Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Projeto Primavera PARÁ ...
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<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />
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somente po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como<br />
primeira aproximação da riqueza ocorrente na<br />
região.<br />
Os dados já obtidos não permitem maiores<br />
consi<strong>de</strong>rações sobre a representativida<strong>de</strong> e a<br />
exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa fauna em contexto<br />
regional, especialmente no que diz respeito a<br />
espécies <strong>de</strong> sob‐bosque e aquáticas, estas<br />
sub‐amostradas <strong>de</strong>vido a coleta ser realizada<br />
no período <strong>de</strong> estiagem. Além do incremento<br />
<strong>de</strong> espécies, a realização da segunda<br />
campanha <strong>de</strong>ve proporcionar o melhor<br />
entendimento acerca dos possíveis impactos<br />
do empreendimento nas Áreas <strong>de</strong> Influência<br />
do empreendimento sobre a avifauna local e<br />
regional, bem como ações que visem à<br />
manutenção das populações <strong>de</strong> aves local.<br />
Resumidamente, os resultados indicam que a<br />
comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aves na região está muito<br />
modificada <strong>de</strong>vido a exploração das áreas <strong>de</strong><br />
florestas contínuas, com uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aves <strong>de</strong> sob‐bosque pobre e não<br />
representativa da região Amazônica.<br />
Os dados <strong>de</strong> aves para a área indicam que o<br />
ambiente parece estar <strong>de</strong>sequilibrado, não<br />
sustentando uma avifauna rica e<br />
representativa da fauna amazônica, po<strong>de</strong>ndo<br />
se concluir que a avifauna da região vem ao<br />
longo dos anos sofrendo muito pressão pela<br />
ocupação e exploração intensa da região.<br />
4.2. Ecossistemas Aquáticos<br />
Os levantamentos para os estudos dos<br />
Ecossistemas Aquáticos foram realizados no<br />
dia 04 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010, período <strong>de</strong><br />
estiagem na região, não sendo registrada<br />
ocorrência chuva nas últimas 24 horas na<br />
bacia do rio <strong>Primavera</strong>, local dos estudos.<br />
Foram feitas coletas em 05 estações <strong>de</strong><br />
amostragem, codificados como P1‐P5,<br />
localizados nas áreas direta e indiretamente<br />
afetadas pelo empreendimento. A <strong>de</strong>scrição e<br />
a codificação <strong>de</strong>sses locais são apresentadas a<br />
seguir:<br />
P1 <strong>–</strong> Cabeceira do Rio dos Peixes<br />
P2 <strong>–</strong> Rio dos Peixes<br />
P3 <strong>–</strong> Córrego Tabocal<br />
P4 <strong>–</strong> Rio <strong>Primavera</strong><br />
P5 <strong>–</strong> Rio <strong>Primavera</strong> na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Japerica<br />
4.2.1. Fitoplâncton, Zooplâncton e Zoobentos<br />
Os resultados da avaliação das comunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> fitoplâncton, zooplâncton e zoobentos nos<br />
cursos d’ água nas áreas direta e<br />
indiretamente afetadas pela Votorantim<br />
Cimentos, no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>/PA, em<br />
fase <strong>de</strong> diagnóstico, indicaram comunida<strong>de</strong>s<br />
específicas <strong>de</strong> ambientes estuarinos, ou seja,<br />
ambiente <strong>de</strong> transição entre água doce e<br />
salgada e sujeitos e variações estremas <strong>de</strong><br />
nível d'água, <strong>de</strong>vido a influência das marés. Os<br />
resultados dos atributos, riqueza, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>,<br />
diversida<strong>de</strong> e composição das comunida<strong>de</strong>s<br />
bióticas avaliadas indicaram que P3, área <strong>de</strong><br />
nascente, foi diferenciado das <strong>de</strong>mais<br />
estações <strong>de</strong> coleta por ser ambiente <strong>de</strong> água<br />
doce e a estação <strong>de</strong> coleta P4 apresentou<br />
maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e menor diversida<strong>de</strong>,<br />
indicando uma provável influência do aporte<br />
<strong>de</strong> efluente doméstico da área urbana <strong>de</strong>sta<br />
cida<strong>de</strong>. Ressalta‐se que a próxima avaliação,<br />
no período chuvoso, permitirá o<br />
estabelecimento <strong>de</strong>ssa influência e um melhor<br />
entendimento da estrutura e dinâmica das<br />
comunida<strong>de</strong>s bióticas <strong>de</strong>stes ambientes.<br />
4.2.2. Ictiofauna<br />
Foram amostrados nove igarapés e um lago<br />
construído artificialmente. Na ADA foram<br />
amostrados dois igarapés, na AID quatro e na<br />
AII três. O lago artificial está na AII. Essa coleta<br />
da ictiofauna no lago se justifica, pois ele tem<br />
conexão com o igarapé <strong>Primavera</strong>, quando a<br />
maré está muito alta. Todos os igarapés<br />
coletados são <strong>de</strong> água doce, com exceção do<br />
rio <strong>Primavera</strong> e do lago artificial que<br />
apresentam água salobra.