Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Projeto Primavera PARÁ ...
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<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />
53<br />
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composição territorial <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, através<br />
do Distrito <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas.<br />
O município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> pertence à<br />
Mesorregião Nor<strong>de</strong>ste Paraense e à<br />
Microrregião Bragantina. A se<strong>de</strong> municipal<br />
apresenta as seguintes coor<strong>de</strong>nadas<br />
geográficas: 00° 56’ 36” <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> Sul e 47°<br />
07’ 06” <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong> a Oeste <strong>de</strong> Greenwich.<br />
Por toda a região do Nor<strong>de</strong>ste Paraense<br />
observa‐se um fenômeno, a dinâmica <strong>de</strong><br />
pertencimento e <strong>de</strong>smembramento é uma das<br />
gran<strong>de</strong>s características da formação das<br />
cida<strong>de</strong>s e transformação em municípios.<br />
Dentro <strong>de</strong>ste processo, povoados foram<br />
formados, se transformaram em municípios e<br />
estes acabaram por se <strong>de</strong>smembrarem entre<br />
si em novos municípios, o que nem sempre<br />
resultou em melhoria social e econômica. A<br />
base produtiva permaneceu precária<br />
apresentando extrativismo<br />
(fundamentalmente <strong>de</strong> açaí), pesca e pequena<br />
agricultura, na maioria <strong>de</strong> subsistência, a<br />
estrutura ocupacional não se consolidou e<br />
tampouco os empregos formais foram<br />
expandidos. Tais <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns econômicas e<br />
sociais dos pequenos municípios estão<br />
relacionadas a emancipações administrativas<br />
que mais tiveram a ver com interesses<br />
políticos do que com estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong><br />
econômica. É uma situação que tem resultado<br />
em <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos públicos e<br />
incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alavancar <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista da classificação da re<strong>de</strong><br />
municipal (Atlas <strong>de</strong> Integração Regional), as<br />
unida<strong>de</strong>s que compõem a Região Rio Caeté<br />
são, em sua maioria, <strong>de</strong> classe <strong>de</strong> tamanho<br />
pequeno. Existem dois municípios CTMP2 com<br />
população <strong>de</strong> 5.001 a 10.000 hab.; sete<br />
municípios CTPM3, com população <strong>de</strong> 10.001<br />
a 20.000 hab.; três municípios CTPM4, com<br />
população <strong>de</strong> 20.001 a 50.000 hab; dois<br />
municípios CTPM5, com população <strong>de</strong> 50.001<br />
a 100.000 hab. e um município médio com<br />
população <strong>de</strong> 100.001 a 500.000 hab. Dentre<br />
os 15 municípios, onze (73%) foram instalados<br />
antes da Constituição <strong>de</strong> 1988 e quatro<br />
municípios (27%) após a mesma.<br />
‐ Dinâmica Populacional<br />
A Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII)<br />
A Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII) do projeto<br />
totalizava uma população <strong>de</strong> 112.051<br />
habitantes em 2009. Neste universo, o<br />
município <strong>de</strong> Capanema representava 57,5%<br />
da AII. Contrastando com Capanema, o menor<br />
município da AII, Santarém Novo, tinha uma<br />
população <strong>de</strong> apenas 6.347 habitantes em<br />
2009, o que representava apenas 5,7% da AII,<br />
ou seja, <strong>de</strong>z vezes menor do que Capanema.<br />
Os dados da população dos municípios da AII<br />
estão apresentados na Tabela 5‐1, on<strong>de</strong> estes<br />
percentuais po<strong>de</strong>m ser melhor observados.<br />
Tabela 5‐1: AII <strong>–</strong> População 2009.<br />
Municípios População %<br />
Capanema 64.429 57,5%<br />
Peixe‐Boi 7.916 7,1%<br />
Quatipuru 13.459 12,0%<br />
Santarém Novo 6.347 5,7%<br />
São João <strong>de</strong> Pirabas 19.900 17,8%<br />
Total AII 112.051 100,0%<br />
Total PA<br />
Fonte: IBGE, 2010.<br />
7.431.020 1,5%<br />
(AII/PA)<br />
A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica dos municípios da<br />
AII apresenta gran<strong>de</strong> dispersão e é bastante<br />
baixa, variando <strong>de</strong> 105,50 hab./km²<br />
(Capanema) a 17,58 (Peixe‐Boi). Note‐se que o<br />
Estado do Pará tem uma das menores<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s populacionais do Brasil, apenas<br />
5,96 hab./km², em 2009. No entanto a<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica evoluiu mais neste<br />
último do que na média da AII (apenas o<br />
município <strong>de</strong> Quatipuru evoluiu mais do que o<br />
Estado, neste quesito). Também é gran<strong>de</strong> a<br />
dispersão do grau <strong>de</strong> urbanização nos<br />
municípios da AII que, em 2007, oscilavam <strong>de</strong><br />
80,06 (Capanema) a 28,20% (Santarém Novo),<br />
enquanto para o Estado o número era <strong>de</strong><br />
70,1% em 2007. Comparando‐se com o grau<br />
<strong>de</strong> urbanização para o país como um todo, em<br />
2009, que era <strong>de</strong> 86,1% da população<br />
percebe‐se o quão baixos são os números do<br />
grau <strong>de</strong> urbanização aqui apresentados para a<br />
AII.<br />
A evolução da população da AII no período<br />
2000‐2009 passou <strong>de</strong> 98.702 habitantes para<br />
112.501. A média do crescimento anual da AII<br />
(1,42% a.a.) ficou abaixo da media <strong>de</strong><br />
crescimento do Estado do Pará que foi <strong>de</strong>