Programa - Centro Cultural de Belém
Programa - Centro Cultural de Belém
Programa - Centro Cultural de Belém
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ILUMINAÇÕES<br />
um espectáculo <strong>de</strong> Mónica Calle<br />
com a Companhia Maior
3 a 6 Novembro 2012<br />
3, 5, 6 Novembro às 21h / 4 Novembro às 16h<br />
Pequeno Auditório / M ⁄ 16 anos<br />
ILUMINAÇÕES<br />
um espectáculo <strong>de</strong> Mónica Calle com a Companhia Maior<br />
a partir <strong>de</strong> vários autores, e <strong>de</strong> “Não esquecerás” e “Retrato <strong>de</strong> um jovem poeta” e outras palavras<br />
<strong>de</strong> Dulce Maria Cardoso (obrigada, Dulce)<br />
Adaptação, encenação, espaço cénico, figurinos Mónica Calle | Desenho <strong>de</strong> luz José Álvaro Correia<br />
Assistência <strong>de</strong> encenação Alexandra Gaspar | Assistência <strong>de</strong> direcção <strong>de</strong> actores Rute Cardoso e<br />
Mónica Garnel | Assistente figurinista Isabel Boavida | Fotografia Bruno Simão<br />
Registo ví<strong>de</strong>o Patrícia Saramago | Co-produção <strong>Centro</strong> <strong>Cultural</strong> <strong>de</strong> <strong>Belém</strong> / Companhia Maior<br />
Produção executiva Companhia Maior | Produtor Luís Moreira<br />
Artistas<br />
Ana Díaz | António Pedrosa | Carlos Nery | Celeste Melo | Cristina Gonçalves | Diana Coelho<br />
Elisa Worm | Helena Marchand | Isabel Millet | Isabel Simões | Iva Delgado | Jorge Falé<br />
Júlia Guerra | Kimberley Ribeiro | Luna An<strong>de</strong>rmatt | Manuela <strong>de</strong> Sousa Rama<br />
Michel | Paula Bárcia | Vítor Lopes | Mónica Calle<br />
A História da Companhia Maior<br />
O espectáculo Bela Adormecida, encenado por Tiago Rodrigues, foi<br />
o gesto fundador da Companhia Maior. Este é um projecto artístico<br />
que aposta na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a criação contemporânea nas artes<br />
performativas po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as suas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa,<br />
<strong>de</strong> experimentação e <strong>de</strong> inovação, através <strong>de</strong> uma estratégia<br />
inclusiva <strong>de</strong> artistas mais velhos e experientes. A Companhia Maior é<br />
composta por intérpretes profissionais das áreas do teatro, da dança<br />
e da música, todos com mais <strong>de</strong> 60 anos. O elenco do primeiro<br />
espectáculo da Companhia foi composto a partir da realização <strong>de</strong> um<br />
workshop / audição no CCB, em Março <strong>de</strong> 2010, dirigido por Tiago<br />
Rodrigues. A selecção dos candidatos teve por base um cruzamento<br />
assente na interdisciplinarida<strong>de</strong>, tendo o elenco do primeiro<br />
espectáculo da Companhia Maior sido bastante ecléctico, tentando<br />
fundir tendências mais eruditas com outras mais populares, nas<br />
diversas aéreas artísticas que nele se incluíram. Ao primeiro workshop<br />
/ audição, seguiram-se três workshops / formação, nas áreas <strong>de</strong><br />
dramaturgia, <strong>de</strong> música e <strong>de</strong> dança contemporânea, orientados<br />
respectivamente por Jacinto Lucas Pires, João Lucas e Clara<br />
An<strong>de</strong>rmatt. Estes workshops foram frequentados por 14 elementos,<br />
que acabaram por integrar o espectáculo Bela Adormecida, estreado<br />
no Pequeno Auditório, no dia 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2010. Após os muito<br />
bem acolhidos quatro dias <strong>de</strong> exibição no CCB, o espectáculo Bela<br />
Adormecida fez uma gran<strong>de</strong> digressão nacional, recebida por muitos<br />
mais espaços do que os inicialmente previstos, tendo gerado um<br />
notório clima <strong>de</strong> interesse pelo projecto artístico e pelo tema a ele<br />
inerente. Bela Adormecida passou, cronologicamente, <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 2010 a Maio <strong>de</strong> 2011, pelas seguintes casas <strong>de</strong> espectáculo:<br />
Teatro Municipal <strong>de</strong> Bragança, Cine-Teatro <strong>de</strong> Estarreja, Tempo em<br />
Portimão, <strong>Centro</strong> <strong>Cultural</strong> Vila Flor em Guimarães, Teatro Viriato<br />
em Viseu, TECA no Porto, Teatro Micaelense em Ponta Delgada,<br />
Teatro Virgínia em Torres Novas, Teatro Municipal da Guarda, Casa<br />
da Cultura em Alfan<strong>de</strong>ga da Fé e <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Espectáculos <strong>de</strong> Tróia.<br />
Sendo a Companhia Maior uma Associação <strong>Cultural</strong> fundada<br />
com a intenção <strong>de</strong> dar voz e lugar artístico a uma geração Maior,<br />
valorizando a maturida<strong>de</strong> e a diferente comunicação artística, e<br />
colateralmente sociológica, que artistas maiores <strong>de</strong> 60 anos po<strong>de</strong>m<br />
oferecer à comunida<strong>de</strong>, é sobretudo na digressão que a sua missão<br />
ganha sentido.<br />
Ainda em 2011, uma série <strong>de</strong> workshops / formação abriu as portas<br />
a novos elementos, por candidatura pública, sendo a equipa artística<br />
da Companhia Maior agora constituída por 19 artistas maiores.<br />
Parte <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> artistas integrou a criação da coreógrafa Clara<br />
An<strong>de</strong>rmatt, no espectáculo intitulado MAior, estreado a 8 <strong>de</strong><br />
Dezembro, no Pequeno Auditório do CCB. Seguiu-se uma digressão<br />
nacional, tendo o espectáculo sido apresentado no Teatro <strong>de</strong> Almada,<br />
no Teatro Gil Vicente em Coimbra, no Teatro-Cine <strong>de</strong> Torres Vedras e<br />
no Teatro Aveirense.<br />
Entre Março e Julho <strong>de</strong> 2012, o grupo <strong>de</strong> 19 artistas maiores<br />
participou em mais workshops, sob a orientação <strong>de</strong> Teresa Lima, <strong>de</strong><br />
Nuno Cardoso e <strong>de</strong> Mónica Calle, no CCB.<br />
iluMinAções, o novo espectáculo da Companhia Maior com<br />
direcção <strong>de</strong> Mónica Calle, estreia agora no CCB. Seguir-se-á uma<br />
nova digressão nacional.<br />
A Companhia Maior <strong>de</strong>seja fazer a ponte entre instituições culturais,<br />
permitindo que diversos teatros sejam parceiros fixos, tanto no plano<br />
do acolhimento como da co-produção <strong>de</strong> criações da companhia,<br />
ajudando a pensar e a concretizar o futuro <strong>de</strong>ste projecto. Sabemos<br />
também que, para lá do discurso artístico que será criado para cada<br />
espectáculo, há um sinal claro <strong>de</strong> que, com este projecto, as artes<br />
estão a dar aos diversos sectores da socieda<strong>de</strong> portuguesa, no que<br />
toca à dignificação e à intervenção activa <strong>de</strong> toda uma faixa etária.<br />
Estamos convictos <strong>de</strong> que, sendo essencialmente um projecto <strong>de</strong><br />
criação artística, a Companhia Maior po<strong>de</strong> ser um símbolo <strong>de</strong> uma<br />
mudança mais profunda e abrangente na socieda<strong>de</strong>.<br />
Por esse motivo, existe na Companhia Maior um Conselho<br />
Consultivo, cuja função é a <strong>de</strong> assegurar uma discussão contínua<br />
sobre o funcionamento da companhia, sobre a sua missão artística e<br />
sobre o seu impacto, que transborda claramente as fronteiras estritas<br />
da criação artística.
Pequena, pobre, in<strong>de</strong>fesa mas<br />
extraordinária história <strong>de</strong> uma vida<br />
humana individual.<br />
Unicamente nesta vida humana<br />
individual estão a verda<strong>de</strong>, a santida<strong>de</strong><br />
e a grandiosida<strong>de</strong>. É preciso salvá-la do<br />
esquecimento e da <strong>de</strong>struição, mesmo<br />
com a consciência do fracasso.<br />
Há qualquer coisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>finitivo, qualquer<br />
coisa que aparece diante DO FIM.<br />
Suspeita <strong>de</strong> narcisismo último e pueril?<br />
O jogo que se trava é muito mais sério,<br />
grave e perigoso. Eu (nós) faço no<br />
palco a manobra mais arriscada e mais<br />
<strong>de</strong>sesperada da minha vida. Acredito nisso.<br />
É preciso ir até ao fim do caminho.<br />
É preciso tocar no fundo, porque só o grito<br />
lá do fundo po<strong>de</strong> ser ouvido. Lá no fundo,<br />
talvez nos compreendamos uns aos outros.<br />
Pôr a nu o que há <strong>de</strong> mais secreto na vida<br />
<strong>de</strong> um indivíduo, o que contém o valor<br />
supremo, o que aos olhos do mundo po<strong>de</strong><br />
parecer irrisório, mesquinho, pobre. Trazer<br />
essa pobreza para a luz do dia, para que<br />
ela floresça. E que impere.<br />
Morrerei e não confessarei que sou<br />
velho.
Sei que é preciso resistir. Intensificar.<br />
Densificar. Contra a massificação grotesca<br />
que nos querem fazer crer que é inevitável.<br />
São reis os que não o querem ser.<br />
Achas que Deus me vê?<br />
Eu escolho na minha cave a minha queda,<br />
que é uma subida.<br />
Não me <strong>de</strong>ixarei expulsar do Paraíso.<br />
Tentei, tento, é preciso tentar num outro<br />
presente, mesmo que ainda não seja o<br />
meu. Ser finalmente o que sempre fui.<br />
Existe um vento impetuosamente solto<br />
na noite da minha vida. Aqui, eu abro as<br />
portas, corro e vou em direcção ao mar. E<br />
tu? Corres <strong>de</strong> braços abertos em direcção<br />
a ti?<br />
Eu estive aqui.
Atravessar o espelho<br />
A Companhia Maior entra agora na<br />
sua fase adolescente. Depois <strong>de</strong> A Bela<br />
Adormecida, um espectáculo <strong>de</strong> teatro<br />
encenado por Tiago Rodrigues, e <strong>de</strong> Maior,<br />
uma peça <strong>de</strong> dança com coreografia <strong>de</strong><br />
Clara An<strong>de</strong>rmatt, e no seguimento <strong>de</strong><br />
várias oficinas com diferentes criadores<br />
e <strong>de</strong> apresentações em diversos teatros<br />
do país, o grupo começa a olhar para o<br />
seu próprio corpo com novas perguntas<br />
e outros quereres. Quanto a iluminações,<br />
o projecto com direcção <strong>de</strong> Mónica Calle,<br />
confesso que estou às escuras. Mas,<br />
pelo que conheço dos “adolescentes<br />
maiores” <strong>de</strong>sta Companhia, será mais<br />
um salto em direcção ao espanto. Cada<br />
vez mais seguros das suas capacida<strong>de</strong>s<br />
enquanto intérpretes e criadores, e<br />
juntando naturalmente à sua arte a força<br />
e o <strong>de</strong>sassombro da sua maiorida<strong>de</strong>, estes<br />
actores provocam-nos um olhar sobre a<br />
nossa Cida<strong>de</strong> muito diferente daquele<br />
que nos querem impingir os anúncios <strong>de</strong><br />
sabonetes ou <strong>de</strong> primeiros-ministros. O<br />
espelho que criámos para nós próprios é<br />
um espelho <strong>de</strong> feira, distorcido, grotesco,<br />
plástico, falso, on<strong>de</strong> não há velhos ou<br />
só velhos-que-até-parecem-novos. Uma<br />
socieda<strong>de</strong> que, com a <strong>de</strong>sculpa do défice<br />
ou com outra qualquer, passa a olhar para<br />
as artes e para o pensamento como um<br />
luxo dispensável ou um lixo dispendioso<br />
é uma socieda<strong>de</strong> cega em relação a si<br />
própria. Sem cultura, <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> nos<br />
confrontar com o nosso corpo colectivo,<br />
no que este tem <strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
possibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sonhos e <strong>de</strong> medos, <strong>de</strong><br />
amor e <strong>de</strong> fantasma. A Companhia Maior,<br />
com todo o seu <strong>de</strong>spojamento, em toda<br />
a sua “pobreza”, ajuda-nos a atravessar<br />
esse espelho mediático, no sentido <strong>de</strong> um<br />
retrato mais próximo <strong>de</strong> nós. Não, um<br />
velho país não está con<strong>de</strong>nado a ser um<br />
país velho. Sejamos mais futuros, mais<br />
audazes, mais verda<strong>de</strong>iros, mais vivos.<br />
Maiores.<br />
JACINTO LUCAS PIRES
Surpreen<strong>de</strong>nte pela franqueza, pelo esforço<br />
iniciático, pelo conluio com o <strong>de</strong>stino, repete a<br />
operação da verda<strong>de</strong> como método e objectivo<br />
o número <strong>de</strong> vezes que achar necessário: <strong>de</strong><br />
seguida com um rápido, sonoro, viril, clássico<br />
grito <strong>de</strong> guerra – bora lá! –, coloca as peças<br />
no quadro básico da incerteza, da dúvida, do<br />
medo paliativo, da impreparação para a dádiva<br />
total, da perplexida<strong>de</strong> perante o acto puro que<br />
faz nascer o enigma. Os minutos <strong>de</strong> silêncio<br />
transformam-se em milénios <strong>de</strong> servidão,<br />
em apocalipses <strong>de</strong> rebelião, em invisíveis<br />
renúncias, em temerosas audácias. Tudo é<br />
possível quando se busca o insondável do<br />
abismo individual, no olhar, na interiorida<strong>de</strong>,<br />
no antigesto, no espaço entre corpos, na<br />
ausência ou no excesso <strong>de</strong> regras, na <strong>de</strong>núncia<br />
<strong>de</strong> receios, na inibição <strong>de</strong> hábitos, na quase<br />
impossível fisicalida<strong>de</strong> do pensamento.<br />
Encontrar o patamar da nu<strong>de</strong>z do óbvio é<br />
tão fácil que chega a ser cruel. Não que a<br />
sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mónica seja implacável,<br />
mas consegue-o pela vitória do momento<br />
em que <strong>de</strong>slinda o código do actor, a sua<br />
carapaça <strong>de</strong>fensiva, a sua fraqueza contextual.<br />
Colaboradores na esfera <strong>de</strong> rarida<strong>de</strong>, no limite<br />
da sua própria evidência, a existência em palco<br />
torna-se uma prisão sem gra<strong>de</strong>s, um oásis<br />
impenetrável à mentira.<br />
Os momentos vividos nessa recriação penosa,<br />
inconstante, brutal, são pedaços <strong>de</strong> existência<br />
irrepetíveis, colocando o actor na fronteira<br />
entre o incógnito momento em que se supera<br />
e o vórtice da dádiva. O papel da parteira<br />
cessa. A criadora retoma o tempo que fez<br />
catapultar o impossível para o palco. Os dois<br />
mundos fun<strong>de</strong>m-se na beleza que se apo<strong>de</strong>ra<br />
<strong>de</strong> pormenores, <strong>de</strong> silêncios, <strong>de</strong> olhares, <strong>de</strong><br />
refúgios. O ciclo recomeça, inabalável aos<br />
percalços, às intempéries, aos <strong>de</strong>sânimos, às<br />
parcelas <strong>de</strong> incompreensão, à matéria das<br />
horas. Ei-la que regressa, disponível como se<br />
nada se tivesse passado.<br />
Retoma-se o ensaio no ponto exacto em<br />
que ficou, ou talvez noutro ponto, em que<br />
tudo se reinicia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o abjecto ao sublime,<br />
passando pelo obnóxio, pelo grotesco, pelo<br />
inclassificável, atingindo planetas <strong>de</strong> nada,<br />
ou universos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za tão simples que<br />
lembram um sorriso captado por acaso.<br />
Os actores colocam-se em espaço <strong>de</strong> palco,<br />
cansados, exactos, alerta, preparados, ansiosos,<br />
ainda na vertigem da perplexida<strong>de</strong>. Como<br />
aprendizes do eterno retorno, aguardam. Não<br />
é fácil a imobilida<strong>de</strong> atenta, a disciplina i<strong>de</strong>al,<br />
a repetição. Quando menos se espera, como<br />
rabanada <strong>de</strong> vento surgida do silêncio, ouvese<br />
a voz <strong>de</strong> comando – bora lá! – e o trabalho<br />
recomeça.<br />
IVA DELGADO
Vivemos porque outros vivem, só por isso.<br />
Porque o que me mostram passa a ser meu. Por<br />
sermos como pedras lançadas no ar que um dia<br />
se encontrarão.<br />
E quando morrermos, Deus não saberá o que<br />
fazer. Muito mais do que isto não temos. Mas é<br />
tanto.<br />
Os encontros e as <strong>de</strong>spedidas são as coisas mais<br />
importantes da vida. O momento em que o meu<br />
nome, por fim, será esquecido.<br />
Sabes que a luz dá conforto ao corpo e a<br />
escuridão dá conforto ao espírito? Há pessoas<br />
que acreditam nisso.<br />
Uma beleza sem as marcas da morte não<br />
existe. Pessoas que não esquecemos. Talvez<br />
a pele, sobretudo o toque. As palavras que<br />
conseguiram dizer-nos. Nada disto é nosso,<br />
apenas se transfere.<br />
Coisas que não po<strong>de</strong>mos agra<strong>de</strong>cer nunca. Nem<br />
por elas pedir <strong>de</strong>sculpa. A maravilhosa violência<br />
da nossa vida, que nunca pe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpa. Viver<br />
em cima <strong>de</strong> uma árvore, as costas vergadas,<br />
os braços esticados. Para quê? Fome, indómita<br />
fome. Fome <strong>de</strong> contacto nas palavras e no<br />
corpo.<br />
Esta mancha vermelha não sou eu, somos nós.
COMPANHIA MAIOR<br />
CONSELHO CONSULTIVO<br />
DANIEL SAMPAIO<br />
ANTóNIO MEGA FERREIRA<br />
EDUARDO MARÇAL GRILO<br />
JACINTO LUCAS PIRES<br />
ASSEMBLEIA GERAL<br />
JACINTO LUCAS PIRES<br />
DANIEL SAMPAIO<br />
CLÁUDIA GAIOLAS<br />
DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO<br />
LUÍSA TAVEIRA<br />
TIAGO RODRIGUES<br />
SOFIA CAMPOS<br />
CONSELHO FISCAL<br />
EUGéNIO SENA<br />
MAGDA BIZARRO<br />
RITA BAGORRO<br />
ASSESSORIA JURíDICA<br />
FERNANDA RODRIGUES<br />
PRODUTOR<br />
LUÍS MOREIRA<br />
CO-PRODUÇÃO<br />
CENTRO CULTURAL DE BELéM<br />
MECENAS PRINCIPAL<br />
FUNDAÇÃO EDP<br />
APOIOS<br />
ANO EUROPEU DO ENVELHECIMENTO ACTIVO E<br />
DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES<br />
AO QUADRADO<br />
EFICÁCIA LIVRE<br />
EL CORTE INGLÊS<br />
TEATRO CASA CONVENIENTE<br />
VIVEIROS DAS NAUS<br />
CONTACTO<br />
COMPANHIA MAIOR<br />
COMPANHIAMAIOR@GMAIL.COM<br />
+ 351 924386010<br />
CCB<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
VASCO GRAÇA MOURA PRESIDENTE<br />
DALILA RODRIGUES VOGAL<br />
MIGUEL LEAL COELHO VOGAL<br />
ANDRé DOURADO DIRECTOR COORDENADOR<br />
CENTRO DE ESPECTÁCULOS<br />
COORDENADORA CLÁUDIA BELCHIOR | CONSULTOR PARA<br />
A áREA DA MúSICA ANDRé CUNHA LEAL | ASSESSORA PARA<br />
A PROGRAMAÇÃO DE TEATRO GABRIELA CERQUEIRA<br />
| CONSULTOR PARA DANÇA E MúSICAS PLURAIS FERNANDO LUÍS<br />
SAMPAIO | ASSISTENTE DE PROGRAMAÇÃO RITA BAGORRO<br />
| PRODUÇÃO INÊS CORREIA \ PATRÍCIA SILVA \ HUGO CORTEZ<br />
\ VERA ROSA \ INÊS LOPES | DIRECTOR DE CENA COORDENADOR<br />
JONAS OMBERG | DIRECTORES DE CENA PEDRO RODRIGUES<br />
\ PATRÍCIA COSTA \ PAULA FONSECA | DIRECÇÃO<br />
DE CENA TÂNIA AFONSO | SECRETARIADO YOLANDA SEARA<br />
| CHEFE TÉCNICO DE PALCO RUI MARCELINO | ASSISTENTE DE<br />
DIRECÇÃO TÉCNICA JOSé VALéRIO | TÉCNICOS PRINCIPAIS PEDRO<br />
CAMPOS \ LUÍS SANTOS \ RAUL SEGURO | TÉCNICOS EXECUTIVOS<br />
F. CÂNDIDO SANTOS \ VÍTOR PINTO \ CéSAR NUNES \ JOSé<br />
CARLOS ALVES \ HUGO CAMPOS \ MÁRIO SILVA \ RICARDO<br />
MELO \ RUI CROCA | CHEFE TÉCNICO DE AUDIOVISUAIS NUNO<br />
GRÁCIO | TÉCNICOS DE AUDIOVISUAIS RUI LEITÃO \ EDUARDO<br />
NASCIMENTO \ LUÍS GARCIA SANTOS \ NUNO BIZARRO \<br />
PAULO CACHEIRO \ NUNO RAMOS | CHEFE TÉCNICO DE GESTÃO<br />
E MANUTENÇÃO SIAMANTO ISMAILY | TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO<br />
JOÃO SANTANA \ LUÍS TEIXEIRA \ VÍTOR HORTA | SECRETARIADO<br />
DE DIRECÇÃO TÉCNICA SOFIA MATOS<br />
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO<br />
E RELAÇÕES PÚBLICAS<br />
COORDENADORA SOFIA MÂNTUA | SECRETARIADO DE DEPARTA MENTO<br />
LÚCIA OLIVEIRA | GABINETE WEB MANUELA MOREIRA \ SANDRA<br />
GRILO | GESTÃO DE BASE DE DADOS VERA MESTRINHO | GABINETE DE<br />
RELAÇÕES PúBLICAS ISABEL ROQUETTE RESPONSáVEL \ CONCEIÇÃO<br />
BERMUDEZ \ MIGUEL MANTA | GABINETE DE IMPRENSA SOFIA<br />
CARDIM RESPONSáVEL \ ANA BRAVO | SECTOR EDIÇÕES /<br />
PRODUÇÃO E PROMOÇÃO MADALENA FRADE | GABINETE GRáFICO<br />
PAULA CARDOSO RESPONSáVEL \ PAULO FERNANDES \ MARISA<br />
LOURENÇO \ RUI RIBEIRO \ SANDRA SALGUEIRO PRODUÇÃO<br />
GRáFICA E SECRETARIADO | RECEPÇÃO ANA SILVA \ CLÁUDIA<br />
ANTUNES \ MARIA FILOMENA ROSA / PATRÍCIA SALEIRO<br />
Já a seguir ><br />
9 e 10 Novembro 21h 2012<br />
Pequeno Auditório M ⁄ 3<br />
Sábado 2<br />
Paulo Ribeiro coreografia<br />
Celebramos o nosso 15.º aniversário. Sábado 2 foi a nossa<br />
primeira e muito emblemática obra. só po<strong>de</strong> fazer sentido<br />
recuperá-la e partilhá-la com todos os que apreciam a Dança<br />
e a sua muito particular capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser intemporal. PAULO RIBEIRO