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Curso de Massagem Oriental 1 - Xamanismo

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“A constituição básica individual permanece inalterada durante o tempo<br />

<strong>de</strong> vida, conforme ela é geneticamente <strong>de</strong>terminada.<br />

A combinação dos elementos presentes ao nascimento permanece<br />

constante.<br />

Contudo, a combinação <strong>de</strong> elementos que governa a contínua<br />

transformação fisiológica do corpo altera-se em reação às<br />

transformações no meio ambiente"<br />

(Texto Ayurvédico)<br />

Co-Autores:<br />

Este livro representa a realização <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> cinco anos, que<br />

teve início com a fundação da Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do<br />

Brasil. A.M.O.R., e é o somatório da experiência <strong>de</strong> profissionais que<br />

tenho a honra <strong>de</strong> apresentar, e que compõem a equipe <strong>de</strong> professores do<br />

curso <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong>, realizado em várias cida<strong>de</strong>s,<br />

simultaneamente, nos estados <strong>de</strong> São Paulo, Paraná e Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

principalmente.<br />

São eles:<br />

- Salem Hanna<br />

- Daniel Vieira da Silva<br />

- Edvaldo Oliveira Cruz<br />

- Ingrid Kook Weskott<br />

- Sidney Donatelli<br />

- Mario Figueiredo<br />

- Tânia Regina Zanin<br />

- Marjorie Evangelista<br />

Cada um <strong>de</strong>les incluiu um capítulo nesta obra, representando uma<br />

introdução <strong>de</strong> seu trabalho individual, já em fase <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> tese, e<br />

que brevemente serão publicados em livros.<br />

A todos eles minha gratidão e respeito.<br />

Armando S. B. Austregésilo<br />

Dedicatórias<br />

Dedico este livro às minhas filhas: Parvati e Lakshmi. a quem<br />

agra<strong>de</strong>ço a força motivadora <strong>de</strong> minha vida! Também a Eliane, parceira<br />

<strong>de</strong> tantos anos <strong>de</strong> luta. Mulher, mãe e inspiração!<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 1<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

Há também algumas pessoas que participaram <strong>de</strong>ste trabalho, a<br />

quem <strong>de</strong>sejo agra<strong>de</strong>cer:<br />

- Dr. José Eduardo Petri, consultor técnico e tradutor da localização<br />

anatômica dos pontos chineses;<br />

- Carlos Roberto Gomes. autor <strong>de</strong> muitos pensamentos conclusões<br />

e pesquisas aqui expostos;<br />

- Nelson Francisco Annunciato. colaborador do início dos trabalhos<br />

em São Paulo, orientador do pensamento anatômico que norteia o<br />

curso e a Associação;<br />

- Carlos Ávila. companheiro novo. entusiasta e amigo-capricórnio; -<br />

Rosana Fernan<strong>de</strong>s primeira revisora, companheira e amigacapricórnio;<br />

- Eliana Floriano; colaboradora, divulgadora, incansável<br />

companheira, exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação e esperança;<br />

- Maria Lúcia Figueiredo da Fonseca, datilógrafa. outra amiga<br />

capricorniana, que muito auxiliou na administração da A.M.O.R.;<br />

- Rita <strong>de</strong> Cássia Franco. revisão final amiga nova;<br />

- Maria Luiza Antunes Gomes da Silva fotógrafa e incentivadora.<br />

O Autor


Prefácio<br />

Des<strong>de</strong> que a linguagem do tato foi assumida em 1979 pelo livro<br />

<strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong> e daí espalhou-se a todo o País na voz e<br />

cursos <strong>de</strong>ste Austregésilo Armando, muito se viu e ouviu e tocou em<br />

benefício e prol da vida e do bem vivê-la.<br />

Tocamo-nos, e <strong>de</strong>ssa linguagem que absolutamente não tem aspas<br />

muitas gírias e expressões surgiram para favorecer o dia-a-dia do nosso<br />

relacionamento, que já era rico, e agora se veste e reveste na riqueza da<br />

comunicação total, própria <strong>de</strong> todo recurso <strong>de</strong> linguagens a nos mostrar e<br />

compreen<strong>de</strong>r.<br />

É <strong>de</strong>ssa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> riqueza que trata esse livro, expressa no<br />

cotidiano da Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do Brasil - A.M.OR.,<br />

criada e dirigida pelo autor.<br />

O trabalho incessante/incansável que Armando <strong>de</strong>senvolve com a<br />

A.M.OR. é algo que estimula qualquer ponto, com um ritmo que contagia<br />

e encanta, tal fôlego e força imprimidos em suas realizações, e acaba por<br />

fazer-se um convite irrecusável a nossa participação ativa, seja como<br />

discípulo, aluno ou colaborador, mas sempre entusiastas e divulgadores<br />

gratuitos, confiantes <strong>de</strong> passar cada vez a mais pessoas uma maneira <strong>de</strong><br />

ver a vida que exprime muito prazer e saú<strong>de</strong>.<br />

Toques populi. Que assim seja.<br />

Que as pessoas possam se tocar e ler, com mais essa obra, suas<br />

vidas a fluir.<br />

J. Julio Diogo e Arlete R Nogueira Almeidas<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 2<br />

A Linguagem do Tato<br />

A massagem vem sendo cada vez mais usada no Brasil a partir dos<br />

gran<strong>de</strong>s centros. Temos tido oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ministrar cursos e vivências<br />

em várias cida<strong>de</strong>s, percebendo a atração forte que o uso da massagem<br />

exerce sobre as pessoas.<br />

Há todo um mito em relação à massagem, que ora afasta, ora<br />

aproxima os leigos <strong>de</strong> cursos e atendimentos por massagem. No entanto,<br />

mesmo as pessoas que não se aproximam diretamente, recebem alguma<br />

influência, seja no contato com outras pessoas que já conhecem um<br />

mínimo, seja através dos meios <strong>de</strong> comunicação, que muito<br />

discretamente vêm incluindo a massagem em sua programação.<br />

A massagem é uma forma <strong>de</strong> expressão muito antiga e po<strong>de</strong>mos<br />

chamá-la <strong>de</strong> primitiva, enquanto esta <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong>signe a<br />

simplicida<strong>de</strong> e a praticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empregá-la.<br />

Todos nós, literalmente, conhecemos a massagem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase intrauterina,<br />

uma vez que ainda naquela fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do ser<br />

humano já recebemos informações do meio externo (lado <strong>de</strong> fora do<br />

abdômen), via contato físico, através da placenta, tecido uterino.<br />

camadas <strong>de</strong> músculos e outros tecidos até a pele materna. que<br />

representam alterações do ambiente externo, ao longo da nossa pele e<br />

sistema nervoso periférico. ainda rudimentares, e que criam já neste<br />

momento uma pequena memória <strong>de</strong>ste novo ser.<br />

Não é uma pretensão dizermos que a massagem, como uma<br />

linguagem, tem sua origem em nossa vida, já nos contatos iniciais,<br />

inteligíveis, do pequeno ser intrauterino.<br />

Ao longo do nosso amadurecimento intra-uterino, e até o nascimento,<br />

os contatos externos estão, <strong>de</strong> certa forma, filtrados pelo corpo materno,<br />

nos levando a concluir: - Os cuidados que uma gestante e seu parceiro (o<br />

pai), <strong>de</strong>vem dispensar ao corpo físico-energético do novo ser são<br />

importantes quanto à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> primeira mão que<br />

aquele indivíduo, por eles gerados, está recebendo e que será à base <strong>de</strong><br />

comunicação <strong>de</strong>sta nova pessoa, no momento <strong>de</strong> relação, após o<br />

nascimento, ao longo dos primeiros anos, e por toda a vida.<br />

Os primeiros dias <strong>de</strong> nascido incluem na vida <strong>de</strong> uma pessoa o tato<br />

direto com o ar, as roupas. os objetos e o corpo <strong>de</strong> outras pessoas. É<br />

nesta fase que experimentamos as primeiras sensações tácteis, e é<br />

verda<strong>de</strong> que os outros sentidos, a visão, a audição, o paladar e o olfato,<br />

também estão em franco processo <strong>de</strong> adaptação à vida.<br />

Mas é verda<strong>de</strong> também que o tato físico é o sentido com mais<br />

recursos que o indivíduo conta. As palavras faladas ainda não são


conhecidas, os sons ainda não conseguem fazer sentido, as imagens<br />

precisam ser vistas várias vezes para formar um código, assim como o<br />

olfato é muito restrito, ficando, assim, o paladar com uma importância<br />

próxima do tato físico, como função <strong>de</strong> aprendizado.<br />

Apren<strong>de</strong>mos muito sobre a nossa sobrevivência, as ameaças e as<br />

proteções com que po<strong>de</strong>mos contar nos primeiros dias através do tato<br />

protetor ou ameaçador daqueles que nos carregam no colo.<br />

O uso do contato físico entre os adultos e as crianças recém-nascidas,<br />

ao longo dos primeiros anos, e até a fase pré-adolescente é amplo.<br />

Porém é nesta fase que somos con<strong>de</strong>nados ao afastamento brusco do<br />

contato com os adultos, uma vez que nesta nova fase, que se segue à<br />

infância, a nossa sexualida<strong>de</strong> já está perfeitamente perceptível e atuante.<br />

É um momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> contradição este que <strong>de</strong>sponta, pois os<br />

prazeres do contato corporal que tanto conhecemos e <strong>de</strong>sejamos, parte<br />

integrante <strong>de</strong> nossa educação, passam agora a ser censurados ou<br />

direcionados, egoisticamente, para umas poucas pessoas, que na<br />

verda<strong>de</strong> se envergonham <strong>de</strong> sentir prazer. Vemos também a substituição<br />

da palavra táctil pelas palavras verbais, tão incentivadoras das disputas e<br />

invejas.<br />

Mentir com palavras verbais é mais fácil do que com palavras tácteis!<br />

Ao longo da adolescência o nosso corpo se manifesta <strong>de</strong> forma variante<br />

e a compreensão das sensações, principalmente as <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sensualsexual,<br />

são <strong>de</strong>batidas em vários graus, normalmente pela fala, incluindo<br />

pesos e medidas em nossas emoções e manifestações. Estamos<br />

codificando nessa época o sentido do prazer, da culpa, do engajamento<br />

social e finalmente da dor causada pelo Uso X Repressão das<br />

<strong>de</strong>monstrações físicas do nosso corpo.<br />

Sugiro que, neste momento, pais e educadores façam menos<br />

discursos verbais e toquem mais os seus adolescentes, se é real o<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> transmitir algo <strong>de</strong> valor.<br />

Vejamos uma forma <strong>de</strong> observação crítica à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

organização e cooperação entre cidadãos <strong>de</strong> uma urbe brasileira; sem<br />

necessitar gran<strong>de</strong> atenção é fácil perceber o grau <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> que<br />

rege as ações das pessoas <strong>de</strong> um mesmo conglomerado urbano: o<br />

trânsito <strong>de</strong> autos, a relação motorista-pe<strong>de</strong>stre, o medo <strong>de</strong> tocar e <strong>de</strong> ser<br />

tocado...<br />

Pois bem, <strong>de</strong>dicando mais tempo a nós mesmos, aumentando, num<br />

primeiro instante, o nosso próprio contacto físico, e conseqüentemente<br />

com as pessoas que nos cercam, principalmente os nossos filhos,<br />

estaremos aumentando as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma maior compreensão <strong>de</strong><br />

nossos problemas e alcançando as soluções com menos dor.<br />

A linguagem táctil (menosprezada até aqui) que representa a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> uma pessoa po<strong>de</strong> ser reconquistada, com<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 3<br />

relativa facilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que nos proponhamos a reapren<strong>de</strong>r, sem medo,<br />

esta comunicação primitiva e tão presente em nossa vida.<br />

Em nossos cursos dispensamos um bom tempo do início com a<br />

interpretação dos contatos físicos entre os alunos, consigo mesmo e com<br />

os <strong>de</strong>mais, incitando-os a se manifestarem ao máximo com suas mãos e<br />

corpos.<br />

Vejamos nos próximos capítulos como isto tem sido feito e a<br />

experiência <strong>de</strong>sse trabalho.


<strong>Massagem</strong> oci<strong>de</strong>ntal<br />

Dados Históricos:<br />

Dentre todas as terapias, a massagem é a mais elementar e a mais<br />

antiga. Sua História e evolução remontam às mais afastadas épocas da<br />

vida humana sobre a terra.<br />

A primeira massagem, realizada pelo homem, aconteceu quando este,<br />

instintivamente, esfregou sua pele para aliviar a dor <strong>de</strong> um traumatismo<br />

qualquer. Des<strong>de</strong> as mais remotas civilizações pré-colombianas temos<br />

escritos que falam sobre a massagem.<br />

Os gregos e os romanos foram, sem dúvida, gran<strong>de</strong>s conhecedores e<br />

praticantes da massagem, e a indicavam nos esportes e nos tratamentos<br />

das doenças. No Oci<strong>de</strong>nte, durante longo período <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Ida<strong>de</strong> Média<br />

até final do século XlX, a massagem esteve esquecida e obscura, tendo<br />

sido praticada somente por curiosos e leigos, não merecia a atenção dos<br />

médicos que nela não reconheciam valor terapêutico. Foi o Dr. Henry<br />

Pahr Ling, no final do século passado, que reintroduziu a massagem<br />

como recurso terapêutico nos meios médicos <strong>de</strong> todo o mundo.<br />

Atualmente o reconhecimento <strong>de</strong> que a massagem possui gran<strong>de</strong>s<br />

virtu<strong>de</strong>s terapêuticas possibilitou a ampliação <strong>de</strong> seu ensino e criou<br />

novos <strong>de</strong>partamentos em todos os hospitais mo<strong>de</strong>rnos.<br />

Definição:<br />

<strong>Massagem</strong> é a linguagem do tato. Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>fini-la como sendo um<br />

conjunto <strong>de</strong> toques exercidos sobre o corpo com fins terapêuticos,<br />

<strong>de</strong>sportivos estéticos, emocionais, lúdicos ou sexuais.<br />

Efeitos da <strong>Massagem</strong>:<br />

Agindo sobre a pele e órgãos profundos, a massagem tem dois tipos<br />

principais <strong>de</strong> efeitos: um efeito indireto, psicológico, fisiológico, <strong>de</strong><br />

repercussão geral; e um efeito direto muscular, mecânico, <strong>de</strong><br />

repercussão local.<br />

Efeitos Fisiológicos da <strong>Massagem</strong>:<br />

Estudaremos os efeitos fisiológicos <strong>de</strong>terminados pela massagem<br />

sobre os diversos tecidos. Os tecidos reagem <strong>de</strong> modo diferente<br />

conforme a técnica e a dose <strong>de</strong> massagem.<br />

Vamos, portanto, estudar aqui estes efeitos sobre os seguintes<br />

tecidos: pele, tecido celular subcutâneo, circulação, músculos, tecido<br />

adiposo (gorduras), sistema nervoso e metabolismo.<br />

Efeitos sobre a pele: a massagem age sobre a pele removendo sua<br />

camada epitelial superficial, <strong>de</strong>sobstruindo os poros, sobre a circulação<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 4<br />

cutânea, e, além <strong>de</strong> aumentar a temperatura local, tem ainda uma ação<br />

calmante, pois atua sobre os filetes sensitivos, diminuindo sua<br />

hiperexcitabilida<strong>de</strong>.<br />

A massagem torna a pele mais fina e elástica.<br />

Efeitos sobre o tecido celular subcutâneo: este tecido ocupa o<br />

espaço entre a pele e os músculos e é muito rico em vasos linfáticos.<br />

O que <strong>de</strong>termina a espessura do tecido celular subcutâneo é a maior ou<br />

menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gordura.<br />

A massagem <strong>de</strong>sse tecido tem a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar a<br />

absorção e a eliminação <strong>de</strong> gorduras. Isto somente é possível com a<br />

massagem <strong>de</strong> pinçamento que reduz a gordura a pequeníssimos<br />

glóbulos e provavelmente absorvíveis.<br />

Efeitos sobre o tecido adiposo (Gordura): é prática comum o uso<br />

da massagem para emagrecimento.<br />

O Dr. Roenthal, pesquisador que estudou os efeitos da massagem<br />

sobre a gordura, teve a paciência <strong>de</strong> engordar um certo número <strong>de</strong><br />

cobaias e <strong>de</strong>pois as submeteu a vigorosas massagens abdominais com o<br />

intuito <strong>de</strong> emagrecê-las. Não conseguiu. Após a massagem ele retirava<br />

pedaços <strong>de</strong> gordura e examinava-os ao microscópio e observava a<br />

existência <strong>de</strong> hemorragia capilar, porém não notava a eliminação da<br />

gordura.<br />

Entretanto, é importante ressaltar que a massagem po<strong>de</strong> emagrecer<br />

indiretamente, aumentando a diurese, a sudorese, aumentando o<br />

metabolismo e reduzindo a gordura a glóbulos extremamente pequenos<br />

que provavelmente possam ser absorvidos e eliminados.<br />

Efeitos sobre os músculos: uma massagem vigorosa não dá lugar a<br />

formação <strong>de</strong> Ácido Lático e conseqüentemente acidosa e evitando a<br />

fadiga muscular; <strong>de</strong>sfaz a A<strong>de</strong>rência Fibrosa das fibras musculares,<br />

aumentando indiretamente a força muscular, pois estimula<br />

mecanicamente os músculos e melhora muito a circulação e<br />

conseqüentemente a nutrição muscular com evi<strong>de</strong>nte aumento da sua<br />

energia vital.<br />

É um dos fatos mais indiscutíveis da massagem o aumento do volume<br />

muscular.<br />

Efeitos sobre a circulação (Sanguínea e Linfática): a massagem<br />

po<strong>de</strong> agir sobre a circulação <strong>de</strong> dois modos: primeiro através <strong>de</strong> um<br />

efeito mecânico que, feita no sentido centrípeto, auxilia a circulação <strong>de</strong><br />

retorno. Segundo, <strong>de</strong>terminando a contração reflexa das fibras<br />

musculares lisas das pare<strong>de</strong>s dos vasos <strong>de</strong> tal modo que mantém ou<br />

restaura sua tonicida<strong>de</strong> normal.<br />

A massagem <strong>de</strong>termina um notável aumento das trocas nutritivas entre<br />

a corrente sanguínea e os tecidos, melhorando <strong>de</strong>ste modo seu<br />

metabolismo.


Efeitos Sobre o Sistema Nervoso: a massagem po<strong>de</strong> agir <strong>de</strong> vários<br />

modos sobre o sistema nervoso, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das técnicas empregadas,<br />

da dose e da pressão aplicada.<br />

A massagem suave é calmante e sedativa; a massagem vigorosa<br />

estimula e excita os nervos.<br />

Não há dúvida <strong>de</strong> que a massagem exerce efeito tanto sobre o S. N. C.<br />

(Sistema Nervoso Central) como sobre as terminações nervosas<br />

sensoriais e ainda sobre os nervos motores, tendo assim um efeito local.<br />

Efeitos Sobre o Metabolismo: como agente físico e mecânico que é, a<br />

massagem exerce uma certa influência sobre o metabolismo.<br />

A massagem é capaz <strong>de</strong> aumentar a eliminação <strong>de</strong> certos elementos<br />

constituintes da urina, aumentado à diurese através da massagem<br />

abdominal.<br />

Técnicas <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> Oci<strong>de</strong>ntal<br />

As manobras da massagem produzem efeitos <strong>de</strong> acordo com o ritmo,<br />

intensida<strong>de</strong> e velocida<strong>de</strong>, assim sendo; manobras lentas têm efeito<br />

calmante, analgésico e antiespasmódico; manobras rápidas têm efeito<br />

estimulante, circulatório e <strong>de</strong>sintoxicante.<br />

Deslizamentos: é um movimento introdutório e constitui o<br />

primeiro tempo <strong>de</strong> qualquer massagem em cada parte do corpo Trabalhase<br />

com a palma da mão aberta que se <strong>de</strong>sloca sobre a pele, sem<br />

<strong>de</strong>primi-la. É muito relaxante, nutrindo ao mesmo tempo a área que está<br />

sendo massageada, e o resto do corpo. Inicia-se com um toque suave e<br />

superficial e vai-se aprofundando durante o trabalho. Os <strong>de</strong>slizamentos<br />

atuam sobre as terminações nervosas sensitivas da pele, habituando-a<br />

ao contato da mão do massagista e preparando-a para as manobras<br />

mais vigorosas:<br />

Fricção: a atenção agora passa para as extremida<strong>de</strong>s dos <strong>de</strong>dos que<br />

executarão pequenos círculos <strong>de</strong> penetração média para profunda, em<br />

torno das articulações dos ossos para quebrar os <strong>de</strong>pósitos e a<strong>de</strong>rências<br />

e para afrouxar as articulações em geral. É também eficiente no<br />

tratamento <strong>de</strong> bloqueios físicos relacionados com problemas emocionais,<br />

subluxações e acúmulos <strong>de</strong> toxinas no corpo.<br />

Amassamento ou Amassadura: a amassadura é uma classificação<br />

geral que inclui diversos tipos diferentes <strong>de</strong> manobras. Ela tem um efeito<br />

estimulador e nutritivo dos músculos, dos vasos sanguíneos, dos<br />

linfáticos e do sistema nervoso.<br />

O primeiro tipo <strong>de</strong> amassadura é o Pinçamento que se executa com<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 5<br />

os <strong>de</strong>dos em forma <strong>de</strong> pinças. Segurando parte da massa muscular e<br />

com ágeis golpes separá-la do osso, soltando-a em seguida e<br />

recomeçando, então, com outra parte próxima a ser trabalhada. As mãos<br />

po<strong>de</strong>m agir em conjunto ou alternadamente.<br />

Repitante: outro tipo que consiste em separar com as extremida<strong>de</strong>s<br />

dos <strong>de</strong>dos o músculo, formando uma prega. Alternar o movimento<br />

retilíneo entre as duas mãos.soltando a primeira prega e tomando outra<br />

logo a seguir.<br />

Existe ainda o Rolante. Com as mãos abertas (extensão), paralelas ou<br />

transversais ao osso, formar um rolo compressor contra a massa<br />

muscular. Geralmente aplicada sobre os membros superiores e<br />

inferiores.<br />

Por último vem a Compressão Óssea. usada principalmente para os<br />

membros. Constitui-se na tomada do segmento do braço, por exemplo,<br />

com as duas mãos em forma cilíndrica e na compressão da massa<br />

muscular contra o osso.<br />

Percussão: é um movimento estimulante do sistema nervoso, do fluxo<br />

sanguíneo e do tônus muscular. O efeito e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong><br />

massagem <strong>de</strong> pen<strong>de</strong>m muito do ritmo c da freqüência com que é<br />

realizada e por isto exige do massagista muita habilida<strong>de</strong> e experiência.<br />

As pancadinhas <strong>de</strong> leve têm um efeito sedativo. A maior parte da<br />

percussão é feita com um movimento alternado das mãos enquanto elas<br />

e os braços ficam muito frouxos e relaxados.<br />

O primeiro tipo <strong>de</strong> percussão é o Ulnar. Isto se faz com a face ulnar do<br />

punho fechado. Geralmente é um movimento muito forte para ser feito no<br />

sacro. Estimula os nervos do sistema nervoso autônomo e relaxa a<br />

tensão da pélvis.<br />

O segundo tipo é o Palmar Formar conchas com as mãos, afastá-las<br />

alguns centímetros da superfície da pele e com movimentos alternados<br />

martelar, <strong>de</strong>licadamente e firmemente, a região <strong>de</strong> trabalho. Indicado<br />

para regiões <strong>de</strong> maior sensibilida<strong>de</strong>, por exemplo, a região ventral.<br />

Uma outra forma <strong>de</strong> percussão é o Tamborilamento. Percutir com<br />

todos os <strong>de</strong>dos, mais precisamente com a polpa das extremida<strong>de</strong>s,<br />

alternados entre si, com movimentos suaves e relaxados.<br />

As manobras <strong>de</strong> percussão <strong>de</strong>vem ser feitas o mais rapidamente<br />

possível, <strong>de</strong> modo a criar uma espécie vibratória <strong>de</strong> sensação. Não<br />

empregue qualquer movimento <strong>de</strong> percussão nas costas. em cima dos<br />

rins, pois po<strong>de</strong>ria causar-lhes lesão.


Vibração: a vibração é um movimento trêmulo que se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu<br />

braço para o corpo da pessoa massageada. Seu efeito é calmante,<br />

analgésico e antiespasmódico. Po<strong>de</strong> ser empregada em quase todas as<br />

partes do corpo, porém geralmente é feita nos ombros, nas coxas e nas<br />

costas.<br />

Manobras: Movimento das Mãos (Oci<strong>de</strong>ntal)<br />

1) Deslizamentos<br />

Uso Geral: tranqüilização<br />

a) Superficial carícia - início ou complementação<br />

b) Médio: observação - as mãos amoldam-se à parte do corpo<br />

trabalhada<br />

c) Profundo: terapêutico - influencia a corrente sanguínea (*)<br />

2) Fricções<br />

Uso geral: amolecimento<br />

a) Média<br />

b) Profunda: <strong>de</strong> acordo com a Lei da Dor = <strong>de</strong>ve-se massagear os<br />

pontos doloridos (passíveis <strong>de</strong> toque) até que a do r diminua ou<br />

<strong>de</strong>sapareça.<br />

3) Amassamentos **<br />

Uso geral: efeito estimulador e nutritivo dos músculos<br />

Abdômen:<br />

a) Pinçamento<br />

b) Repitante<br />

Braços e Pernas:<br />

a) Rolante<br />

b) Compressão óssea*<br />

4) Percussões **<br />

Uso geral: enrijecimento<br />

a) Ulnar: indicado para regiões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s músculos e ossos. Ex.<br />

Coxas<br />

b) Palmar: indicado para regiões mais sensíveis. Ex. Abdômen<br />

c) Tamborilamento: ótimo para regiões muito <strong>de</strong>licadas. Ex. Seios<br />

femininos, rosto.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 6<br />

5) Vibrações **<br />

Uso geral: anestésico<br />

a) Anestesia superficial passageira<br />

b) Hipnótico<br />

* - seguir a circulação <strong>de</strong> retorno.<br />

** - Complementar estes movimentos com <strong>de</strong>slizamentos superficiais.<br />

Estrutura Postural do Corpo<br />

O autor do capítulo: - Sidney Donatelli<br />

Formado em artes cênicas, <strong>de</strong>dica-se há vários anos ao teatro Unindo<br />

todas as formas <strong>de</strong> compreensão e aprimoramento do corpo humano,<br />

pelo movimento, <strong>de</strong>dica-se ao estudo da massagem e técnicas<br />

complementares.<br />

É vice-presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do Brasil e dirige<br />

a Escola Amor <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Relação do Organismo com o Espaço:<br />

Ao pensarmos em qualquer fenômeno submetido pela lei da<br />

gravida<strong>de</strong>, o primeiro referencial a se observar será a sua base.<br />

As estruturas dos reinos mineral e vegetal têm as suas bases<br />

intrínsecas a terra e fazem parte do movimento cíclico da natureza<br />

(energia vital). No caso do vegetal, existe um <strong>de</strong>senvolvimento vertical<br />

absolutamente harmônico entre as forças celestiais e telúricas.<br />

As estruturas do reino animal não fazem parte intrinsecamente do<br />

ciclo da natureza não estão na terra, são autônomas em vários níveis. Os<br />

mamíferos quadrúpe<strong>de</strong>s se mantêm bem próximo da energia telúrica em<br />

todos os sentidos: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu corpo ser voltado para baixo, até a sua<br />

alimentação vir direto da terra.<br />

Então, apesar <strong>de</strong> não estar grudado na terra o animal tem uma gran<strong>de</strong><br />

intimida<strong>de</strong> com ela.<br />

A vida psíquica da qual o homem é dotado é que o diferencia do<br />

vegetal e do animal. Ao ponto em que pensar e sentir são condições<br />

primordiais, o homem cria um microcosmo no seu corpo equiparando-se<br />

ao macrocosmo da natureza; tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se locomover, <strong>de</strong><br />

classificar alimentos, <strong>de</strong> se abrigar, <strong>de</strong> respirar e se relacionar <strong>de</strong><br />

diferentes formas. Está então numa posição intermediária entre as força:<br />

celestiais e telúricas e, para sobreviver bem tem <strong>de</strong> harmonizar o seu<br />

microcosmo (corpo) com o macrocosmo (as leis da natureza).<br />

Assim vemos como é fundamental a compreensão da natureza da


estrutura postural do corpo para um melhor <strong>de</strong>senvolvimento psicoorgânico.<br />

Mecanismo <strong>de</strong> Equilíbrio do Corpo:<br />

Ao observarmos o corpo <strong>de</strong> um homem ou mamífero quadrúpe<strong>de</strong> (em<br />

pé) veremos a sustentação em quatro pontos no animal (patas) frente a<br />

dois pontos (pés) no homem. Esses pontos <strong>de</strong>terminam a área <strong>de</strong><br />

sustentação <strong>de</strong> um corpo; quanto maior for a área maior será o equilíbrio.<br />

Vi<strong>de</strong> o fascinante domínio que os animais têm <strong>de</strong> seu corpo.<br />

O homem, no <strong>de</strong>senvolvimento histórico do animal, passa <strong>de</strong><br />

quadrúpe<strong>de</strong> para bípe<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolve alguns controles específicos<br />

(capacida<strong>de</strong> motora final), como por exemplo, a gran<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong> das<br />

mãos, porém diminui a sua área <strong>de</strong> sustentação e fica muito vulnerável<br />

ao <strong>de</strong>sequilíbrio.<br />

O homem constantemente procura o equilíbrio, ou seja, procura o seu<br />

eixo em relação à gravida<strong>de</strong>, montando a sua estrutura óssea sobre a<br />

área <strong>de</strong> sustentação como um edifício on<strong>de</strong> não há nenhuma parte<br />

<strong>de</strong>sencaixada da outra, e em seguida procura manter essa estrutura<br />

<strong>de</strong>vidamente encaixada em pé.<br />

Po<strong>de</strong>mos concluir que a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar esse eixo, somada à<br />

atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> mantê-lo, fun<strong>de</strong>m-se numa só: a <strong>de</strong> constante movimento em<br />

busca da harmonia do corpo no espaço.<br />

Um corpo com os ossos (partes) formando um edifício (todo)<br />

encaixado, não terá a propensão <strong>de</strong> cair. Quem segura essa estrutura<br />

(conjunto <strong>de</strong> ossos) são os músculos. Estes são os responsáveis e<br />

mantenedores da forma da estrutura - continuando no exemplo do<br />

edifício, os músculos seriam a massa que sustenta os blocos empilhados<br />

e <strong>de</strong>terminam a forma da construção.<br />

A essa musculatura <strong>de</strong> sustentação cabe a função estática, ou seja,<br />

manter o corpo em equilíbrio - encaremos o termo estático como<br />

<strong>de</strong>nominação, pois diferentemente <strong>de</strong> uma massa <strong>de</strong> concreto, que é<br />

<strong>de</strong>finitiva na sua forma dura, o corpo, como já concluímos, esta em<br />

constante movimento, no mínimo pelo pulsar do coração ou pela<br />

respiração. O movimento locomotor, <strong>de</strong> uma forma geral, cabe à<br />

musculatura da dinâmica.<br />

Verificação <strong>de</strong> um Corpo em Pé:<br />

Encaixe dos segmentos <strong>de</strong>terminados pela musculatura posterior.<br />

Traçando uma linha perpendicular ao solo que passa no centro do corpo,<br />

este <strong>de</strong>ve estar totalmente equilibrado entre frente, trás e lados.<br />

O esquema <strong>de</strong>scrito serve como referencial para a estrutura corporal;<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 7<br />

a oscilação do corpo, a princípio, se mantém próxima a esse referencial,<br />

quando esse corpo não mantém uma irregularida<strong>de</strong> muscular (já vimos<br />

que o músculo é o responsável pelos <strong>de</strong>sencaixes). Usamos o termo<br />

próximo lembrando que o corpo jamais po<strong>de</strong> ser visto como uma coisa<br />

estática, pois está sempre em oscilação.<br />

A musculatura, situada na parte posterior do corpo (função estática) é<br />

a responsável pela sustentação vertical; esses músculos posteriores são<br />

longos e formam uma ca<strong>de</strong>ia interligada dos pés à cabeça.<br />

Sendo assim, uma <strong>de</strong>formação em qualquer parte <strong>de</strong>ssa ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong>forma a ca<strong>de</strong>ia como um todo. Observando essa condição, concluímos<br />

que o trabalho <strong>de</strong> reestruturação Postural não <strong>de</strong>ve ser visto<br />

fragmentadamente (visando uma parte do corpo), e sim procurando<br />

equilibrar o todo, através da soltura da musculatura posterior.


Vista Anterior<br />

- Cabeça voltada para frente. olhar na linha do horizonte. Cabeça<br />

sem inclinações laterais distância da orelha ao ombro igual dos<br />

dois lados;<br />

- cintura escapular voltada para frente, linha reta na altura dos<br />

ombros e linha reta nas costelas, no fim do osso esterno;<br />

- cintura pélvica voltada para frente, linha reta na altura da crista<br />

ilíaca e linha reta na altura do púbis;<br />

- joelhos voltados para frente, sem rotação externa ou interna;<br />

- pés paralelos na largura dos quadris e <strong>de</strong>dos estendidos e voltados<br />

para frente.<br />

Vista Posterior<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 8<br />

- Cabeça reta formando uma linha no osso occipital paralela ao<br />

chão;<br />

- Escápula lado direito e esquerdo na mesma altura linha reta na<br />

parte superior da escápula;<br />

- Coluna vertebral formando uma linha reta vertical. Apófises<br />

espinhosas das vértebras alinhadas formando um caminho reto;<br />

- quadris na mesma altura, linha reta na altura dos glúteos;<br />

- conjunto Tíbia e Fêmur sem rotação externa ou interna;<br />

- tendão do calcâneo (Aquiles) vertical perpendicular ao chão;<br />

- pés com o peso distribuído por igual interna e externamente.


Vista Lateral<br />

- Uma linha vertical perpendicular ao chão na parte posterior do<br />

corpo <strong>de</strong>ve tangenciar a cabeça, o ápice da cifose torácica, o ápice<br />

da cifose sacrococcígea, o meio da parte inferior da perna e o<br />

calcâneo;<br />

- nenhum bloco <strong>de</strong>ve estar projetado para frente ou para trás;<br />

- a linha do tórax, da clavícula aos mamilos, é oblíqua para baixo e<br />

para frente e a dos mamilos ao púbis vertical;<br />

- o braço está <strong>de</strong>ntro da espessura do corpo a 1/3 da linha tangente<br />

posterior em relação à linha anterior do tórax;<br />

- os blocos da cintura escapular e cintura pélvica <strong>de</strong>vem estar<br />

paralelos ao chão;<br />

- os joelhos estão esticados porém, não estão hiperestendidos;<br />

- o peso dos pés distribuídos igual anteriormente e posteriormente.<br />

Desarranjos:<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 9<br />

Anteriormente, o termo o homem procura o seu equilíbrio foi usado no<br />

aspecto mecânico do corpo. Se usarmos esse termo num parâmetro<br />

emocional a sua veracida<strong>de</strong> permanece. O homem, um aspirante do<br />

equilíbrio, procura-o em todos os sentidos da sua psique, fato que temos<br />

que ter em mente quando pensamos no corpo, seja na massagem, na<br />

dança ou nos movimentos cotidianos, para que nunca se separe a<br />

emoção da postura mecânica nunca se separe o comportamento do<br />

corpo do comportamento do indivíduo.<br />

O homem <strong>de</strong>ve ser encarado como um todo, indivisível. Todas as<br />

partes se relacionam e se refletem: se o indivíduo convive com a sua<br />

estrutura corporal <strong>de</strong>sencaixada, certamente a sua condição emocional<br />

não está equilibrada.<br />

Assim chegamos à clareza que o aspecto psicossomático na<br />

manifestação humana não <strong>de</strong>ve partir <strong>de</strong> uma separação entre o psico e<br />

o somático para posteriormente chegar a uma unificação, e sim partir <strong>de</strong><br />

uma globalida<strong>de</strong> da manifestação para, a partir daí, chegar à verda<strong>de</strong>ira<br />

origem dos nossos <strong>de</strong>sarranjos.<br />

Patologias:<br />

Os <strong>de</strong>sarranjos geram as patologias da estrutura do corpo, que se<br />

originam no enrijecimento da musculatura posterior. Essas patologias,<br />

mais comumente reconhecidas como problemas <strong>de</strong> coluna, dão-se<br />

através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong> um erro. Um pequeno <strong>de</strong>svio <strong>de</strong><br />

um segmento só ten<strong>de</strong> a se agravar se a atenção necessária não for<br />

voltada a essa região em relação a toda a estrutura. O corpo vai se<br />

esquivando e se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo, enrijecendo novos grupos musculares,<br />

causando - <strong>de</strong>sarranjos numa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> compensação, novos<br />

<strong>de</strong>sarranjos, numa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> compensação. A partir do momento em que<br />

a musculatura enrijecida mantém a estrutura óssea (principalmente a<br />

coluna vertebral) <strong>de</strong>sencaixada, o como está propenso a se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

apresentando uma patologia, seja a nível ósseo (exemplo: osteófitos -<br />

bico-<strong>de</strong>-papagaio), seja a nível articular (ex.: artrite) ou seja o próprio<br />

disco intervertebral (ex.: hérnia <strong>de</strong> disco).<br />

Alongamento:<br />

As fibras musculares, a partir das nossas tensões, vão per<strong>de</strong>ndo o<br />

seu potencial <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong>, e os músculos se mantêm encurtados,<br />

<strong>de</strong>sencaixando e mantendo a estrutura óssea fora da sua condição<br />

anatômica natural.


O alongamento - a partir do toque, <strong>de</strong> manipulações, posturas e<br />

movimentos - permite que os músculos voltem ao seu estado <strong>de</strong> tônus<br />

mais equilibrado, os tendões se <strong>de</strong>scolem a nível <strong>de</strong> suas inserções nos<br />

ossos e as articulações voltem a ter o seu espaço normal, sem pressões<br />

erradas dos ossos. Assim po<strong>de</strong>mos reeducar a estrutura <strong>de</strong> um corpo<br />

soltando e alongando a musculatura que mantém os segmentos<br />

<strong>de</strong>sencaixados, até chegarmos a um todo harmônico.<br />

O alongamento atua como um <strong>de</strong>sbloqueio <strong>de</strong> energia cristalizada nos<br />

músculos. É um trabalho <strong>de</strong> expansão (Yin) diante das contrações /<br />

tensões (Yang) acumuladas no corpo Pensando no aspecto<br />

psicossomático, o alongamento muscular alonga a consciência, a<br />

permissibilida<strong>de</strong> e a atenção do indivíduo com o seu corpo, e o<br />

encaminha à aptidão para o movimento, à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ação.<br />

Alongamento Ativo:<br />

São posturas ou movimentos realizados pela pessoa, partindo sempre<br />

<strong>de</strong> um estado <strong>de</strong> relaxamento <strong>de</strong> todo o corpo. No caso <strong>de</strong> movimentos,<br />

estes <strong>de</strong>vem ser feitos sempre na expiração, que é quando o músculo<br />

diafragma libera as vértebras lombares, é o movimento <strong>de</strong> expansão do<br />

corpo.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 10<br />

- Deitado em Decúbito Dorsal:<br />

A posição do corpo <strong>de</strong> um homem <strong>de</strong>itado se faz necessária para o<br />

<strong>de</strong>scanso <strong>de</strong>sse corpo. Deitado com as costas no chão, a<br />

gravida<strong>de</strong> atua ao longo <strong>de</strong> todo o corpo relaxando os músculos<br />

posteriores.<br />

Ênfase do Alongamento na Região Lombar da Coluna:<br />

Partindo do relaxamento, flexione as pernas, pés apoiados no<br />

chão. Cruze uma perna sobre a outra e, soltando o peso das<br />

pernas na expiração, <strong>de</strong>ixe ocorrer uma rotação do quadril para o<br />

lado da perna que está em cima da cruzada; volte ao centro na<br />

inspiração. Repita o movimento várias vezes sentindo a<br />

musculatura da região lombar se alongando. Não induza o<br />

movimento; o trabalho é <strong>de</strong> soltura! Depois trabalhe o outro lado.


- Deitado em Decúbito Lateral:<br />

Deitado <strong>de</strong> lado po<strong>de</strong>mos soltar na gravida<strong>de</strong> os membros para<br />

frente ou para trás do tronco, dando espaço aos músculos que os<br />

pren<strong>de</strong>m ao tronco.<br />

Ênfase do Alongamento na Região<br />

Torácica da Coluna: Deitado <strong>de</strong> lado, pernas uma sobre a outra,<br />

joelhos flexionados, braço <strong>de</strong> baixo perpendicular ao corpo, soltar a<br />

perna que está em cima para frente do tronco e o braço que está<br />

em cima para trás. Na expiração acentue a rotação do quadril para<br />

frente e a rotação da cintura escapular para trás.<br />

Na inspiração relaxe. Depois trabalhe o outro lado.<br />

- Sentado:<br />

Sentado, com uma posição cômoda das pernas, po<strong>de</strong>mos sentir o<br />

apoio do osso ísquio no chão (0 cóccix não chega a encostar no<br />

chão), e fazer um balanço do quadril para frente, para trás e para<br />

os lados, relaxando os músculos glúteos e o ânus. Sinta a coluna<br />

alinhada em cima do ísquio, sem estar abandonada para frente ou<br />

para trás, e nem estar hiperesticada numa posição falsamente<br />

alongada.<br />

Ênfase do Alongamento na Região<br />

Cervical da Coluna:<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 11<br />

Sentado, após o procedimento <strong>de</strong>scrito anteriormente, entrelace as<br />

mãos e apóie-se no osso occipital. Na expiração solte o pescoço<br />

para frente acentuando esta flexão com as mãos.<br />

Na inspiração volte à posição inicial.<br />

Alongamento Passivo:<br />

São movimentos realizados por uma pessoa atuando no corpo <strong>de</strong><br />

outra, que <strong>de</strong>verá estar relaxada, passiva para receber a atuação da<br />

primeira.<br />

Os movimentos, da mesma forma que os alongamentos ativos, <strong>de</strong>vem<br />

ser feitos na expiração e, quem está atuando, <strong>de</strong>ve respirar junto com<br />

quem está recebendo, numa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> harmonia.


- Em Decúbito Ventral:<br />

Ênfase do Alongamento na Região lombar da Coluna.<br />

Segurar nas pernas do massageado um pouco acima dos maléolos<br />

e na expiração esticar os membros inferiores para baixo. Na<br />

inspiração volte à posição inicial.<br />

- Em Decúbito Dorsal:<br />

Ênfase do Alongamento na Região Cervical da Coluna.<br />

Segurar a cabeça do massageado e fazer pequenos movimentos<br />

até senti-la solta em suas mãos. Os joelhos do massageado<br />

<strong>de</strong>vem estar flexionados. Na expiração, leve a uma flexão anterior<br />

do pescoço; na inspiração, volte à posição inicial.<br />

O massageado não <strong>de</strong>ve ajudar no movimento!<br />

- Sentado:<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 12<br />

Ênfase do Alongamento da Coluna.<br />

Massageado em posição cômoda, braços soltos, Segurar nos braços<br />

pelos pulsos; elevar os braços para cima e, com inspiração, esticar os<br />

braços para cima; retornar lentamente até a posição inicial, com os<br />

braços elevados.<br />

O homem, enquanto bípe<strong>de</strong>, parte do referencial estrutural na posição<br />

em pé.<br />

O seu equilíbrio psicossomático verificou-se na sua harmonização<br />

corporal vertical.<br />

O trabalho <strong>de</strong> alongamento dos músculos posteriores, na concepção<br />

em que vimos, encaminhará o corpo a estar preparado para encontrar o<br />

seu eixo cm pé; a partir daí, os músculos da função dinâmica atuarão<br />

através do seu potencial <strong>de</strong> contração / relaxamento - possibilitando ao<br />

corpo uma ampla movimentação. O trabalho <strong>de</strong> contração muscular que<br />

não parte <strong>de</strong>sse procedimento se fará apenas tonificando músculos<br />

específicos, sem a relação <strong>de</strong>sses músculos com o todo do corpo,<br />

distanciando assim a possibilida<strong>de</strong> da pessoa encontrar o seu eixo em<br />

pé.<br />

Na posição em pé, sinta o seu corpo relacionando parte por parte<br />

(referência na <strong>de</strong>scrição feita em verificação <strong>de</strong> um corpo em pé). A partir


daí experimente movimentos <strong>de</strong> soltura, para todos os lados, <strong>de</strong> cada<br />

dobradiça do corpo.<br />

- a cabeça,<br />

- o pescoço,<br />

- o tórax,<br />

- o tronco na altura da crista ilíaca (acima do quadril),<br />

- todo o tronco na altura da articulação coxo-femural,<br />

- os joelhos e<br />

- os pés.<br />

Depois parta para movimentos <strong>de</strong> locomoção: andar, correr, saltar, girar e<br />

mais o que você tiver vonta<strong>de</strong>!<br />

Perceba que o movimento é à saída do eixo, com a projeção do corpo<br />

no espaço, seguido do retorno ao eixo.<br />

Po<strong>de</strong>mos Dançar como um Deus?<br />

A autora: - Marjorie Ribeiro Evangelista<br />

Tem curso <strong>de</strong> formação em Yoga e <strong>Massagem</strong>, fazendo parte, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

fundação, da diretoria da Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> <strong>de</strong><br />

Guarulhos. Marjorie procura unir o que há <strong>de</strong> belo e nobre na prática do<br />

Yoga à preparação do profissional do toque.<br />

Um Ser Apren<strong>de</strong>u a Dançar<br />

Antes observou, <strong>de</strong>pois copiou os movimentos e então começou a<br />

exercitar-se.<br />

A partir daí ele pô<strong>de</strong> criar, brincar, saltar e dançar. Eram posições<br />

firmes e agradáveis, posições que brotavam do seu interior.<br />

Essa é uma lenda antiga, que diz que o Yoga surgiu na Terra, quando<br />

um peixe assistiu ao Deus Shiva ensinar a sua esposa, Parvati, os<br />

exercícios <strong>de</strong> Yoga. O peixe imitou Parvati, praticou e transformou-se em<br />

homem.<br />

E Nós Homens?<br />

Atualmente, po<strong>de</strong>-se constatar que as aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> ginástica<br />

ganham cada vez mais a<strong>de</strong>ptos, interessados nas diversas alternativas<br />

corporais oferecidas.<br />

O que as pessoas estão procurando é um tipo <strong>de</strong> exercício físico<br />

ativo, do qual elas possam obter não somente o equilíbrio orgânico, mas<br />

principalmente adquirir formas i<strong>de</strong>ais, <strong>de</strong>ntro dos padrões <strong>de</strong> beleza e<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 13<br />

estética corporal <strong>de</strong>sta época.<br />

Enfim, parece que o interesse maior verifica-se apenas no plano<br />

estético.<br />

É possível movimentar o corpo <strong>de</strong> várias maneiras, porém, o<br />

importante mesmo é interiorizar o movimento, a ação, ou seja, resgatar a<br />

consciência corporal, que possibilita o autoconhecimento, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e a sensibilida<strong>de</strong>.<br />

Quem vai nessa direção po<strong>de</strong> chegar à essência da vida,<br />

aperfeiçoando-se pelas próprias vivências.<br />

O aperfeiçoamento vem com o <strong>de</strong>senvolvimento das potencialida<strong>de</strong>s,<br />

com a expansão para além dos limites conhecidos e com a busca da<br />

criativida<strong>de</strong>. Através da prática consciente, a transformação instala-se, e<br />

o homem <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser peixe e passa a ser homem, capaz <strong>de</strong> reconhecerse<br />

e manifestar-se espontânea e autenticamente.<br />

Saú<strong>de</strong> e Boa Forma!<br />

Po<strong>de</strong>-se obter saú<strong>de</strong> e boa forma alimentando-se bem, dormindo<br />

bem, respirando corretamente, ativando, a fim <strong>de</strong> polarizar as energias<br />

que circulam pelos canais mais sutis do nosso corpo, os Meridianos.<br />

Os órgãos e funções do corpo conseguem atingir um equilíbrio<br />

orgânico naturalmente, ou seja, através do próprio corpo, pelo trabalho<br />

<strong>de</strong> estimulação ou sedação dos pontos dos Meridianos.<br />

O Preparo Físico<br />

A maioria das pessoas quer preparar o seu físico com finalida<strong>de</strong>s<br />

diversas. Esses objetivos variam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> adquirir-se um corpo escultural,<br />

digno do verão carioca, até manter o corpo simplesmente saudável,<br />

energizado e sem tensões.<br />

Cada corpo tem uma linguagem e se manifesta <strong>de</strong> forma diferente <strong>de</strong><br />

outro.<br />

Há pessoas que se realizam, i<strong>de</strong>ntificam-se e harmonizam-se com a<br />

dança; outras preferem nadar, correr ou jogar tênis. Há também pessoas<br />

que fazem uso da massagem, técnica milenar que reequilibra o fluxo<br />

energético e ajuda na prevenção <strong>de</strong> doenças.<br />

A linguagem utilizada pela massagem é o tato. Esse funciona como<br />

forma <strong>de</strong> leitura corporal, pressão sobre pontos, contato sensitivo e troca<br />

<strong>de</strong> energia.<br />

O uso da massagem torna o corpo mais equilibrado e a pessoa mais<br />

disposta e saudável. A massagem é uma forma <strong>de</strong> manter o corpo<br />

preparado para o dia-a-dia, sendo também um carinho muito gostoso <strong>de</strong><br />

se dar e <strong>de</strong> se receber.


As Memórias Musculares<br />

Os nossos sentimentos e todas as nossas emoções estão registrados<br />

na massa muscular. Os músculos são, na verda<strong>de</strong>, gran<strong>de</strong>s receptores<br />

das vivências, arquivando-as.<br />

Muita gente tem dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se manifestar, <strong>de</strong> se comunicar e se<br />

relacionar, enfim, dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver bem a vida.<br />

Essas barreiras estão registradas por todo o corpo e se localizam em<br />

pontos frágeis: na área dos olhos, garganta, boca no peito, na região do<br />

estômago e no ventre.<br />

A tensão e o enrijecimento dos feixes musculares dão origem a uma<br />

couraça viva. Com isso, a vitalida<strong>de</strong>, o equilíbrio físico e psíquico ficam<br />

afetados.<br />

Os músculos constituem aproximadamente 50% do nosso peso.<br />

Quando eles são contraídos amam na circulação sanguínea, nos<br />

sistemas digestivos, urinário e afetam os movimentos do tórax, do<br />

diafragma e do abdômen durante a respiração.<br />

Os músculos revestem nosso esqueleto e dão forma e movimento ao<br />

corpo.<br />

Não é isso que todos buscam: forma e movimento? Para a maioria<br />

das pessoas <strong>de</strong> todo o mundo, o corpo ainda é uma estrutura muita<br />

mecânica, que sempre po<strong>de</strong> ser consertada por alguém, quando quebra.<br />

O gran<strong>de</strong> segredo <strong>de</strong> ter um corpo belo e saudável, conquistar uma<br />

vida mais longa, possuir vitalida<strong>de</strong> está na cabeça, no coração e no sexo<br />

<strong>de</strong> cada um.<br />

Somos capazes <strong>de</strong> manter a nossa própria saú<strong>de</strong>?<br />

É claro que não po<strong>de</strong>mos, <strong>de</strong> uma hora para outra, liberar todas as<br />

tensões, mas po<strong>de</strong>mos respirar mais corretamente, po<strong>de</strong>mos relaxar e<br />

adotar posições físicas equilibradas.<br />

Série <strong>de</strong> Exercício: Para Conscientização do Corpo<br />

1. Toque o Seu Corpo Todos os dias<br />

Você po<strong>de</strong> fazê-lo ao acordar, antes do banho, ao trocar <strong>de</strong> roupa ou<br />

mesmo durante o banho, aproveitando para massagear-se com uma<br />

escova <strong>de</strong> cerdas naturais ou bucha vegetal, que vai remover as<br />

impurezas impregnadas na pele, <strong>de</strong>ixando os poros <strong>de</strong>sobstruídos.<br />

A intenção é <strong>de</strong> que o toque seja uma automassagem, um<br />

reconhecimento diário do corpo.<br />

O massageamento <strong>de</strong>ve ser feito <strong>de</strong> baixo para cima, ou seja, dos pés<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 14<br />

para a cabeça, começando pelos pés, indo pela parte interna das<br />

pernas e <strong>de</strong>scendo pela lateral externa. Depois massageie do ventre<br />

ao pescoço, as costas e as ná<strong>de</strong>gas, <strong>de</strong>scendo novamente, agora<br />

pela parte posterior das pernas até os calcanhares. Faça também<br />

movimentos <strong>de</strong>strógiros (no sentido horário), seja suave nas partes<br />

mais sensíveis, massageie a face e o couro cabeludo com a ponta dos<br />

<strong>de</strong>dos, sentindo a musculatura e os ossos.<br />

2. Olhar no Espelho Todos os Dias<br />

Observe-se sem roupas, observe suas formas e sua pele.<br />

A pele e a expressão do rosto nunca mentem, são um termômetro<br />

para saber se você está bem ou não.<br />

Quando a expressão facial for tranqüila, serena e alegre e a pele, não<br />

só do rosto, mas do corpo todo, estiver macia, lisa e gostosa, é sinal<br />

<strong>de</strong> que você está cuidando do seu corpo.<br />

3. Respiração Abdominal<br />

Escolha um local confortável e silencioso.<br />

Deite-se <strong>de</strong> costas e relaxe, afastando os braços e as pernas; coloque<br />

o dono das mãos no chão, perceba o ar entrando, projetando o ventre<br />

e perceba o ar saindo, recolhendo-o.<br />

4. Exercícios <strong>de</strong> Descontração<br />

Separe os pés na largura dos ombros, <strong>de</strong>ixando os pés paralelos. Os<br />

ombros e a cabeça no prolongamento da coluna, braços soltos ao<br />

longo do corpo e os olhos fechados. Relaxe!<br />

A partir da posição anterior comece a balançar o tronco. Nesse giro,<br />

um ombro vai para frente e o outro para trás. Os braços soltos c<br />

pen<strong>de</strong>ntes acompanham o movimento, que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scontraído.<br />

5. Exercícios Para Liberar Tensões e Toxinas<br />

Mantenha a posição inicial (Adyásana) e inspire elevando os braços<br />

para frente e para cima; retenha o ar por alguns segundos e expire<br />

abaixando rapidamente os braços e o tronco para frente, expulsando o<br />

ar energicamente pela boca, emitindo a sílaba Ha em tom alto e forte.<br />

Sente-se sobre os calcanhares, coloque as mãos nos joelhos. Inspire<br />

inclinando suavemente a cabeça para trás e expire com vigor pela<br />

boca esticando os braços, afastando os <strong>de</strong>dos das mãos, arregalando


os olhos e, ao mesmo tempo, colocando a língua para fora.<br />

6. Exercícios <strong>de</strong> Purificação Visual<br />

Para melhorar os olhos, sente-se com as pernas cruzadas à frente do<br />

corpo, estenda o braço esquerdo à frente, fechando a mão e elevando<br />

o polegar. Olhe fixamente para o seu <strong>de</strong>do e. sem <strong>de</strong>ixar tombar a<br />

cabeça, inspire e solte o ar, movimentando o braço para a lateral<br />

esquerda, levando o polegar até o ângulo máximo <strong>de</strong> visão. Volte<br />

inspirando e repita igualmente para o lado direito.<br />

7. Relaxamento<br />

Deite-se em local agradável e numa posição confortável.<br />

Respire bem profundamente por algumas vezes e a cada expiração,<br />

relaxe. Depois respire naturalmente, <strong>de</strong>ixando o corpo bem solto.<br />

Entregue-se a esse estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontração e sinta-se cada vez mais<br />

leve.<br />

Para retornar do relaxamento, auto-induzido, basta respirar<br />

profundamente.<br />

Se <strong>de</strong>sejar <strong>de</strong>senvolver melhor a técnica, estu<strong>de</strong> e pratique sobre<br />

esse tema.<br />

Algumas Dicas e Exercícios <strong>de</strong> Alongamento<br />

Preparar o corpo para torná-lo solto é tornar-se consciente da energia<br />

que possuímos, tornar-se sensível e <strong>de</strong>scontraído ao toque, para que se<br />

possa perceber e sentir os diferentes níveis da energia vital e seu<br />

percurso.<br />

Assim como a massagem, os alongamentos <strong>de</strong>vem fazer parte da<br />

nossa vida diária.<br />

A respiração <strong>de</strong>ve ser lenta, expirando-se ao alongar. O importante é<br />

apren<strong>de</strong>r a relaxar para que os músculos possam ser alongados.<br />

O alongamento torna-se um método preventivo a lesões, tais como as<br />

distensões musculares, já que um músculo forte e previamente alongado<br />

resiste melhor a tensões do que um músculo forte e não alongado. O<br />

alongamento prepara o corpo para as ativida<strong>de</strong>s físicas para o dia-a-dia e<br />

<strong>de</strong>senvolve a consciência corporal.Alongando-se as várias partes do<br />

corpo, entra-se em contato com as mesmas e isso leva ao<br />

autoconhecimento.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 15<br />

O alongamento é uma técnica afim com a massagem, pois um corpo<br />

equilibrado e saudável torna-se muito mais receptivo ao toque e mais<br />

sensível ao fluxo energético dos Meridianos.<br />

Um Corpo Flexível<br />

O que é ser flexível?<br />

Po<strong>de</strong>ria se dizer que ser flexível é conseguir fazer todos aqueles<br />

exercícios mais difíceis da ginástica, do Yoga, do Ballet, etc. A<br />

flexibilida<strong>de</strong> do corpo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da movimentação com entrega e<br />

consciência. Algumas pessoas têm mais flexibilida<strong>de</strong>, outras menos.<br />

Cada corpo conta uma história e cada história resulta num corpo mais<br />

rígido ou mais solto.<br />

Como ninguém gosta <strong>de</strong> ser rígido, duro e inflexível, o que fazer para<br />

mudar?<br />

Começar <strong>de</strong>dicando-se atenção, ou seja, tomar consciência <strong>de</strong> que<br />

algo não vai bem com o seu corpo e adotar um tipo <strong>de</strong> trabalho para<br />

inicialmente abrir-se caminho e <strong>de</strong>pois partir para um trabalho mais<br />

profundo e <strong>de</strong> efeito mais direto.<br />

A rigi<strong>de</strong>z é a conseqüência das tensões diárias e po<strong>de</strong>mos eliminá-la<br />

ou diminuí-la através da prática <strong>de</strong> alguns exercícios que alongam a<br />

nossa musculatura e liberam os nossos movimentos.<br />

Alongar é dar <strong>de</strong> volta aos músculos a elasticida<strong>de</strong> que tínhamos<br />

quando crianças. Assim po<strong>de</strong>mos retomar, a tempo, a alegria, a energia,<br />

o dinamismo e a criativida<strong>de</strong>.<br />

Devemos realizar todos os alongamentos sem sentir dor ou<br />

<strong>de</strong>sconforto, para sentir prazer e <strong>de</strong>scontração.<br />

Pessoas <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m executá-los, porém não <strong>de</strong>vemos<br />

nunca violentar o nosso corpo.<br />

Observe sempre a respiração a<strong>de</strong>quada e concentre-se em cada<br />

movimento. Tenha atenção para as indicações e advertências <strong>de</strong> cada<br />

exercício.


Alongando as Partes do Todo<br />

Série <strong>de</strong> Exercícios:<br />

• Pés e Tornozelos:<br />

Gire o tornozelo no sentido horário e <strong>de</strong>pois anti-horário, faça o<br />

movimento mais amplo possível.<br />

• Pescoço:<br />

Gire a cabeça fazendo um círculo completo, as costas <strong>de</strong>vem estar<br />

eretas. Permaneça, se tiver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alongar uma área<br />

mais rígida e tensa, mas não force. Relaxe, solte-se.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 16<br />

• Região Lombar, Quadris e Tendões:<br />

Fique na posição e mantenha-se estável e confortável. Solte a<br />

cabeça e <strong>de</strong>ixe pen<strong>de</strong>rem os braços.<br />

Não coloque peso no lugar errado. Quando o corpo estiver<br />

relaxado, o alongamento estará funcionando com eficiência. Apóiese<br />

nos ombros e utilize as mãos nas costas, se necessário.


• Cintura, Lateral do Tronco e Tendões:<br />

Incline lateralmente o tronco <strong>de</strong>ixando uma das mãos no joelho<br />

contrário (mão direita no joelho esquerdo) e a outra mão<br />

segurando o ponto mais distante (mão esquerda no pé direito).<br />

• Virilha e Região Lombar da Coluna:<br />

Os exercícios <strong>de</strong> abertura pélvica requerem tempo e regularida<strong>de</strong>.<br />

Realize as aberturas, tanto laterais como as frontais,<br />

confortavelmente. Inicie inspirando, expire ao alongar e permaneça<br />

com a respiração livre.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 17<br />

• Tórax, Ombros e Braços:<br />

Alongue os braços, os ombros e o peito. Mantenha o peito para<br />

fora e a cabeça no prolongamento da coluna.<br />

Não ultrapasse o seu ponto máximo, respeite os seus limites.


• Virilha e Quadris:<br />

Não <strong>de</strong>sloque os quadris para trás, senão a região lombar sofrerá<br />

pressão. Mantenha a coluna ereta. Você <strong>de</strong>ve se sentir bem e não<br />

necessariamente flexível.<br />

• Região Cervical da Coluna:<br />

Inspire, solte o ar e permaneça respirando normalmente.<br />

Somente a cabeça sai do chão para não enrijecer a musculatura<br />

do abdômen.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 18<br />

Alongando o Corpo Todo:<br />

Alongue o corpo todo <strong>de</strong> uma só vez e <strong>de</strong>pois faça um<br />

espreguiçamento.


• Para o Rosto:<br />

Para eliminar a tensão da face, movimente a musculatura<br />

fazendo caretas para alongar ao redor do nariz, do queixo e ao<br />

redor dos olhos.<br />

Abra a boca, arregale os olhos e erga as sobrancelhas.<br />

Depois sorria! Falar do corpo e das várias formas <strong>de</strong> mantê-lo<br />

saudável e bonito é uma maneira <strong>de</strong> mostrar às pessoas como<br />

viver bem.<br />

Estamos vivos e só vamos apren<strong>de</strong>r a viver vivendo e<br />

conhecendo as várias alternativas <strong>de</strong> manter o equilíbrio físico e<br />

mental.<br />

Este livro traz não somente alternativas <strong>de</strong> como viver com<br />

saú<strong>de</strong>, mas também mostra o lado mágico, sensível e palpável,<br />

que é essa forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir e vivenciar o tato enquanto<br />

reequilíbrio e troca energética.<br />

Fazer massagem é muito bom. Receber uma massagem é bom<br />

e gostoso; e isso fica ainda melhor, quando há o conhecimento e o<br />

domínio <strong>de</strong> algumas técnicas.<br />

As técnicas orientais e oci<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong> massagem, combinadas e<br />

aplicadas com criativida<strong>de</strong>, trazem-nos o equilíbrio do<br />

funcionamento orgânico, aquele que per<strong>de</strong>mos no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> uma<br />

vida se<strong>de</strong>ntária, cheia <strong>de</strong> imprevistos.<br />

Nenhuma verda<strong>de</strong> é plena, assim como nada é plenamente Yin<br />

nem Yang. ''Para que uma força positiva exista é necessário à<br />

existência <strong>de</strong> uma força <strong>de</strong> polarida<strong>de</strong> negativa. Cada uma contém<br />

uma pequena porção da outra em si mesma, transpotando parte da<br />

outra em seu fluxo. É do equilíbrio <strong>de</strong>ssas duas forças que o<br />

universo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>"<br />

E como me disse, certa vez, o autor:<br />

Pratique e comprove!<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 19<br />

Seqüência <strong>de</strong> Automassagem<br />

Preparativos:<br />

- Iniciar sentado, costas eretas,<br />

posição cômoda;<br />

- concentração com olhos<br />

fechados, respiração calma; -<br />

afastar pensamentos e voltar à<br />

atenção para si mesmo;<br />

- atritar as mãos e voltar a<br />

atenção para elas (mãos);


- colocar as mãos sobre o rosto,<br />

(cobrindo-o) e transmitir-lhe<br />

carinho e energia.<br />

Rosto:<br />

Fricção linear ou circular:<br />

- a mandíbula, a gengiva inferior<br />

e as glândulas salivares;<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 20<br />

- a articulação da mandíbula;<br />

- os maxilares, a gengiva<br />

superior, o zigomático e o arco<br />

zigomático;<br />

- o pavilhão da orelha. o lóbulo<br />

(beliscando);<br />

- seguindo o <strong>de</strong>senho interno<br />

das orelhas com as pontas<br />

dos indicadores;<br />

- tampando os ouvidos por 10<br />

segundos (pressão sobre o<br />

trago);<br />

- <strong>de</strong>slizando os oito <strong>de</strong>dos pela<br />

testa, 4 para cada lado, fricção<br />

circular sobre as têmporas;


- pressão sobre os pontos: canto interno da órbita ocular (B1), canto<br />

externo da órbita ocular (VB1), encontro das sobrancelhas (ponto<br />

extra), final das sobrancelhas (TA23);<br />

- massageando com cuidado os<br />

globos oculares, com pressão<br />

suave sobre as pâlpebras;<br />

- <strong>de</strong>slizando pelas vertentes do<br />

nariz e saindo lateralmente<br />

sobre o zigomático.<br />

A Cabeça:<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 21<br />

- Friccionar com a polpa dos<br />

<strong>de</strong>z <strong>de</strong> dos o couro cabeludo;<br />

- pressionar com eminências<br />

tênar e hipotênar (lateral e<br />

frontalmente) a caixa craniana;<br />

- puxar pequenos maços <strong>de</strong><br />

cabelo até a totalida<strong>de</strong> dos<br />

fios, vitalizando assim, as<br />

raízes;


- tamborilando o couro cabeludo<br />

com os nós dos <strong>de</strong>dos;<br />

- pressionar logo abaixo da<br />

caixa craniana, acima dos<br />

músculos que la<strong>de</strong>iam a<br />

coluna cervical, no ponto<br />

(VB20).<br />

Nuca e Ombros:<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 22<br />

- Pinçando os músculos da<br />

nuca, da cabeça para baixo<br />

(repetindo);<br />

- pinçando os ombros do centro<br />

para as laterais;<br />

- segurar a nuca e girar a<br />

cabeça: cima/abaixo/lateral e<br />

giro do nariz;<br />

- pinçar com uma das mãos o<br />

ombro oposto, enquanto<br />

giramos o ombro, 360º; repetir<br />

do outro lado da mesma<br />

forma.


As Costas e a Coluna:<br />

- Elevar os braços e dobrar para<br />

trás, caminhando com as<br />

mãos para baixo (partindo dos<br />

ombros) em direção à cintura;<br />

- unir as mãos às costas, uma<br />

por baixo e outra por cima, e<br />

flexionar o tronco para frente<br />

expirando; repetir trocando os<br />

braços (Gomukásana);<br />

- <strong>de</strong>itar em <strong>de</strong>cúbito dorsal e<br />

iniciar a massagem na coluna<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 23<br />

Cóccix e Sacra: com as pernas dobradas girar a base da coluna<br />

(como Mata-Borrão), para cima e para baixo, e lateralmente <strong>de</strong>itando<br />

as pernas até tocar com os joelhos no chão.


Lombar: segurar os joelhos com as mãos e aproximar os joelhos do<br />

tronco, soltando o ar, observando a coluna lombar, o toque <strong>de</strong> cada<br />

vértebra no chão.<br />

Torácica: pés no chão, pernas flexionadas, elevar o quadril e abaixá-lo<br />

lentamente, soltando o ar quando eleva o quadril, sentindo o contato<br />

do chão.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 24<br />

Cervical: para esta parte da coluna há 2 opções <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das<br />

condições da pessoa: 1.ª opção: apenas elevar a cabeça do chão,<br />

girando a cabeça lentamente, soltando o ar, e baixá-la, também<br />

lentamente. (Tocando com os <strong>de</strong>dos nas vértebras cervicais.).<br />

2.ª opção: (para os mais flexíveis): elevar as pernas e o quadril do<br />

solo, apoiando com as mãos no quadril, e os cotovelos no chão.<br />

Movimentar lentamente as pernas, aumentando e diminuindo a<br />

curvatura cervical.


O Abdome:<br />

Iniciar em <strong>de</strong>cúbito dorsal, com as pernas flexionadas, pés no chão,<br />

com a ponta dos <strong>de</strong>dos massagear o intestino grosso, subindo pela<br />

direita, seguindo o cólon ascen<strong>de</strong>nte, atravessar para a esquerda,<br />

seguindo o cólon transverso e <strong>de</strong>scer pelo cólon <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte. Repetir<br />

3 vezes esta seqüência lentamente e com a musculatura abdominal<br />

solta.<br />

- pressionar repetidamente, ponto a ponto, a linha média anterior,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o púbis até a clavícula. Usar as pontas dos <strong>de</strong>dos em todo o<br />

trajeto, com exceção do plexo solar, que <strong>de</strong>ve ser tocado com as<br />

eminências tênar e hipotenar.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 25<br />

- Escolher 8 pontos à volta do umbigo, (traçando duas cruzes) e<br />

pressioná-los com o polegar, no sentido horário para intestinos<br />

normais ou presos e no sentido anti-horário para intestinos soltos.<br />

- Com as pontas dos 8 <strong>de</strong>dos, pressionar por baixo das costelas,<br />

visando à massagem dos órgãos profundos, lenta e<br />

profundamente.


O Tórax:<br />

- Massagear com a ponta dos <strong>de</strong>dos os espaços intercostais.<br />

- As meninas e senhoras, tomem cuidado especial na massagem<br />

das mamas, evitando a pressão sobre as glândulas mamárias -<br />

movimento circular leve, com tendência a elevar a musculatura da<br />

mama.<br />

- Massagear a clavícula, do centro para as laterais.<br />

Os Braços:<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 26<br />

- Iniciar com percussão <strong>de</strong> mão<br />

fechada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ombro até a<br />

mão, com a palma da mão para<br />

a cima.<br />

- Voltar percutindo com a palma<br />

da mão para baixo, na face<br />

externa do braço, até o ombro<br />

novamente.<br />

- Tocar com atenção as<br />

articulações: ombro, cotovelo<br />

e pulso.<br />

- Terminar <strong>de</strong>slizando e<br />

friccionando ligeiramente o<br />

braço e o antebraço (seguindo<br />

a corrente <strong>de</strong> energia,<br />

conforme <strong>de</strong>scrição das<br />

percussões acima).


As Mãos:<br />

- Iniciar atritando bem as palmas das mãos, e também o dorso das<br />

mãos. Depois cuidar dos <strong>de</strong>dos atentamente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a articulação com<br />

a mão, até a extremida<strong>de</strong>. Pressionar as extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada <strong>de</strong>do.<br />

- Flexionar os <strong>de</strong>dos,<br />

pressionando as articulações<br />

entre as falanges, sem es talar<br />

propositadamente (mas se isto<br />

ocorrer não há problema),<br />

fazendo com que a energia se<br />

<strong>de</strong>sprenda.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 27<br />

- Massagear a palma da mão,<br />

ponto a ponto,<br />

principalmente o ponto mais<br />

profundo quando a mão está<br />

em concha.<br />

Terminar massageando o dorso da mão, trabalhando entre os<br />

metacarpianos, longitudinalmente.<br />

A Pélvis, as Coxas e as Pernas:<br />

- Deitado em <strong>de</strong>cúbito dorsal, unir os pés pelas solas e afastar os joelhos.<br />

Levando-as até a pélvis, massagear com atenção toda musculatura,<br />

ossos e tendões, observando dores e <strong>de</strong>sconfortos.


- Sentar e, ainda com os pés<br />

unidos e joelhos afastados,<br />

massagear a curvatura dos<br />

pés, com os polegares.<br />

- Depois, percutir <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

calcâneo até o alto das coxas,<br />

com as mãos fechadas e<br />

movimento ritmado. Sempre<br />

dos pés para o quadril, pela<br />

parte interna da perna e da<br />

coxa. Repetidamente.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 28<br />

- Unir agora os joelhos<br />

elevados, com os pés no<br />

chão e percutir pelo lado<br />

externo da coxa e da perna,<br />

sempre do quadril para o pé.<br />

Repetidamente.<br />

- Dar atenção aos joelhos e<br />

tornozelos, tocando<br />

atentamente nestas<br />

articulações.<br />

Os Pés:<br />

- Iniciamos com a massagem das solas dos pés, com os polegares<br />

pressionando cada ponto, cobrindo toda a superfície dos pés. Percutir<br />

com a mão fechada, sobre o calcâneo, e <strong>de</strong>pois com a mão aberta,<br />

por toda a sola do pé.


- Trabalhar os artelhos com o<br />

mesmo cuidado que os<br />

<strong>de</strong>dos da mão e <strong>de</strong> forma<br />

semelhante.<br />

- O dorso do pé é trabalhado<br />

seguindo os espaços entre os<br />

metatarsianos.<br />

Origens<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 29<br />

<strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong><br />

Em primeiro lugar, para esclarecimentos, é preciso dizer que a<br />

expressão medicina oriental é na verda<strong>de</strong> muito ampla para ser<br />

significativa. Mas eu a uso <strong>de</strong> maneira especial, geralmente bem aceito<br />

hoje em dia, para indicar a medicina que se originou na China e chegou<br />

ao Japão através da Coréia. Medicina Chinesa ou Kampo po<strong>de</strong> ser<br />

dividida em duas, chaves principais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Sistemas <strong>de</strong><br />

terapia que se <strong>de</strong>senvolveram na área do Rio Amarelo incluem<br />

Acupuntura, Moxa e Massagens Anma, todas elas amplamente<br />

praticadas no Japão nos dias atuais.<br />

As origens primitivas da Acupuntura e do Moxa estão intimamente<br />

relacionadas à natureza da terra banhada pelo Rio Amarelo. Ali o solo é<br />

estéril; embora ainda existam rochas e gran<strong>de</strong>s pedras, a vegetação é<br />

geralmente constituída <strong>de</strong> mato rasteiro e <strong>de</strong> uma planta conhecida como<br />

Artemísia (mugwort). Conseqüentemente, quando as pessoas se<br />

machucavam <strong>de</strong> maneira a formar pus, era natural que usassem<br />

pequenas lascas <strong>de</strong> pedra para punctuar a ferida e estagnar a<br />

supuração.<br />

Similarmente, quando alguma outra parte do corpo falhasse em sua<br />

função, eles aplicavam pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Artemísia seca à área e<br />

punham fogo. O calor localizado produzido pela Artemísia em chamas<br />

fornecia-lhes alívio. Nesta época <strong>de</strong>senvolveram-se a Acupuntura e o<br />

Moxa.<br />

A <strong>Massagem</strong> Anma teve início através do simples hábito <strong>de</strong><br />

pressionar e esfregar as mãos e pés com as pontas dos <strong>de</strong>dos ou palmas<br />

das mãos. Após séculos <strong>de</strong> experiência prática com estes tratamentos,<br />

os chineses apreen<strong>de</strong>ram os pontos do corpo on<strong>de</strong> Acupuntura e Moxa<br />

produzem efeitos máximos.<br />

Em contraste com esta facção nortista da medicina chinesa, a região<br />

sulista em volta do Rio Yangtze produziu seu próprio sistema, este<br />

também baseado na natureza da terra. Na região sul da China, a terra é<br />

rica, e plantas <strong>de</strong> todos os tipos crescem em profusão.<br />

Quando os habitantes <strong>de</strong>sta área adoeciam, misturavam preparados<br />

medicinais <strong>de</strong> raízes secas, plantas e cascas <strong>de</strong> árvores. Por algum<br />

tempo ambos os sistemas coexistiram sem qualquer interpretação<br />

significativa. Mas, quando a Dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) unificou as<br />

nações, as duas se juntaram para formar o que hoje é conhecido como<br />

Medicina Chinesa ou Kampo (a primeira sílaba Kam é uma variação<br />

fonética <strong>de</strong> Kan, a leitura japonesa do caráter usado para escrever o<br />

nome da Dinastia Han).<br />

A medicina chinesa <strong>de</strong>ste tipo composto chegou ao Japão no Século


VI (Período Asuka) e foi o principal meio medicinal até o fim do período<br />

Edo (1615 a 1868).<br />

Após o início do período Meiji (1868 a 1912) a influência oci<strong>de</strong>ntal<br />

invadiu a nação e, com ela, a medicina oci<strong>de</strong>ntal que tomou lugar da<br />

medicina chinesa como campo primordial <strong>de</strong> tratamento e pesquisa.<br />

Apesar disso, a medicina chinesa continua a ser popular e amplamente<br />

praticada nos dias atuais.<br />

Definição<br />

A <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> é um método terapêutico manual que se baseia<br />

na aplicação, em pontos específicos do corpo humano, <strong>de</strong> pressões, <strong>de</strong><br />

forma a eliminar a fadiga, <strong>de</strong> criar sensações agradáveis e a estimular as<br />

<strong>de</strong>fesas naturais do organismo.<br />

As Regras Principais da <strong>Massagem</strong> Chinesa<br />

Estas massagens, extremamente numerosas na medicina chinesa,<br />

nem sempre levam em conta o sentido da circulação <strong>de</strong> energia, elas se<br />

fazem geralmente com o polegar e compreen<strong>de</strong>m um <strong>de</strong>terminado<br />

número <strong>de</strong> características.<br />

Elas se fazem, antes <strong>de</strong> mais nada, seguindo um procedimento<br />

imutável que consiste em efetuar passagens sobre o trajeto a ser<br />

seguido, com pressão crescente, <strong>de</strong> forma que a primeira passada<br />

represente uma simples carícia, enquanto que na última passagem - em<br />

geral a vigésima - a massagem constitua-se numa forte pressão sobre o<br />

trajeto.<br />

A pressão do polegar sobre o ponto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong>ve ser a mesma até<br />

o fim do percurso, e esta pressão <strong>de</strong>ve permanecer a mesma durante<br />

todo o trajeto da massagem.<br />

O trajeto <strong>de</strong>ve ser respeitado <strong>de</strong> um modo bastante preciso para não<br />

se invadir territórios vizinhos, cujos meridianos não tenham necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> serem tocados.<br />

Ocorre que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a massagem se faça ao longo <strong>de</strong> um<br />

meridiano conheci do, <strong>de</strong>ve-se proce<strong>de</strong>r à massagem <strong>de</strong> um ou vários<br />

pontos específicos, pressionando-os, o que não é habitual na massagem<br />

clássica.<br />

Po<strong>de</strong>-se, por fim, ter <strong>de</strong> massagear-se longitudinalmente várias linhas<br />

<strong>de</strong> cada vez, ou seja, mais <strong>de</strong> um meridiano em cada trajeto, e procurar<br />

cuidadosamente em <strong>de</strong>terminados níveis aquilo que os chineses chamam<br />

<strong>de</strong> "o barbante", que parece ser uma contratura muscular localizada que<br />

<strong>de</strong>ve-se fazer <strong>de</strong>saparecer pela massagem.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 30<br />

As Formas da <strong>Massagem</strong> Chinesa no Adulto<br />

A Medicina Tradicional distingue oito formas <strong>de</strong> massagem no adulto.<br />

(I) O Tui (Deslizamento): se pratica com o polegar ou a eminência<br />

tenar.<br />

Compreen<strong>de</strong>:<br />

1) O Ping Tui (Deslizamento em Linha): é praticado sem interrupção<br />

no sentido longitudinal; por exemplo, sobre um meridiano. É indicado<br />

na massagem da caixa torácica, das regiões lombares e dos<br />

membros.<br />

2) O Tse Tui (Deslizamento Lateral): pratica-se igualmente sem<br />

interrupção, porém no sentido transversal; por exemplo, sobre os<br />

trajetos horizontais dos meridianos da cabeça ou dos ramos<br />

horizontais dos Vasos Maravilhosos como TaeMo ou vaso cintura.<br />

Indicação: cabeça e cintura, vasos maravilhosos.<br />

3) O Pae Tui (Deslizamento Vaivém): pratica-se <strong>de</strong> trás para frente ou<br />

da frente para trás, como uma plaina. Po<strong>de</strong>-se utilizá-la sobre a caixa<br />

torácica, costas e nos membros.<br />

4) O Chanta Tui (Deslizamento Semicircular): é praticado com o bordo<br />

distal do polegar, sobre o bordo da unha; quanto mais rápido o<br />

movimento, melhor o efeito. Ele é sobretudo recomendado na<br />

massagem ao longo das costelas e sobre o abdômen.<br />

(II) O Na (Pinçamento Vibratório): pratica-se um pinçamento no qual<br />

saco<strong>de</strong>-se ou faz-se vibrar a porção da pele pinçada - a princípio<br />

ligeiramente e <strong>de</strong>pois mais energicamente. Esse método lembra os<br />

pinçamentos terapêuticos vietnamitas que consistem em pinçar a região<br />

on<strong>de</strong> se acha um ponto conhecido na acupuntura chinesa para agir sobre<br />

um sintoma particular. Para melhor condicionar os músculos e as<br />

articulações distinguem-se as quatro técnicas seguintes:<br />

1) Chan Chuan Na (Rolar os Músculos): pren<strong>de</strong>m-se as massas<br />

musculares com as pontas dos <strong>de</strong>dos (polegar, indicador e médio) e<br />

faz-se um movimento <strong>de</strong> vaivém em linha reta ou em movimento<br />

circular. Utiliza-se bastante esta técnica no tratamento das algias das<br />

extremida<strong>de</strong>s dos membros e costas.<br />

2) Chin Si Na (Pinçar Dobrando-Pregueando a Pele): indicado na<br />

massagem do pescoço e da espádua-ombro. É praticado <strong>de</strong> uma<br />

forma análoga à da massagem por rolamento, apenas neste caso<br />

pregueando-se para frente e para trás sem se fazer rolamento sobre a<br />

pele.


3) Yo Na (Vibração): pren<strong>de</strong>-se a massa muscular entre os <strong>de</strong>dos e<br />

efetua-se movimento <strong>de</strong> vaivém fazendo vibrar energeticamente a<br />

região mantida entre os <strong>de</strong>dos. Esta técnica é sobretudo utilizada para<br />

os membros e tórax.<br />

4) Tou Na (Vibração Apoiada): coloca-se o polegar sobre a região a ser<br />

massageada e faz-se vibrar esta mão. Este método é o mesmo da<br />

massagem oci<strong>de</strong>ntal. Uso geral, nas costas.<br />

(III) O An (Pressão): pressiona-se a região a ser massageada, seja<br />

com a mão, seja com a extremida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>do. A pressão po<strong>de</strong> ser<br />

superficial, média ou profunda, e distinguem-se em duas técnicas:<br />

1) O Chin An: pressão com a ponta dos <strong>de</strong>dos. Trata-se <strong>de</strong> uma<br />

pressão suave, média ou forte, praticada com a polpa <strong>de</strong> um ou vários<br />

<strong>de</strong>dos sobre um ou vários pontos. Esta técnica é empregada para a<br />

cabeça, pescoço, costas e membros inferiores.<br />

2) O Tienn An: pressão com a extremida<strong>de</strong> do polegar em diversos<br />

lugares do corpo. Po<strong>de</strong> ser acrescentada uma pressão com o ín<strong>de</strong>x<br />

ou o <strong>de</strong>do médio, porém estando eles bem afastados dos outros. Esta<br />

técnica é utilizada em massagens em quaisquer partes do corpo.<br />

(lV) O Mo Fa (Fricção): trata-se <strong>de</strong> uma fricção rápida em vaivém e<br />

que se pratica em cada região, seja com a palma da mão ou com a<br />

eminência tenar. Indicação: costas/flancos. Deve-se tomar cuidado nas<br />

áreas com pêlos.<br />

(V) O Kim Fa (Vaivém com Pressão): nesta massagem a fricção é<br />

mais calcada (pressão forte) e mais lenta.<br />

(Vl) O Nieh Fa (Amassamento): esta técnica é diferente do<br />

amassamento clássico conhecido no Oci<strong>de</strong>nte. Pren<strong>de</strong>-se uma massa<br />

muscular entre o polegar e o indicador em forma <strong>de</strong> pinça e a manobra<br />

consiste em preguear primeiramente, <strong>de</strong>pois pinçar e soltar a massa<br />

muscular, em várias seqüências ao longo do trajeto do músculo<br />

passando-se do tendão da inserção inferior em direção ao tendão da<br />

inserção superior. Indicação: gran<strong>de</strong>s massas musculares.<br />

(V1I) O Chá Fa (Amassamento-Fricção): esta massagem é efetuada<br />

entre as duas palmas com as mãos e <strong>de</strong>dos entrelaçados, que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

pegar a massa muscular com pressão, executam uma fricção sobre a<br />

mesma. Ela é utilizada para os membros e a região lombar.<br />

(VIII) O Po Fa (Percussão): percute-se uma região com apenas um ou<br />

com vários <strong>de</strong>dos, a palma da mão, os bordos da mão, as costas da mão,<br />

ou ainda a mão fechada.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 31<br />

Quadro Simplificado dos Movimentos Chineses<br />

TUI (<strong>de</strong>slizamentos - polegares e eminências tenar e<br />

hipotenar).<br />

Ping Tui (em linha - polegares) lndicação: Tórax/lombar/membros.<br />

Tse Tui (lateral) Indicação: Cabeça/cintura.<br />

Pae Tui (vaivém-plaina) Indicação: Tórax/costas/membros.<br />

Chanta Tui (semicircular) Indicação: Costelas/abdome.<br />

NA (pinçamento vibratório) - polegar-indicador-médio ou<br />

polegar.<br />

Chan Chuan<br />

Na (pinçamento rolante) Indicação:<br />

Extremida<strong>de</strong>s/costas/algias.<br />

Chin Si Na (preguear e dobrar) Indicação: Abdome, Pescoço e<br />

espádua-ombro.<br />

Yo Na (pinçamento vibratório) lndicação: Membro/tórax<br />

Tou Na (vibração apoiada) Indicação: Geral/costas (polegares).<br />

AN (pressão)<br />

Chin An (pontas dos quatro <strong>de</strong>dos) Indicação:<br />

Cabeça/nuca/costas/membros.<br />

Tienn An (ponta do polegar) Indicação: Uso geral.<br />

MO FA (fricção rápida) Indicação: Costas/francos.<br />

KIM FA (vaivém com pressão) Indicação: Regiões muito tensas.<br />

NIEH FA (amassamento) Indicação: Gran<strong>de</strong>s massas musculares.<br />

CHA FA (amassamento-fricção) - Ambas as mãos - <strong>de</strong>dos<br />

entrelaçados.<br />

Indicação: Membros/lombar.<br />

PO FA (percussão) lndicação: Todo o corpo.<br />

Um <strong>de</strong>do, vários <strong>de</strong>dos, mão aberta, mão fechada.


Retirando os Bloqueios<br />

A Sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Quem Toca<br />

Tocar e ser tocado voltemos ao mesmo pretexto <strong>de</strong>ste livro. Há um<br />

sem-número <strong>de</strong> bloqueios no tocar e ser tocado, que muitas vezes não<br />

nos damos conta. Estes bloqueios po<strong>de</strong>m ser percebidos e trabalhados<br />

por diversos exercícios: - Reconhecimento <strong>de</strong> formas inanimadas, pelo<br />

tato (objetos).<br />

- Percepção do contato com material especial (areia, grãos, água,<br />

massa).<br />

- Sentindo o próprio corpo.<br />

- Contato <strong>de</strong> mãos com mãos.<br />

- Toque simultâneo do corpo <strong>de</strong> duas pessoas, com as mãos.<br />

- Toque simultâneo corpo com corpo, duas pessoas.<br />

- Exercícios <strong>de</strong> grupo:<br />

a) o círculo ou o trem;<br />

b) o ônibus ou o corredor;<br />

c) o caracol ou círculos concêntricos;<br />

d) pequenos grupos e o abraço e<br />

e) o neuro-táctil.<br />

COMO SÃO ESTES EXERCÍCIOS:<br />

- Reconhecimento <strong>de</strong> Formas Inanimadas, Pelo Tato<br />

Este exercício tem gran<strong>de</strong> valor no <strong>de</strong>senvolvimento do tato como um<br />

sentido forte. Deve ser praticado com os olhos fechados enquanto<br />

tomamos um pequeno objeto nas mãos e observamos todos os <strong>de</strong>talhes<br />

<strong>de</strong> sua forma. É feito em pequeno grupo, on<strong>de</strong> cada um dos participantes<br />

coloca em um saco um pequeno objeto pessoal, sem que os <strong>de</strong>mais<br />

vejam. Sentados em círculo, o orientador coloca à frente <strong>de</strong> cada<br />

participante um objeto tirado do saco (os participantes já estão com os<br />

olhos fechados) e durante uns trinta segundos cada pessoa pega o<br />

objeto à sua frente e observa <strong>de</strong>talhadamente a sua forma, procurando<br />

vários usos para aquela forma.<br />

Sendo que o orientador <strong>de</strong>ve instruir o grupo <strong>de</strong> que não tem a menor<br />

importância <strong>de</strong>scobrir o real uso do objeto, mesmo que este seja <strong>de</strong> fácil<br />

i<strong>de</strong>ntificação. É interessante também imaginar o dono do objeto, ou a cor<br />

<strong>de</strong>ste objeto sem o ver. Troca-se o objeto com a pessoa do lado, sempre<br />

<strong>de</strong> olhos fechados e <strong>de</strong>sta forma cada objeto passa pela mão <strong>de</strong> todos os<br />

participantes. No final é interessante colocar todos os objetos no centro<br />

do círculo e <strong>de</strong> olhos abertos às pessoas i<strong>de</strong>ntificam cada objeto e<br />

confirmam suas expectativas.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 32<br />

- Percepção do Contato com Material Especial<br />

Este exercício muitas vezes é difícil para uma sala <strong>de</strong> aulas, no<br />

entanto é ótimo para ser praticado em casa ou ao ar livre. Consiste no<br />

manuseio <strong>de</strong> um material especial como: areia, cereais, água ou massa<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem, com os olhos fechados e a atenção aguçada. Por<br />

exemplo: coloca-se as duas mãos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma vasilha cheia <strong>de</strong> feijão e<br />

as mãos vão se movendo livremente no recipiente percebendo o tato e a<br />

forma dos grãos em contato com as suas mãos. O mesmo se po<strong>de</strong> fazer<br />

com areia ou ainda com as mãos mergulhadas na água. A mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong><br />

massa, sem a preocupação <strong>de</strong> produzir alguma forma conhecida, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que com os olhos fechados, também é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia para o aumento<br />

<strong>de</strong> nossa percepção táctil!<br />

- Sentindo o Próprio Corpo<br />

Após um relaxamento on<strong>de</strong> tenhamos estado por alguns minutos<br />

completamente imóveis e <strong>de</strong>scansados, po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar pelo<br />

<strong>de</strong>slizamento suave <strong>de</strong> nossas mãos por todo o corpo, ainda com os<br />

olhos fechados, e sem evitar qualquer parte, mesmo os pontos do corpo<br />

menos tocados, como: as axilas, a pélvis, as costas e os pés, <strong>de</strong>vem ser<br />

tocados com atenção, e achamos mesmo que o mínimo <strong>de</strong> roupas <strong>de</strong>ve<br />

ser usado nesta ocasião, <strong>de</strong> tal forma que possamos sentir o contato<br />

direto <strong>de</strong> nossa pele. (Foto 1 e 2)


Foto 1<br />

Foto 2<br />

Procure manter toda a sua atenção neste reconhecimento <strong>de</strong> seu<br />

próprio corpo e sinta prazer no que está fazendo. Observar se alguma<br />

região <strong>de</strong> seu corpo apresenta qualquer reclamação ou dor, e em caso<br />

positivo, <strong>de</strong>tenha-se naquela região por mais algum tempo. Saboreie a<br />

sua pele.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 33<br />

- Contato <strong>de</strong> Mãos com Mãos (Duas Pessoas)<br />

Sentados frente a frente (<strong>de</strong> preferência no chão), concentre-se por<br />

alguns instantes e atrite as suas mãos. Façam ambos da mesma forma.<br />

Após o atrito unam as suas mãos e, ainda sem movimento das mãos,<br />

procurem sentir o contato, o calor, a forma, a sensação <strong>de</strong> ter mãos<br />

tocando as suas. Perceba que estas mãos são únicas, incomparáveis<br />

com quaisquer outras mãos, pois que representam seres humanos<br />

ímpares. (Foto 3)<br />

Foto 3<br />

Depois comecem a dialogar, movendo lentamente as suas mãos num<br />

diálogo. Portanto, fale e ouça com as suas mãos, sinta e <strong>de</strong>ixe sentir.<br />

Entregue-se e receba o parceiro. Coman<strong>de</strong> e seja comandado. Acarinhe<br />

e sinta-se acarinhado.<br />

- Toque Simultâneo no Corpo <strong>de</strong> Duas Pessoas, com as Mãos<br />

Este exercício também é feito sentado, muito embora vocês possam<br />

fazê-lo em posição. Inicia da mesma forma que o anterior, com a<br />

concentração ainda sem tocar, aquecimento <strong>de</strong> suas próprias mãos por<br />

atrito, e <strong>de</strong>pois a união das mãos <strong>de</strong> ambos. Façam os primeiros


contatos, somente mãos com mãos, e então num momento propício para<br />

ambos, iniciem o toque ao longo dos antebraços, dos braços e dos<br />

ombros, e dos ombros em diante cada um escolhe o seu caminho.<br />

Procure manter toda a atenção ao que está acontecendo, sem imitar as<br />

mãos que tocam no seu corpo, sentindo as sensações <strong>de</strong> tocar, <strong>de</strong> sentir<br />

o corpo do outro, ao mesmo tempo em que permite o toque no seu corpo,<br />

e saborei o ato <strong>de</strong> ser tocado, e permita a fusão <strong>de</strong>stas sensações, sem<br />

pensar, sentindo, apenas sentindo(Foto 4 e 5)<br />

Foto 4<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 34<br />

Foto 5<br />

- Toque Simultâneo Corpo a Corpo, Duas Pessoas<br />

De pé, frente a frente, ou costas com costas, permanecemos imóveis<br />

a princípio nos concentrando. Depois vamos nos encostando no corpo do<br />

outro e iniciando movimentos lentos, gostosos, <strong>de</strong> tocar no outro com o<br />

próprio corpo, dançando, (será conveniente o som <strong>de</strong> música suave),<br />

contatando cada parte do corpo do outro que seja encaixável no seu.<br />

(Foto 6 e 7)


Foto 6<br />

Foto 7<br />

Procure tocar livre, e mesmo que você precise se autocensurar, faça-o<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 35<br />

com o uso <strong>de</strong> roupas, mas não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> tocar inteiramente o corpo com o<br />

corpo. Mova suas articulações ao máximo, todas elas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os <strong>de</strong>dos,<br />

mãos, punhos, cotovelos, ombros, coluna cervical, torácica, lombar,<br />

articulação coxo-femural, joelhos, tornozelos e articulações dos artelhos,<br />

movendo as articulações <strong>de</strong> tal forma que os movimentos <strong>de</strong> cada parte<br />

do corpo encaixem no outro. Permita-se brincar <strong>de</strong> sentir, <strong>de</strong> provocar, <strong>de</strong><br />

recuar, <strong>de</strong> insistir, <strong>de</strong> fugir, <strong>de</strong> ficar, <strong>de</strong> gostar... <strong>de</strong> amar.<br />

- Os Exercícios <strong>de</strong> Grupo<br />

O Círculo: (Foto 8 e 9)<br />

Este exercício <strong>de</strong>ve ser feito por grupo mínimo <strong>de</strong> seis a oito pessoas,<br />

não tem limite máximo <strong>de</strong> pessoas, sempre observando a capacida<strong>de</strong> do<br />

local. Inicia com os participantes <strong>de</strong> pé, <strong>de</strong> mãos dadas, em círculo, e<br />

passa por uma fase prévia on<strong>de</strong> estão todos com os olhos fechados. O<br />

contato nesta fase é apenas com as duas mãos, havendo a constatação<br />

emocionante <strong>de</strong> estar contactando duas pessoas ao mesmo tempo.<br />

Depois <strong>de</strong> algum tempo, abrimos os olhos e giramos para o lado direito,<br />

ao mesmo tempo, <strong>de</strong> forma que estamos agora com as mãos no ombro<br />

<strong>de</strong> quem estava à nossa direita, enquanto que a pessoa antes à<br />

esquerda está agora às nossas costas, com as mãos em nossos ombros.<br />

Começamos a mover as mãos massageando os ombros, a nuca e o<br />

pescoço, a cabeça, as orelhas, enfim, até o rosto po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser tocado.<br />

Entretanto, por se tratar <strong>de</strong> exercício simultâneo, você estará também<br />

observando a pessoa <strong>de</strong> trás que toca no seu corpo, nas mesmas partes<br />

já citadas. Sinta as duas emoções: tocar e ser tocado, e perceba que<br />

agora a pessoa que toca não é a mesma tocada por você, e mais, em<br />

termos <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> energia, está havendo uma troca geral entre<br />

todos os participantes que somam os seus potenciais energéticos num<br />

processo <strong>de</strong> estabilização grupal, que figuradamente pasteuriza o<br />

exercício. Não pense que esta homogeneização que ocorre naturalmente<br />

no exercício tira qualquer mérito ou capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir prazer; ao<br />

contrário, a estabilização das emoções, pelo equilíbrio da energia<br />

circulante, que é a soma <strong>de</strong> cada participante, permite que a maioria, ou<br />

até todos os componentes do grupo, melhor aprecie as sensações.


Foto 9<br />

Foto 8<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 36<br />

Depois <strong>de</strong> algum tempo os participantes fazem um giro <strong>de</strong> 180º sobre<br />

os seus próprios pés e ficam agora <strong>de</strong> frente para a pessoa que estava<br />

atrás. É que vamos retribuir os toques recebidos, tocando neste momento<br />

a pessoa que antes nos massageou. Repetem-se os toques como antes.<br />

(Foto 10)<br />

Foto 10<br />

Este mesmo exercício po<strong>de</strong> ser feito também com os participantes<br />

sentados uns entre as pernas dos outros, formando um círculo bem<br />

encaixado, on<strong>de</strong> como complemento po<strong>de</strong>mos nos <strong>de</strong>itar todos no colo<br />

da pessoa <strong>de</strong> trás.<br />

O Ônibus ou o Corredor:


Exercício que também <strong>de</strong>ve ser feito com número gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas,<br />

consiste em formar uma coluna <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> costas, ou <strong>de</strong> frente,<br />

formando um túnel. Vamos simular a trajetória <strong>de</strong> uma pessoa em um<br />

ônibus cheio. Cada um dos participantes <strong>de</strong>verá passar pelo corredor<br />

formado <strong>de</strong> pessoas bem agrupadas, que dificultam ao máximo a sua<br />

passagem, sem impedi-la, exercitando um toque mais intenso e revelador<br />

da nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento entre um número gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pessoas conglomeradas. (Foto 11 Foto 11)<br />

Foto 11<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 37<br />

Foto 12<br />

O Caracol ou Círculos Concêntricos<br />

Este exercício, como o nome indica, é feito por um grupo <strong>de</strong> pessoas<br />

que se unem em círculo: concêntricos, <strong>de</strong> forma que o círculo do centro é<br />

pequeno e o círculo imediato tem número <strong>de</strong> participantes pouco maior e<br />

os <strong>de</strong>mais círculos também aumentam <strong>de</strong> tamanho. O exercício consiste<br />

em ir aproximando todos os participantes com o fechamento <strong>de</strong> todos os<br />

círculos, formando uma massa compacta <strong>de</strong> pessoas. Inicialmente ficam<br />

somente abraçadas sentindo o calor dos corpos unidos, <strong>de</strong>pois se<br />

liberam os braços e mãos e procuramos fazer contacto com todas as<br />

pessoas que estiverem ao nosso alcance. Po<strong>de</strong>mos também girar 360º<br />

fazendo contacto com pessoas <strong>de</strong> todos os lados. (Foto 13 e 14)


Foto 13<br />

Foto 14<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 38<br />

Pequenos Grupos e o Abraço:<br />

O tamanho i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> cada grupo é <strong>de</strong> cinco participantes. Inicia <strong>de</strong> pé,<br />

com uma das pessoas no centro e as <strong>de</strong>mais formando um círculo <strong>de</strong><br />

mãos dadas. É então que os participantes do pequeno círculo se<br />

abraçam, comprimindo a pessoa do meio com seus corpos abraçados.<br />

Fazemos contacto com as pessoas da volta, <strong>de</strong>spreocupado com quem<br />

está no meio (que a esta altura já se sente bem abraçada). Depois <strong>de</strong><br />

alguns instantes, soltamo-nos e nos encostamos todos na pessoa do<br />

centro e lentamente fazemos um giro <strong>de</strong> 360º em torno do nosso eixo,<br />

sempre em contacto da pessoa do meio. Quando todos voltam a ficar <strong>de</strong><br />

frente para a pessoa do meio, levam-se as mãos à cabeça <strong>de</strong>la, e bem<br />

lentamente todos acarinham o corpo daquela pessoa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a cabeça<br />

até os pés e voltam à cabeça. O exercício se completa com um gran<strong>de</strong><br />

abraço das cinco pessoas. (Fotos 15 e 16)<br />

Foto 15


Foto 16<br />

Repete-se o exercício alternando a pessoa do meio.<br />

O Neuro-Táctil:<br />

Em grupo com tamanho i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> nove participantes, este exercício<br />

consiste em um dos participantes <strong>de</strong>itar-se e os <strong>de</strong>mais se sentarem a<br />

sua volta para acarinhar o seu corpo com muitas mãos ao mesmo tempo.<br />

(Foto 17 e 18)<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 39<br />

Foto 17<br />

Foto 18<br />

Cada participante, após breve concentração, <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>slizar as suas<br />

mãos pelo corpo da pessoa <strong>de</strong>itada numa busca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cada<br />

parte daquele corpo (os olhos <strong>de</strong>vem estar fechados), com um misto <strong>de</strong><br />

curiosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> afeto. As mãos <strong>de</strong>vem cobrir toda a pele<br />

da pessoa <strong>de</strong>itada, <strong>de</strong>vagar e com a máxima atenção. Depois <strong>de</strong> tocar<br />

por algum tempo <strong>de</strong> um lado, vira-se a pessoa e repete-se os<br />

<strong>de</strong>slizamentos do outro lado. Po<strong>de</strong>-se ainda elevar o corpo da pessoa<br />

com o esforço <strong>de</strong> todos.<br />

Reveza-se a pessoa do meio, sempre repetindo todas as fases do<br />

exercício.<br />

ATENÇÃO: Estes exercícios têm como propósito o aumento da<br />

percepção do tocar e ser tocado e po<strong>de</strong>m ser discutidos ou comentados<br />

no final, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que por todos os participantes.


Conceito<br />

A Energia Corporal<br />

O conceito <strong>de</strong> energia circulante corporal está ligado a uma linguagem<br />

antiga da compreensão da vida, através da comparação do ser humano<br />

com o meio ambiente que habita. Os povos orientais guiavam-se pela<br />

observação do universo, e introduziram a interpretação das reações<br />

humanas em relação aos ciclos celestes e terrestres, que <strong>de</strong> alguma<br />

forma mantinham uma afinida<strong>de</strong> entre si.<br />

- Se existe uma força cósmica capaz <strong>de</strong> produzir o movimento nos<br />

corpos celestes, todos eles se movem.<br />

- Se existe uma força terrestre capaz <strong>de</strong> fecundar o solo com uma<br />

semente,<br />

- que germina e brota e cresce e floresce e fecunda novamente<br />

- o solo e envelhece e murcha e morre e se perpetua na planta<br />

seguinte – a filha.<br />

- Se também eu nasci dos meus pais e fui criança e fui rapaz e sou<br />

homem e serei velho e morrerei <strong>de</strong>ixado nos filhos e no trabalho a<br />

semente que fecunda a terra e me perpetua - TEREMOS ALGO<br />

EM COMUM NESTAS TRÊS FORMAS?!!<br />

A energia corporal, que é uma extensão, uma continuação, uma<br />

representação, uma energia cósmica, po<strong>de</strong> ser medida, interpretada,<br />

localizada, modificada e reequilibrada pelo ser humano. Ela tem fontes<br />

on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos reelaborar a energia que colocamos em contato com a<br />

nossa própria energia e que transforma o momento, a ponto <strong>de</strong> produzir<br />

reações que reequilibrem o organismo.<br />

São elas, as fontes:<br />

Macrocósmica - A primeira fonte, que nos induz a tomar o próprio<br />

universo como causador e maior interlocutor <strong>de</strong> nossas vidas.<br />

Representa a força universal que <strong>de</strong>u origem à vida e que, no caso,<br />

permitiu toda a evolução da espécie humana até aqui e permite<br />

prosseguir nas crianças <strong>de</strong> hoje o que serão os pais <strong>de</strong> amanhã. Esta é a<br />

fonte que contém todas as <strong>de</strong>mais, que reúne toda a energia mais pura.<br />

Fonte Ancestral (Pai + Mãe)<br />

A segunda fonte que já se mostra mais individual é a representação da<br />

soma da energia contida pelo meu pai e pela minha mãe, capaz <strong>de</strong> gerar<br />

um novo ser que sou eu. No momento da concepção há libertação <strong>de</strong><br />

uma centelha energética que produz o fenômeno da vida.<br />

Enquanto houver a realimentação <strong>de</strong>sta centelha com energia constante<br />

haverá vida.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 40<br />

A vida será mais forte se a preservação do equilíbrio da energia for à<br />

meta, ou será enfraquecida se não houver este equilíbrio biológico.<br />

OBSERVAÇÂO: Estas duas fontes primeiras são chamadas primordiais<br />

por estarem presentes já nos primórdios <strong>de</strong> nossa vida.<br />

Fonte Respiratória - esta fonte <strong>de</strong> energia é na realida<strong>de</strong> a primeira<br />

utilizada, pois é a primeira inspiração <strong>de</strong> ar que <strong>de</strong>termina o nascimento<br />

<strong>de</strong> uma pessoa.<br />

Naturalmente mantemos o fluxo respiratório ativo durante toda a nossa<br />

existência, e esta função que na maior parte <strong>de</strong> nossa vida é involuntária<br />

(ou seja, não é necessário pesar na respiração para mantê-la), po<strong>de</strong><br />

também ser voluntária, ou bem cuidada, <strong>de</strong> tal forma que possamos<br />

contar com esta fonte para estabelecermos o equilíbrio energético do<br />

fluxo corporal.<br />

Temos hoje, facilmente comprovável, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas que<br />

vivem em cida<strong>de</strong>s e que mantém um tipo <strong>de</strong> vida que as faz utilizar pouco<br />

a pouco a fonte respiratória, fazendo com que várias anomalias <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

respiratória/circulatória se estabeleçam no organismo.<br />

Além dos problemas específicos que a má utilização da respiração po<strong>de</strong><br />

nos causar, temos que chamar a atenção para o fato <strong>de</strong> que o equilíbrio<br />

geral <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da utilização harmoniosa das três fontes <strong>de</strong> manutenção<br />

(respiratória-alimentar-interpeessoal). Com isto, concluímos que uma<br />

utilização precária <strong>de</strong>sta fonte respiratória estará relacionada com o<br />

<strong>de</strong>sequilíbrio eventual <strong>de</strong> nossa energia.<br />

Fonte Alimentar - Quanto a esta fonte também há muitos conceitos<br />

falsos ou incompletos. A qualida<strong>de</strong> do alimento é mais importante do que<br />

a quantida<strong>de</strong>, e aqui não estamos julgando qualida<strong>de</strong> pelo preço do<br />

alimento; nem mesmo pelo valor específico <strong>de</strong> cada componente do prato<br />

a comer. O que há <strong>de</strong> mais notável em uma alimentação saudável é a<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos <strong>de</strong>ixar bem, ativos e bem-humorados.<br />

Não coma porque esta na hora do almoço, ao contrário, almoce somente<br />

quando estiver com fome. Aliás, coma somente quando estiver com muita<br />

fome. Mastigue muito, apreen<strong>de</strong>ndo a energia dos alimentos. O excesso<br />

<strong>de</strong> alimentos, a combinação in<strong>de</strong>vida, o comer apressado, emocionado<br />

ou sem atenção também dificulta a absorção <strong>de</strong>sta energia.<br />

Coma <strong>de</strong> forma a sair da mesa ainda com fome e só volte a ela quando já<br />

estiver com muita fome.<br />

Fonte Interpessoal - Todas as trocas humanas envolvem a fonte<br />

interpessoal. Falar com uma pessoa a quem admiramos geralmente nos<br />

torna felizes, e esta felicida<strong>de</strong> é a melhor representação <strong>de</strong> uma forma<br />

nutritiva <strong>de</strong> relação. Se acarinhamos alguém querido e sentimos prazer


neste toque, então estamos trocando energia <strong>de</strong> forma plena e saudável.<br />

No entanto há inúmeras formas <strong>de</strong> relação humana. Ler o livro <strong>de</strong><br />

alguém, ouvir música agradável ou pensar em pessoa distante.<br />

Há porém certas ocasiões em que trocamos energias negativas, por<br />

exemplo quando dirigimos maus pensamentos a pessoas com as quais<br />

nos aborrecemos. Assim, po<strong>de</strong>mos concluir que a troca <strong>de</strong> energia<br />

interpessoal po<strong>de</strong> ser pobre e <strong>de</strong>strutiva. O importante entretanto é<br />

manter alto o nível <strong>de</strong>sta troca <strong>de</strong> energia interpessoal e purificá-la<br />

sempre que possível.<br />

As Cinco Gran<strong>de</strong>s Leis da <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong><br />

A. Circulação <strong>de</strong> uma energia cíclica no corpo.<br />

B. A Bipolarização <strong>de</strong>sta energia em YIN/YANG.<br />

C. Projeção cutânea dos órgãos profundos sobre a pele.<br />

D. Circulação da energia ao nível da pele sobre trajetos precisos<br />

(Meridianos).<br />

E. A existência sobre esses trajetos, <strong>de</strong> pontos nos quais a<br />

massagem suaviza a dor em local particular.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 41<br />

Polarida<strong>de</strong> Yin e Yang<br />

A palavra Yang significa para os chineses a clarida<strong>de</strong> do sol e a<br />

palavra Yin ausência <strong>de</strong> clarida<strong>de</strong>.<br />

Lei Única: "O Universo é a oscilação das duas ativida<strong>de</strong>s Yin e Yang,<br />

e suas manifestações".<br />

Todo fenômeno, ser vivo, objeto, etc., ocorre a partir da inter-relação<br />

constante <strong>de</strong> Yin e Yang. Esses dois aspectos antagônicos e<br />

complementares <strong>de</strong> KI formam um número infinito <strong>de</strong> combinações que<br />

constituem o Universo; a diversificação da Unida<strong>de</strong>.<br />

Os chineses <strong>de</strong>ram gran<strong>de</strong> importância a esta oposição e regulam a<br />

sua filosofia e medicina nesta polarida<strong>de</strong>. O que permite a vida<br />

<strong>de</strong>senrolar-se em boa saú<strong>de</strong> é o perfeito acordo com as leis da Natureza<br />

e o equilíbrio com a polarida<strong>de</strong> Yin e Yang.<br />

Exemplos da Polarida<strong>de</strong> na Natureza:<br />

- O céu se forma pela acumulação <strong>de</strong> Yang A terra por acumulação<br />

<strong>de</strong> Yin.<br />

- Yin está sempre calmo. Yang está sempre agitado.<br />

- Yang se transforma em energia. Yin para criar a vida natural.<br />

- O Sol e as estrelas são Yang. A Lua e os planetas Yin.<br />

Alguns Princípios e Teoremas Sobre Yin e Yang:<br />

1. Todas as coisas são diferentes manifestações da Unida<strong>de</strong><br />

Infinita.<br />

2. Nada é estático, tudo muda.<br />

3. Todos os antagonismos são complementares.<br />

4. Não há dois entes iguais.<br />

5. Tudo que tem verso, tem reverso.<br />

6. Tudo que tem começo, tem fim.<br />

7. Quanto maior o verso, maior o reverso.<br />

8. Yin e Yang são os dois pólos da pura expansão infinita.<br />

9. Yin e Yang surgem continuamente da pura expansão infinita.<br />

10. Yin é centrífugo, Yang é centrípeto. Yin e Yang produzem<br />

energia.<br />

11. Yin atrai Yang. Yang atrai Yin.<br />

12. Yin repele Yin. Yang repele Yang.<br />

13. A força <strong>de</strong> atração e repulsão entre as coisas é diretamente<br />

proporcional à diferença <strong>de</strong> seu componente Yin e Yang.<br />

14. Todo fenômeno é produzido por Yin e Yang em combinações, em<br />

variadas proporções.


15. Todos os fenômenos são efêmeros <strong>de</strong>vido às constantes<br />

alterações das agregações dos componentes Yin e Yang.<br />

16. Nada é exclusivamente Yin ou Yang. Tudo encerra polarida<strong>de</strong>.<br />

17. Não existe nada neutro. Yin e Yang estão em excesso em<br />

qualquer concorrência.<br />

18. Gran<strong>de</strong> Yin atrai pequeno Yin; gran<strong>de</strong> Yang atrai pequeno Yang.<br />

19. No extremo, Yin produz Yang e Yang produz Yin.<br />

20. Todas as concreções físicas são Yang no centro e Yin na<br />

periferia.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 42<br />

Classificação <strong>de</strong> Yin e Yang<br />

YIN YANG<br />

Tendência Expansão Contração<br />

Posição Fora Dentro<br />

Estrutura Espaço Tempo<br />

Direção Ascen<strong>de</strong>nte Descen<strong>de</strong>nte<br />

Cor Violeta Vermelho<br />

Temperatura Frio Quente<br />

Peso Leve Pesado<br />

Catalisador Água Fogo<br />

Partícula Atômica Elétron Próton<br />

Elementos K, O, P Ca, N, Si, Mn He. H, As, C1, Na, C<br />

Luz Escuro Claro<br />

Construção Periferia Interior<br />

Vibração Onda Curta Onda Longa<br />

Ativida<strong>de</strong><br />

Classificação<br />

Mental Física<br />

Biológica Vegetal Animal<br />

Sexo Fêmea Macho<br />

Nervos Simpático Parassimpático<br />

Sabor Picante, Azedo, Doce Salgado, Amargo<br />

Os Pontos<br />

Os Pontos <strong>de</strong> Comando<br />

Os pontos Chineses, também chamados pontos ativos, constituem<br />

uma realida<strong>de</strong> clínica facilmente constatável. Distribuídos ao longo das<br />

linhas <strong>de</strong> energia chamadas Meridianos, localizados em lugares<br />

conhecidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mais remota antiguida<strong>de</strong>, sua existência não po<strong>de</strong><br />

passar inadvertida para aqueles que examinam cuidadosamente o


paciente. Muitas vezes, o paciente nos chama a atenção sobre certas<br />

dores localizadas em lugares que se repetem com freqüência.<br />

O que são e o que significam estes pontos doloridos? Todo transtorno<br />

<strong>de</strong> um órgão profundo trás como conseqüência à aparição <strong>de</strong> uma<br />

sensibilida<strong>de</strong> dolorosa espontânea ou provocada, sensibilida<strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>saparece uma vez <strong>de</strong>saparecido o transtorno profundo que a originou.<br />

E quando se exerce uma ação sobre as zonas dolorosas logra-se uma<br />

transformação do órgão afetado, transformação esta favorável.<br />

Localização dos Pontos<br />

A exata localização dos pontos é indispensável para uma terapêutica<br />

correta. Devemos levar em conta que o ponto tem uma superfície<br />

aproximada <strong>de</strong> 1 a 2 milímetros quadrados e é necessário <strong>de</strong>senvolver<br />

uma técnica correta para localizá-lo.<br />

Quando o ponto é sensível, coisa que nem sempre acontece, a<br />

localização é facilitada. Basta apalpar suavemente o trajeto do Meridiano<br />

até encontrar o ponto.<br />

Devemos lembrar que os pontos estão localizados sempre em<br />

<strong>de</strong>pressões ou elevações ósseas, e/ou disposições musculares ou<br />

tendinosas.<br />

Conhecendo o trajeto do Meridiano <strong>de</strong>scobriremos os pontos através<br />

das referências ósseas e musculares, usando a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida Tsun<br />

(distância).<br />

É necessária uma prática constante para o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

sensibilida<strong>de</strong> do tato.<br />

Pontos <strong>de</strong> Comando<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 43<br />

Todos os pontos correspon<strong>de</strong>ntes a um Meridiano exercem uma maior<br />

ou menor ação sobre o órgão ou função correspon<strong>de</strong>nte. Mas cada<br />

Meridiano possui sete pontos importantes cuja ação é específica com<br />

respeito ao funcionamento do órgão com o qual está relacionado. São os<br />

seguintes:<br />

Pontos <strong>de</strong> Alarme<br />

São utilizados para verificar a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia no Meridiano.<br />

Estão localizados sobre os órgãos com os quais estão relacionados.<br />

Se na observação do ponto o sentirmos duro, quente e dolorido<br />

superficialmente, isto indica excesso <strong>de</strong> energia (Yang). Se for mole, frio<br />

e dolorido em profundida<strong>de</strong> há falta <strong>de</strong> energia (Yin). Abreviatura: PA.<br />

Os pontos <strong>de</strong> alarme são os seguintes:<br />

Pulmão P1<br />

Bexiga VC3<br />

Intestino Grosso E25<br />

Rim VB25<br />

Estômago VC12<br />

Circulação / Sexo R11 (sexualida<strong>de</strong>)<br />

CS1 (circulação)<br />

Baço-Pâncreas F13<br />

Triplo Aquecedor VC5 (geral)<br />

VC7 (urogenital)<br />

VC12 (digestivo)<br />

VC17 (respiratório)<br />

Coração VC14<br />

Vesícula Biliar VB23<br />

Intestino Delgado VC4<br />

Fígado F14<br />

(à direita Pâncreas e à esquerda Baço)


Pontos <strong>de</strong> Tonificação<br />

Usados para aumentar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia no Meridiano. A<br />

excitação <strong>de</strong>ste ponto provoca a excitação do órgão ou a função<br />

relacionada com o Meridiano.<br />

Mas <strong>de</strong>ve-se enten<strong>de</strong>r que esse efeito estimulativo só po<strong>de</strong> ser<br />

exercido se o órgão se encontrar em nível energético inferior ao normal.<br />

Deve-se enten<strong>de</strong>r que pelo simples fato <strong>de</strong> excitar o ponto não criamos<br />

energia. A tonificação é feita quando trazemos energia <strong>de</strong> outro<br />

Meridiano. Portanto, a condição indispensável para uma tonificação <strong>de</strong><br />

energia é que haja energia a mais em outros Meridianos. Vemos então<br />

que, ao tonificarmos um Meridiano com pouca energia, trazemos a<br />

energia <strong>de</strong> um outro que estava com excesso e conseguimos o equilíbrio<br />

energético.<br />

O melhor momento para tonificar um Meridiano é o final <strong>de</strong> seu horário<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 44<br />

<strong>de</strong> maior ativida<strong>de</strong> (horário do Meridiano seguinte).<br />

A punção dos pontos <strong>de</strong> tonificação <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> forma bilateral,<br />

com pressão alternada. Abreviatura: PT Os doze pontos <strong>de</strong> tonificação<br />

são:<br />

Pulmão P9<br />

Bexiga B67<br />

Intestino Grosso IG11<br />

Rim R7<br />

Estômago E41<br />

Circulação / Sexo CS9<br />

Baço-Pâncreas BP2<br />

Triplo Aquecedor TA3<br />

Coração C9<br />

Vesícula Biliar VB43<br />

Intestino Delgado ID3<br />

Fígado F8<br />

Pontos <strong>de</strong> Sedação<br />

Usados para diminuir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia do Meridiano. A energia<br />

dispersada pelo ato <strong>de</strong> sedar não se per<strong>de</strong>, simplesmente se <strong>de</strong>sloca,<br />

indo incorporar com a energia <strong>de</strong> um Meridiano em falta. Sedar um<br />

<strong>de</strong>terminado Meridiano po<strong>de</strong> ser uma boa técnica para tonificar outros.<br />

O melhor momento para sedar um Meridiano correspon<strong>de</strong> às horas <strong>de</strong><br />

sua máxima ativida<strong>de</strong>. Abreviatura: PS.<br />

Os pontos <strong>de</strong> sedação são:<br />

Pulmão P5<br />

Bexiga B65<br />

Intestino Grosso IG2<br />

Rim R1<br />

Estômago E45<br />

Circulação / Sexo CS7<br />

Baço-Pâncreas BP5<br />

Triplo Aquecedor TA10<br />

Coração C7<br />

Vesícula Biliar VB38<br />

Intestino Delgado ID8<br />

Fígado F2<br />

Ponto Fonte


Ponto ambivalente, usado como complemento <strong>de</strong> uma tonificação ou<br />

<strong>de</strong> uma sedação da energia do Meridiano. Portanto, este ponto <strong>de</strong>ve ser<br />

usado em conexão com o Meridiano acoplado (Pulmão-lntestino Grosso,<br />

Fígado-Vesícula Biliar, etc.).<br />

Muitos autores aconselham utilizar o ponto fonte <strong>de</strong> maneira<br />

sistemática quando se tonifica ou se seda; em ambos os casos se<br />

reforçam o ato. Abreviatura: PF.<br />

Os pontos fontes são os seguintes:<br />

Pulmão P9<br />

Bexiga B64<br />

Intestino Grosso IG4<br />

Rim R3<br />

Estômago E42<br />

Circulação / Sexo CS7<br />

Baço-Pâncreas BP3<br />

Triplo Aquecedor TA4<br />

Coração C7<br />

Vesícula Biliar VB40<br />

Intestino Delgado ID4<br />

Fígado F3<br />

Ponto <strong>de</strong> Assentamento<br />

O ponto <strong>de</strong> assentamento se encontra fora do trajeto do Meridiano.<br />

Está localizado sobre o Meridiano da Bexiga. A utilização <strong>de</strong>ste ponto<br />

po<strong>de</strong> ser feita em tonificação ou sedação, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> em<br />

sintomas crônicos. Efeito geral: tonificante. Abreviatura: PAs.<br />

Os pontos <strong>de</strong> assentamento são:<br />

Pulmão B13<br />

Bexiga B28<br />

Intestino Grosso B25<br />

Rim VB23<br />

Estômago B21<br />

Circulação / Sexo B14<br />

Baço-Pâncreas B20<br />

Triplo Aquecedor B22<br />

Coração B15<br />

Vesícula Biliar B19<br />

Intestino Delgado B27<br />

Fígado B18<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 45<br />

OBSERÇÃO: Nas crises usar o PAs em sedação. Fora das crises,<br />

usar o PAs em tonificação.<br />

Ponto Geki<br />

Ponto japonês usado para sintomas agudos. Efeito geral: sedante.<br />

Abreviatura: PG.<br />

Os pontos Geki são:<br />

Pulmão P6<br />

Bexiga B63<br />

Intestino Grosso IG7<br />

Rim R5<br />

Estômago E34<br />

Circulação / Sexo CS4<br />

Baço-Pâncreas BP8<br />

Triplo Aquecedor TA7<br />

Coração C6<br />

Vesícula Biliar VB36<br />

Intestino Delgado ID6<br />

Fígado F6<br />

Ponto Horário<br />

Ponto a ser usado no intervalo <strong>de</strong> tempo correspon<strong>de</strong>nte à maior<br />

energia do Meridiano. Ponto <strong>de</strong> tratamento. Abreviatura: PH.<br />

Os pontos horários são:<br />

Pulmão P8<br />

Bexiga B66<br />

Intestino Grosso IG1<br />

Rim R10<br />

Estômago E36<br />

Circulação / Sexo CS8<br />

Baço-Pâncreas BP3<br />

Triplo Aquecedor TA6<br />

Coração C8<br />

Vesícula Biliar VB41<br />

Intestino Delgado ID5<br />

Fígado F1


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 46<br />

Fluxograma dos Pontos <strong>de</strong> Equilíbrio


Imagem Figurada das Funções dos Meridianos<br />

O primeiro livro sobre Acupuntura <strong>de</strong> que se tem notícia - S0 QUENN<br />

NEI TCHING - foi escrito na China cerca <strong>de</strong> 300 anos antes <strong>de</strong> Cristo.<br />

Dentre as várias curiosida<strong>de</strong>s documentadas neste livro <strong>de</strong>staca-se<br />

um diálogo entre o Imperador Huang II e seu médico Chi Po, que mostra<br />

uma extraordinária comparação entre as funções vitais do corpo e a<br />

política.<br />

O Fígado equipara-se ao ministro da <strong>de</strong>fesa, que tem a atribuição<br />

<strong>de</strong> elaborar os planos estratégicos; a Vesícula Biliar, ao ministro do<br />

planejamento que, a fim <strong>de</strong> suprir as necessida<strong>de</strong>s, planeja<br />

mediante o processo <strong>de</strong> julgar e tomar <strong>de</strong>cisões; o Coração, ao<br />

supremo chefe do po<strong>de</strong>r soberano, que, por avantajar-se a seus<br />

subordinados em conhecimentos e íntima compreensão da<br />

organização como conjunto, a dirige; o Intestino Delgado, ao<br />

ministro das finanças, que, como dirigente das <strong>de</strong>spesas, envia<br />

através do corpo a matéria nutritiva transformada; a Circulação-<br />

Sexualida<strong>de</strong>, ao ministro das relações exteriores, que pelas ações<br />

diplomáticas e diferentes negociações, propicia felicida<strong>de</strong> e alegria<br />

a seu país; o Triplo Aquecedor, ao ministro dos transportes e do<br />

interior, que coor<strong>de</strong>na os planos <strong>de</strong> todos os transportes, além da<br />

construção <strong>de</strong> represas canalizações e outras obras <strong>de</strong> proteção,<br />

em benefício do equilíbrio geral; o Estômago, ao ministro da<br />

fazenda, que, como coor<strong>de</strong>nador da receita pública, aten<strong>de</strong> às<br />

iniciativas econômicas; o Baço-Pâncreas, ao ministro dos recursos<br />

econômicos (agricultura. indústria e comércio, minas e energia), que<br />

coor<strong>de</strong>na o <strong>de</strong>senvolvimento e a expansão da vida; os Pulmões, ao<br />

ministro da justiça, que controla a ativida<strong>de</strong> dos agentes públicos na<br />

estabilida<strong>de</strong> da or<strong>de</strong>m e segurança; o Intestino Grosso, ao ministro<br />

da área social (educação, saú<strong>de</strong> e assistência social), que controla o<br />

bem-estar e a evolução coletiva: os Rins ao ministro do trabalho,<br />

que controla a força <strong>de</strong> trabalho dos artesãos, produtores, e outros<br />

operários; a Bexiga, ao ministro das comunicações, que exercita o<br />

controle regulador <strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>mais funções.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 47<br />

A Gran<strong>de</strong> Circulação <strong>de</strong> Energia<br />

A simples explicação do relógio cósmico no seu ciclo diário nos faz<br />

enten<strong>de</strong>r uma série <strong>de</strong> pequenos fatos cotidianos, que nos passam<br />

<strong>de</strong>sapercebidos.<br />

Observando o quadro 1 po<strong>de</strong>mos perceber:<br />

- Ao longo das vinte e quatro horas que compõem o dia temos três<br />

ciclos ou três voltas completas da energia ao longo do corpo. Cada<br />

ciclo está composto por dois pares <strong>de</strong> meridianos. Cada meridiano<br />

recebe energia e torna-se o dono do horário durante duas horas por<br />

dia.<br />

- O primeiro ciclo, ou ciclo da captação <strong>de</strong> energia se inicia por volta<br />

das três horas da manhã, aumentando a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia<br />

para o meridiano dos pulmões, numa alusão a ser este o melhor<br />

horário <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar. Ao iniciar os primeiros movimentos do dia<br />

(movimentos instintivos como mover mãos e pés, inspirar mais<br />

profundo, abrir e fechar os olhos, esfregar partes do corpo,<br />

espreguiçar e por fim sentar e levantar), no horário que antece<strong>de</strong> o<br />

nascimento do Sol, quando a força Yang representada pela luz solar<br />

já se aproxima do horizonte, o ser humano, como muitos animais,<br />

realiza a natural função <strong>de</strong> captar energia (que os hindus chamam <strong>de</strong><br />

PRANA) através da inspiração e expiração nasal. Seu horário <strong>de</strong><br />

maior função se expan<strong>de</strong> até próximo das cinco horas. É neste<br />

momento que a carga maior <strong>de</strong> energia se <strong>de</strong>sloca para o Meridiano<br />

do intestino grosso. Seria este o momento propício para a excreção<br />

dos resíduos sólidos da alimentação da véspera. O meridiano do<br />

intestino grosso comanda também a absorção <strong>de</strong> líquidos, tendo ação<br />

sobre tensões emocionais. Às sete horas a energia principal é<br />

transferida para o trajeto do meridiano do estômago, sugerindo que<br />

este é um horário próprio para a alimentação. Este meridiano também<br />

dá lugar à elaboração da energia. Comanda a concentração e a<br />

retidão das idéias.<br />

Às nove horas entra em plenitu<strong>de</strong> o meridiano do Baço-Pâncreas, um<br />

meridiano que representa a digestão através da função combinada do<br />

baço (hematopoiese = formação <strong>de</strong> sangue); e a do pâncreas endócrino<br />

(regulador das reservas <strong>de</strong> glicogênio no sangue). O horário <strong>de</strong>ste<br />

meridiano finaliza-se às onze horas. Este meridiano e os três<br />

prece<strong>de</strong>ntes pulmão, intestino grosso e estômago, compõem o ciclo da<br />

manhã, ou da captação <strong>de</strong> energia, ou seja, realiza uma volta completa<br />

pelo corpo.<br />

Às onze horas temos o início do horário do meridiano do coração,<br />

responsável pelo funcionamento cardíaco e dos vasos <strong>de</strong> circulação<br />

sanguínea. Liga-se com a energia psíquica, com a consciência e


inteligência.<br />

Às treze horas entra em cena o meridiano do intestino <strong>de</strong>lgado, que<br />

comanda a absorção, o anabolismo (assimilação) e a síntese das<br />

proteínas. Produtor <strong>de</strong> energia vital lança toxinas sólidas ao intestino<br />

grosso e líquido aos rins e bexiga. Comanda a produção.<br />

Às quinze horas temos o meridiano da bexiga, como o mais<br />

abastecido <strong>de</strong> energia. Este meridiano comanda a excreção dos líquidos,<br />

além <strong>de</strong> atuar sobre o sistema simpático. Comunica-se com todos os<br />

<strong>de</strong>mais meridianos através dos Pontos <strong>de</strong> Assentamento.<br />

Às <strong>de</strong>zessete horas passa a reinar o meridiano dos rins que comanda<br />

as ações filtro-excretórias dos rins além das glândulas| supra-renais,<br />

don<strong>de</strong> se <strong>de</strong>duz a ação sobre a sexualida<strong>de</strong>.<br />

Às <strong>de</strong>zenove horas temos o início do terceiro ciclo, ou da utilização da<br />

energia. O meridiano da circulação-sexualida<strong>de</strong> entra em maior carga.<br />

Este meridiano comanda a circulação da massa humoral e a sexualida<strong>de</strong>.<br />

Representa a totalida<strong>de</strong> da massa circulante com seu conteúdo humoral,<br />

hormonal e imunológico.<br />

As vinte e uma horas, seu companheiro, o meridiano do triplo<br />

aquecedor, é o mais importante, com sua função tríplice:<br />

- Função cárdio-respiratória - correspon<strong>de</strong>ndo ao aquecedor superior.<br />

Regula a circulação do sangue, rico em oxigênio.<br />

- Função digestiva - captação e transformação dos alimentos -<br />

aquecedor médio.<br />

- Função genito-urinária - eliminação e sexualida<strong>de</strong> propriamente dita.<br />

As vinte e três horas temos o apogeu do meridiano da vesícula biliar<br />

que comanda a função biliar total, intra e extra-hepática, incluídas as vias<br />

biliares.<br />

E finalmente à uma hora da manhã temos a maior carga do meridiano<br />

do fígado, que comanda o metabolismo, a sexualida<strong>de</strong>, os músculos e a<br />

acuida<strong>de</strong> visual.<br />

Quadro I<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 48<br />

A gran<strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> energia ao longo do ciclo diário<br />

3-5<br />

Pulmões:<br />

(yin) (11)<br />

X 15-17 Bexiga<br />

1º Ciclo<br />

Manhã<br />

5-7<br />

Intestino<br />

Grosso<br />

(yang) (20)<br />

X 17-19<br />

(yang) (67)<br />

Rins (yin)<br />

(27)<br />

2º Ciclo Tar<strong>de</strong><br />

Assimilação<br />

Estômago<br />

Circulação-<br />

7-9 (yang) (45) X 19-21 Sexualida<strong>de</strong><br />

Captação<br />

Baço-<br />

(yin) (9)<br />

Triplo<br />

9-11 Pâncreas<br />

(yin) (21)<br />

Coração<br />

X 21-23 Aquecedor<br />

(yang) (23)<br />

Vesícula<br />

3º Ciclo Noite<br />

Utilização<br />

2.º Ciclo<br />

Tar<strong>de</strong><br />

Assimilação<br />

11-13<br />

13-15<br />

(yin) (9)<br />

Intestino<br />

Delgado<br />

(yang) (19)<br />

X<br />

X<br />

23-1<br />

1-3<br />

Biliar (yang)<br />

(44)<br />

Fígado (yin)<br />

(14)<br />

Quadro II<br />

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo<br />

Tronco Mão P CS C Yin do braço<br />

Mão Cabeça IG ID TA Yang do braço<br />

Cabeça Pé E B VB Yang da perna<br />

Pé Tronco BP R F Yin da perna<br />

Frente Costas Meio


Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

11 pontos.<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yin (-) negativa<br />

Sentido da Energia:<br />

Tronco - Mão = centrífugo<br />

Meridiano dos Pulmões (Fei-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 3 às 5 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

Este Meridiano comanda o aparelho respiratório incluindo as vias<br />

aéreas (laringe, fossas nasais, brônquios) e a pele.<br />

Sua expressão emocional é o pranto e a tristeza.<br />

Relações:<br />

O Meridiano dos pulmões está relacionado com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Intestino grosso, seu acoplado.<br />

• Fígado e intestino grosso, na seqüência da Gran<strong>de</strong> Circulação <strong>de</strong><br />

energia.<br />

• Bexiga pela via meio-dia - meia-noite (opostas doze horas).<br />

• Baço-Pâncreas (terra) e rim (água) na seqüência generativa dos<br />

5 elementos.<br />

• Coração e circulação-sexo (fogo) e fígado (ma<strong>de</strong>ira) <strong>de</strong> acordo<br />

com a Lei da Dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através dos vasos secundários o Meridiano do pulmão faz conexão<br />

com os seguintes Meridianos:<br />

• No ponto P1 com F14 (com o fígado).<br />

• O ponto IG4 e P9 com IG6, estes pontos fazem conexão com<br />

VC9, VC12, VC17.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Dor e frio no dorso e espádua, temor ao frio, tosse, insônia, alteração<br />

da cor da pele, língua vermelha, dor subclavicular, perda das forças,<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 49<br />

tristeza, angústia, <strong>de</strong>sassossego.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Transtornos congestivos, dor no ombro e escápula, sudorese e<br />

poliúria; tosse seca, espirros, bocejos, agitação, excesso <strong>de</strong> auto-estima.<br />

Trajeto:<br />

Nasce no ponto P1 Tchong-Fou, situado no 2.º espaço intercostal,<br />

sobre a linha para-axilar, a duas distâncias da linha mamilar. Daí sobe<br />

até <strong>de</strong>baixo da clavícula on<strong>de</strong> está o ponto P2 Iunn-Menn, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> sobe<br />

para a face interna do braço, correndo sobre o músculo bíceps braquial,<br />

passando pelos pontos P3 Tienn-Fou e P4 Sie-Po, cruza a articulação do<br />

cotovelo por fora do tendão do bíceps on<strong>de</strong> se encontra o ponto P5<br />

Tchre-Tsre e se dirige em linha reta, pela borda do rádio para a mão,<br />

passando pelo ponto P6 Krong-Tsoe. Ao chegar a três distâncias<br />

(distância = largura - da articulação superior do polegar) da articulação do<br />

punho, <strong>de</strong>svia-se para fora da artéria radial alcançando aí o ponto P7 Lie-<br />

Tsiue, voltando para continuar sobre a artéria on<strong>de</strong> à altura do pulso<br />

encontramos os pontos P8 Tsing-Tsui e P9 Trae-Iuann. Percorre o bordo<br />

externo da eminência tenar, passando pelo ponto P10 Iu-Tsi, terminando<br />

no ângulo ungueal externo do polegar no ponto P11 Chao-Chang.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

P1 Sobœ o tórax, no 2º espaço intercostal, na margem lateral superior<br />

da 3ª costela.<br />

P2 Sobre a margem inferior da clavícula, sobre o ápex da <strong>de</strong>pressão<br />

formada pelo triângulo do músculo gran<strong>de</strong> peitoral e do músculo<br />

<strong>de</strong>ltói<strong>de</strong>.<br />

P3 Na face ântero-lateral do braço, lado radial do bíceps braquial, a 12<br />

cm (6 cun) da prega do cotovelo.<br />

P4 Sobre a face ântero-lateral do braço, lado radial do bíceps braquial,<br />

a 10 cm (5 cun) da prega do cotovelo.<br />

P5 (PS) Sobre a prega do cotovelo, margem lateral do tendão do<br />

músculo bíceps braquial.<br />

P6 (PG) Sobre a face ântero-lateral do antebraço, com a mão em<br />

supinação, a 14 cm (7 cun) da flexão do punho.<br />

P7 Na margem ântero-lateral do rádio, na mesma linha da ponta do<br />

processo estilói<strong>de</strong>, a 1 cm (0,5 cun), proximal.<br />

P8 (PH) Sobre o processo estilói<strong>de</strong> do rádio.<br />

P9 (PT) Sobre a linha do processo estilói<strong>de</strong> do rádio, a 2 cm (1 cun)<br />

do ponto P8.


P10 Sobre a eminência tenar, por sobre o 1º osso metacarpiano, na<br />

<strong>de</strong>pressão óssea do lado distal do mesmo, na margem ânteroexterna.<br />

P11 Sobre o ângulo ungueal medial do polegar.<br />

Meridiano dos pulmões<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 50<br />

Meridiano do Intestino Grosso (Ta-Tchrang-Ching)<br />

Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

20 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yang (+) Positiva<br />

Sentido da Energia:<br />

Mão - Cabeça = centrípeto<br />

Horário:<br />

Das 5 às 7 h, este Meridiano se encontra com a máxima energia e é<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Funções:<br />

Este Meridiano comanda o intestino grosso e as suas funções <strong>de</strong><br />

absorção dos líquidos e eliminação dos resíduos. E relaciona-se com a<br />

tensão emocional.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do intestino grosso relaciona-se com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Pulmão, seu acoplado.<br />

• Pulmão e estômago na seqüência da gran<strong>de</strong> circulação.<br />

• Rim pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).<br />

• Estômago (terra) e bexiga (água) na seqüência generativa dos 5<br />

elementos.<br />

• Intestino <strong>de</strong>lgado e triplo aquecedor (fogo) e vesícula biliar<br />

(ma<strong>de</strong>ira) <strong>de</strong> acordo com a Lei da Dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através <strong>de</strong> vasos secundários o Meridiano do intestino grosso faz<br />

conexão com os seguintes Meridianos:<br />

• O ponto IG6 com P9 e o lG4 com P7.<br />

• O ponto IG9 faz conexão com o estômago.<br />

• Outros vasos secundários ligam este Meridiano aos seguintes<br />

pontos: ID12, VB3, VB4, VB5 e VB14, VC24, e SN26,


Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Temor ao frio, difícil aquecimento, prolapso do recto, constipação<br />

hipotônica, diarréia, aerocolia, erupções.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Calor e inchação ao longo do meridiano, constipação hipotônica,<br />

abdome doloroso, se<strong>de</strong>, palavras incorretas, odontalgia, acnes, prurido.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

IG1 Sobre o ângulo ungueal medial do <strong>de</strong>do indicador.<br />

IG2 Na face medial da articulação metacarpofalangeana do <strong>de</strong>do<br />

indicador, na <strong>de</strong>pressão distal.<br />

IG3 Na face medial da articulação metacarpofalangeana do <strong>de</strong>do<br />

indicador, na <strong>de</strong>pressão medial.<br />

IG4 Junto à face medial do 2.º metacarpiano no nível da metapófise.<br />

IG5 Sobre o metacarpo do polegar no centro da <strong>de</strong>pressão formada<br />

pelo tendão extensor longo e curto do polegar.<br />

IG6 Sobre o rádio, a 6 cm (3 cun) proximamente ao IG5.<br />

IG7 Sobre o rádio, a 10 cm (5 cun) proximamente ao lG5.<br />

IG8 Sobre o rádio, a 16 cm (8 cun) proximamente ao IG5.<br />

IG9 Sobre o rádio, a 18 cm (9 cun) proximamente ao lG5.<br />

IG10 Sobre o rádio, a 20 cm (10 cun) proximamente ao IG5.<br />

IG11 Em uma <strong>de</strong>pressão na face lateral do cotovelo, junto à linha <strong>de</strong><br />

flexão: quando o braço é flexionado, anteriormente ao epicôndilo<br />

umeral.<br />

IG12 Junto do epicôndilo umeral, no seu bordo lateral interno.<br />

IG13 Junto à borda ântero-lateral do número, a 6 cm (3 cun) da prega do<br />

cotovelo.<br />

IG14 Sobre a face lateral do braço, na inserção do músculo <strong>de</strong>ltói<strong>de</strong>.<br />

IG15 Com o braço em adução, na borda ântero-inferior da articulação<br />

acromioclavicular.<br />

IG16 Em uma <strong>de</strong>pressão formada pela angulação da extremida<strong>de</strong><br />

acromioclavicular com a espinha da escápula.<br />

IG17 Sobre a borda posterior do músculo esternocleidomastoí<strong>de</strong>o, no<br />

nível do 1º anel cricói<strong>de</strong>.<br />

IG18 Ao nível da cartilagem tireói<strong>de</strong>a, a 6 cm (3 cun) lateralmente sobre<br />

o pescoço.<br />

IG19 A 1 cm (0,5 cun) lateralmente ao sulco nasal, partindo da sua<br />

meta<strong>de</strong> horizontal e vertical.<br />

IG20 Um ponto que se encontra imediatamente por fora da asa do nariz,<br />

em um sulco.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 51<br />

Meridiano do intestino grosso


Número <strong>de</strong> pontos:<br />

45 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yang (+) positiva<br />

Sentido da energia:<br />

Cabeça - pés = centrífugo<br />

Meridiano do Estômago (Oe-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 7 às 9 h este Meridiano encontra-se com a máxima energia. É<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

Este Meridiano comanda o estômago e o duo<strong>de</strong>no, e suas funções<br />

digestivas e transformadoras <strong>de</strong> alimentos. Nele tem lugar a elaboração<br />

<strong>de</strong> energia, o que o torna um dos mais importantes Meridianos.<br />

Sua expressão emocional é a obsessão, além <strong>de</strong> controlar a<br />

concentração e a retidão das idéias.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do estômago está relacionado com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Baço-Pâncreas, seu acoplado.<br />

• Intestino grosso e baço-pâncreas na seqüência da Gran<strong>de</strong><br />

Circulação <strong>de</strong> energia.<br />

• Circulação-sexualida<strong>de</strong> pela via meio-dia - meia-noite (opostos<br />

12 horas).<br />

• Intestino <strong>de</strong>lgado, triplo-aquecedor (fogo) e intestino grosso<br />

(metal) na seqüência generativa dos 5 elementos.<br />

• Vesícula biliar (ma<strong>de</strong>ira) e bexiga (água) <strong>de</strong> acordo com a Lei da<br />

Dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através <strong>de</strong> vasos secundários o Meridiano do estômago faz conexão<br />

com os seguintes Meridianos:<br />

• No ponto E7 recebe vasos secundários do intestino grosso, do<br />

fígado, do vaso da concepção e do sistema nervoso.<br />

• O ponto E4O está conectado com o ponto BP3 e o ponto E42<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 52<br />

com o ponto BP4.<br />

• Na região cefálica estabelece relação com os pontos VB1, VB3,<br />

VB4, VB5, VB6, VB14 e B1.<br />

• O ponto E12 conecta-se com o ponto VC12.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Tórax e abdome frios, gases, dor no tórax e abdome, anorexia,<br />

digestão lenta, diarréia.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Calor no tórax e abdome, digestão rápida, fome e se<strong>de</strong>, abdome<br />

dolorido, urina amarela escura, língua amarela e constipação.<br />

Trajeto<br />

Inicia na cabeça, mais precisamente na face, borda inferior da órbita<br />

ocular - ponto E1 - Tchreng-Tsri, <strong>de</strong>sce verticalmente passando por E2 -<br />

Se-Pae; E3 - Tsiu-Tsiao; E4 - Ti-Tsrang até encontrar p ponto E5 - Ta-Ing<br />

junto da inserção do Masseter, no centro do corpo mandibular, on<strong>de</strong> se<br />

bifurca: a primeira parte sobe obliquamente, passando pelo ângulo da<br />

mandíbula E6 - Tsia-Tchre, e dirige-se à região temporal passando por<br />

E7 - Sia-Koann, até alcançar E8 - Treou-Oe; a segunda e principal parte<br />

<strong>de</strong>sce verticalmente pela parte anterior do maxilar, cruza a mandíbula e<br />

<strong>de</strong>sce pelo esternocleidomastoí<strong>de</strong>o, ou melhor, entre este e a faringe,<br />

on<strong>de</strong> encontramos os pontos E9 Jenn-Ing, E10 Choe-Trou, até alcançar a<br />

clavícula no ponto E11 - Tsri-Che percorrendo o bordo superior <strong>de</strong>ssa por<br />

duas distâncias, ponto E12 - Tsiue-Prenn. Desce ao tórax pela linha<br />

mamilar passando pelos pontos E13 - Tsri-Rou, E14 Krou-Fang, E15 -<br />

Ou-I, E16 - Ing-Tchroang, E17 - Jou-Tchong, até a horizontal da parte<br />

inferior da apófise xifói<strong>de</strong> on<strong>de</strong> está o ponto E18 Jou-Kenn, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sce<br />

verticalmente a duas distâncias da linha média passando pelos pontos<br />

E19 Pou-Jong, E20 - Tchreng-Mann, E21 Leang-Menn, E22 Koan-Menn,<br />

E23 Trae-I, E24 Roa-Jeou, E25 Tienn-Tchrou, E26 Oae-Ling, E27 Ta-<br />

Tsiu, E28 Choe-Tao, E29 Koe-Lae, E30 Tsri-Tchrong, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> passa à<br />

face ântero-exterior da coxa que percorre verticalmente, passando pelos<br />

pontos E31 Pi-Koann, E32 Fou-Trou, E33 Inn-Che, E34 Leang-Tsiou,<br />

dirigindo-se à região ântero-lateral da patela ponto E35 Tou-Pi, continua<br />

pela perna, face externa do músculo tibial anterior on<strong>de</strong> vamos encontrar<br />

os pontos E38 Tiao-Kreou, E39 Sia-Lienn, E40 Fong-Long, chega ao pé<br />

pela face anterior, ponto E41 Tsie-Tsri, seguindo pela face dorsal do pé<br />

passando pelos pontos E42 Tchrong-Yang, E43 Sienn-Kou, E44 Nei-Ting<br />

e, termina no ângulo ungueal externo do segundo artelho no ponto E45<br />

Li-Toe.


Localização Anatômica dos Pontos<br />

E1 No forame orbitário.<br />

E2 No forame supraorbitário.<br />

E3 Perpendicularmente ao E2 e horizontalmente à base da asa do<br />

nariz.<br />

E4 A 8 mm (0,4 cun) lateralmente ao ângulo da boca.<br />

E5 Sobre a borda anterior do masseter, no centro do corpo<br />

mandibular.<br />

E6 No ângulo da mandíbula, ponto ântero-superior, em pleno corpo<br />

muscular do masseter.<br />

E7 Em uma <strong>de</strong>pressão na borda inferior do arco zigomático,<br />

anteriormente ao côndilo da mandíbula. E8 - No alto e<br />

posteriormente à bossa frontal.<br />

E9 Na borda anterior do músculo esternocleidomastoí<strong>de</strong>o, na altura da<br />

artéria carótida. Evitar o vaso.<br />

E10 Na borda anterior do músculo esternocleidomastoí<strong>de</strong>o, na altura do<br />

primeiro anel cricói<strong>de</strong>.<br />

E11 Na borda superior da clavícula, entre as inserções do feixe esternal<br />

do músculo esternocleidomastoí<strong>de</strong>o.<br />

E12 Em meio à fossa supraclavicular, sobre a linha mamilar. Do ponto<br />

E13 ao ponto E18, os pontos são distribuídos ao longo da linha<br />

mamilar. E13 - Sob a clavícula.<br />

E14 No 1º espaço intercostal.<br />

E15 No 2º espaço intercostal.<br />

E16 No 3º espaço intercostal.<br />

E17 No 4º espaço intercostal, sobre o mamilo.<br />

E18 No 5º espaço intercostal.<br />

E19 A 4 cm (2 cun) para fora da linha mediana do corpo e a 12 cm (6<br />

cun) do umbigo. Do ponto E20 ao ponto E30, os pontos são<br />

distribuídos ao longo da linha vertical que corre paralelamente, a 4<br />

cm da linha mediana (línea alba).<br />

E20 A 10 cm (5 cun) acima do umbigo.<br />

E21 A 8 cm (4 cun) acima do umbigo.<br />

E22 A 6 cm (3 cun) acima do umbigo.<br />

E23 A 4 cm (2 cun) acima do umbigo.<br />

E24 A 2 cm (1 cun) acima do umbigo.<br />

E25 No nível do umbigo.<br />

E26 A 2 cm (1 cun) abaixo do umbigo.<br />

E27 A 4 cm (2 cun) abaixo do umbigo.<br />

E28 A 6 cm (3 cun) abaixo do umbigo.<br />

E29 A 8 cm (4 cun) abaixo do umbigo.<br />

E30 A 10 cm (5 cun) abaixo do umbigo.<br />

E31 Ao cruzamento <strong>de</strong> uma linha vertical que passa pela espinha ilíaca<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 53<br />

ântero-superior e <strong>de</strong> uma linha horizontal suprapúbica.<br />

E32 Entre o músculo reto do fêmur e o músculo vasto lateral, a 12 cm<br />

(6 cun) do bordo superior da rótula.<br />

E33 Em uma <strong>de</strong>pressão entre o tendão do músculo reto femural e o<br />

músculo vasto lateral, a 6 cm (3 cun) da borda superior da rótula.<br />

E34 Em uma <strong>de</strong>pressão entre o tendão do músculo reto femural e o<br />

músculo vasto lateral, a 4 cm (2 cun) da borda superior da rótula.<br />

E35 Em uma <strong>de</strong>pressão lateralmente ao ápice da rótula, evitando-se o<br />

seu ligamento.<br />

E36 Junto à crista da tíbia, sob um platô a 6 cm (3 cun) abaixo do ápice<br />

da rótula.<br />

E37 Junto à crista da tíbia, a 12 cm (6 cun) abaixo do ápice da rótula.<br />

E38 Junto à crista da tíbia, a 16 cm (8 cun) abaixo do ápice da rótula.<br />

E39 Junto à crista da tíbia, a 18 cm (9 cun) abaixo do ápice da rótula.<br />

E40 Junto à margem lateral da fíbula, a 16 cm (8 cun) abaixo da rótula.<br />

E41 Sobre o dorso do pé, entre os tendões dos músculos extensor<br />

longo dos <strong>de</strong>dos e longo do hálux, na borda do ligamento cruzado.<br />

E42 A 3 cm (1,5 cun) distalmente do ponto E41.<br />

E43 Em uma <strong>de</strong>pressão junto à junção do 2º e 3º ossos metatarsais.<br />

E44 Entre o 2º e o 3º <strong>de</strong>dos do pé, a 1 cm (0,5 cun) da prega<br />

interdigital.<br />

E45 Sobre o ângulo ungueal lateral do 2º artelho.


Meridiano do estômago<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 54<br />

Meridiano do estômago (cont.)


Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

21 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yin (-) negativa<br />

Sentido da Energia:<br />

Pés-Tronco = centrípeto<br />

Meridiano do Baço-Pâncreas (Pi-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 9 às 11 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

Este Meridiano comanda as funções combinadas dos órgãos: baço<br />

(em suas funções reguladoras da hematopoiese) e pâncreas endócrino<br />

(em suas funções reguladoras sobre as reservas <strong>de</strong> glicoógeno).<br />

Apresenta também importante função sobre o psiquismo (concentração)<br />

e sobre o aparelho urogenital. Sua expressão emocional é a ansieda<strong>de</strong>.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do baço-pâncreas está relacionado com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Estômago, seu acoplado.<br />

• Estômago e coração na seqüência da Gran<strong>de</strong> Circulação.<br />

• Triplo-aquecedor pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).<br />

• Coração e circulação-sexualida<strong>de</strong> (fogo) e pulmão (metal) na<br />

seqüência generativa dos 5 elementos.<br />

• Fígado (ma<strong>de</strong>ira) e rim (água) <strong>de</strong> acordo com a Lei da dominância<br />

dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através <strong>de</strong> vasos secundários o Meridiano do baço-pâncreas faz<br />

conexão com os seguintes Meridianos:<br />

• No ponto BP4 faz conexão com E42 e no BP3 com E40.<br />

• No ponto BP6 se reúne com os Meridianos do fígado e rim.<br />

• Este Meridiano faz conexão com os pontos VC3 e VC4 <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>corre suas funções nos processos ginecológicos.<br />

• N0 ponto BP21 inúmeros vasos se ramificam por todo tórax,<br />

distribuindo a energia gerada no estômago.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 55<br />

• Há ainda ligações com os pontos P1, VB24, F14, VC10 e VC17.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Tensão abdominal, aerocolia, anorexia (falta <strong>de</strong> apetite), falta <strong>de</strong> se<strong>de</strong>,<br />

digestão lenta, vômitos, diarréia, dores abdominais, falta <strong>de</strong><br />

concentração.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Abdome doloroso, constipação, sensação <strong>de</strong> tensão no tórax e<br />

abdome, angústia.<br />

Trajeto:<br />

Inicia na borda interna do hálux, ângulo ungueal, no ponto BP1 Yin-<br />

Po, segue pela borda superior interna do pé, on<strong>de</strong> se encontram os<br />

pontos BP2 Ta-Tou, BP3 Trae-Po, BP4 Kong-Soun, BP5 Chang-Tsiou,<br />

sobe pela borda posterior da tíbia passando pelos pontos BP6 Sann-Yin-<br />

Tsiao, BP7 Leou-kou e BP8 Ti-Tsi, até alcançar a face medial do joelho<br />

on<strong>de</strong> está o ponto BP9 Yin-Ling-Tsiuann. Continua subindo pela face<br />

medial da coxa on<strong>de</strong> se localizam os pontos BP10 Siue-Rae e BP11 Tsi-<br />

Menn, ocupando a posição mais anterior entre os 3 Meridianos Yin do<br />

membro inferior. Sobe ao abdome por fora do Meridiano do estômago,<br />

on<strong>de</strong> se encontram os pontos BP12 Tchrong-Menn, BP13 Fou-Che,<br />

BP14 Fou-Tsie, BP15 Ta-Rong e sobe ao tórax por fora da linha mamilar<br />

passando pelos pontos BP16 Fou-Ngae, BP17 Che-Teou, BP18 Tienn-<br />

Tsri, BP19 Siong-Siang, até o segundo espaço intercostal on<strong>de</strong> está o<br />

ponto BP20 Tcheou-Iong, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sce para terminar no ponto BP21<br />

Ta-Pao, localizado no sétimo espaço intercostal sobre a linha axilar.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

BP1 Sobre o ângulo ungueal medial do hálux.<br />

BP2 Sobre a face medial do hálux, anteriormente à articulação<br />

metatarsofalangeana.<br />

BP3 Sobre a face medial do pé, proximamente à articulação do 1º<br />

metatarso.<br />

BP4 Sobre a face medial do pé, em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra<br />

acima do bordo proximal da articulação entre o 1º metatarso e o 1º<br />

osso cuneiforme.<br />

BP5 Em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra sobre a borda ântero-inferior<br />

do maléolo médio.<br />

BP6 A 6 cm (3 cun) acima da ponta do maléolo médio, junto à margem<br />

posterior da tíbia.<br />

BP7 A 12 cm (6 cun) acima da ponta do maléolo médio, junto à margem<br />

posterior da tíbia.


BP8 A 6 cm (3 cun) abaixo da <strong>de</strong>pressão do côndilo medial da tíbia,<br />

junto à sua margem posterior.<br />

B19 Na <strong>de</strong>pressão do côndilo medial da tíbia, abaixo da sua<br />

tuberosida<strong>de</strong>.<br />

BP10 A 4 cm (2 cun) acima da borda superior da rótula, entre o músculo<br />

vasto interno e o músculo sartório.<br />

BP11 A 16 cm (8 cun) proximamente à borda superior da rótula, na<br />

margem anterior do músculo sartório.<br />

BP12 Lateralmente à artéria femural na altura da borda superior do<br />

púbis.<br />

BP13 A 1,4 cm (0,7 cun) verticalmente ao E12, a 8 cm (4 cun)<br />

lateralmente à línea alba.<br />

BP14 A 2,6 cm (1,3 cun) abaixo da linha horizontal do umbigo, a 8 cm (4<br />

cun) lateralmente à línea alba.<br />

BP15 A 8 cm (4 cun) lateralmente sob a horizontal do umbigo.<br />

BP16 A 6 cm (3 cun) da horizontal do umbigo, a 8 cm (4 cun)<br />

lateralmente à línea alba.<br />

BP17 No 5º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.<br />

BP18 No 4º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.<br />

BP19 No 3º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.<br />

BR20 No 2º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.<br />

BR21 No 6º espaço intercostal, na linha axilar anterior.<br />

Meridiano Baço-Pâncreas<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 56


Meridiano Baço-Pâncreas (cont.)<br />

Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

9 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yin (-) negativa<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 57<br />

Sentido da Energia:<br />

Tronco - Mão = centrífugo<br />

Meridiano do Coração (Sinn-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 11 às 13 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

O Meridiano do coração comanda o órgão cardíaco e os vasos<br />

sanguíneos.<br />

Relaciona-se com a energia psíquica, com a consciência e a<br />

inteligência.<br />

Sua expressão emocional é a alegria e a afetivida<strong>de</strong>.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do coração está relacionado com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Intestino <strong>de</strong>lgado, seu acoplado.<br />

• Baço-Pâncreas e intestino <strong>de</strong>lgado na seqüência da Gran<strong>de</strong><br />

Circulação.<br />

• Vesícula biliar, pela via meio-dia - meia-noite.<br />

• Fígado (ma<strong>de</strong>ira) e baço-pâncreas (terra) na seqüência<br />

generativa dos 5 elementos.<br />

• Rim (água) e pulmão (metal) <strong>de</strong> acordo com a lei da dominância<br />

dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através <strong>de</strong> vasos secundários o Meridiano do coração faz conexão<br />

com os seguintes Meridianos:<br />

• No ponto C5 faz conexão com ID4 e C7 com ID7.<br />

• Através do ponto VC17 faz ligação com ID, R, CS, TA, F, IG, e<br />

BP.


Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Pulso fraco, memória fraca, língua pálida, insônia, palpitação,<br />

respiração acelerada, dor na ponta do coração, rosto pálido, medo,<br />

timi<strong>de</strong>z, medo sem razão (fobia), lipotimia (movimento do corpo suspenso<br />

sem sensibilida<strong>de</strong>), menstruação insuficiente, micção freqüente com urina<br />

incolor, angústia, má memória.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Rosto vermelho, língua seca, pulso acelerado, palpitações fortes,<br />

coragem, audácia, voz sonora, olhos brilhantes, menstruação abundante,<br />

riso fácil, soluços, superexcitação.<br />

Trajeto:<br />

Parte do ponto C1 Tsi-Tsiuann no oco axilar, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> passa à face<br />

interna do braço, lado ulnar on<strong>de</strong> encontramos C2 Tsring-Ling, cruzando<br />

a articulação do cotovelo em sua extremida<strong>de</strong> interna, C3 Chao-Rae,<br />

cruza a articulação do punho sobre a artéria ulnar C4 Ling-Tao, C5<br />

Trong-Li, C6 Inn-Tsri, C7 Chenn-Menn, ganha a palma da mão cruzando<br />

a eminência hipotênar, C8 Chao-Fou, para terminar no ângulo ungueal<br />

interno do <strong>de</strong>do mínimo C9 Chao-Tchrong.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

C1 No centro do oco axilar, medianamente à artéria axilar.<br />

Controlar a pulsação arterial para evitá-la.<br />

C2 Sobre a borda medial do músculo bíceps, a 6 cm (3 cun) acima<br />

do ápice da articulação do cotovelo (epitróclea).<br />

C3 Na prega <strong>de</strong> flexão do cotovelo, próximo à margem medial da<br />

epitróclea.<br />

C4 Sobre a face ulnar, se<strong>de</strong> distal do antebraço, medialmente ao<br />

tendão do músculo flexor do carpo, a 3 cm (1,5 cun) da borda<br />

posterior do osso do punho (psiforme).<br />

C5 Na face ulnar, se<strong>de</strong> distal do antebraço, medialmente ao tendão do<br />

músculo flexor do carpo, a 2 cm (1 cun) da borda posterior do osso<br />

psiforme.<br />

C6 Na face ulnar, se<strong>de</strong> distal do antebraço, medialmente ao tendão do<br />

músculo flexor do carpo, a 1 cm (0,5 cun) da borda posterior do<br />

osso psiforme.<br />

C7 Na face ulnar, se<strong>de</strong> distal do antebraço, sobre a borda posterior do<br />

osso psiforme, medialmente ao tendão do músculo flexor do carpo.<br />

C8 Na face palmar, entre o 4º e o 5º ossos metacarpianos, na se<strong>de</strong><br />

distal.<br />

C9 No ângulo ungueal medial do 5º <strong>de</strong>do.<br />

Meridiano do coração<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 58


Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

9 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yang (+) positivo<br />

Sentido da Energia:<br />

Mãos - cabeça = centrípeto<br />

Meridiano do Intestino Delgado<br />

(Siao-Tchrang-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 13 às 15 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

Comanda o intestino <strong>de</strong>lgado, a função <strong>de</strong> absorção, o anabolismo e a<br />

síntese das proteínas. Lançam as toxinas e <strong>de</strong>jetos sólidos ao intestino<br />

grosso, os líquidos à bexiga e rins. Produtor <strong>de</strong> energia vital (comanda a<br />

produção).<br />

Ação sobre as gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pressões.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do intestino <strong>de</strong>lgado está relacionado com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Coração, seu acoplado.<br />

• Coração e bexiga, na seqüência da Gran<strong>de</strong> Circulação.<br />

• Fígado pela via meio-dia - meia-noite.<br />

• Vesícula biliar (ma<strong>de</strong>ira) e estômago (terra) na seqüência<br />

generativa dos 5 elementos.<br />

• Bexiga (água) e intestino grosso (metal) <strong>de</strong> acordo com a lei da<br />

dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através <strong>de</strong> Vasos Secundários o Meridiano do intestino <strong>de</strong>lgado faz<br />

conexão com os seguintes Meridianos:<br />

• No ponto ID13 há um vaso secundário que o liga ao Meridiano do<br />

sistema nervoso.<br />

• No ponto ID12 recebe vasos secundários dos Meridianos do<br />

intestino grosso, triplo aquecedor e vesícula biliar.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 59<br />

• Nos pontos ID17 e ID18 faz conexão com a vesícula biliar e triplo<br />

aquecedor.<br />

• No ponto ID7 faz conexão com C7 e no ID4 com o C5.<br />

• Há ainda vasos secundários que o ligam a B1, B11, B36 e VC12,<br />

VC13 e VC17.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Poliúria, urina muito clara, dores no ventre (região baixa), diarréia,<br />

<strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>, inclinação para frente, friorento, diminuição da resistência<br />

física, caráter fraco, choro fácil.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Cotovelo contraído, abdome dilatado com dores (melhora com a<br />

expulsão <strong>de</strong> gases), recuperação física fácil, disúria (dificulda<strong>de</strong>s ao<br />

urinar), excitação fácil, caloroso.<br />

Trajeto:<br />

Inicia no bordo externo do <strong>de</strong>do mínimo, ângulo ungueal ID1 Chao-<br />

Tsre, percorre o bordo externo do <strong>de</strong>do mínimo ID2 Tsienn Kou, ID3<br />

Reou-Tsri, cruzando a borda externa do punho ID4 Oann-Kou, ID5 Iang-<br />

Kou, e percorre o antebraço seguindo o bordo externo da ulna ID6 Iang-<br />

Lao, ID7 Tche-Tcheng, cruza o cotovelo ao nível da goteira cubital ID8<br />

Siao-Rae. Continua pela face póstero-interna do braço ID9 Tsienn-<br />

Tchenn, passa pela região da escápula ao nível da escápula ID10 Nao-<br />

Iu, sobre a qual <strong>de</strong>screve um zigue-zague, ID11 Tienn-Tsong, ID12<br />

Tchreng-Fong, sobre a nuca ID13 Tsiou-Iuann, ID14 Tsienn-Oa-E-Iu,<br />

ID15, Tsienn-Tchong-Iu, ganha a região lateral do pescoço, ID16 Tienn-<br />

Tchroang, ID17 Tienn-Jong e passa à face ID18 - Tsiuann-Tsiao, para<br />

terminar no ID19 Ting-Kong, diante do pavilhão auricular.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

ID1 No ângulo ungueal lateral, lado ulnar do 5º <strong>de</strong>do.<br />

ID2 Na face ulnar, em uma <strong>de</strong>pressão distalmente à articulação<br />

metacarpofalangeana do 5º <strong>de</strong>do.<br />

ID3 Na face ulnar, em uma <strong>de</strong>pressão proximamente à articulação<br />

metacarpofalangeana do 5º <strong>de</strong>do.<br />

ID4 Na face ulnar, em uma <strong>de</strong>pressão formada pela articulação do 5º<br />

metacarpo com o osso uncinado.<br />

ID5 Na face ulnar em uma <strong>de</strong>pressão formada pelo processo estilói<strong>de</strong><br />

da ulna com o osso pisiforme.<br />

ID6 Em uma <strong>de</strong>pressão a montante da crista ulnar, na margem radial.<br />

ID7 A 10 cm (5 cun) do ponto IG6, na face ulnar do antebraço, sobre o<br />

corpo do músculo ulnar do carpo.


ID8 Na face posterior da articulação-cubital proximal, em uma<br />

<strong>de</strong>pressão entre o olécrano e o epicôndilo medial do úmero.<br />

Evi<strong>de</strong>ncia-se bem com o braço flexionado.<br />

ID9 Com o braço estendido, o ponto se encontra a 2 cm (1 cun) acima<br />

<strong>de</strong> uma linha que sobe verticalmente da prega axilar.<br />

ID10 Sobre uma linha que sobe verticalmente da prega axilar, na borda<br />

superior da articulação escápulo-umeral.<br />

ID11 No centro da asa escapular relativamente à fossa subespinal.<br />

ID12 Na meta<strong>de</strong> da fossa supraespinal da escápula.<br />

ID13 Na fossa supraespinal da escápula, proximamente, a meia<br />

distância entre a borda superior da articulação escápulo-umeral<br />

(ID10) e o processo espinhoso da D2 (2ª vértebra dorsal).<br />

ID14 A 6 cm (3 cun) lateralmente ao processo espinhoso da D1 (1ª<br />

vértebra dorsal).<br />

ID15 A 4 cm (2 cun) lateralmente ao processo espinhoso da C7 (7ª<br />

vértebra cervical).<br />

ID16 A 1 cm posteriormente à borda posterior do músculo<br />

esternocleidomastoí<strong>de</strong>o, ao nível da cartilagem tireói<strong>de</strong>a.<br />

ID17 Posteriormente ao ângulo mandibular, na borda anterior do<br />

músculo esternocleidomastoí<strong>de</strong>o.<br />

ID18 Em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra na borda inferior do osso<br />

zigomático.<br />

ID19 Em uma <strong>de</strong>pressão que se forma diante do ouvido ao nível da<br />

articulação têmporo-mandibular quando o indivíduo abre a boca.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 60<br />

Meridiano do intestino <strong>de</strong>lgado


Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

67 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yang (+) positiva<br />

Sentido da energia:<br />

Cabeça - pés = centrípeto<br />

Meridiano da Bexiga<br />

(Prang-Koang-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 15 às 17 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

Este Meridiano comanda a bexiga além <strong>de</strong> atuar <strong>de</strong>cisivamente na<br />

função equilibradora dos rins, na qual representa o pólo Yang.<br />

Este Meridiano atua sobre o sistema simpático.<br />

Através <strong>de</strong> seus pontos <strong>de</strong> assentamento é possível agir sobre as<br />

disfunções <strong>de</strong> praticamente todos os órgãos e vísceras.<br />

Relações:<br />

O Meridiano da bexiga está relacionado com os seguintes Meridianos:<br />

• Rim, seu acoplado.<br />

• Intestino <strong>de</strong>lgado e rim, na seqüência da gran<strong>de</strong> circulação.<br />

• Pulmão pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).<br />

• Intestino grosso (metal) e vesícula biliar na seqüência generativa<br />

dos 5 elementos.<br />

• Estômago (terra), intestino <strong>de</strong>lgado e triplo aquecedor (fogo) <strong>de</strong><br />

acordo com a Lei da Dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através dos vasos secundários o Meridiano da bexiga faz conexão<br />

com os seguintes Meridianos:<br />

• No ponto B1 recebe vasos secundários dos Meridianos: ID, E, TA,<br />

CS, BP.<br />

• No ponto B11 conecta os Meridianos do sistema nervoso, intestino<br />

<strong>de</strong>lgado e triplo aquecedor.<br />

• No ponto B32 faz conexão com o fígado e com a vesícula biliar.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 61<br />

• No ponto B62 conecta R4 e o B58 com o R3.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Polaquiuria com urina clara, hipoacusia (diminuição da audição).<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Obstrução nasal, anesmia (perda do olfato), dores na coluna vertebral,<br />

urina muito colorida, disúria (dificulda<strong>de</strong> ao urinar), ardor ao urinar,<br />

insônia, cálculos, furunculose crônica.<br />

Trajeto:<br />

O Meridiano da bexiga começa no ângulo interno da órbita ocular, no<br />

ponto B1 Tsing-Ming, segue verticalmente em direção à cabeça,<br />

passando por B2 Tsroann-Tchou, percorre a calota craniana,<br />

paralelamente à linha média on<strong>de</strong> se encontram B3 Mei-Tchrong, B4<br />

Tsiou-Tchrae, B5 Ou-Tchrou, B6 Tchreng-Koang, B7 Trong-Tienn e B8<br />

Lo-Tsri, continua pela região occipital, passando por B9 Iu-Tchenn e B10<br />

Tienn-Tchou (limite inferior dos cabelos), segue pela nuca e ganha a<br />

espádua, mantendo-se sempre paralelo à linha média (coluna) formando<br />

a 1ª ramificação das costas, a mais próxima da coluna, passando pelos<br />

pontos: B11 Ta-Tchrou, B12 Fong-Menn, B13 Fei-Iu, B14 Tsiue-Inn-Iu,<br />

B15 Sinn-Iu, B16 Tou-Iu, B17 Ko-Iu, B18 Kann-Iu, B19 Tann-In, B20 Pi-<br />

Iu, B21 Oe-Iu, B22 Sann-Tsiao-Iu, B23 Chenn-Iu, B24 Tsri-Rae-Iu, B25<br />

Ta-Tchrang-Iu, B26 Koann-Iuann-Iu, B27 Siao-Tchrang-Iu, B28 Prang-<br />

Koang-In, B29 Tchong-Liu-Iu, B30 Pae-Roann-Iu, B31 Chang-Tsiao, B32<br />

Tsre-Tsiao, B33 Tchong-Tsiao, B34 Siao-Tsiao, B35 Roe-Iang,<br />

ascen<strong>de</strong>nte até a altura da primeira costela, para percorrer novamente,<br />

paralelo à coluna, um segundo trajeto mais afastado da linha média, on<strong>de</strong><br />

se encontram os pontos: B36 Fou-Fenn, B37 Pro-Rou, B38 Kao-Roang,<br />

B39 Chenn-Trang, B40 I-Si, B41 Ko-Koann, B42 Roun-Menn, B43 Iang-<br />

Kang, B44 I-Che, B45 Oe-Tsrang, B46 Roang-Menn, B47 Tche-Che, B48<br />

Pao-Roang, B49 Tche-Pienn, passa <strong>de</strong>pois à face posterior do músculo<br />

cruzando o glúteo em sua parte média on<strong>de</strong> se situa o B50 Tchreng-Fou,<br />

segue em direção à fossa poplítea, passando a nove distâncias <strong>de</strong>ste,<br />

pelo ponto B51 Inn-Menn, e a uma distância pelo ponto B52 Feou-Tsri,<br />

na fossa poplítea encontramos o B53 Oe-Iang e o B54 Oe-Tchong;<br />

<strong>de</strong>scendo pela perna, em direção ao oco externo do maléolo, passando<br />

por B55 Ro-Iang, B56 Tchreng-Tsinn, B57 Tchreng-Chann, B58 Fei-Iang,<br />

B59 Fou-Iang, chega ao oco externo do maléolo, encontra aí sobre o<br />

calcâneo o ponto B60 Kroun-Loun, e segue o bordo externo do pé, on<strong>de</strong><br />

se situam os pontos B61 Prou-Chenn, B62 Chenn-Mo, B63 Tsinn-Menn,<br />

B64 Tsing-Kou, B65 Chou-Kou, B66, Trong-Kou, indo terminar no ângulo<br />

ungueal externo do 5º artelho, no ponto B67 Tche-Inn.


Localização Anatômica dos Pontos<br />

B1 A 2 mm (0,1 cun) lateralmente e superiormente à carúncula<br />

lacrimal, no ângulo interno do olho. Evitar o saco lacrimal.<br />

B2 Em uma <strong>de</strong>pressão no início do supercílio, ligeiramente abaixo da<br />

bossa frontal.<br />

B3 Sobre a vertical que sobe do ponto B2 no nível da linha que indica<br />

a implantação dos cabelos.<br />

B4 A 3 cm (1,5 cun) da linha mediana sobre a horizontal do ponto B3.<br />

Do ponto B4 ao ponto B10, todos os pontos se encontram a 3 cm<br />

da linha média.<br />

B5 A 3 cm da linha média e a 1 cm do ponto B4.<br />

B6 A 3 cm da linha média e a 4 cm do ponto B4.<br />

B7 A 3 cm da linha média e a 7 cm do ponto B4.<br />

B8 A 3 cm da linha média e a 10 cm do ponto B4.<br />

B9 A 3 cm da linha média e no nível da protuberância occipital<br />

externa.<br />

B10 A 3 cm da linha média sobre a linha occipital na inserção cranial do<br />

músculo trapézio.<br />

B11 A 3 cm lateralmente à apófise espinhosa da primeira vértebra<br />

dorsal (D1).<br />

Do ponto B11 ao ponto B30, ao longo das paravertebrais, todos<br />

os pontos encontram-se a 3 cm da apófise espinhosa.<br />

As referências quanto à altura são relativas ao processo<br />

transverso da vértebra indicada.<br />

B12 À altura da D2.<br />

B13 À altura da D3.<br />

B14 À altura da D4.<br />

B15 À altura da D6.<br />

B16 À altura da D7.<br />

B17 À altura da D8.<br />

B18 À altura da D9.<br />

B19 À altura da D10.<br />

B20 À altura da D11.<br />

B21 À altura da D12.<br />

B22 À altura da L1.<br />

B23 À altura da L2.<br />

B24 À altura da L3.<br />

B25 À altura da L4.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 62<br />

B26 À altura da L5.<br />

B27 No nível do 1º foramen sacral.<br />

B28 No nível do 2º foramen sacral.<br />

B29 No nível do 3º foramen sacral.<br />

B30 No nível do 4º foramen sacral.<br />

B31 Sobre o foramen sacral.<br />

B32 Sobre o 2º foramen sacral.<br />

B33 Sobre o 3º foramen sacral.<br />

B34 Sobre o 4º foramen sacral.<br />

B35 Ao lado do processo transverso (rudimentar) da 1ª vértebra<br />

coccígea.<br />

B36 Na meta<strong>de</strong> da prega glútea, sob a borda inferior do músculo<br />

gran<strong>de</strong> glúteo.<br />

B37 Sobre a linha que une o ponto que se encontra na meta<strong>de</strong> da<br />

prega glútea (B36) com o ponto que se encontra na meta<strong>de</strong> da<br />

prega poplítea (B40 ou B54) a 12 cm do B36.<br />

B38 Em um ponto a 2 cm da linha média na face posterior do cóccix e a<br />

2 cm acima da prega do cavo poplíteo.<br />

B39 A 2 cm (1 cun) lateralmente ao centro da prega do cavo poplíteo.<br />

medialmente ao tendão do músculo bíceps femural.<br />

B40 Exatamente no ponto central do cavo poplíteo.<br />

B41 A 6 cm (3 cun) da borda lateral do processo espinhoso da D2.<br />

Do ponto B41 ao ponto B54 todos os pontos são distribuídos ao<br />

longo das paravertebrais a 6 cm da borda lateral do processo<br />

espinhoso.<br />

B42 À altura do processo espinhoso da D3.<br />

B43 À altura do processo espinhoso da D4.<br />

B44 À altura do processo espinhoso da D5.<br />

B45 À altura do processo espinhoso da D6.<br />

B46 À altura do processo espinhoso da D7.<br />

B47 À altura do processo espinhoso da D9.<br />

B48 À altura do processo espinhoso da D10.<br />

B49 À altura do processo espinhoso da D11.<br />

B50 À altura do processo espinhoso da D12.<br />

B51 À altura do processo espinhoso da L1.<br />

B52 À altura do processo espinhoso da L2.<br />

B53 À altura do 2º foramen sacral.<br />

B54 À altura do 4º foramen sacral.<br />

B55 Sobre uma linha vertical que <strong>de</strong>sce do centro do cavo poplíteo<br />

(B40) a 4 cm (2 cun) <strong>de</strong> distância.


B56 No centro do músculo gastrocnêmio sobre a vertical que <strong>de</strong>sce do<br />

centro do cavo poplíteo (B40) a 10 cm (5 cun) <strong>de</strong> distância.<br />

B57 Na angulatura do músculo gastrocnêmio sobre a vertical que <strong>de</strong>sce<br />

do ponto B40 a 16 cm (8 cun) <strong>de</strong> distância.<br />

B58 Em um ponto que se encontra a 1 cm (0,5 cun) lateralmente e a 1<br />

cm distalmente do ponto B57.<br />

B59 A 8 cm (4 cun) sobre a linha que une o B58 ao bordo posterior do<br />

maléolo interno.<br />

B60 Sobre a borda do osso calcâneo, à meia distância entre a margem<br />

posterior do maléolo externo e do tendão <strong>de</strong> Aquiles.<br />

B61 A 3 cm (1,5 cun) posteriormente e a 3 cm inferiormente à ponta do<br />

maléolo externo B62 - A 1 cm (0,5 cun) anteriormente e a 3 cm<br />

inferiormente à ponta do maléolo externo.<br />

B63 A 3 cm (1,5 cun) anteriormente e a 3 cm inferiormente à ponta do<br />

maléolo externo.<br />

B64 Sobre a face lateral do pé, a 2 cm (1 cun) atrás da articulação<br />

metatarsofalângica do 5º <strong>de</strong>do.<br />

B65 Sobre a face lateral do pé, imediatamente proximal da articulação<br />

metatarsofalângica do 5º <strong>de</strong>do.<br />

B66 Sobre a face lateral do pé em uma <strong>de</strong>pressão adiante da<br />

articulação metatarsofalangeana do 5º <strong>de</strong>do.<br />

B67 Sobre o ângulo ungueal lateral do 5º <strong>de</strong>do do pé.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 63<br />

Meridiano da bexiga


Meridiano da bexiga (Cont.)<br />

Número <strong>de</strong> pontos:<br />

27 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yin (-) negativa<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 64<br />

Sentido da energia:<br />

Pés - tronco = centrípeto<br />

Meridiano dos Rins<br />

(Chenn-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 17 às 19 h este Meridiano encontra-se com a máxima energia e é<br />

a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

O Meridiano do rim comanda a ação filtro-excretora e secretora dos<br />

rins, além <strong>de</strong> comandar as glândulas supra-renais. Assim se <strong>de</strong>duz a sua<br />

ação sobre a sexualida<strong>de</strong>. Age sobre a assimilação renal, fornecendo<br />

energia para a audição SNC e todo sistema endócrino. Relaciona-se com<br />

a audição, ossos e cabelos. Sua expressão emocional é o medo.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do rim está relacionado com os seguintes Meridianos:<br />

• Bexiga, seu acoplado.<br />

• Bexiga e circulação-sexualida<strong>de</strong>, na seqüência da gran<strong>de</strong><br />

circulação.<br />

• Intestino grosso, pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas)<br />

Pulmão (metal) e fígado (ma<strong>de</strong>ira) na seqüência generativa dos 5<br />

elementos.<br />

• Baço-Pâncreas (terra) coração e circulação-sexualida<strong>de</strong> (fogo), <strong>de</strong><br />

acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos secundários:<br />

Através <strong>de</strong> vasos secundários o Meridiano do rim faz conexão com os<br />

seguintes Meridianos:<br />

• O ponto R4 faz conexão com B64 e o R3 com o B58.<br />

• Outros vasos secundários conectam o Meridiano do rim nos<br />

seguintes pontos: BP6; SN1; VC3; VC4; VC7; VC17.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Lombalgia, ciática, espermatorréia, odontalgia, fraqueza e dores nas


pernas, vertigem, in<strong>de</strong>cisão, complexo <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong>, falta <strong>de</strong><br />

autorida<strong>de</strong>, irritação antes da menstruação.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Oliguria, urina carregada, constipação.<br />

Trajeto:<br />

O Meridiano dos rins nasce na região plantar dos pés, no ponto R1<br />

Iong-Tsiuann, logo atrás dos músculos que protegem as articulações<br />

metatarsofalângica, contorna o bordo interno do pé passando por R2<br />

Jenn-Kou, passa pelo maléolo interno medial em cuja proximida<strong>de</strong> forma<br />

um círculo, com os pontos: R3 Trae-Tsri, R4 Ta-Tchong, R5 Choe-<br />

Tsiuann e R6 Tchao-Rae, ascen<strong>de</strong> pela face interna da perna, passando<br />

pelos pontos R7 Fou-Leou, R8 Tsiao-Sinn, R9 Tso-Pinn. Cruza o joelho<br />

por sua parte mais interna da articulação, on<strong>de</strong> se situa o R10 Inn-Kou,<br />

ganha a coxa, seguindo posterior aos outros Meridianos Yin <strong>de</strong> Baixo,<br />

segue para o púbis, on<strong>de</strong> se localiza o R11 Rong-Kou (1/2 distância da<br />

linha média, bordo do púbis). Sobe o abdome e o tórax entre a linha<br />

média e o Meridiano do estômago, passando pelos pontos R12 Ta-Ro,<br />

R13 Tsri-Tsiue, R14 Se-Mann, R15 Tchong-Tchou, R16 Roang-Iu, R17<br />

Chang-Tsiou, R18 Che-Koann, R19 Inn-Tou, R20 Trong-Kou, R21 Iou-<br />

Menn, nesta altura, afasta-se da linha média e sobe paralelo a esta na<br />

caixa torácica, passando por R22 Pou-Lang, R23 Chenn-Fong, R24 Ling-<br />

Siu, R25 Chenn-Tsrang, R26 Rouo-Tchong, para terminar <strong>de</strong>baixo da<br />

clavícula no ponto R27 Iu-Fou.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

R1 Em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra na planta do pé, entre o 2º e o<br />

3º <strong>de</strong>dos do pé, no nível da articulação metatarsofalangeana.<br />

R2 Em uma <strong>de</strong>pressão formada pela borda ântero-inferior dos ossos<br />

naviculares.<br />

R3 Na borda superior do osso calcâneo, à meia distância entre a<br />

ponta do maléolo interno e o tendão <strong>de</strong> Aquiles.<br />

R4 Ligeiramente abaixo e posteriormente ao maléolo externo, no limite<br />

da inserção do tendão <strong>de</strong> Aquiles.<br />

R5 Em uma <strong>de</strong>pressão sobre o osso calcâneo, a 2 cm (1 cun) abaixo<br />

do ponto R3.<br />

R6 Em uma <strong>de</strong>pressão a 2 cm (1 cun) acima da borda do maléolo<br />

interno.<br />

R7 Sobre a face medial da perna, anteriormente à borda do tendão <strong>de</strong><br />

Aquiles, a 4 cm (2 cun) acima do ponto R3.<br />

R8 Sobre a face medial da perna, a 4 cm (2 cun) acima do ponto R3,<br />

junto da borda posterior da tíbia (ao mesmo nível do ponto R7).<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 65<br />

R9 Sobre a face medial da perna, a 10 cm (5 cun) acima do ponto R3,<br />

na borda posterior da tíbia.<br />

R10 Sobre a face medial da perna, no ponto medial da linha que<br />

atravessa o cavo poplíteo, entre o tendão do músculo<br />

semitendinoso e o tendão do músculo semimembranoso.<br />

R11 Sobre a face abdominal, na borda superior do púbis, a 1 cm (0,5<br />

cun) ao lado da linha mediana (línea alba).<br />

R12 A 2 cm (1 cun) da borda superior do púbis.<br />

R13 A 4 cm (2 cun) da borda superior do púbis.<br />

R14 A 6 cm (3 cun) da borda superior do púbis.<br />

R15 A 8 cm (4 cun) da borda superior do púbis.<br />

R16 No nível do umbigo.<br />

R17 A 4 cm (2 cun) do nível umbilical.<br />

R18 A 6 cm (3 cun) do nível umbilical.<br />

R19 A 8 cm (4 cun) do nível umbilical.<br />

R20 A 10 cm (5 cun) do nível umbilical.<br />

R21 A 12 cm (6 cun) do nível umbilical.<br />

R22 A 4 cm (2 cun) lateralmente à linha média, ao nível do 5º espaço<br />

intercostal.<br />

Do ponto R22 ao ponto R27, todos os pontos são escalonados ao lado <strong>de</strong><br />

uma vertical ascen<strong>de</strong>nte a 4 cm (2 cun) paralela à linha mediana.<br />

R23 No 4º espaço intercostal.<br />

R24 No 3º espaço intercostal.<br />

R25 No 2º espaço intercostal.<br />

R26 No 1º espaço intercostal.<br />

R27 Em uma <strong>de</strong>pressão entre a face da 1º costela e a borda proximal<br />

da clavícula.


Meridiano dos rins<br />

Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

9 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yin (-) negativa<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 66<br />

Sentido da Energia:<br />

Tronco - mãos = centrífugo<br />

Meridiano da circulação-sexualida<strong>de</strong><br />

(Sinn-Pao-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 19 às 21 horas, este Meridiano encontra-se com a máxima<br />

energia e é a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para<br />

tonificá-lo.<br />

Função:<br />

O Meridiano da circulação-sexualida<strong>de</strong> é chamado pelos franceses <strong>de</strong><br />

Mestre do Coração, embora sua <strong>de</strong>nominação chinesa signifique algo<br />

como Porto da Vida, já que representa duas funções (a circulação da<br />

massa humoral e a sexualida<strong>de</strong>) que constituem a essência da própria<br />

vida. Ele controla uma série <strong>de</strong> funções que guardam estreita relação<br />

com a função cardíaca.<br />

Fisiopatologicamente este Meridiano representa a totalida<strong>de</strong> da massa<br />

circulante com seu conteúdo humoral, hormonal, imunológico.<br />

Relações:<br />

O Meridiano da circulação-sexualida<strong>de</strong> está relacionado com os<br />

seguintes Meridianos:<br />

• 6.1 Triplo aquecedor, seu acoplado.<br />

• 6.2 Rim e triplo aquecedor, na seqüência da gran<strong>de</strong> circulação.<br />

• 6.3 Estômago, pela via meio-dia - meia-noite (oposto: 12 horas).<br />

• 6.4. Fígado (ma<strong>de</strong>ira) e baço-pâncreas (terra) na seqüência<br />

generativa dos 5 elementos.<br />

• 6.5 Rim (água) e pulmão (metal) <strong>de</strong> acordo com a lei da<br />

dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através dos vasos secundários o Meridiano da circulação-sexualida<strong>de</strong><br />

faz conexão com os seguintes Meridianos:<br />

• CS1 faz conexão com os Meridianos do fígado, vesícula biliar e<br />

com os pontos: VC7, VC12, VC13 e VC17.


• CS8 conecta-se com o ponto TA1.<br />

• O ponto CS6 conecta-se com o ponto TA4 e o ponto CS7 com o<br />

TA5.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Rigi<strong>de</strong>z da cabeça e nuca, fadiga, falta <strong>de</strong> vigor sexual, <strong>de</strong>pressão.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Dor cardíaca, opressão, coração agitado, cefaléia congestiva, halitose,<br />

cólera.<br />

Trajeto:<br />

Parte do ponto CS1 Tienn-Tchre, no quarto espaço intercostal, por<br />

fora do mamilo, ascen<strong>de</strong> pelo tórax, entre os Meridianos do estômago e<br />

baço-pâncreas, passa pela face interna do braço on<strong>de</strong> encontramos o<br />

ponto CS2 Tienn-Tsiuann, cruza a articulação do cotovelo por <strong>de</strong>ntro do<br />

tendão do músculo bíceps braquial, on<strong>de</strong> está o CS3 Tsiou-Tsre,<br />

percorre o antebraço por sua linha média, em direção à articulação do<br />

punho, on<strong>de</strong> estão os pontos: CS4 Tsri-Menn, CS5 Tsienn-Tche, CS6<br />

Nei-Koann e CS7 Ta-Ling; este último na meta<strong>de</strong> da articulação do punho<br />

ganha a palma da mão, on<strong>de</strong> está o CS8 Lao-Kong, segue pela borda<br />

interna do <strong>de</strong>do médio, terminando no ângulo ungueal interno do mesmo<br />

<strong>de</strong>do, no ponto CS9 Tchong-Tchrong.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

CS1 Sobre a linha axilar anterior, no 4º espaço intercostal.<br />

CS2 Sobre a face anterior do braço, na borda medial do músculo<br />

bíceps, a 4 cm (2 cun) abaixo da extremida<strong>de</strong> da prega axilar.<br />

CS3 Sobre a prega <strong>de</strong> flexão do cotovelo, na borda lateral do ponto <strong>de</strong><br />

inserção do tendão do músculo bíceps braquial.<br />

CS4 A 10 cm (5 cun) da prega <strong>de</strong> flexão do punho, entre o tendão do<br />

músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do<br />

ca1po.<br />

CS5 A 6 cm (3 cun) da prega <strong>de</strong> flexão do punho entre o tendão do<br />

músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do<br />

carpo.<br />

CS6 A 4 cm (2 cun) da prega <strong>de</strong> flexão do punho, entre o tendão do<br />

músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do<br />

carpo.<br />

É necessário lembrar que na flexão da mão sobre o antebraço formam-se<br />

duas linhas. Referimos sempre à linha proximal que começa nas<br />

apófises do rádio e da ulna.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 67<br />

CS7 Sobre a meta<strong>de</strong> da prega <strong>de</strong> flexão do punho, entre o tendão do<br />

músculo longo palmar e o tendão do músculo radial do carpo.<br />

CS8 Sobre a palma da mão, no centro da mesma, junto à borda (lado<br />

polegar) do 3º osso metacarpiano.<br />

CS9 Sobre o ângulo ungueal medial (lado polegar) do 3º <strong>de</strong>do (médio).<br />

Meridiano da circulação-sexualida<strong>de</strong>


Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

23 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yang (+) positiva<br />

Sentido da Energia:<br />

Mão - cabeça = centrípeto<br />

Meridiano do Triplo Aquecedor<br />

(Sann-Tsiao-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 21 às 23 horas este Meridiano se encontra com a máxima energia<br />

e é a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da fisiopatologia, são três as funções atribuídas ao<br />

Meridiano do triplo aquecedor.<br />

1ª Uma função digestiva, <strong>de</strong> captação e transformação dos<br />

alimentos que correspon<strong>de</strong> ao aquecedor médio.<br />

2ª Uma função cárdio-respiratória, que regula a circulação do<br />

sangue rico em oxigênio (energia Yang), que correspon<strong>de</strong> ao<br />

aquecedor superior.<br />

3ª Uma função gênito-urinária e que embora tenha a função <strong>de</strong><br />

eliminação, encarrega-se da função sexual propriamente dita.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do triplo aquecedor está relacionado com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Circulação-scxualida<strong>de</strong>, seu acoplado.<br />

• Circulação-sexualida<strong>de</strong> e vesícula biliar, na seqüência da gran<strong>de</strong><br />

circulação <strong>de</strong> energia, Baço-pâncreas, pela via meio-dia - meianoite<br />

(opostos 12 horas).<br />

• Vesícula biliar (ma<strong>de</strong>ira) e estômago (terra) na seqüência<br />

generativa dos 5 elementos.<br />

• Bexiga (água) e intestino grosso (metal) <strong>de</strong> acordo com a Lei <strong>de</strong><br />

Dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através dos vasos secundários o Meridiano do triplo aquecedor faz<br />

conexão com os seguintes Meridianos:<br />

• O ponto TA17 recebe o vaso secundário da vesícula biliar.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 68<br />

• O ponto TA20 faz conexão com a vesícula biliar e o intestino<br />

grosso, o TA23 com a vesícula biliar, intestino <strong>de</strong>lgado e o vaso da<br />

concepção.<br />

• O ponto TA5 faz conexão com o ponto CS7 e o TA4 com o ponto<br />

CS6.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Atonia da articulação do cotovelo, neurastenia.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Contratura do cotovelo, excitação do SNC.<br />

Trajeto:<br />

O Meridiano do triplo aquecedor começa no ângulo ungueal externo<br />

do <strong>de</strong>do anular, ponto TA1 Koann-Tchrong, seguindo pela borda externa<br />

<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>do. on<strong>de</strong> estão os pontos TA2 Ie-Menn e TA3 Tchong-Tchou,<br />

ganha o dorso da mão para cruzar a articulação do punho no centro da<br />

prega <strong>de</strong> extensão, TA4 Iang-Tchre. Continua pela face posterior do<br />

antebraço. on<strong>de</strong> se encontram: TA5 Oae-Koann, TA6 Tche-Keou, TA7<br />

Roe-Tsong, TA8 Sann-Iang-Lo e TA9 Se-Tou. Segue pela face posterior<br />

do braço, on<strong>de</strong> estão os pontos TA10 Tienn-Tsing, TA11 Tsring-Leng-<br />

Iuann, TA12 Siao-Lo e TA13 Nao-Roe, alcança a borda posterior inferior<br />

do acrômio on<strong>de</strong> se encontra o ponto TA14 Tsienn-Tsiao, percorre o<br />

músculo trapézio. passando por TA15 Tienn-Tsiao, sobe pela borda da<br />

nuca, cruzando a apófise mastói<strong>de</strong>, ponto TA16 Tienn-Iou. Contorna o<br />

pavilhão auricular on<strong>de</strong> se localizam os pontos TA17 I-Fong, TM18<br />

Tchre-Mo, TA19 Lou-Si, TA20 Tsio-Soun e TA21 El-Menn, cruza a<br />

têmpora, TA22 Ro-Tsiao, terminando na extremida<strong>de</strong> dos supercílios no<br />

ponto TA23 Se-Tchou-Kong.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

TA1 Sobre o ângulo ungueal lateral do 4º <strong>de</strong>do (anular).<br />

TA2 Sobre a prega entre o 4º e 5º <strong>de</strong>dos, na própria articulação<br />

metacarpofalangeana.<br />

TA3 Sobre o dorso da mão, entre o 4º e 5º ossos metacarpianos, em<br />

uma <strong>de</strong>pressão que se encontra posteriormente a nível diafisário.<br />

TA4 Sobre o dorso da mão, ao nível da prega <strong>de</strong> extensão do punho,<br />

entre o músculo extensor comum dos <strong>de</strong>dos e o músculo próprio<br />

do 5º <strong>de</strong>do, entre a ulna, o semilunar e o piramidal.<br />

Na extensão da mão formam-se sobre o punho, lado dorsal, duas linhas.<br />

Referimo-nos à linha proximal.<br />

TA5 - Sobre o dorso do antebraço, entre a ulna e o rádio, a 4 cm (2 cun)<br />

da prega dorsal do punho.


TA6 Sobre o dorso do antebraço, junto da borda interna do rádio, a 6<br />

cm (3 cun) da prega dorsal do punho.<br />

TA7 Sobre o dorso do antebraço, junto à borda interna da ulna, a 6 cm<br />

(3 cun) da prega dorsal do punho, à altura do TA6.<br />

TA8 Sobre o dorso do antebraço, entre o rádio e a ulna, a 8 cm (4 cun)<br />

da prega dorsal do punho.<br />

TA9 Sobre o dorso do antebraço, entre o rádio e a ulna, a 10 cm (5 cun)<br />

da prega dorsal do punho.<br />

TA10 A 2 cm (1 cun) posteriormente e medialmente à ponta do olécrano,<br />

em uma <strong>de</strong>pressão que se evi<strong>de</strong>ncia à flexão do braço.<br />

TA11 A 2 cm do ponto TA10.<br />

TA12 Da porção súpero-posterior da articulação escapolo-umeral <strong>de</strong>sce<br />

uma vertical até o TA10; a 10 cm (5 cun) encontra-se o TA12.<br />

TA13 A 6 cm (3 cun) da articulação escapolo-umeral.<br />

TA14 Sobre a porção súpero-posterior da articulação escapolo-umeral.<br />

TA15 À meia distância da extremida<strong>de</strong> distal da clavícula, na base do<br />

pescoço, - sobre a borda súpero-posterior do trapézio.<br />

TA16 Sobre o bordo posterior do esternocleidomastoí<strong>de</strong>o, ao nível do<br />

ângulo da mandíbula.<br />

TA17 À meia distância entre o ângulo da mandíbula e o processo<br />

mastói<strong>de</strong>o.<br />

TA18 No centro do processo do osso mastói<strong>de</strong>o, em uma <strong>de</strong>pressão.<br />

TA19 Sobre uma linha que ascen<strong>de</strong> verticalmente, a 2 cm (1 cun) do<br />

ponto TA18.<br />

TA20 Sobre a escama do temporal, em um ponto ao nível do ápice da<br />

hélix.<br />

TA21 Superiormente e posteriormente ao côndilo da mandíbula, adiante<br />

da porção ascen<strong>de</strong>nte da hélix.<br />

TA22 A 1 cm (0,5 cun) anteriormente e superiormente a ponto TA21.<br />

TA23 Sobre a borda lateral da órbita, ao nível da corda do supercílio.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 69<br />

Meridiano tríplice aquecedor


Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

44 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yang (+) positiva<br />

Sentido da Energia:<br />

Cabeça - pés = centrífugo<br />

Meridiano da Vesícula Biliar<br />

(Tann-Ching)<br />

Horário:<br />

Das 23 a 1 hora este Meridiano se encontra com a máxima energia e<br />

é a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

O Meridiano da vesícula biliar comanda a função biliar total, intra e<br />

extra-hepática, incluídas as vias biliares.<br />

Relações:<br />

O Meridiano da vesícula biliar está relacionado com os seguintes<br />

Meridianos:<br />

• Fígado, seu acoplado.<br />

• Triplo aquecedor e fígado, na seqüência da gran<strong>de</strong> circulação <strong>de</strong><br />

energia.<br />

• Coração pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).<br />

• Bexiga (água) e intestino <strong>de</strong>lgado (fogo) na seqüência generativa<br />

dos 5 elementos.<br />

• Intestino grosso (metal) e estômago (terra) <strong>de</strong> acordo com a Lei da<br />

Dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através dos vasos secundários o Meridiano da vesícula biliar faz<br />

conexão com os seguintes Meridianos: Os vasos secundários <strong>de</strong>ste<br />

Meridiano são excepcionalmente numerosos, estudaremos só os mais<br />

importantes.<br />

• O ponto VB1 recebe vasos secundários do Meridiano do intestino<br />

<strong>de</strong>lgado e triplo aquecedor.<br />

• Os pontos VB3, VB4, VB5, VB14 fazem conexão com os<br />

Meridianos: TA, IG e E.<br />

• Os pontos VB7 e VB15 fazem conexão com os Meridianos: TA, ID<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 70<br />

e B.<br />

• O ponto VB24 faz conexão com o Meridiano do baço-pâncreas.<br />

• O ponto VB37 faz conexão com o ponto F3 e o ponto VB40 com o<br />

ponto F5.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:<br />

Debilida<strong>de</strong> nas pernas (dificulda<strong>de</strong> para andar), visão turva, insônia,<br />

timi<strong>de</strong>z, suspiros.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Dores abaixo das costelas, plenitu<strong>de</strong> torácica, sonolência, pele seca,<br />

cefaléia frontal, dor nos olhos.<br />

Trajeto:<br />

O Meridiano da vesícula biliar começa no ângulo externo da órbita<br />

ocular, ponto VB1 Trong-Tse-Tsiao, seguindo até em frente ao lóbulo da<br />

orelha no ponto VB2 Ting-Roe, contornando pela frente e ascen<strong>de</strong>ndo<br />

até a região temporal, passando por VB3 Kro-Tchou-Jenn, alcançando o<br />

VB4 Rann-Ia, <strong>de</strong>scendo até a orelha on<strong>de</strong> se encontram: VB5 Siuann-<br />

Lou, VB6 Siuann-Li, VB7 Tsiou-Ping, VB8 Choae-Kou. Descreve uma<br />

curva posterior ao pavilhão auricular, on<strong>de</strong> encontramos: VB9 Tienn-<br />

Tchrong, VB10 Feou-Pae, VB11 Tsiao-Inn, VB12 Oann-Kou, <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

ascen<strong>de</strong> em curva posterior ao pavilhão auricular dirigindo-se ao<br />

supercílio on<strong>de</strong> se localizam os pontos: VB13 Penn-Chenn e VB14 Iang-<br />

Pae, retornando em curva, novamente posterior, ao pavilhão auricular,<br />

em direção ao osso occipital, passando pelos pontos VB15 Linn-Tsri,<br />

VB16 Mou-Tchroang, VB17 Tcheng-Ing, VBl8 Tchreng-Ling, VB19 Nao-<br />

Krong e VB20 Fong-Tchre, <strong>de</strong>sce em direção ao músculo trapézio<br />

cruzando o VB21 Tsienn-Tsing, continuando pela região lateral do tórax e<br />

do abdome, passando pelos pontos VB22 Iuann-Ie, VB23 Tchre-Tsinn.<br />

VB24 Je-Iue, VB25 Tsing-Menn, Vb26 Tae-Mo, VB27 Ou-Tchrou e VB28<br />

Oe-Tao. Daí <strong>de</strong>scendo verticalmente pela face externa do membro<br />

inferior, entre os Meridianos do estômago e da bexiga, on<strong>de</strong> se localizam<br />

os pontos: VB29 Tsiu-Tsiao, VB30 Roann-Tiao, VB31 Fong-Che, VB32<br />

Sia-Tou, VB33 Iang-Koann, VB34 Iang-Ling-Tsiuann, VB35 Iang-Tsiao,<br />

VB36 Oae-Tsiou, VB37 Koang-Ming, VB38 Iang-Fou, VB39 Siuann-<br />

Tchong, alcançando o maléolo externo no ponto VB40 Tsiou-Siu.<br />

Dirigindo-se ao quarto artelho, pela borda externa do 4º metatarsiano,<br />

on<strong>de</strong> encontramos VB41 Linn-Tsri, VB42 Ti-Ou-Roe, para terminar no 4º<br />

artelho, VB43 Sie-Tsri, ângulo ungueal externo, VB44 Tsiao-Inn.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

VB1 A 1 cm (0,5 cun) lateralmente à margem orbitária externa.


VB2 Anteriormente à incisura intertrágica inferior.<br />

VB3 Sob a borda do arco zigomático e a borda anterior do primeiro arco<br />

branquial da mandíbula.<br />

VB4 Na região temporal, no ápice <strong>de</strong> um triângulo formado pela borda<br />

da órbita e o arco branquial do hélix (TA21).<br />

VB5 A 1 cm (0,5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB4.<br />

VB6 A 1 cm (0.5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB5.<br />

VB7 - A 1 cm (0,5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB6.<br />

VB8 A 3 cm (1.5 cun) acima do ápice do hélix, em uma <strong>de</strong>pressão.<br />

VB9 A 1 cm (0,5 cun) posteriormente ao VB8. ligeiramente mais ao alto.<br />

VB10 A 2 cm abaixo do ponto VB9, ligeiramente para trás, com uma<br />

distância - <strong>de</strong> 2 cm do hélix.<br />

VB11 A 2 cm (1 cun) abaixo do ponto VB10.<br />

VB12 Em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra posteriormente à ponta da<br />

mastói<strong>de</strong>.<br />

VB13 Em uma <strong>de</strong>pressão frontoparietal.<br />

VB14 Abaixo <strong>de</strong> uma linha que sai verticalmente da pupila, em direção à<br />

fronte, - a 2 cm (1 cun) do supercílio.<br />

VB15 Abaixo <strong>de</strong> uma linha que sai verticalmente da pupila, em direção à<br />

fronte, - a 6 cm (3 cun) do supercílio.<br />

VB16 A 2 cm (1 cun) posteriormente, acima do ponto VB15.<br />

VB17 A 4 cm (2 cun) posteriormente, sobre o crânio, ao ponto VB15.<br />

VB18 A 6 cm (3 cun) posteriormente, sobre o crânio. ao ponto VB15.<br />

VB19 À altura da protuberância occipital externa, a 3 cm (1,5 cun) da<br />

linha - mediana.<br />

VB20 - Em uma <strong>de</strong>pressão entre as porções proximais do músculo<br />

esternocleidomastoí<strong>de</strong>o e do músculo trapézio, a 3 cm (1,5 cun) da<br />

linha mediana.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 71<br />

Meridiano da vesícula biliar<br />

VB21 No meio <strong>de</strong> uma linha que une a apófise da vértebra C7 com o<br />

acrômio.<br />

VB22 Sobre a axilar anterior. no 4º espaço intercostal.<br />

VB23 No 4º espaço intercostal, a 2 cm (1 cun) anteriormente à linha<br />

axilar anterior.<br />

VB24 Sobre a linha mamilar, ao 7º espaço intercostal.<br />

VB25 Sobre a axilar, no ápice da 12º costela.<br />

VB26 Sobre a axilar anterior, a nível umbilical.<br />

VB27 Em um ponto situado superiormente e anteriormente à espinha<br />

ilíaca superior.<br />

VB28 Em um ponto situado superiormente e anteriormente ao segundo<br />

promontório que está embaixo da espinha ilíaca superior.<br />

VB29 Em meio a uma reta que une a espinha ilíaca anterior/posterior e a<br />

cabeça do trocânter maior, com o indivíduo <strong>de</strong>itado.


VB30 Posteriormente à cabeça do fêmur, sobre a linha que une o gran<strong>de</strong><br />

trocânter ao hiatus sacral.<br />

VB31 Sobre a face lateral da coxa, a 14 cm (7 cun) sobre o cavo<br />

poplíteo, em um ponto que se encontra entre o músculo vastolateral<br />

e o músculo bíceps sural.<br />

VB32 Sobre a face lateral da coxa a 10 cm (5 cun) sobre o cavo poplíteo.<br />

sobre a fascia lata (sob o VB31).<br />

VB33 Em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra na parte superior da face do<br />

epicôndilo lateral do fêmur.<br />

VB34 Em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra no lado anterior e inferior da<br />

cabeça da fíbula.<br />

Os pontos VB35, VB36, VB37, VB38, VB39 são colocados em zonas<br />

anatômicas diversas, conforme os autores:<br />

• Nguyen Van Nghi coloca o VB35 na margem anterior e os<br />

outros sobre a margem posterior da fíbula.<br />

• Kinoshita coloca o VB36 e o VB38 na margem posterior e o<br />

VB35, VB37 e o VB39 sobre a margem anterior.<br />

• Soulié <strong>de</strong> Morant coloca o VB36 posteriormente e o VB35,<br />

VB37, VB38 e o VB39 todos anteriormente.<br />

• Niboyet coloca o VB35 posteriormente e os <strong>de</strong>mais todos<br />

anteriormente.<br />

• Nós seguiremos a <strong>de</strong>scrição anatômica da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong><br />

Medicina Tradicional Chinesa (1975) .<br />

VB35 A 14 cm (7 cnn) na vertical que sobe da ponta do maléolo externo,<br />

na borda anterior da fíbula.<br />

VB36 A 14 cm (7 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo<br />

externo, na borda posterior da fíbula, ao nível do ponto VB35.<br />

VB37 A 10 cm (5 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo<br />

externo, na borda anterior da fíbula. VB38 - A 8 cm (4 cun) sobre a<br />

vertical que sobe da ponta do maléolo externo, na borda anterior<br />

da fíbula.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 72<br />

Meridiano da vesícula biliar (cont.)<br />

VB39 A 6 cm (3 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo<br />

externo, na borda posterior da fíbula entre o tendão do músculo


fíbula curto e o tendão do músculo fíbula longo.<br />

VB40 Anteriormente e inferiormente ao maléolo externo, em uma<br />

<strong>de</strong>pressão que se encontra no lado externo do tendão do músculo<br />

extensor comum dos <strong>de</strong>dos.<br />

VB41 Em uma <strong>de</strong>pressão que se encontra anteriormente à articulação do<br />

4º e 5º ossos metatarsianos, lado medial do tendão do 5º <strong>de</strong>do.<br />

VB42 A 1 cm (0,5 cun) anteriormente à articulação do 4º e 5º ossos<br />

metatarsais = ao ponto VB41.<br />

VB43 A 2 cm (1 cun) anteriormente à articulação do 4º e 5º ossos<br />

metatarsais = ao ponto VB41.<br />

VB44 Sobre o ângulo ungueal lateral do 4º <strong>de</strong>do.<br />

Meridiano da vesícula biliar (cont.)<br />

Meridiano do Fígado<br />

Número <strong>de</strong> Pontos:<br />

14 pontos bilaterais<br />

Polarida<strong>de</strong>:<br />

Yin (-) negativa<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 73<br />

Sentido da Energia:<br />

Pés - Tronco = centrípeto<br />

(Kann-Ching)<br />

Horário:<br />

Da 1 às 3 horas este Meridiano se encontra com a máxima energia e<br />

é a<strong>de</strong>quado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.<br />

Função:<br />

Este Meridiano comanda as múltiplas funções do fígado, em especial<br />

as relacionadas com o metabolismo, a sexualida<strong>de</strong>, os músculos e a<br />

acuida<strong>de</strong> visual.<br />

Sua expressão emocional é a irritação e a cólera.<br />

Está relacionado com o sentido da visão.<br />

Relações:<br />

O Meridiano do fígado está relacionado com os seguintes Meridianos:<br />

Vesícula - biliar, seu acoplado.<br />

Vesícula - biliar e pulmão na seqüência da Gran<strong>de</strong> Circulação.<br />

Intestino Delgado pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).<br />

Rim (água) e coração (fogo) na seqüência generativa dos 5<br />

elementos.<br />

Pulmão (metal) e baço-pâncreas (terra) <strong>de</strong> acordo com a Lei da<br />

dominância dos 5 elementos.<br />

Vasos Secundários:<br />

Através dos vasos secundários o Meridiano do fígado faz conexão<br />

com os seguintes Meridianos:<br />

No ponto F13 conecta-se com o Meridiano da vesícula biliar e com o<br />

baço-pâncreas.<br />

O ponto F5 faz conexão com o ponto VB40 e o ponto F3 com o ponto<br />

VB37.<br />

Existem ainda vasos secundários que ligam este Meridiano com os<br />

seguintes pontos: BP6, B33, CS1, VC2 e VC3.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Insuficiência <strong>de</strong> Energia:


Prurido, acúfenos, olhos secos, visão diminuída, espasmo, convulsão,<br />

paralisia, unhas secas, angústia.<br />

Sintonias <strong>de</strong> Excesso <strong>de</strong> Energia:<br />

Inchação das pernas, tensão e dores torácicas e no abdome, vômito,<br />

diarréia, tosse, câimbra nos braços e pernas, rigi<strong>de</strong>z, dor na escápula.<br />

Trajeto:<br />

O Meridiano do fígado nasce no ângulo ungueal externo do hálux, F1<br />

Ta-Toun, ganha a face dorsal do pé, seguindo pela borda externa do 1º<br />

metatarsiano, on<strong>de</strong> se localizam os pontos F2 Sing-Tsienn e F3 Trae-<br />

Tchrong, cruza a face anterior do tornozelo, sobre a linha que liga os<br />

extremos do maléolo, entre dois tendões, on<strong>de</strong> se localiza o F4 Tchong-<br />

Fong, subindo a perna pela borda posterior da fíbula (face interna), on<strong>de</strong><br />

encontramos os pontos F5 Li-Keou, F6 Tchong-Tou e F7 Si-Koann, cruza<br />

o joelho por sua face interna, F8 Tsiou-Tsiuann. Sobe a coxa pela face<br />

interna, entre os Meridianos dos rins e baço-pâncreas, on<strong>de</strong> se<br />

encontram F9 Inn-Pao, F10 Ou-Li, F11 Inn-Lienn. Cruza a pélvis no ponto<br />

F12 Iang-Che, dirigindo-se às costelas falsas, passando por F13 Tchang-<br />

Menn, indo terminar ao sexto espaço intercostal, linha mamilar do ponto<br />

Fl4 Tsri-Menn.<br />

Localização Anatômica dos Pontos<br />

F1 Sobre o ângulo ungueal lateral do hálux.<br />

- Outros autores (coreanos) e alguns mapas chineses citam o<br />

ponto como sendo no dorso distal do hálux, a poucos milímetros<br />

da margem ungueal posterior.<br />

- Pessoalmente, coloco o ponto F1 sobre a face lateral do hálux<br />

proximamente à articulação falanginha-falangeta: para estimular<br />

nas ciatalgias VB.<br />

F2 Entre o hálux e o 2º <strong>de</strong>do, adiante da articulação falangefalanginha.<br />

F3 Entre o hálux e 0 2º <strong>de</strong>do adiante da própria articulação.<br />

F4 Sobre a articulação tíbio-tarsal, adiante, em uma <strong>de</strong>pressão que se<br />

encontra medialmente ao tendão do músculo tibial.<br />

F5 A 10 cm (5 cun) sobre a ponta do maléolo interno na borda<br />

posterior da tíbia.<br />

F6 A 14 cm (7 cun) sobre a ponta do maléolo interno, na borda<br />

posterior da tíbia.<br />

F7 A 2 cm (1 cun) posteriormente ao ponto posterior do côndilo medial<br />

da tíbia.<br />

F8 No nível da linha articular medial do joelho, anteriormente à borda<br />

dos músculos semimembranoso e semitendinoso.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 74<br />

F9 Face medial da coxa a 4 cun acima do epicôndilo medial do fêmur.<br />

F10 Da prega inguinal, distalmente, a 2 cm (1 cun) sobre a face ânteromedial<br />

da coxa medialmente à borda do sartório. Evitar a artéria<br />

femural.<br />

F11 Na prega inguinal lateralmente à artéria femural. Evitar a artéria<br />

femural.<br />

F12 Ao longo da reta que corre sobre a borda inferior do púbis, a 5 cm<br />

(2,5 cun) lateralmente à sínfise púbica.<br />

F13 Sobre a linha axilar, no ápice da 11ª costela.<br />

F14 Sobre a linha mamilar, no espaço entre as 6ª e 7ª costelas.


Meridiano do fígado<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 75<br />

Meridiano do Vaso da Concepção<br />

(Jenn-Mo)<br />

O vaso da concepção está associado com a energia Yin Supremo,<br />

sendo chamado o Meridiano das mulheres. Relaciona-se com o sistema<br />

nervoso autônomo simpático.<br />

Possui 24 pontos situados na linha média anterior, não possuindo<br />

pontos <strong>de</strong> comando e não tendo também horário <strong>de</strong> máxima energia.<br />

Iniciando seu trajeto no períneo, sobe verticalmente pela linha média<br />

anterior sobre o abdômen, <strong>de</strong>pois sobre o tórax, garganta, finalizando no<br />

ponto médio inferior do lábio.<br />

Localização dos Pontos:<br />

VC1 No centro do períneo, na meta<strong>de</strong> da linha sagital, que une o ânus e<br />

o escroto no homem; na mulher fica entre o ânus e a comissura<br />

vaginal posterior.<br />

VC2 Na borda superior do púbis.<br />

VC3 A 1 distância acima do ponto VC2, a 4 distâncias abaixo do<br />

umbigo, sobre a margem superior do púbis.<br />

VC4 A 3 distâncias abaixo da borda do umbigo, ou 2 distâncias sobre a<br />

margem superior do púbis.<br />

VC5 A 2 distâncias abaixo da borda do umbigo ou 3 distâncias sobre a<br />

margem superior do púbis.<br />

VC6 A 1 1/2 distância abaixo da borda do umbigo.<br />

VC7 A 1 distância abaixo da borda do umbigo.<br />

VC8 Bem no centro do umbigo.<br />

VC9 A 1 distância acima da borda do umbigo.<br />

VC10 A 2 distâncias acima da borda do umbigo.<br />

VC11 A 3 distâncias acima da borda do umbigo.<br />

VC12 A meta<strong>de</strong> da linha que une o umbigo à articulação do osso xifói<strong>de</strong>esternal.<br />

VC13 A 2 distâncias abaixo do apêndice xifói<strong>de</strong> ou a 5 distâncias do<br />

umbigo.<br />

VC14 A 6 distâncias do umbigo.<br />

VC15 Bem na ponta do apêndice xifói<strong>de</strong>, a 1 distância abaixo do esterno.<br />

VC16 Sobre a articulação do esterno-xifói<strong>de</strong>, a 1 distância acima do<br />

ponto VC15.<br />

VC17 Ao nível do 4º espaço intercostal.<br />

VC18 Ao nível do 3º espaço intercostal.<br />

VC19 Ao nível do 2º espaço intercostal.<br />

VC20 No nível da articulação do manúbrio com o corpo do esterno.<br />

VC21 A 1 1/2 distância abaixo da fossa supra-esternal. Sobre o manúbrio<br />

do esterno a 1 distância abaixo da incisura.


VC22 A 1/2 distância sobre a incisura do esterno.<br />

FC23 No nível do osso hiói<strong>de</strong>.<br />

VC24 Num oco situado entre o lábio inferior e o queixo.<br />

Meridiano do vaso da concepção<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 76<br />

Meridiano do Sistema Nervoso<br />

(Tou-Mo)<br />

Pelo Meridiano do sistema nervoso ou vaso do governo transita a<br />

energia Yang Suprema, sendo o Meridiano dos homens. Relaciona-se<br />

com o sistema nervoso autônomo parassimpático.<br />

Possui 28 pontos situados na linha média posterior, não possuindo<br />

pontos <strong>de</strong> comando ou horário <strong>de</strong> máxima energia.<br />

Entre o Vaso da Concepção do sistema nervoso ocorre a pequena<br />

circulação <strong>de</strong> energia, sendo que a complementação no trajeto que une<br />

as extremida<strong>de</strong>s dos dois Meridianos é feita pela profundida<strong>de</strong>. Em<br />

ambos os vasos o sentido da circulação é ascen<strong>de</strong>nte pela pele e<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte no trajeto profundo.<br />

Este Meridiano inicia o seu trajeto na extremida<strong>de</strong> do cóccix, subindo<br />

pela linha média posterior unindo as apófises espinhosas <strong>de</strong> todas as<br />

vértebras. Passa pelo crânio, testa, dorso do nariz, terminando na<br />

gengiva, entre dois incisivos anteriores superiores.<br />

Localização dos Pontos<br />

SN1 Na meta<strong>de</strong> da linha que une o ânus c a ponta do cóccix.<br />

SN2 No nível do 4º sacral por cima da articulação sacro-cóccix, on<strong>de</strong> se<br />

abre o hiato sacral.<br />

SN3 Entre o processo espinhoso da 4ª e 5ª vértebras lombares.<br />

SN4 Entre o processo espinhoso da 2ª e 3ª vértebras lombares.<br />

SN5 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra lombar.<br />

SN6 Debaixo da apófise espinhosa da 11ª vértebra torácica.<br />

SN7 Debaixo da apófise espinhosa da 10ª vértebra torácica.<br />

SN8 Debaixo da apófise espinhosa da 9ª vértebra torácica.<br />

SN9 Debaixo da apófise espinhosa da 7ª vértebra torácica.<br />

SN10 Debaixo da apófise espinhosa da 6ª vértebra torácica.<br />

SN11 Debaixo da apófise espinhosa da 5ª vértebra torácica.<br />

SN12 Debaixo da apófise espinhosa da 3ª vértebra torácica.<br />

SN13 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra torácica.<br />

SN14 Debaixo da apófise espinhosa da 7ª vértebra cervical.<br />

SN15 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra cervical (<strong>de</strong>baixo do<br />

Atlas).<br />

SN16 Debaixo da margem do osso occipital.<br />

SN17 Região occipital, a 1 1/2 distância da margem do osso occipital,<br />

sobre uma linha mediana em direção ao ápice do crânio.<br />

SN18 A 3 distâncias da margem do osso occipital sobre uma linha sagital<br />

em direção ao ápice do crânio.<br />

SN19 A 4 e 1/2 distâncias do osso occipital sobre uma linha sagital em<br />

direção ao ápice do crânio.


SN20 Sobre a linha média que cruza sobre o ápice do couro cabeludo,<br />

uma linha que une os extremos da hélice das duas orelhas.<br />

SN21 Sobre a linha sagital a 1 1/2 distância em frente ao ponto SN20.<br />

SN22 Sobre a linha sagital, a 3 cm do SN20.<br />

SN23 Sobre a linha sagital, a 4 distâncias do SN20.<br />

SN24 Sobre a linha sagital, a 1/2 distância do limite posterior dos<br />

cabelos, a 4 e 1/2 distâncias do SN20.<br />

SN25 Na ponta do nariz.<br />

SN26 Num oco, no meio do lábio superior, bem abaixo do nariz.<br />

SN27 No meio do sulco do lábio superior, à sua margem distal.<br />

SN28 No meio do frênulo do lábio superior.<br />

Meridiano do sistema nervoso<br />

Os Cinco Elementos<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 77<br />

Este capítulo tem como autor: - Mario Figueiredo Membro diretor da<br />

Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> <strong>de</strong> Campinas, Mario é um estudioso<br />

<strong>de</strong>dicado das filosofias orientais. É meditante e iniciou-se na massagem<br />

pelo Do-ln. Tem cursos <strong>de</strong> especialização em técnicas <strong>de</strong> massagem e<br />

leciona no curso <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong>.<br />

Teoria<br />

A teoria dos cinco elementos ocupa lugar prepon<strong>de</strong>rante na Medicina<br />

<strong>Oriental</strong>, pela sua íntima correlação com a natureza humana. Segundo a<br />

concepção chinesa, todos os seres e todas as coisas, conforme suas<br />

características, po<strong>de</strong>m ser agrupados em cinco categorias. Os elementos<br />

<strong>de</strong> cada categoria estão ligados àqueles que são primordiais: Ma<strong>de</strong>ira,<br />

Fogo, Terra, Metal e Água. A Tabela I apresenta alguns exemplos:<br />

Tabela I<br />

Elemento Ma<strong>de</strong>ira Fogo Terra Metal Água<br />

Pontos<br />

Car<strong>de</strong>ais<br />

Este Sul Centro Oeste Norte<br />

Estações Primavera Verão 5ª Estação Outono Inverno<br />

Energia Vento Calor Umida<strong>de</strong> Seco Frio<br />

Órgãos Fígado Coração Baçopâncreas<br />

Pulmão Rins<br />

Vísceras V. Biliar I. Delgado Estômago I.<br />

Grosso<br />

Bexiga<br />

Orifícios Olhos Ouvidos Boca Nariz Orif.<br />

Genitais<br />

Tecidos Músculos Vasos Tec.<br />

Conjuntivo<br />

Pele Ossos<br />

Sentimentos Cólera Alegria Obsessão Tristeza Medo<br />

Cores Ver<strong>de</strong> Vermelho Amarelo Branco Preto<br />

Sabores Ácido Amargo Doce Picante Salgado<br />

Cereais Trigo Milho Centeio Arroz Feijão<br />

Animais Frango Carneiro Boi Cavalo Porco<br />

Planetas Júpiter Marte Saturno Vênus Mercúrio<br />

Voz Grito Fala Canto Lamento Gemido<br />

Odores Rançoso Queimado Perfumado Carnoso Pútrido


Passando para outro aspecto da questão, os chineses, usando o<br />

gnomon (uma haste vertical), <strong>de</strong>terminaram pelas suas sombras os<br />

solstícios e equinócios e, por conseguinte, as 4 estações: primavera,<br />

verão, outono e inverno.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a terra é um ponto central <strong>de</strong> observação dos<br />

fenômenos celestes, ela foi acrescentada ao grupo, inicialmente no<br />

centro e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>slocada para a periferia, formando a 5ª estação (último<br />

mês do verão).<br />

As estações se correlacionam com as energias do céu.<br />

Correlatamente foi criada, a doutrina dos 5 elementos ou movimento,<br />

correspon<strong>de</strong>nte à energia da terra, da seguinte maneira: a Ma<strong>de</strong>ira dá<br />

origem ao fogo; o Fogo origina a Terra; esta dá origem ao Metal porque o<br />

contém; o Metal dá origem à água porque se liquefez; a água dá origem à<br />

Ma<strong>de</strong>ira porque nutre o vegetal. Essa seqüência forma a Lei da Criação.<br />

Os elementos na doutrina chinesa são forças ou tendências e não<br />

matérias. Eles formam as 5 energias da Terra.<br />

Correspondência Entre as Energias:<br />

Energia da Terra Energia do Céu<br />

Ma<strong>de</strong>ira Vento (Primavera)<br />

Fogo Calor (Verão)<br />

Terra Umida<strong>de</strong> (5ª Estação)<br />

Metal Seca (Outono)<br />

Água Frio (inverno)<br />

As 5 energias da terra estão dispostas em uma seqüência para<br />

expressar as mútuas influências geradoras que têm uma sobre a outra.<br />

Como se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>, se não existisse um controle, esse engendramento<br />

não teria limite. Por isso surge uma força <strong>de</strong> inibição ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição<br />

que é expressa da seguinte forma: a Ma<strong>de</strong>ira domina a Terra, pela<br />

penetração das raízes das plantas, que chegam a <strong>de</strong>struir até as rochas;<br />

a Terra domina a água (a absorve); a Água domina o Fogo; o Fogo<br />

domina o Metal (pela fusão); o Metal domina a Ma<strong>de</strong>ira pelo corte.<br />

Os chineses chamam o ciclo da criação <strong>de</strong> Cheng e o da <strong>de</strong>struição<br />

<strong>de</strong> Ko (ver fig. A e B).<br />

No ciclo Cheng, consi<strong>de</strong>rando-se um elemento como referencial, o<br />

que antece<strong>de</strong> é a mãe e o que suce<strong>de</strong> é o filho. Exemplo: sendo o<br />

coração o elemento referencial, a sua mãe é o fígado e seu filho o baçopâncreas.<br />

Regra Mãe-Filho: para tonificar um elemento, tonifica-se a mãe. Para<br />

sedar esse elemento, seda-se o filho. Exemplo: para tonificar o rim,<br />

tonifica-se o pulmão, para sedar o rim, seda-se o fígado.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 78<br />

Figura A


Figura B<br />

No ciclo KO<br />

Dominante Dominado<br />

Água Fogo<br />

Fogo Metal<br />

Metal Ma<strong>de</strong>ira<br />

Ma<strong>de</strong>ira Terra<br />

Terra Água<br />

Regra dominante-dominado: para tonificar o dominado, seda-se o<br />

dominante.<br />

Para sedar o dominado, tonifica-se o dominante.<br />

Pontos SU antigos (antigos pontos chineses) aplicados nos 5<br />

elementos: Ting - Iong - Iu - King - Ho.<br />

Os pontos Ting se localizam nas extremida<strong>de</strong>s dos <strong>de</strong>dos ou artelhos,<br />

com exceção no Meridiano do rim e os pontos Ho próximos ao cotovelo<br />

ou joelho.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 79<br />

Tabela II<br />

Pontos SU<br />

Meridiano Ting Iong Iu King Ho<br />

P P11 P10 P9 P8 P5<br />

IG IG1 IG2 IG3 IG5 IG11<br />

E E45 E44 E43 E41 E36<br />

BP BP1 BP2 BP3 BP5 BP9<br />

C C9 C8 C7 C4 C3<br />

ID ID1 ID2 ID3 ID5 ID8<br />

B B67 B66 B65 B60 B54<br />

R R1 R2 R3 R7 R10<br />

CS CS9 CS8 CS7 CS5 CS3<br />

TA TA1 TA2 TA3 TA6 TA10<br />

VB VB44 VB43 VB41 VB38 VB34<br />

F F1 F2 F3 F4 F8<br />

Tabela III<br />

Aplicação dos pontos SU<br />

Meridiano<br />

Para Tonificar<br />

Cheng Tonifica Ko seda<br />

Para Sedar<br />

Cheng seda Ko Tonifica<br />

P P9 BP3 P10 C8 P5 R10 P10 C8<br />

IG IG11 E36 IG5 ID5 IG2 B66 IG5 ID5<br />

E E41 ID5 E43 VB4l E45 IG1 E43 VB41<br />

BP BF2 C8 BP2 F1 BP5 P8 BP1 F1<br />

C C9 F1 C3 R10 C7 BP3 C3 R10<br />

ID ID3 VB41 ID2 B66 ID8 E36 ID2 B66<br />

B B67 IG1 B54 E36 B65 VB41 B54 E36<br />

R R7 P8 R3 BP3 R1 F1 R3 BP3<br />

CS CS9 F1 CS3 R10 CS7 BP3 CS3 R10<br />

TA TA3 VB41 TA2 B66 TA10 E36 TA2 B66<br />

VB VB43 B66 VB44 IG1 VB38 ID5 VB44 IG1<br />

F F8 R10 F4 P8 F2 C8 F4 P8<br />

A tabela III é resultante da aplicação das figuras A, B e tabela II.


Exemplo: tonificar o Meridiano do coração.<br />

Na fig. A - Coração é Iong.<br />

Então no ciclo Cheng, para tonificar o Iong, tonifica-se sua mãe - Ting:<br />

• F1 (fig. A)<br />

• C9 (tabela II)<br />

No ciclo Ko - na fig. A - para tonificar Iong (dominado), seda-se o<br />

dominante Ho:<br />

• R10 (fig. A)<br />

• C3 (tabela II)<br />

Com este exemplo acima, fica encerrado o presente capítulo.<br />

Ingredientes:<br />

A Fórmula do Óleo <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong><br />

1. álcool <strong>de</strong> cereais (3 colheres)<br />

2. vaselina líquida ou óleo <strong>de</strong> gergelim refinado (3/4 <strong>de</strong> um litro)<br />

3.<br />

3.a frutas: morango (1 dúzia) maçã (3 unida<strong>de</strong>s), etc.<br />

3.b mel (12 colheres)<br />

3.c rosa (120 gramas <strong>de</strong> pétalas)<br />

Modo <strong>de</strong> Preparar:<br />

Amassar num pilão (não bater no liquidificador) a fruta escolhida (ou<br />

mel ou rosa).<br />

Juntar à massa obtida três colheres <strong>de</strong> álcool <strong>de</strong> cereais c misturar<br />

bem. Deixar <strong>de</strong>scansando durante 30 minutos.<br />

Acrescentar posteriormente a vaselina líquida (ou óleo <strong>de</strong> gergelim<br />

refinado), Conservar em recipiente fechado durante uma lua (28 dias).<br />

Esta fórmula é <strong>de</strong> autoria da Professora Eliane Austregésilo.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 80<br />

Cuidados com a Coluna Vertebral<br />

A autoria <strong>de</strong>ste capítulo é <strong>de</strong>: - EDVALDO OLIVEIRA CRUZ Membro<br />

diretor da Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do Brasil, é especializado<br />

em manipulações <strong>de</strong> coluna, Shiatsu e Do-ln. É um dos instrutores do<br />

curso <strong>de</strong> SEITAI em nosso país. Massagista formado em 1982 fez sua<br />

entrada no corpo docente do curso <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong>, como<br />

supervisor <strong>de</strong> ambulatório, hoje é responsável por esta parte do curso,<br />

além <strong>de</strong> professor regular.<br />

A Coluna Vertebral<br />

A coluna vertebral é formada por 33 ossos superpostos, <strong>de</strong>nominadas<br />

vértebras, on<strong>de</strong> se distinguem 5 regiões com características próprias. A<br />

saber, temos: região cervical (7 vértebras); região torácica (12 vértebras);<br />

região lombar (5); região sacra (5); região coccígena (4). Entre uma<br />

vértebra e outra se encontra um disco fibroso e gelatinoso, responsável<br />

pelo amortecimento dos movimentos e pela mobilida<strong>de</strong> que a coluna<br />

apresenta.<br />

Vista lateralmente a coluna apresenta curvaturas em forma <strong>de</strong> S.<br />

Quando para frente são chamadas Lordoses ou Secundárias - surgem a<br />

partir do 7º ou 8º mês <strong>de</strong> vida, quando se começa a sentar (lordose<br />

lombar) e no 1º ano, quando se começa a andar (lordose cervical). Já<br />

quando as curvaturas são para trás, são chamadas Cifoses ou Primárias<br />

- <strong>de</strong> origem fetal (torácica e sacro-coccígena). Outra curvatura muito<br />

comum em nossos dias é a Escoliose, que seria um <strong>de</strong>svio na coluna<br />

para a direita ou esquerda (quando vista <strong>de</strong> frente). Todas estas<br />

curvaturas po<strong>de</strong>m apresentar patologias quando acentuadas, mas a pior<br />

<strong>de</strong>las é, sem dúvida, a Escoliose.<br />

Na parte posterior a coluna abriga várias terminações musculares; já<br />

em sua região média, a coluna abriga a Medula Espinal, que por sua vez<br />

é a origem dos Nervos Radiais (que passam em uma saliência lateral<br />

entre uma vértebra e outra), ou seja, toda a comunicação cérebroorganismo<br />

passa pela coluna.<br />

Além do citado, todo o sistema vascular inferior e parte do superior<br />

têm passagens muito próximas à coluna, sendo também afetados quando<br />

ocorre algo a ela.<br />

Como se vê, não é só do ponto <strong>de</strong> vista energético que se <strong>de</strong>ve<br />

observar a coluna; o aspecto físico é também muito importante.<br />

Dor e Tratamento<br />

Toda a massagem tem como alvo à dor, mas ela é o efeito e não a<br />

causa. Quase sempre a coluna tem participação nas dores que sentimos,<br />

portanto um tratamento rápido e a<strong>de</strong>quado po<strong>de</strong> nos livrar <strong>de</strong> tantos


males.<br />

Quando a coluna é exposta a um esforço exagerado, po<strong>de</strong> ocorrer um<br />

<strong>de</strong>slocamento do disco intervertebral - a Hérnia <strong>de</strong> Disco - feito isto, o<br />

disco po<strong>de</strong> pinçar o nervo radial, surgindo um processo <strong>de</strong> dor. Então, o<br />

órgão que estiver afeto a este nervo sofrerá todas as conseqüências.<br />

Vale lembrar que as calcificações (Bicos-<strong>de</strong>-Papagaio) são um resultado<br />

da <strong>de</strong>mora do paciente no tratamento das hérnias <strong>de</strong> disco.<br />

A Seguir o Tratamento:<br />

Fig. A - O massagista posicionará suas mãos <strong>de</strong> tal forma a encontrar<br />

a máxima articulação da região cervical do paciente. Na expiração do<br />

paciente, o massagista executará a tosão do pescoço do mesmo <strong>de</strong><br />

forma rápida e num só movimento. Estará sendo trabalhada a região das<br />

vértebras C1 a C7. Sempre verificar que o paciente esteja relaxado.<br />

Nunca realizar o movimento em caso <strong>de</strong>ste estar tenso.<br />

Fig. A<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 81<br />

Fig. B - O massagista une seus joelhos e os posiciona na altura da D12<br />

Ele <strong>de</strong>ve centralizar a coluna do paciente <strong>de</strong> tal forma a pressionar as<br />

laterais da mesma. O sentido do movimento será sempre <strong>de</strong> baixo para<br />

cima, até atingir a D1. É importante salientar que o massagista, à medida<br />

que vai subindo com os joelhos, também suba a posição dos braços do<br />

paciente, permitindo assim que a pressão seja aplicada num ângulo <strong>de</strong><br />

noventa (90) graus.<br />

Fig. B


Fig. C - O massagista se posiciona <strong>de</strong> tal forma que o paciente tenha sua<br />

coluna totalmente torcida, sem que este saia da posição inicial.<br />

O movimento terá melhor <strong>de</strong>sempenho se executado na expiração do<br />

paciente.<br />

Fig. C<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 82<br />

Fig. D - O massagista <strong>de</strong>verá travar a perna dobrada do paciente e<br />

realizar a torção da região lombar (altura da D12 até L5).<br />

Importante frisar que este movimento po<strong>de</strong> ser executado mais <strong>de</strong> uma<br />

vez, pois se trata <strong>de</strong> uma região muito resistente, empurrando o ombro e<br />

puxando a bacia do mesmo...<br />

Fig. D


Fig. E - O massagista executará a torção da região lombar agora para o<br />

outro lado. Para tanto, <strong>de</strong>verá puxar o ombro do mesmo enquanto<br />

empurra a bacia. Este movimento também po<strong>de</strong> ser executado mais <strong>de</strong><br />

uma vez.<br />

Fig. E<br />

Poucas são as técnicas que trabalham no intuito <strong>de</strong> corrigir as<br />

distorções da coluna vertebral. A Quiroprática é uma <strong>de</strong>las e a mais<br />

difundida. Desenvolvida nos EUA, adaptou os bruscos movimentos<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 83<br />

orientais ao gosto oci<strong>de</strong>ntal.<br />

Um exemplo <strong>de</strong> tratamento oriental da coluna é o Seitai, que trabalha<br />

com a máxima articulação do corpo humano. Neste capítulo sobre a<br />

coluna vertebral <strong>de</strong>stacamos alguns movimentos específicos para cada<br />

região:<br />

Cervical Fig. A<br />

Dorsal Fig. B<br />

Lombar Fig. C<br />

Sacro-coccígena Figs. D e E<br />

Recomendações Gerais<br />

A) Sempre antes <strong>de</strong> qualquer manipulação, observar se o paciente<br />

está relaxado.<br />

B) Procure sempre a máxima articulação permissível antes <strong>de</strong><br />

articular o movimento.<br />

C) As manipulações <strong>de</strong>vem ser feitas <strong>de</strong> uma única vez,<br />

transmitindo assim ao paciente uma certeza e segurança sua.<br />

D) Antes <strong>de</strong> articular o movimento, diga sempre ao paciente que<br />

expire profundamente. As manipulações são feitas sempre<br />

quando o paciente esta sem ar nos pulmões. Desta forma ele<br />

não oferecerá resistência à manipulação.<br />

E) Observe sempre os limites físicos do paciente e respeite-os.<br />

F) Nas manipulações é comum se escutar o famoso barulhinho ou<br />

estalo, mas lembre-se, isto é <strong>de</strong>corrência do movimento. Em<br />

alguns casos isto não ocorrerá, o que não significa ineficiência do<br />

movimento.<br />

G) A seqüência dos movimentos não é regra. O massagista tem<br />

toda liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ação.<br />

H) Evite fazer as manipulações com pessoas que estão com a<br />

pressão arterial irregular. Existe o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>smaio.<br />

I) Após a seqüência dos movimentos, algumas pessoas po<strong>de</strong>m<br />

sentir leves tonturas.<br />

J) Normalmente a pressão sobe após as manipulações.<br />

K) Não se trabalha com pessoas que sofrem <strong>de</strong> osteoporose.<br />

Recomendações Pós-<strong>Massagem</strong><br />

A) Nos dias que se seguem após a massagem, recomen<strong>de</strong> ao<br />

paciente fazer barra.<br />

Se pendurar, mesmo que seja em uma porta. Este exercício <strong>de</strong>ve<br />

ser feito por tempo limitado: 20 segundos no máximo. Ou no caso<br />

<strong>de</strong> mulheres e crianças, 10 segundos.<br />

Esta pratica proporcionará à pessoa um relaxamento, pois se


fará uma tração natural, com o próprio peso.<br />

EXERCÍCIO: Levante os braços, <strong>de</strong>ixando sempre um espaço<br />

entre as mãos, o equivalente à largura dos ombros, segure firme<br />

na barra ou porta, <strong>de</strong>ixando o corpo solto sem forçar.<br />

B) Recomen<strong>de</strong> ao paciente que se <strong>de</strong>ite sempre em <strong>de</strong>cúbito dorsal,<br />

com um travesseiro baixo.<br />

Normalmente as pessoas dormem em <strong>de</strong>cúbito ventral, o que<br />

acaba dificultando em muito não só a respiração, mas também<br />

comprime o abdômen.<br />

No caso <strong>de</strong> dores, exemplo, dores ciáticas, diga ao paciente para<br />

dormir sempre <strong>de</strong> lado. Isto no caso <strong>de</strong>le não conseguir dormir<br />

em <strong>de</strong>cúbito dorsal, dormir com o lado mais afetado para cima,<br />

ficando a perna <strong>de</strong> baixo esticada e a perna <strong>de</strong> cima flexionada<br />

para frente, evitando <strong>de</strong>ixá-la dobrada sobre a <strong>de</strong> baixo.<br />

C) A pessoa <strong>de</strong>ve evitar logo após as manipulações, por um período<br />

<strong>de</strong> no mínimo 15 dias, qualquer ativida<strong>de</strong> esportiva ou exercício<br />

físico muito acentuado, como colocar o tronco para trás, ou<br />

mesmo carregar pesos, lavar roupas em tanque, etc.<br />

D) Não se recomenda o uso <strong>de</strong> bebidas <strong>de</strong>stiladas muito fortes:<br />

como conhaque, vodka, etc.<br />

Evita-se também comidas muito condimentadas, mais<br />

especificamente o emprego da pimenta.<br />

E) Sempre que sentar, o paciente <strong>de</strong>ve reparar se está em uma<br />

posição que sua coluna forme um ângulo <strong>de</strong> 90º com o assento<br />

do móvel. Isto é muito importante.<br />

F) Em alguns casos, após as manipulações, geralmente no dia<br />

seguinte, a pessoa amanhece com fortes dores no corpo, o que é<br />

absolutamente aceitável, pois foi trabalhada toda a sua estrutura<br />

física. Então o corpo está se readaptando a uma nova posição.<br />

No caso das dores, recomen<strong>de</strong> à pessoa que tome um banho<br />

quente, assim a musculatura ficará relaxada.<br />

Casos Especiais<br />

Crianças<br />

Recomenda-se trabalhar com crianças somente a partir dos 2 (dois)<br />

anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, assim ela já apresentará uma formação óssea mais<br />

resistente.<br />

Os movimentos <strong>de</strong>vem ser mais leves, pois os ossos são mais fracos.<br />

Tome sempre muito cuidado com elas. O que é muito importante nesse<br />

caso é o massagista adquirir a total confiança e cumplicida<strong>de</strong> da criança,<br />

procurar trabalhar sempre com a ajuda dos pais ou fazer com que eles<br />

fiquem sempre próximos.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 84<br />

Lembre-se: uma queda mais séria na infância mais tar<strong>de</strong> po<strong>de</strong> trazer<br />

sérias complicações.<br />

Idosos<br />

Uma queda séria na infância po<strong>de</strong> mais tar<strong>de</strong> se manifestar, e<br />

normalmente isto ocorre com a pessoa em ida<strong>de</strong> avançada. Porque<br />

durante a juventu<strong>de</strong> e a fase adulta o corpo está sempre em movimento.<br />

Mas com a ida<strong>de</strong>, os movimentos vão ficando cada vez menores e as<br />

pessoas <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> exercitar o corpo.<br />

Os idosos também apresentam vícios posturais, ocasionados, na sua<br />

maioria, pela profissão que exercem há anos.<br />

Em pessoas com ida<strong>de</strong> avançada os movimentos são feitos <strong>de</strong> uma<br />

forma mais branda, não forçando muito, porque os discos intervertebrais<br />

já estão mais gastos.<br />

Gestantes<br />

As gestantes ten<strong>de</strong>m a ter fortes dores na região lombar, <strong>de</strong>vido ao<br />

excesso <strong>de</strong> peso que carregam durante os últimos três (3) meses, mas o<br />

massagista só po<strong>de</strong> trabalhar no nível <strong>de</strong> manipulação na região lombar<br />

quarenta e cinco (45) dias após o parto.<br />

Mesmo no início da gravi<strong>de</strong>z também não se trabalha esta região,<br />

mas as regiões dorsais e cervicais po<strong>de</strong>m ser trabalhadas normalmente.<br />

Defeitos Físicos:<br />

Corcundas acentuadas, cifoses e lordoses salientes <strong>de</strong>vem ser<br />

evitadas nas massagens com seitai, pois elas são um processo<br />

<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> muitos anos <strong>de</strong> má formação.<br />

Fraturas<br />

No caso <strong>de</strong> fraturas (fissuras ou quebras <strong>de</strong> ossos), verificar a quanto<br />

tempo elas aconteceram.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo da gravida<strong>de</strong>, recomenda-se respeitar por um mínimo <strong>de</strong><br />

um (1) ano.<br />

No caso <strong>de</strong> um traumatismo recente recomendar ao aci<strong>de</strong>ntado que,<br />

antes <strong>de</strong> uma massagem, ele procure assistência médica.<br />

Nunca trabalhe em cima <strong>de</strong> uma dúvida.


Reflexologia dos Pés<br />

Este capítulo é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong>: - Ingrid Kook Weskott Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> <strong>de</strong> Campinas, é meditante<br />

transcen<strong>de</strong>ntal, instrutora <strong>de</strong> Yoga e massagista formada em 1982. Por<br />

méritos próprios foi convidada a participar da equipe <strong>de</strong> professores do<br />

curso <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong>, sendo hoje coor<strong>de</strong>nadora das<br />

turmas <strong>de</strong> Campinas. Tem vários cursos <strong>de</strong> especialização nas<br />

disciplinas citadas, no Brasil e no exterior.<br />

O que São Zonas <strong>de</strong> Reflexo?<br />

Zonas <strong>de</strong> reflexo são pontos nervosos relacionados com os órgãos<br />

internos. Tais áreas existem em todo o corpo. Na reflexologia, dá-se<br />

muita atenção aos pés, já que nenhuma outra parte do corpo é tão<br />

negligenciada. A natureza previu o homem andando <strong>de</strong>scalço em<br />

qualquer terreno, estimulando naturalmente a planta dos pés.<br />

Em nosso ambiente cultural, o uso <strong>de</strong> sapato fechado e com a sola<br />

rígida evita a ativação <strong>de</strong> muitas <strong>de</strong>ssas zonas e dificulta o equilíbrio<br />

físico e psíquico.<br />

É através da massagem dos pontos específicos <strong>de</strong> reflexo que se<br />

melhora a sua circulação sanguínea e energética e a dos órgãos<br />

correspon<strong>de</strong>ntes. Os bloqueios do fluxo energético muitas vezes se<br />

apresentam com áreas <strong>de</strong> reflexo endurecidas mostrando cristalização <strong>de</strong><br />

toxinas. Pressionando esses pontos ajuda-se na dissolução <strong>de</strong>stas<br />

toxinas e na regularização das funções orgânicas.<br />

Como Trabalhar os Pontos <strong>de</strong> Reflexo?<br />

Uma boa massagem começa com a postura confortável do terapeuta<br />

e da pessoa a ser massageada. Uma fricção vigorosa com ambas, as<br />

mãos no pé do massageado inicie a massagem geral. Para melhor<br />

<strong>de</strong>slizamento das mãos convém usar creme ou óleo. Massageando-se as<br />

áreas específicas, o ângulo usual do polegar em relação ao pé é <strong>de</strong><br />

aproximadamente 60º, começando com uma pressão suave e<br />

aumentando-a aos poucos, sempre observando a reação do paciente.<br />

Para fortalecer o organismo, todos os pontos <strong>de</strong>vem ser tratados. Em<br />

casos agudos, a massagem <strong>de</strong>ve iniciar-se nas áreas correspon<strong>de</strong>ntes<br />

aos órgãos afetados.<br />

Uma seqüência possível é a seguinte:<br />

1. Área dos rins, ureteres, bexiga - a massagem contribui para<br />

soltar substâncias tóxicas. Para que elas sejam eliminadas e não<br />

simplesmente congestionem o sistema circulatório, <strong>de</strong>dica-se<br />

mais tempo a essas áreas.<br />

2. Área da cabeça - por ser a central <strong>de</strong> comando <strong>de</strong> todos os<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 85<br />

órgãos.<br />

3. Área do estômago, intestinos, fígado e pâncreas - a massagem<br />

visa levar nutrientes a estes órgãos, tão importantes para o<br />

equilíbrio energético do corpo.<br />

4. Áreas da drenagem linfática - aumentando assim a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resistência própria do corpo.<br />

5. Todas as <strong>de</strong>mais áreas <strong>de</strong>tectadas como sensíveis.<br />

A massagem po<strong>de</strong> durar; para cada área, até 5 minutos, com ênfase<br />

nos pontos sensíveis. Uma sensibilida<strong>de</strong> maior nos órgãos <strong>de</strong>pois da<br />

massagem indica que o corpo está reagindo ao tratamento. Como todas<br />

as técnicas, a reflexologia requer experiência e prática. Convém evitar<br />

massagear os pontos do útero e ovários durante a menstruação, e as<br />

gestantes no 1º mês <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z.<br />

Sempre se <strong>de</strong>ve ter presente a meta, que é o aumento do bem-estar<br />

da pessoa. A reflexologia é especialmente indicada para tratamentos<br />

preventivos, <strong>de</strong>sfazendo <strong>de</strong>sequilíbrios energéticos em seus primeiros<br />

sinais. É um sistema que complementa os métodos terapêuticos<br />

milenares da massagem oriental.


1 cabeça (cérebro), lado<br />

esquerdo (os 2 <strong>de</strong>dos gran<strong>de</strong>s<br />

dos pés correspon<strong>de</strong>m à cabeça,<br />

o lado direito está relacionado no<br />

pé esquerdo, o lado esquerdo no<br />

pé direito)<br />

2 seios da face, lado esquerdo<br />

3 cerebelo, tronco encefálico<br />

4 hipófise<br />

5 região temporal, nervo<br />

trigêmeo<br />

6 nariz<br />

7 nuca<br />

8 olho esquerdo<br />

9 ouvido esquerdo<br />

10 ombro direito<br />

11 trapézio direito<br />

12 tireói<strong>de</strong><br />

13 paratireói<strong>de</strong><br />

14 pulmões e brônquios, lado<br />

direito<br />

15 estômago<br />

16 duo<strong>de</strong>no<br />

17 pâncreas<br />

18 fígado<br />

19 vesícula biliar<br />

20 plexo solar<br />

21 supra-renal, direito<br />

22 rim direito<br />

23 ureter direito<br />

24 bexiga<br />

25 intestino <strong>de</strong>lgado<br />

26 apêndice vermiforme<br />

27 jejuno-íleo<br />

28 cólon ascen<strong>de</strong>nte<br />

29 cólon transversal<br />

35 joelho direito<br />

36 gônadas, lado direito<br />

57 área ciática<br />

Pé Direito<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 86<br />

1 cabeça (cérebro), lado direito<br />

2 seios da face, lado direito<br />

3 cerebelo, tronco encefálico<br />

4 hipófise<br />

5 região temporal, nervo trigêmeo<br />

6 nariz<br />

7 nuca<br />

8 olho direito<br />

9 ouvido direito<br />

10 ombro esquerdo<br />

11 trapézio esquerdo 12 tireói<strong>de</strong><br />

13 paratireói<strong>de</strong><br />

14 pulmões e brônquios, lado<br />

esquerdo<br />

15 estômago<br />

16 duo<strong>de</strong>no<br />

17 pâncreas<br />

20 plexo solar<br />

21 supra-renal, esquerdo 22 rim<br />

esquerdo<br />

23 ureter esquerdo<br />

24 bexiga<br />

25 intestino <strong>de</strong>lgado<br />

29 cólon transversal<br />

30 cólon <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />

31 cólon sigmói<strong>de</strong><br />

32 reto<br />

33 coração<br />

34 baço<br />

35 joelho esquerdo<br />

36 gônadas, lado esquerdo<br />

57 área ciática<br />

Pé Esquerdo


Pé - Parte Interna<br />

6 nariz<br />

13 paratireói<strong>de</strong><br />

24 bexiga<br />

38 área quadril<br />

40 área linfática inferior<br />

49 virilha<br />

50 útero ou próstata<br />

51 pênis, vagina, uretra<br />

52 reto<br />

53 região cervical<br />

54 região torácica<br />

55 região lombar<br />

56 região sacra e cóccix<br />

Pé - Parte Externa<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 87<br />

5 região temporal, nervo trigêmeo<br />

10 ombro<br />

35 joelho<br />

36 ovário ou testículos<br />

37 útero<br />

38 área quadril<br />

39 área linfática superior<br />

42 labirinto<br />

43 tórax<br />

44 diafragma


39 área linfática superior<br />

40 área linfática inferior<br />

41 drenagem linfática<br />

42 labirinto<br />

43 tórax<br />

44-45 amígdalas<br />

46 maxilar inferior<br />

47 maxilar superior<br />

48 laringe, traquéia<br />

Pé – Dorso<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 88<br />

A Energia da Vida<br />

Este capítulo foi escrito pelo amigo: - Salem Hanna Diretor e fundador da<br />

Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do Brasil, amigo <strong>de</strong> todas as horas, é<br />

um incansável pesquisador das teorias <strong>de</strong> preservação da saú<strong>de</strong> e<br />

restabelecimentos <strong>de</strong> distúrbios energéticos.<br />

Salem é massagista formado em 1980, tendo <strong>de</strong>ixado a profissão antiga -<br />

o comércio, para se <strong>de</strong>dicar ao atendimento em gabinete próprio <strong>de</strong><br />

massagem e acupuntura, com o emprego das mais eficientes técnicas da<br />

atualida<strong>de</strong>.<br />

Encontra ainda tempo e disposição para ministrar aulas que vêm<br />

completar o seu propósito maior <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e ensinar as técnicas<br />

orientais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, visando um ser humano mais feliz.<br />

Yin e Yang<br />

Todo organismo, para se manter vivo, necessita <strong>de</strong> energia da vida.<br />

Esta energia tem dois aspectos opostos e complementares conhecidos<br />

como energia positiva (YABG) e energia negativa (YIN) .<br />

O YIN e o YANG são duas polarida<strong>de</strong>s surgidas da gran<strong>de</strong> expansão<br />

infinita, tendo características peculiares: YANG é centrípeto, YIN é<br />

centrífugo, não existindo a neutralida<strong>de</strong> absoluta. Dentro do YANG existe<br />

a essência YIN e <strong>de</strong>ntro do YIN existe a essência YANG.<br />

As energias YIN e YANG circulam sem cessar no organismo através<br />

dos Meridianos. Diagnosticando-se o estado <strong>de</strong>sta energia nos<br />

Meridianos, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>terminar a origem das enfermida<strong>de</strong>s e se há<br />

excesso ou falta da mesma. Através <strong>de</strong>ste diagnóstico o <strong>de</strong>sequilíbrio é<br />

localizado, ocorrendo então a troca <strong>de</strong> energia entre os Meridianos,<br />

levando ao equilíbrio entre o YIN e o YANG.<br />

A fadiga, a preocupação e o medo que nos atingem no dia a dia vêm<br />

alterando o nosso sistema nervoso. Surgem cada vez mais problemas<br />

psíquicos e orgânicos.<br />

Em geral essas tensões bloqueiam o fluxo energético nos Meridianos<br />

ocasionando, então, disfunções orgânicas. Os primeiros sintomas<br />

começam na região cervical com rigi<strong>de</strong>z nos músculos e tendões e em<br />

seguida o enrijecimento nos trapézios. Os primeiros órgãos e vísceras a<br />

serem atingidos são o aparelho digestivo, a vesícula biliar, o fígado, o<br />

aparelho respiratório, dores <strong>de</strong> cabeça e o <strong>de</strong>sinteresse total pelo sexo.


Enfermida<strong>de</strong>s e Terapias<br />

Estômago:<br />

O bloqueio <strong>de</strong> energia em alguns Meridianos torna a circulação no<br />

Meridiano do estômago estagnada. A digestão fica lenta, muitas vezes<br />

com inchaço na região digestiva c só após longas horas a digestão é<br />

completada. Este bloqueio e a alteração do sistema nervoso levam à<br />

gastrite, cujos sintomas são: queimação no esôfago e dores abdominais<br />

por excesso <strong>de</strong> fermentação.<br />

Terapia:<br />

1ª 1º - Usar massagem bem relaxante, sendo a dorsal a mais indicada.<br />

2ª 2º - Tonificar os pontos abaixo com qualquer técnica <strong>de</strong> seu<br />

conhecimento, das quais as mais eficientes são o uso do martelinho<br />

na região abdominal e a moxabustão: VC 15, VC 12, VC 9, VC 4, E<br />

25, (bil) E 36, E 45, BP 6 (todos bilaterais).<br />

Sessões 2 vezes por semana.<br />

Pulmões:<br />

Os problemas respiratórios são vários. Falaremos sobre o mais<br />

freqüente: a BRONQUITE. Em geral começa na infância; existe a catarral<br />

e a asmática, as duas são <strong>de</strong> fundo alérgico: a catarral a frio (umida<strong>de</strong>) e<br />

a asmática a secura. A bronquite é sempre acompanhada por uma rinite.<br />

O tratamento logo no início levará à cura mais rápida, na fase crônica<br />

torna-se mais <strong>de</strong>morada. Mesmo que não se consiga a cura total, sempre<br />

se conseguirá o equilíbrio, ficando o paciente livre das crises.<br />

Terapia:<br />

Praticar sempre antes <strong>de</strong> cada sessão uma massagem relaxante.<br />

Os Meridianos a serem tratados são: P, IG, B, R e SN. Os pontos que<br />

usamos são: sedar P-11, 7, 5 - tonificar IG 1, 4, 10, 11 - tonificar P 1, 2 -<br />

tonificar R1, 2, 3, 25 - tonificar E 13, 19 - sedar B 13, 37, 45 - sedar SN<br />

14 e 23. Usar as técnicas <strong>de</strong> seu conhecimento, o uso da LUZ LASER<br />

tem dado bons resultados. Po<strong>de</strong>-se estimular os pontos auriculares:<br />

pulmões, coração, rins, shen-men e supra-renal.<br />

Dores <strong>de</strong> Cabeça:<br />

Em geral o sistema nervoso alterado com freqüência causa disfunções<br />

digestivas, hepáticas ou biliares. Isto sempre resulta em dores <strong>de</strong> cabeça:<br />

dor FRONTAL por resfriado, sinusite ou disfunções digestivas:<br />

ENXAQUECA (dor que abrange <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a nuca à têmpora e chega até as<br />

sobrancelhas), é uma das mais difíceis <strong>de</strong> ser curada: dor no VÉRTICE,<br />

com peso ou pressão, ligada mais à fadiga e muita agitação.<br />

Terapia:<br />

Praticar, sempre, antes <strong>de</strong> cada sessão uma massagem relaxante. Na<br />

dor FRONTAL, se for ligada à disfunção digestiva, <strong>de</strong>veremos tratar dos<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 89<br />

Meridianos do E, IG, BP e P. Por motivo <strong>de</strong> gripe ou resfriado, usar os<br />

pontos dos Meridianos dos P, IG, SN e B. Para se obter melhores<br />

resultados costumamos sangrar o ponto extra 1 que fica entre as<br />

sobrancelhas. Na dor <strong>de</strong> ENXAQUECA: estimular bem os seguintes<br />

pontos: F 3 e B 66 por 5 minutos, <strong>de</strong>pois sedar VB 20, 12, 21, IG 4, 11 e<br />

todos os pontos que estiverem próximos à região da dor. Se a dor for<br />

intensa e não se conseguir muito sucesso, tentar escaldar os pés com<br />

água quente e alecrim por 10 minutos. Depois mergulhar rapidamente os<br />

pés em água gelada por um segundo e retornar à água quente por mais<br />

10 minutos. Enxaguar os pés e agasalhar-se bem.<br />

Dor no VÉRTICE: basta estimular bem os seguintes pontos: P7, IG4 e<br />

massagear bem o couro cabeludo (local da dor).<br />

Sexo:<br />

Em geral o stress, a preocupação pelos problemas diários, o<br />

afastamento da prática do sexo, além da rotina, são os maiores<br />

causadores do total <strong>de</strong>sinteresse pelo sexo. Isto atinge tanto a mulher<br />

como o homem. O equilíbrio na mulher é muito mais rápido do que no<br />

homem.<br />

Terapia:<br />

Usar massagem bem relaxante e estimulante com toques bem<br />

suaves.<br />

Estimular bem os seguintes pontos: auriculares-diafragma, hormônio e<br />

estimular bem a raiz da hélice no encontro com o trago. Estimular bem os<br />

pontos E 36, BP 6, CS 6, 7 e TA 8. Teremos melhores resultados com o<br />

uso da acupuntura.


Relaxamento e Respiração<br />

A autora do capítulo é: - Tânia Regina Zanin Instrutora <strong>de</strong> Yoga <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1980, é entusiasta da massagem há alguns anos. Dedica-se ao<br />

aprimoramento das técnicas <strong>de</strong> massagem no aprendizado do Yoga e no<br />

emprego <strong>de</strong> exercícios <strong>de</strong> Yoga como complemento da massagem.<br />

Massagista convicta, entre as <strong>de</strong>mais profissões que exerce Tânia é<br />

membro-diretor da Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> <strong>de</strong> Guarulhos.<br />

<strong>Massagem</strong>/Relaxamento<br />

É muito importante o relaxamento na massagem: - ao massageado -<br />

permitir-se <strong>de</strong>scontrair e soltar-se para que possa sentir o toque. A<br />

permissibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste ao toque do massagista está diretamente ligada<br />

ao prazer da massagem que o massageado irá sentir; - ao massagista -<br />

sentir-se <strong>de</strong>scontraído e relaxado, durante a aplicação <strong>de</strong> uma<br />

massagem, gera na mesma uma troca <strong>de</strong> energia e sensações, assim<br />

como aguça a própria leitura tátil. Sendo que se torna difícil e até mesmo<br />

impossível essa vivência, se o massagista estiver tencionado.<br />

A posição do massagista, entre outros fatores, contribui bastante para<br />

mantê-lo <strong>de</strong>scontraído durante toda uma sessão <strong>de</strong> massagem.<br />

É no relaxamento que se fixa toda a energia dinamizada no corpo<br />

através dos exercícios respiratórios e durante o toque, daí a sua<br />

importância na massagem.<br />

Como Preparar o Local Para um Relaxamento<br />

Para se conduzir um relaxamento é importante:<br />

- usar um timbre <strong>de</strong> voz suave;<br />

- para facilitar a indução, falar pausadamente;<br />

- temperatura ambiente agradável, pois é impossível para iniciantes<br />

relaxar sentindo frio ou calor <strong>de</strong>masiado;<br />

- acomodar a pessoa sobre carpete ou tatame para suavizar a<br />

rigi<strong>de</strong>z do solo;<br />

- local arejado;<br />

- luz suave.<br />

É facultado à pessoa que induz o uso <strong>de</strong>:<br />

- música ambiente, recomendada para ocultar ruídos externos ao<br />

local do relaxamento;<br />

- incenso para perfumar o ambiente, entre outras finalida<strong>de</strong>s.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 90<br />

Relaxamento Induzido por Outra Pessoa<br />

Usando os requisitos do item Como preparar o local para um<br />

relaxamento, a pessoa que o induz inicia dizendo:<br />

"Deitado <strong>de</strong> forma confortável... <strong>de</strong> costas ao solo... pernas<br />

afastadas... braços ao longo do corpo... ou ainda, se preferir... <strong>de</strong>itado em<br />

<strong>de</strong>cúbito ventral. Às pernas afastadas e braços ao longo do corpo... rosto<br />

ao solo... inspire profundamente... feche os olhos... relaxe... mentalize<br />

seus artelhos, e <strong>de</strong>scontraia-os..., <strong>de</strong>ixe que o peso <strong>de</strong> seus pés faça-os<br />

cair naturalmente para os lados... relaxe o dorso dos pés... e a sola dos<br />

pés... mentalize suas pernas... o seu contorno e <strong>de</strong>scontraia-as... pélvis e<br />

ná<strong>de</strong>gas relaxadas... órgão internos do abdômen... mentalize-os todos...<br />

um por um agora, em relaxamento, <strong>de</strong>scontraídos, <strong>de</strong>sempenhando suas<br />

funções harmoniosamente... mentalize o tórax <strong>de</strong>scontraído... ombros<br />

inteiramente relaxados... linha das costas <strong>de</strong>scontraída... vértebra por<br />

vértebra... a sensação <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontração chega à região sacra e você<br />

sente que a cada expiração maior parte do seu corpo toca o solo..<br />

<strong>de</strong>scontraído... relaxe o pescoço, relaxe intensamente a nuca... couro<br />

cabeludo... fios <strong>de</strong> cabelo... a testa sem nenhuma ruga precoce, olhos<br />

suavemente fechados... linha do nariz <strong>de</strong>scontraída... os lábios<br />

entreabertos... a mandíbula solta... a língua solta no fundo da boca...<br />

orelhas <strong>de</strong>scontraídas..., e todo um semblante <strong>de</strong> muita paz...<br />

<strong>de</strong>scontração e relaxamento interior... perceba que todo o seu corpo está<br />

pousado pesadamente sobre o solo, em inércia... sinta como se o solo<br />

estivesse sugando seu corpo... como se você estivesse <strong>de</strong>rretendo sobre<br />

o solo... abandonadamente, entregue-se às <strong>de</strong>lícias do relaxamento.<br />

E, agora que todo o seu corpo está em receptivida<strong>de</strong> e quietu<strong>de</strong>,<br />

sinta-o leve, solto e livre como uma gaivota, que sobre os mares corta o<br />

céu azul. E como a própria gaivota, sinta o vento batendo em toda a pele<br />

<strong>de</strong> seu corpo... sinta o sol aquecendo-o... e... sinta o prazer <strong>de</strong> ser parte<br />

integrante <strong>de</strong>sta natureza, contribuindo para o equilíbrio cósmico<br />

... Sem pressa... pense em voltar do seu relaxamento, aguçando os<br />

seus sentidos físicos... retornando mais vivo... inspire profundamente e<br />

sinta o perfume do ambiente... ouça melhor a minha voz e os sons em<br />

torno... passe a língua pela boca e sinta o seu próprio sabor... esfregue<br />

os <strong>de</strong>dos das mãos sentindo o tato e... sinta o seu próprio peso sobre o<br />

solo... passe as mãos pelo rosto... e faça um carinho em todo o seu<br />

corpo, sentindo-se por inteiro... abra os olhos e faça um estiramento com<br />

o seu corpo, espreguiçando gostosamente, como você faz todas as<br />

manhãs ao acordar e <strong>de</strong>sperte para uma nova vida, mais feliz, mais<br />

saudável e sorria, porque você é uma pessoa feliz.


Ao terminar o relaxamento, normalmente a pessoa permanece alguns<br />

momentos ainda <strong>de</strong>itado, se <strong>de</strong>liciando da prática.<br />

Auto-Relaxamento<br />

Essa prática torna-se muito agradável à medida que a pessoa se<br />

permita <strong>de</strong>sligar do mundo exterior e mergulhar no seu ser,<br />

<strong>de</strong>senvolvendo a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mentalização <strong>de</strong>talhada, segundo a sua<br />

própria orientação.<br />

Com a familiarização do auto-relaxamento, é também permitido um<br />

diálogo mental durante a prática, on<strong>de</strong> existe uma reprogramação <strong>de</strong><br />

parte por parte, <strong>de</strong> órgão por órgão, célula-comando <strong>de</strong> um perfeito<br />

funcionamento, bem-estar e saú<strong>de</strong> fisiológica.<br />

Esse diálogo mental com seu corpo ocorre da seguinte forma:<br />

Deitado <strong>de</strong> costas, com os braços ao longo do corpo, pernas<br />

afastadas e com o seu autocomando <strong>de</strong> relaxamento, todo o corpo sentese<br />

sugado pelo solo, como se neste instante a força da gravida<strong>de</strong><br />

imprimisse sobre ele maior pressão.<br />

Faça uma inspiração profunda e ao expirar sinta-se ainda mais<br />

relaxado, mente serena e consciência atenta, inicie o seu autorelaxamento<br />

mentalizando vividamente.<br />

“Meus pés estrutura básica <strong>de</strong> sustentação <strong>de</strong> todo o corpo, estão<br />

agora relaxados, <strong>de</strong>scontraídos. suas articulações, artelhos e tornozelos<br />

em perfeito estado e minhas pernas, membros fundamentais <strong>de</strong><br />

locomoção, relaxadas, em <strong>de</strong>scanso, músculos, tendões e articulações<br />

em equilíbrio e plena função... quadril, pélvis e ná<strong>de</strong>gas, centro <strong>de</strong><br />

tamanha energia e vitalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sempenhando harmoniosamente suas<br />

ativida<strong>de</strong>s e, a cada vez, com maior prazer <strong>de</strong> viver... órgãos internos do<br />

abdômen... do tórax... suas células sempre regeneradas e<br />

<strong>de</strong>sempenhando funções com real competência... braços, antebraços,<br />

palma e dorso das mãos, membros <strong>de</strong> doação e <strong>de</strong> tamanha expressão,<br />

agora em relaxamento... sua pele, músculos e nervos mais profundos,<br />

até os ossos relaxam... pescoço e cabeça, arquivo <strong>de</strong> toda a nossa<br />

psique, consciente e inconsciente, nossa inteligência, agora com maior<br />

niti<strong>de</strong>z, maior clareza <strong>de</strong> raciocínio e pensamentos, suas glândulas e<br />

células prontas a se regenerar e manter suas importantes funções.<br />

Às células, um comando <strong>de</strong> rejuvenescimento e longevida<strong>de</strong>; e a<br />

todos os meus órgãos, harmonia e equilíbrio em suas funções.<br />

Ao meu corpo, que é o meu universo, saú<strong>de</strong> psicofísica e a mais<br />

ampla longevida<strong>de</strong>.”<br />

Respiração<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 91<br />

Introdução<br />

A respiração é uma das fontes <strong>de</strong> assimilação <strong>de</strong> energia, tanto para o<br />

corpo físico <strong>de</strong>nso, com a assimilação do oxigênio, como para o corpo<br />

físico energético, com a assimilação do prana.<br />

O oxigênio é vital para o ser, assim como o prana.<br />

Prana é o princípio <strong>de</strong> todas as forças e energias ativas do Universo e<br />

a condição primeira <strong>de</strong> que proce<strong>de</strong> toda a vida, todo o movimento e toda<br />

a ativida<strong>de</strong>.<br />

Aos que convivem com a prática <strong>de</strong> exercícios respiratórios,<br />

aconselha-se <strong>de</strong>senvolver alguns <strong>de</strong>les antes do auto-relaxamento. E o<br />

auto-relaxamento antes da massagem, seja para massagista como para<br />

massageado.<br />

É bom lembrar que possuímos um órgão específico para a respiração<br />

- o nariz - que tem, entre outras funções, a <strong>de</strong> filtrar e aquecer o ar<br />

assimilado.<br />

Alguns Exercícios Respiratórios<br />

O i<strong>de</strong>al é que os exercícios respiratórios sejam executados em lugar<br />

arejado.<br />

A posição a<strong>de</strong>quada para a prática é sentado <strong>de</strong> forma confortável, e<br />

<strong>de</strong>vemos expirar antes <strong>de</strong> iniciar um exercício respiratório.<br />

Respiração Polarizada - equilibra a entrada <strong>de</strong> energia positiva e<br />

negativa no corpo físico energético.<br />

Modo <strong>de</strong> fazer: obstrua a narina direita com o <strong>de</strong>do indicador da mão<br />

direita e inspire profundamente com a narina esquerda, retenha o ar nos<br />

pulmões pelo máximo <strong>de</strong> tempo possível e troque o <strong>de</strong>do <strong>de</strong> narina,<br />

expirando suavemente pela narina direita. Agora, mantendo o <strong>de</strong>do na<br />

narina esquerda, inspire pela direita e, quando for necessário soltar o ar,<br />

troque o <strong>de</strong>do <strong>de</strong> narina, expirando com a narina esquerda, completando<br />

assim uma volta <strong>de</strong>ste exercício.<br />

Relembrando, troque o <strong>de</strong>do <strong>de</strong> narina sempre com os pulmões<br />

cheios <strong>de</strong> ar e nunca vazios.<br />

Respiração do Sopro Rápido - Fole - combate à asma e a bronquite,<br />

limpa e aumenta a capacida<strong>de</strong> pulmonar.<br />

Modo <strong>de</strong> fazer: inspire e expire rápida e energicamente várias vezes,<br />

obe<strong>de</strong>cendo a seguinte regra: ar para <strong>de</strong>ntro, abdômen para fora; ar para<br />

fora, abdômen para <strong>de</strong>ntro.


Neste exercício não <strong>de</strong>vemos balançar os ombros nem contrair a<br />

fisionomia.<br />

Respiratório Para Relaxar - modo <strong>de</strong> fazer: <strong>de</strong>itar <strong>de</strong> costas, inspirar<br />

lenta e profundamente contraindo todos os músculos do corpo (ná<strong>de</strong>gas,<br />

olhos, mãos, pés, <strong>de</strong>ntes, fisionomia); permanecer com ar nos pulmões<br />

por alguns segundos e em seguida expirar, <strong>de</strong>scontraindo-se e relaxando<br />

todo o corpo. Permaneça com uma respiração lenta e profunda,<br />

lembrando-se daquela regra: ar para <strong>de</strong>ntro, abdômen para fora; ar para<br />

fora, abdômen para <strong>de</strong>ntro.<br />

As Compressas<br />

O autor <strong>de</strong>ste capítulo: - Daniel Vieira da Silva Consultor técnico da<br />

Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do Paraná, tem formação em<br />

Psicomotricida<strong>de</strong>, e é estudioso das filosofias orientais e da Fitoterapia. É<br />

massagista e professor do curso <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong>, coor<strong>de</strong>na<br />

as turmas <strong>de</strong> Curitiba.<br />

As Compressas<br />

Neste capítulo vamos rever uma das formas mais populares <strong>de</strong><br />

tratamento: As Compressas.<br />

O histórico das compressas acaba se fundindo com a história do<br />

homem das cavernas. É sabido que esses nossos longínquos parentes já<br />

se utilizavam <strong>de</strong> algumas práticas <strong>de</strong>ssa natureza para tratamento <strong>de</strong><br />

machucaduras, batidas, etc.<br />

Compressa e <strong>Massagem</strong>:<br />

Um capítulo <strong>de</strong> compressas num livro <strong>de</strong> massagem vem a fazer um<br />

ótimo casamento.<br />

Ambas as terapias têm o seu aspecto preventivo e curativo. Cada qual<br />

à sua maneira, têm uma gran<strong>de</strong> carga <strong>de</strong> afetivida<strong>de</strong> e cuidado, o que é<br />

muito importante para o bom efeito do tratamento. Além disso, a relação<br />

do paciente com o seu próprio corpo é enfatizada pelo tato, tanto numa<br />

como na outra forma <strong>de</strong> tratamento.<br />

Esse aspecto do cuidado e da relação terapeuta-paciente-corpopaciente<br />

é importantíssimo. Se o corpo pe<strong>de</strong> atenção é porque<br />

logicamente está precisando, e atenção, carinho, cuidadas são coisas<br />

que nenhuma máquina po<strong>de</strong>rá dar com tanta habilida<strong>de</strong> como uma<br />

relação entre membros <strong>de</strong> uma mesma espécie po<strong>de</strong>rá proporcionar.<br />

É claro que o tratamento por massagem ou compressas não é só o<br />

aspecto relacional; cada uma <strong>de</strong>stas técnicas encerra sua forma <strong>de</strong><br />

tratamento, on<strong>de</strong> a técnica propriamente dita (parte que iremos colocar a<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 92<br />

vocês logo mais adiante) é significativa <strong>de</strong>ntro do processo, o que não<br />

invalida a importância do afetivo. Ignorar técnicas como essas aqui<br />

apresentadas - sem essa carga <strong>de</strong> atenção e afetivida<strong>de</strong> - é mais ou<br />

menos como viver sem ter amor à vida, pois tudo vira uma sucessão <strong>de</strong><br />

dias, sem maiores conseqüências reais. Não po<strong>de</strong>mos esquecer que<br />

para qualquer situação <strong>de</strong> aprendizado tornar-se eficaz - e o incômodo<br />

corporal é uma situação <strong>de</strong> aprendizado - precisará ser vivenciada em<br />

todos os passos <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senrolar.<br />

Compressas Funcionamento e Aplicações Práticas<br />

A saber, existem 3 (três) tipos <strong>de</strong> compressas. São elas: FRIAS,<br />

NEUTRAS e QUENTES.<br />

Desses tipos, os mais conhecidos são as FRIAS, que agem no<br />

organismo como constrictor dos poros e vias <strong>de</strong> irrigação; as QUENTES<br />

com ação contrária às frias, dilatando os poros e vias <strong>de</strong> irrigação linfática<br />

e sanguínea, e as NEUI'RAS on<strong>de</strong> o efeito é <strong>de</strong> manter o corpo nas suas<br />

condições i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> temperatura.<br />

Vejamos, então, mais <strong>de</strong>talhadamente o funcionamento e a aplicação<br />

prática <strong>de</strong>ssas técnicas terapêuticas.<br />

Cabe aqui uma ressalva, <strong>de</strong> que a nossa intenção não é esgotar todas<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação das compressas, mas estimulá-lo, a partir<br />

do conhecimento básico do funcionamento, a resgatar o que lhe<br />

pertence: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover a saú<strong>de</strong> em si próprio e nos outros.<br />

Compressas Frias<br />

Com ou sem aditivo medicamentoso, esse tipo <strong>de</strong> compressa é mais<br />

comumente usado na assepsia <strong>de</strong> locais, na prevenção <strong>de</strong> inflamações e<br />

inchaços <strong>de</strong> traumatismos por batidas, torções, etc.<br />

O frio contrai a pele, as vias <strong>de</strong> irrigação sanguínea e linfática,<br />

evitando assim um congestionamento <strong>de</strong> energia no local <strong>de</strong> aplicação.<br />

Modo <strong>de</strong> Preparo:<br />

1. Faça um chá bem forte da planta que preten<strong>de</strong> utilizar, ou uma<br />

diluição <strong>de</strong> tintura mãe (homeopatia) em água fervente, na<br />

proporção <strong>de</strong> 1 (um) para 10 (<strong>de</strong>z), ou ainda se preferir use<br />

somente água fervida na temperatura natural.<br />

2. Embeba um pano <strong>de</strong> fibra natural, retire o excesso <strong>de</strong> líquidos e<br />

aplique sobre a área <strong>de</strong>sejada.<br />

3. Troque a compressa <strong>de</strong> 30 em 30 minutos, ou sempre que esta<br />

per<strong>de</strong>r sua característica fria.<br />

Aplicações Práticas<br />

Traumatismo (entorses, batidas, etc.).


Compressa <strong>de</strong> gelo (nas primeiras 24 horas): envolva alguns<br />

pedaços <strong>de</strong> gelo em pano limpo, <strong>de</strong> fibra natural, e aplique sobre o local<br />

<strong>de</strong>sejado. Isto evitará que o local fique inchado e febril.<br />

Compressa <strong>de</strong> arnica: em casos <strong>de</strong> hematomas, aplicar essa<br />

compressa na proporção <strong>de</strong> arnica para água fervida, citada no item 1 no<br />

modo <strong>de</strong> preparo.<br />

Lactantes<br />

Compressas <strong>de</strong> chá <strong>de</strong> malva: usada na assepsia das mamas e<br />

prevenção contra o leite empedrado.<br />

Para higiene das mamas, utilize um algodão embebido em chá <strong>de</strong><br />

malva. No caso <strong>de</strong> tratamento preventivo contra o leite empedrado fazer<br />

compressas da mesma solução 3 (três) vezes ao dia.<br />

Varizes<br />

Compressas <strong>de</strong> hamamelis: solução <strong>de</strong> hamamelis, tintura mãe, em<br />

água fervida (1:10), é utilizada na prevenção <strong>de</strong> varizes e no tratamento<br />

<strong>de</strong> úlceras varicosas. Aplique a solução citada em pano limpo e <strong>de</strong> fibras<br />

naturais e <strong>de</strong>licadas sobre a área <strong>de</strong>sejada.<br />

Febre<br />

Compressa <strong>de</strong> água natural ou resfriada: molhe um pano <strong>de</strong> fibra<br />

natural, retire o excesso <strong>de</strong> água e aplique na testa e sola dos pés.<br />

Troque o pano assim que a água adquirir uma leve temperatura.<br />

Compressa <strong>de</strong> clorofila: bata algumas folhas ver<strong>de</strong>s no liquidificador,<br />

adicionando água até liquefazê-las. Coe e no suco embeba um pano<br />

aplicando-o como na compressa anterior.<br />

Observação: essas compressas aliviam o sintoma da febre mas não<br />

removem a causa. Em caso <strong>de</strong> febre alta ou agravamento dos sintomas,<br />

procure ajuda médica.<br />

Compressas Neutras<br />

Levam este nome pois seu princípio terapêutico está justamente em<br />

manter a temperatura do local a ser tratado à temperatura <strong>de</strong> 36ºC, ou<br />

seja, à temperatura normal do corpo. Isto garante a condição i<strong>de</strong>al dos<br />

poros e vias <strong>de</strong> irrigação por on<strong>de</strong> o corpo eliminará suas impurezas e<br />

receberá nutrientes necessários ao seu bom funcionamento. Sua atuação<br />

é restabelecer a temperatura normal e <strong>de</strong>sintoxicar o organismo.<br />

Preparo:<br />

Na verda<strong>de</strong> o seu preparo é muito simples. Você necessitará apenas<br />

<strong>de</strong> um pano, que, dobrado ao meio, ou em quadro, possa cobrir toda a<br />

área a ser tratada. Este pano, <strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> algodão; e<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 93<br />

um outro pano, <strong>de</strong> 1ã, ou material isolador térmico, que também<br />

envolverá toda a região <strong>de</strong>sejada, como uma capa protetora; e água pura<br />

à temperatura ambiente.<br />

O procedimento é o seguinte:<br />

1) Molhe o pano <strong>de</strong> algodão na água, torcendo tire o excesso.<br />

2) Envolva a parte do corpo <strong>de</strong>sejada.<br />

3) Com o pano <strong>de</strong> lã, cubra o <strong>de</strong> algodão, formando assim uma<br />

camada térmica que manterá a temperatura do corpo.<br />

Ilustrando:<br />

4) Troque as compressas conforme orientação do próximo item<br />

(aplicações práticas).<br />

Tipos e Aplicações Práticas<br />

Compressa Abdominal: conforme preparo, envolvemos a região do<br />

abdômen com as duas camadas <strong>de</strong> panos.<br />

Este tipo é muito útil no auxílio da digestão dos alimentos,<br />

<strong>de</strong>sintoxicação dos órgãos internos, daquela região do fígado, estômago,<br />

intestino, vesícula, etc., bem como é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia no auxílio <strong>de</strong><br />

tratamento das anomalias daqueles órgãos, também nas gripes e<br />

resfriados, com ou sem febre.<br />

Presta valioso auxílio terapêutico.<br />

Das trocas - nos casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sintoxicação po<strong>de</strong>-se trocar <strong>de</strong> 1 em 1<br />

hora ou até dormir <strong>de</strong> um dia para o outro com ela.<br />

- nos casos <strong>de</strong> febre, troque <strong>de</strong> 15 em 15 minutos.<br />

Compressa <strong>de</strong> Corpo Inteiro: Envolva o corpo do paciente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

região das axilas até os pés.<br />

Esta compressa, além <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sintoxicante, é extremamente<br />

calmante, atuando quase como uma sauna, sem dar aquela sensação <strong>de</strong><br />

prostração comum do calor.


Esta compressa <strong>de</strong>ve ser aplicada somente por 1 hora e no horário do<br />

dia <strong>de</strong> maior incidência solar.<br />

Compressa <strong>de</strong> Coluna: Aplicamos os panos na região das costas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os ombros até o sacro. O paciente <strong>de</strong>ve ficar <strong>de</strong>itado sobre a<br />

compressa durante 1 hora ou 2 (duas) fazendo do material <strong>de</strong> 30 em 30<br />

minutos.<br />

Efeito relaxante e <strong>de</strong>sintoxicante do sistema nervoso.<br />

Compressas Quentes<br />

Atua dilatando a região <strong>de</strong>sejada, possibilitando um melhor<br />

escoamento dos elementos tóxicos ao corpo, facilitando a recuperação e<br />

renovação sanguínea e tecidual daquele local.<br />

Divi<strong>de</strong>-se em 2 tipos:<br />

a) Úmidas<br />

b) Secas<br />

Compressas Úmidas<br />

Largamente usadas para relaxar tensões musculares. Nos<br />

traumatismos, é complemento das compressas frias, usada após 24<br />

horas ajuda a <strong>de</strong>scongestionar a área ferida. Em inflamações localizadas,<br />

também é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia.<br />

Esse tipo <strong>de</strong> compressa po<strong>de</strong> valer-se <strong>de</strong> aditivos medicamentosos<br />

on<strong>de</strong> o calor, ao dilatar os poros, permite a penetração <strong>de</strong> tais<br />

substâncias, enfatizando ainda mais o efeito do tratamento. Po<strong>de</strong> ser<br />

também utilizada com água pura como veremos em aplicações práticas.<br />

Preparo:<br />

No caso <strong>de</strong> optarmos por utilizar algum aditivo medicamentoso, seria<br />

interessante que esses fossem os mais naturais possíveis, tais como: as<br />

plantas em sua forma natural, ou tinturas-mãe homeopáticas.<br />

Para que possamos usar as plantas in natura, cada parte <strong>de</strong>la terá um<br />

prévio preparo antes <strong>de</strong> ser misturada à água.<br />

As raízes e cascas <strong>de</strong>verão ser raladas, as sementes e folhas<br />

maceradas, enfim, isto servirá para aumentar a área <strong>de</strong> ação da água,<br />

permitindo que ela possa extrair o máximo <strong>de</strong> substância medicamentosa<br />

<strong>de</strong>ssa planta.<br />

No caso <strong>de</strong> tintura-mãe, a proporção <strong>de</strong> diluição fica <strong>de</strong> 1:10 - 1 <strong>de</strong><br />

tintura-mãe para 10 partes <strong>de</strong> água. O preparo propriamente dito fica<br />

assim:<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 94<br />

1) Ferve-se água numa quantida<strong>de</strong> tal a obter-se material suficiente<br />

para a área a ser aplicada, em média <strong>de</strong> 3 a 5 litros.<br />

2) Faça uma boneca (saquinho <strong>de</strong> pano), on<strong>de</strong> será colocada a<br />

planta, já previamente preparada, em quantida<strong>de</strong> suficiente para<br />

obter-se um chá forte.<br />

3) Mergulhe a boneca no recipiente com água fervida e <strong>de</strong>ixe corar<br />

por uns 10 (<strong>de</strong>z) minutos ou dilua a tintura-mãe escolhida.<br />

Obs: essa água <strong>de</strong>verá ser mantida sempre quente, mas sem ferver<br />

novamente, durante todo processo <strong>de</strong> aplicação.<br />

Aplicação<br />

1. Toalha <strong>de</strong> Segurança - Coloque uma toalha ou pano <strong>de</strong> fibra<br />

natural entre a pele do paciente e a compressa a ser aplicada,<br />

evitando assim que o contato seja direto, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

não haver uma graduação do calor e conseqüentemente queima<br />

da pele.<br />

2. Embeba um outro pano, que nós chamaremos <strong>de</strong> pano <strong>de</strong><br />

aplicação, na substância ou simplesmente água fervida. Não atire<br />

o pano <strong>de</strong>ntro da água pois será difícil resgatá-lo, tendo em vista<br />

que a água ou chá estará bem quente.<br />

3. Torça o pano, retire o excesso <strong>de</strong> água e aplique sobre a área<br />

<strong>de</strong>sejada, já previamente coberta pela toalha <strong>de</strong> segurança.<br />

4. Troque o pano <strong>de</strong> aplicação sempre que este per<strong>de</strong>r seu<br />

potencial calórico.<br />

Obs: Para prolongar mais o efeito do calor é interessante cobrir o pano<br />

<strong>de</strong> aplicação com um outro pano ou cobertor.<br />

Cuidados:<br />

Cuidado para não queimar o paciente - caso esquente <strong>de</strong>mais é só<br />

levantar a compressa por alguns segundos e recolocá-la.<br />

Cuidado com correntes <strong>de</strong> ar durante e após as aplicações.<br />

Aplicações Práticas<br />

Compressa <strong>de</strong> Gengibre: é recomendada no alívio <strong>de</strong> qualquer tipo<br />

<strong>de</strong> dor como em nevralgia, dores abdominais, cólicas, dor menstrual,<br />

cálculos renais, e da vesícula. Ativa a circulação.<br />

É proibido seu uso nos casos <strong>de</strong> hemorragia.<br />

Compressas <strong>de</strong> Eucalipto: ativa a circulação, dinamiza o sistema<br />

respiratório. Aplica-se nas costas à altura dos pulmões, po<strong>de</strong>ndo também<br />

ser uma ótima compressa para relaxamento muscular.<br />

Compressas <strong>de</strong> Artemísia: alivia as cólicas menstruais e ativas<br />

sobre toda genitália, dinamizando a circulação e purificando o sangue<br />

naquela região.


Compressas Calmantes: po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>: erva-doce, camomila, ou<br />

outra erva que tenha esse efeito. Aplica-se sobre a coluna, em cima do<br />

sistema nervoso.<br />

Compressas Secas<br />

Utilizadas principalmente no alívio <strong>de</strong> dores que ten<strong>de</strong>m a se agravar<br />

com umida<strong>de</strong> e frio.<br />

As compressas secas ou <strong>de</strong> calor, como são chamadas, têm como<br />

fundamento à utilização do calor para o <strong>de</strong>scongestionamento <strong>de</strong> regiões<br />

afetadas pelo frio e umida<strong>de</strong>.<br />

As mais usadas são compressas <strong>de</strong> sal, areia, bolsas <strong>de</strong> água quente,<br />

por vezes até tijolos e pedras.<br />

Preparo<br />

1. Aqueça bem o material a ser usado.<br />

2. Envolva-o em um pano dobrado por 2 (duas) ou 3 (três) vezes.<br />

3. Use uma toalha <strong>de</strong> segurança.<br />

4. Aplique a compressa sobre o local <strong>de</strong>sejado.<br />

5. Troque sempre que o calor ficar tênue.<br />

Aplicações Práticas<br />

Esse tipo <strong>de</strong> compressa é utilizado no alívio <strong>de</strong> qualquer dor. É<br />

principalmente utilizado naqueles lugares aon<strong>de</strong> o frio e a umida<strong>de</strong> vêm a<br />

agravá-las como: dores reumáticas, algias nervosas, etc.<br />

Bibliografia<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 95<br />

<strong>Massagem</strong>:<br />

Austregésilo, A. S. B. - <strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong> - Do-ln.<br />

Cançado, Juracy - Do-ln, Primeiros Socorros - Vol. I e II,<br />

Cançado, Juracy - Do-ln Para Crianças.<br />

Cham, P. - Guia para el Masaje en Puntos <strong>de</strong> Acupuntura<br />

Czechorowski, H. - La Practica <strong>de</strong> los Masajes<br />

Dolto, B. - O Corpo Sobre a Ação das Mãos.<br />

Downing - O Livro da <strong>Massagem</strong><br />

Downing - Massage and Meditation<br />

Gordon, R. - A Cura Pelas Mãos.<br />

Gunther, B. - Sensibilida<strong>de</strong> e Relaxamento.<br />

Gunther, B. - Energy, Extasy and Yovor Seven Vital Chakras<br />

Hauschka, M. - <strong>Massagem</strong> Rítmica.<br />

Inayaf Kahn, S. H. - Mensagem Sufi.<br />

Katsusuke Serizanaa, M. D. - The <strong>Oriental</strong> Method ln<br />

Kushi, M. - Le Livre du Do-ln<br />

Laban, R. - Domínio do Movimento.<br />

Langre, J. - Do-ln.<br />

Leboyer, E. - El Masaje <strong>de</strong> los Niños<br />

Manicoshi - Sliatsu (2 volumes)<br />

Massin, C. - La Me<strong>de</strong>cine Tibetaine<br />

Mensato Filho. L. - Acupuntura Eletrônica.<br />

Michio Kuchi - Do-ln<br />

Michio Kuchi - <strong>Massagem</strong> Chinesa<br />

Michio Kuchi - Zen Shiatsu<br />

Miller, R. O. - <strong>Massagem</strong> Psíquica.<br />

Niboyet, J. E. H. - Le Traitement <strong>de</strong>s Algies par I´Acupuncture<br />

Sambucy, Dr. A. - Traité Pratique <strong>de</strong> Massage Vertebral<br />

Taubin, P. - Acupuntologia<br />

Thie, J. F. - Touch of Health (with many marks)<br />

Tohei, K. - Le Livre du Ki<br />

Yoga<br />

De Rose - Prontuário <strong>de</strong> Yoga Antigo<br />

Homem, Dr. F. V. - Manual <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong>.<br />

Leboyer, F. - Yoga for Pregnant Woman<br />

Liedbeater - Os Chakras<br />

Lobato, Eliane - Yoga e Parto.


Alimentação<br />

Lobato, Eliane - Receitas da Cozinha Vegetariana.<br />

Lobato, Eliane - Receitas <strong>de</strong> Alimentação Natural.<br />

Lobato, Eliane - Alimentação Infantil Vegetariana.<br />

Corpo<br />

Alexan<strong>de</strong>r, G. - Eutonia.<br />

Andrews, B. - Alongue-se.<br />

Bertherat, T. - O Correio do Corpo.<br />

Bertherat, T. & Bersustem - O Corpo Tem Suas Razões.<br />

Berustein, D. & Borkavec, T. - Relaxamento Progressivo.<br />

Garandy, R. - Danças à Vida.<br />

Lowen, A. - O Corpo em Terapia.<br />

Lowen, A. - O Corpo Traído.<br />

Souchard - Ginástica Postural Global<br />

Anatomia e Fisiologia<br />

Hanson & Clark - Neuroanatomia<br />

Leitão, A. - Elementos da Fisioterapia.<br />

Anatomia P/Colorir<br />

Psicologia<br />

Lowen, A. - A Manuel of Bioenergetic Exercises<br />

Lowen, A. - Bioenergetic.<br />

Reich, I. A. - A Avise do Caráter.<br />

Reich, I. A. - Wilhelm Reich, una Biografia Personal.<br />

Reich, I. A. - Função do Orgasmo.<br />

Rolf, I. - Strutural Integration Gravit, an Unexplored factor in More Human<br />

Use of Human Beings<br />

Rosenberg, J. L. - Orgasmo Total<br />

Stevens, B. - Não Apresse o Rio.<br />

Watts, A. - Psicoterapia <strong>Oriental</strong> X Oci<strong>de</strong>ntal.<br />

Outros Correlatos<br />

Lobato, Eliane - Como Interpretar seu Mapa Astrológico.<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 96<br />

Armando Sergio Bezamat Austregésilo<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da A. M. O. R. - Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do<br />

Brasil.<br />

• I<strong>de</strong>alizador e fundador do <strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> e Oci<strong>de</strong>ntal<br />

promovido pela Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do Brasil<br />

• Membro fundador da UNIYOGA - União Nacional <strong>de</strong> Yoga<br />

• Autor do Livro "<strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong>" - Ed. Tecnoprint.<br />

• Massagista profissional <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1975<br />

• Economista com experiência <strong>de</strong> 5 anos em Processamento <strong>de</strong> Dados<br />

• Especializado em Do-In, Shiatsu, Quiroprática, Yoga e<br />

Vegetarianismo.<br />

• Colaborador nos fascículos "Medicina Natural" - Ed. Três.<br />

• Autor do Mapa dos Meridianos Chineses - Ed. Três - A. M. O. R.<br />

• Introdutor do <strong>Curso</strong> Profissionalizante <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> em:<br />

- UniYoga: Mogi das Cruzes - SP<br />

- São Paulo: C. O. R. P. O. (Pinheiros).<br />

- Shambala (Ipiranga)<br />

- M. OR. (Alto da Lapa).<br />

- UniYoga (Itaim)<br />

- UniYoga (se<strong>de</strong> central - SP)<br />

- SESC - Serviço Social do Comércio:<br />

- Campinas.<br />

- Piracicaba - SP<br />

- SENAC - Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Comercial:<br />

- Campinas - SP<br />

- Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação:<br />

- Salvador<br />

• Palestrante convidado dos: I e II Encontros <strong>de</strong> Téc. Reabilitação e<br />

profissionais <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong>, realizados, respectivamente:<br />

- I Encontro - S. J. Rio Preto - SP (SENAC) - 12, 13 e 14 <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> 1984.<br />

- Tema: "<strong>Massagem</strong> e Sensibilida<strong>de</strong>" (Vivência)<br />

- II Encontro - S. José dos Campos - SP (SENAC) - 25 e 26 <strong>de</strong><br />

janeiro <strong>de</strong> 1985.<br />

- Tema: "A <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> e o dia a dia" (vivência)<br />

• Realizador do III Encontro <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> e Reabilitação (SESC-<br />

Campinas) que teve lugar nos dias 19, 20 e 21 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1985.<br />

• Representante da A. M. OR do Brasil no I Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> – Curitiba - 1986


A. M. OR.<br />

A Associação <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> do Brasil - A. M. OR. foi criada<br />

pelos formandos da primeira turma do curso <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> e<br />

Oci<strong>de</strong>ntal, realizado pelo Centro <strong>de</strong> Orientação e Reprogramação Psico-<br />

Orgânica - C. O. R. P. O., em 1980.<br />

Seu objetivo principal é a difusão da massagem como terapia do bemviver,<br />

e incentivar todas as formas <strong>de</strong> massagem, praticada como uma<br />

linguagem - a linguagem do tato.<br />

Inicialmente funcionando apenas em São Paulo, capital, a A. M. OR.<br />

vem se difundindo e criando representação nos Estados e em outras<br />

unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração.<br />

Atualmente, temos já em funcionamento:<br />

A. M. OR. do Brasil - tels: (011) 883-2142<br />

211-4915<br />

260-7062<br />

A. M. OR. do Paraná - tels: (041) 244-2750<br />

252-0098<br />

A. M. OR. <strong>de</strong> Guarulhos - tel: (011) 940-4571<br />

A. M. OR, <strong>de</strong> Campinas - tel: (192) 51-4292<br />

A. A. M. OR. do Rio <strong>de</strong> Janeiro - tel: (021) 246-4967<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Massagem</strong> <strong>Oriental</strong> 97

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