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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Projeto Primavera PARÁ ...

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<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

43<br />

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Figura 4.1.3‐2: Número <strong>de</strong> registros <strong>de</strong><br />

anfíbios por família amostrada na primeira<br />

campanha do (Hidroperíodo <strong>de</strong> seca) nas<br />

Áreas <strong>de</strong> Influência do empreendimento<br />

A riqueza <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> anfíbios registrada na<br />

área po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada extremamente<br />

baixa em comparação com outras regiões da<br />

Amazônia ou mesmo com outras localida<strong>de</strong>s<br />

no estado do Pará. A mesma constatação<br />

po<strong>de</strong> ser feita com relação aos répteis, on<strong>de</strong><br />

localida<strong>de</strong>s na Amazônia apresentam riqueza<br />

superior a 80 espécies (BERNARDE & ABE,<br />

2006; MACEDO et al., 2007; ZIMMERMANN &<br />

RODRIGUES, 1993). A baixa riqueza registrada<br />

para os grupos <strong>de</strong>ve‐se muito provavelmente<br />

ao curto tempo <strong>de</strong> amostragem e época da<br />

realização da campanha (estação seca), sendo<br />

necessário para maior conhecimento das<br />

espécies e melhor entendimento dos impactos<br />

gerados, refinando assim a proposição das<br />

medidas mitigadoras para os mesmos, a<br />

realização <strong>de</strong> pelo menos mais uma campanha<br />

(preferencialmente na estação chuvosa).<br />

Abundância relativa das espécies<br />

registradas<br />

Durante o diagnóstico, para o grupo <strong>de</strong><br />

anfíbios apenas quatro espécies foram<br />

responsáveis por 62% dos registros (L.<br />

andreae, R. margaritifera, S. nebulosus e A.<br />

hahneli), e oito espécies contribuíram com<br />

apenas 7% dos registros. Tal padrão <strong>de</strong><br />

abundâncias pontuais são, no entanto,<br />

irrelevantes <strong>de</strong>vido ao baixo esforço e a baixa<br />

<strong>de</strong>tectabilida<strong>de</strong>s na seca.<br />

Nenhuma das espécies <strong>de</strong> anfíbios ou <strong>de</strong><br />

répteis registradas durante o diagnóstico<br />

consta das listas da IUCN (IUCN, 2008), CITES<br />

(CITES, 2008) ou da Lista Nacional das Espécies<br />

da Fauna Brasileira Ameaçadas <strong>de</strong> Extinção<br />

(BRASIL, 2008). No entanto, a salamandra<br />

Bolitoglossa paraensis é consi<strong>de</strong>rada<br />

vulnerável à extinção na lista <strong>de</strong> espécies<br />

ameaçadas do Pará, que conta atualmente<br />

com três espécies <strong>de</strong> anfíbios consi<strong>de</strong>radas<br />

vulneráveis (PRUDENTE et al., 2006). A<br />

presença <strong>de</strong>ssa espécie na área do<br />

empreendimento, aliada ao fato <strong>de</strong> seu<br />

registro em apenas um ponto amostrado,<br />

torna preocupante a utilização dos dados aqui<br />

apresentados <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva na<br />

elaboração do Estudo <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>Ambiental</strong>.<br />

Para isso, é extremamente necessária a<br />

realização <strong>de</strong> ao menos mais uma campanha<br />

no período da chuva, <strong>de</strong> forma a<br />

complementar a amostragem na região,<br />

tornando possível a indicação das áreas e/ou<br />

espécies prioritárias para a conservação em<br />

ativida<strong>de</strong>s subseqüentes, como o<br />

monitoramento.<br />

As espécies <strong>de</strong> interesse comercial como<br />

jacarés, tartarugas e tracajás não foram<br />

registradas nas áreas amostradas. Esses<br />

grupos necessitam <strong>de</strong> metodologias<br />

específicas e um maior esforço amostral, mas<br />

sua ocorrência e os impactos nas mesmas<br />

<strong>de</strong>vido à perda <strong>de</strong> hábitat e a caça ilegal não<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scartada.<br />

Espécies Exóticas e Invasoras<br />

A única espécie <strong>de</strong> réptil possivelmente<br />

exótica e <strong>de</strong> possível ocorrência para a área do<br />

empreendimento é a lagartixa‐<strong>de</strong>‐pare<strong>de</strong><br />

Hemidactylus mabouia, registrada em áreas<br />

urbanas <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e Capanema. A espécie<br />

ocorre tanto na América do Sul e Antilhas<br />

como na África do Sul e em Madagascar, não<br />

se sabendo ao certo em que sentido <strong>de</strong>u‐se<br />

sua dispersão, à época das constantes viagens<br />

<strong>de</strong> navios negreiros <strong>de</strong> um continente a outro<br />

(ÁVILA‐PIRES 1995).<br />

Embora, a espécie <strong>de</strong> calango‐ver<strong>de</strong> Ameiva.<br />

ameiva pertença à fauna autóctone (nativa),<br />

raramente é encontrado em áreas <strong>de</strong> floresta<br />

pouco perturbada e sua ocorrência na área<br />

amostrada não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scartada. Em áreas<br />

on<strong>de</strong> existem trilhas e clareiras abertas, ele<br />

po<strong>de</strong>‐se tornar abundante, competindo com

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