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João Cândido: A Luta pelos Direitos Humanos - DHnet

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O vigor de <strong>João</strong> <strong>Cândido</strong><br />

ajudou-o a sobreviver às<br />

violências e difi culdades.<br />

MOVIMENTOS SOCIAIS<br />

LUTA PELA ANISTIA – Cerca de mil marinheiros expulsos da corporação, presos ou<br />

perseguidos durante a ditadura civil-militar (1964–1985), organizados em duas entidades,<br />

consideram <strong>João</strong> <strong>Cândido</strong> como Patrono dos Marinheiros do Brasil. A Unidade<br />

de Mobilização Nacional pela Anistia (UMNA, criada em 1983) e o Movimento<br />

Democrático pela Anistia e Cidadania (MODAC, criado em 2002 por ex-integrantes da<br />

UMNA), ao mesmo tempo em que lutam para conseguir os direitos de seus associados<br />

a uma reparação justa pelas arbitrariedades que sofreram, fazem o mesmo em<br />

relação a <strong>João</strong> <strong>Cândido</strong> e sua memória. Promovem diversos atos nesse sentido, sendo<br />

os principais responsáveis pela inauguração da estátua do Almirante Negro nos<br />

jardins do Palácio do Catete, antiga sede da presidência da República, Rio de Janeiro.<br />

Alguns integrantes dessas associações conheceram pessoalmente <strong>João</strong> <strong>Cândido</strong> e<br />

o homenagearam em vida.<br />

Revista Semana - Fundação Biblioteca Nacional<br />

MOVIMENTOS NEGROS – Movimentos contra a desigualdade racial e em defesa da<br />

consciência negra fazem constantes referências ao líder da Revolta da Chibata. Seu<br />

rosto aparece reproduzido em faixas, camisetas, livros, agendas e pôsteres. Integrantes<br />

desses movimentos e da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro,<br />

organizaram uma exposição de fotos sobre a Revolta da Chibata no saguão da Central<br />

do Brasil, em 1989. Atualmente existe o movimento Conexão Zumbi – <strong>João</strong> <strong>Cândido</strong>.<br />

Em 20 de novembro de 2005 ocorreu uma marcha com 10 mil participantes a<br />

Brasília, ocasião em que o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, recebeu<br />

Zeelândia <strong>Cândido</strong>, fi lha do marujo.<br />

102<br />

JOÃO CÂNDIDO A <strong>Luta</strong> <strong>pelos</strong> <strong>Direitos</strong> <strong>Humanos</strong><br />

TEATRO<br />

TEATRO UNIÃO E OLHO VIVO – Desde 2001, a peça “<strong>João</strong> <strong>Cândido</strong> do Brasil – a Revolta<br />

da Chibata” já teve mais de mil apresentações em todo o país. Com 1h50m<br />

de duração, o espetáculo tem texto e direção de César Vieira, heterônimo de Idibal<br />

Piveta, que se destacou como advogado de presos e perseguidos políticos durante<br />

a ditadura civil-militar. O União e Olho Vivo, com sede em São Paulo, tem quatro<br />

décadas de experiência em apresentar teatro para populações que não estão acostumadas<br />

a freqüentá-lo, fazendo exibições nas ruas, praças, periferias e, também,<br />

em sindicatos, associações de moradores e movimentos sociais, além dos teatros<br />

convencionais. O grupo já recebeu prêmios nacionais e internacionais.<br />

Zeelândia, fi lha de <strong>João</strong> <strong>Cândido</strong>,<br />

esteve à frente da marcha com<br />

10 mil pessoas em Brasília, 2005,<br />

reivindicando anistia póstuma<br />

para os participantes da Revolta<br />

da Chibata.<br />

Milhares de trabalhadores<br />

pobres viram a exposição<br />

montada na estação ferroviária<br />

Central do Brasil em 1989, Rio<br />

de Janeiro: mesmo local onde,<br />

sete décadas antes, o marujo<br />

passara preso e altivo.<br />

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