Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Projeto Primavera PARÁ ...
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<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />
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lodoso. Entre os indivíduos <strong>de</strong> mangue,<br />
ocorrem alguns <strong>de</strong> aturis (Drepanocarpus<br />
luna‐tus). Em seu entorno ocorrem buriti<br />
(Mauritia flexuosa) e o açaí (Euterpe oleracea),<br />
que se comportam como pioneiras e<br />
indicadoras da transição do mangue para a<br />
vegetação das áreas alagadas com água doce<br />
(influência fluvial).<br />
Foto 4.1.1‐4: Manguezal ocupando as margens<br />
do rio <strong>Primavera</strong>. Maré alta.<br />
Palmeiral<br />
Os palmeirais ocorrem em todas as formações<br />
visitadas. Em áreas alteradas tornam‐se<br />
pioneiras, (0º 56’29,7”S e 47º 05’17,00”W).<br />
Nas capoeiras <strong>de</strong>senvolvem populações<br />
chegando a formar comunida<strong>de</strong>s próprias.<br />
Destacam‐se as espécies: babaçu (Orbygnia<br />
speciosa), inajá (Attalea maripa), buriti<br />
(Mauritia flexuosa), buritirana ou caranã‐<strong>de</strong>‐<br />
espinho (Mauritiella aculeata.), muru‐muru<br />
(Astrocarium murumuru), tucumã<br />
(Astrocarium aculeatum), marajá (Bactris sp.),<br />
pupunharana (Duckeo<strong>de</strong>ndron cestroi<strong>de</strong>s) e<br />
principalmente o açaí (Euterpe oleraceae).<br />
Formação Pioneira<br />
Herbácea<br />
Nas áreas sobre influência fluviomarinha do<br />
rio <strong>Primavera</strong>, ocorre em menor escala, os<br />
Campos Salinos, uma formação pioneira<br />
<strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> árvores que ocupa as planícies<br />
represadas com água do mar pelos terraços<br />
dos rios. São os campos ordinariamente<br />
povoados por gramíneas adaptadas ao<br />
ambiente salobro limnófitico, especialmente<br />
por Spartina sp., além <strong>de</strong> outras herbáceas.<br />
Foto 4.1.1‐5: Campo Salino, margem direita do<br />
rio <strong>Primavera</strong>.<br />
Áreas Antropizadas<br />
Vegetação Secundária (Capoeiras)<br />
O surgimento <strong>de</strong> áreas alteradas está<br />
diretamente relacionado com o processo <strong>de</strong><br />
ocupação humana na Amazônia. Nessa<br />
conjuntura <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> uso dos recursos<br />
naturais, a agricultura familiar, tem papel<br />
significativo no processo <strong>de</strong> conversão da<br />
cobertura vegetal, inserindo‐se<br />
predominantemente em parcelas da<br />
paisagem representadas pela vegetação<br />
secundária, que constituem as “capoeiras”.<br />
Segundo COSTA (2006, in MOREIRA, 2008), as<br />
capoeiras são componentes da paisagem rural<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> significado na Amazônia.<br />
Distinguem‐se <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> áreas<br />
alteradas por ação antrópica, por se<br />
constituírem estágios <strong>de</strong> regeneração<br />
espontânea da cobertura vegetal.<br />
Nesse contexto, estudos <strong>de</strong>monstram que na<br />
região Bragantina, após 120 anos <strong>de</strong><br />
colonização agrícola, existe menos <strong>de</strong> 15 % da<br />
cobertura vegetal original e as capoeiras<br />
ocupam cerca <strong>de</strong> 53 % (VIEIRA, 1996).<br />
As Áreas Diretamente Afetadas e <strong>de</strong> Influência<br />
Direta do empreendimento, estão quase que<br />
totalmente antropizadas. A maior parte <strong>de</strong>ssa<br />
área, anteriormente <strong>de</strong>smatada e<br />
posteriormente abandonada, foi recoberta<br />
por Capoeiras, que cortadas em épocas<br />
diferentes atualmente possuem ida<strong>de</strong>s e<br />
etapas sucessionais diferentes.<br />
As Capoeiras mais antigas formam<br />
comunida<strong>de</strong>s arbóreas, possuem estrutura e<br />
fisionomia <strong>de</strong> uma Floresta Secundária<br />
(Capoeira Alta), com espécies como morototó