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Como Exportar Angola - BrasilGlobalNet

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<strong>Angola</strong> tornou-se membro da OPEP em 2007 e no fim<br />

desse mesmo ano foi lhe atribuída uma quota de produção de<br />

1,9 milhão de barris/dia, bem menos do que os 2,5 milhões<br />

barris/dia que o governo angolano pretendia produzir. O ano<br />

de 2009 foi um ano difícil, de muita incerteza, afetando o crescimento<br />

econômico do país, quando houve ainda um corte na<br />

extração do petróleo, definido pela OPEP, bem como a queda<br />

contínua do preço do produto, gerando, consequentemente,<br />

menores receitas.<br />

De acordo com os dados mais recentes do International<br />

Trade Centre (ITC), o aumento na aquisição de petróleo por<br />

parte da China levou o país asiático a ultrapassar os Estados<br />

Unidos como principal destino das exportações angolanas<br />

(35,4%), em 2008. A União Europeia (UE27) representou cerca<br />

de 13% das exportações de <strong>Angola</strong>, em 2008, destacando-<br />

-se como principais clientes a França (3º lugar), a Holanda<br />

(8º), o Reino Unido (10º) e a Alemanha (11º).<br />

A julgar pelos números, trata-se de fenômeno verificado<br />

em todo o continente: o comércio entre a África e a China<br />

aumentou dez vezes, de US$ 10 bilhões, em 2000, para US<br />

$ 108 bilhões, em 2008, reduzindo-se apenas em 2009, durante<br />

a recessão global. O investimento direto chinês também<br />

está cada vez maior, inclusive em <strong>Angola</strong>, embora os ingressos<br />

estejam ainda menores do que os dos Estados Unidos e da<br />

Europa. O crescente intercâmbio da China com a África está<br />

tendo um efeito transformador sobre as relações do continente<br />

com o mundo exterior, que em muito diferem do panorama<br />

anterior, baseado, principalmente, na relação com doadores<br />

estrangeiros.<br />

Desafios para o desenvolvimento<br />

Em 2010, oito anos após o final de uma guerra de quase<br />

3 décadas, <strong>Angola</strong> apresenta um substancial progresso em<br />

termos econômicos e políticos. No entanto, o país continua a<br />

enfrentar enormes desafios ao desenvolvimento, incluindo a<br />

redução da dependência do petróleo e a diversificação da economia,<br />

a reconstrução de sua infraestrutura, o melhoramento<br />

da capacidade institucional, da governança, dos sistemas de<br />

<strong>Como</strong> <strong>Exportar</strong><br />

41<br />

<strong>Angola</strong> Sumário<br />

administração financeira pública, dos indicadores de desenvolvimento<br />

humano e das condições de vida da população.<br />

Apesar de ser rico em recursos naturais, apresenta<br />

uma ampla desigualdade na distribuição de renda com 87%<br />

da população vivendo abaixo da linha da pobreza. Apesar de<br />

imensos investimentos em infraestrutura, o serviço de saúde<br />

e o setor educacional continuam ainda inadequados e não<br />

respondem às necessidades da população. O sistema sanitário<br />

ainda é muito precário e desorganizado. Muitas estruturas<br />

hospitalares não estão devidamente equipadas ou localizam-<br />

-se nas províncias, em zonas não facilmente alcançáveis pela<br />

população.<br />

O país possui enormes recursos hídricos e grandes potencialidades<br />

agrícolas e zootécnicas. Nos últimos anos registrou-se<br />

um crescimento econômico que produziu uma ligeira FINANÇAS<br />

melhoria das condições gerais de vida, conforme os indicadores<br />

de desenvolvimento das Nações Unidas que classificam E<br />

<strong>Angola</strong> em 143º lugar entre 177 países.<br />

<strong>Angola</strong> adotou um programa de estabilização macroeconômica<br />

e de reformas estruturais com o objetivo de completar<br />

o processo de transição para a economia de mercado.<br />

Durante anos, o país foi caracterizado por forte instabilidade<br />

macroeconômica, hiperinflação, sobrevalorização da taxa de<br />

câmbios e escassos investimentos no setor social.<br />

Entre fins de 2006 e princípios de 2007, <strong>Angola</strong> extinguiu<br />

completamente sua dívida com os países do Clube de<br />

Paris, pagando US$ 2,3 bilhões. Desde então, passou a pagar<br />

as taxas de juros atrasadas, no valor total de US$ 1,8 bilhão<br />

(US$ 800 milhões já pagos e US$ 1 bilhão em fase de pagamento,<br />

com estimativa de ter sido quitado no decorrer de<br />

2010).<br />

Em novembro de 2009, o FMI anunciou a aprovação da<br />

requisição de Luanda de um Stand-By Arrangement: o empréstimo<br />

de US$ 1,4 bilhão para a recomposição das reservas<br />

internacionais.<br />

Esforços têm sido empreendidos com vistas a melhorar<br />

a governança do país. O governo vem envidando esforços no<br />

sentido de conferir maior transparência à gestão dos recursos ECONOMIA,MOEDA

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