Helcias Bernardo de Pádua Cálcio & Magnésio ... - Serrano Neves
Helcias Bernardo de Pádua Cálcio & Magnésio ... - Serrano Neves
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• <strong>Cálcio</strong><br />
INSTITUTO SERRANO NEVES – AMIGO DO LAGO DA SERRA DA MESA<br />
<strong>Helcias</strong> <strong>Bernardo</strong> <strong>de</strong> <strong>Pádua</strong><br />
******<br />
<strong>Cálcio</strong> & <strong>Magnésio</strong> – Presença/excesso/carência – IDR -<br />
Série ÁGUA – A nossa água é dura – parte XX<br />
<strong>Helcias</strong> <strong>Bernardo</strong> <strong>de</strong> <strong>Pádua</strong> - C.F.Bio:00683.01/D -<br />
tel.:011-9568.0621 - helcias@portalbonito.com.br<br />
O tolo pensa que sabe tudo<br />
O sábio tem a certeza que não sabe tudo.<br />
Dividir conhecimento é expor <strong>de</strong>sconhecimento.<br />
Dispor da humilda<strong>de</strong> do saber sempre pela meta<strong>de</strong>.<br />
Quase nada, ou quase tudo.<br />
hbpádua/JAN.-2005<br />
O cálcio é o principal elemento responsável pela dureza <strong>de</strong> uma água. As principais fontes <strong>de</strong> cálcio são<br />
os plagioclásios cálcicos, calcita, dolomita, apatita, entre outros. Nas águas naturais, na forma <strong>de</strong><br />
carbonato <strong>de</strong> cálcio é pouco solúvel.<br />
No organismo animal, basicamente, o cálcio apresenta duas funções importantes: - formação da<br />
estrutura óssea; - como íon mensageiro ou <strong>de</strong> regulação. Além disso, ou seja, <strong>de</strong> conferir rigi<strong>de</strong>z aos ossos<br />
ele é necessário para a contração dos músculos, coagulação do sangue, excitação nervosa, entre outros.<br />
O cálcio, como o magnésio, é um macroelemento. É o mineral mais abundante do organismo, ( 1100 a<br />
1200 g <strong>de</strong> cálcio). Mais <strong>de</strong> 99% do cálcio presente em nosso corpo se encontra <strong>de</strong>positado em tecidos<br />
como ossos e <strong>de</strong>ntes. O resto é repartido entre outros tecidos (músculos sobretudo) e o plasma sangüíneo.<br />
Assim, o cálcio na forma iônica dissolvida em nosso plasma correspon<strong>de</strong> a menos <strong>de</strong> 1% do total <strong>de</strong> cálcio<br />
que possuímos Neste nível, o cálcio se apresenta ligado às proteínas, como também na forma ionizada<br />
indispensável às numerosas funções das células. É um elemento primordial da membrana celular na<br />
medida em que ele controla sua permeabilida<strong>de</strong> e suas proprieda<strong>de</strong>s eletrônicas. Está ligado às<br />
contrações das fibras musculares lisas, à transmissão do fluxo nervoso, à liberação <strong>de</strong> numerosos<br />
hormônios e mediadores do sistema nervoso, assim como à ativida<strong>de</strong> plaquetária (coagulação do<br />
sangue).É muito importante que o nível <strong>de</strong> cálcio plasmático se mantenha <strong>de</strong>ntro do normal<br />
Sendo o cátion <strong>de</strong> maior concentração no homem, colaborando para formação das partes duras, <strong>de</strong>ntes e<br />
ossos, além da cartilagem e músculos, é também essencial na manutenção <strong>de</strong> uma pele sadia. Age na<br />
estrutura dos nervos-SN para transmitir os impulsos. A carência <strong>de</strong> cálcio se manifesta em irritabilida<strong>de</strong>,<br />
acesso <strong>de</strong> ira, intranqüilida<strong>de</strong> nas crianças. Uma pessoa cujo organismo é pobre em cálcio se sente<br />
nervosa, incômoda, tensa, não conciliando facilmente o sono. Como já falamos os músculos também o<br />
necessitam, cuja falta po<strong>de</strong> produzir convulsões e cãibras.<br />
A ação do elemento-Ca no organismo é controlada rigidamente pela sua concentração no sangue, por<br />
meio <strong>de</strong> dois hormônios": - o “paratormônio-PTH” que age quando da falta do cálcio, numa dieta pobre
do nutriente, promovendo a retirada do mineral dos ossos, disponibilizando o mineral para o sangue; - um<br />
outro hormônio, o “calcitonina”, outra forma ativa da vitamina D, que é indispensável a uma<br />
mineralização correta do cálcio, no caso, <strong>de</strong>sativando as células que <strong>de</strong>stroem o osso, prevenindo assim a<br />
perda óssea. Deve-se observar e esperar atuação menor <strong>de</strong>sse hormônio, no caso, em regiões on<strong>de</strong> a sua<br />
presença é abundante, naturalmente influindo na dieta diária da população animal e humana.<br />
O paratormônio-PTH é produzido pelas glândulas paratireói<strong>de</strong>s, localizadas posteriormente à glândula<br />
tireói<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> um precursor, o pré-pró-paratormônio, sendo um dos responsáveis pelo controle da<br />
calcemia e, o mais importante, na regulação das alterações agudas das concentrações extracelulares <strong>de</strong><br />
cálcio, (ten<strong>de</strong> a liberar o cálcio a nível ósseo e favorece a reabsorção a nível renal ). O PTH tem uma meia<br />
vida <strong>de</strong> aproximadamente 2 minutos, quando a sua metabolização ocorre na maior parte no fígado<br />
(70%), rins (20%) e em menor quantida<strong>de</strong> em outros tecidos, como o tecido ósseo. A ação do PTH se dá<br />
diretamente no rim e no osso e indiretamente no trato digestivo, sempre resultando em incremento dos<br />
níveis séricos <strong>de</strong> cálcio.<br />
A calcitonina/metabólico da vit. D. é produzida pelas células parafoliculares da tireói<strong>de</strong> (estas não fazem<br />
parte dos folículos tireoi<strong>de</strong>anos). Ela previne a perda óssea na coluna, mas é menos eficaz em outras<br />
partes do esqueleto, como o quadril. Alguns estudos <strong>de</strong>monstraram que ela reduz o risco <strong>de</strong> fratura, mas<br />
nem todos os especialistas estão convencidos <strong>de</strong>ste fato. Ambos os hormônios atuam no metabolismo do<br />
íon cálcio, sendo importantes no controle do normal nível plasmático <strong>de</strong>ste íon. Nesse processo tem-se<br />
também as funções <strong>de</strong> aumentar os níveis, <strong>de</strong> além do cálcio, o do fósforo (*) no sangue e permitir a<br />
mineralização a<strong>de</strong>quada dos ossos. A vitamina D e o cálcio auxiliam o fósforo em seu trabalho. Sem o<br />
fósforo, a vitamina B - niacina, não po<strong>de</strong> ser absorvida.<br />
(*)”A maioria do fósforo do nosso corpo se encontra no esqueleto combinado ao cálcio e 10% dos tecidos<br />
moles, músculos, fígado e baço. Se encontra, como o cálcio, sob a influência da vitamina D e do hormônio<br />
paratiroi<strong>de</strong>ano. Seu excesso, (o fósforo), causaria, por conseqüência, uma mobilização exagerada do cálcio<br />
ósseo, com aumento dos riscos <strong>de</strong> osteoporose nas mulheres menopáusicas, isso pela disposição maior e<br />
eliminação do elemento cálcio. Hipótese que fica a ser provada, mas que mostraria uma vez mais a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um aporte equilibrado dos diversos minerais e oligoelementos”.<br />
A vitamina D é mais tóxica <strong>de</strong> todas as vitaminas. Assim como todas as vitaminas lipossolúveis, a<br />
vitamina D po<strong>de</strong> ser armazenada no corpo, sendo lentamente metabolizada. Doses elevadas po<strong>de</strong>m<br />
causar perda <strong>de</strong> apetite, náusea, se<strong>de</strong>. A <strong>de</strong>ficiência da vitamina D tem sido associada a um risco<br />
acentuado <strong>de</strong> diabetes Tipo 1. O contrário também é verda<strong>de</strong>. Níveis a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> vitamina D também<br />
correspon<strong>de</strong>m a um menor risco <strong>de</strong> diabetes.<br />
Como foi dito po<strong>de</strong>-se ter um aumento, até atingir altos níveis, do cálcio no sangue (hipercalcemia) e na<br />
urina (hipercalciuria), que po<strong>de</strong>m resultar em problemas sérios se não forem <strong>de</strong>tectados. Os sintomas <strong>de</strong><br />
altos níveis <strong>de</strong> cálcio no sangue incluem náusea, perda <strong>de</strong> apetite, constipação ou diarréia, se<strong>de</strong>, excreção<br />
<strong>de</strong> urina acima do normal, dor <strong>de</strong> cabeça e cansaço excessivo. Os níveis <strong>de</strong> cálcio na urina po<strong>de</strong>m levar à<br />
formação <strong>de</strong> pedras no rim ou <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> cálcio neste órgão, com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insuficiência renal.<br />
Pessoas com síndroma ou doenças que aumentam o nível <strong>de</strong> cálcio no sangue e em mulheres grávidas ou<br />
que estejam amamentando, os níveis <strong>de</strong> vitamina D também <strong>de</strong>vem ser monitorados.<br />
Estima-se que cerca <strong>de</strong> 80% a 100% da quantida<strong>de</strong> necessária <strong>de</strong> vitamina D <strong>de</strong> um indivíduo vêm da<br />
exposição ao sol. A pele absorve a energia ultravioleta do sol e a converte em vitamina D, sendo<br />
armazenada na gordura existente no organismo. Assim, se po<strong>de</strong> obtê-la na quantida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada através<br />
da exposição ao sol durante o verão e a primavera, e armazená-la para ser utilizada durante o inverno.<br />
Há uma forte associação da exposição ao sol e o aumento nos níveis sangüíneos da vitamina D,<br />
promovendo a diminuição do risco <strong>de</strong> cânceres comuns: colo do útero, ovário, mama e próstata.
• Algumas situações dietéticas práticas:<br />
<strong>Cálcio</strong> baixo - o organismo ativa a vitamina D para aumentar a<br />
absorção intestinal <strong>de</strong> cálcio. Há liberação <strong>de</strong> paratormônio que retira<br />
cálcio dos ossos para manter seu nível no sangue, pois se o cálcio<br />
sangüíneo abaixar o organismo animal terá problemas na contração<br />
muscular e excitação nervosa. Isto leva ao entortamento,<br />
enfraquecimento e até fraturas dos ossos, (hiperparatireoidismo<br />
secundário nutricional).<br />
<strong>Cálcio</strong> elevado – ocorre uma gran<strong>de</strong> absorção passiva <strong>de</strong> cálcio, <strong>de</strong><br />
modo que o controle sobre a entrada via intestinal seja quebrado.<br />
Com isto existe uma tendência a elevação do cálcio sangüíneo. O<br />
organismo ten<strong>de</strong> a contornar a situação liberando calcitonina,<br />
diminuindo a saída <strong>de</strong> cálcio dos ossos. Com o tempo isto causa<br />
aumento da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> óssea, interferindo nos processos <strong>de</strong><br />
crescimento e mo<strong>de</strong>lamento normal da forma dos ossos, em um<br />
quadro que se chama osteopetrose. O excesso <strong>de</strong> Ca, por outro lado,<br />
principalmente quando aliado a obesida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> provocar gran<strong>de</strong><br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> patologias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> retardo no crescimento, alterações do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento esquelético, alterações articulares e outras<br />
sindromes.<br />
Existem relações <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência e <strong>de</strong> orientação entre as partes,<br />
(cálcio / vit. D) ou seja:<br />
1- a absorção do mineral cálcio pelo intestino <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong><br />
ingerida e da presença <strong>de</strong> vitamina D<br />
2- já a entrada <strong>de</strong> cálcio nos ossos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da presença <strong>de</strong> vitamina D<br />
e do sangue possuir uma concentração a<strong>de</strong>quada tanto <strong>de</strong> cálcio<br />
como fósforo<br />
3- por fim, a saída <strong>de</strong> cálcio dos ossos para o sangue <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da<br />
presença <strong>de</strong> vitamina D, sendo controlada pelo paratormônio e<br />
pela calcitonina<br />
Então:<br />
Vitamina D baixa - a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> vitamina D interfere com a<br />
absorção <strong>de</strong> cálcio pelo intestino, levando a uma absorção insuficiente,<br />
e com a <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> cálcio nos ossos, diminuindo a mineralização<br />
óssea. Isto irá provocar um aumento <strong>de</strong> volume das articulações, dor e<br />
enfraquecimento com entortamento dos ossos, em uma doença<br />
<strong>de</strong>nominada raquitismo.
Vitamina D elevada - o organismo per<strong>de</strong> o controle sobre a absorção<br />
<strong>de</strong> cálcio no intestino, ocorrendo uma absorção excessiva. Para evitar<br />
que o cálcio sangüíneo se eleve o organismo libera a calcitonina, que<br />
diminui a retirada <strong>de</strong> cálcio dos ossos. Isto acarreta os mesmos<br />
problemas encontrados em dietas com cálcio elevado, predispondo-os<br />
a vários problemas ósseos. A associação <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> cálcio e<br />
vitamina D sangüíneos faz com que o cálcio se <strong>de</strong>posite em locais<br />
ina<strong>de</strong>quados, como rins, coração, artérias, músculos e nas<br />
articulações, em um processo doloroso, irreversível e que po<strong>de</strong> levar a<br />
sérias complicações como insuficiência renal e morte.<br />
Hipervitaminose D - essa vitamina, por ser lipossolúvel, é armazenada<br />
no organismo ao contrário das hidrossolúveis (como as vitaminas B e<br />
C) que são eliminadas pela urina Quando em excesso.<br />
e.t.: as necessida<strong>de</strong>s reais <strong>de</strong> cálcio estão sendo revistas.<br />
Uma dieta alimentar normal fornece cerca <strong>de</strong> 500 a 600 mg <strong>de</strong> cálcio/dia. É a quantida<strong>de</strong> aconselhada até<br />
hoje. Todavia, preconiza-se um aumento do aporte nutricional <strong>de</strong> cálcio. Uma ingestão diária da or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> 800 a 1000 mgCa/dia parece aceitável, recomendando-se para um adulto humano cerca <strong>de</strong> 800mg/dia.<br />
obs.: 1000 e 1500 miligramas (1,0-1,5 gramas) para homens e mulheres com osteoporose. Admitindo-se<br />
este aumento, é necessário se preocupar também com a modificação nos aportes <strong>de</strong> magnésio e fósforo.<br />
A<strong>de</strong>ndo:<br />
• a ingestão do sal-NaCl favorece a eliminação <strong>de</strong> cálcio pela urina, aumentando a chance<br />
<strong>de</strong> o mineral-Ca estacionar nos rins, não <strong>de</strong>vendo-se consumir mais do que 6gNaCl/dia) e<br />
os indivíduos sensíveis ao sal dos alimentos precisam consumir um pouco mais do que o<br />
normal <strong>de</strong> cálcio para po<strong>de</strong>r manter a pressão estável;<br />
• os <strong>de</strong>ntes nada mais são do que tecidos calcificados e daí uma alimentação pobre em<br />
cálcio acelera o <strong>de</strong>senvolvimento da cárie antes do primeiro ano <strong>de</strong> vida;<br />
• a Socieda<strong>de</strong> Americana do Câncer reconheceu que o cálcio diminui as chances <strong>de</strong> se ter<br />
câncer <strong>de</strong> cólon, área do intestino on<strong>de</strong> a intensa renovação celular;<br />
• pesquisa da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Purdue (Estado <strong>de</strong> Indiana - EUA) acompanhou os hábitos<br />
alimentares <strong>de</strong> 54 mulheres por 2 anos e concluiu que quem consumiu diariamente cerca<br />
<strong>de</strong> 1900 calorias e 1000 mg <strong>de</strong> cálcio, emagreceu em média 7 kg ao final <strong>de</strong>sse período<br />
(cientistas ainda estão investigando como o cálcio age para <strong>de</strong>ixar a silhueta mais fina);<br />
• pesquisa da UFESP/SP constatou que na década <strong>de</strong> 90, os idosos ingeriam só 50% do<br />
cálcio necessário por dia e acreditam que isso ainda esteja acontecendo e se estenda por<br />
toda população;<br />
• <strong>Magnésio</strong><br />
O elemento magnésio faz parte da crosta terrestre e participa com 2,5% da composição total. É portanto<br />
muito comum. É um elemento indispensável a todas as formas <strong>de</strong> vida. O ser humano adulto possui<br />
naturalmente <strong>de</strong> 20 a 28 gramas <strong>de</strong>sse metal. Como nutriente essencial, preenche mais <strong>de</strong> trezentas<br />
funções no organismo humano, como preventivo, tranqüilizante e energético.
O magnésio é o cátion intracelular mais importante, <strong>de</strong>pois do potássio, sendo menos abundante que os<br />
outros três gran<strong>de</strong>s macro-elementos (sódio, potássio, cálcio), porém tornando-se ve<strong>de</strong>te nos últimos anos<br />
e até com seu impacto sendo exagerado por alguns autores. O papel fisiológico do magnésio é importante,<br />
regulando a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> centenas reações enzimáticas além <strong>de</strong> intervir, igualmente, na duplicação dos<br />
ácidos nucleicos, na excitabilida<strong>de</strong> neural e na transmissão <strong>de</strong> influxo nervoso agindo sobre as trocas<br />
iônicas da membrana celular. A nível do sistema cardiovascular, ele é um opositor do cálcio.<br />
(*) - O sódio goza <strong>de</strong> um papel fisiológico fundamental no metabolismo celular. É encontrado no organismo,<br />
principalmente no setor extra-celular e no líquido intersticial. De fato, ele passa constantemente para o<br />
interior das células e é rejeitado por um mecanismo, a bomba <strong>de</strong> sódio, que permite manter a pressão<br />
osmótica no setor extracelular. É também pela regulação da excreção ou da retenção do sódio a nível dos<br />
rins que é regulado o teor <strong>de</strong> água do corpo.<br />
As necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sódio são mínimas (1,5 g por dia) e largamente cobertas pela alimentação. A alimentação<br />
mo<strong>de</strong>rna leva a um aumento da ingestão <strong>de</strong> sódio, on<strong>de</strong> o gosto se modifica com a tendência a se salgar<br />
mais os alimentos, tendência a qual não existia na aurora da civilização, quando o sal era tão precioso como<br />
o ouro.<br />
- O potássio, em oposição ao sódio, é o principal cátion intracelular que contribui para o seu metabolismo e<br />
para a síntese das proteínas e do glicogênio. Ele goza <strong>de</strong> um papel importante na excitabilida<strong>de</strong><br />
neuromuscular e na regulação do teor <strong>de</strong> água do organismo. O líquido intracelular contém mais <strong>de</strong> 90% do<br />
potássio do corpo.<br />
Parte importante do magnésio é fixado sobre os ossos sob a forma <strong>de</strong> fosfatos e bicarbonatos, e mais uma<br />
pequena parte entra na composição da massa molecular e uma pequeníssima fração, presente no sangue,<br />
está ligada às proteínas, ionizada e fisiológicamente ativa. O estudo do metabolismo magnesiano constitui<br />
atualmente um campo em plena expansão, após um gran<strong>de</strong> período <strong>de</strong> ignorância dos défices<br />
magnesianos e <strong>de</strong> suas repercussões sobre a saú<strong>de</strong>.<br />
O magnésio é o segundo cátion mais abundante nos líquidos intracelulares. Ativa a produção <strong>de</strong> enzimas<br />
do corpo e associado ao cálcio, fortalece os nervos e os músculos. É necessário no processo digestivo. É o<br />
regulador do cálcio no organismo. Relaxa músculos e nervos e amacia articulações, cartilagens, tendões,<br />
previne doenças cardiovasculares, ajuda no combate à <strong>de</strong>pressão e o estres, ambos são importantes para<br />
a resistência muscular dos atletas.<br />
Seu comportamento geoquímico é muito parecido com o do cálcio e, em linhas gerais, acompanha este<br />
elemento. Em região <strong>de</strong> rochas carbonáticas, o mineral dolomita é um importante fornecedor <strong>de</strong> Mg. O<br />
magnésio, <strong>de</strong>pois do cálcio, é o principal responsável pela dureza das águas.<br />
Contudo, diferentemente do cálcio, forma sais mais solúveis. Os minerais mais comuns fornecedores <strong>de</strong><br />
magnésio para as águas subterrâneas são: biotita, anfibólios e piroxênios. Estes minerais são mais<br />
estáveis diante do intemperismo químico, do que os minerais fornecedores <strong>de</strong> cálcio, por isso seu teor nas<br />
águas subterrâneas é significativamente menor do que aquele, o cálcio.<br />
Nos organismos animais, o magnésio atua nos mais diversos sistemas, prevenindo doenças das mais<br />
variadas origens. Age sobre os músculos, sobre o sistema circulatório, tem ação sobre os ossos e<br />
articulações. Nessas áreas, atua sobre doenças cardíacas, como enfartes do miocárdio; evita a<br />
hipertensão, ativa o metabolismo do açúcar e da gordura, evitando ou reduzindo as complicações com<br />
diabetes. Também evita a fadiga muscular e física, cãibras, trombose, embolias, artroses, bursites, cálculos<br />
renais; é preventivo <strong>de</strong> enxaquecas, anti-alérgico e a prisão <strong>de</strong> ventre. O magnésio é consi<strong>de</strong>rado o<br />
tranqüilizante da Natureza.
O elemento Mg é sim um estabilizador do sistema nervoso, evitando angústia, ansieda<strong>de</strong>, fadiga mental e<br />
muscular. É parte integrante na fabricação <strong>de</strong> várias enzimas, participa na duplicação do DNA e RNA.<br />
Ativa as funções sexuais e sua concentração menor no soro sangüíneo causava convulsões. Ele converte o<br />
açúcar do sangue em energia. Em fim, este mineral auxilia nosso organismo a aproveitar a vitamina C , o<br />
cálcio, o fósforo , o sódio e o potássio <strong>de</strong> maneira eficiente .<br />
A vida mo<strong>de</strong>rna, o alcoolismo, o tabagismo, induz o indivíduo a necessitar <strong>de</strong> mais magnésio e além das<br />
funções já citadas acima ativa o metabolismo das gorduras e do açúcar. As gorduras interferem com a<br />
absorção do magnésio e as taxas <strong>de</strong> açúcar aumentam a excreção urinária <strong>de</strong> magnésio, e a perda <strong>de</strong><br />
magnésio po<strong>de</strong> contribuir para a hipertriglicemia, é que concluiu-se em ratos sob déficit <strong>de</strong> magnésio<br />
submetidos à dieta com alto nível <strong>de</strong> sacarose, mas pobre em gorduras. As bebidas alcoólicas são também<br />
responsáveis pela eliminação do magnésio. O álcool e uma alimentação rica em glucídios e em lipí<strong>de</strong>os<br />
po<strong>de</strong>m igualmente aumentar a eliminação <strong>de</strong> magnésio.<br />
Se as circunstâncias da vida mo<strong>de</strong>rna passaram a exigir uma quantida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> magnésio, os aportes<br />
via alimentação parecem não atendê-la. Pelo contrário, eles parecem mesmo diminuír. Com efeito, os<br />
alimentos estão mais pobres em magnésio, <strong>de</strong>vido a utilização seguida <strong>de</strong> adubos químicos e ao<br />
refinamento. É possível corrigir a <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong> magnésio por sua administração sob a forma <strong>de</strong> sais,<br />
ainda que os sais orgânicos pareçam <strong>de</strong> melhor assimilação.<br />
A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> magnésio no ser humano <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ida<strong>de</strong> e do sexo. Varia entre 250 a 450 e em média<br />
toma-se por base 300 mg/dia. As gestantes e as mulheres que estão amamentando a necessida<strong>de</strong> é maior,<br />
<strong>de</strong> 450 mg/dia, então resumidamente: a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> magnésio no organismo po<strong>de</strong> afetar o crescimento,<br />
produzir alterações hormonais e neuromusculares, sendo fundamental ao equilíbrio da saú<strong>de</strong><br />
“Não sabemos por qual motivo não são feitos exames <strong>de</strong> laboratórios para se <strong>de</strong>tectar a carência <strong>de</strong><br />
magnésio no sangue, já que é importante para o homem e é tão utilizado pelo organismo. Muitos enfartes<br />
fatais e <strong>de</strong>rrames ou AVC po<strong>de</strong>riam ser evitados”, preconiza Barreto,S.B. (1998).<br />
Esclarecemos que os textos aqui <strong>de</strong>senvolvidos visam, simplesmente, informar <strong>de</strong> maneira generalizada, as<br />
ações e relações da presença maior ou não dos minerais “cálcio” e “magnésio”, em especial disponíveis ao<br />
ser humano, como simples relato. Ressalta-se que não esta no seu contexto qualquer orientação médica ou<br />
mesmo indicação, <strong>de</strong>finição ou classificação à saú<strong>de</strong>, quanto ao uso <strong>de</strong>ssas águas da região da Serra da<br />
Bodoquena/MS.<br />
• IDR – Ingestão diária recomendada<br />
(*) O material aqui relatado não<br />
substitui as orientações do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, (médico).<br />
- IDR - Rec. pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>/Br para um organismo saudável<br />
O melhor é que o cálcio e o magnésio sejam ingeridos sempre juntos.<br />
O excesso Ca e Mg <strong>de</strong>vem ser eliminados normalmente pelo corpo.<br />
Faixa etária p/ o Ca p/ o Mg<br />
Informações úteis sobre as funções do:<br />
até 6 meses 400mg 40mg<br />
<strong>de</strong> 6 meses a 1 ano 600mg 60mg<br />
crianças <strong>de</strong> 1 a 3<br />
anos<br />
800mg 80mg<br />
crianças <strong>de</strong> 4 a 6<br />
anos<br />
800mg 120mg<br />
· CÁLCIO: fundamental para a formação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ntes, ossos, cartilagem, músculos e na<br />
manutenção da pele sadia.
crianças <strong>de</strong> 7 a 10<br />
anos<br />
800mg 170mg<br />
adultos<br />
gestantes e mulheres<br />
amamentando<br />
800mg<br />
<strong>de</strong> 800mg a<br />
1200mg<br />
300mg · MAGNÉSIO: ativa a produção <strong>de</strong> enzimas<br />
acima <strong>de</strong> 300mg do corpo e associado ao cálcio, fortalece os<br />
(450mg) nervos e os músculos.<br />
fonte: A indústria <strong>de</strong> alimentos e a carência <strong>de</strong> minerais & O porque das doenças<br />
• Bibliografia (complementação da Série ÁGUA -partes XVI, XVII, XVIII, XIX e XX)<br />
Andrews, C. Hobbyst Gui<strong>de</strong> To The Natural Aquarium.Tetra-Press, 1991.<br />
ANON. <strong>Cálcio</strong> e Vitamina D – Verda<strong>de</strong>s e mentiras..http://bichoonline.com.br<br />
-------, - Jornal Encontro Abril. Cambuquira/MG. 1997<br />
-------, - Química – Porcentagem <strong>de</strong> cálcio – porcentagem do gás carbônico na água. Curso Objetivo/SP.<br />
http://www.cursobjetivo.com.br/vestibular/fuvest/1997/1-fase/22_11_Quimica.pdf.<br />
www.cursobjetivo.com.br<br />
-------, - Por que usar suplementos nutricionais naturais para saú<strong>de</strong>. Os alimentos funcionais são eficazes<br />
na prevenção e não na correção das doenças. S/D - www.fitoterapia.cjb.net, http://www.sitelink.com.br<br />
---------, - A indústria <strong>de</strong> alimentos e a carência <strong>de</strong> minerais. IN: Dolomita Dolovita Renew<br />
Suplemento Mineral <strong>de</strong> <strong>Cálcio</strong> e <strong>Magnésio</strong> – 100% Natural, S/D - www.herbaflora.com.br<br />
Branco, S.M. , - Hidrobioloia aplicada à engenharia sanitária. SP-SP; CETESB/ACETESB, 3 ed. 1986.<br />
640p.:iL<br />
Barreto, S.B. - O porque das doenças - (nas plantas, nos animais e nos homens) e como evitá-las,<br />
MIBASA-CANES, Arapiraca/AL- Campanha Alimento Natural é Saú<strong>de</strong>. Arapiraca-AL 1998<br />
Borba,F.S. – Dicionário <strong>de</strong> usos do português do Brasil. São Paulo, Editora Ática, 2002.<br />
10. REY, L. - Dicionário <strong>de</strong> termos técnicos <strong>de</strong> medicina e saú<strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Guanabara Koogan<br />
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hbpádua<br />
hbpádua<br />
A força que amadurece o fruto<br />
é a mesma força que faz brotar,<br />
no coração do homem,<br />
um gesto <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong>.<br />
Cântico XVI – Cânticos às árvores.<br />
Altivo Ferreira - Curitiba/Pr, 1974