguinte forma. No período entre<br />
Adão e Moisés ninguém foi julgado<br />
culpado pelos próprios pecados, pois<br />
a lei não tinha ainda sido instituída.<br />
No entanto, eles morreram. Portanto,<br />
essa morte não pode ser atribuída<br />
diretamente aos pecados deles, pois<br />
não havia nenhuma lei para estabelecer<br />
essa sentença.<br />
Assim, Paulo argumenta, a morte<br />
nesse período deveria ter sido<br />
creditada ao pecado de Adão. Estávamos<br />
“em Adão” quando ele desobedeceu<br />
a Deus. Então, nos sofremos<br />
a penalidade daquele pecado<br />
porque nos somos os membros da<br />
raça adâmica (os descendentes de<br />
Adão) (Sl 51:5).<br />
Aqui temos os fatos nas próprias<br />
palavras de Paulo: “Porque até ao<br />
regime da lei havia pecado no mundo,<br />
mas o pecado não é levado em<br />
conta quando não há lei. Entretanto,<br />
reinou a morte desde Adão ate Moisés,<br />
mesmo sobre aqueles que não<br />
pecaram a semelhança da transgressão<br />
de Adão... pela ofensa de<br />
um e por meio de um só, reinou a<br />
morte... pela desobediência de um<br />
só homem, muitos se tornaram pecadores”<br />
(Rm 5:13,14,17, 19).<br />
Em Adão, Todos Pecam;<br />
Em Adão, Todos Morrem.<br />
A verdade é clara; nos todos nascemos<br />
pecadores por causa do pecado<br />
de Adão. Independentemente<br />
de qualquer ato de pecado de nossa<br />
par-te, nos somos herdeiros do pecado<br />
de Adão – e de sua natureza pecaminosa.<br />
Mesmo que nunca tivéssemos<br />
pecado, ainda assim seríamos pecadores.<br />
Pela ofensa de um, o juizo<br />
veio sobre todos. “...a morte veio<br />
por um homem... em Adão, todos<br />
morrem” (1 Co 15:21,22).<br />
Em Adão todos nós pecamos;<br />
em Adão todos nos morremos. Esse<br />
conceito ou idéia de estar “em<br />
Adão” e uma verdade importante<br />
que temos de entender. Como veremos,<br />
o mesmo raciocínio se aplica a<br />
nossa condição de estar “em Cristo”,<br />
e será uma das verdades que nos ajudara<br />
a entender muito melhor nossa<br />
grande salvação.<br />
“Em Adão – em Cristo”:<br />
Um Exemplo da Natureza<br />
Esta idéia de estar “em outro”<br />
pode ser vista também em um exemplo<br />
da natureza. Tentando produzir<br />
arroz de melhor qualidade, cientistas<br />
agrícolas expõem sementes de<br />
arroz a altos raios de energia. Essa<br />
radiação pode mudar a estrutura<br />
genética da semente. Essa radiação<br />
de alta-energia, muda a natureza<br />
da semente de arroz. A forma como<br />
o arroz, a partir dessa semente,<br />
vai crescer e sobreviver e alterada.<br />
A maioria das mudanças feitas por<br />
radiação de genes (material hereditário)<br />
e prejudicial. Contudo,<br />
algumas vezes, essas alterações<br />
promovem melhoria. As mudanças<br />
8 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
provocadas pela radiação só podem<br />
ser conhecidas após o plantio da semente<br />
– e vendo o resultado obtido<br />
na ocasião da colheita.<br />
Uma semente produzira um caule<br />
com muitas sementes. Cada uma<br />
dessas sementes levara consigo as<br />
mudanças genéticas – quer sejam<br />
para melhor ou pior. Isto se aplicara<br />
a todas as produções de arroz que se<br />
seguirão.<br />
Como as sementes são plantadas<br />
e replantadas, após alguns anos haverá<br />
uma grande colheita de arroz.<br />
Cada planta, conseqüentemente, terá<br />
as mesmas características e qualidades<br />
que foram “fixadas” quando a<br />
primeira semente sofreu a radiação.<br />
Se as mudanças genéticas fo-<br />
Assim como uma<br />
árvore tem muitos<br />
ramos mas todos eles<br />
vêm de uma só raiz,<br />
todas as pessoas vêm<br />
de uma única semente:<br />
Adão.<br />
ram para melhor, de onde a grande<br />
colheita de arroz de alta qualidade<br />
teria vindo? Daquela primeira semente!<br />
Muitos alqueires do melhor<br />
arroz estavam todos “em uma semente”.<br />
O mesmo se aplica se a mudança<br />
genética tivesse sido para pior. Naquela<br />
semente ruim estariam muitos<br />
alqueires de arroz de baixa qualidade.<br />
Os resultados da radiação seriam<br />
passados a todas as produções seguintes.<br />
Nenhuma radiação adicional e<br />
necessária para que os resultados<br />
prejudiciais produzidos na primeira<br />
semente continuem. A natureza do<br />
arroz foi mudada para todas as futuras<br />
produções!<br />
Na Carne de Adão<br />
Agora podemos entender melhor<br />
o que Paulo quis dizer ao afirmar<br />
que “em Adão” todos fomos feitos<br />
pecadores. Quando Adão pecou,<br />
estava-mos em sua carne (corpo). A<br />
semente de humanidade da qual viemos<br />
estava potencialmente em Adão<br />
desde o começo. O que nos aconteceu<br />
então quando Adão pecou? Nos<br />
nos tornamos pecadores! “Por uma<br />
só ofensa, veto o juizo sobre todos”<br />
(Rm 5:18).<br />
Davi estava bastante ciente desta<br />
verdade. Ele expressou esse conceito<br />
claramente em um de seus salmos:<br />
“Eu nasci na iniqüidade, e em<br />
pecado me concebeu minha mãe”<br />
(Sl 51:5). Davi está reconhecendo<br />
que ele nasceu pecador. Ele foi feito<br />
pecador – como todo ser humano –<br />
em Adão. Ele sabia que precisava de<br />
um coração limpo e um espírito novo,<br />
não só por causa dos seus pecados,<br />
mas também pela sua natureza<br />
pecaminosa inata.<br />
Nós nascemos pecadores porque<br />
estávamos em Adão. Pecamos<br />
porque temos uma natureza pecaminosa.<br />
Isto evidencia-se muito<br />
cedo na vida. Nós, que somos pais,<br />
vemos isso em nossos filhos. Nós<br />
não tive-mos de ensiná-los a pecar;<br />
eles simplesmente receberam<br />
isso de nós. Eles aprenderam rapidamente<br />
como fazer a sua própria<br />
vontade e a sua própria maneira.<br />
Sempre que a sua vontade foi frustrada,<br />
sua pequena natureza pecaminosa<br />
se manifestava ruidosa e<br />
forte. Aquela atitude pecaminosa<br />
parecia crescer mais rapidamente<br />
que eles!<br />
Por que isso era assim? Porque<br />
todos nos saímos à semelhança de<br />
nosso antepassado, Adão. “Quando<br />
ele pecou, muitos foram feitos pecadores.”<br />
Nós estávamos todos em<br />
Adão desde o principio.<br />
Nascidos pecadores<br />
Todos nos nascemos pecadores.<br />
Mas também e verdade que somos<br />
pecadores porque pecamos. Temos<br />
provado isso através de nossos muitos<br />
e repetidos atos de pecado. Paulo<br />
nos fala claramente que “não há justo,<br />
nem um sequer... todos pecaram<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 9
e carecem da gloria de Deus” (Rm<br />
3:10,23).<br />
Então, se alguém nos perguntar:<br />
“Nós pecamos porque somos pecadores?”,<br />
teríamos de dizer: “Sim”.<br />
Se nos perguntassem também: “Nos<br />
somos pecadores porque pecamos?”,<br />
a resposta seria novamente: “Sim”.<br />
Ambas são verdadeiras. Não é um<br />
ou outro. Nós nascemos pecadores,<br />
e todos têm provado isso através de<br />
seus numerosos pecados. Logo, nos<br />
temos sido julgados pecadores em<br />
ambos os casos – por nosso antepassado<br />
pecador (Adão) e por nossas<br />
ações pecaminosas. São dois lados<br />
da mesma moeda.<br />
Todos somos “nascidos pecadores”.<br />
Porém, muitas pessoas religiosas<br />
continuam sem enxergar sua<br />
necessidade de salvação. Elas não se<br />
consideram pecadoras.<br />
Vivem bem e honestamente. Freqüentam<br />
uma igreja ou vão regularmente<br />
a um templo pagão, e contribuem<br />
financeiramente com esses<br />
trabalhos. Pagam suas contas, não<br />
bebem e nem falam palavrão. Procuram<br />
cumprir os Dez Mandamentos,<br />
e acreditam que, fazendo isso, irão<br />
para o céu – por seus próprios atos<br />
de justiça.<br />
Estão cometendo um trágico erro,<br />
porque estão equivocados! Somos<br />
todos pecadores – duplamente<br />
pecadores – pela nossa herança de<br />
nascença e através de nossos atos. E<br />
um fato da história – e da vida. Não<br />
podemos fazer nada a esse respeito.<br />
Por mais boas obras que façamos,<br />
não mudaremos nossa natureza pecaminosa<br />
nem cancelaremos a penalidade<br />
pelos nossos pecados.<br />
As Escrituras afirmam que por<br />
melhor que façamos “todas as nossas<br />
justiças, (são) como trapo da imundícia”<br />
(Is 64:6). Nós não podemos<br />
esperar cobrir nosso pecado com<br />
nossas “boas obras”. Paulo declara<br />
em Gálatas 2:<strong>16</strong> que “por obras da<br />
lei, ninguém será, justificado.” Mesmo<br />
se fôssemos perfeitos em nossa<br />
obediência a toda a lei de Deus, isso<br />
não seria suficiente para nos salvar!<br />
Diante da brilhante luz da santidade<br />
de Deus, nos somos vistos apenas<br />
como os pecadores que somos.<br />
Nossa esperança não pode estar nun-<br />
ca em nossa bondade – somente na<br />
graça de Deus. Nós só receberemos<br />
a cura de Deus quando nos conscientizarmos<br />
de que estamos “doentes<br />
até a morte” por causa do pecado<br />
de Adão, e dos nossos próprios!<br />
A PenALIdAde PeLo<br />
PeCAdo e A morte<br />
“O salário do pecado...”<br />
Vimos que a condição de pecado<br />
e “universal”. Por isso queremos<br />
dizer todo mundo, em todo lugar<br />
e um pecador! Além disso, a penalidade<br />
pelo pecado também e universal.<br />
Todo mundo e sentenciado<br />
a morrer por causa do próprio pecado.<br />
“Todos pecaram... o salário<br />
[penalidade] do pecado e a morte”<br />
(Rm 3:23; 6:23).<br />
A Bíblia diz que todo ser humano<br />
esta debaixo da sentença de morte.<br />
Sem exceção, todos estão separados<br />
da graça de Deus. Desde o começo,<br />
a penalidade pelo pecado tem sido a<br />
mesma. Deus advertiu Adão e Eva<br />
clara e firmemente que a desobediência<br />
significava morte.<br />
“Mas da árvore do conhecimento<br />
do bem e do mal não comerás; porque,<br />
no dia em que dela comeres,<br />
certamente morreras” (Gn 2:17).<br />
Mais adiante, o profeta Ezequiel<br />
declara a pena de morte para o pecado,<br />
usando as seguintes palavras –<br />
simples, mas muito fortes: “A alma<br />
que pecar, essa morrerá.” (Ez 18:4,<br />
20). Nada poderia ser mais verdadeiro.<br />
O salário, ou o resultado, do<br />
pecado e a morte. Por natureza e<br />
por nossos atos somos pecadores.<br />
Nos escolhemos ir pelo nosso caminho<br />
em vez de andar no caminho de<br />
Deus. “Todos nós andávamos desgarrados<br />
como ovelhas; cada um se<br />
desviava pelo caminho” (Is 53:6).<br />
Qual e o resultado de fazermos a<br />
nossa própria vontade e andarmos<br />
no nosso próprio caminho? “Há caminho<br />
que ao homem parece direito,<br />
mas ao cabo da em caminhos de<br />
morte” (Pv 14:12).<br />
Um Destino Sombrio<br />
O caminho do homem e uma rua<br />
sem saída! Realmente não pode ser<br />
outra coisa. Jesus disse: “Eu sou o<br />
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém<br />
vem ao Pai senão por mim”<br />
(Jo 14:6).<br />
A vontade do Pai e o caminho<br />
para a vida estão centralizados em<br />
Seu Filho. Qualquer outro caminho<br />
conduz a morte. Quando escolhemos<br />
desobedecer a Deus e andar em<br />
nosso próprio caminho, seguimos<br />
em uma única direção – queda e destruição.<br />
O pecado pode ser definido como<br />
a oposição pessoal a vontade e<br />
ao caminho de Deus. A desobediência,<br />
por sua própria natureza, somente<br />
pode nos levar a morte. Essa<br />
e a razão por que todos os pecadores<br />
estão conde-nados a morrer. Intencionalmente<br />
temos escolhido o caminho<br />
errado. Essa atitude teve inicio<br />
“em Adão”, quando ele escolheu<br />
desobedecer a Deus. Não só fomos<br />
vítimas daquela escolha, como também<br />
desenvolvemos aquela escolha<br />
por nossos próprios atos de desobediência.<br />
Separados de Deus e da sua<br />
graça, estamos sem esperança neste<br />
mundo. A morte é o nosso destino!<br />
Nossa Única Saída<br />
Há apenas um modo pelo qual<br />
podemos escapar deste destine: Alguém<br />
sem pecado deve pagar a penalidade<br />
do pecado por nós. Deus<br />
já fez isto – enviando o Seu único<br />
Filho Jesus, gerado pelo Pai, para levar<br />
sobre Si toda a culpa de nossos<br />
pecados e, na cruz, morrer em nosso<br />
lugar.<br />
Uma Esperança Brilhante<br />
Todo pecador vive sem Deus e<br />
sem esperança neste mundo. E realmente<br />
uma noite de escuridão e<br />
desespero. Mas no final deste escuro<br />
túnel resplandece a brilhante luz do<br />
amor de Deus. Como a Bíblia nos<br />
diz: “onde abundou o pecado, superabundou<br />
a graça”<br />
Nós podemos ser gratos porque<br />
há uma segunda parte no versículo<br />
que declara que “o salário do pecado<br />
e a morte...” Essa parte e uma<br />
mensagem de esperança e amor: “...<br />
mas o dom gratuito de Deus e a vida<br />
eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”<br />
(Rm 6:23). ■<br />
10 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />
2<br />
o dom de deuS – A SALvAÇÃo<br />
● UM DOM GRATUITO<br />
● UM DOM QUE DEVEMOS<br />
ACeItAr<br />
● UM DOM QUE DEUS<br />
PAGou Por ComPLeto!<br />
um dom GrAtuIto<br />
O que é um Dom?<br />
O Evangelho de João, em uma<br />
passagem muito conhecida, fala<br />
sobre esse grande dom do amor de<br />
Deus: “Porque Deus amou ao mundo<br />
de tal maneira que deu o seu Filho<br />
unigênito, para que todo o que<br />
nele crê não pereça, mas tenha a<br />
vida eterna” (Jo 3:<strong>16</strong>).<br />
A definição jurídica da palavra<br />
dom requer três partes indispensáveis.<br />
Esses elementos são os seguintes:<br />
1. Alguém tem de oferecer algo<br />
2. Alguém tem de aceitar algo<br />
3. O que aceita algo não paga por isto<br />
Um dom e algo oferecido gratuitamente<br />
e aceito sem qualquer idéia<br />
de pagamento.<br />
Nós Não Merecemos Esse Dom<br />
Um dom e algo que e oferecido<br />
gratuitamente, não pode haver nenhum<br />
pagamento senão o “dom” se<br />
torna uma “aquisição” – algo que foi<br />
comprado. O dom de Deus – a salvação<br />
– foi dado gratuitamente. Ele<br />
não nos oferece algo que temos de<br />
comprar – Ele nos oferece um dom.<br />
O apóstolo Paulo nos lembra<br />
que “todos pecaram e carecem da<br />
glória de Deus” (Rm 3:23). Mas no<br />
verso seguinte ele nos dá as Boas<br />
Novas de que todos que aceitam a<br />
salvação dada por Deus estão “justificados<br />
gratuitamente, por sua graça,<br />
mediante a redenção que há em<br />
Cristo Jesus” (Rm 3:24).<br />
Algumas pessoas não entendem<br />
totalmente que o dom da salvação<br />
foi gratuitamente dado por Deus.<br />
Por isso, eles tentam transformar esse<br />
dom em uma aquisição, buscando<br />
alcançar o favor de Deus pelos próprios<br />
meios.<br />
No Sudeste da Ásia há um grupo<br />
de pessoas que levam seus esforços<br />
a um trágico extremo. Eles são chamados<br />
“flagelistas”. Na Sexta-Feira<br />
Santa, antes da Páscoa, eles chicoteiam<br />
as próprias costas ate sangrar.<br />
Alguns vão tão longe que crucificam<br />
a si mesmos.<br />
Por que as pessoas fazem essas<br />
coisas terríveis em nome do cristianismo?<br />
E porque não entendem que<br />
a salvação é um dom. A vida eterna<br />
e um dom de Deus.<br />
Não há nada que possamos fazer<br />
ou realizar por nossos próprios<br />
meios para merecermos o favor de<br />
Deus. Nos somos salvos pela graça,<br />
não através de “obras” – senão poderíamos<br />
nos vangloriar de nossos<br />
esforços (Ef 2:8,9).<br />
Nossa salvação foi “paga integralmente”<br />
no Calvário. Ao morrer<br />
naquela cruz, Jesus disse, “está consumado”.<br />
Nossa fé, então, repousa<br />
totalmente na obra de Cristo, consumada<br />
na cruz.<br />
Aquelas pessoas no Sudeste da<br />
Ásia são sinceras, porém, ignorantes.<br />
Não sabem ou não entendem a<br />
grandeza da salvação de Deus. Estão<br />
buscando a salvação, mas fazem<br />
isso através de seus próprios meios.<br />
Elas real-mente são muito zelosas,<br />
mas zelo e sinceridade não nos salvarão.<br />
Nos podemos ser sinceros e,<br />
ao mesmo tempo, estarmos errados.<br />
Paulo refere-se a tal zelo religioso<br />
em sua carta aos romanos: “Porque<br />
lhes dou testemunho de que eles<br />
tem zelo por Deus, porem não com<br />
entendimento.<br />
“Porquanto, desconhecendo a<br />
justiça de Deus e procurando estabelecer<br />
a sua própria, não se sujeitaram<br />
a que vem de Deus.<br />
“Porque o fim da lei e Cristo, para<br />
justiça de todo aquele que crê”<br />
(Rm 10:2-4).<br />
O que podemos concluir disso?<br />
Tais pessoas são sinceras? Sim. Zelosas?<br />
Sim. Estão erradas? Sim. Perdidas?<br />
Sim – por ignorância!<br />
Não podemos ser justificados<br />
diante de Deus pelos nossos próprios<br />
esforços ou obras. Esse não e o<br />
caminho de Deus para a vida eterna.<br />
A salvação e um dom, não uma aquisição.<br />
Não podemos adquiri-la, por<br />
mais que nos esforcemos. A obra da<br />
salvação já foi consumada por Cristo<br />
na cruz. Nossa parte é receber o<br />
dom que nos foi dado gratuitamente.<br />
Não há nenhum outro modo.<br />
Muitos aceitaram a Cristo como<br />
Salvador e receberam a vida eterna.<br />
Contudo, há aqueles que pensam<br />
que de qualquer maneira eles tem de<br />
acrescentar algo ao trabalho de Cristo<br />
consumado na cruz. Eles não se<br />
ferem fisicamente, mas se castigam<br />
freqüentemente de outros modos.<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 11
Eles trabalham duro, para conquistar<br />
a aprovação de Deus. Contudo nunca<br />
se sentem totalmente aceitos. Eles<br />
estão constantemente se esforçando<br />
para alcançar maiores metas, mas<br />
sempre falham. Então se castigam severamente<br />
com sentimentos de culpa<br />
e de condenação. São sinceros? Sim.<br />
Zelosos? Sim. Estão errados? Sim.<br />
Perdidos? Sim. Eles não perderam a<br />
salvação, mas ficaram sem a alegria<br />
da salvação – por ignorância!<br />
UM DOM QUE DEVEMOS<br />
ACeItAr<br />
Qualquer um Pode Aceitar<br />
Esse Dom?<br />
Deus fez Sua oferta quando deu<br />
Seu Filho. Porém, a oferta de Deus<br />
não e “legalmente” um dom enquanto<br />
não for aceita. Ele “veio para o<br />
que era seu, e os seus não o receberam”<br />
(Jo 1:11).<br />
Os judeus que viviam no tempo<br />
de Jesus não O aceitaram, por isso<br />
não receberam o benefício e a bênção<br />
da oferta de Deus. “Mas, a todos<br />
quantos o receberam, deu-lhes o poder<br />
de serem feitos filhos de Deus”<br />
(Jo 1:12).<br />
Certa vez Billy Graham, o grande<br />
evangelista, chocou muitas pessoas<br />
ao dizer: “Um dos grandes mistérios<br />
da redenção e este: Enquanto muitos<br />
homens maus irão para o céu, muitos<br />
homens bons irão para o inferno!”<br />
Por que muitos homens maus<br />
irão para o céu? Porque eles aceitaram<br />
o dom de Deus, a vida eterna.<br />
Você se lembra do ladrão que foi<br />
crucificado próximo a Jesus? Em<br />
seu momento de agonia ele disse:<br />
“Lembra-te de mim quando vieres<br />
no teu reino”. A resposta de Jesus<br />
foi imediata: “Em verdade te digo<br />
que hoje estarás comigo no paraíso”<br />
(Lc 23:39-43).<br />
Aquela simples oração do ladrão<br />
estava cheia de fé. Ela continha todos<br />
os elementos de fé para salvação.<br />
Quais são esses elementos?<br />
1. Ele creu que Jesus era o Rei (Senhor).<br />
2. Ele creu que o Rei teria um Reino.<br />
3. Ele pediu para ser incluído naquele<br />
Reino.<br />
Jesus respondeu: “Hoje estarás<br />
comigo no paraíso” (Lc 23:43). Jesus<br />
aceitou o ladrão porque este creu<br />
nEle como Salvador e Rei.<br />
Por que muitos homens bons irão<br />
para inferno? Porque eles recusaram<br />
o dom de Deus e confiaram em suas<br />
“boas obras”.<br />
Jesus declarou a mesma verdade<br />
aos fariseus – que eram muito religiosos,<br />
mas estavam perdidos: “Em<br />
verdade vos digo que publicanos e<br />
meretrizes vos precedem no reino de<br />
Deus” (Mt 21:31).<br />
Por que tais pecadores entrariam<br />
no Reino e os fariseus ficariam de fora?<br />
Os fariseus eram homens muito<br />
religiosos que iam ao Templo, oravam<br />
e davam dízimos. Eles tinham<br />
dias de jejum e dias de banquete, e<br />
guardavam o sábado.<br />
Por que os fariseus iriam para o<br />
inferno, e as meretrizes para o céu?<br />
Porque elas aceitaram o dom de Deus,<br />
e os fariseus, não. Em vez disso, eles<br />
buscavam assegurar a própria salvação<br />
através de seus atos de justiça. O<br />
Caminho Divino para a vida eterna<br />
lhes foi apresentado, mas eles escolheram<br />
seguir o próprio caminho.<br />
Romanos 10:3 diz: “sujeitaram<br />
a (justiça) que vem de Deus”. Isto<br />
significa aceitar o dom da salvação<br />
de Deus, que ocorre apenas mediante<br />
a fé em Cristo Jesus. Para muitos<br />
de nos e difícil “submeter-nos” a<br />
qualquer coisa. Algo dentro de nos<br />
se rebela contra qualquer tipo de autoridade<br />
– até mesmo a de um Deus<br />
sábio e amoroso.<br />
UM DOM QUE DEUS PAGOU<br />
Por ComPLeto!<br />
Nosso Criador – o Redentor<br />
Há uma linda história no Velho<br />
Testamento que exemplifica clara-<br />
A salvação é um dom. Nós temos de aceitar esse dom para que<br />
possamos receber as bênçãos advindas dele.<br />
12 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
mente o amoroso coração paterno de<br />
Deus. Nessa passagem, Deus se revela<br />
não só como um Pai-Criador, mas<br />
também como um Pai-Redentor.<br />
O profeta Isaías teve esta revelação<br />
dupla do caráter de Deus: “Mas<br />
agora, assim diz o SENHOR, que te<br />
criou, ó Jacó, e que reformou, ó Israel:<br />
Não temas, porque eu te remi;<br />
chamei-te pelo teu nome, tu és meu”<br />
(Is 43:1).<br />
O Deus que cria, também resgata.<br />
Resgatar o homem e trazê-lo de<br />
volta ao propósito divino de formar<br />
uma família custou ao Pai a vida do<br />
Seu único Filho. Sua vida foi entregue<br />
– como cordeiro sacrificial – para<br />
nos comprar de volta – nos resgatar.<br />
Abraão e Isaque:<br />
Um Quadro Profético do<br />
Amor Redentor<br />
“Depois dessas coisas, pôs Deus<br />
Abraão a prova e lhe disse: Abraão!<br />
Este lhe respondeu: Eis-me aqui!<br />
“Acrescentou Deus: Toma teu filho,<br />
teu único filho, Isaque, a quem<br />
amas, e vai-te a terra de Moriá; oferece-o<br />
ali em holocausto, sobre um<br />
dos montes, que eu te mostrarei.<br />
“Levantou-se, pois, Abraão de<br />
madrugada e, tendo preparado o<br />
seu jumento, tomou consigo dois<br />
dos seus servos e a Isaque, seu filho;<br />
rachou lenha para o holocausto e<br />
foi para o lugar que Deus lhe havia<br />
indicado.<br />
“Ao terceiro dia, erguendo Abraão<br />
os olhos, viu o lugar de longe.<br />
“Então, disse a seus servos: Esperai<br />
aqui, com o jumento; eu e o<br />
rapaz iremos até lá e, havendo adorado,<br />
voltaremos para junto de vós.<br />
“Tomou Abraão a lenha do holocausto<br />
e a colocou sobre Isaque, seu<br />
filho; ele, porém, levava nas mãos o<br />
fogo e o cutelo. Assim, caminhavam<br />
ambos juntos.<br />
“Quando Isaque disse a Abraão,<br />
seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão:<br />
Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe<br />
Isaque: Eis o fogo e a lenha,<br />
mas onde esta o cordeiro para o holocausto?”<br />
(Gn 22:1-7).<br />
A esta altura de nossa história,<br />
poderíamos desejar saber por que<br />
Deus pediria a um homem que ma-<br />
tasse seu único filho. O nascimento<br />
de Isaque (que significa “riso”) tinha<br />
sido um milagre, pois Abraão e Sara,<br />
há muito tempo, haviam passado da<br />
idade de gerar filhos.<br />
Porém, Deus havia prometido um<br />
filho a Abraão, e cumpriu Sua promessa.<br />
Abraão esperou vinte e cinco<br />
anos pelo cumprimento daquela<br />
promessa, e ficou cheio de júbilo<br />
quando Isaque nasceu. Agora, Deus<br />
ordenava-lhe que matasse o seu único<br />
filho. Será que Ele realmente exigiria<br />
tal coisa, e nesse caso, por que?<br />
Deus tinha um propósito ao registrar<br />
esse acontecimento: revelar uma<br />
verdade importante. Essa história e<br />
um quadro profético do piano divino<br />
de redenção. Deus quer que entendamos<br />
claramente os papéis que o<br />
Pai e o Filho desempenham na obtenção<br />
de nossa salvação.<br />
Isaque – o Filho<br />
Nós sabemos que Isaque, como<br />
filho obediente, e um tipo (figura<br />
profética) do Senhor Jesus. A madeira<br />
que seria usada no sacrifício<br />
foi posta sobre os ombros de Isaque,<br />
quando eles subiram o monte.<br />
Dois mil anos depois, o único Filho<br />
de Deus levaria uma cruz de madeira<br />
em seus ombros ao escalar outro<br />
monte – o Calvário!<br />
Esse acontecimento na vida de<br />
Abraão e Isaque ocorreu nas colinas<br />
de Moriá. Foi nessas colinas, que<br />
se localizam fora de Jerusalém, que<br />
Cristo, o único Filho de Deus, foi sacrificado<br />
como nosso substituto.<br />
Às vezes nós negligenciamos<br />
o fato de que Abraão é um tipo de<br />
Deus, o Pai. Não podemos imaginar<br />
a dor que Abraão deveria estar sentindo<br />
no coração quando tomou em<br />
suas mãos a faca e o fogo. Deus lhe<br />
prometera que, através de Isaque,<br />
sua descendência seria numerosa como<br />
as estrelas no céu. Como poderia<br />
tal promessa se cumprir se Isaque<br />
deveria morrer – a menos que houvesse<br />
esperança de uma ressurreição!<br />
(Hb 11:17-19).<br />
Os Firmes Passos de<br />
Fé e Obediência<br />
Sentimos um toque de ternura<br />
nessa história quando lemos: “e se-<br />
guiam ambos juntos”. Lado a lado,<br />
eles caminhavam em silêncio; um<br />
pai amoroso com seu filho, e um filho<br />
amoroso com seu pai.<br />
O pai Abraão caminhava com<br />
passos firmes de fé e obediência,<br />
mas havia uma grande dor em seu<br />
coração. Essa dor só era suavizada<br />
pela esperança que ele tinha na promessa<br />
de Deus. Finalmente o silêncio<br />
foi quebrado por uma pergunta<br />
de Isaque: “Onde está o cordeiro?”<br />
A resposta de Abraão revela<br />
uma linda figura profética do grande<br />
amor redentor de Deus: “Respondeu<br />
Abraão: Deus proverá para<br />
si, meu filho, o cordeiro para o holocausto;<br />
e seguiam ambos juntos”<br />
(Gn 22:8).<br />
A palavra “juntos” aparece pela<br />
segunda vez nessa passagem e vem<br />
carregada de significado. Ela fala do<br />
amor de um para com o outro; e também<br />
mostra a fé e a obediência deles<br />
a Deus.<br />
Abraão deve ter falado a Isaque<br />
sobre a vontade de Deus que ele fosse<br />
morto – e da promessa divina sobre<br />
a sua vida. Ambos estavam dispostos<br />
a se submeterem a Palavra do<br />
Senhor. Isaque era um jovem forte<br />
e facilmente poderia ter resistido ao<br />
seu pai que era ancião.<br />
Que revelação profética do amor<br />
de Deus nos temos aqui: um pai disposto<br />
a sacrificar o seu filho amado,<br />
e um filho pronto a submeter-se ao<br />
sacrifício. Nós só podemos assistir<br />
em assombroso silêncio.<br />
Nós conhecemos o fim desta história,<br />
e claro. Na última hora Deus<br />
proveu um sacrifício: um carneiro<br />
que estava preso em um arbusto próximo.<br />
A vida de Isaque foi poupada,<br />
e Deus renovou Sua promessa a<br />
Abraão. Da descendência de Isaque<br />
nasceram pessoas que estavam destinadas<br />
a abençoar todas as nações<br />
da terra.<br />
Deus Providenciou um<br />
Cordeiro Para Nós<br />
Dois mil anos depois essa mesma<br />
história se repetiu. Só que dessa<br />
vez não ocorreu um salvamento de<br />
ultima hora para Aquele que submeteu<br />
Sua vida ao sacrifício. Nos estamos<br />
falando do Filho de Deus, que<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 13
Se deu como o “Cordeiro de Deus”.<br />
Abraão e Isaque são uma maravilhosa<br />
tipificação da relação Pai-Filho na<br />
Divindade.<br />
Quando uma palavra, ou conceito<br />
importante, aparece pela primeira<br />
vez nas Escrituras, estabelece-se<br />
um padrão para seu uso futuro. A<br />
colocação na qual aquela palavra e<br />
encontrada carrega, então, um significado<br />
muito especial.<br />
Pensando nisso, é interessante<br />
constatar que a palavra “amor”<br />
ocorre primeiro em referenda ao<br />
amor de um pai por um filho. Mais<br />
especificamente, o amor de Abraão<br />
por Isaque. “Toma teu filho, teu único<br />
filho, Isaque, a quem amas”<br />
(Gn 22:2).<br />
O palavra “amor” no Novo<br />
Testamento ocorre primeiramente<br />
nos evangelhos<br />
sinóticos nesta frase notável:<br />
“Este e o meu Filho amado,<br />
em quem me comprazo” (Mt<br />
3:17; Mc 1:11; Lc 3:22). Se<br />
Abraão amava o seu único<br />
filho, quanto maior e o amor<br />
de Deus pelo Seu único Filho!<br />
O Evangelho de João e o<br />
evangelho do amor de Deus,<br />
Quando lemos a primeira referenda<br />
ao grande amor de<br />
Deus neste livro especial, ficamos<br />
maravilhados e somos<br />
movidos a uma atitude de humildade:<br />
“Porque Deus amou ao<br />
mundo de tal maneira que<br />
deu o seu Filho unigênito,<br />
para que todo o que nele crê<br />
não pereça, mas tenha a vida<br />
eterna” (Jo 3:l6).<br />
Sim, o Pai sempre amou<br />
Seu Filho – desde toda a eternidade<br />
passada Ele O amou<br />
(Jo 17:24). De fato, quão intensamente<br />
eles amaram Um<br />
ao Outro. Mas nos também<br />
somos incluídos nesse amor.<br />
Jesus nos fala que o Pai nos<br />
ama da mesma forma que<br />
ama o Seu Próprio Filho (Jo<br />
17:23).<br />
É quase impossível compreendermos<br />
isso, mas o<br />
Pai e o Filho planejaram em<br />
amor a nossa redenção antes mesmo<br />
que o mundo fosse criado. Eles<br />
“caminharam juntos” nesse amor –<br />
por você e por mim. Mais que isso,<br />
eles “executaram isso juntos” na<br />
cruz.<br />
O Terrível Preço<br />
Muitos de nós temos a falsa idéia<br />
de que, por incrível que pareça, o<br />
Pai estava separado do Próprio Filho<br />
durante aquela hora horrível na<br />
qual Ele foi “abandonado”. Isso é<br />
verdadeiro, pois um Deus Santo não<br />
pode contemplar o pecado. E Cristo<br />
levou sobre Si, nosso pecado na<br />
cruz. “Aquele que não conheceu pe-<br />
cado, ele o fez pecado por nós; para<br />
que, nele, fôssemos feitos justiça de<br />
Deus” (2 Co 5:21).<br />
Contudo isso não significa que<br />
o Pai sentisse menos dor que o Filho<br />
em Sua agonia na cruz. Quando<br />
o Filho de Deus, imaculado, puro e<br />
sem pecado, tomou sobre Si o nosso<br />
pecado, algo temível aconteceu.<br />
Pela primeira vez em toda a eternidade,<br />
Sua comunhão com o Pai foi<br />
quebrada!<br />
O pecado separa. A morte espiritual<br />
e a separação de Deus. Como o<br />
“Filho do Homem” (um titulo profético<br />
de Jesus – Mt 8:20; 17:12,22,<br />
etc.) Jesus pagou por completo a<br />
14 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
penalidade pelo nosso pecado. E Ele<br />
o fez, sozinho, em uma cruz.<br />
Mas o Pai, assim como o Filho,<br />
sentia toda a dor daquela penalidade.<br />
Quando a comunhão e quebrada,<br />
ambas as partes participam da dor<br />
terrível que essa separação causa.<br />
Eles caminharam juntos na estrada<br />
da dor – ate o fim. Da mesma maneira<br />
que o coração de Abraão foi afligido<br />
pelo possível sacrifício do seu<br />
filho Isaque, assim também o coração<br />
de Deus foi afligido pelo sacrifício<br />
do Seu único Filho pelo nosso<br />
pecado.<br />
Ao escrever aos coríntios, Paulo<br />
consegue mostrar o significado dessa<br />
terrível – contudo maravilhosa – verdade:<br />
“Deus [o Pai] estava em Cristo<br />
reconciliando consigo o mundo, não<br />
imputando aos homens as suas transgressões,”<br />
(2 Co 5:19). Esta é uma<br />
parte do mistério da Trindade Santa.<br />
Jesus disse, “eu estou no Pai e... o<br />
Pai, em mim” (Jo 14:10,11).<br />
Quando Jesus nasceu da virgem<br />
Maria, Mateus diz que “ele será chamado<br />
pelo nome de Emanuel (que<br />
quer dizer: Deus conosco).” (Mt<br />
1.23.) João Batista, ao ver Jesus, declarou:<br />
“Eis o Cordeiro de Deus, que<br />
lira o pecado do mundo!” (Jo 1:29).<br />
Abraão disse a Isaque: “Deus<br />
proverá para si, meu filho, o cordeiro<br />
para o holocausto” (Gn 22:8).<br />
Essas palavras proféticas apresentam<br />
um lindo quadro do amor pessoal<br />
de Deus por nos. Deus proverá<br />
um Cordeiro sacrificial pelo nosso<br />
pecado. Ele assumiu a responsabilidade<br />
de prover os meios necessários<br />
pelos quais poderíamos ser salvos.<br />
O Dom Gratuito da Vida Eterna<br />
Um Deus santo e justo declarou:<br />
“A alma que pecar, essa morrera”<br />
(Ez 18:4). Desta forma, o Juiz da toda<br />
a terra sentenciou toda a raça humana<br />
a morte. Esta era a única coisa<br />
que a justiça poderia fazer.<br />
Contudo, o poderoso Criador do<br />
universo e o Juiz de todos os homens,<br />
e um Pai-Redentor também.<br />
Ele olha com amor e misericórdia<br />
para um mundo pecador e toma a<br />
mais maravilhosa – embora terrível<br />
– decisão: “Eu morrerei no lugar deles.<br />
Para que eles possam viver, Eu<br />
pagarei a penalidade que a justiça<br />
exige. Eu os amo demais!”<br />
E foi isso que Deus fez. Ele estava<br />
em Cristo Jesus reconciliando<br />
consigo o mundo. Em Seu Filho<br />
Ele recolheu toda a raça humana – e<br />
morreu em uma cruz. Agora a passagem<br />
da carta de Paulo aos romanos<br />
ganha muito mais vida e significado:<br />
“Pois assim como, por uma<br />
só ofensa, veio o juizo sobre todos<br />
os homens para condenação, assim<br />
também, por um só ato de justiça,<br />
veio a graça sobre todos os homens,<br />
para a justificação que da vida.<br />
“Porque, como, pela desobediência<br />
de um só homem, muitos se<br />
tornaram pecadores, assim também,<br />
por meio da obediência de um só,<br />
muitos se tornarão justos. Sobreveio<br />
a lei para que avultasse a ofensa;<br />
mas onde abundou o pecado,<br />
superabundou a graça, a fim de que,<br />
como o pecado reinou pela morte,<br />
assim também reinasse a graça pela<br />
justiça para a vida eterna, mediante<br />
Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm<br />
5:18-21). Nesta passagem, Paulo resume<br />
o piano de Deus de retenção<br />
e salvação. Nos temos duas cabeças<br />
representativas: Adão, representando<br />
toda a raça humana; e Cristo,<br />
representando todas as pessoas que<br />
creriam nEle para salvação (veja<br />
também 1 Coríntios 15:22). Isso significa<br />
que estamos representados em<br />
Adão através do nascimento natural,<br />
mas em Cristo, pela fé.<br />
Quando Adão, deliberadamente,<br />
desobedeceu a ordem especifica de<br />
Deus (veja Gênesis 2:17; 3:6,17),<br />
ele pecou. Através de Adão, o pecado<br />
entrou no mundo e, com ele, a<br />
sentença de morte. Assim, o pecado<br />
e a morte passaram a todo o gênero<br />
humano porque todos pecaram (Rm<br />
5:12). Desesperadamente, o homem<br />
morreria nesta vida e para toda a<br />
eternidade, a menos que alguém<br />
viesse para salvá-lo!<br />
Deus fez isso em Cristo, quando<br />
o “Cordeiro de Deus”, sem pecado,<br />
pagou pelos pecados de toda a humanidade,<br />
sacrificando-Se na cruz<br />
(Rm 5:6-11).<br />
Em Adão, por nosso nascimento<br />
humano natural, nos somos condenados<br />
a morrer como pecadores.<br />
Mas, por causa da obra remidora de<br />
Cristo na cruz, podemos ser justificados<br />
e viver, se estivermos nEle pela<br />
fé (Rm 5:18,19). Em outras palavras,<br />
nos precisamos “nascer de novo”<br />
em uma nova “família” para que possamos<br />
ter a experiência de um nascimento<br />
espiritual (Jo 3:1 -6).<br />
AGORA é o Dia da Salvação<br />
Para que os homens sejam salvos<br />
eles tem de vir pessoalmente a Cristo<br />
para receber dele a salvação. Nós<br />
já vimos anteriormente que um presente<br />
não e um presente ate que seja<br />
aceito.<br />
Romanos 5:17 diz que temos de<br />
“receber” pessoalmente o gracioso<br />
dom da vida de Deus em Cristo Jesus.<br />
Se não o recebermos, ele não nos fará<br />
nenhum bem. A oferta já foi feita,<br />
mas deve ser aceita. Só aqueles que<br />
recebem o Senhor Jesus como seu<br />
Salvador desfrutarão da vida eterna.<br />
“Eis, AGORA, o tempo sobremo-do<br />
oportuno, eis, AGORA, o dia<br />
da salvação” (2 Co 6:2).<br />
Deus nos chama hoje para fazermos<br />
uma única coisa: Receber o<br />
Filho dEle como Salvador. Nada<br />
mais realmente importa.<br />
Carlos Wesley escreveu o maravilhoso<br />
hino, “Nada em minha mão<br />
eu trago, somente a Tua cruz eu me<br />
apego”. E ele disse tudo.<br />
Andrew Murray falou a mesma<br />
coisa da seguinte forma: “Todo ser<br />
humano deveria colocar seus pecados<br />
em uma pilha, e todas as suas<br />
boas obras em outra. E então, deveria<br />
deixar ambos para juntar-se a Jesus”!<br />
“Porque o salário do pecado e a<br />
morte, mas o dom gratuito de Deus e<br />
a vida eterna em Cristo Jesus, nosso<br />
Senhor” (Rm 6:23). “Veio para o<br />
que era seu, e os seus não o receberam.<br />
Mas, a todos quantos o receberam,<br />
deu-lhes o poder de serem feitos<br />
filhos de Deus” (Jo 1:11,12).<br />
“Está Consumado”!<br />
Nós não merecemos esse dom<br />
precioso de vida eterna – mas não<br />
precisamos merecer. Isso não nos<br />
custa nada. Quando Jesus disse na<br />
cruz “esta consumado”, o preço de<br />
nossa salvação havia sido pago – por<br />
completo! ■<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 15
SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />
3<br />
FeIto LIvre AtrAvÉS dA SALvAÇÃo<br />
● ATRAVÉS DE UMA NOVA<br />
ALIAnÇA<br />
● LIVRE DO LEGALISMO<br />
● LIVRE DA CONDENAÇÃO<br />
● LIVRE PARA SE TORNAR<br />
Como CrISto<br />
● LIVRE PARA “ANDAR NA<br />
Luz”<br />
AtrAvÉS de umA novA<br />
ALIAnÇA<br />
Alianças bíblicas<br />
Uma aliança é um acordo em<br />
que duas partes juram cumprir<br />
certas promessas ou condições.<br />
Uma aliança “condicional” e<br />
uma promessa feita por uma parte, e<br />
que só será honrada se a outra parte<br />
cumprir certas condições. “Eu farei<br />
isto, se você fizer isso”.<br />
Uma aliança “incondicional” e<br />
uma promessa sem condições. “Eu<br />
farei isto, não importa o que você<br />
faca, ou deixe de fazer”.<br />
As Escrituras mostram varias<br />
alianças muito interessantes e importantes<br />
entre Deus e o homem:<br />
1. Edênica ........................... Entre<br />
Deus e o Gênero Humano<br />
2. Adâmica ......................... Entre<br />
Deus e Adão<br />
3. Noélica ............................ Entre<br />
Deus e Noé<br />
4. Abraâmica ..................... Entre<br />
Deus e Abraão<br />
5. Mosaica (velho) ............. Entre<br />
Deus e Israel<br />
6. Davídica ......................... Entre<br />
Deus e Davi<br />
7. Novo Testamento ........... Entre<br />
Deus e a Igreja<br />
A palavra “testamento” significa<br />
“aliança”. A Bíblia e dividida em<br />
Velho e Novo “Testamentos”.<br />
Num sentido mais especifico,<br />
o “Velho Testamento” se refere a<br />
Aliança Mosaica, que era baseada<br />
na lei de Deus. O “Novo Testamento”<br />
refere-se a uma aliança nova e<br />
melhor, que e baseada na graça de<br />
Deus. Agora estudaremos estas duas<br />
alianças com mais detalhes.<br />
A Nova Aliança Substitui a Velha<br />
Para entender a salvação, e necessário<br />
saber a diferença entre a velha<br />
e a nova aliança. Como um raio<br />
na escuridão, o contraste e muito<br />
grande. O escritor da carta aos hebreus<br />
explica isto da seguinte maneira:<br />
“Agora, com efeito, obteve<br />
Jesus ministério tanto mais excelente,<br />
quanta e ele também Mediador<br />
de superior aliança instituída com<br />
base em superiores promessas.<br />
“Porque, se aquela primeira<br />
aliança tivesse sido sem defeito, de<br />
maneira alguma estaria sendo buscado<br />
lugar para uma segunda. E,<br />
de fato, repreendendo-os, diz: Eis<br />
ai vem dias, diz o Senhor, e firmarei<br />
nova aliança com a casa de Israel<br />
e com a casa de Judá, não segundo<br />
a aliança que fiz com seus pais, no<br />
dia em que os tomei pela mão, para<br />
os conduzir ate fora da terra do<br />
Egito; pois eles não continuaram<br />
na minha aliança, e eu não atentei<br />
para eles, diz o Senhor.<br />
“Porque esta é a aliança que<br />
firmarei com a casa de Israel, de-<br />
pois daqueles dias, diz o Senhor:<br />
na sua mente imprimirei as minhas<br />
leis, também sobre o seu coração as<br />
inscreverei; e eu serei o seu Deus, e<br />
eles serão o meu povo...<br />
“Pois, para com as suas iniqüidades,<br />
usarei de misericórdia e dos<br />
seus pecados jamais me lembrarei.<br />
“Quando ele diz Nova, torna antiquada<br />
a primeira. Ora, aquilo que<br />
se torna antiquado e envelhecido esta<br />
prestes a desaparecer” (Hb 8:6-<br />
10, 12,13).<br />
A Nova Aliança:<br />
Baseada no Amor, não na Lei<br />
Deus escreveu as leis e os mandamentos<br />
da velha aliança em duas<br />
tábuas de pedra. A lei era santa; mas<br />
fria, difícil e pesada para suportar.<br />
Ela estava sempre lá–no exterior de<br />
cada pessoa – fazendo exigências<br />
que o “homem interior” não podia<br />
cumprir.<br />
A nova aliança, ao contrário, e<br />
uma obra do Espírito de Deus que<br />
escreve a Sua vontade em nossos<br />
corações e mentes.<br />
Além disso, a vontade de Deus se<br />
resume na lei real do amor: “Amaras,<br />
pois, o Senhor, teu Deus, de todo<br />
o teu coração, de toda a tua alma,<br />
de todo o teu entendimento e de toda<br />
a tua força... Amaras o teu próximo<br />
como a ti mesmo” (Mc 12:30,31).<br />
A motivação da nova aliançã e o<br />
amor. Jesus simplesmente disse: “Se<br />
me amais, guardareis os meus mandamentos”<br />
(Jo 14:15). “Nos amamos<br />
porque ele nos amou primeiro”<br />
(1 Jo 4:19).<br />
<strong>16</strong> / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
Essencial Para se Obter um<br />
Novo Coração<br />
Um dos salmos de Davi revela<br />
claramente as diferenças entre a velha<br />
e a nova aliança. Ele o escreveu<br />
depois de adulterar com Bate-Seba.<br />
Quando Davi de fato entendeu a<br />
grande dor que seu pecado causara<br />
ao coração de Deus, ele se arrependeu<br />
com profunda tristeza. Com o<br />
coração angustiado ele clamou a<br />
Deus por misericórdia e perdão.<br />
A oração de Davi, então, assumiu<br />
um aspecto profético que e bom<br />
observarmos. Ele revela a base da<br />
salvação do homem, que um dia seria<br />
garantida pela morte de Cristo<br />
na cruz, e escrita uma nova aliança.<br />
Prestemos atenção a estas belas palavras:<br />
“Compadece-te de mim, ó Deus,<br />
segundo a tua benignidade; e, se-<br />
gundo a multidão das tuas misericórdias,<br />
apaga as minhas transgressões.<br />
Lava-me completamente<br />
da minha iniqüidade e purifica-me<br />
do meu pecado.<br />
“Pois eu conheço as minhas<br />
transgressões, e o meu pecado esta<br />
sempre diante de mim. Pequei contra<br />
ti, contra ti somente, e fiz o que<br />
e mal perante os teus olhos, de maneira<br />
que serás tido por justo no teu<br />
falar e puro no teu julgar.<br />
“Eu nasci na iniqüidade, e em<br />
pecado me concebeu minha mãe.<br />
Eis que te comprazes na verdade<br />
no intimo... Cria em mim, ó Deus,<br />
um coração puro e renova dentro<br />
em mim um espírito inabalável.” (Sl<br />
51:1-6,10).<br />
A revelação profética que Davi<br />
recebeu dizia respeito a nova obra<br />
que Deus queria fazer em sua vida.<br />
Uma outra versão da Bíblia apresen-<br />
Davi, quando caiu em pecado, clamou a Deus para que criasse<br />
nele um coração novo. Ele sabia que se se<br />
arrependesse, Deus faria o resto.<br />
ta o texto deste modo: “Cria em mim<br />
um coração novo.”<br />
Davi entendeu claramente que a<br />
lei de Deus era boa; mas seu coração,<br />
mau. Ele não podia estabelecer<br />
uma coexistência pacifica entre os<br />
dois. O apóstolo Paulo, sabendo<br />
que em seu próprio coração havia<br />
este problema, clamou: “Desventurado<br />
homem que sou! Quem me livrara<br />
do corpo desta morte?” (Rm<br />
7:24.)<br />
Nossa Luta Contra o Pecado<br />
Temos de concordar que Davi e<br />
Paulo não eram os únicos a enfrentar<br />
esse problema. Todo mundo tem<br />
de lidar com a presença, o poder e o<br />
hábito do pecado na própria vida.<br />
Além disso, nós nunca encontramos<br />
alivio nas “tábuas de pedra” da<br />
Lei. Verdadeiramente, a Lei e santa,<br />
justa e boa (Rm 7: 12), contudo<br />
nosso coração e pecaminoso e infiel,<br />
como bem nos mostram as nossas<br />
próprias experiências pessoais!<br />
A boa lei de Deus condena – mas<br />
não pode ajudar – o mau coração do<br />
homem. Por isso, como Davi, todos<br />
nos podemos clamar a Deus para<br />
que faca uma obra profunda em nosso<br />
interior: “Cria em mim, ó Deus,<br />
um novo e puro coração...”<br />
Jeremias Olha Além da<br />
Velha Aliança<br />
Uns quatrocentos anos depois de<br />
Davi, o profeta Jeremias abordou o<br />
mesmo tema. Ele claramente previu<br />
a nova aliança como uma obra<br />
interior da graça de Deus. Ele traçou<br />
claramente uma linha definida<br />
de contraste entre a velha e a nova<br />
aliança.<br />
Prestemos bastante atenção as<br />
palavras dele. Perceberemos que<br />
elas são as mesmas citadas no oitavo<br />
capitulo de Hebreus. Vamos rever<br />
aqui o registro original: “Eis ai vem<br />
dias, diz o SENHOR, em que firmarei<br />
nova aliança com a casa de Israel e<br />
com a casa de Judá. Não conforme a<br />
aliança que fiz com seus pais, no dia<br />
em que os tomei pela mão, para os<br />
tirar da terra do Egito; porquanto<br />
eles anularam a minha aliança, não<br />
obstante eu os haver desposado, diz<br />
o SENHOR.<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 17
“Porque esta e a aliança que firmarei<br />
com a casa de Israel, depois<br />
daqueles dias, diz o SENHOR: Na<br />
mente, lhes imprimirei as minhas<br />
leis, também no coração lhas inscreverei;<br />
eu serei o seu Deus, e eles<br />
serão o meu povo” (Jr 31:31-33; veja<br />
também Ezequiel 36:26,27).<br />
A Velha Aliança:<br />
Escrita em Tábuas de Pedra<br />
Jeremias diz que quando Deus,<br />
pelo seu grandioso poder, trouxe seu<br />
povo da terra do Egito para o monte<br />
Sinai, Ele fez uma aliança com eles<br />
(Êxodo, capítulos 18-32).<br />
Deus prometeu fazer deles um<br />
reino de sacerdotes, uma nação santa,<br />
e um povo especial – se eles guardassem<br />
as Suas leis e obedecessem a<br />
Sua voz.<br />
Ele escreveu Sua lei em tábuas<br />
de pedra e as deu a Moisés. A importância<br />
dessa aliança foi demonstrada<br />
por uma prodigiosa exibição de fogo,<br />
fumaça, trovão e um terremoto.<br />
Os israelitas ficaram grandemente<br />
impressionados – mas apenas por<br />
pouco tempo. Antes que Moisés descesse<br />
do monte, eles já haviam infringido<br />
a lei de Deus. Eles fizeram<br />
ídolos de ouro, como os que viram<br />
no Egito, e estavam dançando ao redor<br />
deles e adorando-os.<br />
Quando Moisés viu o que eles<br />
estavam fazendo, lançou as tábuas<br />
de pedra ao chão – quebrando-as. As<br />
tabu-as quebradas aos pés dos israelitas<br />
constituíam uma clara figura da<br />
lei quebrada em seus corações.<br />
A Arca da Aliança<br />
Moisés retornou ao topo do monte,<br />
e Deus lhe deu outras tábuas de<br />
pedra nas quais estavam escritos os<br />
seus mandamentos. Uma vez mais,<br />
Moisés trouxe a lei ate o povo.<br />
Deus, então, designou um lugar<br />
seguro onde as tábuas de pedra da<br />
Lei seriam guardadas. Este lugar foi<br />
denominado “Área da Aliança”. Essa<br />
área ficava na parte do Tabernáculo<br />
conhecida como o “Santo dos<br />
Santos”.<br />
A Arca da Aliança era uma linda<br />
tipificação ou figura do Senhor Jesus<br />
Cristo. Ele era o Guardião perfeito<br />
da Lei. Ele nunca falhou. A lei de<br />
Deus era sempre a alegria e delícia<br />
do Seu coração. “Agrada-me fazer<br />
a tua vontade, ó Deus meu; dentro<br />
do meu coração, está a tua lei” (Sl<br />
40:8).<br />
Durante séculos a Lei tinha estado<br />
gravada em pedra. Agora, pela<br />
primeira vez, a Lei estava no coração<br />
de um homem – o Homem Cristo<br />
Jesus. Ele era o Escolhido através<br />
de Quem a nova aliança viria.<br />
A Arca da Aliança era o lugar de<br />
habitação de Deus entre os Seus escolhidos,<br />
os israelitas. Jesus Cristo,<br />
contudo, se tornou a Área viva da<br />
presença de Deus entre as pessoas<br />
de todo o mundo.<br />
O Fracasso da Velha Aliança<br />
A lei da velha aliança não tornou<br />
os homens santos. Ela era uma lista<br />
de faça isto e não faça aquilo: “Você<br />
fará isto; você não fará aquilo!”<br />
Os homens deveriam ler a Lei, e<br />
então cumprir suas ordenanças. Paulo,<br />
porem, deixa muito claro que essa<br />
e uma tarefa impossível (veja Gálatas<br />
Capítulos 2-4). Nenhum homem<br />
consegue cumprir a Lei, não importa<br />
com quanto empenho ele o tente.<br />
O propósito da Lei não é nos fazer<br />
santos, mas revelar-nos o quanto<br />
somos pecaminosos. A Lei mostranos<br />
claramente que não podemos<br />
nos salvar a nos mesmos – não importa<br />
o que façamos. A Lei foi dada<br />
para nos conduzir ao nosso Salvador:<br />
“De maneira que a lei nos serviu<br />
de aio para nos conduzir a Cristo,<br />
a fim de que fôssemos justificados<br />
por fé” (Gl 3:24).<br />
Não, nos não podemos ser justificados<br />
diante de Deus pelo que fazemos;<br />
somente pelo que cremos. A<br />
justificação vem pela fé, não através<br />
de obras! (veja Romanos 3:21-26).<br />
A Lei da velha aliança era uma<br />
“manifestação externa” – uma palavra<br />
que vem de fora – dizendo-nos o<br />
que Deus deixara em testamento e o<br />
que Ele queria.<br />
Porém, a Lei não pode dar-nos<br />
o poder para cumprirmos as ordenanças.<br />
A Lei nos dissera o que<br />
devia-mos realizar, mas não nos<br />
deu nenhum poder para fazê-lo. Ela<br />
mostrou-nos o quanto somos fracos<br />
e pecadores, mas não nos proveu de<br />
nenhum talento para cumprirmos<br />
suas ordenanças.<br />
O Novo Testamento e diferente.<br />
Na nova aliança, Deus diz ao Seu<br />
povo: “Eu farei por vocês o que vocês<br />
não podem fazer por si mesmos.<br />
Eu tomarei esta, que tem sido externa,<br />
e a escreverei em seu interior –<br />
em seus corações.<br />
“Vocês já não vão mais considerar<br />
a manifestação exterior da Lei, e tomar<br />
o seu fardo pesado em suas mãos.<br />
Eu imprimirei isto em seu ‘interior’,<br />
e os levarei a cumprir fielmente a Minha<br />
vontade e a andar nos Meus caminhos.<br />
Minha Lei, agora, governará<br />
e capacitara seu ser interior, em vez<br />
de fazer cobranças vindas de fora.<br />
“Além disso, Minha nova aliança<br />
não impõe nenhuma condição. A<br />
única coisa que você precisa fazer e<br />
crer nela e recebe-la. E Meu presente<br />
de graça e amor para você.”<br />
Necessidade de um Espírito Novo<br />
Como Deus consegue manter<br />
uma promessa tão maravilhosa? De<br />
que maneira Ele pode remover a Lei<br />
das inanimadas tábuas de pedra e<br />
escrevê-las no coração e na mente<br />
do homem?<br />
Temos de voltar ao profeta Ezequiel<br />
para achar nossa resposta. E<br />
importante que o façamos, pois sem<br />
considerarmos a revelação de Ezequiel,<br />
a nova aliança será apenas<br />
uma teoria, e nunca uma realidade<br />
em nossa vida.<br />
Davi pediu a Deus que lhe desse<br />
não apenas um coração limpo, mas<br />
que renovasse dentro dele um espírito<br />
reto. Observemos o teor da<br />
profecia de Ezequiel:<br />
“Dar-vos-ei coração novo e porei<br />
dentro de vos espírito novo; tirarei<br />
de vos o coração de pedra e vos<br />
darei coração de carne.<br />
“Porei dentro de vós o meu Espírito<br />
e farei que andeis nos meus<br />
estatutos, guardeis os meus juizos e<br />
os observeis” (Ez 36:26,27).<br />
A Nova Aliança Ratificada<br />
Para que uma aliança tenha efeito,<br />
primeiramente, deve ser ratificada,<br />
ou estabelecida. Somente a<br />
morte de Cristo poderia ratificar (estabelecer)<br />
a nova aliança.<br />
18 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
Na queda do homem, a lei do pecado<br />
e da morte entrou em vigor.<br />
A conseqüência disso para todo<br />
o gênero humano teria sido uma<br />
tragédia infinita não fosse a graça<br />
de Deus. Essa graça foi revelada na<br />
cruz de Cristo no Calvário. Só Ele<br />
poderia se-lar definitivamente a nossa<br />
salvação através da nova aliança<br />
de Deus.<br />
Meditemos um pouco sobre isso.<br />
Quando um homem faz um testamento,<br />
registrando sua ultima vontade,<br />
as leis da maioria das nações<br />
determinam que este testamento só<br />
pode ser executado quando esse homem<br />
morrer.<br />
Deus também estabeleceu a Sua<br />
vontade em forma de um novo testamento<br />
ou aliança. Isto não poderia<br />
ser posto em vigor ate que Aquele<br />
que o escrevera tivesse morrido.<br />
Por isso Deus, o Filho, veio a esta<br />
Terra como o Filho do homem. Ele<br />
O Espírito Santo<br />
flui de Deus<br />
para nós.<br />
veio morrer para que a nova aliança<br />
– a Sua vontade e Seu testamento –<br />
tivesse efeito.<br />
O Espírito Santo:<br />
O Executor da Nova Aliança<br />
Quando morre o homem que declarou<br />
sua vontade, escrevendo seu<br />
testamento, e necessário que alguém<br />
tome as medidas relacionadas ao<br />
testamento. Alguém tem de executar<br />
(ou cumprir) essas providencias.<br />
A pessoa nomeada para fazer<br />
isto e chamada “testamenteiro” –<br />
porque ele executa (ou determina)<br />
as medidas para o cumprimento da<br />
vontade do falecido.<br />
Cristo não só morreu, mas Ele<br />
subiu novamente e ascendeu a mão<br />
direita do Pai. Ao fazer isso, Ele poderia<br />
se tornar, no céu, “o executor”<br />
da Sua vontade, do Seu Testamento.<br />
Ele poderia estabelecer assim, legalmente,<br />
as providências para a exe-<br />
cução do próprio testamento, da Sua<br />
(nova) aliança.<br />
Uma vez que o novo testamento<br />
foi estabelecido no céu, era necessário<br />
executá-lo ou colocá-lo em vigor<br />
– aqui na Terra. Por isso, do céu,<br />
Deus enviou o Seu Espírito Santo no<br />
dia do Pentecostes.<br />
O Espírito de Deus e o divino<br />
“Executor” da vontade e do testamento<br />
de Cristo. Ele e Aquele que<br />
executa a nova aliança com suas bênçãos<br />
e benefícios. “Porei dentro de<br />
vós o meu Espírito e farei que andeis<br />
nos meus estatutos, guardeis os meus<br />
juízos e os observeis” (Ez 36:27).<br />
O papel do Espírito Santo de executor<br />
da nova aliança e confirmado<br />
pelas palavras do próprio Cristo.<br />
Logo antes de Sua crucificação,<br />
Jesus tentou preparar os Seus discípulos<br />
para a Sua partida. Ele iria<br />
deixa-los, e eles ficariam por conta<br />
própria. Contudo, Ele lhes prometeu<br />
que não os deixaria órfãos; Ele enviaria<br />
Alguém para ocupar o Seu lugar:<br />
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos<br />
dará outro Consolador, a fim de que<br />
esteja para sempre convosco, o Espírito<br />
da verdade, que o mundo não<br />
pode receber, porque não no vê, nem<br />
o conhece; vos o conheceis, porque<br />
ele habita convosco e estará em<br />
vos” (Jo 14: <strong>16</strong>,17).<br />
A palavra grega para “consolador”<br />
é parakletos. Ela tem um significado<br />
muito mais amplo do que<br />
“aquele que conforta ou consola”.<br />
Esta palavra vem da combinação<br />
de duas palavras gregas: para, que<br />
significa “ao lado de”, e kaleo, cujo<br />
sentido e “chamar”. Juntas essas palavras<br />
querem dizer “chamado para<br />
o lado da pessoa”. Esta palavra, parakletos,<br />
significa muitas coisas no<br />
Novo Testamento. E traduzida como<br />
“intercessor”, “consolador”, “ajudante”,<br />
“defensor”, “conselheiro”.<br />
Ela conceituava um advogado que<br />
representa um dos lados num tribunal.<br />
Vemos esse sentido em 1 João<br />
2:1: “Se, todavia, alguém pecar, temos<br />
Advogado junto ao Pai, Jesus<br />
Cristo, o Justo”.<br />
Um “advogado” é um conselheiro<br />
legal ou um defensor. Ele pleiteia<br />
a causa de seu cliente perante um tribunal<br />
de justiça. O advogado fica ao<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 19
lado do seu cliente, para aconselhalo<br />
e defender seus interesses. E dever<br />
do advogado providenciar para<br />
que seu cliente tenha acesso a todos<br />
os benefícios da lei.<br />
Para fazer vigorar o Seu testamento<br />
– a nova aliança – Deus, o<br />
Pai, designou dois Advogados para<br />
nos. (Isso deveria nos dar uma medida<br />
de “conforto”!) Um deles esta a<br />
mão direita do Pai. Como já vimos,<br />
Ele e o próprio Senhor Jesus. Desta<br />
forma, se nos pecamos, temos um<br />
“Advogado” no céu para pleitear<br />
nossa causa – e Ele nunca perdeu nenhum<br />
caso. Também e muito importante<br />
nos lembrarmos de que Deus,<br />
o Pai, Juiz de tudo, esta totalmente<br />
ao nosso lado! Deus e por nós (Rm<br />
Jesus se tornou nosso<br />
Advogado ou Aquele<br />
que irá ao Pai para<br />
nos representar.<br />
8:31-39). Mas Ele também tem que<br />
satisfazer sua perfeita justiça, exigindo<br />
um pagamento pelo pecado.<br />
Ele fez isso quando “não poupou o<br />
seu próprio Filho, antes, por todos<br />
nos o entregou” (Rm 8:32).<br />
A justiça exigiu que o Juiz de toda<br />
a Terra julgasse o pecado; e a sentença<br />
foi a morte. Ou seja, o homem<br />
errou e a justiça puniu.<br />
Mas Deus, que e totalmente justo,<br />
e também perfeitamente misericordioso.<br />
A perfeita justiça requer<br />
pagamento pelo pecado, contudo a<br />
perfeita misericórdia fez pelo homem<br />
o que este não pode fazer por si<br />
mesmo. “Mas Deus, sendo rico em<br />
misericórdia, por causa do grande<br />
amor com que nos amou, e estando<br />
nos mortos em nossos delitos, nos<br />
deu vida juntamente com Cristo, –<br />
pela graça sois salvos, e juntamente<br />
com ele, nos ressuscitou, e nos fez<br />
assentar nos lugares celestiais em<br />
Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos<br />
vindouros, a suprema riqueza<br />
da sua graça, em bondade para<br />
conosco, em Cristo Jesus. Porque<br />
pela graça sois salvos, mediante a<br />
fé; e isto não vem de vós; é dom de<br />
Deus; não de obras, para que ninguém<br />
se glorie. Pois somos feitura<br />
dele, criados em Cristo Jesus para<br />
boas obras, as quais Deus de antemão<br />
preparou para que andássemos<br />
nelas” (Ef 2:4-10). Louvado seja<br />
Deus pelo Seu grande amor!<br />
Nós também temos um Advogado<br />
aqui na Terra. E o Espírito Santo<br />
– nosso divino Conselheiro e Advogado.<br />
Foi isso que Jesus disse quando<br />
afirmou que o Pai nos enviaria<br />
outro Parakletos. A seguir, vamos<br />
meditar na obra do Espírito Santo<br />
em nosso coração e em nosso viver<br />
diário.<br />
O Espírito Santo:<br />
O Controle Interior Para Nossa Vida.<br />
O que é que nosso Advogado,<br />
o Espírito Santo, ira fazer por nos?<br />
Ezequiel responde a essa pergunta:<br />
“Dar-vos-ei coração novo... Porei<br />
dentro de vós o meu Espírito e farei<br />
que andeis nos meus estatutos” (Ez<br />
36: 26,27).<br />
Em outras palavras, Deus esta<br />
colocando a Sua “lei de amor” em<br />
nosso coração e mente, através da<br />
presença do Espírito Santo que habita<br />
em nos. Então, o Espírito Santo<br />
nos “ensinará todas as coisas” (Jo<br />
14:26) e nos “guiará a toda a verdade”<br />
(Jo <strong>16</strong>:13). É através do Espírito<br />
de Deus em nós que começamos<br />
a experimentar nossa salvação em<br />
nosso viver diário.<br />
É de suma importância lembrarmos<br />
de que o Espírito Santo não<br />
substitui a Palavra de Deus. O Espírito<br />
Santo veio para explicar a Palavra<br />
e aplicá-la em nossa vida. O<br />
Espírito e a Palavra trabalham juntos<br />
para revelar-nos a vontade de Deus<br />
e dar-nos poder para sermos transformados<br />
na imagem de Cristo. A<br />
obra do Espírito Santo em nossa<br />
20 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
vida sempre estará de acordo com<br />
a verdade da Palavra de Deus.<br />
Além disso, o Espírito Santo não<br />
só nos revelará a vontade do Pai;<br />
Ele também nos capacitara a cumpri-la.<br />
Se nos submetermos ao Seu<br />
controle, o Espírito Santo não apenas<br />
nos mostrará o que fazer e aonde<br />
ir; mas também nos levara na direção<br />
certa.<br />
A “lei interior do amor” – unida<br />
ao Espírito Santo da verdade – e<br />
muito exigente. Ela abrange todos<br />
os detalhes e minutos de nossa vida.<br />
De fato, a vida dirigida pelo Espírito<br />
e mais exigente ate mesmo que a<br />
lei de Moisés. Contudo, há uma diferença.<br />
Nesta vida nova em Cristo,<br />
nos somos movidos pelo poder interior<br />
do amor de Deus. Somos dirigidos<br />
pelo Seu Espírito, que revela a<br />
Sua verdade escrita em Sua Palavra.<br />
A vida cheia do Espírito não exige<br />
nenhuma sujeição severa, mas, sim,<br />
uma obediência amorosa.<br />
Contudo, não quero dizer que,<br />
sendo conduzidos pelo Espírito Santo,<br />
ficaremos livres das exigências<br />
da Lei. A presença do Espírito de<br />
Deus em nós nos tornou livres das<br />
leis escritas em pedra; contudo Ele<br />
nos fez livres para obedecermos a lei<br />
escrita em nosso coração. Nenhuma<br />
lei escrita em tábuas de pedra pode<br />
abranger completamente todas as situações<br />
que enfrentamos. Somente o<br />
Espírito Santo, que lança luz sobre a<br />
verdade da Palavra de Deus, poderia<br />
fazer isso. Ser livres em Cristo não<br />
significa fazer tudo que queremos.<br />
Nós somos libertos para cumprir<br />
o que temos de fazer – obedecer a<br />
Deus em toda situação por que passarmos!<br />
O poder do amor de Deus em<br />
nosso coração e muito mais que um<br />
simples entusiasmo. Esta “lei do<br />
amor” pode nos condenar quando<br />
não agimos ou falamos em amor.<br />
Ela atua em todos os tipos de situações,<br />
muitas das quais não foram,<br />
especificamente, cobertas pelos Dez<br />
Mandamentos.<br />
Todos nós necessitamos de um tipo<br />
de “controle interior” para dirigir<br />
nossa vida diariamente. Isto é Cristo<br />
vivendo Sua vida através de nós.<br />
Tragicamente, muitos de nós não<br />
confiamos no Espírito Santo que<br />
habita em nosso coração. Em vez<br />
disso, olhamos para as “tábuas de<br />
pedra” que estão fora de nosso coração.<br />
Tentamos cumprir as leis de<br />
Deus usando nossos fracos esforços.<br />
Pensamos que, de alguma maneira,<br />
podemos nos tornar santos a partir<br />
de algo externo ou uma fonte de fora.<br />
Mas isso não funciona.<br />
Agora talvez possamos entender<br />
melhor a diferença entre as duas<br />
alianças. Na velha aliança, a lei estava<br />
fora de nós – escrita em tábuas de<br />
pedra. Na nova aliança, a lei está dentro<br />
de nós – escrita em nosso coração<br />
e mente. A Lei poderia forçar uma<br />
conformidade externa que só duraria<br />
temporariamente. Mas o Espírito<br />
que habita em nós pode transformar<br />
nosso interior permanentemente.<br />
Deus nos deu o Seu Espírito Santo<br />
para que pudéssemos conhecer a<br />
Sua vontade em nossa mente, e ser<br />
movidos a fazer a Sua vontade com<br />
o coração – pelo poder concedido<br />
pelo Espírito. Assim, nós cumprimos<br />
as exigências da lei, que requerem<br />
uma vida reta e santa. Porque<br />
nós já não andamos na carne, mas<br />
no Espírito. Verdadeiramente, Ele e<br />
o controle interior de nossa vida!<br />
LIvre do LeGALISmo<br />
Não Mais Presos<br />
Infelizmente, muitos cristãos sinceros<br />
são tentados a voltar para o<br />
controle exterior da Velha Lei. Isso<br />
já acontecia com alguns cristãos judeus<br />
na época de Paulo.<br />
Eles estavam sendo tentados por<br />
lideres legalistas a abandonar a graça<br />
que alcançaram em Cristo Jesus.<br />
Paulo fez uma referência direta a<br />
este tipo de perigo em sua carta aos<br />
romanos:<br />
“Porventura, ignorais, irmãos<br />
(pois falo aos que conhecem a lei),<br />
que a lei tem domínio sobre o homem<br />
toda a sua vida?<br />
“Ora, a mulher casada esta ligada<br />
pela lei ao marido, enquanto<br />
ele vive; mas, se o mesmo morrer,<br />
desobrigada ficará da lei conjugal.<br />
“De sorte que será considerada<br />
adúltera se, vivendo ainda o marido,<br />
unir-se com outro homem; porém, se<br />
morrer o marido, estará livre da lei<br />
e não será adultera se contrair novas<br />
núpcias.<br />
“Assim, meus irmãos, também<br />
vos morrestes relativamente a lei,<br />
por meio do corpo de Cristo, para<br />
pertencerdes a outro, a saber, aquele<br />
que ressuscitou dentre os mortos,<br />
para que frutifiquemos para Deus”<br />
(Rm 7:1-4).<br />
Matrimônio:<br />
Uma Figura de Nosso Novo<br />
Relacionamento com Cristo<br />
Paulo usa as leis do matrimônio<br />
para ilustrar o relacionamento com<br />
Cristo sob a Nova Aliança (testamento).<br />
Como pecadores, éramos “casados”<br />
com a Lei e presos as suas exigências.<br />
Quando aceitamos a Cristo<br />
como Salvador, fomos “batizados”<br />
(colocados) em Seu Corpo (1 Co<br />
12:13). Assim fomos identificados<br />
com Ele – na Sua morte e ressurreição<br />
(veja Romanos 6).<br />
Quando Cristo morreu na cruz,<br />
nos estávamos “Nele”. Quando Ele<br />
foi levantado da morte e ascendeu<br />
ao céu – nós também subimos e ascendemos<br />
“Nele” e estamos assentados<br />
com Ele nos céus (veja Efésios<br />
2:1-6).<br />
Pela nossa morte na cruz (em<br />
Cristo), nós não apenas fomos feitos<br />
livres do poder do pecado, mas<br />
também livres de nossa “escravidão<br />
matrimonial” para com a Lei. Agora<br />
nos somos livres para nos casarmos<br />
com “Outro” – Cristo.<br />
Quando Cristo ressurgiu, nos<br />
também revivemos Nele. Quando<br />
Jesus ressuscitou, Ele se tornou nosso<br />
Esposo divino, e nós nos tornamos<br />
a Noiva de Cristo.<br />
Nós não estamos mais debaixo<br />
da regra da Lei – nosso “velho<br />
marido”. Agora nos estamos sob a<br />
amorosa norma e lei de nosso “novo<br />
Marido” – o Senhor Jesus.<br />
“Adultério” Espiritual:<br />
Um Problema Para<br />
Muitos Cristãos Sinceros<br />
Um problema para muitos cristãos<br />
sinceros e a tentação de viver<br />
novamente sob o domínio da Lei.<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 21
Em Cristo, Deus os livrou dela, o<br />
“velho marido” (a Lei). Assim eles<br />
poderiam se casar com o “novo marido”<br />
(o Senhor).<br />
Eles ainda parecem atraídos a<br />
voltar a uma relação “amigável”<br />
com aqueles com quem eles já foram<br />
casados. Com certeza, eles não<br />
percebem o que estão fazendo. Contudo,<br />
esses cristãos estão “flertando”<br />
com a lei, e isso pode conduzi-los ao<br />
adultério espiritual.<br />
Eles não estão confiando totalmente<br />
na “consumação” da obra de<br />
Cristo na cruz. Então, sentem que<br />
precisam “acrescentar algo” para<br />
satisfazer completamente as exigências<br />
da Lei. Eles não entendem<br />
que, quando olham para a Lei desse<br />
modo, eles verdadeiramente estão<br />
sendo “infiéis” ao novo Marido, o<br />
Senhor Jesus. Nos não podemos por<br />
nossa fé na Lei e na graça de Deus<br />
ao mesmo tempo.<br />
Legalismo: Um Problema Sério na<br />
Igreja da Galácia<br />
A igreja da Galácia havia enfrentado<br />
esse mesmo problema. Alguns<br />
mestres legalistas vieram de Jerusalém<br />
e tentaram conduzir os gálatas<br />
cristãos de volta a submissão a Lei.<br />
Esses mestres judeus disseram aos<br />
crentes da Galácia que eles somente<br />
seriam salvos do pecado e separados<br />
para Cristo se fossem circuncidados.<br />
Eles ensinaram aos Gálatas que isso<br />
era algo que eles teriam de fazer,<br />
alem de confiar em Cristo.<br />
Submetendo-se as ordenanças da<br />
Lei do Velho Testamento que exigia<br />
a circuncisão, eles eram como uma<br />
mulher casada que se submete a alguém<br />
que não o próprio marido. Isso<br />
e errado no matrimônio. Uma esposa<br />
só se submete a seu marido.<br />
Da mesma maneira, estão erradas<br />
as pessoas que dizem que estão<br />
total-mente (e somente) confiando em<br />
Cristo – e põem a confiança em outras<br />
coisas como medalhas religiosas, penitências,<br />
e outras práticas religiosas.<br />
Retornando ao velho “marido” (a<br />
Lei), os gálatas estavam sendo infiéis.<br />
Cristo os libertara através de Sua<br />
morte na cruz. Agora eles voltavam<br />
a escravidão das leis do Velho Testamento.<br />
Legalismo:<br />
Um Perigo Permanente<br />
O perigo que os crentes corriam<br />
de se deixar escravizar novamente<br />
a uma relação infiel com a Lei era<br />
uma grande preocupação do apóstolo<br />
Paulo. Ele advertiu a igreja da<br />
Galácia com estas fortes palavras:<br />
“Para a liberdade foi que Cristo<br />
nos libertou. Permanecei, pois, firmes<br />
e não vos submetais, de novo, a<br />
jugo de escravidão.<br />
“Eu, Paulo, vos digo que, se vos<br />
deixardes circuncidar, Cristo de nada<br />
vos aproveitará.<br />
“De novo, testifico a todo homem<br />
que se deixa circuncidar que esta<br />
obrigado a guardar toda a lei. De<br />
Cristo vos desligastes, vos que procurais<br />
justificar-vos na lei; da graça<br />
decaístes.” (Gl 5:1-4).<br />
Na mente de Paulo, não havia<br />
nada mais trágico do que o Cristão<br />
voltar da liberdade que tem em Cristo,<br />
para a escravidão de um sistema<br />
legalista. Lamentavelmente, sempre<br />
existiram fariseus que buscavam levar<br />
o povo de Deus de volta aquele<br />
tipo de escravidão.<br />
Uma Sombra Escura de Medo<br />
O espírito do legalismo e muito<br />
poderoso e extremamente enganoso.<br />
O cristão sincero, que não entende<br />
a verdadeira base da sua salvação,<br />
pode ser facilmente seduzido ou enganado.<br />
Ele quer verdadeiramente<br />
agradar a Deus e ter a Sua aprovarão.<br />
Tentar cumprir as exigências da<br />
Lei parece-lhe um jeito certo de conseguir<br />
isto. Pode parecer certo, mas<br />
está errado!<br />
Quando ofereceremos<br />
nossas obras a Deus,<br />
negamos a obra<br />
realizada por Jesus<br />
na cruz.<br />
22 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
A força básica por trás do legalismo<br />
é o medo. A Lei diz estritamente<br />
que nos temos de fazer ou<br />
então morreremos. Contudo, assim<br />
que seguimos esse caminho, vemos<br />
claramente que nada que fizermos<br />
será suficiente para satisfazer a Lei.<br />
Então, uma nuvem escura de condenação<br />
vem sobre nos e enche nosso<br />
coração. Só a luz do amor de Deus<br />
– a “luz do Evangelho” – pode dispersar<br />
essa escuridão.<br />
E isso tem acontecido!<br />
Se nós aceitarmos a salvação<br />
completamente como um dom gratuito,<br />
somos feitos livres da escravidão<br />
do legalismo.<br />
LIvre dA CondenAÇÃo<br />
Palavras de Esperança que Iluminam<br />
Vejamos as palavras de esperança<br />
e encorajamento do apóstolo<br />
Paulo no primeiro verso do Oitavo<br />
Capitulo de Romanos: “Agora, pois,<br />
já NENHUMA CONDENAÇÃO há<br />
para os que estão em Cristo Jesus.”<br />
A segunda parte do verso 4 –<br />
“que não andamos segundo a carne,<br />
mas segundo o Espírito” – não se<br />
encontra nos melhores e mais confiáveis<br />
textos do grego. E possível<br />
que essa parte do verso 4 tenha sido<br />
acrescentada aqui, acidentalmente,<br />
por erro de um copista.<br />
Contudo, alguns dos tradutores<br />
posteriores talvez não tenham aceitado<br />
tal declaração, sem impor algumas<br />
condições. Certamente, eles<br />
podem ter pensado que deveria haver<br />
algo que nos teríamos de “fazer”<br />
para sairmos de debaixo da condenação.<br />
Assim eles tiraram uma parte<br />
do verso quatro e a acrescentaram ao<br />
verso um.<br />
Por que eles fizeram isto? Possivelmente<br />
porque ainda estavam<br />
vivendo pela Lei exterior. Eles não<br />
entenderam as providencias da nova<br />
aliança completamente. Então, somaram<br />
algumas condições de esforço<br />
próprio: “Para sair da condenação,<br />
você não deve andar na carne;<br />
você tem de andar no Espírito.”<br />
Ao acrescentar essas palavras a<br />
Bíblia, eles distorceram a beleza primitiva<br />
de nossa nova aliança. Essas<br />
palavras nos ensinam falsamente que<br />
qualquer fracasso de nossa parte nos<br />
colocara imediatamente debaixo de<br />
condenação. Isso é falso e é o oposto<br />
do que Paulo estava tentando dizer e<br />
ensinar. Porém, como dissemos anteriormente,<br />
fomos feitos livres para<br />
obedecer a Deus. Não devemos usar<br />
nossa liberdade para satisfazer aos<br />
desejos da carne. “Porque vos, irmãos,<br />
fostes chamados a liberdade;<br />
porem não useis da liberdade para<br />
dar ocasião à carne; sede, antes,<br />
servos uns dos outros, pelo amor...<br />
Digo, porém: andai no Espírito e jamais<br />
satisfareis a concupiscência da<br />
carne” (Gl 5:13,<strong>16</strong>).<br />
Se estamos em Cristo, nos não<br />
estamos debaixo de condenação<br />
(Deus está expulsando o julgamento).<br />
Contudo se violarmos o Seu Domínio<br />
e a lei do amor que o Espírito<br />
Santo colocou em nos, sentiremos<br />
convicção do nosso erro.<br />
Há uma diferença entre convicção<br />
e condenação. A convicção nos<br />
atrairá a Cristo, levando-nos a buscar<br />
o Seu perdão e purificação. Um<br />
senso de condenação nos afastará de<br />
Deus e nos fará tentar trabalhar mais<br />
duro, com nosso próprio esforço,<br />
para estarmos religiosamente perfeitos.<br />
Algumas pessoas adquirem um<br />
estranho senso de satisfação que<br />
vem de um ministério de condenação.<br />
Se não são açoitadas e golpeadas<br />
pela Lei, não consideram que tiveram<br />
uma boa reunião. Essa atitude<br />
legalista pode levar a pessoa a sentir<br />
orgulho de sua noção de justiça.<br />
Foi por isso que Jesus corajosa<br />
e duramente confrontou os fariseus.<br />
Eles colocavam fardos de legalismo<br />
nas costas das pessoas, os quais elas<br />
não podiam aguentar (Mt 23:4; At<br />
15:10,11).<br />
Para Sempre Livres da Lei<br />
Estamos livres da condenação<br />
porque Cristo já pagou pelo nosso<br />
pecado. Ele o levou sobre Si e recebeu<br />
o castigo pelo mesmo quando<br />
morreu na cruz. Ele foi condenado<br />
em nosso lugar. Por isso, estamos livres<br />
da lei do pecado e da morte – e<br />
da condenação que ela causa.<br />
É exatamente isso que Paulo nos<br />
diz no verso seguinte: “Porque a lei<br />
do Espírito da vida, em Cristo Jesus,<br />
te livrou da lei do pecado e da morte”<br />
(Rm 8:2).<br />
Podemos entender melhor o significado<br />
desse verso se substituirmos<br />
a palavra “lei” pela palavra<br />
“controle”. “Porque o controle do<br />
Espírito... te livrou do controle do<br />
pecado e da morte”.<br />
“Pecado e morte” representam os<br />
resultados da lei escrita em pedra.<br />
Paulo esta afirmando que o Espírito<br />
Santo tem maior controle sobre nossa<br />
vida a partir de nosso interior do<br />
que a Lei a partir de nosso exterior.<br />
A autoridade superior habita dentro,<br />
não fora.<br />
LIvre PArA Se tornAr<br />
Como CrISto<br />
A Lei da Verdade e Amor<br />
O controle do Espírito Santo dentro<br />
de nós nos livra do domínio do<br />
pecado e da morte. A autoridade interior<br />
do Espírito Santo e um poder<br />
superior ao poder da Lei. Na realidade,<br />
.a Lei nunca poderia produzir<br />
a justiça que exige. Só o poder e a<br />
autoridade ido Espírito Santo podem<br />
fazer isso.<br />
Paulo amplia essa idéia nos dois<br />
próximos versos: “Agora, pois, já<br />
nenhuma condenação há para os<br />
que estão em Cristo Jesus.<br />
“Porque a lei do Espírito da<br />
vida, em Cristo Jesus, te livrou da<br />
lei do pecado e da morte.<br />
“Porquanto o que fora impossível<br />
a lei, no que estava enferma pela<br />
carne, isso fez Deus enviando o seu<br />
próprio Filho em semelhança de carne<br />
pecaminosa e no tocante ao pecado;<br />
e, com efeito, condenou Deus, na<br />
carne, o pecado, a fim de que o preceito<br />
da lei se cumprisse em nós, que<br />
não andamos segundo a carne, mas<br />
segundo o Espírito” (Rm 8:1-4).<br />
Nossa velha natureza pecaminosa<br />
também e denominada a “carne”.<br />
Viver “na carne” e agir por nossos<br />
próprios esforços – independentemente<br />
do Guardião interne da Lei (o<br />
Espírito Santo).<br />
Esse procedimento nos leva de<br />
volta a subordinação da Lei e a sua<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 23
condenação. Paulo diz claramente<br />
que isso só nos conduzira ao fracasso<br />
e ao sentimento de culpa. Nos<br />
nos torna-mos novamente enredados<br />
pela lei do pecado e da morte!<br />
Andar no Espírito e exercitar o<br />
domínio próprio–que e um fruto do<br />
Espírito (veja Gálatas 5:22) – pelo<br />
poder do Espírito Santo.<br />
Andar no Espírito traz vida. Nos<br />
andamos e vivemos no Espírito<br />
quando nos entregamos ao Seu controle.<br />
Ele sempre regera nossa vida<br />
em verdade e amor. Ele será muito<br />
rápido em nos convencer do pecado<br />
e, ao mesmo tempo, nunca nos<br />
condenara. Toda vez que desobedecermos<br />
a santa lei do amor de Deus,<br />
o Espírito Santo fielmente nos mostrara.<br />
Ele também nos dará o poder<br />
para viver sem a antiga lei, e assim<br />
ela não nos fará falta.<br />
Que lindo presente da graça de<br />
Deus o Espírito Santo e para o nosso<br />
coração! Não admira que Ele seja<br />
chamado de o Santo Consolador –<br />
nosso Conselheiro e Companheiro<br />
sempre presente.<br />
Um Desejo Interne e Poder<br />
Neste ponto, queremos esclarecer<br />
duas coisas para que não sejamos<br />
mal entendidos.<br />
1a Observação. Nós não estamos<br />
afirmando que o Espírito Santo<br />
veio substituir a Palavra de Deus (a<br />
Bíblia). Algumas pessoas ensinam<br />
isso, mas não e verdade.<br />
O Espírito Santo veio explicar<br />
a Palavra e aplicá-la a nossa vida.<br />
Sem as Escrituras, Ele não teria nada<br />
a explicar. A ação do Espírito Santo<br />
em nossa vida estará sempre de<br />
acordo com a verdade da Palavra<br />
de Deus. O Seu desejo e relacionar<br />
aquela Palavra aos detalhes de nossas<br />
atividades diárias.<br />
O Espírito Santo converte a Palavra<br />
Escrita em Palavra Viva em<br />
nosso coração. Ele faz disto o alvo<br />
vital de nossa fé. O Senhor Jesus e<br />
nosso Irmão modelo. Ele confiou<br />
totalmente em ambos – na Palavra<br />
de Deus e no Espírito de Deus–para<br />
cumprir a vontade de Seu Pai aqui<br />
na terra. E o que temos de fazer – e<br />
nada menos que isso.<br />
2 a Observação. Outro ponto importante<br />
e a nossa liberdade no Espírito.<br />
Quando estamos em Cristo, o Espírito<br />
Santo, a Palavra escrita de Deus e Sua<br />
vontade estão em pleno acordo.<br />
24 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
ANTEs DE sER CHEIO<br />
DO EsPÍRITO DE<br />
DEUs, EU ERA MUITO<br />
RELIGIOsO.<br />
O Espírito Santo não nos liberta<br />
das exigências da Lei para que<br />
possa-mos viver dissolutamente. Ele<br />
nos fez livres da lei escrita em pedra,<br />
para obedecermos à lei escrita em<br />
nosso coração.<br />
Essa lei ou controle e superior.<br />
E esta lei mais elevada, do Espírito<br />
Santo dentro de nos, governara todas<br />
as áreas de nossa vida. Nenhuma<br />
lei escrita em tábuas de pedra jamais<br />
poderia cobrir todas as diferentes<br />
situações que enfrentamos na vida.<br />
Só o Espírito Santo pode, em cada<br />
situação, aplicar a lei interior que e<br />
fruto do amor de Deus.<br />
Não, nós não estamos sendo libertos<br />
para seguir as cobiças ou os<br />
desejos de nossa carne. Na realidade,<br />
se estivermos em falta com relação<br />
a vontade de Deus para nos<br />
em Cristo, o Espírito Santo nos<br />
convencerá disso e nos corrigira<br />
imediatamente.<br />
É propósito Dele nos tornar como<br />
Jesus – nos conformar a imagem de<br />
Cristo. Como o Espírito de Cristo,<br />
Ele se torna para nos nossa lei interior<br />
de vida. Já não somos controlados<br />
por uma lei exterior de “faça<br />
isso” e “não faça aquilo”, mas por<br />
um desejo e um poder interiores de<br />
nos tornarmos como o Senhor Jesus.<br />
“E todos nos, com o rosto desvendado,<br />
contemplando, como por<br />
MINHA ATENçãO<br />
EsTAvA vOLTADA<br />
EM fAzER...<br />
espelho, a glória do Senhor, somos<br />
transformados, de glória em glória,<br />
na sua própria imagem, como<br />
pelo Senhor, o Espírito” (2 Co<br />
3:18).<br />
LIvre PArA<br />
“ANDAR NA LUZ”<br />
Livre Para Sempre!<br />
A glória do Senhor e uma luz<br />
magnífica, “e não há nele treva nenhuma”<br />
(1 Jo 1:5). Assim também,<br />
querido e santo irmão, não deve haver<br />
nenhum tipo de trevas em nosso<br />
andar com o Senhor.<br />
A nuvem de condenação foi retirada.<br />
A sombra escura do medo foi<br />
dispersa.<br />
Se já submetemos nosso espírito<br />
ao Espírito de Deus, e nossa mente<br />
à Sua Palavra, verdadeiramente, não<br />
precisamos mais ter medo. Podemos<br />
cometer alguns erros, mas Deus será<br />
fiel em operar junto a eles para o<br />
nosso bem e a gloria Dele. Ele nos<br />
instruirá amorosamente e nos disciplinará,<br />
dia a dia, se assim o permitirmos.<br />
Graças a Deus, nos temos recebido<br />
um coração novo, um espírito<br />
novo e uma nova aliança.<br />
Nós fomos feitos livres – e nossa<br />
AGORA, EU AINDA AjO<br />
CONfORME DEUs DIRI-<br />
GE, MAs PROCURO EsTAR<br />
NELE – NãO sOMENTE<br />
TRAbALHAR PARA ELE.<br />
liberdade em Cristo esta sempre segura!<br />
O Caminho de Deus de Paz e Alegria<br />
Querido e santo irmão, Deus deseja<br />
que desfrutemos das bênçãos e<br />
benefícios de Sua nova aliança. E<br />
um dom da Sua graça em Cristo Jesus.<br />
O Seu Espírito Santo habita em<br />
nos agora, e “onde está o Espírito<br />
do Senhor, aí há liberdade” (2 Co<br />
3:17). É a liberdade da lei do pecado<br />
e da morte.<br />
A lei de amor de Deus esta claramente<br />
escrita em nosso coração. O<br />
Espírito Santo – nosso Consolador e<br />
Conselheiro – aplicará essa lei a todos<br />
os detalhes de nossa vida. Ele fielmente<br />
nos corrigira e nos dirigira nos caminhos<br />
do Senhor. Esse e o caminho<br />
de Deus de paz e alegria para nós.<br />
Podemos ter paz e alegria, querido<br />
amigo! Se você se sente sempre<br />
tentado a voltar para a servidão da<br />
escravidão do legalismo, repita estas<br />
palavras de confiança encontradas<br />
em Romanos 8:1,2:<br />
“Agora, pois já NENHUMA<br />
CONDENAÇÃO há para os que estão<br />
em Cristo Jesus. Porque a lei do<br />
Espírito da vida, em Cristo Jesus,<br />
TE LIVROU” – nos fez livres para<br />
andar “na luz, como ele esta na luz”<br />
(1 Jo 1.7), a luz gloriosa do amor e<br />
da graça de Deus. ■<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 25
SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />
envIAdo PArA SALvAÇÃo<br />
● CHAMADO PARA IR!<br />
● CUMPRINDO O PLANO DE<br />
deuS PArA o FInAL doS<br />
temPoS<br />
CHAMADO PARA IR!<br />
Nós não devemos apenas andar na<br />
luz; fomos chamados, como João Batista,<br />
para dar testemunho da luz (Jo<br />
1:7).<br />
O Senhor Jesus "vos chamou das<br />
trevas para a sua maravilhosa luz” (1<br />
Pe 2:9). Mas ao nos conceder o dom<br />
da salvação, Ele não apenas nos chamou<br />
a sair das trevas; Ele nos convocou<br />
a IR até aqueles que ainda jazem<br />
“em trevas” (Mt 4:<strong>16</strong>) – para lhes dar<br />
as Boas Novas de salvação e “os converteres<br />
das trevas para a luz” (At<br />
26:18).<br />
Você tem a luz do Evangelho. Você<br />
possui a “luz da vida – vida eterna<br />
em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Jo<br />
8:12; Rm 6:23).<br />
Muitas pessoas não sabem disso.<br />
Multidões em todo o mundo permanecem<br />
na sombra da morte – morte<br />
eterna, o “salário do pecado” (Mt<br />
4:<strong>16</strong>; Rm 6:23). Eles ainda não viram<br />
a luz.<br />
Cabe a você:<br />
Mostrar-lhes a luz. Deixar a luz do<br />
Evangelho, que brilha em você, brilhar<br />
sobre eles. Atenda a ordem de Cristo, e<br />
assim “brilhe também a vossa luz diante<br />
dos homens” (Mt 5:<strong>16</strong>).<br />
Afinal Ele não diz em Mateus 5:14,<br />
“VÓS sois a luz do mundo”?<br />
Jesus NÃO afirmou que você e luz<br />
somente em sua igreja, ou apenas em<br />
sua cidade, ou nação – Ele disse O<br />
MUNDO.<br />
É verdade: Jesus, “a verdadeira<br />
Luz” (Jo 1:9), quer que nos resplandeçamos<br />
“como luzeiros no mundo”<br />
(Fp 2:15); Ele quer que façamos brilhar<br />
a luz do Evangelho em TODO o<br />
mundo:<br />
“Eu te constituí para luz<br />
dos gentios, [nações]<br />
a fim de que sejas para salvação<br />
até aos confins da terra"<br />
(At 13:47).<br />
Jesus disse “Ide... fazei discípulos<br />
de todas as nações” (Mt 28:19);<br />
“Ide por todo o mundo e pregai o<br />
Evangelho” (Mc <strong>16</strong>:15).<br />
Deixe SUA luz brilhar!<br />
4<br />
Uma Pessoa Pode<br />
Ganhar Milhares<br />
É claro que não podemos ir a todo<br />
o mundo e nós mesmos pregar o<br />
Evangelho.<br />
Mas quem é pastor pode, encorajar<br />
os membros de sua igreja a<br />
pregar aqueles que estão fora dela.<br />
Se houver membros da igreja que<br />
tem ministério e dons de liderança,<br />
o pastor pode enviá-los a plantar<br />
novas igrejas – e eles, por sua vez,<br />
podem enviar outros a, igualmente,<br />
fundar mais igrejas.<br />
Quem é evangelista pode ir para<br />
a próxima cidade ou aldeia, pregar<br />
o Evangelho e ganhar almas para<br />
Cristo. Então treinará esses novos<br />
convertidos para irem a uma cidade<br />
ou aldeia mais adiante e ganhar ainda<br />
mais almas para Cristo; e enviar<br />
aqueles novos convertidos ate mais<br />
distante para ganhar muitos mais...<br />
Deste modo, o ministério de apenas<br />
um líder de igreja – VOCÊ! –<br />
pode ganhar dezenas, centenas, ou,<br />
até mesmo, milhares para Cristo...<br />
Assim, a luz do Evangelho que<br />
resplandeceu em seu coração pode<br />
iluminar todo o caminho até aos<br />
confins da terra...<br />
E dessa maneira, querido companheiro<br />
de trabalho no Evangelho, você<br />
pode exercer função vital nesta obra...<br />
CumPrIndo o PLAno de deuS<br />
PArA o FInAL doS temPoS<br />
“Que todos sejam um"<br />
Jesus falou aos Seus discípulos que<br />
nos últimos dias o mundo enfrentaria<br />
26 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
tempos de grande angústia e dificuldade<br />
(2 Tm 3:1). Medo, ódio e ganância<br />
levariam as nações do mundo a guerrearem<br />
uma contra a outra. Os “últimos<br />
dias” serão verdadeiramente tempos de<br />
trevas (veja Mateus 24; Lucas 21).<br />
Porém, há um brilho de esperança<br />
para a Igreja Crista:<br />
“E acontecerá nos últimos dias,<br />
diz o Senhor, que derramarei do meu<br />
Espírito sobre toda a carne... E acontecera<br />
que todo aquele que invocar<br />
o nome do Senhor será salvo” (At<br />
2:17,21).<br />
Esses versos de Joel 2:28-32 que<br />
Pedro citou em seu sermão, significam<br />
que a era da Igreja estava começando<br />
no Dia de Pentecostes, quando o Espírito<br />
Santo foi derramado. Essa era<br />
terminara nos eventos culminantes do<br />
apocalipse.<br />
Isso mostra que mais pessoas vão<br />
ouvir do Evangelho e serão salvas nos<br />
últimos dias do que em qualquer outro<br />
tempo da história. Naqueles dias, haverá<br />
um grande avivamento que será como<br />
a luz do Evangelho brilhando na escuridão<br />
de um mundo agonizante. Deus<br />
sempre traz uma “advertência” e uma<br />
“testemunha” antes dos tempos de grande<br />
julgamento.<br />
Por isto, Deus deseja unificar a<br />
Igreja através da adoração, do trabalho,<br />
da luta e do testemunho. O avivamento<br />
só virá quando o poder e a<br />
glória de Cristo forem revelados pelo<br />
Seu Corpo através do mundo inteiro.<br />
“Rogo... que todos sejam um...<br />
para que o mundo creia que tu me enviaste”<br />
(Jo 17:20,21);<br />
“E será pregado este evangelho do<br />
reino por todo o mundo, para testemunho<br />
a todas as nações. Então, vira<br />
o fim” (Mt 24:14).<br />
“Porque Deus amou<br />
ao mundo de tal maneira...”<br />
“Reconciliação” é uma palavra bonita<br />
e maravilhosa. Significa “promover<br />
a paz entre aqueles que quebraram a<br />
comunhão entre si”. Quando o homem<br />
pecou, ele se opôs a Deus, colocando-se<br />
sob o controle do Seu inimigo – Satanás.<br />
Desobedecer a Deus e pecado. E o pecado<br />
nos separa de Deus e nos torna Seus<br />
inimigos.<br />
Deus, em Sua graça, quer nos perdoar<br />
os pecados e nos levar de volta<br />
à Sua família. Em resumo, o Criador<br />
quer que sejamos “reconciliados” e vivamos<br />
em paz com Ele. Essa é a razão<br />
pela qual enviou Seu Filho ao mundo;<br />
para morrer por nossos pecados. Deus<br />
quer ser nosso Pai; Ele deseja ser nosso<br />
amigo!<br />
Reconciliação e uma palavra transbordante<br />
de uma santa maravilha. Ela<br />
nasce no coração do próprio Deus. Ela<br />
fala do Seu amor e graça para com<br />
todo o gênero humano. Mostra o Seu<br />
desejo de atrair todas as nações do<br />
mundo para Si.<br />
As nações são compostas por pessoas,<br />
e Deus ama as pessoas – até<br />
mesmo aquelas pessoas que pecaram<br />
e buscaram fazer a própria vontade e<br />
andar no próprio caminho. Por causa<br />
do pecado, o homem se afastou de<br />
Deus e se tornou Seu inimigo. Através<br />
de Cristo, Deus busca resgatar o mundo<br />
inteiro para ter um relacionamento<br />
perfeito com Ele.<br />
“Porque Deus amou ao mundo de<br />
tal maneira que deu o seu Filho unigênito,<br />
para que todo o que nele crê<br />
não pereça, mas tenha a vida eterna”<br />
(Jo 3.<strong>16</strong>).<br />
“Os Embaixadores em<br />
Nome de Cristo”<br />
Deus revelou ao apóstolo Paulo<br />
o Seu grande amor pelas nações do<br />
mundo. Além disso, Ele encheu o coração<br />
do próprio Paulo desse mesmo<br />
amor. Leia com atenção estas palavras<br />
que Paulo escreveu para à igreja em<br />
Corinto:<br />
“Ora, tudo provém de Deus, que<br />
nos reconciliou consigo mesmo por<br />
meio de Cristo e nos deu o ministério<br />
da reconciliação, a saber, que Deus estava<br />
em Cristo reconciliando consigo<br />
o mundo, não imputando aos homens<br />
as suas transgressões, e nos confiou a<br />
palavra da reconciliação.<br />
“De sorte que somos embaixadores<br />
em nome de Cristo, como se Deus<br />
exortasse por nosso intermédio. Em<br />
nome de Cristo, pois, rogamos que vos<br />
reconcilieis com Deus” (2 Co 5:18-<br />
20).<br />
Verdadeiramente, este é o plano<br />
de Deus para as nações: reconciliálas<br />
com Ele. O Senhor quer que<br />
TODAS as pessoas O conheçam, O<br />
amem, O adorem e O sirvam com<br />
todo o seu ser. Ele nunca mudou Seu<br />
propósito. Esse ainda é o desejo profundo<br />
do Seu coração.<br />
Os Primeiros Embaixadores<br />
Este era o desejo profundo do coração<br />
de Pedro, de Paulo e de Filipe.<br />
E de todos os apóstolos do Novo Testamento,<br />
profetas, anciãos, diáconos –<br />
toda a Igreja.<br />
Eles viram a “verdadeira Luz” – Jesus.<br />
Eles creram nesta luz (Jo 12:36).<br />
Eles receberam o dom da salvação. A<br />
luz do Evangelho brilhou em seus corações.<br />
Eles não mantiveram essa dádiva<br />
em segredo. Eles não esconderam a<br />
luz “debaixo do alqueire” (Mt 5:15).<br />
Eles “a deixaram brilhar” diante dos<br />
homens e mulheres na Judéia, Samaria...<br />
e até aos confins da terra.<br />
Um Poderoso Começo<br />
Eles testemunharam da Luz. Agora,<br />
iam adiante como testemunhas da Luz<br />
– pregando o Evangelho da salvação a<br />
tantos quantos lhes fosse possível.<br />
E eles testemunharam tão fielmente,<br />
e pregaram tão destemidamente – sob<br />
a orientação do Espírito Santo – que,<br />
apenas dois meses após a Ressurreição,<br />
milhares de pessoas haviam recebido o<br />
dom gratuito de Deus que e a salvação<br />
em Cristo Jesus (Atos 2:41).<br />
Apesar disso, não era “todo o mundo”<br />
(Mc <strong>16</strong>:15) – mas um poderoso<br />
começo.<br />
“... para Deus TUDO e possível”<br />
“Mas recebereis poder, ao descer<br />
sobre vos o Espírito Santo, e sereis minhas<br />
testemunhas tanto em Jerusalém<br />
como em toda a Judéia e Samaria e<br />
até aos confins da terra” (At 1:8).<br />
Isso pode ter parecido uma tarefa<br />
impossível. Mas o Senhor havia lhes<br />
assegurado que “... para Deus TUDO<br />
é possível" (Mt 19:26).<br />
Assim eles saíram em fé, e foram<br />
trabalhar, testemunhando em um mundo<br />
mergulhado em trevas pelo pecado.<br />
O Espírito Santo iluminou o caminho.<br />
Ele os inspirou e lhes deu autoridade<br />
para desempenharem um papel vital<br />
no cumprimento do piano de Deus<br />
para o fim dos tempos.<br />
Ele pode fazer a mesma coisa por<br />
você. ■<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 27
deuS ordenA...<br />
ARREPENDA-SE<br />
“... Deus... agora, porém, notifica<br />
aos homens que todos, em toda<br />
parte, se arrependam” (At 17:30).<br />
A Primeira Mensagem de Jesus<br />
A primeira experiência sobre<br />
a qual uma vida Crista tem de ser<br />
construída e o Arrependimento. A<br />
primeira palavra do Evangelho – as<br />
maravilhosas Boas Novas de salvação<br />
em Cristo – e “arrependa-se”. A<br />
segunda e “creia”:<br />
“...foi Jesus para a Galiléia,<br />
pregando o evangelho de Deus, dizendo:<br />
O tempo está cumprido, e o<br />
reino de Deus esta próximo; arrependei-vos<br />
e crede no evangelho”<br />
(Mc 1.14, 15).<br />
A primeira mensagem de João<br />
Batista foi “Arrependei-vos” (Mt<br />
3:2). A primeira mensagem de Jesus<br />
Cristo foi “Arrependei-vos” (Mt<br />
4:17). Quando subiu aos céus, o Senhor<br />
Jesus ordenou aos Seus discípulos<br />
“que em seu nome se pregasse<br />
arrependimento para remissão<br />
de pecados a todas as nações” (Lc<br />
24:47). Portanto, a primeira mensagem<br />
de Pedro foi sobre o arrepen-<br />
Graham Truscott<br />
dimento (Atos 2:38). O apóstolo<br />
Paulo pregou: “... Deus... agora, porém,<br />
notifica aos homens que todos,<br />
em toda parte, se arrependam” (At<br />
17:30). Desta forma, podemos ver a<br />
extrema urgência deste mandamento<br />
de Deus em todos os lugares e a todos<br />
os homens – “Arrependa-se!”<br />
O que Não é Arrependimento<br />
Arrependimento não e convicção<br />
de pecado – o sentimento de culpa e<br />
vergonha pelo pecado. A convicção<br />
de que nos pecamos contra o Santo<br />
Deus da Bíblia e quebramos os<br />
Seus Mandamentos deve preceder o<br />
arrependimento, mas não e arrependimento.<br />
Enquanto não perceber os<br />
próprios pecados, ninguém se arrependera.<br />
Contudo nem todos os que<br />
tiverem consciência dos próprios<br />
pecados irão se arrepender.<br />
Arrependimento não é nos entristecer<br />
quando somos surpreendidos<br />
fazendo alguma coisa errada.<br />
Arrependimento não é reformar<br />
nossa vida, ou tentar começar tudo<br />
de novo.<br />
Arrependimento não é ser religioso.<br />
Arrependimento não é ter conceitos.<br />
Multidões de pessoas estão<br />
enganadas porque conceberam<br />
em suas mentes alguns credos ou<br />
doutrinas. Elas tem “fé intelectual”.<br />
Porque aceitaram alguns ensinamentos<br />
e tradições, elas crêem<br />
que estão bem com Deus. Contudo<br />
nunca se arrependeram do pecado,<br />
nem convidaram o Senhor Jesus<br />
para entrar no coração. Também<br />
não praticaram a “fé de coração”,<br />
que e a única que da acesso a salvação.<br />
A Bíblia diz que você tem<br />
de aceitar e “crer em seu coração”<br />
(Rm 10:9).<br />
O que é o Verdadeiro<br />
Arrependimento<br />
O arrependimento envolve a personalidade<br />
total, o homem por inteiro.<br />
É uma mudança completa de<br />
mente, coração e vontade, particularmente<br />
no que se refere ao pecado,<br />
e a nossa relação para com Deus e<br />
Seu Filho Jesus Cristo.<br />
A mudança de mente inclui nosso<br />
intelecto. Há uma mudança na<br />
maneira como pensamos a respeito<br />
28 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
do pecado, e da pessoa do Senhor<br />
Jesus Cristo.<br />
A mudança de coração envolve<br />
nossas emoções. Modificamos o<br />
sentimento que nutrimos com relação<br />
ao pecado, e a pessoa do Senhor<br />
Jesus Cristo.<br />
Na mudança da vontade, nosso<br />
desejo e nos tornarmos do pecado<br />
para Deus, e recebermos a Sua salvação.<br />
Judas Iscariotes, que traiu Jesus,<br />
mudou sua mente, mas não sua vontade.<br />
Ele enforcou-se e partiu para<br />
uma noite eterna.<br />
No princípio o homem era perfeito.<br />
Sua mente estava sempre voltada<br />
para a Palavra, a vontade e os caminhos<br />
de Deus. Mas o homem escolheu<br />
desobedecer a Deus. For causa da<br />
desobediência para com a Palavra e a<br />
vontade de Deus, a mente, o coração e<br />
a vontade do homem se tornaram contra<br />
Deus. For isso hoje precisamos nos<br />
“arrepender” – mudar. Nos tornarmos<br />
do nosso próprio caminho. Abrir<br />
mão da nossa própria vontade. Dar<br />
meia volta e retornar a Deus.<br />
Há alguns que lêem estas linhas<br />
e que nunca se arrependeram. Agora<br />
mesmo, como você está na presença<br />
de Deus, você se sente culpado e<br />
envergonhado pelo seu pecado. Mas<br />
tenha coragem. Deus o ama do jeito<br />
que você é. Se você se arrepender – se<br />
mudar a atitude de sua mente, coração<br />
e vontade diante de Deus – Ele entrará<br />
em sua vida e o salvará do seu pecado.<br />
Conhecer Jesus Pessoalmente<br />
A segunda palavra destas Boas<br />
Novas de salvação em Jesus Cristo<br />
e “Crer” (Mc 1:15). Você precisa se<br />
arrepender e ter fé no Senhor Jesus<br />
Cristo, porque “o arrependimento<br />
para com Deus e a fé em nosso<br />
Senhor Jesus Cristo” fará de você<br />
um filho de Deus (At 20:21). Isto<br />
não e uma crença intelectual sobre<br />
a pessoa de Jesus Cristo, algo que<br />
só ocorre em sua mente. Você talvez<br />
saiba algo sobre Jesus. Mas você O<br />
conhece pessoalmente? Eu sei fatos<br />
sobre muitas pessoas famosas. Contudo<br />
não as conheço pessoalmente.<br />
Você conhece Jesus pessoalmente?<br />
Volte-se para Deus agora, com<br />
toda a sua mente, coração e vonta-<br />
de, e arrependa-se verdadeiramente<br />
de seus pecados. Aceite Jesus no coração<br />
como seu Senhor e Salvador<br />
pessoal. Ele o purificara de seus pecados<br />
pelo poder do sangue que fluiu<br />
do Seu corpo quando ele morreu na<br />
cruz. Não importa quem você e; Jesus<br />
o ama. Ele esta batendo a porta de<br />
seu coração. Arrependa-se, abra sua<br />
vida para Ele, e deixe-O entrar!<br />
Ninguém “Nasce” Cristão<br />
Tenho viajado extensivamente por<br />
muitos países do mundo. Sempre que<br />
conheço alguém que se diz cristão,<br />
freqüentemente faço esta pergunta:<br />
“Quando foi que você se tornou um<br />
cristão”? Sempre obtenho uma destas<br />
respostas: Um entusiasmado testemunho<br />
de salvação, ou um olhar de<br />
surpresa, como a dizer: “Sobre que<br />
mundo você esta falando?” Frequentemente<br />
me respondem: “O que você<br />
quer dizer ao me perguntar quando eu<br />
me tornei cristão? Eu nasci cristão!<br />
Minha mãe era uma cristã. Meu pai<br />
era cristão. Meu tio era pastor! Eu<br />
sempre fui cristão”.<br />
O fato de ter nascido em um lar<br />
cristão não faz de você um cristão;<br />
assim como nascer em uma garagem<br />
não faz de nos um automóvel! Eu<br />
nasci em um hospital, mas isso não<br />
faz de mim um médico!<br />
A Bíblia não diz nenhuma palavra<br />
sobre “nascer” cristão. Pelo<br />
contrário, Jesus disse: “importa-vos<br />
nascer de novo” (Jo 3:7).<br />
Quantas pessoas são batizadas,<br />
confirmadas, ou se tornaram membros<br />
de uma igreja, acreditando que<br />
no Dia do Juízo suas boas ações serão<br />
comparadas as suas mas ações<br />
e, de alguma maneira, esperam que<br />
as boas ações excedam em valor as<br />
mas. Mas Jesus disse: “Em verdade,<br />
em verdade te digo que, se alguém<br />
não nascer de novo, não pode ver o<br />
reino de Deus” (Jo 3:3).<br />
Como se Arrepender<br />
“Como posso dar o primeiro passo?<br />
Como posso me arrepender?”<br />
1. O Arrependimento é um Dom de<br />
Deus<br />
“O Deus de nossos pais ressuscitou<br />
a Jesus, a quem vos matastes,<br />
pendurando-o num madeiro. Deus,<br />
porém, com a sua destra, o exaltou a<br />
Príncipe e Salvador, a fim de conceder...<br />
arrependimento e a remissão<br />
de pecados” (At 5:30,31).<br />
O arrependimento e o perdão de<br />
pecados são dons de Deus. Eles estão<br />
em uma Pessoa, o Filho de Deus, o<br />
Senhor Jesus Cristo. Para receber os<br />
dons do arrependimento e do perdão<br />
dos pecados, temos de receber a Pessoa<br />
em Quem estão esses dons. Receba<br />
a Jesus em seu coração e em sua<br />
vida de uma maneira consciente.<br />
2. Tristeza Pelo Pecado<br />
“Porque a tristeza segundo Deus<br />
produz arrependimento para a salvação,<br />
que a ninguém traz pesar;<br />
mas a tristeza do mundo produz<br />
morte” (2 Co 7:10).<br />
Quando pensamos em nosso pecado,<br />
sentimo-nos culpados e envergonhados.<br />
Sentimos tristeza e<br />
aflição por causa do pecado. E essa<br />
tristeza segundo Deus que produz<br />
arrependimento.<br />
3. Confesse Seu Pecado a Deus<br />
“Ó Deus, sê propício a mim, pecador”<br />
(Lc 18:13.)<br />
“Se confessarmos os nossos pecados,<br />
ele é fiel e justo para nos perdoar<br />
os pecados e nos purificar de<br />
toda injustiça” (1 Jo 1:9).<br />
Se confessarmos nossos pecados<br />
a Deus, Ele nos perdoara e nos purificará<br />
– agora mesmo! Quão maravilhosos<br />
são o amor e a misericórdia<br />
de Deus!<br />
4. Abandone o Pecado<br />
“O que encobre as suas transgressões<br />
jamais prosperará; mas o<br />
que as confessa e deixa alcançará<br />
misericórdia” (Pv 28:13).<br />
Depois que confessarmos os pecados<br />
e transgressões a Deus, temos<br />
de abandoná-los – deixá-los, afastarnos<br />
deles, e nunca mais praticá-los.<br />
5. Faça Restituição<br />
Depois que confessamos nosso<br />
pecado, experimentamos o perdão<br />
de Deus, recebemos Cristo como<br />
Salvador e Senhor e abandonamos<br />
nosso pecado, temos de fazer algo:<br />
a restituição. Temos de restituir di-<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 29
nheiro ou bens que não são nossos<br />
para os seus legítimos donos. Talvez<br />
tenhamos de escrever a pessoas que<br />
porventura tenhamos feri do com<br />
nosso pecado e pedir-lhes perdão.<br />
Leia a história de Zaqueu (Lc 19:1-<br />
10) e veja como ele fez restituição<br />
depois de conhecer o Senhor Jesus.<br />
Amigo, a Bíblia nos exorta: “Arrependei-vos,<br />
pois, e convertei-vos<br />
para serem cancelados os vossos<br />
pecados” (At 3:19). Aceite Jesus em<br />
seu coração como seu Salvador, e<br />
confie que Ele vai cancelar seus pecados<br />
pelo poder do Seu sangue. O<br />
Espírito Santo fará um milagres em<br />
seu coração – e você nascerá novamente.<br />
Só então você terá “fé com a<br />
consciência limpa” (1 Tm 3:9).<br />
O Fruto do Arrependimento<br />
A Bíblia ordena: “Produzi, pois,<br />
frutos dignos de [compatíveis com<br />
o] arrependimento” (Mt 3:8).<br />
“Pelo fruto se conhece a árvore”<br />
(Mt 7:15-20; 12:33-37). O fruto de<br />
uma árvore é o reflexo de sua raiz,<br />
que não pode ser vista, pois está oculta<br />
debaixo da terra. Assim é o verdadeiro<br />
arrependimento. O fruto, que é<br />
compatível com o arrependimento,<br />
é a contínua evidência externa que<br />
demonstra a mudança de coração.<br />
Se o nosso coração, mente e vontade<br />
tem sido transformados, então nossas<br />
palavras e modo de vida mudarão<br />
também. Abandonamos nossos maus<br />
hábitos. O maravilhoso fruto do Espírito<br />
Santo, Aquele que nos deu o novo<br />
nascimento, se manifesta – “amor,<br />
alegria, paz, longanimidade, benignidade,<br />
bondade, fidelidade, mansidão,<br />
domínio próprio” (Gl 5:22,23).<br />
O caráter é totalmente mudado, e a<br />
vida começa a se tornar semelhante à<br />
de Cristo. A expressão “semelhante a<br />
Cristo” traduz o verdadeiro significado<br />
da palavra “Cristão”.<br />
A Bíblia ordena àqueles que entregam<br />
sua vida a Cristo que “se<br />
arrependessem e se convertessem a<br />
Deus, praticando obras dignas de<br />
arrependimento” (At 26:20). Enquanto<br />
o fruto fala da manifestação<br />
Quando Deus realiza<br />
uma obra genuína em<br />
seu interior, a direção<br />
(ou bússola) de seu<br />
coração se refletirá no<br />
rumo externo de seu<br />
caminhar.<br />
do interior – o crescimento invisível<br />
– as obras falam do que fazemos.<br />
Elas são a manifestação externa. Se<br />
há verdadeiro arrependimento<br />
interior, isso é demonstrado pelas<br />
obras praticadas.<br />
O verdadeiro arrependimento<br />
produz uma mudança completa. Não<br />
é um pesado e rígido conjunto de regras<br />
e regulamentos – “eu tenho de<br />
fazer isto, eu não devo levar aquele<br />
‘tipo de vida’” – mas uma jubilosa<br />
expressão da vida de Jesus Cristo<br />
dentro de nos. Antes nos agradávamos<br />
a nos mesmos. Se-guiamos nossos<br />
próprios pensamentos. Traçávamos<br />
nosso próprio caminho. Mas<br />
agora nós nos arrependemos. Demos<br />
meia-volta. Nos cremos em Jesus<br />
Cristo e O recebemos como Salvador<br />
e Senhor. Agora nos “temos a<br />
mente de Cristo” (1 Co 2:<strong>16</strong>). Ele<br />
vive a Sua vida em nós. Sendo assim,<br />
fazemos somente as coisas que<br />
Cristo faz. Pensamos os Seus pensamentos.<br />
Falamos as Suas palavras.<br />
Esses frutos e obras são visíveis na<br />
vida de quem verdadeiramente se arrependeu.<br />
Os Cristãos Nascidos de Novo<br />
Também Têm de Arrepender-se<br />
A ordem para se arrepender não<br />
é somente para aqueles que nunca<br />
receberam pessoalmente a Cristo<br />
como seu Salvador. Muitos cristãos<br />
nascidos de novo também precisam<br />
se arrepender.<br />
Sem dúvida, a frieza de nosso<br />
amor por Cristo exige arrependimento.<br />
Nossa falta de compaixão<br />
para com aqueles que ainda não<br />
conhecem a Cristo; a idolatria que<br />
criamos em torno de nossas posses,<br />
títulos, posição – tudo demanda de<br />
nos arrependimento. Precisamos nos<br />
arrepender de nosso roubo. Nós não<br />
quebramos a janela de uma loja e<br />
roubamos os bens do lojista. Contudo<br />
roubamos a Deus e não nos arrependemos<br />
por coisa alguma! Um<br />
décimo de tudo que nos ganhamos<br />
pertence a Deus. E ousamos usar isso<br />
para nós mesmos! Qualquer oferta<br />
que possamos dar ao Senhor deve<br />
estar além e acima da décima parte<br />
de nossa renda, que pertence a Ele<br />
(Ml 3:8,9).<br />
30 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
EU sEI qUE DEUs EsTá<br />
CONTENTE COMIGO...<br />
O Senhor disse a Igreja de Éfeso:<br />
“Tenho, porém, contra ti que abandonaste<br />
o teu primeiro amor” (Ap<br />
2:4). Esse é, possivelmente, o pecado<br />
mais cometido entre aqueles que<br />
verdadeiramente se voltaram para<br />
Cristo e Sua salvação. A emoção e<br />
o brilho daquele amor que tivemos<br />
pelo Salvador, quando primeiramente<br />
O aceitamos em nossa vida, não<br />
existem mais. Se hoje eu amo o meu<br />
Senhor menos do que ontem, então<br />
eu também tenho que atender a Sua<br />
ordem: “Lembra-te, pois, de onde<br />
caíste, arrepende-te e volta a prática<br />
das primeiras obras; e, se não,<br />
venho a ti e moverei do seu lugar o<br />
teu candeeiro, caso não te arrependas”<br />
(Ap 2:5).<br />
Possa Deus ajudar-nos a obedecer<br />
ao Seu mandamento hoje! Oxalá<br />
nossos corações sejam dominados<br />
pela urgência de nossa necessidade<br />
de nos arrependermos!<br />
O Fundamento da Doutrina do<br />
Arrependimento<br />
O arrependimento e uma doutrina<br />
fundamental. Em Hebreus 6:1 temos<br />
o seguinte mandamento: “Por<br />
isso, pondo de parte os princípios<br />
elementares da doutrina de Cristo,<br />
deixemo-nos levar para o que e perfeito,<br />
não lançando, de novo, a base<br />
do arrependimento de obras mortas<br />
e da fé em Deus.” É claro que isso<br />
não significa deixarmos de ensinar e<br />
experimentar essas abençoadas doutrinas<br />
elementares. O escritor aos<br />
hebreus simplesmente esta dizendo<br />
que eles deveriam estar estudando<br />
verdades mais profundas da Palavra<br />
de Deus. Ele diz: “Pois, com efeito,<br />
quando devíeis ser mestres, aten-<br />
POIs EU REALIzEI<br />
MUITO PARA ELE<br />
dendo ao tempo decorrido, tendes,<br />
novamente, necessidade de alguém<br />
que vos ensine, de novo, quais são<br />
os princípios elementares dos oráculos<br />
de Deus; assim, vos tornastes<br />
como necessitados de leite e não de<br />
alimento sólido. Ora, todo aquele<br />
que se alimenta de leite e inexperiente<br />
na palavra da justiça, porque<br />
e criança. Mas o alimento sólido e<br />
para os adultos, para aqueles que,<br />
pela pratica, tem as suas faculdades<br />
exercitadas para discernir não somente<br />
o bem, mas também o mal”<br />
(Hb 5:12-14).<br />
Se o escritor aos hebreus vivesse<br />
hoje, o que ele escreveria a maioria<br />
de nossas igrejas? Poucos de nos sabemos<br />
algo sobre os princípios elementares,<br />
deixando de lado o sólido<br />
alimento da Palavra de Deus! Os<br />
princípios elementares são listados<br />
para nos em Hebreus 6:1,2:<br />
1. A Base do Arrependimento de<br />
obras mortas<br />
2. Fé em Deus<br />
3. Ensino de batismos<br />
4. Imposição de mãos<br />
5. Ressurreição dos mortos<br />
6. Juízo eterno<br />
Destes nos somos exortados a ir<br />
até a:<br />
7. “Perfeição” (maturidade)<br />
(Essa lista foi traduzida direto de<br />
uma versão da Bíblia em inglês.)<br />
Você conhece esses princípios<br />
fundamentais da doutrina de Cristo?<br />
Nos temos de deixar este estudo<br />
abençoado para outra hora e lugar.<br />
Porem, note particularmente o que<br />
e escrito sobre Arrependimento –<br />
“lançando ... a base do arrependimento”<br />
(Hb 6:1). Isso estabelece o<br />
sIM, MAs vOCê PERCEbEU<br />
qUE AINDA TEM qUE sE<br />
ARREPENDER? bOAs<br />
ObRAs NãO<br />
bAsTAM!<br />
arrependimento como o primeiro<br />
fundamento da vida cristã.<br />
Arrependa-se – ou Pereça<br />
Estamos vivendo o final dos Últimos<br />
Dias. Os sinais do fim dos<br />
tempos que a Bíblia apresenta estão<br />
se cumprindo numa incidência alarmante.<br />
Jesus esta voltando em poder<br />
e grande gloria “para julgar vivos<br />
e mortos” (1 Pe 4:5). Ninguém<br />
escapará desse julgamento. Todos<br />
nos estaremos lá. “Pois todos compareceremos<br />
perante o tribunal de<br />
Deus” (Rm 14:10). Baseados em<br />
quais critérios seremos julgados?<br />
Pelo fato de termos nos arrependido<br />
ou não, e se vivemos de acordo<br />
com o padrão de Jesus Cristo. Nossa<br />
vida será comparada a Dele, e<br />
seremos julgados de acordo com a<br />
medida em que nos Lhe permitimos<br />
viver em nós. A Bíblia adverte: “...<br />
Deus ... agora, porém, notifica aos<br />
homens que todos, em toda parte,<br />
se arrependam; porquanto estabeleceu<br />
um dia em que há de julgar o<br />
mundo com justiça, por meio de um<br />
varão [Jesus] que destinou e acreditou<br />
diante de todos, ressuscitando-o<br />
dentre os mortos” (At 17:30,<br />
31).<br />
Você tem certeza de que está<br />
pronto para ficar diante Dele no<br />
Dia do Juízo? Se não, é hora de você<br />
arrepender-se de seus pecados e<br />
aceitar o Senhor Jesus Cristo em sua<br />
vida. A ordem bíblica e “agora”!<br />
Não temos outra alternativa: ou<br />
nos arrependemos ou sofremos o<br />
terrível julgamento de Deus. Jesus<br />
nos adverte: “se não vos arrependerdes,<br />
todos igualmente perecereis”<br />
(Lc 13:5). ■<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 31
seção especial de<br />
termos relativos<br />
à salvação<br />
e suas definições<br />
Conceitos Importantes<br />
de Salvação<br />
A “Base da Igreja” esta firmemente<br />
fundamentada em nosso<br />
grande Salvador, Jesus! Há vários<br />
outros termos relativos a salvação<br />
que foram usados neste artigo. Estes<br />
e outros serão abordados em futuras<br />
edições da Revista ATOS. Contudo,<br />
por causa da importância deles, vamos<br />
listá-los e defini-los agora.<br />
1. SALVAÇÃO<br />
Este termo se refere a obra da<br />
graça de Deus em Cristo, pela qual<br />
nos somos:<br />
a. Salvos “da” penalidade, do<br />
poder e da futura presença do pecado.<br />
b. Salvos “pelo” propósito de<br />
Deus e inseridos em Sua família, na<br />
qual expressamos a semelhança de<br />
Seu Filho.<br />
Quando Cristo morreu na cruz<br />
pelos nossos pecados, Ele se tornou<br />
nosso Salvador. Ele morreu em nosso<br />
lugar e pagou o preço (penalidade)<br />
pelo nosso pecado. Quando nós,<br />
por fé, O aceitamos como nosso Salvador,<br />
também recebemos o poder<br />
da Sua vida e ressurreição. Como<br />
esta vida nova flui em nos, isto traz<br />
perfeição (cura) para nosso espírito,<br />
alma e corpo.<br />
Ser “salvo” significa ser perdoado,<br />
curado, liberto, feito integro (ou<br />
completo) e restaurado. Nos somos<br />
salvos, íntegros e libertos. Somos livres<br />
para nos tornar tudo que Deus<br />
nos chamou para ser como Seus filhos<br />
e filhas reais e amados.<br />
2. REGENERACÃO<br />
O termo “gerar” significa criar ou<br />
produzir vida. Regeneração, como<br />
nos aprendemos acima, refere-se ao<br />
retorno a vida ou a sua restauração<br />
depois da morte.<br />
Nós estamos “mortos” em nossos<br />
pecados. Por isso temos de ter uma<br />
“nova injeção” de vida espiritual<br />
(nascer de novo) para voltarmos a<br />
família de Deus.<br />
Há apenas um modo pelo qual<br />
podemos nascer em uma família<br />
terrena: através da comunicação ou<br />
injeção de vida natural. Isso acontece<br />
pelo processo de reprodução<br />
biológica. As células germinativas<br />
do sexo trazem consigo a vida que e<br />
necessária para gerar um novo bebezinho.<br />
Acontece o mesmo quando se<br />
“nasce” na família de Deus. Precisa<br />
haver uma injeção de vida espiritual<br />
– uma Divina semente. Essa<br />
“Semente de Vida” e uma Pessoa<br />
– Jesus Cristo. Quando recebemos<br />
Cristo em nosso coração, Ele e a<br />
Vida que nos faz nascer na santa família<br />
de Deus. Portanto todo cristão<br />
teve dois nascimentos: um natural e<br />
um espiritual. Isso e o que significa<br />
“nascer de novo”.<br />
3. RECONCILIAÇÃO<br />
A palavra “reconciliar” quer dizer<br />
“estabelecer a paz entre” pessoas.<br />
Tem o sentido de acordo e paz<br />
que são o resultado de se reparar o<br />
erro.<br />
O pecado e uma ofensa contra<br />
Deus. Portanto ele nos separa ou nos<br />
“aliena” de Deus. Nos precisamos<br />
ser “reconciliados” ou levados de<br />
volta a comunhão com Ele.<br />
A única maneira de fazer com<br />
que os resultados do pecado não<br />
tenham efeito e através da “justificação”<br />
(declarando um pecador<br />
como integro). Justificação não e o<br />
ato (como alguns supõem) de omitir<br />
o pecado ou cegamente ignorar a<br />
transgressão. Um Deus santo e justo<br />
não pode tolerar o pecado.<br />
O pecado só pode ser cancelado,<br />
encoberto ou ignorado se a penalidade<br />
por ele for paga. Somente assim<br />
a justiça pode ser satisfeita e o pecado,<br />
cancelado. Quando a penalidade<br />
pela injustiça for totalmente paga, a<br />
comunhão poderá ser restabelecida.<br />
32 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
A penalidade pelo pecado e a<br />
morte. Jesus, em Sua graça e misericórdia,<br />
liquidou, por nos, aquela<br />
divida quando morreu na cruz por<br />
nossos pecados. Por isso nos podemos<br />
dizer que o sangue de Jesus<br />
cobriu e cancelou nosso pecado.<br />
(“Cancelar” significa tornar sem<br />
efeito.) Reconciliação, então, e a<br />
ação de Deus – pela morte de Cristo<br />
– pela qual nossa comunhão com<br />
Ele é restabelecida. Nós nos reconciliamos<br />
com Deus.<br />
4. RETIDÃO<br />
Esta expressão refere-se ao caráter<br />
santo de Deus. Ele é sempre<br />
“justo” em pensamento, palavras e<br />
obras – em atitudes e ações. Ele é<br />
justo, bom e verdadeiro de todos os<br />
modos e em todas as coisas.<br />
Esse é o “reto” padrão da Lei.<br />
Tudo que não é reto é mau, maligno<br />
e errado – em resumo, pecaminoso.<br />
Por isso, o homem pecador<br />
nunca pode permanecer diante de<br />
um Deus santo. Retidão e iniqüidade<br />
são sempre opostos um ao outro.<br />
Não existe base para comunhão.<br />
Por esta razão Deus enviou o Seu<br />
Filho, para que nos “reconciliasse”<br />
devido aos nossos pecados. Quando<br />
aceitamos a Cristo em nosso coração<br />
como nosso Salvador, nossos<br />
pecados são encobertos e cancelados.<br />
Deus já não nos vê em nossos<br />
pecados, mas na retidão de Seu<br />
Filho. Não apenas Ele está<br />
em nós, mas nos estamos<br />
Nele.<br />
A isso deno-<br />
mina-se “retidão” imputada. A palavra<br />
“imputar” é um termo legal.<br />
Significa que algo foi creditado em<br />
nossa conta por outro. O que é dele<br />
agora também nos pertence. A posição<br />
e a posse dele se tornam nossas.<br />
É uma conta conjunta. A retidão de<br />
Jesus se tornou nossa retidão. A posição<br />
de Jesus à mão direita do Pai<br />
se tornou nossa posição (veja Efésios<br />
1:20-22; 2:4-5).<br />
Além da retidão “imputada”, que<br />
e nossa posição legal, há uma retidão<br />
“concedida”. “Conceder” significa<br />
pôr algo em. Quando nós nos<br />
tornamos cristãos, algo foi “depositado<br />
em” nossa vida. Não apenas<br />
nós estamos “em Cristo” no sentido<br />
legal, mas Cristo está “em nós” num<br />
sentido pessoal e prático.<br />
Quando recebemos Jesus, recebemos<br />
também a Sua natureza san-<br />
“...todos nós fomos batizados em um corpo...”<br />
(1 Co 12:13.)<br />
ta e Íntegra. Adquirimos uma nova<br />
natureza – uma fonte nova de poder<br />
interior – pela qual podemos possuir<br />
uma vida “íntegra”. Nossa “velha<br />
natureza” morreu com Jesus na cruz,<br />
o que nos dá o direito à liberdade para<br />
expressar nossa “nova natureza”.<br />
(Veja Romanos Capítulo 6.)<br />
5. JUSTIFICAÇÃO<br />
“Justificar” significa tornar certo<br />
perante a Lei, e então tornar livre de<br />
culpa ou condenação.<br />
“Condenar” significa sentenciar<br />
alguém culpado perante a Lei. O<br />
pecado é a quebra das leis de Deus.<br />
Então todos os pecadores são culpados<br />
perante Deus. A penalidade para<br />
nosso pecado é a morte. As exigências<br />
da Lei só podem ser satisfeitas<br />
quando a penalidade pelo pecado é<br />
paga. A “Justiça” não pode ignorar<br />
o pecado como se ele não tivesse<br />
acontecido.<br />
No plano de redenção de Deus,<br />
misericórdia e justiça podem dar as<br />
mãos de uma única maneira: O Juiz<br />
(Deus) não apenas profere a sentença,<br />
ele também paga a penalidade (a<br />
morte de Cristo)! A parte culpada fica<br />
assim “justificada” e se torna reta<br />
perante a Lei.<br />
O pecador pode ir livre agora<br />
porque o seu Juiz não apenas foi<br />
justo (exigindo que fosse cumprida<br />
a penalidade da Lei), mas também<br />
cheio de misericórdia (pois Ele<br />
pagou a penalidade que Sua<br />
justiça exigiu que Ele<br />
impusesse ao pecador).<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 33
Isso é o que Deus fez por nós na<br />
morte de Cristo na cruz. O pecado<br />
foi julgado. A penalidade foi paga.<br />
E nós fomos perdoados e feitos livres!<br />
Nós fomos, assim, JUSTIFI-<br />
CADOS.<br />
A Igreja:<br />
Vida familiar e o<br />
Poder do Reino<br />
A expressão “família de Deus”<br />
descreve relacionamentos humanos<br />
e divinos de vida e amor. Não<br />
apenas é uma família “amada”, mas<br />
também uma família “real”. Cristo<br />
não só é nosso irmão Redentor, mas<br />
também nosso irmão Real – o Rei<br />
dos reis e o Senhor dos senhores.<br />
Nós não só nascemos na família de<br />
Deus, mas também no Seu Reino.<br />
Na “família” de Deus nós temos<br />
vida; no “Reino” de Deus, poder e<br />
autoridade.<br />
A Igreja de Jesus Cristo abrange<br />
ambos os conceitos; a “família”<br />
e o “Reino”. Cristo é o Filho real<br />
de Deus. Sua vida e Sua autoridade<br />
serão manifestas através de nós e<br />
seremos “um” com Ele. O apóstolo<br />
Paulo ensina que “em um só Espírito,<br />
todos nos fomos batizados em<br />
um corpo, quer judeus, quer gregos,<br />
quer escravos, quer livres. E a todos<br />
nós foi dado beber de um só Espírito”<br />
(1 Co 12:13).<br />
O termo “batizar” significa ser<br />
colocado em ou tornar-se um com<br />
alguém. Nós fomos colocados em<br />
Cristo e nos tornamos um com Ele.<br />
Na salvação, o Espírito Santo nos<br />
põe em Cristo (imputa retidão) e<br />
Cristo em nós (concede retidão).<br />
Nós, verdadeiramente, nos tornamos<br />
membros do Seu Corpo. Ele é a Cabeça<br />
desse Corpo, e esse Corpo é a<br />
Igreja. (Veja Colossenses 1:18.)<br />
A primeira vez que encontramos<br />
a palavra “igreja” no Novo Testamento,<br />
é através do próprio Jesus.<br />
Pedro acabara de confessar a Jesus<br />
como “o Cristo, o Filho do Deus<br />
Vivo”. Jesus lhe disse que “o Pai” o<br />
tinha abençoado com aquela revelação.<br />
Então, chamando Pedro pelo nome,<br />
Jesus declara que “sobre esta<br />
pedra [a revelação de que Jesus é o<br />
Cristo, o Filho do Deus Vivo] edifi-<br />
uma nova maneira de ajudar outros<br />
líderes de igreja a receber atos!<br />
querido Leitor da Revista ATOs,<br />
se você conhece outros líderes de igreja que ainda<br />
não recebem a Revista ATOs, e acha que eles gostariam<br />
de recebê-la, por favor, peça-lhes que nos escrevam e nos<br />
enviem os seguintes dados:<br />
● O nome completo e endereço, em LETRA DE fÔRMA;<br />
● A quantas pessoas ensinam ou pregam a cada semana;<br />
● Uma descrição do ministério que exercem.<br />
querido leitor, NãO nos envie os nomes e endereços<br />
dessas pessoas. quem desejar ser assinante da Revista<br />
ATOs deve escrever-nos pessoalmente; isso nos ajudará<br />
a estar seguros de que só estamos enviando a Revista aos<br />
líderes de igreja que a queiram receber.<br />
que Deus possa fortalecer e capacitar você e seus<br />
companheiros líderes de igreja para a sua grande obra!<br />
carei a minha Igreja, e as portas [as<br />
defesas] do inferno não prevalecerão<br />
contra ela. Dar-te-ei as chaves<br />
[autoridade] do reino dos céus...”<br />
(Mt <strong>16</strong>: 13-19.)<br />
Uma Pedra Angular<br />
e Uma Fundação Segura<br />
Jesus estava dizendo aos discípulos<br />
que Ele ia construir a Sua Igreja<br />
sobre uma fundação segura. Ele<br />
seria a Pedra Angular, mas haveria<br />
também outras pedras nessa fundação.<br />
(Veja Efésios 2:20.)<br />
Essas pedras seriam homens que,<br />
como Pedro, tinham um “relacionamento”<br />
com o Pai – e uma “revelação”<br />
Dele.<br />
O relacionamento com o Pai se<br />
daria “através” de Jesus: “ninguém<br />
vem ao Pai sendo por mim” (Jo<br />
14:6).<br />
A revelação do Pai seria “sobre”<br />
Jesus: “Bem-aventurado és, Simão<br />
Barjonas, porque não foi carne e<br />
sangue que to revelaram, mas meu<br />
Pai, que está nos céus” (Mt <strong>16</strong>:17).<br />
O apóstolo Paulo explica estas<br />
verdades com muita sensibilidade<br />
em sua carta aos Efésios:<br />
“Edificados sobre o fundamento<br />
dos apóstolos e profetas, sendo ele<br />
mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;<br />
no qual todo o edifício, bem<br />
ajustado, cresce para santuário dedicado<br />
ao Senhor, no qual também<br />
vós juntamente estais sendo edificados<br />
para habitação de Deus no Espírito”<br />
(Ef 2:20-22).<br />
Que santo prodígio e maravilha!<br />
Nosso Pai celestial nos escolheu<br />
para fazermos parte do Seu plano<br />
eterno. Pela Sua graça, nós temos<br />
um lugar especial na Sua família, no<br />
Seu Reino e na Igreja do Seu Filho.<br />
Portanto, podemos nos unir a Paulo<br />
nestas lindas palavras de adoração:<br />
“Por esta causa, me ponho de joelhos<br />
diante do Pai, de quem toma o<br />
nome toda família, tanto no céu como<br />
sobre a terra... Ora, àquele que<br />
é poderoso para fazer infinitamente<br />
mais do que tudo quanto pedimos<br />
ou pensamos, conforme o seu poder<br />
que opera em nós, a ele seja a glória,<br />
na igreja e em Cristo Jesus, por<br />
todas as gerações, para todo o sempre.<br />
Amém!” (Ef 3:14,15,20,21) ■<br />
34 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
Como Conduzir<br />
Alguém a<br />
Cristo<br />
Gerald Rowlands & Frank Parrish<br />
Ao conduzirmos alguém a Cristo,<br />
temos de estar atentos a vários<br />
princípios fundamentais. Se não os<br />
usarmos, corremos o risco de fazer<br />
alguém desviar-se ou de dar-lhe uma<br />
falsa certeza de que e salvo. Não<br />
estamos sugerindo que existe uma<br />
técnica ou formula especial. Porem,<br />
ignorar o que a Bíblia ensina sobre<br />
este assunto pode significar um desastre<br />
espiritual para aqueles que estamos<br />
tentando conduzir a Cristo.<br />
Os princípios a seguir poderiam<br />
ser facilmente um ensino prolongado,<br />
mas os expomos aqui resumidamente<br />
para sua consulta.<br />
O Caminho Para a Redenção<br />
Como você busca conduzir as<br />
pessoas a Cristo, e útil ter uma “rota<br />
planejada” em mente. Estas rotas bíblicas<br />
o ajudarão a seguir adiante na<br />
direção certa. Se você ficar bastante<br />
familiarizado com estes simples<br />
passos, eles podem dar-lhe muita<br />
segurança ao conduzir alguém à salvação.<br />
Recomendamos insistentemente<br />
que você memorize os textos<br />
bíblicos usados em cada passo.<br />
Uma das mais simples rotas bíblicas<br />
para a salvação e chamada<br />
“Estrada Romana”. É assim denominada<br />
porque os mais relevantes<br />
textos bíblicos usados em cada passo<br />
foram extraídos do Livro de Romanos,<br />
no Novo Testamento.<br />
1. Romanos 3:23: “Pois todos<br />
pecaram e carecem da glória [padrão]<br />
de Deus”.<br />
2. Romanos 6:23: “Porque o<br />
salário do pecado é a morte, mas o<br />
dom gratuito de Deus é a vida eterna<br />
em Cristo Jesus, nosso Senhor”.<br />
3. Romanos 10:9,10: “Se, com<br />
a tua boca, confessares Jesus como<br />
Senhor e, em teu coração, creres que<br />
Deus o ressuscitou dentre os mortos,<br />
serás salvo. Porque com o coração<br />
se crê para justiça e com a boca se<br />
confessa a respeito da salvação”.<br />
A seguir apresentamos outro<br />
conjunto de diretrizes simples que<br />
podem ajudá-lo a conduzir alguém a<br />
Cristo, levando-o a entender que:<br />
1. TODO SER HUMANO E<br />
PECADOR<br />
“Pois todos pecaram e carecem<br />
da glória [padrão] de Deus” (Rm<br />
3:23).<br />
2. A PENALIDADE PELO<br />
PECADO É A SEPARAÇÃO<br />
ETERNA DE DEUS<br />
“O salário do pecado é a morte”<br />
[separação de Deus] (Rm 6:23).<br />
3. DEUS NÃO QUER QUE<br />
NINGUÉM PEREÇA<br />
“O Senhor... não [está] querendo<br />
que nenhum pereça, senão que todos<br />
cheguem ao arrependimento” (2 Pe<br />
3:9).<br />
4. JESUS CRISTO PAGOU O<br />
PREÇO<br />
“Cristo morreu pelos nossos pecados,<br />
segundo as Escrituras” (1<br />
Co 15:3).<br />
5. NÓS DEVEMOS CRER NESTA<br />
VERDADE E CONFESSÁ-LA<br />
“Se, com a tua boca, confessares<br />
Jesus como Senhor e, em teu coração,<br />
creres que Deus o ressuscitou dentre<br />
os mortos, serás salvo” (Rm 10:9).<br />
Percebemos, ao olhar essas duas<br />
diretrizes simples, que ambas tratam<br />
primeiramente com o pecado.<br />
Isso ocorre porque frequentemente<br />
as pessoas não sabem que são pecadoras<br />
e que carecem de salvação.<br />
Em outras palavras, as Boas Novas<br />
do Evangelho podem não ser “boas<br />
novas” até que eles ouçam as “más<br />
novas”! As más novas constituem o<br />
fato de que elas são pecadoras e que<br />
passarão a eternidade separadas de<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 35
Deus se morrerem sem Cristo como<br />
o seu Salvador pessoal.<br />
Assim, a primeira coisa que deve<br />
ser tratada quando estamos conduzindo<br />
alguém a Cristo e o seu pecado.<br />
1. O Pecado<br />
O Pecado não é um assunto popular<br />
nos dias de hoje. O homem<br />
moderno prefere se referir ao pecado<br />
como “inconveniência”, “preferência<br />
pessoal”, “peculiaridades genéticas”,<br />
ou “falhas de personalidade”.<br />
Muitas outras pessoas se recusam a<br />
reconhecer que haja algo que seja<br />
pecado. Esse tipo de conceito deve<br />
ser desafiado e derrotado com a Palavra<br />
de Deus. A Bíblia ensina claramente,<br />
em seus primeiros capítulos,<br />
a realidade do pecado e sua penalidade.<br />
A não ser que a pessoa concorde<br />
com a Bíblia nesse tema básico,<br />
toda a abordagem que fizermos<br />
sobre salvação será em vão. Pois, se<br />
não houvesse pecado, não haveria<br />
nenhuma necessidade de salvação<br />
ou de um Salvador. Isso significa-<br />
ria que todo o plano de retenção<br />
seria irrelevante e desnecessário.<br />
Nós temos de entender que pecado<br />
e o que separa o homem de Deus.<br />
Inicialmente, no quadro bíblico, foi<br />
Adão e a desobediência de Eva que<br />
originaram o primeiro pecado. A<br />
desobediência deles separou toda<br />
a raça humana de Deus. Assim, em<br />
primeiro lugar, os homens e mulheres<br />
são pecadores, não por causa de<br />
algo que eles façam ou deixem de<br />
fazer, mas por causa de Adão e a<br />
transgressão de Eva. Nos herdamos<br />
nosso estado pecaminoso de nossos<br />
primeiros pais. Nós somos, portanto,<br />
pecadores por herança.<br />
Romanos 3:23 mostra isso de<br />
forma simples e clara, tanto quanta<br />
possível: “Pois todos pecaram e carecem<br />
da glória [padrão] de Deus”.<br />
(Para informação adicional sobre<br />
este assunto, por favor, veja o artigo<br />
sobre “Salvação” nesta edição de<br />
ATOS.)<br />
Esse texto ensina a universalidade<br />
do pecado. Todas as pessoas, em<br />
todos lugares são pecadoras. Mostra<br />
a natureza do pecado; isto é, ficar<br />
aquém da gloria (padrão) de Deus.<br />
Quando nós nos empenhamos<br />
em mostrar a alguém que ele e um<br />
peca-dor aos olhos do Deus todopoderoso,<br />
nos não os estamos criticando,<br />
ou sugerindo que pensamos<br />
que o comportamento pessoal deles<br />
ou seus padrões são piores que os de<br />
uma pessoa comum. Nos simplesmente<br />
estamos declarando que eles,<br />
juntos com todos os homens, carecem<br />
dos padrões exigidos por Deus.<br />
Em segundo lugar, devemos<br />
mostrar-lhes que temos uma responsabilidade<br />
definitiva e absoluta<br />
perante Deus por nossa vida. Como<br />
parte desta responsabilidade, há uma<br />
penalidade pelo pecado.<br />
2. A Penalidade Pelo Pecado<br />
Romanos 6:23 diz: “O salário<br />
do pecado e a morte”. Não apenas<br />
a morte física, quando o espírito<br />
humano deixa o corpo físico: mas<br />
a morte espiritual, que significa<br />
separação eterna de Deus. Esta e a<br />
penalidade sobre a qual Deus advertiu<br />
Adão e Eva. Ele lhes disse: “no<br />
dia em que dela comeres, certamente<br />
morreras” (Gn 2:17). Por causa<br />
da transgressão deles, a morte física<br />
passou a operar em seus corpos. Eles<br />
se tornaram seres mortais (condenados<br />
a morte). A morte física e seus<br />
sintomas começaram a manifestarse<br />
na vida deles imediatamente. E,<br />
em conseqüência do que ocorrera<br />
naquele dia, eles morreriam.<br />
Mas a maior tragédia e que morrer<br />
em pecado significa que a pessoa<br />
ficará separada de Deus eternamente.<br />
E isso que a Bíblia chama de inferno.<br />
Esse é um julgamento abso-<br />
“... mas o dom gratuito de Deus<br />
é a vida eterna...”<br />
36 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
luto sem exceção ou desculpa, e é<br />
eterno, não temporário.<br />
A esta altura, a pessoa com a qual<br />
estamos falando pode estar pronta<br />
para as Boas Novas de salvação em<br />
Cristo.<br />
3. A Salvação<br />
A última parte de Romanos 6:23<br />
introduz um aspecto positivo quando<br />
declara: “mas o dom gratuito<br />
de Deus é a vida eterna em Cristo<br />
Jesus, nosso Senhor”. Nós enfatizamos<br />
que salvação não é por obras,<br />
esforço próprio, exercício de bem<br />
viver ou prática de boas ações; mas<br />
é por Jesus Cristo, nosso Senhor.<br />
Nós temos de mostrar a pessoa a<br />
necessidade absoluta que ela tem de<br />
um Salvador. Se ela não estiver ciente<br />
da própria necessidade, não terá<br />
nenhuma motivação para procurar<br />
um Salvador.<br />
Nós devemos, mais adiante,<br />
mostrar a ela que Jesus Cristo e o<br />
Salvador. “É que hoje vos nasceu,<br />
na cidade de Davi, o Salvador, que e<br />
Cristo, o Senhor” (Lc 2:11).<br />
Ele é o único Salvador. “E não<br />
há salvação em nenhum outro; porque<br />
abaixo do céu não existe nenhum<br />
outro nome, dado entre os<br />
homens, pelo qual importa que sejamos<br />
salvos” (At 4:12).<br />
Ele é um Salvador completo.<br />
“Por isso, também pode salvar totalmente<br />
os que por ele se chegam a<br />
Deus” (Hb 7:25).<br />
Ele é um Salvador Poderoso.<br />
“Para que, por sua morte, destruísse<br />
aquele que tem o poder da morte,<br />
a saber, o diabo, e livrasse todos<br />
que, pelo pavor da morte, estavam<br />
sujeitos a escravidão por toda a vida”<br />
(Hb 2:14, 15).<br />
Ele é um Salvador Universal.<br />
“Salvador de TODOS os homens,<br />
especialmente dos fiéis” (l Tm 4:10).<br />
A seguir devemos mostrar a pessoa<br />
com quem estamos falando, como<br />
ela pode ter Jesus Cristo, de fato,<br />
como seu Salvador pessoal.<br />
4. A salvação e pela fé em Cristo<br />
“Crê no Senhor Jesus e serás<br />
salvo” (At <strong>16</strong>:11).<br />
Essas palavras poderosas foram<br />
ditas ao carcereiro de Filipo em res-<br />
posta a pergunta feita por ele: “Que<br />
devo fazer para que seja salvo”?<br />
Elas se aplicam a todos os homens<br />
em todos os lugares, e constituem o<br />
único meio de salvação disponível.<br />
Romanos 10:9 diz: “Se, com a<br />
tua boca, confessares Jesus como<br />
Senhor e, em teu coração, creres que<br />
Deus o ressuscitou dentre os mortos,<br />
SERÁS SALVO”<br />
“O que devo fazer para ser salvo”?<br />
– A resposta a essa pergunta<br />
tem de ser completa. Ela deve conter<br />
os seguintes elementos:<br />
a) Compreenda que você e um<br />
pecador, e arrependa-se sinceramente<br />
de seus pecados (veja 1 João 1:8;<br />
2 Coríntios 7:10 e o artigo sobre<br />
“Arrependimento” nesta edição).<br />
b) Confesse seus pecados a Deus<br />
e peça a Ele o perdão (veja 1 João<br />
1:9).<br />
c) Creia que Jesus morreu na<br />
cruz por você como pagamento<br />
pelos seus pecados, e que Deus O<br />
levantou da morte como prova da<br />
divindade de Cristo e aceitou o pagamento<br />
dele pela sua salvação (veja<br />
Romanos 5:9,10; Tito 2:14);<br />
A pessoa também tem que entender<br />
que essa salvação vem pela fé.<br />
Fé e a decisão de crer no que Deus<br />
diz. Ela é ativada “pela palavra de<br />
Cristo” (Rm 10:17). Algo bem no<br />
fundo de nosso coração nos diz que<br />
Deus está falando conosco. Decidimos<br />
crer em Deus e aceitar o que Ele<br />
diz. Concordamos com Deus – isso<br />
e fé. Nossa fé pode andar frequentemente<br />
a frente de nossa mente. Fazemos<br />
coisas por fé que nossa mente<br />
ainda não pode entender ou crer.<br />
Frequentemente aceitamos coisas<br />
pela fé antes que nossas emoções tenham<br />
tempo de responder.<br />
O próximo e último passo e a<br />
pessoa receber a Cristo como seu<br />
Senhor e Salvador.<br />
5. Nos temos de “receber Cristo” em<br />
nossa vida<br />
João 1:12 diz: “Mas, a todos<br />
quantos o receberam, deu-lhes o poder<br />
[autoridade] de serem feitos filhos<br />
de Deus, a saber, aos que crêem no<br />
seu nome.” O que significa, “receber<br />
a Cristo”, e como nós fazemos isto?<br />
O que as Escrituras ensinam e<br />
muito simples e direto. Em Apocalipse<br />
3:20, Jesus compara nossa vida<br />
a uma casa e diz: “Eis que estou<br />
a por-ta e bato; se alguém ouvir a<br />
minha voz e abrir a porta, entrarei<br />
em sua casa e cearei com ele, e ele,<br />
comigo.” Quando mostramos esse<br />
verso a alguém, podemos perguntar-lhe:<br />
“Se alguém batesse em sua<br />
porta, como você faria para que a<br />
pessoa entrasse em sua casa”? Ele<br />
provavelmente responderá: “Bem,<br />
eu abriria a porta”. Então podemos<br />
perguntar: “E então o que faria”? Invariavelmente<br />
ele dirá: “Eu o convidaria<br />
a entrar”.<br />
Isso é muito simples, e a maioria<br />
das pessoas compreenderá o que<br />
tem de fazer para receber a Cristo.<br />
O Senhor Jesus esta batendo a porta<br />
da vida delas. Mas Ele não derrubara<br />
a porta e nem forçará Sua entrada<br />
na vida deles. Eles tem de abrir-lhe<br />
a porta e convidá-Lo a entrar. Eles<br />
podem fazer isto com as próprias palavras,<br />
em oração. E eles tem a Sua<br />
promessa de que Ele entrará e estará<br />
com eles pela eternidade.<br />
Assim, quando uma pessoa recebe<br />
a Cristo, ela O aceita pela fé,<br />
independentemente de pensamentos<br />
naturais ou sentimentos. Ele entra<br />
na vida dela pelo seu espírito, mas<br />
Ele deseja também agir através de<br />
seus pensamentos e sentimentos.<br />
Ele quer que a pessoa se renda totalmente<br />
a Sua lei benigna e desfrute<br />
as bênçãos e benefícios da presença<br />
Dele em todas as áreas da vida.<br />
Tendo recebido a Cristo como<br />
Salvador, o próximo passo e a pratica<br />
externa dessa decisão. Confessar<br />
a Jesus diante dos homens pode não<br />
parecer tão importante quanto os outros<br />
passos na trajetória da salvação.<br />
Mas pode ser uma parte crucial para<br />
manter um novo convertido em comunhão<br />
com o seu recém-encontrado<br />
Salvador.<br />
6. Nós temos de confessá-lO diante<br />
dos homens<br />
Paulo disse: “Se, com a tua boca,<br />
confessares... e, em teu coração,<br />
creres... Porque com o coração se<br />
crê para justiça e com a boca se<br />
confessa a respeito da salvação”<br />
(Rm 10:9,10).<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 37
O próprio Jesus disse: “Portanto,<br />
todo aquele que me confessar diante<br />
dos homens, também eu o confessarei<br />
diante de meu Pai, que esta<br />
nos céus; mas aquele que me negar<br />
diante dos homens, também eu o<br />
negarei diante de meu Pai, que esta<br />
nos céus” (Mt 10:32,33).<br />
Tendo crido em Jesus como Salvador<br />
e Senhor, e óbvio que a necessidade<br />
de reconhecer a Cristo<br />
abertamente e de confessá-lo diante<br />
dos homens e vital e indispensável<br />
ao processo da salvação. A confissão<br />
de uma pessoa sobre esse fato e<br />
freqüentemente um fator definitivo<br />
para que ela sinta uma garantia pessoal<br />
de salvação. Ocasionalmente,<br />
alguns talvez digam: “Eu cri em<br />
Jesus, mas não pareço ter qualquer<br />
garantia”. Então pergunte-lhe: “Você<br />
já confessou sua convicção a alguém”?<br />
A resposta invariavelmente<br />
e “Não”. Nossa palavra nesse caso<br />
deve ser: “Vá e conte a alguém o<br />
que você fez; confesse que você recebeu<br />
a salvação por crer em Cristo”.<br />
Se eles fizerem isso, o resultado<br />
quase sempre será uma garantia<br />
interna.<br />
Nós também deveríamos encorajá-los<br />
fortemente a que começassem<br />
a falar para todos os seus amigos não<br />
salvos sobre receber a Cristo. O jubiloso<br />
entusiasmo deles pode ser uma<br />
ferramenta poderosa para ganhar os<br />
amigos para Cristo. A mudança no<br />
estilo de vida deles será um ponto de<br />
curiosidade e interessará aos amigos<br />
do “velho modo de vida”. Pessoas<br />
desejarão saber o que é isso que tem<br />
mudado o modo de viver do novo<br />
convertido. Nunca é muito cedo para<br />
começar a compartilhar nossa fé<br />
(veja João 4:l-42; Mateus 5:13-<strong>16</strong>;<br />
Filipenses 2:14,15).<br />
E, finalmente, nenhum líder cristão<br />
comprometido e sincero quereria<br />
perder aquele recém-nascido “bebe<br />
em Cristo”. Nós temos de ensinarlhes<br />
como crescer na sua nova vida<br />
com Cristo, para ajudá-los a se firmarem<br />
no Reino de Deus.<br />
7. Nos temos de crescer em Cristo<br />
“Antes, crescei na graça e no conhecimento<br />
de nosso Senhor e Salvador<br />
Jesus Cristo” (2 Pe 3:18).<br />
Como podemos mostrar a um novo convertido, de uma forma simples e clara,<br />
como crescer na sua fé e em seu relacionamento com Cristo? Aqui está um plano<br />
simples baseado na palavra “C-R-E-S-C-E”.<br />
C – Comunique-se com Deus todos os dias em oração (1 Ts 5:17).<br />
R – Realize diariamente a sua leitura bíblica (1 Pe 2:12).<br />
E – Expresse obediência a Deus e a Sua Palavra em sua vida diária (1 Sm 15:22).<br />
S – Some-se a outros crentes em uma igreja local (Hb 10:25; 13:15).<br />
C – Conte a outros sobre sua nova fé em Cristo (Mt 5:13-<strong>16</strong>).<br />
E – Edifique o povo de Deus em sua igreja (Ef 4:<strong>16</strong>).<br />
Esse é um modelo muito simples para o crescimento espiritual pessoal tanto do<br />
novo crente como de alguém mais velho na fé. Poderíamos mostrar muito mais sobre<br />
como crescer, mas se eles fizerem estas coisas diariamente, serão firmados em sua<br />
salvação e em seu viver cristão. ■<br />
você precisa renovar<br />
sua assinatura de atos?<br />
Veja aqui como saber disso:<br />
● Verifique sua etiqueta de endereço no envelope da Revista<br />
ATOS. No topo direito da etiqueta há uma DATA (month/<br />
year) depois da palavra “EXPIR”;<br />
● Se a data está a QUATRO MESES ou MENOS DE QUATRO<br />
MESES da data atual, então está na hora de renovar!<br />
● Você não precisa renovar sua assinatura a cada edição da Revista<br />
ATOS; você só precisa renovar SE sua assinatura de dois<br />
anos estiver vencendo nos próximos quatro meses.<br />
Veja aqui como renovar sua assinatura de dois anos<br />
da Revista ATOS:<br />
● Destaque o Formulário de Renovação da Revista ATOS desta<br />
revista;<br />
● Siga TODAS as instruções do Formulário de Renovação;<br />
● Responda a TODAS as perguntas do Formulário de Renovação<br />
– escreva claramente em letra de fôrma; e,<br />
● Remeta o Formulário de Renovação, sem demora, para o escritório<br />
do World MAP mais próximo de você!<br />
NOTA: A Revista ATOS não é um “curso por correspondência”.<br />
Você não receberá um “certificado” ou “diploma” depois que ler<br />
a Revista ATOS. Nossa esperança e oração é que você receba<br />
algo mais valioso: ensinamento bíblico e treinamento para<br />
o ministério prático! Isto o ajudará a tornar-se mais eficaz no<br />
ensino, no serviço e no testemunho a outros.<br />
A Revista ATOS é enviada, gratuitamente, quatro vezes ao ano.<br />
aos líderes de igreja que a solicitem na Ásia, África, e América<br />
Latina. Esses líderes receberão a Revista ATOS durante dois anos,<br />
e após esse período eles deverão renovar sua assinatura para que<br />
continuem a recebê-la por mais dois anos.<br />
38 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
ao olHarmos a nossa frente...<br />
“... que devo fazer para que seja salvo?” (Atos <strong>16</strong>:30)<br />
“Que faremos, irmãos?” (Atos 2:37)<br />
Esses são os tipos de perguntas que você estará ouvindo ao conduzir pessoas a Cristo.<br />
Você pode responder-lhes como Pedro fez em Atos 2:38:<br />
Arrependei-vos...<br />
Seja batizado...<br />
Recebereis o dom do Espírito Santo”.<br />
Entretanto eles terão mais perguntas:<br />
o que e batismo nas águas?<br />
o que e batismo com o espírito santo?<br />
A próxima edição da Revista ATOS o capacitara também a responder a essas duas<br />
perguntas.<br />
Portanto, aguarde a edição de janeiro. Quando a receber, estude cuidadosamente. Se<br />
você o fizer, adquirira uma compreensão completa da doutrina dos batismos (Hb 6:2 -<br />
RC); e você verá claramente por que essa doutrina, juntamente com a do arrependimento,<br />
formam o ÚNICO FUNDAMENTO no qual uma vida Crista pode ser construída.<br />
e à medida Que vocÊ caminHa...<br />
... desejará manter disponíveis TODAS as edições da Revista ATOS que lhe chegarem,<br />
para estudo e consulta contínuos, a fim de estabelecer um fundamento bíblico firme<br />
para sua vida pessoal, sua vida familiar, e sua eficácia como líder de igreja.<br />
A edição de abril o equipará e o inspirará a construir, sobre um fundamento bíblico<br />
firme, uma vida de constante triunfo em Cristo (2 Co 2:14).<br />
A Revista ATOS de julho lhe mostrara como construir igrejas crescentes – à maneira do<br />
Novo Testamento.<br />
E a edição de outubro lhe dará um alicerce firme em fundamentação bíblica<br />
doutrinária, para construir e manter um matrimônio e uma vida familiar que glorificarão a<br />
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 39
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três anos compilando, editorando, e preparando este material, o qual<br />
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40 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001