Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Projeto Primavera PARÁ ...
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<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />
37<br />
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remanescentes e fragmentos visitados contêm<br />
muitas clareiras e trilhas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong><br />
exploração do material lenhoso.<br />
Pelas características próprias foram<br />
i<strong>de</strong>ntificadas e espacializadas as seguintes<br />
fitofisionomias: Floresta Ombrófila Densa<br />
Aluvial (ao longo dos flúvios), Floresta<br />
Ombrófila Densa <strong>de</strong> Terras Baixas (em terras<br />
firmes), Formações Pioneiras (Mangues,<br />
Campos marinhos, Palmeiral) e Áreas<br />
Antropizadas (Vegetação Secundária:<br />
Capoeiras Altas e Capoeiras Baixas; Pastagem<br />
e Agricultura <strong>de</strong> subsistência) a Tabela 4.1.1‐1,<br />
apresenta o resumo das áreas ocupadas por<br />
cada uma <strong>de</strong>stas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vegetação.<br />
Tabela 4.1.1‐1. Áreas <strong>de</strong> Vegetação e Usos do<br />
Solo<br />
Símbolo Fitofisionomias Área total<br />
(ha)<br />
Floresta Ombrófila 100,40<br />
Db Densa <strong>de</strong> Terras<br />
Baixas<br />
Da<br />
Floresta Ombrófila<br />
Densa Aluvial<br />
5,89<br />
Floresta Ombrófila 246,34<br />
Densa Aluvial+<br />
Da+Db Floresta Ombrófila<br />
Densa <strong>de</strong> Terras<br />
Baixas<br />
M Manguezal 1.620,83<br />
Cs Campos Salinos 233,50<br />
Vegetação<br />
2.259,98<br />
Vs<br />
Secundária<br />
(Capoeiras Altas e<br />
Baixas)<br />
Vegetação<br />
Secundária<br />
365,24<br />
Vs+Da +Floresta<br />
Ombrófila<br />
Aluvial<br />
Densa<br />
Vegetação<br />
2.527,70<br />
Vs+Af<br />
Secundária<br />
Agricultura<br />
Familiar<br />
+<br />
P Pastagem 1.841,45<br />
Af<br />
Agricultura<br />
Familiar<br />
199,49<br />
Au<br />
Área Urbana<br />
<strong>Primavera</strong><br />
<strong>de</strong> 189,76<br />
ÁREA TOTAL 9.590,63<br />
Fonte: CEMA, 2010.<br />
A seguir são apresentados relatos <strong>de</strong>ssas<br />
fitofisionomias como também ilustrações e<br />
comentários sobre a situação atual.<br />
Região Fitoecológica da Floresta<br />
Ombrófila<br />
A vegetação do Brasil, compreendida na Zona<br />
Neotropical, po<strong>de</strong> ser dividida, segundo o<br />
aspecto geográfico em dois gran<strong>de</strong>s<br />
territórios: o amazônico e o extra‐amazônico.<br />
No território Amazônico, o sistema ecológico<br />
vegetal respon<strong>de</strong> a um clima <strong>de</strong> temperatura<br />
média em torno <strong>de</strong> 25ºC e <strong>de</strong> chuvas<br />
torrenciais bem distribuídas durante o ano,<br />
sem déficit hídrico mensal no balanço<br />
ombrotérmico anual.<br />
Nessa região com clima ombrotérmico e sem<br />
um período biologicamente seco durante o<br />
ano, com mais <strong>de</strong> 2.300mm <strong>de</strong> chuvas anuais,<br />
ocorre uma das maiores biodiversida<strong>de</strong>s do<br />
planeta.<br />
Na área em estudo, as composições florísticas<br />
e estrutura das distintas fitofisionomias estão<br />
mais ligadas às variações edáficas, do que<br />
variações altitudinais. Dentro <strong>de</strong>ssa Região<br />
foram encontradas as seguintes<br />
Fitofisonomias:<br />
Floresta Ombrófila Densa Aluvial<br />
De modo geral, trata‐se <strong>de</strong> uma formação<br />
ribeirinha que ocupa as planícies inundadas,<br />
periodicamente inundáveis como também os<br />
antigos terraços quaternários.<br />
Em alguns locais formam dossel emergente<br />
uniforme com árvores com mais <strong>de</strong> 35 metros<br />
<strong>de</strong> altura com Taperebá, Envira, Andiroba e<br />
Pente‐<strong>de</strong>‐macaco. A área em estudo esta<br />
associada à diversas espécies <strong>de</strong> palmeiras na<br />
submata como também, lianas lenhosas e<br />
herbáceas.<br />
Em geral, esta formação circunda a Floresta<br />
Ombrófila Densa Aluvial das áreas<br />
permanentemente inundadas, conhecida<br />
regionalmente como “mata <strong>de</strong> igapó”. Em<br />
campo é possível diferenciar essas fisionomias<br />
tanto pelo nível <strong>de</strong> encharcamento <strong>de</strong> solo,<br />
como pela seleção <strong>de</strong> um número menor <strong>de</strong><br />
espécies adaptadas, com <strong>de</strong>staque pela<br />
ocorrência <strong>de</strong> anani, sumaúma e as palmeiras<br />
açaí, inajá, e buriti.