14.04.2013 Views

Programa - Centro Cultural de Belém

Programa - Centro Cultural de Belém

Programa - Centro Cultural de Belém

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ILUMINAÇÕES<br />

um espectáculo <strong>de</strong> Mónica Calle<br />

com a Companhia Maior


3 a 6 Novembro 2012<br />

3, 5, 6 Novembro às 21h / 4 Novembro às 16h<br />

Pequeno Auditório / M ⁄ 16 anos<br />

ILUMINAÇÕES<br />

um espectáculo <strong>de</strong> Mónica Calle com a Companhia Maior<br />

a partir <strong>de</strong> vários autores, e <strong>de</strong> “Não esquecerás” e “Retrato <strong>de</strong> um jovem poeta” e outras palavras<br />

<strong>de</strong> Dulce Maria Cardoso (obrigada, Dulce)<br />

Adaptação, encenação, espaço cénico, figurinos Mónica Calle | Desenho <strong>de</strong> luz José Álvaro Correia<br />

Assistência <strong>de</strong> encenação Alexandra Gaspar | Assistência <strong>de</strong> direcção <strong>de</strong> actores Rute Cardoso e<br />

Mónica Garnel | Assistente figurinista Isabel Boavida | Fotografia Bruno Simão<br />

Registo ví<strong>de</strong>o Patrícia Saramago | Co-produção <strong>Centro</strong> <strong>Cultural</strong> <strong>de</strong> <strong>Belém</strong> / Companhia Maior<br />

Produção executiva Companhia Maior | Produtor Luís Moreira<br />

Artistas<br />

Ana Díaz | António Pedrosa | Carlos Nery | Celeste Melo | Cristina Gonçalves | Diana Coelho<br />

Elisa Worm | Helena Marchand | Isabel Millet | Isabel Simões | Iva Delgado | Jorge Falé<br />

Júlia Guerra | Kimberley Ribeiro | Luna An<strong>de</strong>rmatt | Manuela <strong>de</strong> Sousa Rama<br />

Michel | Paula Bárcia | Vítor Lopes | Mónica Calle<br />

A História da Companhia Maior<br />

O espectáculo Bela Adormecida, encenado por Tiago Rodrigues, foi<br />

o gesto fundador da Companhia Maior. Este é um projecto artístico<br />

que aposta na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a criação contemporânea nas artes<br />

performativas po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as suas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa,<br />

<strong>de</strong> experimentação e <strong>de</strong> inovação, através <strong>de</strong> uma estratégia<br />

inclusiva <strong>de</strong> artistas mais velhos e experientes. A Companhia Maior é<br />

composta por intérpretes profissionais das áreas do teatro, da dança<br />

e da música, todos com mais <strong>de</strong> 60 anos. O elenco do primeiro<br />

espectáculo da Companhia foi composto a partir da realização <strong>de</strong> um<br />

workshop / audição no CCB, em Março <strong>de</strong> 2010, dirigido por Tiago<br />

Rodrigues. A selecção dos candidatos teve por base um cruzamento<br />

assente na interdisciplinarida<strong>de</strong>, tendo o elenco do primeiro<br />

espectáculo da Companhia Maior sido bastante ecléctico, tentando<br />

fundir tendências mais eruditas com outras mais populares, nas<br />

diversas aéreas artísticas que nele se incluíram. Ao primeiro workshop<br />

/ audição, seguiram-se três workshops / formação, nas áreas <strong>de</strong><br />

dramaturgia, <strong>de</strong> música e <strong>de</strong> dança contemporânea, orientados<br />

respectivamente por Jacinto Lucas Pires, João Lucas e Clara<br />

An<strong>de</strong>rmatt. Estes workshops foram frequentados por 14 elementos,<br />

que acabaram por integrar o espectáculo Bela Adormecida, estreado<br />

no Pequeno Auditório, no dia 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2010. Após os muito<br />

bem acolhidos quatro dias <strong>de</strong> exibição no CCB, o espectáculo Bela<br />

Adormecida fez uma gran<strong>de</strong> digressão nacional, recebida por muitos<br />

mais espaços do que os inicialmente previstos, tendo gerado um<br />

notório clima <strong>de</strong> interesse pelo projecto artístico e pelo tema a ele<br />

inerente. Bela Adormecida passou, cronologicamente, <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 2010 a Maio <strong>de</strong> 2011, pelas seguintes casas <strong>de</strong> espectáculo:<br />

Teatro Municipal <strong>de</strong> Bragança, Cine-Teatro <strong>de</strong> Estarreja, Tempo em<br />

Portimão, <strong>Centro</strong> <strong>Cultural</strong> Vila Flor em Guimarães, Teatro Viriato<br />

em Viseu, TECA no Porto, Teatro Micaelense em Ponta Delgada,<br />

Teatro Virgínia em Torres Novas, Teatro Municipal da Guarda, Casa<br />

da Cultura em Alfan<strong>de</strong>ga da Fé e <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Espectáculos <strong>de</strong> Tróia.<br />

Sendo a Companhia Maior uma Associação <strong>Cultural</strong> fundada<br />

com a intenção <strong>de</strong> dar voz e lugar artístico a uma geração Maior,<br />

valorizando a maturida<strong>de</strong> e a diferente comunicação artística, e<br />

colateralmente sociológica, que artistas maiores <strong>de</strong> 60 anos po<strong>de</strong>m<br />

oferecer à comunida<strong>de</strong>, é sobretudo na digressão que a sua missão<br />

ganha sentido.<br />

Ainda em 2011, uma série <strong>de</strong> workshops / formação abriu as portas<br />

a novos elementos, por candidatura pública, sendo a equipa artística<br />

da Companhia Maior agora constituída por 19 artistas maiores.<br />

Parte <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> artistas integrou a criação da coreógrafa Clara<br />

An<strong>de</strong>rmatt, no espectáculo intitulado MAior, estreado a 8 <strong>de</strong><br />

Dezembro, no Pequeno Auditório do CCB. Seguiu-se uma digressão<br />

nacional, tendo o espectáculo sido apresentado no Teatro <strong>de</strong> Almada,<br />

no Teatro Gil Vicente em Coimbra, no Teatro-Cine <strong>de</strong> Torres Vedras e<br />

no Teatro Aveirense.<br />

Entre Março e Julho <strong>de</strong> 2012, o grupo <strong>de</strong> 19 artistas maiores<br />

participou em mais workshops, sob a orientação <strong>de</strong> Teresa Lima, <strong>de</strong><br />

Nuno Cardoso e <strong>de</strong> Mónica Calle, no CCB.<br />

iluMinAções, o novo espectáculo da Companhia Maior com<br />

direcção <strong>de</strong> Mónica Calle, estreia agora no CCB. Seguir-se-á uma<br />

nova digressão nacional.<br />

A Companhia Maior <strong>de</strong>seja fazer a ponte entre instituições culturais,<br />

permitindo que diversos teatros sejam parceiros fixos, tanto no plano<br />

do acolhimento como da co-produção <strong>de</strong> criações da companhia,<br />

ajudando a pensar e a concretizar o futuro <strong>de</strong>ste projecto. Sabemos<br />

também que, para lá do discurso artístico que será criado para cada<br />

espectáculo, há um sinal claro <strong>de</strong> que, com este projecto, as artes<br />

estão a dar aos diversos sectores da socieda<strong>de</strong> portuguesa, no que<br />

toca à dignificação e à intervenção activa <strong>de</strong> toda uma faixa etária.<br />

Estamos convictos <strong>de</strong> que, sendo essencialmente um projecto <strong>de</strong><br />

criação artística, a Companhia Maior po<strong>de</strong> ser um símbolo <strong>de</strong> uma<br />

mudança mais profunda e abrangente na socieda<strong>de</strong>.<br />

Por esse motivo, existe na Companhia Maior um Conselho<br />

Consultivo, cuja função é a <strong>de</strong> assegurar uma discussão contínua<br />

sobre o funcionamento da companhia, sobre a sua missão artística e<br />

sobre o seu impacto, que transborda claramente as fronteiras estritas<br />

da criação artística.


Pequena, pobre, in<strong>de</strong>fesa mas<br />

extraordinária história <strong>de</strong> uma vida<br />

humana individual.<br />

Unicamente nesta vida humana<br />

individual estão a verda<strong>de</strong>, a santida<strong>de</strong><br />

e a grandiosida<strong>de</strong>. É preciso salvá-la do<br />

esquecimento e da <strong>de</strong>struição, mesmo<br />

com a consciência do fracasso.<br />

Há qualquer coisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>finitivo, qualquer<br />

coisa que aparece diante DO FIM.<br />

Suspeita <strong>de</strong> narcisismo último e pueril?<br />

O jogo que se trava é muito mais sério,<br />

grave e perigoso. Eu (nós) faço no<br />

palco a manobra mais arriscada e mais<br />

<strong>de</strong>sesperada da minha vida. Acredito nisso.<br />

É preciso ir até ao fim do caminho.<br />

É preciso tocar no fundo, porque só o grito<br />

lá do fundo po<strong>de</strong> ser ouvido. Lá no fundo,<br />

talvez nos compreendamos uns aos outros.<br />

Pôr a nu o que há <strong>de</strong> mais secreto na vida<br />

<strong>de</strong> um indivíduo, o que contém o valor<br />

supremo, o que aos olhos do mundo po<strong>de</strong><br />

parecer irrisório, mesquinho, pobre. Trazer<br />

essa pobreza para a luz do dia, para que<br />

ela floresça. E que impere.<br />

Morrerei e não confessarei que sou<br />

velho.


Sei que é preciso resistir. Intensificar.<br />

Densificar. Contra a massificação grotesca<br />

que nos querem fazer crer que é inevitável.<br />

São reis os que não o querem ser.<br />

Achas que Deus me vê?<br />

Eu escolho na minha cave a minha queda,<br />

que é uma subida.<br />

Não me <strong>de</strong>ixarei expulsar do Paraíso.<br />

Tentei, tento, é preciso tentar num outro<br />

presente, mesmo que ainda não seja o<br />

meu. Ser finalmente o que sempre fui.<br />

Existe um vento impetuosamente solto<br />

na noite da minha vida. Aqui, eu abro as<br />

portas, corro e vou em direcção ao mar. E<br />

tu? Corres <strong>de</strong> braços abertos em direcção<br />

a ti?<br />

Eu estive aqui.


Atravessar o espelho<br />

A Companhia Maior entra agora na<br />

sua fase adolescente. Depois <strong>de</strong> A Bela<br />

Adormecida, um espectáculo <strong>de</strong> teatro<br />

encenado por Tiago Rodrigues, e <strong>de</strong> Maior,<br />

uma peça <strong>de</strong> dança com coreografia <strong>de</strong><br />

Clara An<strong>de</strong>rmatt, e no seguimento <strong>de</strong><br />

várias oficinas com diferentes criadores<br />

e <strong>de</strong> apresentações em diversos teatros<br />

do país, o grupo começa a olhar para o<br />

seu próprio corpo com novas perguntas<br />

e outros quereres. Quanto a iluminações,<br />

o projecto com direcção <strong>de</strong> Mónica Calle,<br />

confesso que estou às escuras. Mas,<br />

pelo que conheço dos “adolescentes<br />

maiores” <strong>de</strong>sta Companhia, será mais<br />

um salto em direcção ao espanto. Cada<br />

vez mais seguros das suas capacida<strong>de</strong>s<br />

enquanto intérpretes e criadores, e<br />

juntando naturalmente à sua arte a força<br />

e o <strong>de</strong>sassombro da sua maiorida<strong>de</strong>, estes<br />

actores provocam-nos um olhar sobre a<br />

nossa Cida<strong>de</strong> muito diferente daquele<br />

que nos querem impingir os anúncios <strong>de</strong><br />

sabonetes ou <strong>de</strong> primeiros-ministros. O<br />

espelho que criámos para nós próprios é<br />

um espelho <strong>de</strong> feira, distorcido, grotesco,<br />

plástico, falso, on<strong>de</strong> não há velhos ou<br />

só velhos-que-até-parecem-novos. Uma<br />

socieda<strong>de</strong> que, com a <strong>de</strong>sculpa do défice<br />

ou com outra qualquer, passa a olhar para<br />

as artes e para o pensamento como um<br />

luxo dispensável ou um lixo dispendioso<br />

é uma socieda<strong>de</strong> cega em relação a si<br />

própria. Sem cultura, <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> nos<br />

confrontar com o nosso corpo colectivo,<br />

no que este tem <strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

possibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sonhos e <strong>de</strong> medos, <strong>de</strong><br />

amor e <strong>de</strong> fantasma. A Companhia Maior,<br />

com todo o seu <strong>de</strong>spojamento, em toda<br />

a sua “pobreza”, ajuda-nos a atravessar<br />

esse espelho mediático, no sentido <strong>de</strong> um<br />

retrato mais próximo <strong>de</strong> nós. Não, um<br />

velho país não está con<strong>de</strong>nado a ser um<br />

país velho. Sejamos mais futuros, mais<br />

audazes, mais verda<strong>de</strong>iros, mais vivos.<br />

Maiores.<br />

JACINTO LUCAS PIRES


Surpreen<strong>de</strong>nte pela franqueza, pelo esforço<br />

iniciático, pelo conluio com o <strong>de</strong>stino, repete a<br />

operação da verda<strong>de</strong> como método e objectivo<br />

o número <strong>de</strong> vezes que achar necessário: <strong>de</strong><br />

seguida com um rápido, sonoro, viril, clássico<br />

grito <strong>de</strong> guerra – bora lá! –, coloca as peças<br />

no quadro básico da incerteza, da dúvida, do<br />

medo paliativo, da impreparação para a dádiva<br />

total, da perplexida<strong>de</strong> perante o acto puro que<br />

faz nascer o enigma. Os minutos <strong>de</strong> silêncio<br />

transformam-se em milénios <strong>de</strong> servidão,<br />

em apocalipses <strong>de</strong> rebelião, em invisíveis<br />

renúncias, em temerosas audácias. Tudo é<br />

possível quando se busca o insondável do<br />

abismo individual, no olhar, na interiorida<strong>de</strong>,<br />

no antigesto, no espaço entre corpos, na<br />

ausência ou no excesso <strong>de</strong> regras, na <strong>de</strong>núncia<br />

<strong>de</strong> receios, na inibição <strong>de</strong> hábitos, na quase<br />

impossível fisicalida<strong>de</strong> do pensamento.<br />

Encontrar o patamar da nu<strong>de</strong>z do óbvio é<br />

tão fácil que chega a ser cruel. Não que a<br />

sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mónica seja implacável,<br />

mas consegue-o pela vitória do momento<br />

em que <strong>de</strong>slinda o código do actor, a sua<br />

carapaça <strong>de</strong>fensiva, a sua fraqueza contextual.<br />

Colaboradores na esfera <strong>de</strong> rarida<strong>de</strong>, no limite<br />

da sua própria evidência, a existência em palco<br />

torna-se uma prisão sem gra<strong>de</strong>s, um oásis<br />

impenetrável à mentira.<br />

Os momentos vividos nessa recriação penosa,<br />

inconstante, brutal, são pedaços <strong>de</strong> existência<br />

irrepetíveis, colocando o actor na fronteira<br />

entre o incógnito momento em que se supera<br />

e o vórtice da dádiva. O papel da parteira<br />

cessa. A criadora retoma o tempo que fez<br />

catapultar o impossível para o palco. Os dois<br />

mundos fun<strong>de</strong>m-se na beleza que se apo<strong>de</strong>ra<br />

<strong>de</strong> pormenores, <strong>de</strong> silêncios, <strong>de</strong> olhares, <strong>de</strong><br />

refúgios. O ciclo recomeça, inabalável aos<br />

percalços, às intempéries, aos <strong>de</strong>sânimos, às<br />

parcelas <strong>de</strong> incompreensão, à matéria das<br />

horas. Ei-la que regressa, disponível como se<br />

nada se tivesse passado.<br />

Retoma-se o ensaio no ponto exacto em<br />

que ficou, ou talvez noutro ponto, em que<br />

tudo se reinicia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o abjecto ao sublime,<br />

passando pelo obnóxio, pelo grotesco, pelo<br />

inclassificável, atingindo planetas <strong>de</strong> nada,<br />

ou universos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za tão simples que<br />

lembram um sorriso captado por acaso.<br />

Os actores colocam-se em espaço <strong>de</strong> palco,<br />

cansados, exactos, alerta, preparados, ansiosos,<br />

ainda na vertigem da perplexida<strong>de</strong>. Como<br />

aprendizes do eterno retorno, aguardam. Não<br />

é fácil a imobilida<strong>de</strong> atenta, a disciplina i<strong>de</strong>al,<br />

a repetição. Quando menos se espera, como<br />

rabanada <strong>de</strong> vento surgida do silêncio, ouvese<br />

a voz <strong>de</strong> comando – bora lá! – e o trabalho<br />

recomeça.<br />

IVA DELGADO


Vivemos porque outros vivem, só por isso.<br />

Porque o que me mostram passa a ser meu. Por<br />

sermos como pedras lançadas no ar que um dia<br />

se encontrarão.<br />

E quando morrermos, Deus não saberá o que<br />

fazer. Muito mais do que isto não temos. Mas é<br />

tanto.<br />

Os encontros e as <strong>de</strong>spedidas são as coisas mais<br />

importantes da vida. O momento em que o meu<br />

nome, por fim, será esquecido.<br />

Sabes que a luz dá conforto ao corpo e a<br />

escuridão dá conforto ao espírito? Há pessoas<br />

que acreditam nisso.<br />

Uma beleza sem as marcas da morte não<br />

existe. Pessoas que não esquecemos. Talvez<br />

a pele, sobretudo o toque. As palavras que<br />

conseguiram dizer-nos. Nada disto é nosso,<br />

apenas se transfere.<br />

Coisas que não po<strong>de</strong>mos agra<strong>de</strong>cer nunca. Nem<br />

por elas pedir <strong>de</strong>sculpa. A maravilhosa violência<br />

da nossa vida, que nunca pe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpa. Viver<br />

em cima <strong>de</strong> uma árvore, as costas vergadas,<br />

os braços esticados. Para quê? Fome, indómita<br />

fome. Fome <strong>de</strong> contacto nas palavras e no<br />

corpo.<br />

Esta mancha vermelha não sou eu, somos nós.


COMPANHIA MAIOR<br />

CONSELHO CONSULTIVO<br />

DANIEL SAMPAIO<br />

ANTóNIO MEGA FERREIRA<br />

EDUARDO MARÇAL GRILO<br />

JACINTO LUCAS PIRES<br />

ASSEMBLEIA GERAL<br />

JACINTO LUCAS PIRES<br />

DANIEL SAMPAIO<br />

CLÁUDIA GAIOLAS<br />

DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO<br />

LUÍSA TAVEIRA<br />

TIAGO RODRIGUES<br />

SOFIA CAMPOS<br />

CONSELHO FISCAL<br />

EUGéNIO SENA<br />

MAGDA BIZARRO<br />

RITA BAGORRO<br />

ASSESSORIA JURíDICA<br />

FERNANDA RODRIGUES<br />

PRODUTOR<br />

LUÍS MOREIRA<br />

CO-PRODUÇÃO<br />

CENTRO CULTURAL DE BELéM<br />

MECENAS PRINCIPAL<br />

FUNDAÇÃO EDP<br />

APOIOS<br />

ANO EUROPEU DO ENVELHECIMENTO ACTIVO E<br />

DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES<br />

AO QUADRADO<br />

EFICÁCIA LIVRE<br />

EL CORTE INGLÊS<br />

TEATRO CASA CONVENIENTE<br />

VIVEIROS DAS NAUS<br />

CONTACTO<br />

COMPANHIA MAIOR<br />

COMPANHIAMAIOR@GMAIL.COM<br />

+ 351 924386010<br />

CCB<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

VASCO GRAÇA MOURA PRESIDENTE<br />

DALILA RODRIGUES VOGAL<br />

MIGUEL LEAL COELHO VOGAL<br />

ANDRé DOURADO DIRECTOR COORDENADOR<br />

CENTRO DE ESPECTÁCULOS<br />

COORDENADORA CLÁUDIA BELCHIOR | CONSULTOR PARA<br />

A áREA DA MúSICA ANDRé CUNHA LEAL | ASSESSORA PARA<br />

A PROGRAMAÇÃO DE TEATRO GABRIELA CERQUEIRA<br />

| CONSULTOR PARA DANÇA E MúSICAS PLURAIS FERNANDO LUÍS<br />

SAMPAIO | ASSISTENTE DE PROGRAMAÇÃO RITA BAGORRO<br />

| PRODUÇÃO INÊS CORREIA \ PATRÍCIA SILVA \ HUGO CORTEZ<br />

\ VERA ROSA \ INÊS LOPES | DIRECTOR DE CENA COORDENADOR<br />

JONAS OMBERG | DIRECTORES DE CENA PEDRO RODRIGUES<br />

\ PATRÍCIA COSTA \ PAULA FONSECA | DIRECÇÃO<br />

DE CENA TÂNIA AFONSO | SECRETARIADO YOLANDA SEARA<br />

| CHEFE TÉCNICO DE PALCO RUI MARCELINO | ASSISTENTE DE<br />

DIRECÇÃO TÉCNICA JOSé VALéRIO | TÉCNICOS PRINCIPAIS PEDRO<br />

CAMPOS \ LUÍS SANTOS \ RAUL SEGURO | TÉCNICOS EXECUTIVOS<br />

F. CÂNDIDO SANTOS \ VÍTOR PINTO \ CéSAR NUNES \ JOSé<br />

CARLOS ALVES \ HUGO CAMPOS \ MÁRIO SILVA \ RICARDO<br />

MELO \ RUI CROCA | CHEFE TÉCNICO DE AUDIOVISUAIS NUNO<br />

GRÁCIO | TÉCNICOS DE AUDIOVISUAIS RUI LEITÃO \ EDUARDO<br />

NASCIMENTO \ LUÍS GARCIA SANTOS \ NUNO BIZARRO \<br />

PAULO CACHEIRO \ NUNO RAMOS | CHEFE TÉCNICO DE GESTÃO<br />

E MANUTENÇÃO SIAMANTO ISMAILY | TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO<br />

JOÃO SANTANA \ LUÍS TEIXEIRA \ VÍTOR HORTA | SECRETARIADO<br />

DE DIRECÇÃO TÉCNICA SOFIA MATOS<br />

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO<br />

E RELAÇÕES PÚBLICAS<br />

COORDENADORA SOFIA MÂNTUA | SECRETARIADO DE DEPARTA MENTO<br />

LÚCIA OLIVEIRA | GABINETE WEB MANUELA MOREIRA \ SANDRA<br />

GRILO | GESTÃO DE BASE DE DADOS VERA MESTRINHO | GABINETE DE<br />

RELAÇÕES PúBLICAS ISABEL ROQUETTE RESPONSáVEL \ CONCEIÇÃO<br />

BERMUDEZ \ MIGUEL MANTA | GABINETE DE IMPRENSA SOFIA<br />

CARDIM RESPONSáVEL \ ANA BRAVO | SECTOR EDIÇÕES /<br />

PRODUÇÃO E PROMOÇÃO MADALENA FRADE | GABINETE GRáFICO<br />

PAULA CARDOSO RESPONSáVEL \ PAULO FERNANDES \ MARISA<br />

LOURENÇO \ RUI RIBEIRO \ SANDRA SALGUEIRO PRODUÇÃO<br />

GRáFICA E SECRETARIADO | RECEPÇÃO ANA SILVA \ CLÁUDIA<br />

ANTUNES \ MARIA FILOMENA ROSA / PATRÍCIA SALEIRO<br />

Já a seguir ><br />

9 e 10 Novembro 21h 2012<br />

Pequeno Auditório M ⁄ 3<br />

Sábado 2<br />

Paulo Ribeiro coreografia<br />

Celebramos o nosso 15.º aniversário. Sábado 2 foi a nossa<br />

primeira e muito emblemática obra. só po<strong>de</strong> fazer sentido<br />

recuperá-la e partilhá-la com todos os que apreciam a Dança<br />

e a sua muito particular capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser intemporal. PAULO RIBEIRO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!