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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Projeto Primavera PARÁ ...

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<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

22<br />

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sedimentares caracterizam as baixas atuais <strong>de</strong><br />

rios, mangue e praias.<br />

A Formação Pós‐Barreiras é caracterizada por<br />

sedimentos amarelados a avermelhados,<br />

inconsolidados, areno‐argilosos a argilo‐<br />

arenosos compostos principalmente por grãos<br />

<strong>de</strong> quartzo e frações <strong>de</strong> silte e argila com<br />

leitos finos <strong>de</strong> seixos <strong>de</strong> arenitos ferruginosos.<br />

A formação apresenta estruturas <strong>de</strong><br />

acamamento plano‐paralelo que localmente<br />

<strong>de</strong>lineiam suaves ondulações, apresentando<br />

lentes. Sua ida<strong>de</strong> foi datada no Quaternário<br />

Pleistocênico por Rossetti & Góes et al. (2001)<br />

e atribuem sua formação a processos eólicos.<br />

A Formação Barreiras é a mais antiga unida<strong>de</strong><br />

litoestratigráfica citada no Brasil em termos<br />

históricos, <strong>de</strong> acordo com Rodovalho et al.<br />

(2003), remontando à carta <strong>de</strong> Pero Vaz <strong>de</strong><br />

Caminha ao rei <strong>de</strong> Portugal, em 1500.<br />

Esta unida<strong>de</strong> possui uma extensão<br />

praticamente contínua ao longo da costa<br />

brasileira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

até o Estado do Amapá, sendo constituído por<br />

<strong>de</strong>pósitos sedimentares <strong>de</strong> origem<br />

predominantemente continental, embora<br />

sedimentos <strong>de</strong> origem marinha, incluídos<br />

neste grupo, tenham sido encontrados no<br />

litoral Paraense.<br />

Os sedimentos <strong>de</strong>sta formação apresentam<br />

características siliciclásticas, sendo<br />

constituídos por argilitos, siltitos, arenitos e<br />

conglomerados.<br />

A Formação Pirabas po<strong>de</strong> ser caracterizada<br />

pela ocorrência <strong>de</strong> calcários marinhos datados<br />

do Mioceno Inferior com larga distribuição<br />

espacial, porém com afloramentos mais<br />

concentrados na zona litorânea entre<br />

Bragança e Salinas na foz do rio Pirabas, cuja<br />

<strong>de</strong>nominação foi também atribuída à unida<strong>de</strong><br />

estratigráfica. Em termos <strong>de</strong> AII, o<br />

afloramento mais significativo foi observado<br />

na Baia <strong>de</strong> Japerica, a Noroeste da área do<br />

empreendimento.<br />

Geologia da Área <strong>de</strong> Influência Direta<br />

Conforme era esperado, após a caracterização<br />

do contexto geológico da AII, foi observada<br />

em campo a presença da mesma associação<br />

litológica <strong>de</strong>scrita para a mesma, ou seja, do<br />

topo para a base as seguintes:<br />

Sedimentos Recentes / Depósitos <strong>de</strong><br />

Mangue;<br />

Formação Pós‐Barreiras;<br />

Formação Barreiras e,<br />

Formação Pirabas.<br />

Cabe <strong>de</strong>staque nesta <strong>de</strong>scrição o fato <strong>de</strong> que<br />

embora escassos, foi encontrado um<br />

afloramento <strong>de</strong> calcários fossilíferos da<br />

Formação Pirabas na AID, conforme <strong>de</strong>scrito a<br />

seguir.<br />

Durante os levantamentos <strong>de</strong> campo,<br />

realizados entre os dias 17 e 22 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

2010, foi possível observar na Área <strong>de</strong><br />

Influência Direta do empreendimento a<br />

ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos sedimentares<br />

recentes, caracterizados predominantemente<br />

por sedimentos <strong>de</strong> mangue. Foto 3.1.5‐1<br />

abaixo:<br />

Foto 3.1.5‐1: Vista em <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong><br />

afloramento <strong>de</strong> sedimentos <strong>de</strong> mangue na<br />

AID.<br />

Estes sedimentos correspon<strong>de</strong>m a material<br />

argiloso com porção arenosa, caracterizado<br />

pela gran<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> matéria orgânica<br />

que lhe confere coloração variada do marrom<br />

ao cinza escuro e cheiro característico <strong>de</strong><br />

material em putrefação.<br />

Em termos <strong>de</strong> resistência a esforços<br />

tensionais, esse material tem características<br />

muito moles, sendo facilmente <strong>de</strong>formado<br />

sobre pressão mínima.<br />

Neste contexto, os sedimentos <strong>de</strong> mangue<br />

presentes, não oferecem boas condições para<br />

ocupação urbana <strong>de</strong>vido à baixa resistência e<br />

cheiro característico, porém, haja vista que<br />

não será utilizado durante as ativida<strong>de</strong>s, não

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