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A corporeidade no psicodrama e Slides 25.8.2007 (2 ... - Profint

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CORPOREIDADE e PSICODRAMA<br />

“O CORPO COMO<br />

PROTAGONISTA<br />

DE EMOÇÕES”<br />

Cybele Ramalho<br />

PROFINT, 2008


INTRODUÇÃO<br />

Compreensão da <strong>corporeidade</strong> (ação e<br />

relação) enquanto essência da psicoterapia;<br />

Importância da conscientização da auto<br />

imagem corporal e mental mental; ; e da utilização<br />

e instrumentalização do corpo para exercer os<br />

papéis.<br />

O corpo é o ator principal,<br />

o protagonista<br />

protagonista, , aquele que<br />

primeiro agoniza as emoções,<br />

colocando pra fora, sentindo,<br />

expressando e<br />

apreendendo<br />

apreendendo-as as pelos sentidos.


PSICODRAMA<br />

PSICODRAMA<br />

Método terapêutico que busca as<br />

verdades interiores através da<br />

AÇÃO, criado por Jacob Levy More<strong>no</strong><br />

(1889-1974).


J. L. More<strong>no</strong> (1889 (1889-<br />

1974) priorizava a<br />

expressividade, a<br />

flexibilidade, a<br />

criatividade e a<br />

espontaneidade, e não a<br />

rigidez, a passividade e<br />

a cristalização, como<br />

sendo essenciais para a<br />

saúde física e mental do<br />

indivíduo.<br />

Criou a Psicodança, o Teatro<br />

Espontâneo, o teste<br />

sociométrico<br />

sociométrico, , o Psicodrama,<br />

o Sociodrama e a<br />

Psicoterapia de Grupo.


É muito fácil adoecer <strong>no</strong> mundo moder<strong>no</strong>.<br />

Perdemos contato com as raízes do que é<br />

genuí<strong>no</strong> em nós, enrijecemos <strong>no</strong>ssos<br />

papéis, não experimentamos outros, outras<br />

realidades possíveis.<br />

Zerka More<strong>no</strong>.


é a revelação<br />

das idéias e da<br />

imaginação, em<br />

movimento.


Conserva cultural é tudo o que se mantém<br />

repetitivo e idêntico em uma determinada<br />

cultura: valores, usos e costumes, padrões, o<br />

já produzido, o que já está pronto e concluído.<br />

Todo resultado de um processo de criação pode<br />

cristalizar-se como conserva.


“Acredito que haja muitos em você. É uma questão<br />

de acionar seus recursos inter<strong>no</strong>s. Há coisas que<br />

você sabe que sabe; e há coisas que você não sabe<br />

que sabe; o dia em que você souber o que não sabe<br />

que sabe, você será capaz de ser você mesmo”.<br />

Milton Erickson


é a forma de funcionamento que o indivíduo assume <strong>no</strong><br />

momento em que reage a uma situação específica na<br />

qual outras pessoas ou objetos estão envolvidos.<br />

Os papéis não decorrem do eu, mas a personalidade<br />

do indivíduo se forma pelo desenvolvimento de<br />

papéis.<br />

Quando os papéis estão rígidos, repetimos o movimento<br />

e não criamos algo <strong>no</strong>vo.


Capacidade do indivíduo dar uma resposta<br />

adequada a uma situação <strong>no</strong>va ou uma <strong>no</strong>va<br />

resposta a uma situação antiga.<br />

A boa resposta é a que leva em conta a<br />

situação na sua totalidade.<br />

Conjunção do <strong>no</strong>vo com o adequado. É um<br />

estado, uma disposição, uma qualidade, uma<br />

preparação para a ação livre.


Um ato gerado,<br />

uma produção<br />

inédita, estimulada<br />

e dirigida pela<br />

espontaneidade. O<br />

seu produto final,<br />

<strong>no</strong>vo,<br />

transformador,<br />

re<strong>no</strong>vador.


Percepção interna<br />

mútua entre dois<br />

indivíduos.<br />

Comunicação recíproca,<br />

real, que compreende a<br />

empatia ocorrida em<br />

duas direções.<br />

Fator responsável pela<br />

comunicação imediata,<br />

não verbal, que<br />

aproxima duas pessoas.


“Dentro de nós, habita essa criança eterna,uma<br />

centelha divina, espontânea, pedindo para<br />

nascer. Pode ter certeza que nasce e renasce a<br />

cada ato criativo”.<br />

More<strong>no</strong>


Realização própria através<br />

do outro. Mútua<br />

disponibilidade de duas<br />

pessoas capazes de se<br />

colocarem uma <strong>no</strong> lugar da<br />

outra.<br />

Não é estruturado, nem<br />

planejado. Produz-se <strong>no</strong><br />

“momento”, <strong>no</strong> “aqui e<br />

agora”.<br />

Dá-se quando existe o<br />

fator tele.<br />

É o cimento que mantém<br />

juntos os indivíduos e os<br />

grupos.


Um encontro de dois: olho <strong>no</strong> olho, face a face.<br />

E quando estiveres perto, eu arrancarei teus<br />

olhos<br />

e os colocarei <strong>no</strong> lugar dos meus;<br />

tu arrancarás meus olhos<br />

e os colocarás <strong>no</strong> lugar dos teus;<br />

eu te olharei com teus olhos<br />

e tu me olharás com os meus.<br />

More<strong>no</strong><br />

(Poema “Convite ao Encontro”)


ETAPAS DA SESSÃO<br />

1) Aquecimento (Inespecífico e Específico) –<br />

criação de um campo relaxado, estabelecimento<br />

de vínculos, de um contexto grupal e integração<br />

de conteúdos <strong>no</strong>vos com os anteriores. No<br />

inespecífico, verbal ou corporal, há o<br />

surgimento do protagonista, e <strong>no</strong> específico, há<br />

o aquecimento deste para a ação;<br />

2) Dramatização – ação dramática<br />

propriamente dita, quando finalmente o grupo<br />

cria uma situação para representar <strong>no</strong> “como<br />

se”. Termina com elucidação, encaminhamento<br />

ou resolução do conflito exposto;<br />

2)<br />

3) Compartilhar e Comentários – é quando se<br />

comenta ao final, sentimentos despertados, faz-<br />

se avaliação do trabalho pelo grupo e<br />

formulam<br />

formulam-se se esclarecimentos.<br />

3)


Criação de um clima inicial para<br />

liberar a espontaneidade, catalisar a<br />

criatividade e escolher o<br />

protagonista.Pode ser específico ou<br />

inespecífico.


É o momento da ação:<br />

protagonista e egos-auxiliares<br />

em cena.


É a participação terapêutica do grupo<br />

ao compartilhar sentimentos e<br />

emoções advindas da dramatização.


Inicia a sessão,<br />

realiza o<br />

aquecimento, decide<br />

quem será o<br />

protagonista,<br />

intervém na<br />

dramatização e dirige<br />

os egos-auxiliares,<br />

encena a ação,<br />

coordena o “sharing”,<br />

o processamento e<br />

finaliza a sessão.


Traz o tema, constrói<br />

o contexto dramático<br />

e dramatiza.<br />

É ator e autor.


O<br />

protagonista<br />

retira suas<br />

máscaras na<br />

ação psico<br />

dramática.<br />

Des-veste<br />

sua Persona<br />

e Reconhece<br />

suas<br />

Sombras…


Cada retalho conta uma história. É preciso escolher as<br />

combinações cuidadosamente, para que as diferenças sejam<br />

realçadas, para não esconder sua beleza e ter um efeito<br />

harmônico.<br />

(“filme “Colcha de Retalhos”)


PSICOTERAPIAS PÓS PÓS-MORENIANAS<br />

MORENIANAS<br />

“As modernas linhas terapêuticas se<br />

preocupam com o entrelaçamento<br />

das relações, com o ser, gestalt ou<br />

sistema sistema, , e num dado momento se<br />

levantam para passar da palavra à<br />

ação ação: : com uma escultura escultura, , uma<br />

encenação<br />

encenação, , um jogo ou qualquer<br />

outro meio de acting terapêutico<br />

terapêutico”. ”.<br />

“As<br />

(Población Población, , 1998)


ESCULTURA: corporal + solilóquio…


PRÉ PRÉ-MORENO MORENO E PÓS PÓS-MORENO MORENO<br />

Ato médico X Ato lúdico lúdico;<br />

Linguagem verbal X não-verbal<br />

não verbal<br />

(corporal, gestos e movimentos);<br />

Linguagem<br />

Co Co-experimentação<br />

experimentação X Co Co-criação criação;<br />

Campo tenso X relaxado relaxado,<br />

relaxado relaxado, ,<br />

humanizado<br />

humanizado;<br />

Campo<br />

Postura distante X empática;<br />

empática<br />

Pacientes-objetos objetos X Atores-<br />

criadores de sua própria existência<br />

existência.<br />

Pacientes


CAIXA DE AREIA (SANDPLAY): “A leveza da psicoterapia”<br />

Sentimentos dos integrantes de um grupo representados<br />

por miniaturas… Com mudanças nas posições e <strong>no</strong>s<br />

sentimentos representados após a inter-ação… Ressignificação<br />

e mobiliz-ação do ICS.


O PSICODRAMA<br />

Início do séc. XX, J. L. More<strong>no</strong>, monta e dirige<br />

um teatro original, de improvisação, , da<br />

Espontaneidade, <strong>no</strong> qual brinca de retratar a<br />

vida, sem obras escritas. Caso Bárbara Bárbara-<br />

George: cria o Teatro Terapêutico.<br />

Do Teatro Terapêutico cria o Psicodrama -<br />

forma ativa da psicoterapia de grupo.<br />

Situações da vida de um indivíduo são<br />

representadas num palco, com o auxílio de<br />

egos egos-auxiliares auxiliares ou membros do grupo, usando<br />

a linguagem verbal e a corporal.<br />

Os <strong>psicodrama</strong>tistas buscam comunicar-se<br />

comunicar se<br />

empaticamente usando a percepção télica e a<br />

mesma linguagem do outro.<br />

Os


Na ação desenrolada <strong>no</strong> palco, o indivíduo<br />

percebe pensamentos, sentimentos e atitudes<br />

que era incapaz ou não sabia enfrentar na<br />

realidade, além de descobrir os padrões de<br />

comportamento que lhe permitem<br />

expressar<br />

expressar-se se de maneira mais espontâneacriativa<br />

criativa. .<br />

Representar suas experiências de vida pode<br />

produzir mudanças significativas na<br />

personalidade da pessoa (Caso Bárbara);<br />

A<br />

A ação acrescenta movimento,<br />

profundidade e<br />

energia à palavra; palavra<br />

Ênfase nas <strong>no</strong>ções de intersubjetividade<br />

intersubjetividade, ,<br />

<strong>corporeidade</strong>, liberdade, ação, filosofia do<br />

Momento (aqui e agora) e Encontro<br />

Existencial Eu-Tu Eu Tu. .


Os papéis de diretor, egos egos-auxiliares auxiliares e a<br />

sua utilização do corpo<br />

a) Diretor: : Terapeuta que apóia o<br />

protagonista para a elaboração de seu<br />

problema e trabalha a dinâmica grupal.<br />

Tem 3 papéis:<br />

A) Terapeuta de grupo (facilita e estimula<br />

o processo de crescimento do<br />

protagonista, fazendo questionamentos,<br />

pontuações e aplicando técnicas);<br />

B) Analista social (assinala origens e<br />

conexões das dificuldades do protagonista<br />

e do grupo em situações variadas);<br />

C) Produtor (inicia, dá forma e organiza as<br />

atividades cênicas).


) Ego-Auxiliar: : Pessoa treinada ou membro do<br />

grupo que representa o papel de um “outro<br />

significativo” na vida do protagonista –<br />

familiares e amigos do seu átomo social que<br />

fazem parte de sua situação conflitiva,<br />

figuras<br />

transferenciais<br />

transferenciais, personagens da sua fantasia fantasia, ,<br />

objetos significativos ou concepções abstratas.<br />

b)<br />

A atuação do ego ego-auxiliar<br />

ego ego-auxiliar auxiliar requer preparação<br />

corporal, sensibilidade e familiaridade com os<br />

padrões socioculturais dos quais provém o<br />

protagonista.<br />

O<br />

O ego-auxiliar<br />

ego auxiliar desempenhando o papel do<br />

próprio protagonista é chamado de dublê ou<br />

duplo duplo, , e desempenhando traços opostos aos do<br />

protagonista é chamado de antagonista<br />

antagonista.


Sendo um prolongamento do diretor e um apoio<br />

ao protagonista, o ego-auxiliar é uma espécie de<br />

intermediário entre eles. Talvez pudéssemos<br />

chamá-lo de coadjuvante.


Espaço onde se realizam as cenas.


Observa, sente,<br />

reage,<br />

compartilha e<br />

co-labora com o<br />

protagonista.


O protagonista repete<br />

a cena que acaba de<br />

representar,<br />

assumindo o papel do<br />

outro.<br />

A pessoa, ao sair de si<br />

mesma, torna-se<br />

capaz de perceber<br />

objetivamente sua<br />

própria atitude em<br />

relação aos outros.


“O correr da vida embrulha tudo.<br />

A vida é assim.<br />

Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa.<br />

Sossega e depois desinquieta.<br />

O que ela quer da gente é coragem”.<br />

Guimarães Rosa


Expressar todos os<br />

sentimentos e sensações<br />

que o protagonista não<br />

percebe ou evita explicitar<br />

na cena. Uma espécie de<br />

consciência auxiliar.<br />

O ego-auxiliar coloca-se ao<br />

lado do protagonista,<br />

adotando ao máximo a sua<br />

atitude postural e afetiva,<br />

tentando identificar-se com<br />

ele e exprimir os seus<br />

sentimentos.


Quem é o Duplo, Dublê ou Alter ego: :<br />

Um dos auxiliares treinados, o diretor ou um<br />

membro qualquer do grupo que tenha<br />

sensibilidade para captar a problemática do<br />

protagonista, que se identifique até certo<br />

ponto e sinta emocionalmente o seu problema<br />

e conflito.<br />

Ele se coloca de pé junto do protagonista, ao<br />

lado ou atrás, onde possa ver seus gestos, mas<br />

sem distraí distraí-lo. lo.<br />

Não deve se comportar como se estivesse<br />

observando<br />

observando-o o e analisando-o, analisando o, e sim como<br />

alguém que vem a ser sua psique, os distintos<br />

aspectos de sua personalidade, suas dúvidas e<br />

contradições<br />

contradições.


A<br />

A expressão corporal facilita o papel do<br />

DUPLO DUPLO, , que empresta seu corpo,<br />

sensibilidade e flexibilidade para se<br />

trabalhar a problemática do protagonista.<br />

Ele é a voz do protagonista e de sua psique.<br />

Ele fala na 1ª pessoa, compartilha pla<strong>no</strong>s e<br />

reações, personifica as distintas forças<br />

dinâmicas internas do protagonista (anjo da<br />

guarda e diabo, bruxas ou seres<br />

fantásticos), expressa o seu id, ego e<br />

superego, ICS, subconsciente, etc.<br />

Tem o papel de dublar, sentir sentir-se se dentro do<br />

papel do protagonista, colocar colocar-se se na postura<br />

de seu corpo para expressar, em palavras e<br />

movimentos, o que ele é incapaz de captar<br />

naquele momento (duplo (duplo-espelho).<br />

espelho).


Dizer em voz alta o que se está<br />

pensando, como em uma conversa<br />

com seu próprio travesseiro.<br />

Monólogo que faz surgir<br />

conteúdos não expressos, mas<br />

verdadeiros, <strong>no</strong> mundo interior da<br />

pessoa e que precisam ser<br />

escutados por ela mesma.


Técnica em que o<br />

<strong>psicodrama</strong>tista<br />

assume o lugar<br />

do protagonista,<br />

dando a ele a<br />

consciência de si<br />

mesmo. Quando<br />

associado ao<br />

Duplo, se torna o<br />

Duplo-Espelho.


“Tudo é provável e possível. Tempo e<br />

espaço não existem. Sobre a frágil base<br />

da realidade, a IMAGINAÇÃO tece <strong>no</strong>vas<br />

formas”<br />

(MORENO)


É uma liberação das convenções.<br />

É um encontro com o IMAGINÁRIO e<br />

com a intuição; há quem diga que é<br />

também um encontro com a<br />

espiritualidade.<br />

Tem um “quê” de ser sem tempo e sem<br />

espaço; uma realidade cósmica.


A realidade suplementar é um dos<br />

aspectos mais terapêuticos, misteriosos<br />

e facilitadores de mudança do<br />

<strong>psicodrama</strong>.


As três dimensões do<br />

As três dimensões do<br />

tempo – passado,<br />

presente e futuro –<br />

são trazidas juntas,<br />

<strong>no</strong> “aqui e agora” da<br />

dramatização.


“O essencial é saber ver.<br />

Saber ver sem estar a pensar,<br />

Saber ver quando se vê<br />

E nem pensar quando se vê<br />

Nem ver quando se pensa.<br />

Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!)<br />

Isso exige um estudo profundo,<br />

Uma aprendizagem de desaprender...”<br />

Fernando Pessoa


É a integração de uma <strong>no</strong>va<br />

aprendizagem <strong>no</strong> repertório de<br />

respostas do protagonista, uma<br />

mudança a partir da qual é possível<br />

uma ação de reconstrução.


É alívio, liberação de emoções, de<br />

algo que o continha, degelo de<br />

sentimentos, expulsão das<br />

“escórias”, relaxamento físico e<br />

mental.


“Já se modificaram muitas <strong>no</strong>ções relativas ao<br />

movimento. Há de se reconhecer, aos poucos, que<br />

aquilo a que chamamos desti<strong>no</strong> sai de dentro dos<br />

homens, em vez de entrar neles.<br />

Muitas pessoas não percebem o que delas saiu,<br />

porque não absorveram o seu desti<strong>no</strong> enquanto o<br />

viviam, nem o transformaram em si mesmas...”<br />

Rainer Maria Rilke


O excesso de reflexão impede a capacidade de agir,<br />

assim como agir por agir é um ato puramente<br />

mecânico e ativista. Aja espontaneamente,<br />

responsavelmente, refletidamente. Nunca perca sua<br />

liberdade de ação e você chegará ao seu objetivo.<br />

(I Ching)


O<br />

O <strong>psicodrama</strong>tista utiliza o corpo na seqüência<br />

de cenas, na aplicação das técnicas (inversão<br />

de papéis, duplo, espelho, realidade<br />

suplementar), <strong>no</strong> compartilhar, nas esculturas,<br />

enfim, na dramatização de acontecimentos<br />

inter<strong>no</strong>s e exter<strong>no</strong>s do protagonista.<br />

Além disso, o auto-conhecimento corporal ajuda<br />

a separarem seus conteúdos do que é do cliente e a<br />

aliviar as tensões;<br />

No Psicodrama surge a reivindicação de deixar<br />

falar o corpo na sua espontaneidade, , suas<br />

fantasias, sua violência e suas pulsões,<br />

através duma expressão corporal liberada,<br />

excluindo em determinados momentos a<br />

racionalização verbal.<br />

No


Eu tento dar aos<br />

pacientes a<br />

coragem para<br />

sonhar...<br />

sonhar...<br />

Gostaria de ser<br />

reconhecido<br />

como alguém que<br />

trouxe a alegria<br />

de volta à<br />

Psiquiatria...


O corpo em terapia<br />

Dialética Mente Mente/Corpo Corpo<br />

Conceito de Ação:<br />

1. Movimento observável <strong>no</strong> espaço,<br />

<strong>no</strong>s jogos<br />

e exercícios, se mexer;<br />

Conceito<br />

1.<br />

2. Movimentos sutis sutis, sutis sutis, , inter<strong>no</strong>s inter<strong>no</strong>s, inter<strong>no</strong>s inter<strong>no</strong>s, , gestos gestos, gestos gestos, , reações<br />

posturais posturais, , sons, aspectos fisiológicos (sudorese sudorese, ,<br />

rubor rubor, , borborigmos dos intesti<strong>no</strong>s),<br />

desejos,<br />

tele tele, , temor,<br />

hostilidade,<br />

fuga,<br />

emoções emoções/sentimentos<br />

sentimentos, , pensamentos,<br />

dor,<br />

motivação<br />

motivação, , tosse,<br />

sensações viscerais,<br />

instintos instintos, , músculo-articulares<br />

músculo articulares, , rejeições e ações<br />

fantasiadas<br />

fantasiadas/fantasias,<br />

/fantasias, que a visão dos corpos<br />

desperta desperta;<br />

2.


1.<br />

Tipos de PsicoTerapia<br />

PsicoTerapia: :<br />

1. Predomínio verbal (acting acting<br />

“proibido proibido”, ”, uso da palavra palavra, , ação<br />

observada e interpretada). Ex:<br />

Psicanálise<br />

Psicanálise.<br />

Psicanálise<br />

Psicanálise.<br />

2. Ativas Ativas-verbais verbais (ação ação, , contato e<br />

interação corporal relevantes como<br />

instrumento de trabalho na tarefa<br />

terapêutica<br />

terapêutica). ). Ex: Psicodrama,<br />

Bioenergética<br />

Bioenergética, , etc.<br />

2.


No meio da<br />

floresta, bifurcam<br />

dois caminhos.<br />

Trilhei o me<strong>no</strong>s<br />

percorrido. E isso<br />

fez toda a<br />

diferença.<br />

Robert Frost


Tipos de Acting out out: :<br />

1) sadios (terapêutico<br />

terapêutico, , preventivo<br />

preventivo); );<br />

2) doentes (incontrolável<br />

incontrolável, , irracional,<br />

compulsivo<br />

compulsivo); );<br />

2)<br />

O<br />

A<br />

O esquema corporal (ambiente<br />

ambiente vital/social)<br />

seria o mesmo para todos os indivíduos da<br />

espécie humana humana.<br />

A imagem corporal é própria de cada um e<br />

está ligada ao sujeito e à sua história<br />

(concepção<br />

concepção psicobiológica<br />

psicobiológica), ), como também<br />

ao outro outro, , como parte de si.<br />

si


Na imagem corporal, existem<br />

fantasias nas áreas áreas: :<br />

afetiva (ser ou não aceito),<br />

sexual (ser ou não desejado,<br />

ideais estéticos estéticos), ),<br />

de poder e de saúde saúde. .<br />

Há também a influência dos<br />

mitos familiares e culturais culturais, ,<br />

que determinam modelos e<br />

lógicas de conduta<br />

cegamente aceitos aceitos;


No espaço cênico o corpo é o centro dos<br />

olhares olhares. .<br />

Potencialmente há 3 tipos de olhares:<br />

No<br />

Potencialmente<br />

À matriz de identidade (aceitação aceitação ou rejeição,<br />

confiança confiança/desconfiança<br />

desconfiança, , ligação/separação<br />

ligação separação). ).<br />

À matriz familiar (exigência exigência/indiferença<br />

indiferença, , afeto afeto/ afeto afeto/ /<br />

desapego desapego, , vigilância/liberdade<br />

vigilância liberdade, , amor/agressão<br />

amor agressão). ).<br />

À matriz social (olhar olhar carregado de valorização ou<br />

crítica crítica, , curiosidade/indiferença<br />

curiosidade indiferença, , integração ou<br />

marginalização<br />

marginalização, , inclusão/exclusão<br />

inclusão exclusão). ).<br />

Enfim Enfim, , a comunicação não não-verbal verbal e o mundo do<br />

olhar são objetos do trabalho terapêutico<br />

terapêutico.


A linguagem do corpo (Pierre Weil Weil)<br />

Segundo Weil e Tompakow (1986), os gestos<br />

inconscientes se relacionam com o que se passa <strong>no</strong><br />

íntimo das pessoas.<br />

Há um sentido geral do conjunto de “traços<br />

individuais” de cada parte do corpo huma<strong>no</strong>.<br />

RESISTÊNCIA PASSIVA E TEIMOSIA…<br />

AMOR, DESEJO E APROVAÇÃO…


Conhecer a linguagem do corpo huma<strong>no</strong><br />

permite lidar melhor consigo mesmo e com<br />

os outros.<br />

Para Weil, o corpo fala sem palavras, ou<br />

seja, com a linguagem silenciosa da<br />

comunicação não não-verbal. não não-verbal. verbal. Portanto, devemos<br />

estar atentos aos gestos e atitudes<br />

inconscientes do protagonista, pois se<br />

relacionam com o que se passa <strong>no</strong> seu<br />

íntimo.<br />

Para<br />

O conhecimento dos seus significados levará<br />

a <strong>no</strong>ções mais <strong>no</strong>vas e amplas do<br />

comportamento huma<strong>no</strong> huma<strong>no</strong>.


5<br />

1<br />

3<br />

2<br />

4<br />

6


Alegria, surpresa, repulsa, tristeza, medo, raiva e interesse?


DANÇA<br />

Expressão…<br />

Movimento…<br />

Sentimento…<br />

Pode expressar<br />

a subjetividade de<br />

cada um e de um grupo<br />

- na intersubjetividade.


Psicomotricidade<br />

Tem como objetivos:<br />

estimular estimular para a excitação excitação constante da coordenação<br />

psicomotora;<br />

incentivar a cooperação mútua, o desenvolvimento<br />

do rítimo, da <strong>no</strong>ção espaço espaço-temporal, temporal, do equilíbrio<br />

dinâmico e neuromuscular;<br />

da velocidade de deslocamento e de reação, da<br />

capacidade capacidade respiratória, do sentido de diferenciação<br />

de objetos;<br />

do controle da tonicidade muscular, de habilidades<br />

manuais, do sentido perceptivo do esquema<br />

corporal;<br />

da direcionalidade, da criatividade, da láterodirecionalidade<br />

direcionalidade;<br />

de destrezas, de coordenação óculo óculo-manual, manual, com a<br />

utilização de diversos exercícios e atividades com<br />

objetos de todo tipo e tamanho.


Exemplos:<br />

Contato corporal/motor – nenhuma palavra é<br />

pronunciada, o modo de relação é infra infra-verbal, verbal, as<br />

palavras surgirão espontaneamente, há<br />

exploração do ambiente, do espaço exter<strong>no</strong>, a<br />

linguagem gestual torna torna-se se um apelo para as<br />

outras formas de comunicação;<br />

Contato primitivo/animal – mutismo gestual<br />

como se fosse um animal escolhido, dá dá-se dá dá-se se<br />

liberdade de iniciativa ao outro. De pé, de quatro,<br />

se arrastando (regressão) se relacionar com os<br />

demais;<br />

Comunicação e contato de costas – evita o<br />

confronto face a face, facilita experimentação do<br />

corpo, ocorre o empréstimo do corpo ao outro,<br />

trabalha a confiança;


Diferentes Formas de andar – pesão <strong>no</strong><br />

chão, ponta de pé, com calcanhares, com<br />

laterais, leve, pesado, devagar, rápido, de<br />

joelhos, etc; etc<br />

Diferentes Olhares: olhar olhar-se se <strong>no</strong> espelho<br />

e troca de olhares – reconhecimento e<br />

contato com a própria interioridade e do<br />

outro;<br />

Alongamentos, massagens e<br />

relaxamentos;<br />

Exercícios em dupla com diversos<br />

materiais estimulativos (copos de iogurte<br />

e pedrinhas, bolas, balões, tecidos,<br />

cordas, etc.


Ioga<br />

Suas práticas têm a finalidade de aquietar<br />

as ondas e acalmar a mente, focalizando o<br />

controle do corpo, técnicas de respiração,<br />

meditação, tornando possível<br />

a realização do Self, ou Consciência<br />

Superior, pura, dentro e além do universo.


Somente quem está preparado para tudo, quem<br />

não exclui nada, nem mesmo o mais enigmático,<br />

poderá viver com outrem como algo vivo e ir até<br />

o fundo de sua viagem existencial.<br />

Rainer Maria Rilke


Viver não é perigoso?<br />

É muito perigoso.<br />

Porque ainda não se sabe.<br />

Porque aprender a viver é que<br />

é viver mesmo.<br />

Guimarães Rosa


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