Como Exportar Angola - BrasilGlobalNet
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um órgão de soberania, e havia mais três: o Governo, os Tribunais<br />
e a Assembleia Nacional.<br />
Desta forma, deixa de haver um órgão de soberania<br />
chamado Governo, visto que as funções do Governo, na qualidade<br />
de órgão executivo, passam a ser afetos ao Presidente<br />
da República.<br />
A revisão da Constituição angolana suprime a eleição<br />
presidencial (o presidente do país passará a ser designado<br />
pelo partido ou coligação que vencer as eleições legislativas) e<br />
substitui a figura do primeiro-ministro pela de um vice-presidente,<br />
que se reportará diretamente ao presidente. Esta revisão<br />
concentra ainda mais o poder nas mãos do presidente. A<br />
possibilidade de exercer dois mandatos consecutivos de cinco<br />
anos também foi assegurada ao governante, após a revisão<br />
constitucional.<br />
Deixa de haver o Conselho de Ministros, como órgão<br />
colegiado que discutia, aprovava e emitia Decretos – Lei e resoluções,<br />
passando esta função a ser desempenhada pelo PR.<br />
Assim, de acordo com o estabelecido na Nova Constituição,<br />
o Conselho de Ministros passa a ser um órgão auxiliar<br />
do PR, porque todas as questões de interesse fundamental<br />
são auscultadas pelos seus membros, antes da aprovação pelo<br />
Presidente. O Conselho de Ministros continua a ser um órgão<br />
importante, porém não tem poder deliberativo, apenas funciona<br />
como um órgão consultivo.<br />
Por esta razão, a Assembleia Nacional não mais possui o<br />
poder de chamar os membros do Governo para prestarem esclarecimentos<br />
ou serem ouvidos sobre determinadas matérias,<br />
tal como acontecia até findar a antiga Constituição.<br />
Assim sendo, o Parlamento tem uma função de fiscalização<br />
diferente daquela que exercia anteriormente. Na divisão<br />
de poderes, a atual Constituição confere a função legislativa à<br />
Assembléia Nacional.<br />
Presidente da República<br />
Simboliza a unidade nacional e representa a nação no<br />
interior e no exterior. É também o garantidor da lei constitucional<br />
e Comandante em Chefe das Forças Armadas.<br />
<strong>Como</strong> <strong>Exportar</strong><br />
29<br />
<strong>Angola</strong> Sumário<br />
O PR é eleito por sufrágio universal, direto, igual e secreto,<br />
por um período de 5 anos, entre os cidadãos angolanos<br />
com idade superior a 35 anos. Segundo a Constituição de <strong>Angola</strong>,<br />
é eleito Presidente da República e Chefe do Executivo o<br />
cabeça de lista, pelo círculo nacional, do partido político ou<br />
coligação de partidos políticos mais votado no quadro das eleições<br />
gerais. O presidente pode desempenhar no máximo dois<br />
mandatos. Ele designa os Ministros, o Governador do Banco<br />
Central, o Chefe do Estado Maior do Exército, os governadores,<br />
o Procurador Geral e os Juízes, os Embaixadores e ratifica<br />
as Leis.<br />
Os Órgãos Constitucionais são os seguintes:<br />
Assembleia Nacional<br />
É o órgão que representa todos os angolanos e exprime<br />
a vontade soberana do povo. É composta por 223 eleitos por<br />
sufrágio universal, igual, direto e secreto, por um período de 4<br />
anos, segundo o sistema de representação proporcional. Três<br />
lugares são reservados à eleição de deputados residentes no<br />
estrangeiro.<br />
Governo<br />
Cuida da política geral do País e é o órgão superior da<br />
administração pública. É politicamente responsável perante o<br />
Presidente da República e a Assembleia Nacional. É composto<br />
por 58 elementos (Ministros e Vice-Ministros), dos quais 20<br />
são mulheres.<br />
ASPECTOS GERAIS