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volume 16

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outubro / novembro / dezembro 2001<br />

<strong>volume</strong> <strong>16</strong> / número 4<br />

edIÇÃo PortuGuÊS<br />

ATOS<br />

SALVAÇÃO<br />

PARE! Antes de você ler esta revista, por favor, olhe para a etiqueta de endereços de seu envelope.<br />

No topo esquerdo de sua etiqueta está o seu número de Atos.<br />

Por favor, escreva esse número aqui.<br />

pppppp<br />

No topo direito de sua etiqueta, depois<br />

da palavra “EXPIR”, está sua data de<br />

vencimento da assinatura da Revista<br />

Atos. (month/year).<br />

Por favor, escreva essa<br />

data aqui:<br />

__________ / __________<br />

mês ano<br />

Você deverá dar esta informação cada vez que escrever ao World MAP, ou quando preencher<br />

seu Formulário de Renovação ou solicitação do livro O Cajado do Pastor.


edIÇÃo PortuGuÊS<br />

<strong>volume</strong> <strong>16</strong> / número 4<br />

ATOS<br />

Índice<br />

SALVAÇÃO<br />

1. NOSSA NECESSIDADE<br />

DE SALVAÇÃO .................................. 4<br />

2. O DOM DE DEUS –<br />

A SALVAÇÃO ................................... 11<br />

3. FEITO LIVRE ATRAVÉS<br />

DA SALVAÇÃO ................................ <strong>16</strong><br />

4. ENVIADO PARA<br />

SALVAÇÃO ....................................... 26<br />

Arrependa-se! ........................................... 28<br />

Definições .................................................. 32<br />

Como Conduzir Alguém a Cristo ........... 35<br />

Diretor Responsável ..................... Ralph Mahoney<br />

Diretores ........................... Frank & Wendy Parrish<br />

Diretores Administrativos<br />

África ................................. Loreen Newington<br />

Índia ................................................. Bill Scott<br />

Internacional ............................. Gayla Dease<br />

Artes Gráficas .... Dennis McLain & Vander Santos<br />

Tradutor Vander Santos<br />

Revisora Rita Leite<br />

Leitora de Provas ....................... Maura Ocampos<br />

Impressao Gráfica ................. Editora Betânia S/C<br />

VISÃO E MISSÃO<br />

Como um ministério ao Corpo de Cristo, o<br />

World MAP existe para:<br />

1. Fornecer aos lideres de igrejas nos países<br />

da Ásia, África e América Latino um<br />

treinamento pratico que os torne eficazes<br />

ministros do Evangelho.<br />

2. Compartilhar com os crentes das na-coes<br />

ocidentais as vitórias e as tribulações de<br />

obreiros de igrejas nacionais, a fim de<br />

que a Igreja: Ore mais fervorosamente e<br />

de mais sacrificialmente para abençoar<br />

e desenvolver a obra dos que servem nas<br />

linhas de frente do evangelismo.<br />

ATOS, no original, (ISSN 0744-1789) e publicada<br />

a cada três meses pelo “World MAP”,<br />

1419 N. San Fernando Blvd., Burbank, CA<br />

91504, EUA. Toda correspondência deve ser<br />

dirigida para o endereço acima ou para Caixa<br />

Postal 5053,3<strong>16</strong>11-970 Venda Nova, MG, Brasil/<br />

P.O. Box 4142, Manilha, Filipinas/P.O. Box 492,<br />

White River 1240, Transvaal, África do Sul/ Post<br />

Bag 459, 18, Khader Nawazkhan Road, Madras<br />

600.006, Índia.<br />

SR. AGENTE POSTAL: Favor enviar as mudanças<br />

de endereço para “World MAP”, Caixa<br />

Postal 5053,3<strong>16</strong>11 -970 Venda Nova, MG, Brasil.<br />

Todas as passagens das Escrituras serão<br />

da Bíblia Sagrada, traduzida em português por<br />

João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do<br />

Brasil – 1981, a menos que outra fonte seja indicada.<br />

SALVAÇÃO<br />

A Luz do evangelho<br />

“O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos<br />

que viviam na região e sombra da morte<br />

resplandeceu-lhes a luz” (Mt 4:<strong>16</strong>).<br />

“... de graça recebestes...”<br />

Sim, querido amigo, como o evangelista nos assegura, uma luz resplandeceu<br />

neste mundo mergulhado em trevas por causa do pecado. E a<br />

“luz do evangelho” (2 Co 4:4) – o glorioso Evangelho da Salvação em<br />

Cristo Jesus, que e a “verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a<br />

todo homem” (Jo 1:9).<br />

Esta Salvação e o dom gratuito de Deus – para você, para mim, e<br />

para qualquer um, em qualquer lugar do mundo, que aceitar esse dom.<br />

Esta determinado que todos os que jazem nas trevas do pecado e na<br />

“sombra da morte” – que e a penalidade pelo pecado – podem ter “a<br />

luz da vida” (Jo 8:12) e a “vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”<br />

(Rm 6:23).<br />

“... de graça dai” (Mt 10:8).<br />

Para serem salvos, eles têm que crer em Cristo. Mas antes disso eles<br />

precisam entender que carecem da salvação; que estão perdidos em<br />

seus pecados, condenados a uma eternidade no inferno, se Cristonãose<br />

tornar, para eles, o seu Salvador pessoal. Eles devem ser informados<br />

de que Deus lhes oferece salvação em Cristo e têm de saber o que esta<br />

salvação fará por eles. Finalmente, eles devem ser encorajados – e treinados<br />

– a falar a outros sobre a salvação.<br />

Você, querido líder de igreja, recebeu este presente inestimável que<br />

e a salvação. Oramos com fervor para que este assunto abordado na<br />

Revista de ATOS faça com que se lembre do que a salvação em Cristo<br />

fez por você, e o inspire – e o prepare – para fazer aos outros o que<br />

alguém fez por você, quando ainda “jazia em trevas”. Nossa oração e<br />

no sentido de que você compartilhe as Boas Novas de salvação com<br />

aqueles quenãoouviram sobre isto, desempenhando, assim, o vital papel<br />

de fazer resplandecer “a luz do evangelho” em todo o mundo.<br />

2 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


Introdução<br />

o PLAno de deuS PArA A SALvAÇÃo<br />

FeIto AnteS dA FundAÇÃo do mundo<br />

A LUZ RAIOU!<br />

Você sabe o quanto somos preciosos<br />

para Deus?<br />

Somos tão preciosos que nosso<br />

Pai divino planejou nossa salvação<br />

antes mesmo de criar os céus e a<br />

terra!<br />

Deus nos “escolheu... antes da<br />

fundação do mundo” (Ef 1:4).<br />

Ele escreveu nosso nome no<br />

Livro da Vida desde a fundação do<br />

mundo (Ap 17:8).<br />

O Cordeiro de Deus, Jesus Cristo,<br />

foi “morto” (em outras palavras,<br />

Deus planejou a Sua morte sacrificial<br />

como pagamento pelos nossos<br />

pecados) “desde a fundação do<br />

mundo” (Ap 13:8).<br />

Antes mesmo que Deus dissesse,<br />

“Haja luz” (Gn 1:3), Ele planejou o<br />

dia em que a luz do Evangelho resplandeceria<br />

em nosso coração.<br />

RESERVADO PARA VOCÊ...<br />

Você é tão precioso para Deus<br />

que Ele lhe revelou, nas paginas da<br />

Bíblia, o que não revelou completamente<br />

aos profetas do Velho Testamento<br />

ou ate mesmo aos anjos.<br />

Deus revelou parcialmente o seu<br />

plano de salvação à humanidade<br />

através dos profetas e anjos. E os<br />

profetas e anjos desejaram saber o<br />

que você já sabe, se estudou diligentemente<br />

o que a Bíblia diz sobre o<br />

plano de salvação de Deus:<br />

“Foi a respeito desta salvação<br />

que os profetas indagaram e inquiriram,<br />

os quais profetizaram acerca<br />

da graça a vós outros destinada,<br />

investigando, atentamente, qual a<br />

ocasião ou quais as circunstâncias<br />

oportunas, indicadas pelo Espírito<br />

de Cristo, que neles estava, ao dar<br />

de antemão testemunho sobre os sofrimentos<br />

referentes a Cristo e sobre<br />

as glórias que os seguiriam.<br />

“A eles foi revelado que, não<br />

para si mesmos, mas para vós outros,<br />

ministravam as coisas que,<br />

agora, vos foram anunciadas<br />

por aqueles que, pelo Espírito<br />

Santo enviado do céu, vos<br />

pregaram o evangelho, coisas<br />

essas que anjos anelam<br />

perscrutar” (1 Pe 1:10-12<br />

– veja também Efésios 3:8-<br />

10). Você deveria desejar<br />

conhecer mais sobre o que<br />

as Escrituras revelam a respeito<br />

do plano de salvação<br />

que Deus lhe reservou...<br />

...E PARA TODOS QUE<br />

VIESSEM A CRER<br />

Mas como eles crerão se não<br />

ouviram? E como ouvirão sem um<br />

pregador para lhes falar que eles<br />

também são tão preciosos para<br />

Deus que o Senhor planejou a salvação<br />

deles? (Veja Romanos 10:14.)<br />

Este é o lugar onde você se encaixa<br />

no plano de salvação elaborado<br />

por Deus: você é o pregador. Multidões<br />

aindanãotêm ouvido as Boas<br />

Novas de Salvação em Cristo Jesus.<br />

Cabe a você falar-lhes, prepará-los<br />

e inspirá-los a contar a outros (veja<br />

2 Timóteo 2:2).<br />

É verdade, querido amigo. Você<br />

e tão precioso para Deus que “antes<br />

da fundação do mundo” Ele o “chamou<br />

com santa vocação” (2 Tm<br />

1:9), a fim de revelar o Seu plano<br />

de salvação àqueles que aindanãoo<br />

ouviram. Assim, a luz do Evangelho<br />

resplandecerá sobre um mundo que<br />

jaz nas trevas do pecado. ■<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 3


SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />

1<br />

noSSA neCeSSIdAde de SALvAÇÃo<br />

● DEUS PERMITE O LIVRE-<br />

ArbÍtrIo<br />

● SATANÁS ESCOLHEU SE<br />

rebeLAr<br />

● ADÃO ESCOLHEU PECAR<br />

● NÓS HERDAMOS O<br />

PeCAdo de AdÃo<br />

● A PENALIDADE PELO<br />

PeCAdo É A morte<br />

deuS PermIte o<br />

LIVRE-ARBÍTRIO<br />

Amar Deve Ser Uma Escolha<br />

Era o desejo do Pai que o homem<br />

O amasse, honrasse e obedecesse em<br />

todas as coisas. Deus queria que o homem<br />

buscasse a Sua vontade e Seu<br />

propósito para a sua vida. O Pai desejava<br />

que o homem confiasse nEle e<br />

compartilhasse do Seu grande amor,<br />

sabedoria e poder. Ele almejava que<br />

o homem recebesse e retribuísse<br />

Seu amor – assim como o Pai e o Filho<br />

amam um ao outro (João 17:23).<br />

Deus criou o homem com este propósito<br />

– compartilhar e desfrutar amor,<br />

graça, sabedoria, beleza e glória.<br />

Contudo o amor, por sua própria<br />

natureza, deve ser dado livremente.<br />

nãopode ser forçado.nãopodemos<br />

fazer com que alguém ame a outro,<br />

nem forçar uma pessoa a isso.<br />

O mesmo se aplica a prestar honra,<br />

respeito e adoração. Adoração<br />

tem a ver com “valor”. Nós amamos,<br />

honramos e respeitamos o que<br />

nos é de grande valor ou “preço”.<br />

Isso significa que esse amor re-<br />

quer uma livre escolha. Adoração<br />

também demanda uma livre escolha.<br />

Nós escolhemos amar e adorar o que<br />

nos sentimos ser de grande valor.<br />

Escolha Envolve Risco<br />

Deus é soberano. Ele tem total<br />

liberdade para escolher os seus<br />

desejos e realizá-los. Ele sempre<br />

escolhe o que é certo, bom e<br />

santo. Ele escolheu criar o<br />

homem à sua própria imagem<br />

para que este pudesse<br />

conhecer e experimentar o<br />

Seu amor e, assim, retribuí-lo<br />

a Deus.<br />

Isso significa dar ao<br />

homem livre-arbítrio.<br />

Com o poder de amar<br />

veio o direito de escolher.<br />

Por causa de seu<br />

livre-arbítrio, o homem<br />

poderia escolher amar,<br />

adorar e honrar a Deus.<br />

Quando Deus criou o<br />

homem, deu-lhe a liber-<br />

dade de escolha. Contudo, isso implicava<br />

em grande risco. Significava<br />

que o homem poderia escolher o<br />

bem ou o mal – o certo ou o errado.<br />

Ele poderia escolher o que quisesse!<br />

Ele escolheria baseado no que<br />

pensasse ser bom, verdadeiro e válido.<br />

Nossa vida é centrada em nossos<br />

valores. Amamos, honramos e<br />

respeitamos tudo que sentimos<br />

ser de valor para nós. A questãonão<br />

é “se” vamos adorar,<br />

mas “o que” vamos adorar.<br />

E todo mundo – até certo<br />

ponto, de uma forma ou<br />

outra – adora!<br />

Deus criou o homem<br />

para O adorar. Ao adorar<br />

a Deus o homem expressaria<br />

seu amor, fé e<br />

obediência.nãouma servidão<br />

humilhante, mas<br />

uma obediência repleta<br />

de alegria e confiança,<br />

crendo no amor de Deus<br />

Nós somos livres para escolher o caminho que vamos<br />

seguir: aceitar a Jesus... ou não aceitar a Jesus.<br />

4 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


e seu desejo de fazer o melhor para<br />

nós.<br />

É verdade que nós servimos, obedecemos,<br />

e nos tornamos semelhantes<br />

àquele a quem adoramos. O que<br />

nós adoramos determinara nosso<br />

caráter e nossa conduta – nossas atitudes<br />

e nossas ações. Isto e verdade<br />

tanto negativa (Sl 115:4-8; Is 44:9-<br />

20) como positivamente (2 Co 3:18).<br />

Não admira que Jesus tenha dito:<br />

“buscai, pois, em primeiro lugar, o<br />

seu reino (de Deus)”; pois ao fazermos<br />

isto, tudo se encaixara em seu<br />

devido lugar (veja Mateus 6:33).<br />

Deus permitiu ao homem fazer<br />

sua escolha de adoração obediente,<br />

colocando duas arvores especiais no<br />

Jardim do Éden. Uma foi chamada<br />

de “árvore da vida” (Gn 3:22). A<br />

outra árvore foi chamada de “árvore<br />

de morte”. A esta Deus denominou<br />

“árvore do conhecimento do bem e<br />

do mal” (Gn 2:17). O homem foi<br />

advertido de que não poderia comer<br />

daquela árvore. Ele não deveria fixar<br />

padrões de bem e mal – certo e errado<br />

– para a sua vida independentemente<br />

da sabedoria de Deus: “Há<br />

caminho que ao homem parece direito,<br />

mas ao cabo da em caminhos<br />

de morte” (Pv 14:12).<br />

SATANÁS ESCOLHEU<br />

Se rebeLAr<br />

Expulso do Céu<br />

Satanás, em forma de uma graciosa<br />

serpente, entra em cena. Ele e<br />

astuto nos caminhos do mal e há um<br />

mau propósito em seu coração. De<br />

onde ele veio? Por que ele se encontra<br />

ali? O que estará buscando e o que<br />

pretende fazer? Voltemos novamente<br />

as Escrituras e vejamos as respostas.<br />

Às vezes a Bíblia usa exemplos<br />

terrenos e pessoas para nos ensinar a<br />

respeito das coisas divinas e espirituais.<br />

O profeta Ezequiel nos fala de<br />

um certo rei de Tiro que era muito<br />

mau. Em Ezequiel 28:11-19, o julgamento<br />

de Deus e dirigido ao Rei de<br />

Tiro. Porém, há muitos estudiosos<br />

da Bíblia que vêem nesta passagem<br />

(e em Isaías 14:12-15) uma descrição<br />

da queda de Satanás. Essa foi<br />

uma visão defendida por vários Pais<br />

da Igreja do 4. o século D.C. Uma<br />

leitura cuidadosa dessa passagem<br />

de Ezequiel revela várias descrições<br />

extremas, difíceis de se atribuir ao<br />

Rei de Tiro (veja especial-mente<br />

Ezequiel 28:13-15).<br />

“Tu és o sinete da perfeição,<br />

cheio de sabedoria e formosura.<br />

Estavas no Éden, jardim de Deus;<br />

de todas as pedras preciosas te cobrias:<br />

o sárdio, o topázio, o diamante,<br />

o berilo, o ônix, o jaspe, a safira,<br />

o carbúnculo e a esmeralda; de ouro<br />

se te fizeram os engastes e os ornamentos;<br />

no dia em que foste criado,<br />

foram eles preparados.<br />

“Tu eras querubim da guarda<br />

ungido, e te estabeleci; permanecias<br />

no monte santo de Deus, no brilho<br />

das pedras andavas. Perfeito eras<br />

nos teus caminhos, desde o dia em<br />

que foste criado até que se achou<br />

iniqüidade em ti.<br />

“Na multiplicação do teu comércio,<br />

se encheu o teu interior de violência,<br />

e pecaste; pelo que te lançarei,<br />

profanado, fora do monte de<br />

Deus e te farei perecer, ó querubim<br />

da guarda, em meio ao brilho das pedras.<br />

“Elevou-se o teu coração por<br />

causa da tua formosura, corrompeste<br />

a tua sabedoria por causa do<br />

teu resplendor; lancei-te por terra,<br />

diante dos reis te pus, para que te<br />

contemplem.<br />

“Pela multidão das tuas iniqüidades,<br />

pela injustiça do teu comercio,<br />

profanaste os teus santuários; eu,<br />

pois, fiz sair do meio de ti um fogo,<br />

que te consumiu, e te reduzi a cinzas<br />

sobre a terra, aos olhos de todos os<br />

que te contemplam” (Ez 28:12-18).<br />

O mesmo tipo de quadro e pintado<br />

pelo profeta Isaías. Com palavras<br />

fortes, ele revela o mau caráter<br />

do malvado rei da Babilônia. Novamente,<br />

estes versos tem uma dupla<br />

aplicação. Neles o profeta nos mostra<br />

a imagem maligna de Satanás.<br />

“Como caíste do céu, ó estrela<br />

da manhã, filho da alva! Como foste<br />

lançado por terra, tu que debilitavas<br />

as nações! Tu dizias no teu coração:<br />

Eu subirei ao céu; acima das estrelas<br />

de Deus exaltarei o meu trono e<br />

no monte da congregação me assentarei,<br />

nas extremidades do Norte;<br />

subirei acima das mais altas nuvens<br />

e serei semelhante ao Altíssimo.<br />

Contudo, serás precipitado para o<br />

reino dos mortos, no mais profundo<br />

do abismo” (Is 14:12-15).<br />

Cinco vezes Satanás contrapõe a<br />

“vontade de Deus” a “sua vontade”.<br />

Cinco vezes Satanás declara a própria<br />

vontade em oposição a vontade<br />

de Deus (v.13-14). Podemos ver<br />

claramente o orgulho de Satanás e<br />

sua rebelião contra Deus. Satanás<br />

desejou (e ainda deseja) substituir<br />

a lei soberana de Deus pela sua lei.<br />

Ele também quer agir independentemente<br />

do Deus Altíssimo. Satanás<br />

convida, tenta, intimida e engana os<br />

homens, induzindo-os a cometer o<br />

pecado da auto-exaltação e da independência<br />

egoísta. Parece que<br />

Satanás, antes de sua queda – bem<br />

como todos os outros seres angelicais<br />

– foi criado originalmente com<br />

a capacidade para amar, honrar, adorar<br />

e servir a Deus. Como dissemos,<br />

criar os seres com liberdade de escolha<br />

implicava em grande risco. Há o<br />

perigo de rebelião.<br />

Os resultados dessas escolhas erradas<br />

podem ser trágicos. A rejeição<br />

do amor de Deus, da verdade e da<br />

bondade divinas implica colher os<br />

resultados do ódio, do erro e da maldade.<br />

Rejeitar um e escolher o outro.<br />

E como quando lançamos uma moeda<br />

– um lado ou o outro fica para<br />

cima. Lamentavelmente Satanás fez<br />

a escolha errada!<br />

Em Ezequiel e Isaías as Escrituras<br />

parecem mostrar que Satanás foi<br />

criado por Deus com um propósito<br />

elevado e nobre. Ele era perfeito em<br />

beleza e sabedoria. Recebera grande<br />

poder e autoridade.<br />

Os querubins no Livro de Apocalipse<br />

são relacionados a adorarão<br />

divina. É possível que Satanás, por<br />

um tempo,não só governou as hostes<br />

celestiais como “querubim da guarda<br />

ungido” (Ez 28:14) – o que indica<br />

um alto posto com autoridade e responsabilidade.<br />

Ele também os conduziu<br />

na adoração a Deus. Ezequiel<br />

28:13 parece indicar isso, quando se<br />

refere a instrumento musical incluído<br />

na criação de Lúcifer (Satanás) – de<br />

acordo com a versão Revista e Corrigida.<br />

Muitos vêem isto como apoio<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 5


à idéia de que um dos deveres de Lúcifer<br />

era conduzir as hostes celestiais<br />

em adoração do Supremo. Ele tinha<br />

o dever e a responsabilidade de guardar<br />

o santo testamento e a palavra de<br />

Deus e honrar ao Senhor de todas as<br />

formas. Parece que ele era o “superintendente”<br />

das hostes celestiais.<br />

O Orgulho de Satanás<br />

Por causa de sua beleza e de sua<br />

posição, o orgulho entrou no coração<br />

de Satanás (Ez 28:15,17). Paulo,<br />

ao listar as qualificações de um<br />

bispo, adverte sobre orgulho, e usa<br />

Satanás como exemplo:<br />

“...não seja neófito, para não suceder<br />

que se ensoberbeça e incorra<br />

na condenação do diabo” (1 Tm<br />

3:2-6).<br />

O céu e santo e perfeito. Logo,<br />

o pecado de Satanás só poderia ter<br />

surgido do seu próprio coração. O<br />

orgulho e o desejo de possuir poder<br />

precipitaram a sua queda. Ele achou<br />

mais prazer na própria beleza do que<br />

na glória de Deus. Ele se exaltou aos<br />

próprios olhos e buscou a honra e o<br />

poder que só pertencem a Deus.<br />

Satanás quis a adoração do céu e<br />

a autoridade do trono de Deus. Ele<br />

estava disposto a se rebelar contra<br />

o Deus Altíssimo para adquirir isto.<br />

Lamentavelmente, um grande numero<br />

das hostes angelicais uniu-se a<br />

Satanás em sua rebelião (veja 2 Pedro<br />

2:4; Judas 6).<br />

Talvez alguém desejasse saber<br />

por que Satanás e suas hostes pensaram<br />

que poderiam ter sucesso na<br />

rebelião contra Deus. A Bíblia afirma<br />

até mesmo que ele era “cheio de<br />

sabedoria” (Ez 28:12).<br />

Contudo, como vimos, há uma<br />

“cegueira” e um auto-engano no orgulho.<br />

Quando centramos tudo em<br />

nós mesmos, fica difícil “ver” além<br />

de nós. É engano crer que algo está<br />

certo quando está errado – que algo<br />

é bom quando de fato é mau!<br />

Com o orgulho vem o engano.<br />

Satanás estava verdadeiramente enganado.<br />

Ele era muito inteligente<br />

para tentar algo que fosse claramente<br />

condenado ao fracasso. Mas ele<br />

realmente pensou que ganharia!<br />

Aquele que facilmente engana<br />

outros esta sujeito a ser enganado.<br />

Ele estará muito seguro de que está<br />

certo e parece ser muito sincero.<br />

Certeza e sinceridade não são sinais<br />

confiáveis de que alguém esteja certo.<br />

É possível ser totalmente sincero<br />

mas verdadeiramente errado!<br />

O Auto-Engano de Satanás<br />

Pode ter havido várias razões<br />

pelas quais Satanás e suas hostes<br />

acreditassem que poderiam ganhar.<br />

Ninguém nunca tinha desobedecido<br />

a Deus antes. O poder de Deus bem<br />

como Sua autoridade nunca tinham<br />

sido testados. Os resultados de uma<br />

rebelião nunca tinham sido vistos. A<br />

morte era desconhecida. Além disso,<br />

essa foi a primeira vez que os poderes<br />

do bem e do mal entraram em<br />

conflito um com o outro. A batalha<br />

das eras estava a ponto de começar!<br />

Ao contrário de Deus, Satanás<br />

Foi o orgulho de Satanás<br />

que o fez ser expulso<br />

do Céu!<br />

não era “onisciente” – conhecedor<br />

de todas as coisas. Como um ser<br />

criado, toda informação que ele tinha<br />

era a palavra de Deus. Ele não<br />

sabia realmente o quanto poderia ser<br />

poderoso ou importante.<br />

Com o orgulho vem o engano. E<br />

com o engano vem a dúvida. Satanás<br />

duvidou da palavra de Deus, e, como<br />

resultado, decidiu desobedecê-la.<br />

Os elos da cadeia do mal podiam<br />

ser vistos agora claramente:<br />

ORGULHO – AUTO-ENGANO –<br />

REBELIÃO – DESOBEDIÊNCIA.<br />

O ultimo elo era desconhecido e imprevisto<br />

– o elo da MORTE!<br />

Satanás também pode ter pensado<br />

que tinha achado uma fraqueza<br />

no plano divino. Uma avaliação<br />

bíblica parece mostrar que Deus<br />

escolheu alcançar seu propósito na<br />

criação através de criaturas com<br />

6 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


livre-arbítrio. Os anjos, e depois o<br />

homem, foram feitos com liberdade<br />

de escolha.<br />

Como foi dito antes, isso implicava<br />

grande risco. Havia o perigo<br />

de escolhas erradas e os resultados<br />

que se seguiriam. Deus previu aquela<br />

possibilidade, mas descansou em<br />

seu conhecimento de que no fim:<br />

O BEM superaria o MAL<br />

O AMOR superaria o ÓDIO<br />

A LUZ superaria as TREVAS<br />

A VERDADE superaria a MENTIRA<br />

O DIREITO superaria o ERRO<br />

O Ciúme de Satanás<br />

Além disso, as nobres qualidades<br />

do caráter de Deus seriam expressas<br />

por aqueles que escolhessem amar,<br />

honrar e obedecer a Ele.<br />

No céu isso seria alcançado pelos<br />

anjos que escolhessem permanecer<br />

leais ao seu Criador.<br />

Na terra isto ocorreria através de<br />

uma família real de filhos e filhas<br />

amados. O “Primogênito” daquela<br />

família seria o próprio Senhor Jesus.<br />

É possível que Satanás tenha tido<br />

ciúmes do amor, da honra e da<br />

adoração que as hostes celestiais<br />

prestavam a Deus. A rebelião de Satanás<br />

era uma tentativa de tomar o<br />

lugar de Deus e receber a adoração<br />

que pertencia a Ele. O diabo ofereceu<br />

a Jesus os rei-nos deste mundo<br />

– numa tentativa para conseguir que<br />

Jesus o adorasse no deserto (veja<br />

Lucas 4:5-8). Este incidente mostra<br />

que o diabo deseja a adoração que só<br />

a Deus pertence.<br />

Opondo-se a Deus, Satanás alinhou<br />

as fileiras de batalha para o<br />

conflito de longas eras entre o bem<br />

e o mal.<br />

As Escrituras mostram que Satanás<br />

não alcançou vitória no céu. Ele<br />

e suas hostes de anjos caídos foram<br />

expulsos. Contudo, mais tarde, eles<br />

tentariam ganhar na terra – no Jardim<br />

do Éden – o que perderam no<br />

céu.<br />

ADÃO ESCOLHEU PECAR<br />

Satanás Entra no Mundo<br />

Como já vimos, há um grande an-<br />

seio no coração de nosso Pai celestial.<br />

E o desejo de estabelecer uma<br />

família através da qual o caráter, a<br />

autoridade e o poder de Seu Filho<br />

possam ser revelados. Por isso, Deus<br />

fez o primeiro homem e a primeira<br />

mulher e lhes disse que fossem os<br />

mordomos, os guardiões da terra – e<br />

a enchessem, formando uma família<br />

de filhos amorosos que fossem leais<br />

a Ele.<br />

E a essa terra e aquela família,<br />

então, que Satanás vem agora. A batalha<br />

que começou no céu alcança<br />

agora a nova criação de Deus. Satanás<br />

busca roubar da primeira família<br />

terrestre a herança que lhes foi dada,<br />

tentando-os para que cometessem o<br />

mesmo pecado que causou a queda<br />

dele das alturas celestiais - orgulho e<br />

rebelião!<br />

Ele se aproxima deles na forma<br />

de uma sagaz e linda serpente. Ele<br />

não pode dominá-los, pois Deus lhes<br />

dera autoridade sobre todas as criaturas<br />

da terra. Ele tem apenas um<br />

modo de enredá-los para o seu maléfico<br />

propósito – o engano! Agora<br />

nós podemos entender por que Jesus<br />

chamou Satanás de “pai da mentira”<br />

(veja João 8:44).<br />

O apóstolo Paulo refere-se a esse<br />

engano em sua segunda carta a<br />

Igreja de Corinto. Atentemos para<br />

suas palavras de advertência: “Mas<br />

receio que, assim como a serpente<br />

enganou a Eva com a sua astúcia,<br />

assim também seja corrompida a<br />

vossa mente e se aparte da simplicidade<br />

e pureza devidas a Cristo” (2<br />

Co 11:3).<br />

Sim, Satanás usou mentiras e<br />

confusão para enganar e confundir o<br />

entendimento deles quanta aos mandamentos<br />

simples de Deus. Você se<br />

recorda de que Deus lhes tinha dito<br />

que não comessem daquela árvore.<br />

Veja-mos novamente as palavras de<br />

advertência de Deus: “... De toda arvore<br />

do jardim comerás livremente,<br />

mas da arvore do conhecimento do<br />

bem e do mal não comerás; porque,<br />

no dia em que dela comeres, certamente<br />

morrereis” (Gn 2:<strong>16</strong>,17).<br />

Satanás Engana Eva<br />

Satanás, agora, começa a formar<br />

seus laços de maldade: orgulho –<br />

engano – dúvida – desobediência<br />

– morte. Vamos estudar cada elo da<br />

cadeia conforme e apresentado no<br />

próprio registro bíblico:<br />

“Mas a serpente, mais sagaz que<br />

todos os animais selváticos que o<br />

SENHOR Deus tinha feito, disse a<br />

mulher: E assim que Deus disse: não<br />

comereis de toda árvore do jardim?<br />

“Respondeu-lhe a mulher: Do<br />

fruto das árvores do jardim podemos<br />

comer, mas do fruto da árvore<br />

que está no meio do jardim, disse<br />

Deus: Dele não comereis, nem tocareis<br />

nele, para que não morrais.<br />

“Então, a serpente disse a mulher:<br />

E certo que não morrereis.<br />

Porque Deus sabe que no dia em<br />

que dele comerdes se vos abrirão os<br />

olhos e, como Deus, sereis conhecedores<br />

do bem e do mal (Gn 3:1-5).<br />

Satanás lhes falou que o fruto da<br />

arvore do conhecimento do bem e<br />

do mal não era algo que eles deviam<br />

temer, mas, sim, verdadeiramente<br />

desejar. Ele lhes afirmou que, em<br />

vez de morrer como Deus tinha dito,<br />

eles realmente começariam a viver.<br />

Na realidade, de acordo com Satanás,<br />

eles se tornariam como Deus,<br />

e poderiam decidir o que era bom<br />

e mal – certo e errado – para eles.<br />

Eles não precisariam de Deus para<br />

dirigir a vida deles. Eles se conheceriam,<br />

governariam a si mesmos, e<br />

poderiam se tomar os melhores – tudo<br />

por eles mesmos. Então o reino,<br />

o poder e a gloria seriam deles somente!<br />

Se Deus realmente os amasse,<br />

Ele mesmo lhes teria dito isso.<br />

E fácil ver como Satanás primeiramente<br />

lançou as sementes do orgulho<br />

e do desejo egoísta. Então ele<br />

os induziu a duvidar de Deus. Ele<br />

conseguiu que eles duvidassem da<br />

Palavra de Deus, do amor de Deus, e<br />

de Seu poder e autoridade. A duvida<br />

os conduziu a desobediência – e a<br />

desobediência, a morte!<br />

O que Adão Perdeu<br />

“Vendo a mulher que a árvore<br />

era boa para se comer, agradável<br />

aos olhos e árvore desejável para<br />

dar entendimento, tomou-lhe do fruto<br />

e comeu e deu também ao marido,<br />

e ele comeu” (Gn 3:6).<br />

Lamentavelmente, a mentira fun-<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 7


cionou. Quando a mulher aceitou o<br />

engano, acreditando nas mentiras de<br />

Satanás, ela desobedeceu. Então ficou<br />

sujeita ao julgamento que Deus<br />

havia prometido. Embora Adão não<br />

tenha sido enganado, ele escolheu<br />

pecar, submetendo-se, assim, a lei<br />

de Satanás. Deus havia criado o homem<br />

originalmente para ser mordomo<br />

sobre a terra, para governa-la<br />

e cuidar dela. Mas como o homem<br />

desobedeceu a Deus, sujeitando-se<br />

as mentiras de Satanás, tudo isso foi<br />

mudado. A partir de então o domínio<br />

do homem foi entregue a Serpente<br />

(Apocalipse 12:9 mostra que o tentador<br />

no Jardim era Satanás em forma<br />

de serpente). O governo de nosso<br />

mundo, originalmente delegado ao<br />

homem, caiu nas mãos de Satanás.<br />

Satanás foi rápido em tomar o cetro<br />

– o bastão real para reinar – nas próprias<br />

mãos. Satanás assumiu a autoridade<br />

que tinha sido dada ao homem.<br />

Este colocou-se debaixo da autoridade<br />

do reino das trevas e da morte.<br />

Era como se uma tragédia infinita<br />

tivesse começado. For causa de seu<br />

pecado e de sua desobediência, o homem<br />

perdeu muitas coisas:<br />

1. Ele perdeu sua comunhão como<br />

um filho amado.<br />

2. Ele perdeu a cobertura divina<br />

e a autoridade outorgada por<br />

Deus.<br />

3. Ele perdeu a beleza da imagem<br />

de Deus em sua vida.<br />

4. Ele perdeu seu lugar no piano<br />

de Deus.<br />

5. Ele perdeu a própria vida – espírito,<br />

alma e corpo.<br />

NÓS HERDAMOS O<br />

PeCAdo de AdÃo<br />

Por que Nós Pecamos?<br />

Então, o primeiro problema que<br />

temos de resolver para que possamos<br />

ser salvos, e a questão do pecado.<br />

É nosso pecado que nos separa<br />

da santa vontade de Deus e de seu<br />

propósito para nossa vida. Se quisermos<br />

compreender a grandeza de<br />

nossa salvação temos de entender<br />

por que somos pecadores e por<br />

que pecamos.<br />

Isso levanta duas questões importantes:<br />

1. Nos somos pecadores porque pecamos?<br />

2. Ou, nos pecamos porque somos pecadores?<br />

Os teólogos e estudiosos da Bíblia<br />

tem debatido estas questões<br />

durante séculos. No entanto uma<br />

questão tão importante deveria ser<br />

respondida claramente na Bíblia.<br />

O Pecado Entrou no Mundo<br />

por um Homem<br />

Encontramos a chave para entender<br />

a relação entre pecado e<br />

pecador em Romanos, capitulo 5.<br />

Paulo fala sobre a origem do pecado<br />

e como isso afeta cada um de<br />

nos. Observemos suas palavras em<br />

Romanos 5:12: “Portanto, assim<br />

como por um só homem entrou o<br />

pecado no mundo, e pelo pecado,<br />

a morte, assim também a morte<br />

passou a todos os homens, porque<br />

todos pecaram.” A palavra “mundo”<br />

e a mesma usada em João 3:<strong>16</strong>:<br />

“Por que Deus amou ao mundo...”<br />

Vem do termo grego original kosmos,<br />

e se refere a raça humana.<br />

Paulo esta dizendo que, como cabeça<br />

da raça humana, Adão, ao pecar,<br />

contaminou todo o gênero humano.<br />

A conseqüência dessa terrível<br />

contaminação através do pecado foi<br />

a morte espiritual e física.<br />

Paulo explica esta verdade da<br />

seguinte forma. No período entre<br />

Adão e Moisés ninguém foi julgado<br />

culpado pelos próprios pecados, pois<br />

a lei não tinha ainda sido instituída.<br />

No entanto, eles morreram. Portanto,<br />

essa morte não pode ser atribuída<br />

diretamente aos pecados deles, pois<br />

não havia nenhuma lei para estabelecer<br />

essa sentença.<br />

Assim, Paulo argumenta, a morte<br />

nesse período deveria ter sido<br />

creditada ao pecado de Adão. Estávamos<br />

“em Adão” quando ele desobedeceu<br />

a Deus. Então, nos sofremos<br />

a penalidade daquele pecado<br />

porque nos somos os membros da<br />

raça adâmica (os descendentes de<br />

Adão) (Sl 51:5).<br />

Aqui temos os fatos nas próprias<br />

palavras de Paulo: “Porque até ao<br />

regime da lei havia pecado no mundo,<br />

mas o pecado não é levado em<br />

conta quando não há lei. Entretanto,<br />

reinou a morte desde Adão ate Moisés,<br />

mesmo sobre aqueles que não<br />

pecaram a semelhança da transgressão<br />

de Adão... pela ofensa de<br />

um e por meio de um só, reinou a<br />

morte... pela desobediência de um<br />

só homem, muitos se tornaram pecadores”<br />

(Rm 5:13,14,17, 19).<br />

Em Adão, Todos Pecam;<br />

Em Adão, Todos Morrem.<br />

A verdade é clara; nos todos nascemos<br />

pecadores por causa do pecado<br />

de Adão. Independentemente<br />

de qualquer ato de pecado de nossa<br />

par-te, nos somos herdeiros do pecado<br />

de Adão – e de sua natureza pecaminosa.<br />

Mesmo que nunca tivéssemos<br />

pecado, ainda assim seríamos pecadores.<br />

Pela ofensa de um, o juizo<br />

veio sobre todos. “...a morte veio<br />

por um homem... em Adão, todos<br />

morrem” (1 Co 15:21,22).<br />

Em Adão todos nós pecamos;<br />

em Adão todos nos morremos. Esse<br />

conceito ou idéia de estar “em<br />

Adão” e uma verdade importante<br />

que temos de entender. Como veremos,<br />

o mesmo raciocínio se aplica a<br />

nossa condição de estar “em Cristo”,<br />

e será uma das verdades que nos ajudara<br />

a entender muito melhor nossa<br />

grande salvação.<br />

“Em Adão – em Cristo”:<br />

Um Exemplo da Natureza<br />

Esta idéia de estar “em outro”<br />

pode ser vista também em um exemplo<br />

da natureza. Tentando produzir<br />

arroz de melhor qualidade, cientistas<br />

agrícolas expõem sementes de<br />

arroz a altos raios de energia. Essa<br />

radiação pode mudar a estrutura<br />

genética da semente. Essa radiação<br />

de alta-energia, muda a natureza<br />

da semente de arroz. A forma como<br />

o arroz, a partir dessa semente,<br />

vai crescer e sobreviver e alterada.<br />

A maioria das mudanças feitas por<br />

radiação de genes (material hereditário)<br />

e prejudicial. Contudo,<br />

algumas vezes, essas alterações<br />

promovem melhoria. As mudanças<br />

8 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


provocadas pela radiação só podem<br />

ser conhecidas após o plantio da semente<br />

– e vendo o resultado obtido<br />

na ocasião da colheita.<br />

Uma semente produzira um caule<br />

com muitas sementes. Cada uma<br />

dessas sementes levara consigo as<br />

mudanças genéticas – quer sejam<br />

para melhor ou pior. Isto se aplicara<br />

a todas as produções de arroz que se<br />

seguirão.<br />

Como as sementes são plantadas<br />

e replantadas, após alguns anos haverá<br />

uma grande colheita de arroz.<br />

Cada planta, conseqüentemente, terá<br />

as mesmas características e qualidades<br />

que foram “fixadas” quando a<br />

primeira semente sofreu a radiação.<br />

Se as mudanças genéticas fo-<br />

Assim como uma<br />

árvore tem muitos<br />

ramos mas todos eles<br />

vêm de uma só raiz,<br />

todas as pessoas vêm<br />

de uma única semente:<br />

Adão.<br />

ram para melhor, de onde a grande<br />

colheita de arroz de alta qualidade<br />

teria vindo? Daquela primeira semente!<br />

Muitos alqueires do melhor<br />

arroz estavam todos “em uma semente”.<br />

O mesmo se aplica se a mudança<br />

genética tivesse sido para pior. Naquela<br />

semente ruim estariam muitos<br />

alqueires de arroz de baixa qualidade.<br />

Os resultados da radiação seriam<br />

passados a todas as produções seguintes.<br />

Nenhuma radiação adicional e<br />

necessária para que os resultados<br />

prejudiciais produzidos na primeira<br />

semente continuem. A natureza do<br />

arroz foi mudada para todas as futuras<br />

produções!<br />

Na Carne de Adão<br />

Agora podemos entender melhor<br />

o que Paulo quis dizer ao afirmar<br />

que “em Adão” todos fomos feitos<br />

pecadores. Quando Adão pecou,<br />

estava-mos em sua carne (corpo). A<br />

semente de humanidade da qual viemos<br />

estava potencialmente em Adão<br />

desde o começo. O que nos aconteceu<br />

então quando Adão pecou? Nos<br />

nos tornamos pecadores! “Por uma<br />

só ofensa, veto o juizo sobre todos”<br />

(Rm 5:18).<br />

Davi estava bastante ciente desta<br />

verdade. Ele expressou esse conceito<br />

claramente em um de seus salmos:<br />

“Eu nasci na iniqüidade, e em<br />

pecado me concebeu minha mãe”<br />

(Sl 51:5). Davi está reconhecendo<br />

que ele nasceu pecador. Ele foi feito<br />

pecador – como todo ser humano –<br />

em Adão. Ele sabia que precisava de<br />

um coração limpo e um espírito novo,<br />

não só por causa dos seus pecados,<br />

mas também pela sua natureza<br />

pecaminosa inata.<br />

Nós nascemos pecadores porque<br />

estávamos em Adão. Pecamos<br />

porque temos uma natureza pecaminosa.<br />

Isto evidencia-se muito<br />

cedo na vida. Nós, que somos pais,<br />

vemos isso em nossos filhos. Nós<br />

não tive-mos de ensiná-los a pecar;<br />

eles simplesmente receberam<br />

isso de nós. Eles aprenderam rapidamente<br />

como fazer a sua própria<br />

vontade e a sua própria maneira.<br />

Sempre que a sua vontade foi frustrada,<br />

sua pequena natureza pecaminosa<br />

se manifestava ruidosa e<br />

forte. Aquela atitude pecaminosa<br />

parecia crescer mais rapidamente<br />

que eles!<br />

Por que isso era assim? Porque<br />

todos nos saímos à semelhança de<br />

nosso antepassado, Adão. “Quando<br />

ele pecou, muitos foram feitos pecadores.”<br />

Nós estávamos todos em<br />

Adão desde o principio.<br />

Nascidos pecadores<br />

Todos nos nascemos pecadores.<br />

Mas também e verdade que somos<br />

pecadores porque pecamos. Temos<br />

provado isso através de nossos muitos<br />

e repetidos atos de pecado. Paulo<br />

nos fala claramente que “não há justo,<br />

nem um sequer... todos pecaram<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 9


e carecem da gloria de Deus” (Rm<br />

3:10,23).<br />

Então, se alguém nos perguntar:<br />

“Nós pecamos porque somos pecadores?”,<br />

teríamos de dizer: “Sim”.<br />

Se nos perguntassem também: “Nos<br />

somos pecadores porque pecamos?”,<br />

a resposta seria novamente: “Sim”.<br />

Ambas são verdadeiras. Não é um<br />

ou outro. Nós nascemos pecadores,<br />

e todos têm provado isso através de<br />

seus numerosos pecados. Logo, nos<br />

temos sido julgados pecadores em<br />

ambos os casos – por nosso antepassado<br />

pecador (Adão) e por nossas<br />

ações pecaminosas. São dois lados<br />

da mesma moeda.<br />

Todos somos “nascidos pecadores”.<br />

Porém, muitas pessoas religiosas<br />

continuam sem enxergar sua<br />

necessidade de salvação. Elas não se<br />

consideram pecadoras.<br />

Vivem bem e honestamente. Freqüentam<br />

uma igreja ou vão regularmente<br />

a um templo pagão, e contribuem<br />

financeiramente com esses<br />

trabalhos. Pagam suas contas, não<br />

bebem e nem falam palavrão. Procuram<br />

cumprir os Dez Mandamentos,<br />

e acreditam que, fazendo isso, irão<br />

para o céu – por seus próprios atos<br />

de justiça.<br />

Estão cometendo um trágico erro,<br />

porque estão equivocados! Somos<br />

todos pecadores – duplamente<br />

pecadores – pela nossa herança de<br />

nascença e através de nossos atos. E<br />

um fato da história – e da vida. Não<br />

podemos fazer nada a esse respeito.<br />

Por mais boas obras que façamos,<br />

não mudaremos nossa natureza pecaminosa<br />

nem cancelaremos a penalidade<br />

pelos nossos pecados.<br />

As Escrituras afirmam que por<br />

melhor que façamos “todas as nossas<br />

justiças, (são) como trapo da imundícia”<br />

(Is 64:6). Nós não podemos<br />

esperar cobrir nosso pecado com<br />

nossas “boas obras”. Paulo declara<br />

em Gálatas 2:<strong>16</strong> que “por obras da<br />

lei, ninguém será, justificado.” Mesmo<br />

se fôssemos perfeitos em nossa<br />

obediência a toda a lei de Deus, isso<br />

não seria suficiente para nos salvar!<br />

Diante da brilhante luz da santidade<br />

de Deus, nos somos vistos apenas<br />

como os pecadores que somos.<br />

Nossa esperança não pode estar nun-<br />

ca em nossa bondade – somente na<br />

graça de Deus. Nós só receberemos<br />

a cura de Deus quando nos conscientizarmos<br />

de que estamos “doentes<br />

até a morte” por causa do pecado<br />

de Adão, e dos nossos próprios!<br />

A PenALIdAde PeLo<br />

PeCAdo e A morte<br />

“O salário do pecado...”<br />

Vimos que a condição de pecado<br />

e “universal”. Por isso queremos<br />

dizer todo mundo, em todo lugar<br />

e um pecador! Além disso, a penalidade<br />

pelo pecado também e universal.<br />

Todo mundo e sentenciado<br />

a morrer por causa do próprio pecado.<br />

“Todos pecaram... o salário<br />

[penalidade] do pecado e a morte”<br />

(Rm 3:23; 6:23).<br />

A Bíblia diz que todo ser humano<br />

esta debaixo da sentença de morte.<br />

Sem exceção, todos estão separados<br />

da graça de Deus. Desde o começo,<br />

a penalidade pelo pecado tem sido a<br />

mesma. Deus advertiu Adão e Eva<br />

clara e firmemente que a desobediência<br />

significava morte.<br />

“Mas da árvore do conhecimento<br />

do bem e do mal não comerás; porque,<br />

no dia em que dela comeres,<br />

certamente morreras” (Gn 2:17).<br />

Mais adiante, o profeta Ezequiel<br />

declara a pena de morte para o pecado,<br />

usando as seguintes palavras –<br />

simples, mas muito fortes: “A alma<br />

que pecar, essa morrerá.” (Ez 18:4,<br />

20). Nada poderia ser mais verdadeiro.<br />

O salário, ou o resultado, do<br />

pecado e a morte. Por natureza e<br />

por nossos atos somos pecadores.<br />

Nos escolhemos ir pelo nosso caminho<br />

em vez de andar no caminho de<br />

Deus. “Todos nós andávamos desgarrados<br />

como ovelhas; cada um se<br />

desviava pelo caminho” (Is 53:6).<br />

Qual e o resultado de fazermos a<br />

nossa própria vontade e andarmos<br />

no nosso próprio caminho? “Há caminho<br />

que ao homem parece direito,<br />

mas ao cabo da em caminhos de<br />

morte” (Pv 14:12).<br />

Um Destino Sombrio<br />

O caminho do homem e uma rua<br />

sem saída! Realmente não pode ser<br />

outra coisa. Jesus disse: “Eu sou o<br />

caminho, e a verdade, e a vida; ninguém<br />

vem ao Pai senão por mim”<br />

(Jo 14:6).<br />

A vontade do Pai e o caminho<br />

para a vida estão centralizados em<br />

Seu Filho. Qualquer outro caminho<br />

conduz a morte. Quando escolhemos<br />

desobedecer a Deus e andar em<br />

nosso próprio caminho, seguimos<br />

em uma única direção – queda e destruição.<br />

O pecado pode ser definido como<br />

a oposição pessoal a vontade e<br />

ao caminho de Deus. A desobediência,<br />

por sua própria natureza, somente<br />

pode nos levar a morte. Essa<br />

e a razão por que todos os pecadores<br />

estão conde-nados a morrer. Intencionalmente<br />

temos escolhido o caminho<br />

errado. Essa atitude teve inicio<br />

“em Adão”, quando ele escolheu<br />

desobedecer a Deus. Não só fomos<br />

vítimas daquela escolha, como também<br />

desenvolvemos aquela escolha<br />

por nossos próprios atos de desobediência.<br />

Separados de Deus e da sua<br />

graça, estamos sem esperança neste<br />

mundo. A morte é o nosso destino!<br />

Nossa Única Saída<br />

Há apenas um modo pelo qual<br />

podemos escapar deste destine: Alguém<br />

sem pecado deve pagar a penalidade<br />

do pecado por nós. Deus<br />

já fez isto – enviando o Seu único<br />

Filho Jesus, gerado pelo Pai, para levar<br />

sobre Si toda a culpa de nossos<br />

pecados e, na cruz, morrer em nosso<br />

lugar.<br />

Uma Esperança Brilhante<br />

Todo pecador vive sem Deus e<br />

sem esperança neste mundo. E realmente<br />

uma noite de escuridão e<br />

desespero. Mas no final deste escuro<br />

túnel resplandece a brilhante luz do<br />

amor de Deus. Como a Bíblia nos<br />

diz: “onde abundou o pecado, superabundou<br />

a graça”<br />

Nós podemos ser gratos porque<br />

há uma segunda parte no versículo<br />

que declara que “o salário do pecado<br />

e a morte...” Essa parte e uma<br />

mensagem de esperança e amor: “...<br />

mas o dom gratuito de Deus e a vida<br />

eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”<br />

(Rm 6:23). ■<br />

10 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />

2<br />

o dom de deuS – A SALvAÇÃo<br />

● UM DOM GRATUITO<br />

● UM DOM QUE DEVEMOS<br />

ACeItAr<br />

● UM DOM QUE DEUS<br />

PAGou Por ComPLeto!<br />

um dom GrAtuIto<br />

O que é um Dom?<br />

O Evangelho de João, em uma<br />

passagem muito conhecida, fala<br />

sobre esse grande dom do amor de<br />

Deus: “Porque Deus amou ao mundo<br />

de tal maneira que deu o seu Filho<br />

unigênito, para que todo o que<br />

nele crê não pereça, mas tenha a<br />

vida eterna” (Jo 3:<strong>16</strong>).<br />

A definição jurídica da palavra<br />

dom requer três partes indispensáveis.<br />

Esses elementos são os seguintes:<br />

1. Alguém tem de oferecer algo<br />

2. Alguém tem de aceitar algo<br />

3. O que aceita algo não paga por isto<br />

Um dom e algo oferecido gratuitamente<br />

e aceito sem qualquer idéia<br />

de pagamento.<br />

Nós Não Merecemos Esse Dom<br />

Um dom e algo que e oferecido<br />

gratuitamente, não pode haver nenhum<br />

pagamento senão o “dom” se<br />

torna uma “aquisição” – algo que foi<br />

comprado. O dom de Deus – a salvação<br />

– foi dado gratuitamente. Ele<br />

não nos oferece algo que temos de<br />

comprar – Ele nos oferece um dom.<br />

O apóstolo Paulo nos lembra<br />

que “todos pecaram e carecem da<br />

glória de Deus” (Rm 3:23). Mas no<br />

verso seguinte ele nos dá as Boas<br />

Novas de que todos que aceitam a<br />

salvação dada por Deus estão “justificados<br />

gratuitamente, por sua graça,<br />

mediante a redenção que há em<br />

Cristo Jesus” (Rm 3:24).<br />

Algumas pessoas não entendem<br />

totalmente que o dom da salvação<br />

foi gratuitamente dado por Deus.<br />

Por isso, eles tentam transformar esse<br />

dom em uma aquisição, buscando<br />

alcançar o favor de Deus pelos próprios<br />

meios.<br />

No Sudeste da Ásia há um grupo<br />

de pessoas que levam seus esforços<br />

a um trágico extremo. Eles são chamados<br />

“flagelistas”. Na Sexta-Feira<br />

Santa, antes da Páscoa, eles chicoteiam<br />

as próprias costas ate sangrar.<br />

Alguns vão tão longe que crucificam<br />

a si mesmos.<br />

Por que as pessoas fazem essas<br />

coisas terríveis em nome do cristianismo?<br />

E porque não entendem que<br />

a salvação é um dom. A vida eterna<br />

e um dom de Deus.<br />

Não há nada que possamos fazer<br />

ou realizar por nossos próprios<br />

meios para merecermos o favor de<br />

Deus. Nos somos salvos pela graça,<br />

não através de “obras” – senão poderíamos<br />

nos vangloriar de nossos<br />

esforços (Ef 2:8,9).<br />

Nossa salvação foi “paga integralmente”<br />

no Calvário. Ao morrer<br />

naquela cruz, Jesus disse, “está consumado”.<br />

Nossa fé, então, repousa<br />

totalmente na obra de Cristo, consumada<br />

na cruz.<br />

Aquelas pessoas no Sudeste da<br />

Ásia são sinceras, porém, ignorantes.<br />

Não sabem ou não entendem a<br />

grandeza da salvação de Deus. Estão<br />

buscando a salvação, mas fazem<br />

isso através de seus próprios meios.<br />

Elas real-mente são muito zelosas,<br />

mas zelo e sinceridade não nos salvarão.<br />

Nos podemos ser sinceros e,<br />

ao mesmo tempo, estarmos errados.<br />

Paulo refere-se a tal zelo religioso<br />

em sua carta aos romanos: “Porque<br />

lhes dou testemunho de que eles<br />

tem zelo por Deus, porem não com<br />

entendimento.<br />

“Porquanto, desconhecendo a<br />

justiça de Deus e procurando estabelecer<br />

a sua própria, não se sujeitaram<br />

a que vem de Deus.<br />

“Porque o fim da lei e Cristo, para<br />

justiça de todo aquele que crê”<br />

(Rm 10:2-4).<br />

O que podemos concluir disso?<br />

Tais pessoas são sinceras? Sim. Zelosas?<br />

Sim. Estão erradas? Sim. Perdidas?<br />

Sim – por ignorância!<br />

Não podemos ser justificados<br />

diante de Deus pelos nossos próprios<br />

esforços ou obras. Esse não e o<br />

caminho de Deus para a vida eterna.<br />

A salvação e um dom, não uma aquisição.<br />

Não podemos adquiri-la, por<br />

mais que nos esforcemos. A obra da<br />

salvação já foi consumada por Cristo<br />

na cruz. Nossa parte é receber o<br />

dom que nos foi dado gratuitamente.<br />

Não há nenhum outro modo.<br />

Muitos aceitaram a Cristo como<br />

Salvador e receberam a vida eterna.<br />

Contudo, há aqueles que pensam<br />

que de qualquer maneira eles tem de<br />

acrescentar algo ao trabalho de Cristo<br />

consumado na cruz. Eles não se<br />

ferem fisicamente, mas se castigam<br />

freqüentemente de outros modos.<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 11


Eles trabalham duro, para conquistar<br />

a aprovação de Deus. Contudo nunca<br />

se sentem totalmente aceitos. Eles<br />

estão constantemente se esforçando<br />

para alcançar maiores metas, mas<br />

sempre falham. Então se castigam severamente<br />

com sentimentos de culpa<br />

e de condenação. São sinceros? Sim.<br />

Zelosos? Sim. Estão errados? Sim.<br />

Perdidos? Sim. Eles não perderam a<br />

salvação, mas ficaram sem a alegria<br />

da salvação – por ignorância!<br />

UM DOM QUE DEVEMOS<br />

ACeItAr<br />

Qualquer um Pode Aceitar<br />

Esse Dom?<br />

Deus fez Sua oferta quando deu<br />

Seu Filho. Porém, a oferta de Deus<br />

não e “legalmente” um dom enquanto<br />

não for aceita. Ele “veio para o<br />

que era seu, e os seus não o receberam”<br />

(Jo 1:11).<br />

Os judeus que viviam no tempo<br />

de Jesus não O aceitaram, por isso<br />

não receberam o benefício e a bênção<br />

da oferta de Deus. “Mas, a todos<br />

quantos o receberam, deu-lhes o poder<br />

de serem feitos filhos de Deus”<br />

(Jo 1:12).<br />

Certa vez Billy Graham, o grande<br />

evangelista, chocou muitas pessoas<br />

ao dizer: “Um dos grandes mistérios<br />

da redenção e este: Enquanto muitos<br />

homens maus irão para o céu, muitos<br />

homens bons irão para o inferno!”<br />

Por que muitos homens maus<br />

irão para o céu? Porque eles aceitaram<br />

o dom de Deus, a vida eterna.<br />

Você se lembra do ladrão que foi<br />

crucificado próximo a Jesus? Em<br />

seu momento de agonia ele disse:<br />

“Lembra-te de mim quando vieres<br />

no teu reino”. A resposta de Jesus<br />

foi imediata: “Em verdade te digo<br />

que hoje estarás comigo no paraíso”<br />

(Lc 23:39-43).<br />

Aquela simples oração do ladrão<br />

estava cheia de fé. Ela continha todos<br />

os elementos de fé para salvação.<br />

Quais são esses elementos?<br />

1. Ele creu que Jesus era o Rei (Senhor).<br />

2. Ele creu que o Rei teria um Reino.<br />

3. Ele pediu para ser incluído naquele<br />

Reino.<br />

Jesus respondeu: “Hoje estarás<br />

comigo no paraíso” (Lc 23:43). Jesus<br />

aceitou o ladrão porque este creu<br />

nEle como Salvador e Rei.<br />

Por que muitos homens bons irão<br />

para inferno? Porque eles recusaram<br />

o dom de Deus e confiaram em suas<br />

“boas obras”.<br />

Jesus declarou a mesma verdade<br />

aos fariseus – que eram muito religiosos,<br />

mas estavam perdidos: “Em<br />

verdade vos digo que publicanos e<br />

meretrizes vos precedem no reino de<br />

Deus” (Mt 21:31).<br />

Por que tais pecadores entrariam<br />

no Reino e os fariseus ficariam de fora?<br />

Os fariseus eram homens muito<br />

religiosos que iam ao Templo, oravam<br />

e davam dízimos. Eles tinham<br />

dias de jejum e dias de banquete, e<br />

guardavam o sábado.<br />

Por que os fariseus iriam para o<br />

inferno, e as meretrizes para o céu?<br />

Porque elas aceitaram o dom de Deus,<br />

e os fariseus, não. Em vez disso, eles<br />

buscavam assegurar a própria salvação<br />

através de seus atos de justiça. O<br />

Caminho Divino para a vida eterna<br />

lhes foi apresentado, mas eles escolheram<br />

seguir o próprio caminho.<br />

Romanos 10:3 diz: “sujeitaram<br />

a (justiça) que vem de Deus”. Isto<br />

significa aceitar o dom da salvação<br />

de Deus, que ocorre apenas mediante<br />

a fé em Cristo Jesus. Para muitos<br />

de nos e difícil “submeter-nos” a<br />

qualquer coisa. Algo dentro de nos<br />

se rebela contra qualquer tipo de autoridade<br />

– até mesmo a de um Deus<br />

sábio e amoroso.<br />

UM DOM QUE DEUS PAGOU<br />

Por ComPLeto!<br />

Nosso Criador – o Redentor<br />

Há uma linda história no Velho<br />

Testamento que exemplifica clara-<br />

A salvação é um dom. Nós temos de aceitar esse dom para que<br />

possamos receber as bênçãos advindas dele.<br />

12 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


mente o amoroso coração paterno de<br />

Deus. Nessa passagem, Deus se revela<br />

não só como um Pai-Criador, mas<br />

também como um Pai-Redentor.<br />

O profeta Isaías teve esta revelação<br />

dupla do caráter de Deus: “Mas<br />

agora, assim diz o SENHOR, que te<br />

criou, ó Jacó, e que reformou, ó Israel:<br />

Não temas, porque eu te remi;<br />

chamei-te pelo teu nome, tu és meu”<br />

(Is 43:1).<br />

O Deus que cria, também resgata.<br />

Resgatar o homem e trazê-lo de<br />

volta ao propósito divino de formar<br />

uma família custou ao Pai a vida do<br />

Seu único Filho. Sua vida foi entregue<br />

– como cordeiro sacrificial – para<br />

nos comprar de volta – nos resgatar.<br />

Abraão e Isaque:<br />

Um Quadro Profético do<br />

Amor Redentor<br />

“Depois dessas coisas, pôs Deus<br />

Abraão a prova e lhe disse: Abraão!<br />

Este lhe respondeu: Eis-me aqui!<br />

“Acrescentou Deus: Toma teu filho,<br />

teu único filho, Isaque, a quem<br />

amas, e vai-te a terra de Moriá; oferece-o<br />

ali em holocausto, sobre um<br />

dos montes, que eu te mostrarei.<br />

“Levantou-se, pois, Abraão de<br />

madrugada e, tendo preparado o<br />

seu jumento, tomou consigo dois<br />

dos seus servos e a Isaque, seu filho;<br />

rachou lenha para o holocausto e<br />

foi para o lugar que Deus lhe havia<br />

indicado.<br />

“Ao terceiro dia, erguendo Abraão<br />

os olhos, viu o lugar de longe.<br />

“Então, disse a seus servos: Esperai<br />

aqui, com o jumento; eu e o<br />

rapaz iremos até lá e, havendo adorado,<br />

voltaremos para junto de vós.<br />

“Tomou Abraão a lenha do holocausto<br />

e a colocou sobre Isaque, seu<br />

filho; ele, porém, levava nas mãos o<br />

fogo e o cutelo. Assim, caminhavam<br />

ambos juntos.<br />

“Quando Isaque disse a Abraão,<br />

seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão:<br />

Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe<br />

Isaque: Eis o fogo e a lenha,<br />

mas onde esta o cordeiro para o holocausto?”<br />

(Gn 22:1-7).<br />

A esta altura de nossa história,<br />

poderíamos desejar saber por que<br />

Deus pediria a um homem que ma-<br />

tasse seu único filho. O nascimento<br />

de Isaque (que significa “riso”) tinha<br />

sido um milagre, pois Abraão e Sara,<br />

há muito tempo, haviam passado da<br />

idade de gerar filhos.<br />

Porém, Deus havia prometido um<br />

filho a Abraão, e cumpriu Sua promessa.<br />

Abraão esperou vinte e cinco<br />

anos pelo cumprimento daquela<br />

promessa, e ficou cheio de júbilo<br />

quando Isaque nasceu. Agora, Deus<br />

ordenava-lhe que matasse o seu único<br />

filho. Será que Ele realmente exigiria<br />

tal coisa, e nesse caso, por que?<br />

Deus tinha um propósito ao registrar<br />

esse acontecimento: revelar uma<br />

verdade importante. Essa história e<br />

um quadro profético do piano divino<br />

de redenção. Deus quer que entendamos<br />

claramente os papéis que o<br />

Pai e o Filho desempenham na obtenção<br />

de nossa salvação.<br />

Isaque – o Filho<br />

Nós sabemos que Isaque, como<br />

filho obediente, e um tipo (figura<br />

profética) do Senhor Jesus. A madeira<br />

que seria usada no sacrifício<br />

foi posta sobre os ombros de Isaque,<br />

quando eles subiram o monte.<br />

Dois mil anos depois, o único Filho<br />

de Deus levaria uma cruz de madeira<br />

em seus ombros ao escalar outro<br />

monte – o Calvário!<br />

Esse acontecimento na vida de<br />

Abraão e Isaque ocorreu nas colinas<br />

de Moriá. Foi nessas colinas, que<br />

se localizam fora de Jerusalém, que<br />

Cristo, o único Filho de Deus, foi sacrificado<br />

como nosso substituto.<br />

Às vezes nós negligenciamos<br />

o fato de que Abraão é um tipo de<br />

Deus, o Pai. Não podemos imaginar<br />

a dor que Abraão deveria estar sentindo<br />

no coração quando tomou em<br />

suas mãos a faca e o fogo. Deus lhe<br />

prometera que, através de Isaque,<br />

sua descendência seria numerosa como<br />

as estrelas no céu. Como poderia<br />

tal promessa se cumprir se Isaque<br />

deveria morrer – a menos que houvesse<br />

esperança de uma ressurreição!<br />

(Hb 11:17-19).<br />

Os Firmes Passos de<br />

Fé e Obediência<br />

Sentimos um toque de ternura<br />

nessa história quando lemos: “e se-<br />

guiam ambos juntos”. Lado a lado,<br />

eles caminhavam em silêncio; um<br />

pai amoroso com seu filho, e um filho<br />

amoroso com seu pai.<br />

O pai Abraão caminhava com<br />

passos firmes de fé e obediência,<br />

mas havia uma grande dor em seu<br />

coração. Essa dor só era suavizada<br />

pela esperança que ele tinha na promessa<br />

de Deus. Finalmente o silêncio<br />

foi quebrado por uma pergunta<br />

de Isaque: “Onde está o cordeiro?”<br />

A resposta de Abraão revela<br />

uma linda figura profética do grande<br />

amor redentor de Deus: “Respondeu<br />

Abraão: Deus proverá para<br />

si, meu filho, o cordeiro para o holocausto;<br />

e seguiam ambos juntos”<br />

(Gn 22:8).<br />

A palavra “juntos” aparece pela<br />

segunda vez nessa passagem e vem<br />

carregada de significado. Ela fala do<br />

amor de um para com o outro; e também<br />

mostra a fé e a obediência deles<br />

a Deus.<br />

Abraão deve ter falado a Isaque<br />

sobre a vontade de Deus que ele fosse<br />

morto – e da promessa divina sobre<br />

a sua vida. Ambos estavam dispostos<br />

a se submeterem a Palavra do<br />

Senhor. Isaque era um jovem forte<br />

e facilmente poderia ter resistido ao<br />

seu pai que era ancião.<br />

Que revelação profética do amor<br />

de Deus nos temos aqui: um pai disposto<br />

a sacrificar o seu filho amado,<br />

e um filho pronto a submeter-se ao<br />

sacrifício. Nós só podemos assistir<br />

em assombroso silêncio.<br />

Nós conhecemos o fim desta história,<br />

e claro. Na última hora Deus<br />

proveu um sacrifício: um carneiro<br />

que estava preso em um arbusto próximo.<br />

A vida de Isaque foi poupada,<br />

e Deus renovou Sua promessa a<br />

Abraão. Da descendência de Isaque<br />

nasceram pessoas que estavam destinadas<br />

a abençoar todas as nações<br />

da terra.<br />

Deus Providenciou um<br />

Cordeiro Para Nós<br />

Dois mil anos depois essa mesma<br />

história se repetiu. Só que dessa<br />

vez não ocorreu um salvamento de<br />

ultima hora para Aquele que submeteu<br />

Sua vida ao sacrifício. Nos estamos<br />

falando do Filho de Deus, que<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 13


Se deu como o “Cordeiro de Deus”.<br />

Abraão e Isaque são uma maravilhosa<br />

tipificação da relação Pai-Filho na<br />

Divindade.<br />

Quando uma palavra, ou conceito<br />

importante, aparece pela primeira<br />

vez nas Escrituras, estabelece-se<br />

um padrão para seu uso futuro. A<br />

colocação na qual aquela palavra e<br />

encontrada carrega, então, um significado<br />

muito especial.<br />

Pensando nisso, é interessante<br />

constatar que a palavra “amor”<br />

ocorre primeiro em referenda ao<br />

amor de um pai por um filho. Mais<br />

especificamente, o amor de Abraão<br />

por Isaque. “Toma teu filho, teu único<br />

filho, Isaque, a quem amas”<br />

(Gn 22:2).<br />

O palavra “amor” no Novo<br />

Testamento ocorre primeiramente<br />

nos evangelhos<br />

sinóticos nesta frase notável:<br />

“Este e o meu Filho amado,<br />

em quem me comprazo” (Mt<br />

3:17; Mc 1:11; Lc 3:22). Se<br />

Abraão amava o seu único<br />

filho, quanto maior e o amor<br />

de Deus pelo Seu único Filho!<br />

O Evangelho de João e o<br />

evangelho do amor de Deus,<br />

Quando lemos a primeira referenda<br />

ao grande amor de<br />

Deus neste livro especial, ficamos<br />

maravilhados e somos<br />

movidos a uma atitude de humildade:<br />

“Porque Deus amou ao<br />

mundo de tal maneira que<br />

deu o seu Filho unigênito,<br />

para que todo o que nele crê<br />

não pereça, mas tenha a vida<br />

eterna” (Jo 3:l6).<br />

Sim, o Pai sempre amou<br />

Seu Filho – desde toda a eternidade<br />

passada Ele O amou<br />

(Jo 17:24). De fato, quão intensamente<br />

eles amaram Um<br />

ao Outro. Mas nos também<br />

somos incluídos nesse amor.<br />

Jesus nos fala que o Pai nos<br />

ama da mesma forma que<br />

ama o Seu Próprio Filho (Jo<br />

17:23).<br />

É quase impossível compreendermos<br />

isso, mas o<br />

Pai e o Filho planejaram em<br />

amor a nossa redenção antes mesmo<br />

que o mundo fosse criado. Eles<br />

“caminharam juntos” nesse amor –<br />

por você e por mim. Mais que isso,<br />

eles “executaram isso juntos” na<br />

cruz.<br />

O Terrível Preço<br />

Muitos de nós temos a falsa idéia<br />

de que, por incrível que pareça, o<br />

Pai estava separado do Próprio Filho<br />

durante aquela hora horrível na<br />

qual Ele foi “abandonado”. Isso é<br />

verdadeiro, pois um Deus Santo não<br />

pode contemplar o pecado. E Cristo<br />

levou sobre Si, nosso pecado na<br />

cruz. “Aquele que não conheceu pe-<br />

cado, ele o fez pecado por nós; para<br />

que, nele, fôssemos feitos justiça de<br />

Deus” (2 Co 5:21).<br />

Contudo isso não significa que<br />

o Pai sentisse menos dor que o Filho<br />

em Sua agonia na cruz. Quando<br />

o Filho de Deus, imaculado, puro e<br />

sem pecado, tomou sobre Si o nosso<br />

pecado, algo temível aconteceu.<br />

Pela primeira vez em toda a eternidade,<br />

Sua comunhão com o Pai foi<br />

quebrada!<br />

O pecado separa. A morte espiritual<br />

e a separação de Deus. Como o<br />

“Filho do Homem” (um titulo profético<br />

de Jesus – Mt 8:20; 17:12,22,<br />

etc.) Jesus pagou por completo a<br />

14 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


penalidade pelo nosso pecado. E Ele<br />

o fez, sozinho, em uma cruz.<br />

Mas o Pai, assim como o Filho,<br />

sentia toda a dor daquela penalidade.<br />

Quando a comunhão e quebrada,<br />

ambas as partes participam da dor<br />

terrível que essa separação causa.<br />

Eles caminharam juntos na estrada<br />

da dor – ate o fim. Da mesma maneira<br />

que o coração de Abraão foi afligido<br />

pelo possível sacrifício do seu<br />

filho Isaque, assim também o coração<br />

de Deus foi afligido pelo sacrifício<br />

do Seu único Filho pelo nosso<br />

pecado.<br />

Ao escrever aos coríntios, Paulo<br />

consegue mostrar o significado dessa<br />

terrível – contudo maravilhosa – verdade:<br />

“Deus [o Pai] estava em Cristo<br />

reconciliando consigo o mundo, não<br />

imputando aos homens as suas transgressões,”<br />

(2 Co 5:19). Esta é uma<br />

parte do mistério da Trindade Santa.<br />

Jesus disse, “eu estou no Pai e... o<br />

Pai, em mim” (Jo 14:10,11).<br />

Quando Jesus nasceu da virgem<br />

Maria, Mateus diz que “ele será chamado<br />

pelo nome de Emanuel (que<br />

quer dizer: Deus conosco).” (Mt<br />

1.23.) João Batista, ao ver Jesus, declarou:<br />

“Eis o Cordeiro de Deus, que<br />

lira o pecado do mundo!” (Jo 1:29).<br />

Abraão disse a Isaque: “Deus<br />

proverá para si, meu filho, o cordeiro<br />

para o holocausto” (Gn 22:8).<br />

Essas palavras proféticas apresentam<br />

um lindo quadro do amor pessoal<br />

de Deus por nos. Deus proverá<br />

um Cordeiro sacrificial pelo nosso<br />

pecado. Ele assumiu a responsabilidade<br />

de prover os meios necessários<br />

pelos quais poderíamos ser salvos.<br />

O Dom Gratuito da Vida Eterna<br />

Um Deus santo e justo declarou:<br />

“A alma que pecar, essa morrera”<br />

(Ez 18:4). Desta forma, o Juiz da toda<br />

a terra sentenciou toda a raça humana<br />

a morte. Esta era a única coisa<br />

que a justiça poderia fazer.<br />

Contudo, o poderoso Criador do<br />

universo e o Juiz de todos os homens,<br />

e um Pai-Redentor também.<br />

Ele olha com amor e misericórdia<br />

para um mundo pecador e toma a<br />

mais maravilhosa – embora terrível<br />

– decisão: “Eu morrerei no lugar deles.<br />

Para que eles possam viver, Eu<br />

pagarei a penalidade que a justiça<br />

exige. Eu os amo demais!”<br />

E foi isso que Deus fez. Ele estava<br />

em Cristo Jesus reconciliando<br />

consigo o mundo. Em Seu Filho<br />

Ele recolheu toda a raça humana – e<br />

morreu em uma cruz. Agora a passagem<br />

da carta de Paulo aos romanos<br />

ganha muito mais vida e significado:<br />

“Pois assim como, por uma<br />

só ofensa, veio o juizo sobre todos<br />

os homens para condenação, assim<br />

também, por um só ato de justiça,<br />

veio a graça sobre todos os homens,<br />

para a justificação que da vida.<br />

“Porque, como, pela desobediência<br />

de um só homem, muitos se<br />

tornaram pecadores, assim também,<br />

por meio da obediência de um só,<br />

muitos se tornarão justos. Sobreveio<br />

a lei para que avultasse a ofensa;<br />

mas onde abundou o pecado,<br />

superabundou a graça, a fim de que,<br />

como o pecado reinou pela morte,<br />

assim também reinasse a graça pela<br />

justiça para a vida eterna, mediante<br />

Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm<br />

5:18-21). Nesta passagem, Paulo resume<br />

o piano de Deus de retenção<br />

e salvação. Nos temos duas cabeças<br />

representativas: Adão, representando<br />

toda a raça humana; e Cristo,<br />

representando todas as pessoas que<br />

creriam nEle para salvação (veja<br />

também 1 Coríntios 15:22). Isso significa<br />

que estamos representados em<br />

Adão através do nascimento natural,<br />

mas em Cristo, pela fé.<br />

Quando Adão, deliberadamente,<br />

desobedeceu a ordem especifica de<br />

Deus (veja Gênesis 2:17; 3:6,17),<br />

ele pecou. Através de Adão, o pecado<br />

entrou no mundo e, com ele, a<br />

sentença de morte. Assim, o pecado<br />

e a morte passaram a todo o gênero<br />

humano porque todos pecaram (Rm<br />

5:12). Desesperadamente, o homem<br />

morreria nesta vida e para toda a<br />

eternidade, a menos que alguém<br />

viesse para salvá-lo!<br />

Deus fez isso em Cristo, quando<br />

o “Cordeiro de Deus”, sem pecado,<br />

pagou pelos pecados de toda a humanidade,<br />

sacrificando-Se na cruz<br />

(Rm 5:6-11).<br />

Em Adão, por nosso nascimento<br />

humano natural, nos somos condenados<br />

a morrer como pecadores.<br />

Mas, por causa da obra remidora de<br />

Cristo na cruz, podemos ser justificados<br />

e viver, se estivermos nEle pela<br />

fé (Rm 5:18,19). Em outras palavras,<br />

nos precisamos “nascer de novo”<br />

em uma nova “família” para que possamos<br />

ter a experiência de um nascimento<br />

espiritual (Jo 3:1 -6).<br />

AGORA é o Dia da Salvação<br />

Para que os homens sejam salvos<br />

eles tem de vir pessoalmente a Cristo<br />

para receber dele a salvação. Nós<br />

já vimos anteriormente que um presente<br />

não e um presente ate que seja<br />

aceito.<br />

Romanos 5:17 diz que temos de<br />

“receber” pessoalmente o gracioso<br />

dom da vida de Deus em Cristo Jesus.<br />

Se não o recebermos, ele não nos fará<br />

nenhum bem. A oferta já foi feita,<br />

mas deve ser aceita. Só aqueles que<br />

recebem o Senhor Jesus como seu<br />

Salvador desfrutarão da vida eterna.<br />

“Eis, AGORA, o tempo sobremo-do<br />

oportuno, eis, AGORA, o dia<br />

da salvação” (2 Co 6:2).<br />

Deus nos chama hoje para fazermos<br />

uma única coisa: Receber o<br />

Filho dEle como Salvador. Nada<br />

mais realmente importa.<br />

Carlos Wesley escreveu o maravilhoso<br />

hino, “Nada em minha mão<br />

eu trago, somente a Tua cruz eu me<br />

apego”. E ele disse tudo.<br />

Andrew Murray falou a mesma<br />

coisa da seguinte forma: “Todo ser<br />

humano deveria colocar seus pecados<br />

em uma pilha, e todas as suas<br />

boas obras em outra. E então, deveria<br />

deixar ambos para juntar-se a Jesus”!<br />

“Porque o salário do pecado e a<br />

morte, mas o dom gratuito de Deus e<br />

a vida eterna em Cristo Jesus, nosso<br />

Senhor” (Rm 6:23). “Veio para o<br />

que era seu, e os seus não o receberam.<br />

Mas, a todos quantos o receberam,<br />

deu-lhes o poder de serem feitos<br />

filhos de Deus” (Jo 1:11,12).<br />

“Está Consumado”!<br />

Nós não merecemos esse dom<br />

precioso de vida eterna – mas não<br />

precisamos merecer. Isso não nos<br />

custa nada. Quando Jesus disse na<br />

cruz “esta consumado”, o preço de<br />

nossa salvação havia sido pago – por<br />

completo! ■<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 15


SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />

3<br />

FeIto LIvre AtrAvÉS dA SALvAÇÃo<br />

● ATRAVÉS DE UMA NOVA<br />

ALIAnÇA<br />

● LIVRE DO LEGALISMO<br />

● LIVRE DA CONDENAÇÃO<br />

● LIVRE PARA SE TORNAR<br />

Como CrISto<br />

● LIVRE PARA “ANDAR NA<br />

Luz”<br />

AtrAvÉS de umA novA<br />

ALIAnÇA<br />

Alianças bíblicas<br />

Uma aliança é um acordo em<br />

que duas partes juram cumprir<br />

certas promessas ou condições.<br />

Uma aliança “condicional” e<br />

uma promessa feita por uma parte, e<br />

que só será honrada se a outra parte<br />

cumprir certas condições. “Eu farei<br />

isto, se você fizer isso”.<br />

Uma aliança “incondicional” e<br />

uma promessa sem condições. “Eu<br />

farei isto, não importa o que você<br />

faca, ou deixe de fazer”.<br />

As Escrituras mostram varias<br />

alianças muito interessantes e importantes<br />

entre Deus e o homem:<br />

1. Edênica ........................... Entre<br />

Deus e o Gênero Humano<br />

2. Adâmica ......................... Entre<br />

Deus e Adão<br />

3. Noélica ............................ Entre<br />

Deus e Noé<br />

4. Abraâmica ..................... Entre<br />

Deus e Abraão<br />

5. Mosaica (velho) ............. Entre<br />

Deus e Israel<br />

6. Davídica ......................... Entre<br />

Deus e Davi<br />

7. Novo Testamento ........... Entre<br />

Deus e a Igreja<br />

A palavra “testamento” significa<br />

“aliança”. A Bíblia e dividida em<br />

Velho e Novo “Testamentos”.<br />

Num sentido mais especifico,<br />

o “Velho Testamento” se refere a<br />

Aliança Mosaica, que era baseada<br />

na lei de Deus. O “Novo Testamento”<br />

refere-se a uma aliança nova e<br />

melhor, que e baseada na graça de<br />

Deus. Agora estudaremos estas duas<br />

alianças com mais detalhes.<br />

A Nova Aliança Substitui a Velha<br />

Para entender a salvação, e necessário<br />

saber a diferença entre a velha<br />

e a nova aliança. Como um raio<br />

na escuridão, o contraste e muito<br />

grande. O escritor da carta aos hebreus<br />

explica isto da seguinte maneira:<br />

“Agora, com efeito, obteve<br />

Jesus ministério tanto mais excelente,<br />

quanta e ele também Mediador<br />

de superior aliança instituída com<br />

base em superiores promessas.<br />

“Porque, se aquela primeira<br />

aliança tivesse sido sem defeito, de<br />

maneira alguma estaria sendo buscado<br />

lugar para uma segunda. E,<br />

de fato, repreendendo-os, diz: Eis<br />

ai vem dias, diz o Senhor, e firmarei<br />

nova aliança com a casa de Israel<br />

e com a casa de Judá, não segundo<br />

a aliança que fiz com seus pais, no<br />

dia em que os tomei pela mão, para<br />

os conduzir ate fora da terra do<br />

Egito; pois eles não continuaram<br />

na minha aliança, e eu não atentei<br />

para eles, diz o Senhor.<br />

“Porque esta é a aliança que<br />

firmarei com a casa de Israel, de-<br />

pois daqueles dias, diz o Senhor:<br />

na sua mente imprimirei as minhas<br />

leis, também sobre o seu coração as<br />

inscreverei; e eu serei o seu Deus, e<br />

eles serão o meu povo...<br />

“Pois, para com as suas iniqüidades,<br />

usarei de misericórdia e dos<br />

seus pecados jamais me lembrarei.<br />

“Quando ele diz Nova, torna antiquada<br />

a primeira. Ora, aquilo que<br />

se torna antiquado e envelhecido esta<br />

prestes a desaparecer” (Hb 8:6-<br />

10, 12,13).<br />

A Nova Aliança:<br />

Baseada no Amor, não na Lei<br />

Deus escreveu as leis e os mandamentos<br />

da velha aliança em duas<br />

tábuas de pedra. A lei era santa; mas<br />

fria, difícil e pesada para suportar.<br />

Ela estava sempre lá–no exterior de<br />

cada pessoa – fazendo exigências<br />

que o “homem interior” não podia<br />

cumprir.<br />

A nova aliança, ao contrário, e<br />

uma obra do Espírito de Deus que<br />

escreve a Sua vontade em nossos<br />

corações e mentes.<br />

Além disso, a vontade de Deus se<br />

resume na lei real do amor: “Amaras,<br />

pois, o Senhor, teu Deus, de todo<br />

o teu coração, de toda a tua alma,<br />

de todo o teu entendimento e de toda<br />

a tua força... Amaras o teu próximo<br />

como a ti mesmo” (Mc 12:30,31).<br />

A motivação da nova aliançã e o<br />

amor. Jesus simplesmente disse: “Se<br />

me amais, guardareis os meus mandamentos”<br />

(Jo 14:15). “Nos amamos<br />

porque ele nos amou primeiro”<br />

(1 Jo 4:19).<br />

<strong>16</strong> / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


Essencial Para se Obter um<br />

Novo Coração<br />

Um dos salmos de Davi revela<br />

claramente as diferenças entre a velha<br />

e a nova aliança. Ele o escreveu<br />

depois de adulterar com Bate-Seba.<br />

Quando Davi de fato entendeu a<br />

grande dor que seu pecado causara<br />

ao coração de Deus, ele se arrependeu<br />

com profunda tristeza. Com o<br />

coração angustiado ele clamou a<br />

Deus por misericórdia e perdão.<br />

A oração de Davi, então, assumiu<br />

um aspecto profético que e bom<br />

observarmos. Ele revela a base da<br />

salvação do homem, que um dia seria<br />

garantida pela morte de Cristo<br />

na cruz, e escrita uma nova aliança.<br />

Prestemos atenção a estas belas palavras:<br />

“Compadece-te de mim, ó Deus,<br />

segundo a tua benignidade; e, se-<br />

gundo a multidão das tuas misericórdias,<br />

apaga as minhas transgressões.<br />

Lava-me completamente<br />

da minha iniqüidade e purifica-me<br />

do meu pecado.<br />

“Pois eu conheço as minhas<br />

transgressões, e o meu pecado esta<br />

sempre diante de mim. Pequei contra<br />

ti, contra ti somente, e fiz o que<br />

e mal perante os teus olhos, de maneira<br />

que serás tido por justo no teu<br />

falar e puro no teu julgar.<br />

“Eu nasci na iniqüidade, e em<br />

pecado me concebeu minha mãe.<br />

Eis que te comprazes na verdade<br />

no intimo... Cria em mim, ó Deus,<br />

um coração puro e renova dentro<br />

em mim um espírito inabalável.” (Sl<br />

51:1-6,10).<br />

A revelação profética que Davi<br />

recebeu dizia respeito a nova obra<br />

que Deus queria fazer em sua vida.<br />

Uma outra versão da Bíblia apresen-<br />

Davi, quando caiu em pecado, clamou a Deus para que criasse<br />

nele um coração novo. Ele sabia que se se<br />

arrependesse, Deus faria o resto.<br />

ta o texto deste modo: “Cria em mim<br />

um coração novo.”<br />

Davi entendeu claramente que a<br />

lei de Deus era boa; mas seu coração,<br />

mau. Ele não podia estabelecer<br />

uma coexistência pacifica entre os<br />

dois. O apóstolo Paulo, sabendo<br />

que em seu próprio coração havia<br />

este problema, clamou: “Desventurado<br />

homem que sou! Quem me livrara<br />

do corpo desta morte?” (Rm<br />

7:24.)<br />

Nossa Luta Contra o Pecado<br />

Temos de concordar que Davi e<br />

Paulo não eram os únicos a enfrentar<br />

esse problema. Todo mundo tem<br />

de lidar com a presença, o poder e o<br />

hábito do pecado na própria vida.<br />

Além disso, nós nunca encontramos<br />

alivio nas “tábuas de pedra” da<br />

Lei. Verdadeiramente, a Lei e santa,<br />

justa e boa (Rm 7: 12), contudo<br />

nosso coração e pecaminoso e infiel,<br />

como bem nos mostram as nossas<br />

próprias experiências pessoais!<br />

A boa lei de Deus condena – mas<br />

não pode ajudar – o mau coração do<br />

homem. Por isso, como Davi, todos<br />

nos podemos clamar a Deus para<br />

que faca uma obra profunda em nosso<br />

interior: “Cria em mim, ó Deus,<br />

um novo e puro coração...”<br />

Jeremias Olha Além da<br />

Velha Aliança<br />

Uns quatrocentos anos depois de<br />

Davi, o profeta Jeremias abordou o<br />

mesmo tema. Ele claramente previu<br />

a nova aliança como uma obra<br />

interior da graça de Deus. Ele traçou<br />

claramente uma linha definida<br />

de contraste entre a velha e a nova<br />

aliança.<br />

Prestemos bastante atenção as<br />

palavras dele. Perceberemos que<br />

elas são as mesmas citadas no oitavo<br />

capitulo de Hebreus. Vamos rever<br />

aqui o registro original: “Eis ai vem<br />

dias, diz o SENHOR, em que firmarei<br />

nova aliança com a casa de Israel e<br />

com a casa de Judá. Não conforme a<br />

aliança que fiz com seus pais, no dia<br />

em que os tomei pela mão, para os<br />

tirar da terra do Egito; porquanto<br />

eles anularam a minha aliança, não<br />

obstante eu os haver desposado, diz<br />

o SENHOR.<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 17


“Porque esta e a aliança que firmarei<br />

com a casa de Israel, depois<br />

daqueles dias, diz o SENHOR: Na<br />

mente, lhes imprimirei as minhas<br />

leis, também no coração lhas inscreverei;<br />

eu serei o seu Deus, e eles<br />

serão o meu povo” (Jr 31:31-33; veja<br />

também Ezequiel 36:26,27).<br />

A Velha Aliança:<br />

Escrita em Tábuas de Pedra<br />

Jeremias diz que quando Deus,<br />

pelo seu grandioso poder, trouxe seu<br />

povo da terra do Egito para o monte<br />

Sinai, Ele fez uma aliança com eles<br />

(Êxodo, capítulos 18-32).<br />

Deus prometeu fazer deles um<br />

reino de sacerdotes, uma nação santa,<br />

e um povo especial – se eles guardassem<br />

as Suas leis e obedecessem a<br />

Sua voz.<br />

Ele escreveu Sua lei em tábuas<br />

de pedra e as deu a Moisés. A importância<br />

dessa aliança foi demonstrada<br />

por uma prodigiosa exibição de fogo,<br />

fumaça, trovão e um terremoto.<br />

Os israelitas ficaram grandemente<br />

impressionados – mas apenas por<br />

pouco tempo. Antes que Moisés descesse<br />

do monte, eles já haviam infringido<br />

a lei de Deus. Eles fizeram<br />

ídolos de ouro, como os que viram<br />

no Egito, e estavam dançando ao redor<br />

deles e adorando-os.<br />

Quando Moisés viu o que eles<br />

estavam fazendo, lançou as tábuas<br />

de pedra ao chão – quebrando-as. As<br />

tabu-as quebradas aos pés dos israelitas<br />

constituíam uma clara figura da<br />

lei quebrada em seus corações.<br />

A Arca da Aliança<br />

Moisés retornou ao topo do monte,<br />

e Deus lhe deu outras tábuas de<br />

pedra nas quais estavam escritos os<br />

seus mandamentos. Uma vez mais,<br />

Moisés trouxe a lei ate o povo.<br />

Deus, então, designou um lugar<br />

seguro onde as tábuas de pedra da<br />

Lei seriam guardadas. Este lugar foi<br />

denominado “Área da Aliança”. Essa<br />

área ficava na parte do Tabernáculo<br />

conhecida como o “Santo dos<br />

Santos”.<br />

A Arca da Aliança era uma linda<br />

tipificação ou figura do Senhor Jesus<br />

Cristo. Ele era o Guardião perfeito<br />

da Lei. Ele nunca falhou. A lei de<br />

Deus era sempre a alegria e delícia<br />

do Seu coração. “Agrada-me fazer<br />

a tua vontade, ó Deus meu; dentro<br />

do meu coração, está a tua lei” (Sl<br />

40:8).<br />

Durante séculos a Lei tinha estado<br />

gravada em pedra. Agora, pela<br />

primeira vez, a Lei estava no coração<br />

de um homem – o Homem Cristo<br />

Jesus. Ele era o Escolhido através<br />

de Quem a nova aliança viria.<br />

A Arca da Aliança era o lugar de<br />

habitação de Deus entre os Seus escolhidos,<br />

os israelitas. Jesus Cristo,<br />

contudo, se tornou a Área viva da<br />

presença de Deus entre as pessoas<br />

de todo o mundo.<br />

O Fracasso da Velha Aliança<br />

A lei da velha aliança não tornou<br />

os homens santos. Ela era uma lista<br />

de faça isto e não faça aquilo: “Você<br />

fará isto; você não fará aquilo!”<br />

Os homens deveriam ler a Lei, e<br />

então cumprir suas ordenanças. Paulo,<br />

porem, deixa muito claro que essa<br />

e uma tarefa impossível (veja Gálatas<br />

Capítulos 2-4). Nenhum homem<br />

consegue cumprir a Lei, não importa<br />

com quanto empenho ele o tente.<br />

O propósito da Lei não é nos fazer<br />

santos, mas revelar-nos o quanto<br />

somos pecaminosos. A Lei mostranos<br />

claramente que não podemos<br />

nos salvar a nos mesmos – não importa<br />

o que façamos. A Lei foi dada<br />

para nos conduzir ao nosso Salvador:<br />

“De maneira que a lei nos serviu<br />

de aio para nos conduzir a Cristo,<br />

a fim de que fôssemos justificados<br />

por fé” (Gl 3:24).<br />

Não, nos não podemos ser justificados<br />

diante de Deus pelo que fazemos;<br />

somente pelo que cremos. A<br />

justificação vem pela fé, não através<br />

de obras! (veja Romanos 3:21-26).<br />

A Lei da velha aliança era uma<br />

“manifestação externa” – uma palavra<br />

que vem de fora – dizendo-nos o<br />

que Deus deixara em testamento e o<br />

que Ele queria.<br />

Porém, a Lei não pode dar-nos<br />

o poder para cumprirmos as ordenanças.<br />

A Lei nos dissera o que<br />

devia-mos realizar, mas não nos<br />

deu nenhum poder para fazê-lo. Ela<br />

mostrou-nos o quanto somos fracos<br />

e pecadores, mas não nos proveu de<br />

nenhum talento para cumprirmos<br />

suas ordenanças.<br />

O Novo Testamento e diferente.<br />

Na nova aliança, Deus diz ao Seu<br />

povo: “Eu farei por vocês o que vocês<br />

não podem fazer por si mesmos.<br />

Eu tomarei esta, que tem sido externa,<br />

e a escreverei em seu interior –<br />

em seus corações.<br />

“Vocês já não vão mais considerar<br />

a manifestação exterior da Lei, e tomar<br />

o seu fardo pesado em suas mãos.<br />

Eu imprimirei isto em seu ‘interior’,<br />

e os levarei a cumprir fielmente a Minha<br />

vontade e a andar nos Meus caminhos.<br />

Minha Lei, agora, governará<br />

e capacitara seu ser interior, em vez<br />

de fazer cobranças vindas de fora.<br />

“Além disso, Minha nova aliança<br />

não impõe nenhuma condição. A<br />

única coisa que você precisa fazer e<br />

crer nela e recebe-la. E Meu presente<br />

de graça e amor para você.”<br />

Necessidade de um Espírito Novo<br />

Como Deus consegue manter<br />

uma promessa tão maravilhosa? De<br />

que maneira Ele pode remover a Lei<br />

das inanimadas tábuas de pedra e<br />

escrevê-las no coração e na mente<br />

do homem?<br />

Temos de voltar ao profeta Ezequiel<br />

para achar nossa resposta. E<br />

importante que o façamos, pois sem<br />

considerarmos a revelação de Ezequiel,<br />

a nova aliança será apenas<br />

uma teoria, e nunca uma realidade<br />

em nossa vida.<br />

Davi pediu a Deus que lhe desse<br />

não apenas um coração limpo, mas<br />

que renovasse dentro dele um espírito<br />

reto. Observemos o teor da<br />

profecia de Ezequiel:<br />

“Dar-vos-ei coração novo e porei<br />

dentro de vos espírito novo; tirarei<br />

de vos o coração de pedra e vos<br />

darei coração de carne.<br />

“Porei dentro de vós o meu Espírito<br />

e farei que andeis nos meus<br />

estatutos, guardeis os meus juizos e<br />

os observeis” (Ez 36:26,27).<br />

A Nova Aliança Ratificada<br />

Para que uma aliança tenha efeito,<br />

primeiramente, deve ser ratificada,<br />

ou estabelecida. Somente a<br />

morte de Cristo poderia ratificar (estabelecer)<br />

a nova aliança.<br />

18 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


Na queda do homem, a lei do pecado<br />

e da morte entrou em vigor.<br />

A conseqüência disso para todo<br />

o gênero humano teria sido uma<br />

tragédia infinita não fosse a graça<br />

de Deus. Essa graça foi revelada na<br />

cruz de Cristo no Calvário. Só Ele<br />

poderia se-lar definitivamente a nossa<br />

salvação através da nova aliança<br />

de Deus.<br />

Meditemos um pouco sobre isso.<br />

Quando um homem faz um testamento,<br />

registrando sua ultima vontade,<br />

as leis da maioria das nações<br />

determinam que este testamento só<br />

pode ser executado quando esse homem<br />

morrer.<br />

Deus também estabeleceu a Sua<br />

vontade em forma de um novo testamento<br />

ou aliança. Isto não poderia<br />

ser posto em vigor ate que Aquele<br />

que o escrevera tivesse morrido.<br />

Por isso Deus, o Filho, veio a esta<br />

Terra como o Filho do homem. Ele<br />

O Espírito Santo<br />

flui de Deus<br />

para nós.<br />

veio morrer para que a nova aliança<br />

– a Sua vontade e Seu testamento –<br />

tivesse efeito.<br />

O Espírito Santo:<br />

O Executor da Nova Aliança<br />

Quando morre o homem que declarou<br />

sua vontade, escrevendo seu<br />

testamento, e necessário que alguém<br />

tome as medidas relacionadas ao<br />

testamento. Alguém tem de executar<br />

(ou cumprir) essas providencias.<br />

A pessoa nomeada para fazer<br />

isto e chamada “testamenteiro” –<br />

porque ele executa (ou determina)<br />

as medidas para o cumprimento da<br />

vontade do falecido.<br />

Cristo não só morreu, mas Ele<br />

subiu novamente e ascendeu a mão<br />

direita do Pai. Ao fazer isso, Ele poderia<br />

se tornar, no céu, “o executor”<br />

da Sua vontade, do Seu Testamento.<br />

Ele poderia estabelecer assim, legalmente,<br />

as providências para a exe-<br />

cução do próprio testamento, da Sua<br />

(nova) aliança.<br />

Uma vez que o novo testamento<br />

foi estabelecido no céu, era necessário<br />

executá-lo ou colocá-lo em vigor<br />

– aqui na Terra. Por isso, do céu,<br />

Deus enviou o Seu Espírito Santo no<br />

dia do Pentecostes.<br />

O Espírito de Deus e o divino<br />

“Executor” da vontade e do testamento<br />

de Cristo. Ele e Aquele que<br />

executa a nova aliança com suas bênçãos<br />

e benefícios. “Porei dentro de<br />

vós o meu Espírito e farei que andeis<br />

nos meus estatutos, guardeis os meus<br />

juízos e os observeis” (Ez 36:27).<br />

O papel do Espírito Santo de executor<br />

da nova aliança e confirmado<br />

pelas palavras do próprio Cristo.<br />

Logo antes de Sua crucificação,<br />

Jesus tentou preparar os Seus discípulos<br />

para a Sua partida. Ele iria<br />

deixa-los, e eles ficariam por conta<br />

própria. Contudo, Ele lhes prometeu<br />

que não os deixaria órfãos; Ele enviaria<br />

Alguém para ocupar o Seu lugar:<br />

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos<br />

dará outro Consolador, a fim de que<br />

esteja para sempre convosco, o Espírito<br />

da verdade, que o mundo não<br />

pode receber, porque não no vê, nem<br />

o conhece; vos o conheceis, porque<br />

ele habita convosco e estará em<br />

vos” (Jo 14: <strong>16</strong>,17).<br />

A palavra grega para “consolador”<br />

é parakletos. Ela tem um significado<br />

muito mais amplo do que<br />

“aquele que conforta ou consola”.<br />

Esta palavra vem da combinação<br />

de duas palavras gregas: para, que<br />

significa “ao lado de”, e kaleo, cujo<br />

sentido e “chamar”. Juntas essas palavras<br />

querem dizer “chamado para<br />

o lado da pessoa”. Esta palavra, parakletos,<br />

significa muitas coisas no<br />

Novo Testamento. E traduzida como<br />

“intercessor”, “consolador”, “ajudante”,<br />

“defensor”, “conselheiro”.<br />

Ela conceituava um advogado que<br />

representa um dos lados num tribunal.<br />

Vemos esse sentido em 1 João<br />

2:1: “Se, todavia, alguém pecar, temos<br />

Advogado junto ao Pai, Jesus<br />

Cristo, o Justo”.<br />

Um “advogado” é um conselheiro<br />

legal ou um defensor. Ele pleiteia<br />

a causa de seu cliente perante um tribunal<br />

de justiça. O advogado fica ao<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 19


lado do seu cliente, para aconselhalo<br />

e defender seus interesses. E dever<br />

do advogado providenciar para<br />

que seu cliente tenha acesso a todos<br />

os benefícios da lei.<br />

Para fazer vigorar o Seu testamento<br />

– a nova aliança – Deus, o<br />

Pai, designou dois Advogados para<br />

nos. (Isso deveria nos dar uma medida<br />

de “conforto”!) Um deles esta a<br />

mão direita do Pai. Como já vimos,<br />

Ele e o próprio Senhor Jesus. Desta<br />

forma, se nos pecamos, temos um<br />

“Advogado” no céu para pleitear<br />

nossa causa – e Ele nunca perdeu nenhum<br />

caso. Também e muito importante<br />

nos lembrarmos de que Deus,<br />

o Pai, Juiz de tudo, esta totalmente<br />

ao nosso lado! Deus e por nós (Rm<br />

Jesus se tornou nosso<br />

Advogado ou Aquele<br />

que irá ao Pai para<br />

nos representar.<br />

8:31-39). Mas Ele também tem que<br />

satisfazer sua perfeita justiça, exigindo<br />

um pagamento pelo pecado.<br />

Ele fez isso quando “não poupou o<br />

seu próprio Filho, antes, por todos<br />

nos o entregou” (Rm 8:32).<br />

A justiça exigiu que o Juiz de toda<br />

a Terra julgasse o pecado; e a sentença<br />

foi a morte. Ou seja, o homem<br />

errou e a justiça puniu.<br />

Mas Deus, que e totalmente justo,<br />

e também perfeitamente misericordioso.<br />

A perfeita justiça requer<br />

pagamento pelo pecado, contudo a<br />

perfeita misericórdia fez pelo homem<br />

o que este não pode fazer por si<br />

mesmo. “Mas Deus, sendo rico em<br />

misericórdia, por causa do grande<br />

amor com que nos amou, e estando<br />

nos mortos em nossos delitos, nos<br />

deu vida juntamente com Cristo, –<br />

pela graça sois salvos, e juntamente<br />

com ele, nos ressuscitou, e nos fez<br />

assentar nos lugares celestiais em<br />

Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos<br />

vindouros, a suprema riqueza<br />

da sua graça, em bondade para<br />

conosco, em Cristo Jesus. Porque<br />

pela graça sois salvos, mediante a<br />

fé; e isto não vem de vós; é dom de<br />

Deus; não de obras, para que ninguém<br />

se glorie. Pois somos feitura<br />

dele, criados em Cristo Jesus para<br />

boas obras, as quais Deus de antemão<br />

preparou para que andássemos<br />

nelas” (Ef 2:4-10). Louvado seja<br />

Deus pelo Seu grande amor!<br />

Nós também temos um Advogado<br />

aqui na Terra. E o Espírito Santo<br />

– nosso divino Conselheiro e Advogado.<br />

Foi isso que Jesus disse quando<br />

afirmou que o Pai nos enviaria<br />

outro Parakletos. A seguir, vamos<br />

meditar na obra do Espírito Santo<br />

em nosso coração e em nosso viver<br />

diário.<br />

O Espírito Santo:<br />

O Controle Interior Para Nossa Vida.<br />

O que é que nosso Advogado,<br />

o Espírito Santo, ira fazer por nos?<br />

Ezequiel responde a essa pergunta:<br />

“Dar-vos-ei coração novo... Porei<br />

dentro de vós o meu Espírito e farei<br />

que andeis nos meus estatutos” (Ez<br />

36: 26,27).<br />

Em outras palavras, Deus esta<br />

colocando a Sua “lei de amor” em<br />

nosso coração e mente, através da<br />

presença do Espírito Santo que habita<br />

em nos. Então, o Espírito Santo<br />

nos “ensinará todas as coisas” (Jo<br />

14:26) e nos “guiará a toda a verdade”<br />

(Jo <strong>16</strong>:13). É através do Espírito<br />

de Deus em nós que começamos<br />

a experimentar nossa salvação em<br />

nosso viver diário.<br />

É de suma importância lembrarmos<br />

de que o Espírito Santo não<br />

substitui a Palavra de Deus. O Espírito<br />

Santo veio para explicar a Palavra<br />

e aplicá-la em nossa vida. O<br />

Espírito e a Palavra trabalham juntos<br />

para revelar-nos a vontade de Deus<br />

e dar-nos poder para sermos transformados<br />

na imagem de Cristo. A<br />

obra do Espírito Santo em nossa<br />

20 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


vida sempre estará de acordo com<br />

a verdade da Palavra de Deus.<br />

Além disso, o Espírito Santo não<br />

só nos revelará a vontade do Pai;<br />

Ele também nos capacitara a cumpri-la.<br />

Se nos submetermos ao Seu<br />

controle, o Espírito Santo não apenas<br />

nos mostrará o que fazer e aonde<br />

ir; mas também nos levara na direção<br />

certa.<br />

A “lei interior do amor” – unida<br />

ao Espírito Santo da verdade – e<br />

muito exigente. Ela abrange todos<br />

os detalhes e minutos de nossa vida.<br />

De fato, a vida dirigida pelo Espírito<br />

e mais exigente ate mesmo que a<br />

lei de Moisés. Contudo, há uma diferença.<br />

Nesta vida nova em Cristo,<br />

nos somos movidos pelo poder interior<br />

do amor de Deus. Somos dirigidos<br />

pelo Seu Espírito, que revela a<br />

Sua verdade escrita em Sua Palavra.<br />

A vida cheia do Espírito não exige<br />

nenhuma sujeição severa, mas, sim,<br />

uma obediência amorosa.<br />

Contudo, não quero dizer que,<br />

sendo conduzidos pelo Espírito Santo,<br />

ficaremos livres das exigências<br />

da Lei. A presença do Espírito de<br />

Deus em nós nos tornou livres das<br />

leis escritas em pedra; contudo Ele<br />

nos fez livres para obedecermos a lei<br />

escrita em nosso coração. Nenhuma<br />

lei escrita em tábuas de pedra pode<br />

abranger completamente todas as situações<br />

que enfrentamos. Somente o<br />

Espírito Santo, que lança luz sobre a<br />

verdade da Palavra de Deus, poderia<br />

fazer isso. Ser livres em Cristo não<br />

significa fazer tudo que queremos.<br />

Nós somos libertos para cumprir<br />

o que temos de fazer – obedecer a<br />

Deus em toda situação por que passarmos!<br />

O poder do amor de Deus em<br />

nosso coração e muito mais que um<br />

simples entusiasmo. Esta “lei do<br />

amor” pode nos condenar quando<br />

não agimos ou falamos em amor.<br />

Ela atua em todos os tipos de situações,<br />

muitas das quais não foram,<br />

especificamente, cobertas pelos Dez<br />

Mandamentos.<br />

Todos nós necessitamos de um tipo<br />

de “controle interior” para dirigir<br />

nossa vida diariamente. Isto é Cristo<br />

vivendo Sua vida através de nós.<br />

Tragicamente, muitos de nós não<br />

confiamos no Espírito Santo que<br />

habita em nosso coração. Em vez<br />

disso, olhamos para as “tábuas de<br />

pedra” que estão fora de nosso coração.<br />

Tentamos cumprir as leis de<br />

Deus usando nossos fracos esforços.<br />

Pensamos que, de alguma maneira,<br />

podemos nos tornar santos a partir<br />

de algo externo ou uma fonte de fora.<br />

Mas isso não funciona.<br />

Agora talvez possamos entender<br />

melhor a diferença entre as duas<br />

alianças. Na velha aliança, a lei estava<br />

fora de nós – escrita em tábuas de<br />

pedra. Na nova aliança, a lei está dentro<br />

de nós – escrita em nosso coração<br />

e mente. A Lei poderia forçar uma<br />

conformidade externa que só duraria<br />

temporariamente. Mas o Espírito<br />

que habita em nós pode transformar<br />

nosso interior permanentemente.<br />

Deus nos deu o Seu Espírito Santo<br />

para que pudéssemos conhecer a<br />

Sua vontade em nossa mente, e ser<br />

movidos a fazer a Sua vontade com<br />

o coração – pelo poder concedido<br />

pelo Espírito. Assim, nós cumprimos<br />

as exigências da lei, que requerem<br />

uma vida reta e santa. Porque<br />

nós já não andamos na carne, mas<br />

no Espírito. Verdadeiramente, Ele e<br />

o controle interior de nossa vida!<br />

LIvre do LeGALISmo<br />

Não Mais Presos<br />

Infelizmente, muitos cristãos sinceros<br />

são tentados a voltar para o<br />

controle exterior da Velha Lei. Isso<br />

já acontecia com alguns cristãos judeus<br />

na época de Paulo.<br />

Eles estavam sendo tentados por<br />

lideres legalistas a abandonar a graça<br />

que alcançaram em Cristo Jesus.<br />

Paulo fez uma referência direta a<br />

este tipo de perigo em sua carta aos<br />

romanos:<br />

“Porventura, ignorais, irmãos<br />

(pois falo aos que conhecem a lei),<br />

que a lei tem domínio sobre o homem<br />

toda a sua vida?<br />

“Ora, a mulher casada esta ligada<br />

pela lei ao marido, enquanto<br />

ele vive; mas, se o mesmo morrer,<br />

desobrigada ficará da lei conjugal.<br />

“De sorte que será considerada<br />

adúltera se, vivendo ainda o marido,<br />

unir-se com outro homem; porém, se<br />

morrer o marido, estará livre da lei<br />

e não será adultera se contrair novas<br />

núpcias.<br />

“Assim, meus irmãos, também<br />

vos morrestes relativamente a lei,<br />

por meio do corpo de Cristo, para<br />

pertencerdes a outro, a saber, aquele<br />

que ressuscitou dentre os mortos,<br />

para que frutifiquemos para Deus”<br />

(Rm 7:1-4).<br />

Matrimônio:<br />

Uma Figura de Nosso Novo<br />

Relacionamento com Cristo<br />

Paulo usa as leis do matrimônio<br />

para ilustrar o relacionamento com<br />

Cristo sob a Nova Aliança (testamento).<br />

Como pecadores, éramos “casados”<br />

com a Lei e presos as suas exigências.<br />

Quando aceitamos a Cristo<br />

como Salvador, fomos “batizados”<br />

(colocados) em Seu Corpo (1 Co<br />

12:13). Assim fomos identificados<br />

com Ele – na Sua morte e ressurreição<br />

(veja Romanos 6).<br />

Quando Cristo morreu na cruz,<br />

nos estávamos “Nele”. Quando Ele<br />

foi levantado da morte e ascendeu<br />

ao céu – nós também subimos e ascendemos<br />

“Nele” e estamos assentados<br />

com Ele nos céus (veja Efésios<br />

2:1-6).<br />

Pela nossa morte na cruz (em<br />

Cristo), nós não apenas fomos feitos<br />

livres do poder do pecado, mas<br />

também livres de nossa “escravidão<br />

matrimonial” para com a Lei. Agora<br />

nos somos livres para nos casarmos<br />

com “Outro” – Cristo.<br />

Quando Cristo ressurgiu, nos<br />

também revivemos Nele. Quando<br />

Jesus ressuscitou, Ele se tornou nosso<br />

Esposo divino, e nós nos tornamos<br />

a Noiva de Cristo.<br />

Nós não estamos mais debaixo<br />

da regra da Lei – nosso “velho<br />

marido”. Agora nos estamos sob a<br />

amorosa norma e lei de nosso “novo<br />

Marido” – o Senhor Jesus.<br />

“Adultério” Espiritual:<br />

Um Problema Para<br />

Muitos Cristãos Sinceros<br />

Um problema para muitos cristãos<br />

sinceros e a tentação de viver<br />

novamente sob o domínio da Lei.<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 21


Em Cristo, Deus os livrou dela, o<br />

“velho marido” (a Lei). Assim eles<br />

poderiam se casar com o “novo marido”<br />

(o Senhor).<br />

Eles ainda parecem atraídos a<br />

voltar a uma relação “amigável”<br />

com aqueles com quem eles já foram<br />

casados. Com certeza, eles não<br />

percebem o que estão fazendo. Contudo,<br />

esses cristãos estão “flertando”<br />

com a lei, e isso pode conduzi-los ao<br />

adultério espiritual.<br />

Eles não estão confiando totalmente<br />

na “consumação” da obra de<br />

Cristo na cruz. Então, sentem que<br />

precisam “acrescentar algo” para<br />

satisfazer completamente as exigências<br />

da Lei. Eles não entendem<br />

que, quando olham para a Lei desse<br />

modo, eles verdadeiramente estão<br />

sendo “infiéis” ao novo Marido, o<br />

Senhor Jesus. Nos não podemos por<br />

nossa fé na Lei e na graça de Deus<br />

ao mesmo tempo.<br />

Legalismo: Um Problema Sério na<br />

Igreja da Galácia<br />

A igreja da Galácia havia enfrentado<br />

esse mesmo problema. Alguns<br />

mestres legalistas vieram de Jerusalém<br />

e tentaram conduzir os gálatas<br />

cristãos de volta a submissão a Lei.<br />

Esses mestres judeus disseram aos<br />

crentes da Galácia que eles somente<br />

seriam salvos do pecado e separados<br />

para Cristo se fossem circuncidados.<br />

Eles ensinaram aos Gálatas que isso<br />

era algo que eles teriam de fazer,<br />

alem de confiar em Cristo.<br />

Submetendo-se as ordenanças da<br />

Lei do Velho Testamento que exigia<br />

a circuncisão, eles eram como uma<br />

mulher casada que se submete a alguém<br />

que não o próprio marido. Isso<br />

e errado no matrimônio. Uma esposa<br />

só se submete a seu marido.<br />

Da mesma maneira, estão erradas<br />

as pessoas que dizem que estão<br />

total-mente (e somente) confiando em<br />

Cristo – e põem a confiança em outras<br />

coisas como medalhas religiosas, penitências,<br />

e outras práticas religiosas.<br />

Retornando ao velho “marido” (a<br />

Lei), os gálatas estavam sendo infiéis.<br />

Cristo os libertara através de Sua<br />

morte na cruz. Agora eles voltavam<br />

a escravidão das leis do Velho Testamento.<br />

Legalismo:<br />

Um Perigo Permanente<br />

O perigo que os crentes corriam<br />

de se deixar escravizar novamente<br />

a uma relação infiel com a Lei era<br />

uma grande preocupação do apóstolo<br />

Paulo. Ele advertiu a igreja da<br />

Galácia com estas fortes palavras:<br />

“Para a liberdade foi que Cristo<br />

nos libertou. Permanecei, pois, firmes<br />

e não vos submetais, de novo, a<br />

jugo de escravidão.<br />

“Eu, Paulo, vos digo que, se vos<br />

deixardes circuncidar, Cristo de nada<br />

vos aproveitará.<br />

“De novo, testifico a todo homem<br />

que se deixa circuncidar que esta<br />

obrigado a guardar toda a lei. De<br />

Cristo vos desligastes, vos que procurais<br />

justificar-vos na lei; da graça<br />

decaístes.” (Gl 5:1-4).<br />

Na mente de Paulo, não havia<br />

nada mais trágico do que o Cristão<br />

voltar da liberdade que tem em Cristo,<br />

para a escravidão de um sistema<br />

legalista. Lamentavelmente, sempre<br />

existiram fariseus que buscavam levar<br />

o povo de Deus de volta aquele<br />

tipo de escravidão.<br />

Uma Sombra Escura de Medo<br />

O espírito do legalismo e muito<br />

poderoso e extremamente enganoso.<br />

O cristão sincero, que não entende<br />

a verdadeira base da sua salvação,<br />

pode ser facilmente seduzido ou enganado.<br />

Ele quer verdadeiramente<br />

agradar a Deus e ter a Sua aprovarão.<br />

Tentar cumprir as exigências da<br />

Lei parece-lhe um jeito certo de conseguir<br />

isto. Pode parecer certo, mas<br />

está errado!<br />

Quando ofereceremos<br />

nossas obras a Deus,<br />

negamos a obra<br />

realizada por Jesus<br />

na cruz.<br />

22 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


A força básica por trás do legalismo<br />

é o medo. A Lei diz estritamente<br />

que nos temos de fazer ou<br />

então morreremos. Contudo, assim<br />

que seguimos esse caminho, vemos<br />

claramente que nada que fizermos<br />

será suficiente para satisfazer a Lei.<br />

Então, uma nuvem escura de condenação<br />

vem sobre nos e enche nosso<br />

coração. Só a luz do amor de Deus<br />

– a “luz do Evangelho” – pode dispersar<br />

essa escuridão.<br />

E isso tem acontecido!<br />

Se nós aceitarmos a salvação<br />

completamente como um dom gratuito,<br />

somos feitos livres da escravidão<br />

do legalismo.<br />

LIvre dA CondenAÇÃo<br />

Palavras de Esperança que Iluminam<br />

Vejamos as palavras de esperança<br />

e encorajamento do apóstolo<br />

Paulo no primeiro verso do Oitavo<br />

Capitulo de Romanos: “Agora, pois,<br />

já NENHUMA CONDENAÇÃO há<br />

para os que estão em Cristo Jesus.”<br />

A segunda parte do verso 4 –<br />

“que não andamos segundo a carne,<br />

mas segundo o Espírito” – não se<br />

encontra nos melhores e mais confiáveis<br />

textos do grego. E possível<br />

que essa parte do verso 4 tenha sido<br />

acrescentada aqui, acidentalmente,<br />

por erro de um copista.<br />

Contudo, alguns dos tradutores<br />

posteriores talvez não tenham aceitado<br />

tal declaração, sem impor algumas<br />

condições. Certamente, eles<br />

podem ter pensado que deveria haver<br />

algo que nos teríamos de “fazer”<br />

para sairmos de debaixo da condenação.<br />

Assim eles tiraram uma parte<br />

do verso quatro e a acrescentaram ao<br />

verso um.<br />

Por que eles fizeram isto? Possivelmente<br />

porque ainda estavam<br />

vivendo pela Lei exterior. Eles não<br />

entenderam as providencias da nova<br />

aliança completamente. Então, somaram<br />

algumas condições de esforço<br />

próprio: “Para sair da condenação,<br />

você não deve andar na carne;<br />

você tem de andar no Espírito.”<br />

Ao acrescentar essas palavras a<br />

Bíblia, eles distorceram a beleza primitiva<br />

de nossa nova aliança. Essas<br />

palavras nos ensinam falsamente que<br />

qualquer fracasso de nossa parte nos<br />

colocara imediatamente debaixo de<br />

condenação. Isso é falso e é o oposto<br />

do que Paulo estava tentando dizer e<br />

ensinar. Porém, como dissemos anteriormente,<br />

fomos feitos livres para<br />

obedecer a Deus. Não devemos usar<br />

nossa liberdade para satisfazer aos<br />

desejos da carne. “Porque vos, irmãos,<br />

fostes chamados a liberdade;<br />

porem não useis da liberdade para<br />

dar ocasião à carne; sede, antes,<br />

servos uns dos outros, pelo amor...<br />

Digo, porém: andai no Espírito e jamais<br />

satisfareis a concupiscência da<br />

carne” (Gl 5:13,<strong>16</strong>).<br />

Se estamos em Cristo, nos não<br />

estamos debaixo de condenação<br />

(Deus está expulsando o julgamento).<br />

Contudo se violarmos o Seu Domínio<br />

e a lei do amor que o Espírito<br />

Santo colocou em nos, sentiremos<br />

convicção do nosso erro.<br />

Há uma diferença entre convicção<br />

e condenação. A convicção nos<br />

atrairá a Cristo, levando-nos a buscar<br />

o Seu perdão e purificação. Um<br />

senso de condenação nos afastará de<br />

Deus e nos fará tentar trabalhar mais<br />

duro, com nosso próprio esforço,<br />

para estarmos religiosamente perfeitos.<br />

Algumas pessoas adquirem um<br />

estranho senso de satisfação que<br />

vem de um ministério de condenação.<br />

Se não são açoitadas e golpeadas<br />

pela Lei, não consideram que tiveram<br />

uma boa reunião. Essa atitude<br />

legalista pode levar a pessoa a sentir<br />

orgulho de sua noção de justiça.<br />

Foi por isso que Jesus corajosa<br />

e duramente confrontou os fariseus.<br />

Eles colocavam fardos de legalismo<br />

nas costas das pessoas, os quais elas<br />

não podiam aguentar (Mt 23:4; At<br />

15:10,11).<br />

Para Sempre Livres da Lei<br />

Estamos livres da condenação<br />

porque Cristo já pagou pelo nosso<br />

pecado. Ele o levou sobre Si e recebeu<br />

o castigo pelo mesmo quando<br />

morreu na cruz. Ele foi condenado<br />

em nosso lugar. Por isso, estamos livres<br />

da lei do pecado e da morte – e<br />

da condenação que ela causa.<br />

É exatamente isso que Paulo nos<br />

diz no verso seguinte: “Porque a lei<br />

do Espírito da vida, em Cristo Jesus,<br />

te livrou da lei do pecado e da morte”<br />

(Rm 8:2).<br />

Podemos entender melhor o significado<br />

desse verso se substituirmos<br />

a palavra “lei” pela palavra<br />

“controle”. “Porque o controle do<br />

Espírito... te livrou do controle do<br />

pecado e da morte”.<br />

“Pecado e morte” representam os<br />

resultados da lei escrita em pedra.<br />

Paulo esta afirmando que o Espírito<br />

Santo tem maior controle sobre nossa<br />

vida a partir de nosso interior do<br />

que a Lei a partir de nosso exterior.<br />

A autoridade superior habita dentro,<br />

não fora.<br />

LIvre PArA Se tornAr<br />

Como CrISto<br />

A Lei da Verdade e Amor<br />

O controle do Espírito Santo dentro<br />

de nós nos livra do domínio do<br />

pecado e da morte. A autoridade interior<br />

do Espírito Santo e um poder<br />

superior ao poder da Lei. Na realidade,<br />

.a Lei nunca poderia produzir<br />

a justiça que exige. Só o poder e a<br />

autoridade ido Espírito Santo podem<br />

fazer isso.<br />

Paulo amplia essa idéia nos dois<br />

próximos versos: “Agora, pois, já<br />

nenhuma condenação há para os<br />

que estão em Cristo Jesus.<br />

“Porque a lei do Espírito da<br />

vida, em Cristo Jesus, te livrou da<br />

lei do pecado e da morte.<br />

“Porquanto o que fora impossível<br />

a lei, no que estava enferma pela<br />

carne, isso fez Deus enviando o seu<br />

próprio Filho em semelhança de carne<br />

pecaminosa e no tocante ao pecado;<br />

e, com efeito, condenou Deus, na<br />

carne, o pecado, a fim de que o preceito<br />

da lei se cumprisse em nós, que<br />

não andamos segundo a carne, mas<br />

segundo o Espírito” (Rm 8:1-4).<br />

Nossa velha natureza pecaminosa<br />

também e denominada a “carne”.<br />

Viver “na carne” e agir por nossos<br />

próprios esforços – independentemente<br />

do Guardião interne da Lei (o<br />

Espírito Santo).<br />

Esse procedimento nos leva de<br />

volta a subordinação da Lei e a sua<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 23


condenação. Paulo diz claramente<br />

que isso só nos conduzira ao fracasso<br />

e ao sentimento de culpa. Nos<br />

nos torna-mos novamente enredados<br />

pela lei do pecado e da morte!<br />

Andar no Espírito e exercitar o<br />

domínio próprio–que e um fruto do<br />

Espírito (veja Gálatas 5:22) – pelo<br />

poder do Espírito Santo.<br />

Andar no Espírito traz vida. Nos<br />

andamos e vivemos no Espírito<br />

quando nos entregamos ao Seu controle.<br />

Ele sempre regera nossa vida<br />

em verdade e amor. Ele será muito<br />

rápido em nos convencer do pecado<br />

e, ao mesmo tempo, nunca nos<br />

condenara. Toda vez que desobedecermos<br />

a santa lei do amor de Deus,<br />

o Espírito Santo fielmente nos mostrara.<br />

Ele também nos dará o poder<br />

para viver sem a antiga lei, e assim<br />

ela não nos fará falta.<br />

Que lindo presente da graça de<br />

Deus o Espírito Santo e para o nosso<br />

coração! Não admira que Ele seja<br />

chamado de o Santo Consolador –<br />

nosso Conselheiro e Companheiro<br />

sempre presente.<br />

Um Desejo Interne e Poder<br />

Neste ponto, queremos esclarecer<br />

duas coisas para que não sejamos<br />

mal entendidos.<br />

1a Observação. Nós não estamos<br />

afirmando que o Espírito Santo<br />

veio substituir a Palavra de Deus (a<br />

Bíblia). Algumas pessoas ensinam<br />

isso, mas não e verdade.<br />

O Espírito Santo veio explicar<br />

a Palavra e aplicá-la a nossa vida.<br />

Sem as Escrituras, Ele não teria nada<br />

a explicar. A ação do Espírito Santo<br />

em nossa vida estará sempre de<br />

acordo com a verdade da Palavra<br />

de Deus. O Seu desejo e relacionar<br />

aquela Palavra aos detalhes de nossas<br />

atividades diárias.<br />

O Espírito Santo converte a Palavra<br />

Escrita em Palavra Viva em<br />

nosso coração. Ele faz disto o alvo<br />

vital de nossa fé. O Senhor Jesus e<br />

nosso Irmão modelo. Ele confiou<br />

totalmente em ambos – na Palavra<br />

de Deus e no Espírito de Deus–para<br />

cumprir a vontade de Seu Pai aqui<br />

na terra. E o que temos de fazer – e<br />

nada menos que isso.<br />

2 a Observação. Outro ponto importante<br />

e a nossa liberdade no Espírito.<br />

Quando estamos em Cristo, o Espírito<br />

Santo, a Palavra escrita de Deus e Sua<br />

vontade estão em pleno acordo.<br />

24 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


ANTEs DE sER CHEIO<br />

DO EsPÍRITO DE<br />

DEUs, EU ERA MUITO<br />

RELIGIOsO.<br />

O Espírito Santo não nos liberta<br />

das exigências da Lei para que<br />

possa-mos viver dissolutamente. Ele<br />

nos fez livres da lei escrita em pedra,<br />

para obedecermos à lei escrita em<br />

nosso coração.<br />

Essa lei ou controle e superior.<br />

E esta lei mais elevada, do Espírito<br />

Santo dentro de nos, governara todas<br />

as áreas de nossa vida. Nenhuma<br />

lei escrita em tábuas de pedra jamais<br />

poderia cobrir todas as diferentes<br />

situações que enfrentamos na vida.<br />

Só o Espírito Santo pode, em cada<br />

situação, aplicar a lei interior que e<br />

fruto do amor de Deus.<br />

Não, nós não estamos sendo libertos<br />

para seguir as cobiças ou os<br />

desejos de nossa carne. Na realidade,<br />

se estivermos em falta com relação<br />

a vontade de Deus para nos<br />

em Cristo, o Espírito Santo nos<br />

convencerá disso e nos corrigira<br />

imediatamente.<br />

É propósito Dele nos tornar como<br />

Jesus – nos conformar a imagem de<br />

Cristo. Como o Espírito de Cristo,<br />

Ele se torna para nos nossa lei interior<br />

de vida. Já não somos controlados<br />

por uma lei exterior de “faça<br />

isso” e “não faça aquilo”, mas por<br />

um desejo e um poder interiores de<br />

nos tornarmos como o Senhor Jesus.<br />

“E todos nos, com o rosto desvendado,<br />

contemplando, como por<br />

MINHA ATENçãO<br />

EsTAvA vOLTADA<br />

EM fAzER...<br />

espelho, a glória do Senhor, somos<br />

transformados, de glória em glória,<br />

na sua própria imagem, como<br />

pelo Senhor, o Espírito” (2 Co<br />

3:18).<br />

LIvre PArA<br />

“ANDAR NA LUZ”<br />

Livre Para Sempre!<br />

A glória do Senhor e uma luz<br />

magnífica, “e não há nele treva nenhuma”<br />

(1 Jo 1:5). Assim também,<br />

querido e santo irmão, não deve haver<br />

nenhum tipo de trevas em nosso<br />

andar com o Senhor.<br />

A nuvem de condenação foi retirada.<br />

A sombra escura do medo foi<br />

dispersa.<br />

Se já submetemos nosso espírito<br />

ao Espírito de Deus, e nossa mente<br />

à Sua Palavra, verdadeiramente, não<br />

precisamos mais ter medo. Podemos<br />

cometer alguns erros, mas Deus será<br />

fiel em operar junto a eles para o<br />

nosso bem e a gloria Dele. Ele nos<br />

instruirá amorosamente e nos disciplinará,<br />

dia a dia, se assim o permitirmos.<br />

Graças a Deus, nos temos recebido<br />

um coração novo, um espírito<br />

novo e uma nova aliança.<br />

Nós fomos feitos livres – e nossa<br />

AGORA, EU AINDA AjO<br />

CONfORME DEUs DIRI-<br />

GE, MAs PROCURO EsTAR<br />

NELE – NãO sOMENTE<br />

TRAbALHAR PARA ELE.<br />

liberdade em Cristo esta sempre segura!<br />

O Caminho de Deus de Paz e Alegria<br />

Querido e santo irmão, Deus deseja<br />

que desfrutemos das bênçãos e<br />

benefícios de Sua nova aliança. E<br />

um dom da Sua graça em Cristo Jesus.<br />

O Seu Espírito Santo habita em<br />

nos agora, e “onde está o Espírito<br />

do Senhor, aí há liberdade” (2 Co<br />

3:17). É a liberdade da lei do pecado<br />

e da morte.<br />

A lei de amor de Deus esta claramente<br />

escrita em nosso coração. O<br />

Espírito Santo – nosso Consolador e<br />

Conselheiro – aplicará essa lei a todos<br />

os detalhes de nossa vida. Ele fielmente<br />

nos corrigira e nos dirigira nos caminhos<br />

do Senhor. Esse e o caminho<br />

de Deus de paz e alegria para nós.<br />

Podemos ter paz e alegria, querido<br />

amigo! Se você se sente sempre<br />

tentado a voltar para a servidão da<br />

escravidão do legalismo, repita estas<br />

palavras de confiança encontradas<br />

em Romanos 8:1,2:<br />

“Agora, pois já NENHUMA<br />

CONDENAÇÃO há para os que estão<br />

em Cristo Jesus. Porque a lei do<br />

Espírito da vida, em Cristo Jesus,<br />

TE LIVROU” – nos fez livres para<br />

andar “na luz, como ele esta na luz”<br />

(1 Jo 1.7), a luz gloriosa do amor e<br />

da graça de Deus. ■<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 25


SALVAÇÃO CAPÍTULO<br />

envIAdo PArA SALvAÇÃo<br />

● CHAMADO PARA IR!<br />

● CUMPRINDO O PLANO DE<br />

deuS PArA o FInAL doS<br />

temPoS<br />

CHAMADO PARA IR!<br />

Nós não devemos apenas andar na<br />

luz; fomos chamados, como João Batista,<br />

para dar testemunho da luz (Jo<br />

1:7).<br />

O Senhor Jesus "vos chamou das<br />

trevas para a sua maravilhosa luz” (1<br />

Pe 2:9). Mas ao nos conceder o dom<br />

da salvação, Ele não apenas nos chamou<br />

a sair das trevas; Ele nos convocou<br />

a IR até aqueles que ainda jazem<br />

“em trevas” (Mt 4:<strong>16</strong>) – para lhes dar<br />

as Boas Novas de salvação e “os converteres<br />

das trevas para a luz” (At<br />

26:18).<br />

Você tem a luz do Evangelho. Você<br />

possui a “luz da vida – vida eterna<br />

em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Jo<br />

8:12; Rm 6:23).<br />

Muitas pessoas não sabem disso.<br />

Multidões em todo o mundo permanecem<br />

na sombra da morte – morte<br />

eterna, o “salário do pecado” (Mt<br />

4:<strong>16</strong>; Rm 6:23). Eles ainda não viram<br />

a luz.<br />

Cabe a você:<br />

Mostrar-lhes a luz. Deixar a luz do<br />

Evangelho, que brilha em você, brilhar<br />

sobre eles. Atenda a ordem de Cristo, e<br />

assim “brilhe também a vossa luz diante<br />

dos homens” (Mt 5:<strong>16</strong>).<br />

Afinal Ele não diz em Mateus 5:14,<br />

“VÓS sois a luz do mundo”?<br />

Jesus NÃO afirmou que você e luz<br />

somente em sua igreja, ou apenas em<br />

sua cidade, ou nação – Ele disse O<br />

MUNDO.<br />

É verdade: Jesus, “a verdadeira<br />

Luz” (Jo 1:9), quer que nos resplandeçamos<br />

“como luzeiros no mundo”<br />

(Fp 2:15); Ele quer que façamos brilhar<br />

a luz do Evangelho em TODO o<br />

mundo:<br />

“Eu te constituí para luz<br />

dos gentios, [nações]<br />

a fim de que sejas para salvação<br />

até aos confins da terra"<br />

(At 13:47).<br />

Jesus disse “Ide... fazei discípulos<br />

de todas as nações” (Mt 28:19);<br />

“Ide por todo o mundo e pregai o<br />

Evangelho” (Mc <strong>16</strong>:15).<br />

Deixe SUA luz brilhar!<br />

4<br />

Uma Pessoa Pode<br />

Ganhar Milhares<br />

É claro que não podemos ir a todo<br />

o mundo e nós mesmos pregar o<br />

Evangelho.<br />

Mas quem é pastor pode, encorajar<br />

os membros de sua igreja a<br />

pregar aqueles que estão fora dela.<br />

Se houver membros da igreja que<br />

tem ministério e dons de liderança,<br />

o pastor pode enviá-los a plantar<br />

novas igrejas – e eles, por sua vez,<br />

podem enviar outros a, igualmente,<br />

fundar mais igrejas.<br />

Quem é evangelista pode ir para<br />

a próxima cidade ou aldeia, pregar<br />

o Evangelho e ganhar almas para<br />

Cristo. Então treinará esses novos<br />

convertidos para irem a uma cidade<br />

ou aldeia mais adiante e ganhar ainda<br />

mais almas para Cristo; e enviar<br />

aqueles novos convertidos ate mais<br />

distante para ganhar muitos mais...<br />

Deste modo, o ministério de apenas<br />

um líder de igreja – VOCÊ! –<br />

pode ganhar dezenas, centenas, ou,<br />

até mesmo, milhares para Cristo...<br />

Assim, a luz do Evangelho que<br />

resplandeceu em seu coração pode<br />

iluminar todo o caminho até aos<br />

confins da terra...<br />

E dessa maneira, querido companheiro<br />

de trabalho no Evangelho, você<br />

pode exercer função vital nesta obra...<br />

CumPrIndo o PLAno de deuS<br />

PArA o FInAL doS temPoS<br />

“Que todos sejam um"<br />

Jesus falou aos Seus discípulos que<br />

nos últimos dias o mundo enfrentaria<br />

26 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


tempos de grande angústia e dificuldade<br />

(2 Tm 3:1). Medo, ódio e ganância<br />

levariam as nações do mundo a guerrearem<br />

uma contra a outra. Os “últimos<br />

dias” serão verdadeiramente tempos de<br />

trevas (veja Mateus 24; Lucas 21).<br />

Porém, há um brilho de esperança<br />

para a Igreja Crista:<br />

“E acontecerá nos últimos dias,<br />

diz o Senhor, que derramarei do meu<br />

Espírito sobre toda a carne... E acontecera<br />

que todo aquele que invocar<br />

o nome do Senhor será salvo” (At<br />

2:17,21).<br />

Esses versos de Joel 2:28-32 que<br />

Pedro citou em seu sermão, significam<br />

que a era da Igreja estava começando<br />

no Dia de Pentecostes, quando o Espírito<br />

Santo foi derramado. Essa era<br />

terminara nos eventos culminantes do<br />

apocalipse.<br />

Isso mostra que mais pessoas vão<br />

ouvir do Evangelho e serão salvas nos<br />

últimos dias do que em qualquer outro<br />

tempo da história. Naqueles dias, haverá<br />

um grande avivamento que será como<br />

a luz do Evangelho brilhando na escuridão<br />

de um mundo agonizante. Deus<br />

sempre traz uma “advertência” e uma<br />

“testemunha” antes dos tempos de grande<br />

julgamento.<br />

Por isto, Deus deseja unificar a<br />

Igreja através da adoração, do trabalho,<br />

da luta e do testemunho. O avivamento<br />

só virá quando o poder e a<br />

glória de Cristo forem revelados pelo<br />

Seu Corpo através do mundo inteiro.<br />

“Rogo... que todos sejam um...<br />

para que o mundo creia que tu me enviaste”<br />

(Jo 17:20,21);<br />

“E será pregado este evangelho do<br />

reino por todo o mundo, para testemunho<br />

a todas as nações. Então, vira<br />

o fim” (Mt 24:14).<br />

“Porque Deus amou<br />

ao mundo de tal maneira...”<br />

“Reconciliação” é uma palavra bonita<br />

e maravilhosa. Significa “promover<br />

a paz entre aqueles que quebraram a<br />

comunhão entre si”. Quando o homem<br />

pecou, ele se opôs a Deus, colocando-se<br />

sob o controle do Seu inimigo – Satanás.<br />

Desobedecer a Deus e pecado. E o pecado<br />

nos separa de Deus e nos torna Seus<br />

inimigos.<br />

Deus, em Sua graça, quer nos perdoar<br />

os pecados e nos levar de volta<br />

à Sua família. Em resumo, o Criador<br />

quer que sejamos “reconciliados” e vivamos<br />

em paz com Ele. Essa é a razão<br />

pela qual enviou Seu Filho ao mundo;<br />

para morrer por nossos pecados. Deus<br />

quer ser nosso Pai; Ele deseja ser nosso<br />

amigo!<br />

Reconciliação e uma palavra transbordante<br />

de uma santa maravilha. Ela<br />

nasce no coração do próprio Deus. Ela<br />

fala do Seu amor e graça para com<br />

todo o gênero humano. Mostra o Seu<br />

desejo de atrair todas as nações do<br />

mundo para Si.<br />

As nações são compostas por pessoas,<br />

e Deus ama as pessoas – até<br />

mesmo aquelas pessoas que pecaram<br />

e buscaram fazer a própria vontade e<br />

andar no próprio caminho. Por causa<br />

do pecado, o homem se afastou de<br />

Deus e se tornou Seu inimigo. Através<br />

de Cristo, Deus busca resgatar o mundo<br />

inteiro para ter um relacionamento<br />

perfeito com Ele.<br />

“Porque Deus amou ao mundo de<br />

tal maneira que deu o seu Filho unigênito,<br />

para que todo o que nele crê<br />

não pereça, mas tenha a vida eterna”<br />

(Jo 3.<strong>16</strong>).<br />

“Os Embaixadores em<br />

Nome de Cristo”<br />

Deus revelou ao apóstolo Paulo<br />

o Seu grande amor pelas nações do<br />

mundo. Além disso, Ele encheu o coração<br />

do próprio Paulo desse mesmo<br />

amor. Leia com atenção estas palavras<br />

que Paulo escreveu para à igreja em<br />

Corinto:<br />

“Ora, tudo provém de Deus, que<br />

nos reconciliou consigo mesmo por<br />

meio de Cristo e nos deu o ministério<br />

da reconciliação, a saber, que Deus estava<br />

em Cristo reconciliando consigo<br />

o mundo, não imputando aos homens<br />

as suas transgressões, e nos confiou a<br />

palavra da reconciliação.<br />

“De sorte que somos embaixadores<br />

em nome de Cristo, como se Deus<br />

exortasse por nosso intermédio. Em<br />

nome de Cristo, pois, rogamos que vos<br />

reconcilieis com Deus” (2 Co 5:18-<br />

20).<br />

Verdadeiramente, este é o plano<br />

de Deus para as nações: reconciliálas<br />

com Ele. O Senhor quer que<br />

TODAS as pessoas O conheçam, O<br />

amem, O adorem e O sirvam com<br />

todo o seu ser. Ele nunca mudou Seu<br />

propósito. Esse ainda é o desejo profundo<br />

do Seu coração.<br />

Os Primeiros Embaixadores<br />

Este era o desejo profundo do coração<br />

de Pedro, de Paulo e de Filipe.<br />

E de todos os apóstolos do Novo Testamento,<br />

profetas, anciãos, diáconos –<br />

toda a Igreja.<br />

Eles viram a “verdadeira Luz” – Jesus.<br />

Eles creram nesta luz (Jo 12:36).<br />

Eles receberam o dom da salvação. A<br />

luz do Evangelho brilhou em seus corações.<br />

Eles não mantiveram essa dádiva<br />

em segredo. Eles não esconderam a<br />

luz “debaixo do alqueire” (Mt 5:15).<br />

Eles “a deixaram brilhar” diante dos<br />

homens e mulheres na Judéia, Samaria...<br />

e até aos confins da terra.<br />

Um Poderoso Começo<br />

Eles testemunharam da Luz. Agora,<br />

iam adiante como testemunhas da Luz<br />

– pregando o Evangelho da salvação a<br />

tantos quantos lhes fosse possível.<br />

E eles testemunharam tão fielmente,<br />

e pregaram tão destemidamente – sob<br />

a orientação do Espírito Santo – que,<br />

apenas dois meses após a Ressurreição,<br />

milhares de pessoas haviam recebido o<br />

dom gratuito de Deus que e a salvação<br />

em Cristo Jesus (Atos 2:41).<br />

Apesar disso, não era “todo o mundo”<br />

(Mc <strong>16</strong>:15) – mas um poderoso<br />

começo.<br />

“... para Deus TUDO e possível”<br />

“Mas recebereis poder, ao descer<br />

sobre vos o Espírito Santo, e sereis minhas<br />

testemunhas tanto em Jerusalém<br />

como em toda a Judéia e Samaria e<br />

até aos confins da terra” (At 1:8).<br />

Isso pode ter parecido uma tarefa<br />

impossível. Mas o Senhor havia lhes<br />

assegurado que “... para Deus TUDO<br />

é possível" (Mt 19:26).<br />

Assim eles saíram em fé, e foram<br />

trabalhar, testemunhando em um mundo<br />

mergulhado em trevas pelo pecado.<br />

O Espírito Santo iluminou o caminho.<br />

Ele os inspirou e lhes deu autoridade<br />

para desempenharem um papel vital<br />

no cumprimento do piano de Deus<br />

para o fim dos tempos.<br />

Ele pode fazer a mesma coisa por<br />

você. ■<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 27


deuS ordenA...<br />

ARREPENDA-SE<br />

“... Deus... agora, porém, notifica<br />

aos homens que todos, em toda<br />

parte, se arrependam” (At 17:30).<br />

A Primeira Mensagem de Jesus<br />

A primeira experiência sobre<br />

a qual uma vida Crista tem de ser<br />

construída e o Arrependimento. A<br />

primeira palavra do Evangelho – as<br />

maravilhosas Boas Novas de salvação<br />

em Cristo – e “arrependa-se”. A<br />

segunda e “creia”:<br />

“...foi Jesus para a Galiléia,<br />

pregando o evangelho de Deus, dizendo:<br />

O tempo está cumprido, e o<br />

reino de Deus esta próximo; arrependei-vos<br />

e crede no evangelho”<br />

(Mc 1.14, 15).<br />

A primeira mensagem de João<br />

Batista foi “Arrependei-vos” (Mt<br />

3:2). A primeira mensagem de Jesus<br />

Cristo foi “Arrependei-vos” (Mt<br />

4:17). Quando subiu aos céus, o Senhor<br />

Jesus ordenou aos Seus discípulos<br />

“que em seu nome se pregasse<br />

arrependimento para remissão<br />

de pecados a todas as nações” (Lc<br />

24:47). Portanto, a primeira mensagem<br />

de Pedro foi sobre o arrepen-<br />

Graham Truscott<br />

dimento (Atos 2:38). O apóstolo<br />

Paulo pregou: “... Deus... agora, porém,<br />

notifica aos homens que todos,<br />

em toda parte, se arrependam” (At<br />

17:30). Desta forma, podemos ver a<br />

extrema urgência deste mandamento<br />

de Deus em todos os lugares e a todos<br />

os homens – “Arrependa-se!”<br />

O que Não é Arrependimento<br />

Arrependimento não e convicção<br />

de pecado – o sentimento de culpa e<br />

vergonha pelo pecado. A convicção<br />

de que nos pecamos contra o Santo<br />

Deus da Bíblia e quebramos os<br />

Seus Mandamentos deve preceder o<br />

arrependimento, mas não e arrependimento.<br />

Enquanto não perceber os<br />

próprios pecados, ninguém se arrependera.<br />

Contudo nem todos os que<br />

tiverem consciência dos próprios<br />

pecados irão se arrepender.<br />

Arrependimento não é nos entristecer<br />

quando somos surpreendidos<br />

fazendo alguma coisa errada.<br />

Arrependimento não é reformar<br />

nossa vida, ou tentar começar tudo<br />

de novo.<br />

Arrependimento não é ser religioso.<br />

Arrependimento não é ter conceitos.<br />

Multidões de pessoas estão<br />

enganadas porque conceberam<br />

em suas mentes alguns credos ou<br />

doutrinas. Elas tem “fé intelectual”.<br />

Porque aceitaram alguns ensinamentos<br />

e tradições, elas crêem<br />

que estão bem com Deus. Contudo<br />

nunca se arrependeram do pecado,<br />

nem convidaram o Senhor Jesus<br />

para entrar no coração. Também<br />

não praticaram a “fé de coração”,<br />

que e a única que da acesso a salvação.<br />

A Bíblia diz que você tem<br />

de aceitar e “crer em seu coração”<br />

(Rm 10:9).<br />

O que é o Verdadeiro<br />

Arrependimento<br />

O arrependimento envolve a personalidade<br />

total, o homem por inteiro.<br />

É uma mudança completa de<br />

mente, coração e vontade, particularmente<br />

no que se refere ao pecado,<br />

e a nossa relação para com Deus e<br />

Seu Filho Jesus Cristo.<br />

A mudança de mente inclui nosso<br />

intelecto. Há uma mudança na<br />

maneira como pensamos a respeito<br />

28 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


do pecado, e da pessoa do Senhor<br />

Jesus Cristo.<br />

A mudança de coração envolve<br />

nossas emoções. Modificamos o<br />

sentimento que nutrimos com relação<br />

ao pecado, e a pessoa do Senhor<br />

Jesus Cristo.<br />

Na mudança da vontade, nosso<br />

desejo e nos tornarmos do pecado<br />

para Deus, e recebermos a Sua salvação.<br />

Judas Iscariotes, que traiu Jesus,<br />

mudou sua mente, mas não sua vontade.<br />

Ele enforcou-se e partiu para<br />

uma noite eterna.<br />

No princípio o homem era perfeito.<br />

Sua mente estava sempre voltada<br />

para a Palavra, a vontade e os caminhos<br />

de Deus. Mas o homem escolheu<br />

desobedecer a Deus. For causa da<br />

desobediência para com a Palavra e a<br />

vontade de Deus, a mente, o coração e<br />

a vontade do homem se tornaram contra<br />

Deus. For isso hoje precisamos nos<br />

“arrepender” – mudar. Nos tornarmos<br />

do nosso próprio caminho. Abrir<br />

mão da nossa própria vontade. Dar<br />

meia volta e retornar a Deus.<br />

Há alguns que lêem estas linhas<br />

e que nunca se arrependeram. Agora<br />

mesmo, como você está na presença<br />

de Deus, você se sente culpado e<br />

envergonhado pelo seu pecado. Mas<br />

tenha coragem. Deus o ama do jeito<br />

que você é. Se você se arrepender – se<br />

mudar a atitude de sua mente, coração<br />

e vontade diante de Deus – Ele entrará<br />

em sua vida e o salvará do seu pecado.<br />

Conhecer Jesus Pessoalmente<br />

A segunda palavra destas Boas<br />

Novas de salvação em Jesus Cristo<br />

e “Crer” (Mc 1:15). Você precisa se<br />

arrepender e ter fé no Senhor Jesus<br />

Cristo, porque “o arrependimento<br />

para com Deus e a fé em nosso<br />

Senhor Jesus Cristo” fará de você<br />

um filho de Deus (At 20:21). Isto<br />

não e uma crença intelectual sobre<br />

a pessoa de Jesus Cristo, algo que<br />

só ocorre em sua mente. Você talvez<br />

saiba algo sobre Jesus. Mas você O<br />

conhece pessoalmente? Eu sei fatos<br />

sobre muitas pessoas famosas. Contudo<br />

não as conheço pessoalmente.<br />

Você conhece Jesus pessoalmente?<br />

Volte-se para Deus agora, com<br />

toda a sua mente, coração e vonta-<br />

de, e arrependa-se verdadeiramente<br />

de seus pecados. Aceite Jesus no coração<br />

como seu Senhor e Salvador<br />

pessoal. Ele o purificara de seus pecados<br />

pelo poder do sangue que fluiu<br />

do Seu corpo quando ele morreu na<br />

cruz. Não importa quem você e; Jesus<br />

o ama. Ele esta batendo a porta de<br />

seu coração. Arrependa-se, abra sua<br />

vida para Ele, e deixe-O entrar!<br />

Ninguém “Nasce” Cristão<br />

Tenho viajado extensivamente por<br />

muitos países do mundo. Sempre que<br />

conheço alguém que se diz cristão,<br />

freqüentemente faço esta pergunta:<br />

“Quando foi que você se tornou um<br />

cristão”? Sempre obtenho uma destas<br />

respostas: Um entusiasmado testemunho<br />

de salvação, ou um olhar de<br />

surpresa, como a dizer: “Sobre que<br />

mundo você esta falando?” Frequentemente<br />

me respondem: “O que você<br />

quer dizer ao me perguntar quando eu<br />

me tornei cristão? Eu nasci cristão!<br />

Minha mãe era uma cristã. Meu pai<br />

era cristão. Meu tio era pastor! Eu<br />

sempre fui cristão”.<br />

O fato de ter nascido em um lar<br />

cristão não faz de você um cristão;<br />

assim como nascer em uma garagem<br />

não faz de nos um automóvel! Eu<br />

nasci em um hospital, mas isso não<br />

faz de mim um médico!<br />

A Bíblia não diz nenhuma palavra<br />

sobre “nascer” cristão. Pelo<br />

contrário, Jesus disse: “importa-vos<br />

nascer de novo” (Jo 3:7).<br />

Quantas pessoas são batizadas,<br />

confirmadas, ou se tornaram membros<br />

de uma igreja, acreditando que<br />

no Dia do Juízo suas boas ações serão<br />

comparadas as suas mas ações<br />

e, de alguma maneira, esperam que<br />

as boas ações excedam em valor as<br />

mas. Mas Jesus disse: “Em verdade,<br />

em verdade te digo que, se alguém<br />

não nascer de novo, não pode ver o<br />

reino de Deus” (Jo 3:3).<br />

Como se Arrepender<br />

“Como posso dar o primeiro passo?<br />

Como posso me arrepender?”<br />

1. O Arrependimento é um Dom de<br />

Deus<br />

“O Deus de nossos pais ressuscitou<br />

a Jesus, a quem vos matastes,<br />

pendurando-o num madeiro. Deus,<br />

porém, com a sua destra, o exaltou a<br />

Príncipe e Salvador, a fim de conceder...<br />

arrependimento e a remissão<br />

de pecados” (At 5:30,31).<br />

O arrependimento e o perdão de<br />

pecados são dons de Deus. Eles estão<br />

em uma Pessoa, o Filho de Deus, o<br />

Senhor Jesus Cristo. Para receber os<br />

dons do arrependimento e do perdão<br />

dos pecados, temos de receber a Pessoa<br />

em Quem estão esses dons. Receba<br />

a Jesus em seu coração e em sua<br />

vida de uma maneira consciente.<br />

2. Tristeza Pelo Pecado<br />

“Porque a tristeza segundo Deus<br />

produz arrependimento para a salvação,<br />

que a ninguém traz pesar;<br />

mas a tristeza do mundo produz<br />

morte” (2 Co 7:10).<br />

Quando pensamos em nosso pecado,<br />

sentimo-nos culpados e envergonhados.<br />

Sentimos tristeza e<br />

aflição por causa do pecado. E essa<br />

tristeza segundo Deus que produz<br />

arrependimento.<br />

3. Confesse Seu Pecado a Deus<br />

“Ó Deus, sê propício a mim, pecador”<br />

(Lc 18:13.)<br />

“Se confessarmos os nossos pecados,<br />

ele é fiel e justo para nos perdoar<br />

os pecados e nos purificar de<br />

toda injustiça” (1 Jo 1:9).<br />

Se confessarmos nossos pecados<br />

a Deus, Ele nos perdoara e nos purificará<br />

– agora mesmo! Quão maravilhosos<br />

são o amor e a misericórdia<br />

de Deus!<br />

4. Abandone o Pecado<br />

“O que encobre as suas transgressões<br />

jamais prosperará; mas o<br />

que as confessa e deixa alcançará<br />

misericórdia” (Pv 28:13).<br />

Depois que confessarmos os pecados<br />

e transgressões a Deus, temos<br />

de abandoná-los – deixá-los, afastarnos<br />

deles, e nunca mais praticá-los.<br />

5. Faça Restituição<br />

Depois que confessamos nosso<br />

pecado, experimentamos o perdão<br />

de Deus, recebemos Cristo como<br />

Salvador e Senhor e abandonamos<br />

nosso pecado, temos de fazer algo:<br />

a restituição. Temos de restituir di-<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 29


nheiro ou bens que não são nossos<br />

para os seus legítimos donos. Talvez<br />

tenhamos de escrever a pessoas que<br />

porventura tenhamos feri do com<br />

nosso pecado e pedir-lhes perdão.<br />

Leia a história de Zaqueu (Lc 19:1-<br />

10) e veja como ele fez restituição<br />

depois de conhecer o Senhor Jesus.<br />

Amigo, a Bíblia nos exorta: “Arrependei-vos,<br />

pois, e convertei-vos<br />

para serem cancelados os vossos<br />

pecados” (At 3:19). Aceite Jesus em<br />

seu coração como seu Salvador, e<br />

confie que Ele vai cancelar seus pecados<br />

pelo poder do Seu sangue. O<br />

Espírito Santo fará um milagres em<br />

seu coração – e você nascerá novamente.<br />

Só então você terá “fé com a<br />

consciência limpa” (1 Tm 3:9).<br />

O Fruto do Arrependimento<br />

A Bíblia ordena: “Produzi, pois,<br />

frutos dignos de [compatíveis com<br />

o] arrependimento” (Mt 3:8).<br />

“Pelo fruto se conhece a árvore”<br />

(Mt 7:15-20; 12:33-37). O fruto de<br />

uma árvore é o reflexo de sua raiz,<br />

que não pode ser vista, pois está oculta<br />

debaixo da terra. Assim é o verdadeiro<br />

arrependimento. O fruto, que é<br />

compatível com o arrependimento,<br />

é a contínua evidência externa que<br />

demonstra a mudança de coração.<br />

Se o nosso coração, mente e vontade<br />

tem sido transformados, então nossas<br />

palavras e modo de vida mudarão<br />

também. Abandonamos nossos maus<br />

hábitos. O maravilhoso fruto do Espírito<br />

Santo, Aquele que nos deu o novo<br />

nascimento, se manifesta – “amor,<br />

alegria, paz, longanimidade, benignidade,<br />

bondade, fidelidade, mansidão,<br />

domínio próprio” (Gl 5:22,23).<br />

O caráter é totalmente mudado, e a<br />

vida começa a se tornar semelhante à<br />

de Cristo. A expressão “semelhante a<br />

Cristo” traduz o verdadeiro significado<br />

da palavra “Cristão”.<br />

A Bíblia ordena àqueles que entregam<br />

sua vida a Cristo que “se<br />

arrependessem e se convertessem a<br />

Deus, praticando obras dignas de<br />

arrependimento” (At 26:20). Enquanto<br />

o fruto fala da manifestação<br />

Quando Deus realiza<br />

uma obra genuína em<br />

seu interior, a direção<br />

(ou bússola) de seu<br />

coração se refletirá no<br />

rumo externo de seu<br />

caminhar.<br />

do interior – o crescimento invisível<br />

– as obras falam do que fazemos.<br />

Elas são a manifestação externa. Se<br />

há verdadeiro arrependimento<br />

interior, isso é demonstrado pelas<br />

obras praticadas.<br />

O verdadeiro arrependimento<br />

produz uma mudança completa. Não<br />

é um pesado e rígido conjunto de regras<br />

e regulamentos – “eu tenho de<br />

fazer isto, eu não devo levar aquele<br />

‘tipo de vida’” – mas uma jubilosa<br />

expressão da vida de Jesus Cristo<br />

dentro de nos. Antes nos agradávamos<br />

a nos mesmos. Se-guiamos nossos<br />

próprios pensamentos. Traçávamos<br />

nosso próprio caminho. Mas<br />

agora nós nos arrependemos. Demos<br />

meia-volta. Nos cremos em Jesus<br />

Cristo e O recebemos como Salvador<br />

e Senhor. Agora nos “temos a<br />

mente de Cristo” (1 Co 2:<strong>16</strong>). Ele<br />

vive a Sua vida em nós. Sendo assim,<br />

fazemos somente as coisas que<br />

Cristo faz. Pensamos os Seus pensamentos.<br />

Falamos as Suas palavras.<br />

Esses frutos e obras são visíveis na<br />

vida de quem verdadeiramente se arrependeu.<br />

Os Cristãos Nascidos de Novo<br />

Também Têm de Arrepender-se<br />

A ordem para se arrepender não<br />

é somente para aqueles que nunca<br />

receberam pessoalmente a Cristo<br />

como seu Salvador. Muitos cristãos<br />

nascidos de novo também precisam<br />

se arrepender.<br />

Sem dúvida, a frieza de nosso<br />

amor por Cristo exige arrependimento.<br />

Nossa falta de compaixão<br />

para com aqueles que ainda não<br />

conhecem a Cristo; a idolatria que<br />

criamos em torno de nossas posses,<br />

títulos, posição – tudo demanda de<br />

nos arrependimento. Precisamos nos<br />

arrepender de nosso roubo. Nós não<br />

quebramos a janela de uma loja e<br />

roubamos os bens do lojista. Contudo<br />

roubamos a Deus e não nos arrependemos<br />

por coisa alguma! Um<br />

décimo de tudo que nos ganhamos<br />

pertence a Deus. E ousamos usar isso<br />

para nós mesmos! Qualquer oferta<br />

que possamos dar ao Senhor deve<br />

estar além e acima da décima parte<br />

de nossa renda, que pertence a Ele<br />

(Ml 3:8,9).<br />

30 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


EU sEI qUE DEUs EsTá<br />

CONTENTE COMIGO...<br />

O Senhor disse a Igreja de Éfeso:<br />

“Tenho, porém, contra ti que abandonaste<br />

o teu primeiro amor” (Ap<br />

2:4). Esse é, possivelmente, o pecado<br />

mais cometido entre aqueles que<br />

verdadeiramente se voltaram para<br />

Cristo e Sua salvação. A emoção e<br />

o brilho daquele amor que tivemos<br />

pelo Salvador, quando primeiramente<br />

O aceitamos em nossa vida, não<br />

existem mais. Se hoje eu amo o meu<br />

Senhor menos do que ontem, então<br />

eu também tenho que atender a Sua<br />

ordem: “Lembra-te, pois, de onde<br />

caíste, arrepende-te e volta a prática<br />

das primeiras obras; e, se não,<br />

venho a ti e moverei do seu lugar o<br />

teu candeeiro, caso não te arrependas”<br />

(Ap 2:5).<br />

Possa Deus ajudar-nos a obedecer<br />

ao Seu mandamento hoje! Oxalá<br />

nossos corações sejam dominados<br />

pela urgência de nossa necessidade<br />

de nos arrependermos!<br />

O Fundamento da Doutrina do<br />

Arrependimento<br />

O arrependimento e uma doutrina<br />

fundamental. Em Hebreus 6:1 temos<br />

o seguinte mandamento: “Por<br />

isso, pondo de parte os princípios<br />

elementares da doutrina de Cristo,<br />

deixemo-nos levar para o que e perfeito,<br />

não lançando, de novo, a base<br />

do arrependimento de obras mortas<br />

e da fé em Deus.” É claro que isso<br />

não significa deixarmos de ensinar e<br />

experimentar essas abençoadas doutrinas<br />

elementares. O escritor aos<br />

hebreus simplesmente esta dizendo<br />

que eles deveriam estar estudando<br />

verdades mais profundas da Palavra<br />

de Deus. Ele diz: “Pois, com efeito,<br />

quando devíeis ser mestres, aten-<br />

POIs EU REALIzEI<br />

MUITO PARA ELE<br />

dendo ao tempo decorrido, tendes,<br />

novamente, necessidade de alguém<br />

que vos ensine, de novo, quais são<br />

os princípios elementares dos oráculos<br />

de Deus; assim, vos tornastes<br />

como necessitados de leite e não de<br />

alimento sólido. Ora, todo aquele<br />

que se alimenta de leite e inexperiente<br />

na palavra da justiça, porque<br />

e criança. Mas o alimento sólido e<br />

para os adultos, para aqueles que,<br />

pela pratica, tem as suas faculdades<br />

exercitadas para discernir não somente<br />

o bem, mas também o mal”<br />

(Hb 5:12-14).<br />

Se o escritor aos hebreus vivesse<br />

hoje, o que ele escreveria a maioria<br />

de nossas igrejas? Poucos de nos sabemos<br />

algo sobre os princípios elementares,<br />

deixando de lado o sólido<br />

alimento da Palavra de Deus! Os<br />

princípios elementares são listados<br />

para nos em Hebreus 6:1,2:<br />

1. A Base do Arrependimento de<br />

obras mortas<br />

2. Fé em Deus<br />

3. Ensino de batismos<br />

4. Imposição de mãos<br />

5. Ressurreição dos mortos<br />

6. Juízo eterno<br />

Destes nos somos exortados a ir<br />

até a:<br />

7. “Perfeição” (maturidade)<br />

(Essa lista foi traduzida direto de<br />

uma versão da Bíblia em inglês.)<br />

Você conhece esses princípios<br />

fundamentais da doutrina de Cristo?<br />

Nos temos de deixar este estudo<br />

abençoado para outra hora e lugar.<br />

Porem, note particularmente o que<br />

e escrito sobre Arrependimento –<br />

“lançando ... a base do arrependimento”<br />

(Hb 6:1). Isso estabelece o<br />

sIM, MAs vOCê PERCEbEU<br />

qUE AINDA TEM qUE sE<br />

ARREPENDER? bOAs<br />

ObRAs NãO<br />

bAsTAM!<br />

arrependimento como o primeiro<br />

fundamento da vida cristã.<br />

Arrependa-se – ou Pereça<br />

Estamos vivendo o final dos Últimos<br />

Dias. Os sinais do fim dos<br />

tempos que a Bíblia apresenta estão<br />

se cumprindo numa incidência alarmante.<br />

Jesus esta voltando em poder<br />

e grande gloria “para julgar vivos<br />

e mortos” (1 Pe 4:5). Ninguém<br />

escapará desse julgamento. Todos<br />

nos estaremos lá. “Pois todos compareceremos<br />

perante o tribunal de<br />

Deus” (Rm 14:10). Baseados em<br />

quais critérios seremos julgados?<br />

Pelo fato de termos nos arrependido<br />

ou não, e se vivemos de acordo<br />

com o padrão de Jesus Cristo. Nossa<br />

vida será comparada a Dele, e<br />

seremos julgados de acordo com a<br />

medida em que nos Lhe permitimos<br />

viver em nós. A Bíblia adverte: “...<br />

Deus ... agora, porém, notifica aos<br />

homens que todos, em toda parte,<br />

se arrependam; porquanto estabeleceu<br />

um dia em que há de julgar o<br />

mundo com justiça, por meio de um<br />

varão [Jesus] que destinou e acreditou<br />

diante de todos, ressuscitando-o<br />

dentre os mortos” (At 17:30,<br />

31).<br />

Você tem certeza de que está<br />

pronto para ficar diante Dele no<br />

Dia do Juízo? Se não, é hora de você<br />

arrepender-se de seus pecados e<br />

aceitar o Senhor Jesus Cristo em sua<br />

vida. A ordem bíblica e “agora”!<br />

Não temos outra alternativa: ou<br />

nos arrependemos ou sofremos o<br />

terrível julgamento de Deus. Jesus<br />

nos adverte: “se não vos arrependerdes,<br />

todos igualmente perecereis”<br />

(Lc 13:5). ■<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 31


seção especial de<br />

termos relativos<br />

à salvação<br />

e suas definições<br />

Conceitos Importantes<br />

de Salvação<br />

A “Base da Igreja” esta firmemente<br />

fundamentada em nosso<br />

grande Salvador, Jesus! Há vários<br />

outros termos relativos a salvação<br />

que foram usados neste artigo. Estes<br />

e outros serão abordados em futuras<br />

edições da Revista ATOS. Contudo,<br />

por causa da importância deles, vamos<br />

listá-los e defini-los agora.<br />

1. SALVAÇÃO<br />

Este termo se refere a obra da<br />

graça de Deus em Cristo, pela qual<br />

nos somos:<br />

a. Salvos “da” penalidade, do<br />

poder e da futura presença do pecado.<br />

b. Salvos “pelo” propósito de<br />

Deus e inseridos em Sua família, na<br />

qual expressamos a semelhança de<br />

Seu Filho.<br />

Quando Cristo morreu na cruz<br />

pelos nossos pecados, Ele se tornou<br />

nosso Salvador. Ele morreu em nosso<br />

lugar e pagou o preço (penalidade)<br />

pelo nosso pecado. Quando nós,<br />

por fé, O aceitamos como nosso Salvador,<br />

também recebemos o poder<br />

da Sua vida e ressurreição. Como<br />

esta vida nova flui em nos, isto traz<br />

perfeição (cura) para nosso espírito,<br />

alma e corpo.<br />

Ser “salvo” significa ser perdoado,<br />

curado, liberto, feito integro (ou<br />

completo) e restaurado. Nos somos<br />

salvos, íntegros e libertos. Somos livres<br />

para nos tornar tudo que Deus<br />

nos chamou para ser como Seus filhos<br />

e filhas reais e amados.<br />

2. REGENERACÃO<br />

O termo “gerar” significa criar ou<br />

produzir vida. Regeneração, como<br />

nos aprendemos acima, refere-se ao<br />

retorno a vida ou a sua restauração<br />

depois da morte.<br />

Nós estamos “mortos” em nossos<br />

pecados. Por isso temos de ter uma<br />

“nova injeção” de vida espiritual<br />

(nascer de novo) para voltarmos a<br />

família de Deus.<br />

Há apenas um modo pelo qual<br />

podemos nascer em uma família<br />

terrena: através da comunicação ou<br />

injeção de vida natural. Isso acontece<br />

pelo processo de reprodução<br />

biológica. As células germinativas<br />

do sexo trazem consigo a vida que e<br />

necessária para gerar um novo bebezinho.<br />

Acontece o mesmo quando se<br />

“nasce” na família de Deus. Precisa<br />

haver uma injeção de vida espiritual<br />

– uma Divina semente. Essa<br />

“Semente de Vida” e uma Pessoa<br />

– Jesus Cristo. Quando recebemos<br />

Cristo em nosso coração, Ele e a<br />

Vida que nos faz nascer na santa família<br />

de Deus. Portanto todo cristão<br />

teve dois nascimentos: um natural e<br />

um espiritual. Isso e o que significa<br />

“nascer de novo”.<br />

3. RECONCILIAÇÃO<br />

A palavra “reconciliar” quer dizer<br />

“estabelecer a paz entre” pessoas.<br />

Tem o sentido de acordo e paz<br />

que são o resultado de se reparar o<br />

erro.<br />

O pecado e uma ofensa contra<br />

Deus. Portanto ele nos separa ou nos<br />

“aliena” de Deus. Nos precisamos<br />

ser “reconciliados” ou levados de<br />

volta a comunhão com Ele.<br />

A única maneira de fazer com<br />

que os resultados do pecado não<br />

tenham efeito e através da “justificação”<br />

(declarando um pecador<br />

como integro). Justificação não e o<br />

ato (como alguns supõem) de omitir<br />

o pecado ou cegamente ignorar a<br />

transgressão. Um Deus santo e justo<br />

não pode tolerar o pecado.<br />

O pecado só pode ser cancelado,<br />

encoberto ou ignorado se a penalidade<br />

por ele for paga. Somente assim<br />

a justiça pode ser satisfeita e o pecado,<br />

cancelado. Quando a penalidade<br />

pela injustiça for totalmente paga, a<br />

comunhão poderá ser restabelecida.<br />

32 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


A penalidade pelo pecado e a<br />

morte. Jesus, em Sua graça e misericórdia,<br />

liquidou, por nos, aquela<br />

divida quando morreu na cruz por<br />

nossos pecados. Por isso nos podemos<br />

dizer que o sangue de Jesus<br />

cobriu e cancelou nosso pecado.<br />

(“Cancelar” significa tornar sem<br />

efeito.) Reconciliação, então, e a<br />

ação de Deus – pela morte de Cristo<br />

– pela qual nossa comunhão com<br />

Ele é restabelecida. Nós nos reconciliamos<br />

com Deus.<br />

4. RETIDÃO<br />

Esta expressão refere-se ao caráter<br />

santo de Deus. Ele é sempre<br />

“justo” em pensamento, palavras e<br />

obras – em atitudes e ações. Ele é<br />

justo, bom e verdadeiro de todos os<br />

modos e em todas as coisas.<br />

Esse é o “reto” padrão da Lei.<br />

Tudo que não é reto é mau, maligno<br />

e errado – em resumo, pecaminoso.<br />

Por isso, o homem pecador<br />

nunca pode permanecer diante de<br />

um Deus santo. Retidão e iniqüidade<br />

são sempre opostos um ao outro.<br />

Não existe base para comunhão.<br />

Por esta razão Deus enviou o Seu<br />

Filho, para que nos “reconciliasse”<br />

devido aos nossos pecados. Quando<br />

aceitamos a Cristo em nosso coração<br />

como nosso Salvador, nossos<br />

pecados são encobertos e cancelados.<br />

Deus já não nos vê em nossos<br />

pecados, mas na retidão de Seu<br />

Filho. Não apenas Ele está<br />

em nós, mas nos estamos<br />

Nele.<br />

A isso deno-<br />

mina-se “retidão” imputada. A palavra<br />

“imputar” é um termo legal.<br />

Significa que algo foi creditado em<br />

nossa conta por outro. O que é dele<br />

agora também nos pertence. A posição<br />

e a posse dele se tornam nossas.<br />

É uma conta conjunta. A retidão de<br />

Jesus se tornou nossa retidão. A posição<br />

de Jesus à mão direita do Pai<br />

se tornou nossa posição (veja Efésios<br />

1:20-22; 2:4-5).<br />

Além da retidão “imputada”, que<br />

e nossa posição legal, há uma retidão<br />

“concedida”. “Conceder” significa<br />

pôr algo em. Quando nós nos<br />

tornamos cristãos, algo foi “depositado<br />

em” nossa vida. Não apenas<br />

nós estamos “em Cristo” no sentido<br />

legal, mas Cristo está “em nós” num<br />

sentido pessoal e prático.<br />

Quando recebemos Jesus, recebemos<br />

também a Sua natureza san-<br />

“...todos nós fomos batizados em um corpo...”<br />

(1 Co 12:13.)<br />

ta e Íntegra. Adquirimos uma nova<br />

natureza – uma fonte nova de poder<br />

interior – pela qual podemos possuir<br />

uma vida “íntegra”. Nossa “velha<br />

natureza” morreu com Jesus na cruz,<br />

o que nos dá o direito à liberdade para<br />

expressar nossa “nova natureza”.<br />

(Veja Romanos Capítulo 6.)<br />

5. JUSTIFICAÇÃO<br />

“Justificar” significa tornar certo<br />

perante a Lei, e então tornar livre de<br />

culpa ou condenação.<br />

“Condenar” significa sentenciar<br />

alguém culpado perante a Lei. O<br />

pecado é a quebra das leis de Deus.<br />

Então todos os pecadores são culpados<br />

perante Deus. A penalidade para<br />

nosso pecado é a morte. As exigências<br />

da Lei só podem ser satisfeitas<br />

quando a penalidade pelo pecado é<br />

paga. A “Justiça” não pode ignorar<br />

o pecado como se ele não tivesse<br />

acontecido.<br />

No plano de redenção de Deus,<br />

misericórdia e justiça podem dar as<br />

mãos de uma única maneira: O Juiz<br />

(Deus) não apenas profere a sentença,<br />

ele também paga a penalidade (a<br />

morte de Cristo)! A parte culpada fica<br />

assim “justificada” e se torna reta<br />

perante a Lei.<br />

O pecador pode ir livre agora<br />

porque o seu Juiz não apenas foi<br />

justo (exigindo que fosse cumprida<br />

a penalidade da Lei), mas também<br />

cheio de misericórdia (pois Ele<br />

pagou a penalidade que Sua<br />

justiça exigiu que Ele<br />

impusesse ao pecador).<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 33


Isso é o que Deus fez por nós na<br />

morte de Cristo na cruz. O pecado<br />

foi julgado. A penalidade foi paga.<br />

E nós fomos perdoados e feitos livres!<br />

Nós fomos, assim, JUSTIFI-<br />

CADOS.<br />

A Igreja:<br />

Vida familiar e o<br />

Poder do Reino<br />

A expressão “família de Deus”<br />

descreve relacionamentos humanos<br />

e divinos de vida e amor. Não<br />

apenas é uma família “amada”, mas<br />

também uma família “real”. Cristo<br />

não só é nosso irmão Redentor, mas<br />

também nosso irmão Real – o Rei<br />

dos reis e o Senhor dos senhores.<br />

Nós não só nascemos na família de<br />

Deus, mas também no Seu Reino.<br />

Na “família” de Deus nós temos<br />

vida; no “Reino” de Deus, poder e<br />

autoridade.<br />

A Igreja de Jesus Cristo abrange<br />

ambos os conceitos; a “família”<br />

e o “Reino”. Cristo é o Filho real<br />

de Deus. Sua vida e Sua autoridade<br />

serão manifestas através de nós e<br />

seremos “um” com Ele. O apóstolo<br />

Paulo ensina que “em um só Espírito,<br />

todos nos fomos batizados em<br />

um corpo, quer judeus, quer gregos,<br />

quer escravos, quer livres. E a todos<br />

nós foi dado beber de um só Espírito”<br />

(1 Co 12:13).<br />

O termo “batizar” significa ser<br />

colocado em ou tornar-se um com<br />

alguém. Nós fomos colocados em<br />

Cristo e nos tornamos um com Ele.<br />

Na salvação, o Espírito Santo nos<br />

põe em Cristo (imputa retidão) e<br />

Cristo em nós (concede retidão).<br />

Nós, verdadeiramente, nos tornamos<br />

membros do Seu Corpo. Ele é a Cabeça<br />

desse Corpo, e esse Corpo é a<br />

Igreja. (Veja Colossenses 1:18.)<br />

A primeira vez que encontramos<br />

a palavra “igreja” no Novo Testamento,<br />

é através do próprio Jesus.<br />

Pedro acabara de confessar a Jesus<br />

como “o Cristo, o Filho do Deus<br />

Vivo”. Jesus lhe disse que “o Pai” o<br />

tinha abençoado com aquela revelação.<br />

Então, chamando Pedro pelo nome,<br />

Jesus declara que “sobre esta<br />

pedra [a revelação de que Jesus é o<br />

Cristo, o Filho do Deus Vivo] edifi-<br />

uma nova maneira de ajudar outros<br />

líderes de igreja a receber atos!<br />

querido Leitor da Revista ATOs,<br />

se você conhece outros líderes de igreja que ainda<br />

não recebem a Revista ATOs, e acha que eles gostariam<br />

de recebê-la, por favor, peça-lhes que nos escrevam e nos<br />

enviem os seguintes dados:<br />

● O nome completo e endereço, em LETRA DE fÔRMA;<br />

● A quantas pessoas ensinam ou pregam a cada semana;<br />

● Uma descrição do ministério que exercem.<br />

querido leitor, NãO nos envie os nomes e endereços<br />

dessas pessoas. quem desejar ser assinante da Revista<br />

ATOs deve escrever-nos pessoalmente; isso nos ajudará<br />

a estar seguros de que só estamos enviando a Revista aos<br />

líderes de igreja que a queiram receber.<br />

que Deus possa fortalecer e capacitar você e seus<br />

companheiros líderes de igreja para a sua grande obra!<br />

carei a minha Igreja, e as portas [as<br />

defesas] do inferno não prevalecerão<br />

contra ela. Dar-te-ei as chaves<br />

[autoridade] do reino dos céus...”<br />

(Mt <strong>16</strong>: 13-19.)<br />

Uma Pedra Angular<br />

e Uma Fundação Segura<br />

Jesus estava dizendo aos discípulos<br />

que Ele ia construir a Sua Igreja<br />

sobre uma fundação segura. Ele<br />

seria a Pedra Angular, mas haveria<br />

também outras pedras nessa fundação.<br />

(Veja Efésios 2:20.)<br />

Essas pedras seriam homens que,<br />

como Pedro, tinham um “relacionamento”<br />

com o Pai – e uma “revelação”<br />

Dele.<br />

O relacionamento com o Pai se<br />

daria “através” de Jesus: “ninguém<br />

vem ao Pai sendo por mim” (Jo<br />

14:6).<br />

A revelação do Pai seria “sobre”<br />

Jesus: “Bem-aventurado és, Simão<br />

Barjonas, porque não foi carne e<br />

sangue que to revelaram, mas meu<br />

Pai, que está nos céus” (Mt <strong>16</strong>:17).<br />

O apóstolo Paulo explica estas<br />

verdades com muita sensibilidade<br />

em sua carta aos Efésios:<br />

“Edificados sobre o fundamento<br />

dos apóstolos e profetas, sendo ele<br />

mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;<br />

no qual todo o edifício, bem<br />

ajustado, cresce para santuário dedicado<br />

ao Senhor, no qual também<br />

vós juntamente estais sendo edificados<br />

para habitação de Deus no Espírito”<br />

(Ef 2:20-22).<br />

Que santo prodígio e maravilha!<br />

Nosso Pai celestial nos escolheu<br />

para fazermos parte do Seu plano<br />

eterno. Pela Sua graça, nós temos<br />

um lugar especial na Sua família, no<br />

Seu Reino e na Igreja do Seu Filho.<br />

Portanto, podemos nos unir a Paulo<br />

nestas lindas palavras de adoração:<br />

“Por esta causa, me ponho de joelhos<br />

diante do Pai, de quem toma o<br />

nome toda família, tanto no céu como<br />

sobre a terra... Ora, àquele que<br />

é poderoso para fazer infinitamente<br />

mais do que tudo quanto pedimos<br />

ou pensamos, conforme o seu poder<br />

que opera em nós, a ele seja a glória,<br />

na igreja e em Cristo Jesus, por<br />

todas as gerações, para todo o sempre.<br />

Amém!” (Ef 3:14,15,20,21) ■<br />

34 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


Como Conduzir<br />

Alguém a<br />

Cristo<br />

Gerald Rowlands & Frank Parrish<br />

Ao conduzirmos alguém a Cristo,<br />

temos de estar atentos a vários<br />

princípios fundamentais. Se não os<br />

usarmos, corremos o risco de fazer<br />

alguém desviar-se ou de dar-lhe uma<br />

falsa certeza de que e salvo. Não<br />

estamos sugerindo que existe uma<br />

técnica ou formula especial. Porem,<br />

ignorar o que a Bíblia ensina sobre<br />

este assunto pode significar um desastre<br />

espiritual para aqueles que estamos<br />

tentando conduzir a Cristo.<br />

Os princípios a seguir poderiam<br />

ser facilmente um ensino prolongado,<br />

mas os expomos aqui resumidamente<br />

para sua consulta.<br />

O Caminho Para a Redenção<br />

Como você busca conduzir as<br />

pessoas a Cristo, e útil ter uma “rota<br />

planejada” em mente. Estas rotas bíblicas<br />

o ajudarão a seguir adiante na<br />

direção certa. Se você ficar bastante<br />

familiarizado com estes simples<br />

passos, eles podem dar-lhe muita<br />

segurança ao conduzir alguém à salvação.<br />

Recomendamos insistentemente<br />

que você memorize os textos<br />

bíblicos usados em cada passo.<br />

Uma das mais simples rotas bíblicas<br />

para a salvação e chamada<br />

“Estrada Romana”. É assim denominada<br />

porque os mais relevantes<br />

textos bíblicos usados em cada passo<br />

foram extraídos do Livro de Romanos,<br />

no Novo Testamento.<br />

1. Romanos 3:23: “Pois todos<br />

pecaram e carecem da glória [padrão]<br />

de Deus”.<br />

2. Romanos 6:23: “Porque o<br />

salário do pecado é a morte, mas o<br />

dom gratuito de Deus é a vida eterna<br />

em Cristo Jesus, nosso Senhor”.<br />

3. Romanos 10:9,10: “Se, com<br />

a tua boca, confessares Jesus como<br />

Senhor e, em teu coração, creres que<br />

Deus o ressuscitou dentre os mortos,<br />

serás salvo. Porque com o coração<br />

se crê para justiça e com a boca se<br />

confessa a respeito da salvação”.<br />

A seguir apresentamos outro<br />

conjunto de diretrizes simples que<br />

podem ajudá-lo a conduzir alguém a<br />

Cristo, levando-o a entender que:<br />

1. TODO SER HUMANO E<br />

PECADOR<br />

“Pois todos pecaram e carecem<br />

da glória [padrão] de Deus” (Rm<br />

3:23).<br />

2. A PENALIDADE PELO<br />

PECADO É A SEPARAÇÃO<br />

ETERNA DE DEUS<br />

“O salário do pecado é a morte”<br />

[separação de Deus] (Rm 6:23).<br />

3. DEUS NÃO QUER QUE<br />

NINGUÉM PEREÇA<br />

“O Senhor... não [está] querendo<br />

que nenhum pereça, senão que todos<br />

cheguem ao arrependimento” (2 Pe<br />

3:9).<br />

4. JESUS CRISTO PAGOU O<br />

PREÇO<br />

“Cristo morreu pelos nossos pecados,<br />

segundo as Escrituras” (1<br />

Co 15:3).<br />

5. NÓS DEVEMOS CRER NESTA<br />

VERDADE E CONFESSÁ-LA<br />

“Se, com a tua boca, confessares<br />

Jesus como Senhor e, em teu coração,<br />

creres que Deus o ressuscitou dentre<br />

os mortos, serás salvo” (Rm 10:9).<br />

Percebemos, ao olhar essas duas<br />

diretrizes simples, que ambas tratam<br />

primeiramente com o pecado.<br />

Isso ocorre porque frequentemente<br />

as pessoas não sabem que são pecadoras<br />

e que carecem de salvação.<br />

Em outras palavras, as Boas Novas<br />

do Evangelho podem não ser “boas<br />

novas” até que eles ouçam as “más<br />

novas”! As más novas constituem o<br />

fato de que elas são pecadoras e que<br />

passarão a eternidade separadas de<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 35


Deus se morrerem sem Cristo como<br />

o seu Salvador pessoal.<br />

Assim, a primeira coisa que deve<br />

ser tratada quando estamos conduzindo<br />

alguém a Cristo e o seu pecado.<br />

1. O Pecado<br />

O Pecado não é um assunto popular<br />

nos dias de hoje. O homem<br />

moderno prefere se referir ao pecado<br />

como “inconveniência”, “preferência<br />

pessoal”, “peculiaridades genéticas”,<br />

ou “falhas de personalidade”.<br />

Muitas outras pessoas se recusam a<br />

reconhecer que haja algo que seja<br />

pecado. Esse tipo de conceito deve<br />

ser desafiado e derrotado com a Palavra<br />

de Deus. A Bíblia ensina claramente,<br />

em seus primeiros capítulos,<br />

a realidade do pecado e sua penalidade.<br />

A não ser que a pessoa concorde<br />

com a Bíblia nesse tema básico,<br />

toda a abordagem que fizermos<br />

sobre salvação será em vão. Pois, se<br />

não houvesse pecado, não haveria<br />

nenhuma necessidade de salvação<br />

ou de um Salvador. Isso significa-<br />

ria que todo o plano de retenção<br />

seria irrelevante e desnecessário.<br />

Nós temos de entender que pecado<br />

e o que separa o homem de Deus.<br />

Inicialmente, no quadro bíblico, foi<br />

Adão e a desobediência de Eva que<br />

originaram o primeiro pecado. A<br />

desobediência deles separou toda<br />

a raça humana de Deus. Assim, em<br />

primeiro lugar, os homens e mulheres<br />

são pecadores, não por causa de<br />

algo que eles façam ou deixem de<br />

fazer, mas por causa de Adão e a<br />

transgressão de Eva. Nos herdamos<br />

nosso estado pecaminoso de nossos<br />

primeiros pais. Nós somos, portanto,<br />

pecadores por herança.<br />

Romanos 3:23 mostra isso de<br />

forma simples e clara, tanto quanta<br />

possível: “Pois todos pecaram e carecem<br />

da glória [padrão] de Deus”.<br />

(Para informação adicional sobre<br />

este assunto, por favor, veja o artigo<br />

sobre “Salvação” nesta edição de<br />

ATOS.)<br />

Esse texto ensina a universalidade<br />

do pecado. Todas as pessoas, em<br />

todos lugares são pecadoras. Mostra<br />

a natureza do pecado; isto é, ficar<br />

aquém da gloria (padrão) de Deus.<br />

Quando nós nos empenhamos<br />

em mostrar a alguém que ele e um<br />

peca-dor aos olhos do Deus todopoderoso,<br />

nos não os estamos criticando,<br />

ou sugerindo que pensamos<br />

que o comportamento pessoal deles<br />

ou seus padrões são piores que os de<br />

uma pessoa comum. Nos simplesmente<br />

estamos declarando que eles,<br />

juntos com todos os homens, carecem<br />

dos padrões exigidos por Deus.<br />

Em segundo lugar, devemos<br />

mostrar-lhes que temos uma responsabilidade<br />

definitiva e absoluta<br />

perante Deus por nossa vida. Como<br />

parte desta responsabilidade, há uma<br />

penalidade pelo pecado.<br />

2. A Penalidade Pelo Pecado<br />

Romanos 6:23 diz: “O salário<br />

do pecado e a morte”. Não apenas<br />

a morte física, quando o espírito<br />

humano deixa o corpo físico: mas<br />

a morte espiritual, que significa<br />

separação eterna de Deus. Esta e a<br />

penalidade sobre a qual Deus advertiu<br />

Adão e Eva. Ele lhes disse: “no<br />

dia em que dela comeres, certamente<br />

morreras” (Gn 2:17). Por causa<br />

da transgressão deles, a morte física<br />

passou a operar em seus corpos. Eles<br />

se tornaram seres mortais (condenados<br />

a morte). A morte física e seus<br />

sintomas começaram a manifestarse<br />

na vida deles imediatamente. E,<br />

em conseqüência do que ocorrera<br />

naquele dia, eles morreriam.<br />

Mas a maior tragédia e que morrer<br />

em pecado significa que a pessoa<br />

ficará separada de Deus eternamente.<br />

E isso que a Bíblia chama de inferno.<br />

Esse é um julgamento abso-<br />

“... mas o dom gratuito de Deus<br />

é a vida eterna...”<br />

36 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


luto sem exceção ou desculpa, e é<br />

eterno, não temporário.<br />

A esta altura, a pessoa com a qual<br />

estamos falando pode estar pronta<br />

para as Boas Novas de salvação em<br />

Cristo.<br />

3. A Salvação<br />

A última parte de Romanos 6:23<br />

introduz um aspecto positivo quando<br />

declara: “mas o dom gratuito<br />

de Deus é a vida eterna em Cristo<br />

Jesus, nosso Senhor”. Nós enfatizamos<br />

que salvação não é por obras,<br />

esforço próprio, exercício de bem<br />

viver ou prática de boas ações; mas<br />

é por Jesus Cristo, nosso Senhor.<br />

Nós temos de mostrar a pessoa a<br />

necessidade absoluta que ela tem de<br />

um Salvador. Se ela não estiver ciente<br />

da própria necessidade, não terá<br />

nenhuma motivação para procurar<br />

um Salvador.<br />

Nós devemos, mais adiante,<br />

mostrar a ela que Jesus Cristo e o<br />

Salvador. “É que hoje vos nasceu,<br />

na cidade de Davi, o Salvador, que e<br />

Cristo, o Senhor” (Lc 2:11).<br />

Ele é o único Salvador. “E não<br />

há salvação em nenhum outro; porque<br />

abaixo do céu não existe nenhum<br />

outro nome, dado entre os<br />

homens, pelo qual importa que sejamos<br />

salvos” (At 4:12).<br />

Ele é um Salvador completo.<br />

“Por isso, também pode salvar totalmente<br />

os que por ele se chegam a<br />

Deus” (Hb 7:25).<br />

Ele é um Salvador Poderoso.<br />

“Para que, por sua morte, destruísse<br />

aquele que tem o poder da morte,<br />

a saber, o diabo, e livrasse todos<br />

que, pelo pavor da morte, estavam<br />

sujeitos a escravidão por toda a vida”<br />

(Hb 2:14, 15).<br />

Ele é um Salvador Universal.<br />

“Salvador de TODOS os homens,<br />

especialmente dos fiéis” (l Tm 4:10).<br />

A seguir devemos mostrar a pessoa<br />

com quem estamos falando, como<br />

ela pode ter Jesus Cristo, de fato,<br />

como seu Salvador pessoal.<br />

4. A salvação e pela fé em Cristo<br />

“Crê no Senhor Jesus e serás<br />

salvo” (At <strong>16</strong>:11).<br />

Essas palavras poderosas foram<br />

ditas ao carcereiro de Filipo em res-<br />

posta a pergunta feita por ele: “Que<br />

devo fazer para que seja salvo”?<br />

Elas se aplicam a todos os homens<br />

em todos os lugares, e constituem o<br />

único meio de salvação disponível.<br />

Romanos 10:9 diz: “Se, com a<br />

tua boca, confessares Jesus como<br />

Senhor e, em teu coração, creres que<br />

Deus o ressuscitou dentre os mortos,<br />

SERÁS SALVO”<br />

“O que devo fazer para ser salvo”?<br />

– A resposta a essa pergunta<br />

tem de ser completa. Ela deve conter<br />

os seguintes elementos:<br />

a) Compreenda que você e um<br />

pecador, e arrependa-se sinceramente<br />

de seus pecados (veja 1 João 1:8;<br />

2 Coríntios 7:10 e o artigo sobre<br />

“Arrependimento” nesta edição).<br />

b) Confesse seus pecados a Deus<br />

e peça a Ele o perdão (veja 1 João<br />

1:9).<br />

c) Creia que Jesus morreu na<br />

cruz por você como pagamento<br />

pelos seus pecados, e que Deus O<br />

levantou da morte como prova da<br />

divindade de Cristo e aceitou o pagamento<br />

dele pela sua salvação (veja<br />

Romanos 5:9,10; Tito 2:14);<br />

A pessoa também tem que entender<br />

que essa salvação vem pela fé.<br />

Fé e a decisão de crer no que Deus<br />

diz. Ela é ativada “pela palavra de<br />

Cristo” (Rm 10:17). Algo bem no<br />

fundo de nosso coração nos diz que<br />

Deus está falando conosco. Decidimos<br />

crer em Deus e aceitar o que Ele<br />

diz. Concordamos com Deus – isso<br />

e fé. Nossa fé pode andar frequentemente<br />

a frente de nossa mente. Fazemos<br />

coisas por fé que nossa mente<br />

ainda não pode entender ou crer.<br />

Frequentemente aceitamos coisas<br />

pela fé antes que nossas emoções tenham<br />

tempo de responder.<br />

O próximo e último passo e a<br />

pessoa receber a Cristo como seu<br />

Senhor e Salvador.<br />

5. Nos temos de “receber Cristo” em<br />

nossa vida<br />

João 1:12 diz: “Mas, a todos<br />

quantos o receberam, deu-lhes o poder<br />

[autoridade] de serem feitos filhos<br />

de Deus, a saber, aos que crêem no<br />

seu nome.” O que significa, “receber<br />

a Cristo”, e como nós fazemos isto?<br />

O que as Escrituras ensinam e<br />

muito simples e direto. Em Apocalipse<br />

3:20, Jesus compara nossa vida<br />

a uma casa e diz: “Eis que estou<br />

a por-ta e bato; se alguém ouvir a<br />

minha voz e abrir a porta, entrarei<br />

em sua casa e cearei com ele, e ele,<br />

comigo.” Quando mostramos esse<br />

verso a alguém, podemos perguntar-lhe:<br />

“Se alguém batesse em sua<br />

porta, como você faria para que a<br />

pessoa entrasse em sua casa”? Ele<br />

provavelmente responderá: “Bem,<br />

eu abriria a porta”. Então podemos<br />

perguntar: “E então o que faria”? Invariavelmente<br />

ele dirá: “Eu o convidaria<br />

a entrar”.<br />

Isso é muito simples, e a maioria<br />

das pessoas compreenderá o que<br />

tem de fazer para receber a Cristo.<br />

O Senhor Jesus esta batendo a porta<br />

da vida delas. Mas Ele não derrubara<br />

a porta e nem forçará Sua entrada<br />

na vida deles. Eles tem de abrir-lhe<br />

a porta e convidá-Lo a entrar. Eles<br />

podem fazer isto com as próprias palavras,<br />

em oração. E eles tem a Sua<br />

promessa de que Ele entrará e estará<br />

com eles pela eternidade.<br />

Assim, quando uma pessoa recebe<br />

a Cristo, ela O aceita pela fé,<br />

independentemente de pensamentos<br />

naturais ou sentimentos. Ele entra<br />

na vida dela pelo seu espírito, mas<br />

Ele deseja também agir através de<br />

seus pensamentos e sentimentos.<br />

Ele quer que a pessoa se renda totalmente<br />

a Sua lei benigna e desfrute<br />

as bênçãos e benefícios da presença<br />

Dele em todas as áreas da vida.<br />

Tendo recebido a Cristo como<br />

Salvador, o próximo passo e a pratica<br />

externa dessa decisão. Confessar<br />

a Jesus diante dos homens pode não<br />

parecer tão importante quanto os outros<br />

passos na trajetória da salvação.<br />

Mas pode ser uma parte crucial para<br />

manter um novo convertido em comunhão<br />

com o seu recém-encontrado<br />

Salvador.<br />

6. Nós temos de confessá-lO diante<br />

dos homens<br />

Paulo disse: “Se, com a tua boca,<br />

confessares... e, em teu coração,<br />

creres... Porque com o coração se<br />

crê para justiça e com a boca se<br />

confessa a respeito da salvação”<br />

(Rm 10:9,10).<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 37


O próprio Jesus disse: “Portanto,<br />

todo aquele que me confessar diante<br />

dos homens, também eu o confessarei<br />

diante de meu Pai, que esta<br />

nos céus; mas aquele que me negar<br />

diante dos homens, também eu o<br />

negarei diante de meu Pai, que esta<br />

nos céus” (Mt 10:32,33).<br />

Tendo crido em Jesus como Salvador<br />

e Senhor, e óbvio que a necessidade<br />

de reconhecer a Cristo<br />

abertamente e de confessá-lo diante<br />

dos homens e vital e indispensável<br />

ao processo da salvação. A confissão<br />

de uma pessoa sobre esse fato e<br />

freqüentemente um fator definitivo<br />

para que ela sinta uma garantia pessoal<br />

de salvação. Ocasionalmente,<br />

alguns talvez digam: “Eu cri em<br />

Jesus, mas não pareço ter qualquer<br />

garantia”. Então pergunte-lhe: “Você<br />

já confessou sua convicção a alguém”?<br />

A resposta invariavelmente<br />

e “Não”. Nossa palavra nesse caso<br />

deve ser: “Vá e conte a alguém o<br />

que você fez; confesse que você recebeu<br />

a salvação por crer em Cristo”.<br />

Se eles fizerem isso, o resultado<br />

quase sempre será uma garantia<br />

interna.<br />

Nós também deveríamos encorajá-los<br />

fortemente a que começassem<br />

a falar para todos os seus amigos não<br />

salvos sobre receber a Cristo. O jubiloso<br />

entusiasmo deles pode ser uma<br />

ferramenta poderosa para ganhar os<br />

amigos para Cristo. A mudança no<br />

estilo de vida deles será um ponto de<br />

curiosidade e interessará aos amigos<br />

do “velho modo de vida”. Pessoas<br />

desejarão saber o que é isso que tem<br />

mudado o modo de viver do novo<br />

convertido. Nunca é muito cedo para<br />

começar a compartilhar nossa fé<br />

(veja João 4:l-42; Mateus 5:13-<strong>16</strong>;<br />

Filipenses 2:14,15).<br />

E, finalmente, nenhum líder cristão<br />

comprometido e sincero quereria<br />

perder aquele recém-nascido “bebe<br />

em Cristo”. Nós temos de ensinarlhes<br />

como crescer na sua nova vida<br />

com Cristo, para ajudá-los a se firmarem<br />

no Reino de Deus.<br />

7. Nos temos de crescer em Cristo<br />

“Antes, crescei na graça e no conhecimento<br />

de nosso Senhor e Salvador<br />

Jesus Cristo” (2 Pe 3:18).<br />

Como podemos mostrar a um novo convertido, de uma forma simples e clara,<br />

como crescer na sua fé e em seu relacionamento com Cristo? Aqui está um plano<br />

simples baseado na palavra “C-R-E-S-C-E”.<br />

C – Comunique-se com Deus todos os dias em oração (1 Ts 5:17).<br />

R – Realize diariamente a sua leitura bíblica (1 Pe 2:12).<br />

E – Expresse obediência a Deus e a Sua Palavra em sua vida diária (1 Sm 15:22).<br />

S – Some-se a outros crentes em uma igreja local (Hb 10:25; 13:15).<br />

C – Conte a outros sobre sua nova fé em Cristo (Mt 5:13-<strong>16</strong>).<br />

E – Edifique o povo de Deus em sua igreja (Ef 4:<strong>16</strong>).<br />

Esse é um modelo muito simples para o crescimento espiritual pessoal tanto do<br />

novo crente como de alguém mais velho na fé. Poderíamos mostrar muito mais sobre<br />

como crescer, mas se eles fizerem estas coisas diariamente, serão firmados em sua<br />

salvação e em seu viver cristão. ■<br />

você precisa renovar<br />

sua assinatura de atos?<br />

Veja aqui como saber disso:<br />

● Verifique sua etiqueta de endereço no envelope da Revista<br />

ATOS. No topo direito da etiqueta há uma DATA (month/<br />

year) depois da palavra “EXPIR”;<br />

● Se a data está a QUATRO MESES ou MENOS DE QUATRO<br />

MESES da data atual, então está na hora de renovar!<br />

● Você não precisa renovar sua assinatura a cada edição da Revista<br />

ATOS; você só precisa renovar SE sua assinatura de dois<br />

anos estiver vencendo nos próximos quatro meses.<br />

Veja aqui como renovar sua assinatura de dois anos<br />

da Revista ATOS:<br />

● Destaque o Formulário de Renovação da Revista ATOS desta<br />

revista;<br />

● Siga TODAS as instruções do Formulário de Renovação;<br />

● Responda a TODAS as perguntas do Formulário de Renovação<br />

– escreva claramente em letra de fôrma; e,<br />

● Remeta o Formulário de Renovação, sem demora, para o escritório<br />

do World MAP mais próximo de você!<br />

NOTA: A Revista ATOS não é um “curso por correspondência”.<br />

Você não receberá um “certificado” ou “diploma” depois que ler<br />

a Revista ATOS. Nossa esperança e oração é que você receba<br />

algo mais valioso: ensinamento bíblico e treinamento para<br />

o ministério prático! Isto o ajudará a tornar-se mais eficaz no<br />

ensino, no serviço e no testemunho a outros.<br />

A Revista ATOS é enviada, gratuitamente, quatro vezes ao ano.<br />

aos líderes de igreja que a solicitem na Ásia, África, e América<br />

Latina. Esses líderes receberão a Revista ATOS durante dois anos,<br />

e após esse período eles deverão renovar sua assinatura para que<br />

continuem a recebê-la por mais dois anos.<br />

38 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001


ao olHarmos a nossa frente...<br />

“... que devo fazer para que seja salvo?” (Atos <strong>16</strong>:30)<br />

“Que faremos, irmãos?” (Atos 2:37)<br />

Esses são os tipos de perguntas que você estará ouvindo ao conduzir pessoas a Cristo.<br />

Você pode responder-lhes como Pedro fez em Atos 2:38:<br />

Arrependei-vos...<br />

Seja batizado...<br />

Recebereis o dom do Espírito Santo”.<br />

Entretanto eles terão mais perguntas:<br />

o que e batismo nas águas?<br />

o que e batismo com o espírito santo?<br />

A próxima edição da Revista ATOS o capacitara também a responder a essas duas<br />

perguntas.<br />

Portanto, aguarde a edição de janeiro. Quando a receber, estude cuidadosamente. Se<br />

você o fizer, adquirira uma compreensão completa da doutrina dos batismos (Hb 6:2 -<br />

RC); e você verá claramente por que essa doutrina, juntamente com a do arrependimento,<br />

formam o ÚNICO FUNDAMENTO no qual uma vida Crista pode ser construída.<br />

e à medida Que vocÊ caminHa...<br />

... desejará manter disponíveis TODAS as edições da Revista ATOS que lhe chegarem,<br />

para estudo e consulta contínuos, a fim de estabelecer um fundamento bíblico firme<br />

para sua vida pessoal, sua vida familiar, e sua eficácia como líder de igreja.<br />

A edição de abril o equipará e o inspirará a construir, sobre um fundamento bíblico<br />

firme, uma vida de constante triunfo em Cristo (2 Co 2:14).<br />

A Revista ATOS de julho lhe mostrara como construir igrejas crescentes – à maneira do<br />

Novo Testamento.<br />

E a edição de outubro lhe dará um alicerce firme em fundamentação bíblica<br />

doutrinária, para construir e manter um matrimônio e uma vida familiar que glorificarão a<br />

outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 39


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três anos compilando, editorando, e preparando este material, o qual<br />

foi selecionado para suprir as necessidades especiais dos líderes de<br />

igreja que trabalham na Ásia, África, e América Latina. Ele contém<br />

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Bíblia, para ajudá-lo no ensino da Bíblia aos outros.<br />

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assinado ao World MAP hoje mesmo! As solicitações incompletas não serão encaminhadas!<br />

40 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001

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