continuou - Ministério Público - RS
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Buff de Souza e Silva e o Cláudio Brocchetto Filho eram os primeiros signatários,<br />
conforme a ata) a proposta de que o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> passasse a pleitear na sua<br />
legislação a condição de guardião da legalidade democrática. Essa proposta empatou<br />
37 a 37, ou 47 a 47, quem presidia a assembléia era o presidente da Associação, o<br />
Cláudio Alvarenga, que desempatou pelo voto de Minerva, favoravelmente à proposta.<br />
Havia uma divisão muito grande, ou seja, o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> estava mais ou menos na<br />
sua linha tradicional, ligado ao poder.<br />
Alguns meses depois, o Governador Maluf renunciou para se candidatar a<br />
deputado. Assumiu o Vice-Governador José Maria Marin que reequiparou os<br />
vencimentos. E acredito que, pela primeira vez no Brasil, se deu mandato para o<br />
procurador-geral, pois até então o mesmo era demissível ad nutum, portanto, bastante<br />
vinculado ao Executivo. O primeiro procurador que teve mandato data de 1983. Mas, na<br />
época, se falava ainda com timidez em democracia, embora, em 1982, tivesse ocorrido<br />
a primeira eleição direta para o Executivo estadual.<br />
Nesse período, houve uma disputa para a direção da Associação. O nosso grupo<br />
formava uma chapa encabeçada pelo Joachin Wolfgang Stëin, que já tinha sido várias<br />
vezes integrante do Conselho do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>. A outra chapa era encabeçada pelo<br />
Luiz Antônio Fleury Filho e tinha o apoio do procurador-geral e do Conselho. O Fleury<br />
foi eleito presidente da Associação e assumiu em setembro de 1982, sendo reeleito em<br />
1984. Em 1986, se bem me recordo, ele era o presidente da Conamp e deixou a<br />
presidência para ser o Secretário de Segurança do Governo Quércia, que tomou posse<br />
em março de 1987 (e sucederia Quércia no Governo do Estado). Não sei bem quem<br />
ficou na presidência da Conamp, nem sei se já se chamava Conamp, porque no<br />
começo ela se chamava CAEMP, não sei quando passou a se chamar Conamp.<br />
Em 1985, houve um Congresso Estadual, aqui em São Paulo, e foi apresentada<br />
uma única tese sobre essa relação entre o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> e o regime democrático. A<br />
tese era de autoria do Luiz Antônio Marrey, atual procurador-geral, do Paulo Afonso<br />
Textualização: Gunter Axt e Patrícia Sanseverino.<br />
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